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Educação para a Sustentabilidade Ambiental Ferramentas e Aplicações da Educação Ambiental Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Marcelo Antônio da Costa Silva Revisão Textual: Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin 5 Ferramentas e Aplicações da Educação Ambiental Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Introdução ao Tema • Orientações para Leitura Obrigatória Fonte: Thinkstock / Getty Im ages Os objetivos desta Unidade são: · Compreender e analisar as diversas ferramentas e instrumentos utilizados na Educação Ambiental em diferentes processos; · Analisar e discutir os possíveis indicadores para monitoramento dos resultados alcançados na implantação de programas de Educação Nesta Unidade, veremos os instrumentos e ferramentas que podem ser aplicados em um projeto de Educação Ambiental em suas diversas vertentes (educação patrimonial, licenciamento ambiental, planejamento urbano, unidades de conservação e áreas legalmente protegidas e responsabilidade social). Serão abordados, ainda, instrumentos de medição e monitoramento para verificação da evolução na implantação de projetos de Educação Ambiental. 6 Unidade: Ferramentas e Aplicações da Educação Ambiental Introdução ao Tema Alguns projetos de Educação Ambiental foram apresentados ao longo das aulas desta Unidade. O Projeto Salas Verdes, por exemplo, é administrado pelos Ministérios da Educação e do Meio Ambiente. O projeto de Educação Ambiental em Moçambique é outra iniciativa do setor público. Podemos verifi car outros trabalhos envolvendo empresas privadas e o terceiro setor, entre outras organizações. No licenciamento ambiental, por exemplo, muitas vezes as empresas empreendedoras precisam desenvolver um programa de Educação Ambiental ligado a questões de impactos inerentes ao seu empreendimento e objeto de licenciamento. Ao desenvolver um programa dessa natureza, a empresa, seja ela pública ou privada, assume um compromisso junto ao órgão ambiental licenciador, devendo assim implantar as ações nele estabelecidas. Para tanto, há alguns roteiros e ferramentas específi cas que auxiliam na elaboração desses projetos. No âmbito do patrimônio material, histórico e pré-histórico, o IPHAN, órgão responsável pela normatização, gestão e proteção de patrimônios culturais no Brasil, exige um programa de Educação Patrimonial em situações em que haja a necessidade de estudar determinada área do ponto de vista cultural, em estudos nos quais são identifi cados sítios arqueológicos ou históricos. Portanto, as possibilidades são diversas no que tange à elaboração e à implantação de projetos ou programas de Educação Ambiental. O IBAMA elaborou, em 2005, um manual de orientações pedagógicas para elaboração e implementação de programas de Educação Ambiental no licenciamento de atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural. Esse manual traz um roteiro de como montar, quais as etapas e itens abordados na elaboração do programa de Educação Ambiental. No documento foi traçado um roteiro do que deve conter o programa e que expomos a seguir: Contextualização Descrever, sinteticamente, a natureza do empreendimento, sua localização, os possíveis impactos sobre os meios físico-natural e social em todas as etapas do processo, identifi cando os grupos sociais que serão direta ou indiretamente afetados. Justificativa Caracterizar a questão a ser trabalhada indicando como o programa contribui para a superação dos problemas, confl itos e aproveitamento de potencialidades ambientais, tendo em vista os impactos socioambientais gerados pela atividade a ser licenciada e a agenda de prioridades propostas pelos diferentes grupos sociais afetados. Outro aspecto a ser considerado refere-se à articulação da proposta aos programas e políticas públicas de meio ambiente, tais como: 7 • Gerenciamento Costeiro; • Gerenciamento de Bacias Hidrográfi cas; • Gestão Compartilhada do uso sustentável dos recursos pesqueiros; • Agenda 21; • Programa Nacional de capacitação de Gestores Ambientais; • Gestão Participativa de Unidades de Conservação; • Estatuto das Cidades. Objetivos Explicitar o(s) objetivo(s) geral e específi co(s) do programa. Metodologia A Metodologia é aqui entendida como modo de conceber e organizar a prática educativa para atingir os objetivos. No contexto do Programa de Educação Ambiental com populações afetadas por empreendimentos, como os que se constituem objeto destas Diretrizes, é fundamental que a metodologia tenha caráter participativo e dialógico, de forma a permitir o envolvimento efetivo dos sujeitos da ação educativa na construção de projetos que venham ao encontro de suas reais necessidades. Descrição Das Ações O programa 5 deverá ser estruturado a partir de etapas metodológicas bem defi nidas, partindo-se, obrigatoriamente, de uma etapa inicial que contemple um diagnóstico participativo com o objetivo de identifi car os atores sociais envolvidos e as demandas socioambientais da região, defi nindo os sujeitos prioritários das ações educativas. As etapas posteriores deverão ser construídas a partir dos resultados do diagnóstico participativo, refl etindo as demandas priorizadas pelos sujeitos identifi cados. As ações e os conteúdos programáticos que serão desenvolvidos pelo Programa devem estar em consonância com o marco legal das políticas públicas de meio ambiente e de Educação Ambiental, devendo, ainda, estar em articulação com os programas governamentais desenvolvidos na região, fortalecendo, dessa forma, a estrutura do SISNAMA. Deverão ser priorizadas ações educativas de caráter não formal, voltadas para um processo de gestão ambiental específi co (por exemplo, gestão dos recursos pesqueiros; gestão de áreas protegidas), defi nido a partir da identifi cação dos impactos socioambientais do empreendimento. As ações previstas nas etapas apresentadas na Metodologia deverão ser justifi cadas e descritas indicando o seu propósito, localização, atores sociais envolvidos e sua interveniência no processo, bem como o período de sua execução. 8 Unidade: Ferramentas e Aplicações da Educação Ambiental No caso das ações de capacitação, aqui entendidas como processos de ensino-aprendizagem, destinadas à produção e à aquisição de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento de atitudes com vistas a proporcionar condições para a participação individual e coletiva na gestão do uso dos recursos ambientais e nas decisões que afetam a qualidade dos meios físico- natural e social (orientações no Anexo I para sua descrição) Da mesma forma, no caso de eventos, indicar os sujeitos envolvidos (comerciantes e/ou agricultores e/ou representantes da sociedade civil e/ou trabalhadores rurais e/ou pescadores, moradores etc.); o seu caráter (seminários, ciclos de debates, ciclos de palestras, visitas orientadas, eventos de mobilização etc.); a duração média (em horas), o objetivo da ação, a metodologia, o produto esperado e o processo de avaliação. Também no caso de ações de outra natureza (que não sejam de capacitação ou de eventos), tais como elaboração de material educativo, publicação de material didático, produção de mudas, indicar o caráter da ação à qual dá suporte (capacitação e/ou evento) e a quantidade de produtos a serem obtidos, defi nindo o sujeito da ação e o seu propósito. Este tipo de estrutura do Programa de Educação Ambiental, voltada ao licenciamento ambiental, é uma opção muito interessante para a elaboração de programas. Não podemos nos esquecer de como implantar e da viabilidade das ações que podemos descrever no documento. Orientações para Leitura Obrigatória A complexidade da abordagem proposta para esta Unidade extrapola o conteúdo acadêmico dos livros, pois exige uma percepção de como são feitos e aceitos os projetos em Educação Ambiental. A tarefa seria árdua se não fossem os inúmeros exemplos passíveis de serem consultados na Internet. São documentos, muitas vezes, construídos pelo setor privado,mas que se tornam documentos públicos por força de lei. Porém, façamos uma leitura mais branda para consolidar de forma mais científi ca do conhecimento prévio a ser adquirido. Fonte: sollusdistribuidora.com.br O livro Sistema de Gestão Ambiental aborda temas importantes para o entendimento do tema. A leitura trará ótimo embasamento teórico para normas exixtentes. A obra está disponível na Biblioteca Virtual Universitária. 9 Material Complementar Como material complementar, sugiro alguns disponíveis na Internet e que refl etem situ- ações e produtos diferentes de Projetos em Educação Ambiental. O manual do IBAMA “Orientações Pedagógicas do IBAMA para Elaboração e Imple- mentação de Programas de Educação Ambiental no Licenciamento de Atividades de Produção e Escoamento de Petróleo e Gás Natural” (2005), apresenta um roteiro para elaboração de programas, e está disponível em http://goo.gl/PLP8gC Outro manual bastante interessante, porém, voltado a outros propósitos da Educação Am- biental, está disponível no site http://goo.gl/VUycqe Tente comparar as duas publicações para compreender as diferenças. Uma publicação que demonstra uma situação prática de ação em Educação Ambiental é a cartilha “Vamos Cuidar do Brasil – Conceitos e Práticas na Educação Ambiental”. Esta é voltada aos educadores e formadores e está disponível em http://goo.gl/GZnVdK Um exemplo prático de programa de Educação Ambiental implantado está disponível no site da Sabesp, e é bastante interessante para elucidar as ações e medição/monitoramento do projeto ao longo do tempo: http://goo.gl/hQZr1n Veja também o artigo de Rosana Gomes, disponível em https://bit.ly/3XbgYft. Leia a defi nição de Patrimônio Imaterial em https://bit.ly/3XgcyUu. Aprenda mais sobre o assunto lendo Educação Patrimonial, disponível em https://bit.ly/3jwqYlS. 10 Unidade: Ferramentas e Aplicações da Educação Ambiental Referências PHILIPPI, A; PELICIONE, M. C. F. Educação Ambiental e Sustentabilidade. 2.ed. Barueri: Manole, 2014. Disponível em: <http://unicid.bv3.digitalpages.com.br/users/ publications/9788520432006/pages/-20>. Acesso em: 26 dez. 2015. 11 Anotações .
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