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APOSTILIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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0 
 
 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
1 
 
 
 
ELOANE COIMBRA LIMA 
 
 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
 
Fonte: http://www.caldeiraodopaulao.com.br/wp-content/uploads/2015/07/recicle.jpg 
 
 
 
 
 
ÁGUA BRANCA-PI 
2019 
 
 
http://www.caldeiraodopaulao.com.br/wp-content/uploads/2015/07/recicle.jpg
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diretor Geral 
Eloan Coimbra Lima 
 
Diretora Acadêmica 
Eloane Coimbra Lima 
 
Secretária Acadêmica 
Ginoã das Graças Coimbra Lima 
 
Coordenação do Curso 
Cleidinalva Maria Barbosa Oliveira 
 
Coordenação do Nead 
Tiago Soares da Silva 
 
LIMA, Eloane Coimbra. 
 Educação Ambiental. 1ª ed. Água Branca; Isepro – Cursos de Graduação. 
56p. 
Bibliografia 
 
1. Pedagogia 2. Educação 3. Título. 
 
Ficha Catalográfica 
Todos os direitos em relação ao design deste material são reservados à ISEPRO. 
Todos os direitos quanto ao conteúdo deste material são reservados ao autor. 
Todos os direitos de Copyright deste material didático são à ISEPRO. 
 
 
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61 
Apresentação do curso ..................................................................... 06 
Apresentação da disciplina................................................. 
07 
17 
05 
06 
UNIDADE 01 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
Introdução................................................................................................... 
1 Educação Ambiental................................................................................... 
1.2 Educação Ambiental Formal e não Formal............................................ 
ATIVIDADE............................................................................................... 
FORUM..................................................................................................... 
 
UNIDADE 02 
POLITICA NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
2 Politica na Educação Ambiental……………………………….................... 
2.1 Diretivas Legais Para Uma Ativação Mais Incisiva Do Poder 
Publico…………………………………………………………………………. 
2.2 A Educação Ambiental e o Ministerio da Educação e Cultura ……… 
ATIVIDADES.............................................................................................. 
FORUM..................................................................................................... 
 
 
 
 
 
09 
10 
12 
16 
16 
18 
 
23 
23 
 26 
66 
 
 
 
4 
 
27 
 
UNIDADE 03 
GESTÃO 
 
3. Gestão Ambiental 
3.1 Gestão e Manejo Ambiental......................................................... 
3.2 Gestão Racional dos Recursos................................................ 
3.3 Gestão Ambiental no Espaço Escola............................................ 
ATIVIDADE.......................................................................................... 
FORUM................................................................................................ 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 04 
MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
Introdução........................................................................................... 
4.1 Modelos de Gestão Ambiental nas Organizações....................... 
3.3 GESTÃO AMBIETAL NO ESPAÇO ESCOLAR......................... 
ATIVIDADE......................................................................................... 
FORUM.................................................................................................. 
REFERENCIAS.................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
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33 
40 
40 
 
 
 
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08 
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54 
55 
 
 
5 
 
 
 
A concretização de um curso superior em Pedagogia na modalidade à 
distância tem como meta o atendimento às necessidades de toda comunidade 
quanto ao acesso e atendimento ao um ensino superior de qualidade. Desse modo, 
propõe-se a importância para o curso de Pedagogia numa perspectiva histórico-
cultural, tendo como eixo articulador a interdisciplinaridade e a busca da construção 
de um currículo integrador. 
As disciplinas pedagógicas que formulam o currículo foram moldadas para 
uma sociedade cujo princípio da qualidade torna-se prioridade a partir da relação 
teoria-prática de um trabalho docente de qualidade que procure satisfazer as 
necessidades de aprendizagem, enriquecendo as experiências do educando no 
processo educativo. 
É dentro desta ideia que o curso de Pedagogia do ISEPRO na modalidade à 
distância constitui-se de uma base comum formada pelos conhecimentos de 
ciências humanas aliadas a tecnologia, de uma parte diversificada com uma 
ampliação dos fundamentos na leitura do fazer pedagógico dentro da escola e da 
sociedade e uma parte complementar com o objetivo de trabalhar os problemas 
educativos da realidade educacional em vista a qualificação do professor com novas 
formas de intervenções como aplicações de ferramentas metodológicas. 
O ISEPRO tem como recurso didático-educacional o uso de materiais como 
apostilas/livros, plataformas virtuais, internet, vídeos e principalmente um excelente 
sistema de acompanhamento à distância através de tutores e monitores. É válido 
salutar que este curso otimiza sempre seus resultados pelas experiências existentes 
e atendem a ampla procura de profissionais da área educacional. 
Os profissionais da área da educação serão orientados a sempre desenvolver 
a capacidade de intervenção científica e técnica assegurando a reflexão critica 
permanente sobre sua prática e realidade educacional historicamente 
contextualizada. O que espera deste docente é sua capacidade de (re) construir seu 
projeto pessoal e profissional a partir da compreensão da realidade histórica e 
profissional diante das políticas que direcionam as práticas educativas na sociedade. 
6 
 
 
 A disciplina de avaliação destina-se a estudantes da área da licenciatura 
sendo fundamental para o mecanismo que orienta e acompanha o processo 
educativo, tornando-se inevitável a reflexão sobre a ação que o educador deve ter 
frente o ato avaliativo. 
 A avaliação se faz presente em todos os domínios da atividade humana. O 
“julgar”, o “comparar”, isto é, “o avaliar” faz parte de nosso cotidiano, seja por meio 
das reflexões informais que orientam as habituais opções do dia-a-dia ou, 
formalmente, através da reflexão formada e sistemática que define a tomada de 
decisões. 
 Compreenderemos nessa disciplina a conceituação de avaliação nas 
perspectivas de alguns atores; a cultura avaliativa mediadora; modalidades de 
avaliação nas dimensões de análise do desempenho do aluno, do professor e de 
toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar e por fim, técnicas de 
instrumentos avaliativos. 
 O material foi pensado para que você estudante tenha um entendimento 
aprimorado de avaliação. Sinta-se à vontade para adentrar no processo de 
avaliação da aprendizagem. 
 
BONS ESTUDOS! 
Eloane Coimbra Lima 
Licenciado em Pedagogia e Bacharelado em Psicologia 
Mestre em Psicologia Universidade de Fortaleza 
Especialista em Docência do Ensino Superior e Psicopedagogia 
Professora do Instituto Superior de Educação Programus 
7 
 
 
UNIDADE 01 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
FONTE: https://www.tah-heetch.com/wp-content/uploads/2018/2/spreading-the-
way-to-happiness-message-for-world-
enviro
https://www.tah-heetch.com/wp-content/uploads/2018/2/spreading-the-way-to-happiness-message-for-world-environment-day.jpg
https://www.tah-heetch.com/wp-content/uploads/2018/2/spreading-the-way-to-happiness-message-for-world-environment-day.jpg
https://www.tah-heetch.com/wp-content/uploads/2018/2/spreading-the-way-to-happiness-message-for-world-environment-day.jpg
https://www.tah-heetch.com/wp-content/uploads/2018/2/spreading-the-way-to-happiness-message-for-world-environment-day.jpg9 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Ao falarmos de educação ambiental nos faz refletir concretamente sobre o 
meio ambiente. A mídia está constantemente relatando as questões ambientais 
de ordem diversas, principalmente quando se depara com os problemas bem 
próximos do convívio humano, que são os lixos depositados em qualquer lugar, 
agua potável atirada na rua sem alguma necessidades, poluição em várias 
partes naturais, esgoto, desmatamento, entre outros. 
 Segundo o La Educacion Ambiental (Unesco, 1980, p.13.63) traduzido por 
Dias (2000) "A Educação Ambiental deve estar inserida em diversas disciplinas 
e experimentos educativos ao conhecimento e à compreensão do Meio 
Ambiente." De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96), é 
obrigatório o ensino de Educação Ambiental para todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente. 
 A Educação ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a 
disseminação do conhecimento sobre o meio ambiente, a fim de ajudar à sua 
preservação e utilização sustentável dos recursos. É uma metodologia de 
análise que surge a partir do crescente interesse do homem em assuntos como 
o ambiente, devido às grandes catástrofes naturais que tem assolado o mundo 
nas últimas décadas. No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva 
mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de 
seus recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção 
de sociedades sustentáveis. 
A Educação Ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1995 (BRASIL, 
1995). A Lei N° 9.793 – Lei da Educação Ambiental – em seu Art. 1º afirma: 
“Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a 
questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, 
contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o 
enfrentamento das questões ambientais e sociais” Art. 2º “A educação ambiental 
é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar 
10 
 
 
Educação Ambiental 
 
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo 
educativo, em caráter formal e não formal” 
 
Fonte: https://pt.toluna.com//dpolls_images/2017/11/13/f5eeb16b-7a20-4acc-bbcb-
571f9f15b3fb.jpg 
 
1. EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
O conceito de Educação Ambiental (EA) varia de interpretações, de 
acordo com cada contexto, conforme a influência e vivência de cada um. Para 
muitos, a Educação Ambiental restringe-se em trabalhar assuntos relacionados à 
natureza: lixo, preservação, paisagens naturais, animais etc. Dentro desse 
enfoque, a Educação Ambiental assume um caráter basicamente naturalista. 
Atualmente, a Educação Ambiental assume um caráter mais realista, embasado 
na busca de um equilíbrio entre o homem e o ambiente, com vistas à construção 
de um futuro pensado e vivido numa lógica de desenvolvimento e progresso 
(pensamento positivista). Nesse contexto, a Educação Ambiental é ferramenta 
de educação para o desenvolvimento sustentável (apesar de polêmico o 
conceito de desenvolvimento sustentável, tendo em vista ser o próprio 
“desenvolvimento” o causador de tantos danos socioambientais) 
 
https://pt.toluna.com/dpolls_images/2017/11/13/f5eeb16b-7a20-4acc-bbcb-571f9f15b3fb.jpg
https://pt.toluna.com/dpolls_images/2017/11/13/f5eeb16b-7a20-4acc-bbcb-571f9f15b3fb.jpg
11 
 
 
Educação Ambiental 
 
Educação Ambiental são todos os “processos permanentes de 
aprendizagem e formação individual e coletiva para reflexão e construção de 
valores, saberes, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, visando 
à melhoria da qualidade de vida e uma relação sustentável da sociedade 
humana com o ambiente que a integra”. (Art. 3° Lei nº 12.380, de 30/11/2007 – 
Política Estadual de Educação Ambiental) 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
Segundo Carvalho (2006) a Educação Ambiental é concebida 
inicialmente como preocupação dos movimentos ecológicos com a prática de 
conscientização capaz de chamar a atenção para a finitude e má distribuição do 
acesso aos recursos naturais e envolver os cidadãos em ações sociais 
ambientalmente apropriadas. 
No plano internacional, a educação ambiental começa a ser objeto de 
discussão das políticas públicas, Em 1972, em Estocolmo na Suécia, aconteceu 
à primeira Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Meio Ambiente 
Humano, que adotou, mediante a Declaração de Estocolmo, um conjunto de 
princípios para o manejo ecologicamente racional do meio ambiente, reuniram 
vários países inclusive o Brasil para discutirem o tema Meio Ambiente Humano, 
pois passaram a se preocupar com o crescimento desordenado de cidades, bem 
como, a poluição dos bens globais água, ar e oceanos e o bem estar dos povos 
de todo o mundo. 
Educação Ambiental não se resume à mera 
distribuição de folhetos ou a exposição de 
conteúdo, que por si só geralmente não 
educam. 
EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
MUDANÇA DE 
ATITUDE E 
COMPORTAMENTO 
12 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
Definindo educação ambiental Meirelles e Santos (2005, pg.34) dizem: 
A educação ambiental, e uma atividade meio que não pode 
ser percebida como mero desenvolvimento de “brincadeiras” 
com crianças e promoção de eventos em datas comemorativas 
ao meio ambiente. Na verdade, as chamadas brincadeiras e os 
eventos são parte de um processo de construção de 
conhecimento que tem o objetivo de levar a uma mudança de 
atitude. O trabalho lúdico e reflexivo e dinâmico e respeita o 
saber anterior das pessoas envolvidas. 
Segundo Meirelles e Santos (2005), o processo de aprendizagem, neste 
caso, e cíclico, e vai crescendo em complexidade e profundidade a cada 
caminhada pelos objetivos da figura. Não pode prever quanto tempo cada grupo 
ou pessoa demora em passar de um nível para o outro. O importante é entender 
que ação no sentido de mudança de comportamento em prol do meio ambiente, 
e o que realmente fará diferença no resultado de um projeto ou na solução de 
um problema ambiental, tem que passar do estagio de alerta para o da 
consciência e, posteriormente para o da pratica. Não e um processo rápido. 
O processo de aprendizagem pode ser linear, passando apenas de um 
objetivo a outro, caso o trabalho de educação ambiental seja somente formado 
por campanhas temporais sobre determinado assunto. Por isso, é importante 
ligar as ações de educação ambiental ao ensino formal, o que poderá dar um 
caráter mais permanente ao tema, tornando o processo cíclico e evolutivo. 
1.2 Educação Ambiental Formal e Não Formal 
Entende-se que educação ambiental pode ser aplicada de diversas 
formas, mas com uma única finalidade, construir “valores sociais, 
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a 
conservação do meio ambiente”. (DIAS, 2004, pg.202). 
13 
 
 
Educação Ambiental 
 
 Dentre todo esse processo de educação das pessoas houve a 
necessidade de direcionar a aplicação da Educação Ambiental, utilizando 
políticas públicas educativas ligadas à sensibilização da coletividade sobre a 
questão ambiental, abrangendo o público em geral, que é considerada a 
Educação Ambiental Não Formal. 
Outro foco da Educação Ambiental, que busca a formação do sujeito de 
forma continuada, e que se insere dentro do todo e qualquer sistema escolar, 
que então chamamos de Educação Ambiental Formal. Segundo lei 9.795/99 
entende-se por educação ambiental formal e não formal: Art. 9o Entende-se por 
educação ambiental na educação escolar as desenvolvidas no âmbito dos 
currículos das instituições de ensino públicas e privadas, englobando: 
 I - educação básica: 
a) educação infantil; 
b) ensino fundamental e 
 c) ensino médio; 
II - educação superior; 
III - educação especial; 
IV - educação profissional; 
V - educação de jovens e adultos. 
Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas 
educativasvoltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões 
ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio 
ambiente. 
Segundo Dias (1992), o lixo e dos maiores problemas nas cidades 
brasileiras, os governantes tem investido “pesadamente” em sistemas de 
equacionamento do lixo. E quem mais sofre com os impactos causados pelo lixo 
e a comunidade. Como o lixo é citado entre os maiores problemas ambientais na 
14 
 
 
Educação Ambiental 
 
comunidade e consequentemente esta ligada a escola, e por ser um ambiente 
que produz grande quantidade lixo, e pela importância que a instituição escolar 
tem na formação de cidadãos mais responsáveis e conscientes. “o lixo foi citado 
pelos alunos como principal problema ambiental”. (ZEPPONE; ROSEMEIRE, 
1999). 
Citando o lixo como um dos maiores problemas dentro das 
comunidades, percebe-se a falta de consciência entre alunos das escolas 
publicas e privadas. Verifica-se que na maior parte das escolas publicas e 
privadas não existem um ensino de “Educação Ambiental que suscita uma 
vinculação mais estreita entre os processos educativos e a realidade, 
estruturando suas atividades em torno dos problemas concretos que se impõe a 
comunidade”. (DIAS, 1992). 
Identifica-se que a falta de consciência ambiental dos alunos origina-se 
da estrutura educacional com métodos defasados, sem sintonia com a realidade, 
gerando cidadãos com hábitos e comportamentos prejudiciais ao meio ambiente, 
não porque pretendiam ser assim, e sim, por não terem recebido uma educação 
com métodos que se adeqüem a realidade. Estudos e práticas realizadas 
apresentam que, a educação ambiental só será eficaz, se levar os alunos a 
terem percepção do mundo que os cerca, “envolvendo-os de forma a despertar 
uma consciência crítica que busca soluções para o problema”. (KINDEL, 2006). 
Ao lado de seus princípios e objetivos, a grande importância da 
educação ambiental reside na atuação consciente dos cidadãos. Ela visa, 
portanto, o aumento de práticas sustentáveis bem como a redução de danos 
ambientais. 
Sendo assim, ela promove a mudança de comportamentos tidos como 
nocivos tanto para o ambiente, como para a sociedade. 
No ambiente escolar ela possui grande importância visto que desde 
cedo as crianças aprendem a lidar com o desenvolvimento sustentável. 
15 
 
 
Educação Ambiental 
 
Com o crescimento e aprofundamento desses temas na atualidade, diversos 
cursos de graduação e pós-graduação foram criados nessa área de 
conhecimento. 
Ampliando a maneira de perceber a Educação Ambiental, podemos dizer 
que se trata de uma prática de educação para a sustentabilidade. Para muitos 
especialistas, uma Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável é 
severamente criticada pela dicotomia existente entre “desenvolvimento e 
sustentabilidade”. 
Na tentativa de fazer uma análise sobre os conceitos dessa prática, 
colocamos à disposição diferentes definições para a Educação Ambiental, a fim 
de perceber este conceito de forma mais abrangente e contextual. Para perceber 
a abrangência e o significado da Educação Ambiental é preciso uma forma de 
pensar mais complexa. 
E para você, o que é Educação Ambiental? É importante fazer esta 
reflexão para que possamos consolidar uma prática educativa que desenvolva 
novos valores em relação à forma como vemos, sentimos e vivemos; onde a 
cidadania, a inclusão, o respeito, a alteridade, a convivência harmônica e a 
tolerância sejam uma constante na prática educacional. 
 
 
 
 
16 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A educação ambiental nos arremete aos cuidados com nosso planeta através do 
conhecimento sobre o que o prejudica e o que o faz bem. Analisando o exemplo de caso a 
seguir, redija um texto de no mínimo uma lauda sobre a importância do conhecimento na 
educação ambiental para a preservação do nosso planeta. 
 
Segundo DIAS, 2004, pg.202, entende-se que educação ambiental pode 
ser aplicada de diversas formas, mas com uma única finalidade, construir 
“valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências 
voltadas para a conservação do meio ambiente”. 
Comente sobre a mudança de atitude e comportamento que a educação 
ambiental deve promover. 
 
17 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
UNIDADE 02 
POLITICAS NA 
EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/EdvvvzZ8DDM/maxresdefault.jpg 
 
 
https://i.ytimg.com/vi/EdvvvzZ8DDM/maxresdefault.jpg
18 
 
 
Educação Ambiental 
 
2 POLÍTICAS NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795 de 27 de Abril de 1999) 
Art. 1o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos 
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, 
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio 
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e 
sua sustentabilidade. 5 Art. 2o A educação ambiental é um componente 
essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de 
forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em 
caráter formal e não-formal. 
Constituição Federal (1988 pg. 103), Art. 225. 
“Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo 
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. VI - 
promover a educação ambiental em todos os níveis de 
ensino e a conscientização pública para a preservação 
do meio ambiente. 
 
Em 1993, o Deputado Fábio Feldmann propôs, na Câmara dos 
Deputados, o projeto de lei 3792/93, que instituía a Política Nacional de 
Educação Ambiental. Este projeto de lei, durante a sua tramitação, foi submetido 
à análise por vários setores da população (MEC, IBAMA, MMA, organizações 
não-governamentais, universidades, dentre outros) que fizeram várias sugestões 
ao documento. Com o intuito de atender às sugestões apresentadas, o então 
presidente da Comissão de Meio Ambiente, Deputado José Sarney Filho, 
apresentou o substitutivo ao Projeto de Lei que, em 1999, foi aprovado pelo 
Congresso Nacional. 
 
19 
 
 
Educação Ambiental 
 
A definição de EA (artigo primeiro) foge dos antigos padrões meramente 
biológico-ecológicos e preservacionistas, inserindo o homem como agente das 
transformações e responsável pela qualidade e sustentabilidade da vida no 
Planeta. Dessa forma, a inclusão da EA como componente da educação 
nacional (artigo 2o) em todos os processos educativos garante um espaço 
privilegiado de ação, inserindose no âmbito da educação formal e dos processos 
educativos não-formais. 
 Do mesmo modo, (artigo 3º) a definição das políticas públicas por parte 
do poder público, com a incorporação da dimensão ambiental, além de fortalecer 
a educação ambiental no espaço escolar, propicia o engajamento da sociedade 
nos processos de gestão ambiental. Os princípios da EA ali apontados 
incorporam o enfoque humanista, ampliam a concepção de meio ambiente, 
incorporam aspectos sócioambientais e culturais. 
Além disso, a Lei imprime às abordagens da EA o caráter participativo, 
democrático e amplo, abrindo espaço para a participação efetiva da comunidade 
na construção dos marcos referenciais e das sínteses inovadoras entre os novos 
conhecimentos e o saber comunitário tradicional. Garantir a democratização de 
informações, estimular a participação individual e coletiva na solução dos 
problemas ambientais, estimular a cooperação entre regiões, entre ciência e 
tecnologia e o fortalecimento da cidadania são também objetivos desta Lei, 
mostrando e valorizando a participação nos processo da EA e no 
desenvolvimento sustentável do País. 
No artigo 6º é instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. Isso 
significa dizer quea EA não é mais pano de fundo das políticas públicas, mas é 
elemento determinante dessas políticas, estruturada em princípios e objetivos 
claramente definidos. Outro aspecto interessante que se nota neste instrumento 
legal é a preocupação com relação à sua aplicabilidade, uma vez que consta 
como linhas de atuação, assim expressas no artigo 8º, a preocupação com a 
capacitação, com a pesquisa e com a produção de material educativo. 
20 
 
 
Educação Ambiental 
 
O parágrafo 3º, que trata da formação e atualização de pessoal, remarca 
a busca das alternativas curriculares e metodológicas para a capacitação de 
recursos humanos, abrindo um novo campo de pesquisa e experimentação em 
EA. Além disso, apóia as iniciativas e experiências locais e regionais na 
produção do material didático e estimula a montagem de banco de dados da EA. 
De modo a operacionalizar a inserção da EA no ensino formal de 
maneira interdisciplinar, a Lei é bastante clara ao tirar o aspecto disciplinar deste 
tema, incentivando a abordagem integrada e contínua em todos os níveis e 
modalidades do ensino formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em 1992, no Rio de Janeiro, aconteceu a segunda “Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e desenvolvimento”, oficialmente denominada de “Conferencia de cúpula da terra” e 
informalmente de Eco-92 ou Rio-92. Foi realizada entre 03 e 14 de junho de 1992, 20 anos após a 
Conferência de Estocolmo, e teve grande importância para reforçar e ampliar essa nova abordagem 
ambiental que já vinha sendo discutida em documentos anteriores. 
 Fez história ao chamar a atenção do mundo para uma questão nova na época: a 
compreensão de que os problemas ambientais estão intimamente ligados às condições econômicas e à 
justiça social. Reconheceu a necessidade de integração e equilíbrio entre as questões sociais e 
econômicas para a sobrevivência da vida humana no Planeta. Reuniu 103 chefes de estado e um total 
de 182 países e centenas de organizações da sociedade civil cuja ação teve relevante impacto ao 
demonstrar claramente os limites da exploração dos recursos naturais. 
 
A Conferência aprovou cinco acordos oficiais internacionais: a Declaração do Rio sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento; a Declaração de Florestas; a ConvençãoQuadro sobre 
Mudanças Climáticas; a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Agenda 21, um documento que 
propõe novos modelos políticos para o mundo em busca do desenvolvimento sustentável. 
A partir das discussões promovidas por ocasião da Rio-92, em 26 de fevereiro de 1997, foi 
instituída a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS). 
21 
 
 
Educação Ambiental 
 
Esta comissão é formada pelo Ministério do Meio Ambiente (presidente) 
e cinco membros do Governo Federal: Ministério de Ciência e Tecnologia, 
Ministério do Planejamento, Ministério das Relações Exteriores, Secretaria de 
Assuntos Estratégicos e cinco membros dos diversos setores da sociedade civil 
a saber: Fórum brasileiro das ONGs e Movimentos Sociais, Fundação Getúlio 
Vargas, Fundação Onda Azul, Conselho Empresarial para o Desenvolvimento 
Sustentável e Universidade Federal de Minas Gerais. 
 
O artigo 225 da Constituição Federal estabelece o “meio ambiente 
ecologicamente equilibrado” como direito dos cidadãos deste país, definindo-o 
como “bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida” (CF,1988 
art.225). Atribui ainda ao “Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 
No entanto, o processo de uso e gestão dos recursos ambientais é, em 
sua essência, conturbado, dado os interesses em jogo e os conflitos que podem 
existir entre atores sociais que atuam sobre o mesmo meio ambiente, físico/ 
natural ou construído. Os que objetivam a posse e o controle do recurso natural 
brigam entre si e com os grupos que defendem o ambiente como patrimônio da 
humanidade. 
A tensão entre a necessidade de assegurar às populações o direito ao 
meio ambiente saudável e equilibrado, como bem público, e a definição de 
como, por quem e para que devam ser usados os recursos naturais na 
sociedade, tem sido uma constante ao longo da história de nosso modelo 
civilizatório. Com a rápida degradação e até mesmo extinção de muitos destes 
recursos naturais, cada vez mais a humanidade tende a deflagrar conflitos pelos 
que restaram. 
O escasseamento da água doce potável é, por exemplo, questão 
potencialmente geradora de grandes disputas entre as comunidades e as 
nações. Fica clara, portanto, a importância da educação no processo de gestão 
ambiental. Só o entendimento contextual mais amplo pode fazer com que os 
22 
 
 
Educação Ambiental 
 
atores envolvidos, os protagonistas e os que sempre ficaram com o ônus 
histórico da degradação ambiental, possam compartilhadamente pensar 
alternativas de solução harmônicas e apropriadas para o bem de todos. Ao se 
falar em Educação no processo de gestão ambiental, está se falando de uma 
concepção de educação ambiental que tem como foco a organização e a 
capacitação das partes interessadas para a interlocução qualificada e para a 
gestão conjunta do ambiente comum. 
De qualquer forma, toda e qualquer iniciativa quanto à Educação 
Ambiental demanda, naturalmente, boa compreensão da seguinte situação: para 
se educar é necessário transmitir um conhecimento/aprendizado sobre 
determinado assunto e, neste sentido é importante, antes de tudo, conhecer o 
assunto. E este assunto é o meio ambiente. Todavia, o que seria “meio 
ambiente”? Um bom entendimento sobre o conceito de meio ambiente, bem 
como sobre conceitos necessariamente correlatos, pode ser buscado na Lei n. 
6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente (BRASIL, 
1981). 
Toda e qualquer iniciativa em Educação Ambiental passa pela definição 
dos papéis desempenhados por envolvidos e interessados. Neste sentido, um 
bom indicativo pode ser buscado na Constituição da República Federativa do 
Brasil (CF), de 1988 (BRASIL, 1988) e na Constituição do Estado de São Paulo 
(CESP), de 1989 (SÃO PAULO, 1989): 
Art. 191. CESP-89. O Estado e os Municípios 
providenciarão, com a participação da coletividade, a 
preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do 
meio ambiente natural, artificial e do trabalho, atendidas as 
peculiaridades regionais e locais e em harmonia com o 
desenvolvimento social e econômico. Art. 225. CF-88. Todos têm 
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
(Pedagog. Foco, Iturama (MG), v. 11, n. 5, p. 120-135, jan./jun. 
2016) 
23 
 
 
Educação Ambiental 
 
2.1 DIRETIVAS LEGAIS PARA UMA ATUAÇÃO MAIS INCISIVA DO 
PODER PÚBLICO 
A despeito da referência clara, direta e explícita, consoante 
proporcionada pela PNMA ao princípio da Educação Ambiental, acredita-se que 
toda ou qualquer iniciativa ambiental, de caráter educativo, não pode 
desconsiderar, se se estiver determinado realmente com a perseguição da 
qualidade ambiental e da dignidade da vida humana, da implantação de uma 
estrutura conjuntada com os demais princípios preconizados pela referida 
legislação ambiental federal, conforme disposto pela PNMA (BRASIL, 1981), 
quais sejam: 
Art. 2º, da Lei n. 6.938/81 I - ação governamental na manutenção 
do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um 
patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, 
tendo em vista o uso coletivo; II - racionalização do uso do solo, do 
subsolo, da água e do ar; III - planejamento e fiscalização do uso dos 
recursos ambientais; IV - proteção dos ecossistemas, com a 
preservação de áreas representativas; V - controle e zoneamento das 
atividades potencialou efetivamente poluidoras; VI - incentivos ao 
estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a 
proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da 
qualidade ambiental; VIII - recuperação de áreas degradadas; 
(Regulamento) IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; [...] 
2.2 A Educação Ambiental e O Ministério da Educação e Cultura 
Em 1996, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), ao instituir a Lei 
9.394, de 20/12/1996 (LDB - Lei de Diretrizes e Bases), assegurou que as 
diretrizes curriculares nacionais para a Educação Ambiental devem ser 
implementadas em consonância com os princípios gerais da Educação. No 
artigo 31 da LDB está assegurada, por exemplo, a formação básica do cidadão 
24 
 
 
Educação Ambiental 
 
mediante a compreensão do ambiental natural e social do sistema político, da 
tecnologia das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade (BRASIL, 
1996). 
Assim, do documento do Ministério da Educação e Cultura (MEC) 
intitulado “Proposta de Diretrizes Nacionais – Educação Ambiental” é importante 
destacar que as diretrizes gerais são válidas para todos os níveis e modalidades 
de ensino/aprendizagem como, por exemplo, Educação Infantil, bem como os 
Ensinos Fundamental, Médio e mesmo o Superior (BRASIL, MEC, 2014). A 
Proposta de Diretrizes Nacionais - Educação Ambiental, do MEC, também pode 
possibilitar um tratamento da Educação para as áreas da Educação Profissional 
de Nível Médio (Profissionais; Gerais; Agrotécnica, Agropecuária e Produção 
Alimentícia; Indústria, Controle de Processos Industriais e Produção Industrial; 
Construção Civil e Infraestrutura; Informação, Comunicação, Artes, Design e 
Produção Cultural; Gestão, Comércio e Negócios; Turismo, Lazer, 
Desenvolvimento Social e Hospitalidade; Meio Ambiente, Recursos Naturais, 
Saúde e Segurança; Mineração; Informática; Química, e; Transporte). 
A proposição propriamente dita do que seja um programa de Educação 
Ambiental pode ser a partir daquilo que se entende como o principal elemento 
norteador, qual seja, a Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA 
(BRASIL, MMA, 2014). Deste documento referencial é possível enfatizar, em 
termos dos aspectos principais da Educação Ambiental, os seguintes aspectos: 
Art. 4o : São princípios básicos da educação ambiental: 
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; 
 II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a 
interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o 
enfoque da sustentabilidade; 
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, 
multi e transdisciplinaridade; 
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; 
V - a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; 
VI - a permanente avaliação crítica do processo educativo; 
VII - a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, 
nacionais e globais; VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à 
25 
 
 
Educação Ambiental 
 
diversidade individual e cultural. Art. 5o : São objetivos fundamentais da 
educação ambiental: 
[...] 
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e 
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a 
defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da 
cidadania; 
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis 
micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade 
ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, 
solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; 
 [...] 
Art. 8o : As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental 
devem ser desenvolvidas na educação em geral e na educação escolar, por 
meio das seguintes linhas de atuação inter-relacionadas: 
 I - capacitação de recursos humanos; 
II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; 
 III - produção e divulgação de material educativo; 
 IV - acompanhamento e avaliação. 
Art. 9o : Entende-se por educação ambiental na educação escolar aquela 
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e 
privadas, englobando: 
 I - educação básica: a) educação infantil; b) ensino fundamental e c) ensino 
médio; 
 II - educação superior; 
III - educação especial; 
IV - educação profissional; 
V - educação de jovens e adultos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em paralelo à Política Nacional de Educação Ambiental, relatada no item anterior, a 
Educação Ambiental pode se valer de um importante programa instituído no âmbito do 
Ministério do Meio Ambiente, coordenado pelo órgão gestor da PNAE, denominado 
“Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA)” (BRASIL, MMA, 2014) 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional do Meio Ambiente e 
articula-se com a Política Nacional de Educação Ambiental, regulada pela Lei no 9.795, 
de 27 de abril de 1999, com a Política Federal de Saneamento Básico, regulada pela 
Lei nº 11.445, de 200, e com a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005. Baseado do 
contexto citato, relate como a Politica de Educação Ambiental contribuiu também para a 
sociedade. 
Toda e qualquer iniciativa em Educação Ambiental passa pela definição 
dos papéis desempenhados por envolvidos e interessados. Neste sentido, 
de que forma a Educação Ambiental pode fomentar na relação espaço-
sociedade? 
27 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
UNIDADE 03 
GESTÃO 
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-cdcWsYjoNIk/TyA-
RPd5V6I/AAAAAAAAARI/2qooVKd5vLU/w1200-h630-p-k-no-
nu/licenciamento+ambiental.JPG 
 
http://2.bp.blogspot.com/-cdcWsYjoNIk/TyA-RPd5V6I/AAAAAAAAARI/2qooVKd5vLU/w1200-h630-p-k-no-nu/licenciamento+ambiental.JPG
http://2.bp.blogspot.com/-cdcWsYjoNIk/TyA-RPd5V6I/AAAAAAAAARI/2qooVKd5vLU/w1200-h630-p-k-no-nu/licenciamento+ambiental.JPG
http://2.bp.blogspot.com/-cdcWsYjoNIk/TyA-RPd5V6I/AAAAAAAAARI/2qooVKd5vLU/w1200-h630-p-k-no-nu/licenciamento+ambiental.JPG
28 
 
 
Educação Ambiental 
 
3.GESTÃO AMBIENTAL 
 
 3.1 GESTÃO E MANEJO AMBIENTAL 
Sabemos que os governos podem reduzir drasticamente o dano 
ambiental causado pelo desperdício e pelo crescimento desordenado. Para tanto 
será necessário criar incentivos para o melhor aproveitamento das matérias-
primas e para a redução do consumo de energia. Tudo isto pode ser facilitado se 
houver uma política de incentivo a inovações nas indústrias, direcionadas para 
este fim. Perceba o importante papel que o poder público municipal, estadual ou 
federal pode assumir no desenvolvimento de políticas públicas de incentivo à 
reciclagem, de redução dos desperdícios, de subsídio a projetos ecologicamente 
corretos e de geração de emprego e renda etc. 
O poder público tem o poder de punir, corrigir e incentivar medidas que, 
além de serem ambientalmente justas, também fazem parte de seu interesse 
econômico. As atribuições variam conforme os níveis: federal, estadual e 
municipal. A seguir, serão descritas algumas atribuições e ações 
socioambientais que são realizadas por órgãos públicos. 
A estrutura de gestão ambiental pública no Brasil está organizada a partir do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA): 
 Órgão superior: Conselho de Governo; 
 Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional de Meio Ambiente 
(CONAMA); 
 Órgão central: Ministério do Meio Ambiente (MMA); 
 Órgão executor: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA); 
 Órgãos setoriais; 
 Órgãos seccionais; e 
 Órgãos locais. 
29 
 
 
Educação Ambiental 
 
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) é responsável pela elaboração 
das normas, que serão fiscalizadas, nacionalmente, pelo IBAMA, órgão queexecuta as leis ambientais e as resoluções do CONAMA. Este Conselho é 
composto por membros do poder público e membros da sociedade, não 
vinculados ao governo. Nos estados, essa estrutura se reproduz, tendo um 
conselho estadual e um órgão executor. O Ministério Público é responsável por 
instaurar e julgar processos relativos à degradação do meio ambiente. 
Os órgãos públicos possuem o poder de comando e controle, ou seja, 
podem estabelecer padrões e controlar se este padrão está sendo respeitado. 
Por exemplo, são os órgãos de controle ambiental que estabelecem o padrão de 
emissões atmosféricas, ou de quantos PPM (partes por milhão) de determinada 
substância podem ter nos efluentes líquidos lançados por uma empresa num rio. 
A proibição ou restrição sobre a produção, comercialização ou uso de 
determinado produto também é feita pelos órgãos de controle ambiental. Outro 
instrumento de comando e controle são as licenças ambientais que devem ser 
solicitadas para grandes obras, como construção de estradas, condomínios, 
túneis etc., ou implantação/ ampliação de uma planta industrial. 
O processo de licenciamento tem início com uma carta-consulta 
ambiental apresentada pelo interessado ao órgão de controle ambiental, com a 
finalidade de verificar a viabilidade de localização. Por exemplo, uma construtora 
pretende construir um Shopping Center numa região da cidade e consulta o 
órgão ambiental municipal sobre a viabilidade de executar esta obra no local 
indicado. O órgão público terá o prazo de 15 dias para se manifestar sobre a 
consulta. E, uma vez considerado viável, será então iniciado o processo de 
licenciamento ambiental, que inclui a emissão de três licenças: Licença Prévia 
(LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO). Veja mais detalhes 
sobre cada uma: 
 Licença Prévia – nesta fase o órgão licenciador irá elaborar o Termo de 
Referência para a realização do EIA/RIMA. EIA é o Estudo de Impacto 
Ambiental, que faz uma análise dos impactos ambientais de uma ação 
30 
 
 
Educação Ambiental 
 
proposta e das suas alternativas. O resumo deste estudo com as 
principais conclusões denomina-se Relatório de Impacto Ambiental 
(RIMA). Durante este processo será produzido o Relatório de Controle 
Ambiental, um documento que descreve o empreendimento, o processo 
de produção e caracteriza as emissões geradas nos diversos setores 
(ruídos, efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos). 
Posteriormente é vistoriado o local das obras e promovida uma 
audiência pública, onde todos os interessados poderão se manifestar pró 
ou contra o empreendimento. Os resultados da audiência pública irão 
subsidiar a tomada de decisão sobre a liberação ou não da LP; 
 Licença de Instalação – autoriza o início da construção do 
empreendimento e a instalação dos equipamentos. A execução do 
projeto deve ser feita conforme o modelo apresentado. Se houver 
alterações na planta ou nos sistemas instalados, estas devem ser 
formalmente enviadas ao órgão licenciador para avaliação. A concessão 
da LI implica no compromisso do interessado em manter o projeto final 
compatível com as condições de seu deferimento; e 
 Licença de Operação – autoriza o funcionamento do empreendimento. 
Deve ser requerida quando a empresa estiver edificada e após a 
verificação da eficácia das medidas de controle ambiental estabelecidas 
nas condicionantes das licenças anteriores. Nestas licenças estão 
determinados os métodos de controle e as condições de operação. A 
concessão da LO implica no compromisso do interessado em manter o 
funcionamento dos equipamentos de controle da poluição, de acordo 
com as condições de seu deferimento. 
O artigo 225 da Constituição Federal estabelece o “meio ambiente 
ecologicamente equilibrado” como direito dos cidadãos deste país, definindo-o 
como “bem de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida” (CF,1988 
art.225). Atribui ainda ao “Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. 
31 
 
 
Educação Ambiental 
 
Fica clara, portanto, a importância da educação no processo de gestão 
ambiental. Só o entendimento contextual mais amplo pode fazer com que os 
atores envolvidos, os protagonistas e os que sempre ficaram com o ônus 
histórico da degradação ambiental, possam compartilhadamente pensar 
alternativas de solução harmônicas e apropriadas para o bem de todos. Ao se 
falar em Educação no processo de gestão ambiental, está se falando de uma 
concepção de educação ambiental que tem como foco a organização e a 
capacitação das partes interessadas para a interlocução qualificada e para a 
gestão conjunta do ambiente comum. 
 
3.2 GESTÃO RACIONAL DOS RECURSOS 
Tem-se debatido muito nas últimas décadas sobre a possível 
“insustentabilidade” ambiental do atual modelo civilizatório de desenvolvimento. 
Isto se deve aos graves problemas ambientais causados pelo uso intensivo dos 
recursos naturais em várias regiões do mundo. Alguns ambientalistas acreditam 
que a solução para a questão ambiental, neste quadro, só se dará com 
mudanças radicais no paradigma da atual trajetória do modelo capitalista; já 
outros, somados a maioria dos cientistas, políticos, governantes, etc, tentam 
buscar em políticas e estratégias ortodoxas, formas de ajustar a capacidade 
ecossistêmica da natureza a este mesmo modelo. 
Nenhuma das duas propostas, até agora, encontraram bases teóricas 
conceituais convincentes. Porém, uma das constatações quase unânimes, tanto 
por um grupo como pelo outro, é que não há como retroceder a trajetória 
tecnológica a qual a sociedade moderna está inserida. O uso da tecnologia em 
praticamente todos os setores da vida humana é uma realidade constante nos 
últimos anos do século XX. Salienta-se, entretanto, que a busca do “modelo 
americanizado” de se viver, baseado no consumismo e na utilização 
desenfreada dos recursos ambientais, provavelmente, levará o planeta Terra ao 
seu esgotamento. 
 
32 
 
 
Educação Ambiental 
 
Já está matematicamente constatada a escassez de recursos naturais, 
ou em outras palavras, não há recursos energéticos suficientes para se manter 
as “máquinas” funcionando com a frenética intensidade das “indústrias 
americanas” em todos os lugares do mundo. 
Chega-se com isto a um dilema: as sociedades menos desenvolvidas 
estarão destinadas a permanecerem sem acesso aos benefícios da 
modernidade que já estão plenamente incorporadas no cotidiano da sociedade 
dos países ricos; ou surgirão novas fontes de recursos capazes de aliar esta 
trajetória à “sustentabilidade” do planeta? 
Como esta resposta não poderá ser dada com total fidedignidade, pelo 
menos num futuro próximo, parte-se aqui para uma nova proposta: buscar na 
sociedade de cada “lugar” estratégias que aliem às expectativas de 
desenvolvimento e a disposição de quanto cada comunidade se propõe “a 
pagar” no que se refere ao uso dos recursos naturais a sua volta. Mas para isto, 
antes de qualquer conclusão, é preciso ter em cada cidadão um aliado na 
tomada de decisões, tanto no que diz respeito a possíveis utilizações dos 
recursos que estão a sua volta como na busca de alternativas para os problemas 
ambientais que a sua localidade já está enfrentando. 
É preciso ainda, considerar que as estratégias de desenvolvimento 
regional deverão levar em conta, tanto a geração atual, como as futuras. Por 
isso é de total relevância nesta proposta, saber se a comunidade de cada “lugar” 
estará disposta a serrar suas árvores, poluir seus rios, afetar a saúde de suas 
crianças, etc., em prol de um desenvolvimento econômico/industrial/tecnológico, 
ou se prefere preservar seus recursos para aproveitá-los com outras alternativas 
menos predatórias, mesmo que com isso corra o risco de ficar fora da “teia” 
globalizante da produção capitalista desenfreada. 
Em outras palavras, resistir ao processohomogenizador de 
produtividade e utilização dos recursos naturais ou incorporar-se às estratégias 
definidas nas mesas diretoras das grandes corporações transnacionais. Para 
33 
 
 
Educação Ambiental 
 
instigar o debate sobre estas questões se fará uma breve análise da trajetória do 
desenvolvimento capitalista contemporâneo, que terá a função de mostrar 
algumas evidências da (ir)racionalidade ambiental do atual modelo. 
Nesta perspectiva trataremos os recursos naturais existentes em cada 
lugar como potencial. Potencial não só econômico, mas, especialmente, sociais, 
culturais e ambientais. 
 
3.3 GESTÃO AMBIENTAL NO ESPAÇO ESCOLA 
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará sequência ao seu 
processo de socialização. O que nela se faz, se diz e se valoriza representa um 
exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos 
ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida 
escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis. 
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada 
do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para 
que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua 
consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos 
e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas 
potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais 
construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente 
justa, em um ambiente saudável. 
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do 
currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o 
aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, 
integral do mundo em que vive. Para isso, a Educação Ambiental deve ser 
abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, 
assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos 
currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares. 
34 
 
 
Educação Ambiental 
 
A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do 
estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. 
Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de 
maneira a englobar toda a comunidade escolar na coleta de dados para resgatar 
a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas 
ambientais. Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento 
dos problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos 
de intervenção. 
 
Observe a ilustração abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando-se a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, 
o método proposto para desenvolver os projetos conjuga os princípios gerais 
básicos da Educação Ambiental. 
A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de 
formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a 
resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o 
sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior 
COMPETÊNCIA 
RESPONSABILIDADE 
SENSIBILIZAÇÃO 
CIDADANIA 
COMPREENSÃO 
35 
 
 
Educação Ambiental 
 
interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o 
objetivo de um crescente bem-estar das comunidades humanas. 
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos 
facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos 
problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua 
responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um 
planeta. 
Desenvolveremos, assim, as competências e valores que conduzirão a 
repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas 
consequências no meio ambiente em que vivem. A Educação Ambiental para a 
sustentabilidade não deve ser prescritiva, mas sim indicativa, e deve ser 
alimentada com todas as formas de pensamento, em busca de um bem comum. 
Desse modo, a Educação Ambiental para a sustentabilidade poderia ser 
assim definida: é um processo educacional que prepara o indivíduo a perceber 
que as relações sociais e econômicas socialmente construídas pela humanidade 
devem ser justas e considerar a Terra a partir da finitude dos seus recursos 
naturais existentes. 
Apesar dos esforços vigentes, a prática da gestão ambiental nas escolas 
tem se mostrado um campo de conflitos, configurado por contradições e repleto 
de desafios. As práticas da educação ambiental, formalizadas no Brasil em 25 
de junho de 2002, a partir do decreto Nº 4.281, o qual regulamentou a Lei nº 
9.795, de 27 de abril de 1999, e instituiu a Política Nacional de Educação 
Ambiental são exemplos do antagonismo a que nos referimos. 
Ferramenta fundamental para o desenvolvimento de uma gestão 
educacional atrelada aos valores ambientais, a Política Nacional de Educação 
Ambiental (PNEA) apresenta diretrizes para o desenvolvimento da educação 
ambiental. O Art. 5º da PNEA afirma em seu texto: Na inclusão da Educação 
Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, recomenda-se como 
referência os Parâmetros e as Diretrizes Curriculares Nacionais, observando-se: 
36 
 
 
Educação Ambiental 
 
I – a transversalidade, continuidade e a permanência3 II – A adequação dos 
programas vigentes de formação continuada de professores 
Na Política Nacional de Meio Ambiente, Lei Nº 6.938, de 31 de agosto 
de 1981, tem-se que, conforme o art. 2º inciso X, a educação ambiental deve ser 
desenvolvida em “todos os níveis de ensino”. Carvalho (2006) apresenta-a como 
ação educativa, um ramo da educação4 , responsável pela formação de atitudes 
e sensibilidades ambientais. 
A autora indica ainda que, de acordo com a legislação, são aspectos 
fundamentais a transversalidade, a continuidade e permanência, a 
interdisciplinaridade, a obrigatoriedade em todos os níveis de ensino e a 
composição em caráter de urgência e essencial ao ensino fundamental. 
A práxis das normas da educação ambiental nas escolas, porém, revela 
contradições em sua aplicabilidade. Mais que indicar uma perda nas exigências 
das leis federais e estaduais que a instituíram, as práticas no espaço escolar 
evidenciam um quadro de descomprometimento e incoerência das várias esferas 
do poder público e de despreparo organizacional das unidades escolares no 
sentido de promover a transformação do ensino. 
De todo modo, Aranha (2006, p. 47) frisa que, no contexto em questão, 
“espera-se que o profissional da educação seja um sujeito crítico, reflexivo, um 
intelectual transformador, capaz de compreender o contexto social-econômico-
político em que vive”, não se corrompendo frente às contradições e não se 
deixando levar pelo vício do “é assim mesmo”. 
A classificação “tipo de trabalho”, dada para a nossa proposta de 
interdisciplinaridade, em conversa com professores em exercício na escola onde 
trabalhava, já se mostra indicativa da falta de estímulos ebase crítica e/ou de 
tempo profissional dos que estavam envolvidos no âmbito da docência daquela 
escola. 
37 
 
 
Educação Ambiental 
 
Tal como indica Morin (2006), a qualificação do profissional do ensino é 
necessária à superação das sequelas deixadas pelo crescimento ininterrupto do 
conhecimento, expressas, dentre outras marcas, pela fragmentação do saber. 
Além disso, a construção de condições de trabalho adequadas é importante para 
o coerente exercício da função. A vida escolar de alunos, professores e 
funcionários não está desligada da vida social. 
 
 
 
 
 
 
 
O meio ambiente é um tema transversal, que deve ser explorado nas diversas disciplinas. 
Confira no site indicado reportagens e entrevistas sobre como incluir o tema no dia a dia da 
ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
38 
 
 
Educação Ambiental 
 
escola e sequências didáticaspara trabalhá-lo em cada etapa de ensino. Boa leitura! 
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/meio-ambiente/ 
 
A linha metodológica da Educação Ambiental deriva das orientações dos 
marcos referenciais internacionais e nacionais e mais recentemente dos temas 
transversais dos PCNs do Ministério de Educação. 
Considera-se necessário trabalhar a Educação Ambiental de maneira 
positiva, ou seja, não somente como problema, e sim como aspectos positivos 
potenciais que um grupo social, uma manifestação cultural, um conhecimento 
tradicional, um ecossistema, uma região biogeográfica, uma cidade, um parque 
nacional, entre muitos outros, apresentam e podem ser otimizados com a 
finalidade de criar alternativas viáveis para a melhoria da qualidade de vida das 
pessoas. 
Nesse caso, o esquema geral é similar ao assinalado para os problemas 
ambientais. Pela introdução dos temas transversais, pretende-se formar um 
educando que seja capaz de analisar as múltiplas implicações ideológicas, 
sociais, culturais, econômicas, das questões socioambientais, convertendo-o em 
um agente participativo e consciente nas tomadas de decisões políticas que 
definirão os caminhos de desenvolvimento alternativos para a construção da 
sociedade do futuro. 
A Educação Ambiental exige a constituição de equipes 
multidisciplinares, constituídas por professores de diferentes formações, e apoio 
técnico em momentos específicos do trabalho. Essas equipes deverão 
programar suas atividades conjuntamente e elaborar um marco referencial 
comum em torno do problema ou potencialidade a ser analisado, mantendo um 
fluxo de informações permanente entre o Problema/potencialidade selecionado, 
os objetivos educacionais propostos e os aportes específicos de suas 
disciplinas. 
O trabalho em equipe poderá ter duas vertentes fundamentais: 
http://revistaescola.abril.com.br/meio-ambiente/
39 
 
 
Educação Ambiental 
 
a) constituição da equipe multidisciplinar dos professores. A atividade 
conjunta gera a oportunidade de intercâmbio de experiências, aprofundamento 
de conhecimentos, elaboração coletiva do planejamento educacional, interação 
cognitiva e sentido de participação solidária. Permite a elaboração de 
consensos, aumenta os conhecimentos e a capacidade profissional; estimula a 
circulação de ideias, informações e sugestões; promove a iniciativa e a 
cooperação. Na realização dos objetivos da Educação Ambiental, é fundamental 
o desenvolvimento de trabalhos em equipe; este tipo de trabalho enriquece a 
formação dos professores, permitindo a reciclagem em serviço, ampliando os 
horizontes disciplinares. 
b) constituição de grupos de trabalho pelos alunos, para o desenvolvimento 
de unidades de ensino-aprendizagem, orientados pela equipe de professores 
(Projeto). Em relação à importância do trabalho em grupo, deve-se destacar 
que ele permite o diálogo. O confronto de ideias substitui a competição pela 
cooperação e estimula a iniciativa, a autonomia e a criatividade, permitindo 
maior eficácia na aprendizagem, uma vez que atua positivamente sobre a 
atenção, a atividade reflexiva, a deliberação democrática, a compreensão e a 
elaboração de conhecimentos. Valoriza a noção de trabalho coletivo como 
instrumento de construção do conhecimento. Prepara melhor o aluno para a 
prática social. Desmitifica a ciência como atividade de seres isolados e 
excepcionais, conduzindo a vê-la como produto histórico da sociedade. 
Extraído e adaptado de: FREITAS, Rafael Estrela de. RIBEIRO, Karla Cristina Campos. Educação e 
percepção ambiental para a conservação do meio ambiente na cidade de Manaus. Revista Eletrônica 
Aboré - Publicação da Escola Superior de Artes e Turismo Manaus - Edição 03 Nov/2007. Disponível em: 
http://www.revistas. uea.edu.br/old/abore/artigos/artigos_3/Rafael%20Estrela%20de%20Freitas.pdf 
Em síntese, Educação Ambiental, na abordagem denominada 
socioambiental, é proposta como uma alternativa educacional complexa que 
deverá ser levada à prática com a finalidade de verificar as suas possibilidades 
reais, na melhoria da qualidade do ensino público. 
40 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1)De acordo com a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no 
tempo e no espaço, a escola deverá oferecer: 
2) Quais os princípios gerais da Educação Ambiental? 
3) Qual a importância da Educação Ambiental? 
4) Apresente de forma objetiva algumas das linhas metodológicas que podem ser adotadas 
pela Educação Ambiental nas escolas. 
 
Tem-se debatido muito nas últimas décadas sobre a 
possível “insustentabilidade” ambiental do atual 
modelo civilizatório de desenvolvimento 
Como deve ser a Educação Ambiental para a 
sustentabilidade? 
 
41 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
UNIDADE 04 
 
MODELOS DE 
GESTÃO 
AMBIENTAL 
Fonte: https://gennegociosegestao.com.br/wp-
content/uploads/2019/03/novas-tecnologias-gestao-ambiental-770x313.jpg 
 
https://gennegociosegestao.com.br/wp-content/uploads/2019/03/novas-tecnologias-gestao-ambiental-770x313.jpg
https://gennegociosegestao.com.br/wp-content/uploads/2019/03/novas-tecnologias-gestao-ambiental-770x313.jpg
42 
 
 
Educação Ambiental 
 
INTRODUÇÃO 
As organizações estão sujeitas a mudanças e ajustes internos 
constantes devido às pressões externas a que estão sujeitas. Este fato tem 
levado as empresas a buscarem estratégias alternativas, uma vez que devem se 
adaptar ao novo ambiente, marcado por intensas transformações. As estratégias 
adotadas pelas organizações retratam a forma pelas quais estas se comportam 
perante o ambiente. 
As empresas adaptam-se para atender aos desafios do mercado. Os 
estudos das adaptações estratégicas descrevem e buscam entender o processo 
de mudança nas organizações, sendo que estas respondem com padrões 
comportamentais e de tomadas de decisão de acordo com a sua cultura 
organizacional, suas políticas e diretrizes. Em relação à gestão ambiental, o 
mercado tem exigido das organizações uma nova postura frente ao 
desenvolvimento de métodos e técnicas para concepção de produtos e serviços 
mais eficientes do ponto de vista ecológico. Maimon (1996) afirmou que os 
problemas ambientais já estavam sendo tratados como questões estratégicas da 
empresa, desde o início da década, relacionando-os com a competitividade atual 
e futura do negócio. 
Com o aumento do interesse público pelas questões ambientais, a 
autora afirma que as organizações deveriam atentar cada vez mais para essas 
questões, estabelecendo ações em seu planejamento estratégico que permitam 
produzir de forma a minimizar os impactos ambientais negativos de suas 
atividades. Neste contexto, complementou Donaire (1999) que entre as 
diferentes variáveis que afetam o ambiente de negócios, a preocupação 
ecológica ganhou destaque significativo em face de sua relevância para a 
qualidade de vida das populações. 
Vários fatores demonstravam a importância da questão ambiental nas 
agendas dos executivos de empresas da época, por exemplo: a globalização 
dos negócios, a conscientização crescente dos atuais consumidores e a 
disseminação da educação ambiental nas escolas. Estes fatores estavam 
43 
 
 
Educação Ambiental 
 
direcionando as ações das organizações no sentido da incorporação da variável 
ambiental, tanto na prospecção de seus cenários, quanto nas tomadas de 
decisão, visando à adoção de uma postura responsável de respeito à questão 
ambiental. 
 (TEXTO EXTRAÍDO DO XXXIII ENCONTRO DA ANPAD) 
 
 
4.1 MODELOS DE GESTÃO AMBIENTAL NAS ORGANIZAÇÕES 
 
Donaire (1999) observou que nas indústrias brasileiras a interiorização 
da questão ambiental, num primeiro momento, ocorreu por influências externas - 
pressões advindas da legislação ambiental e da comunidade (nacional e 
internacional), que repercutiram no nível interno das organizações. O autor aindasalienta que os programas de gestão ambiental estabelecem as atividades que 
serão desenvolvidas, a seqüência entre elas, bem como os responsáveis pela 
sua execução. Normalmente estes programas abrangem os aspectos ambientais 
mais importantes e buscam a melhoria contínua do processo, ampliando seu 
escopo de atuação com o passar do tempo; além de possuir dinamismo e 
flexibilidade suficientes, para se adaptar a mudanças, que podem ocorrer tanto 
no seu ambiente atual, quanto no seu ambiente futuro. 
Uma gestão ambiental sistemática não é algo que possa ser introduzido 
de imediato, exige planificação, estabelecimento de etapas seqüenciais e vigor 
na sua implementação. Neste sentido devem ser considerados os aspectos 
econômicos, a tecnologia utilizada, o processo produtivo, a cultura da 
organização e seus recursos humanos. O autor complementou que as 
organizações deveriam, de maneira acentuada, incorporar a variável ambiental 
na prospecção de seus cenários e na tomada de decisão, além de manter uma 
postura responsável com a questão ambiental. (DONAIRE, 1999). 
De acordo com Andrade et al. (2002) a gestão ambiental não apresenta 
um significado stricto sensu, mas várias propostas são apresentadas, tanto no 
setor de serviço quanto no setor industrial, iniciando-se pela consciência 
44 
 
 
Educação Ambiental 
 
ecológica que está abrindo caminho para o desenvolvimento de novos produtos, 
novas oportunidades de negócios e novos mercados de trabalho. Também, seu 
significado pode estar associado à idéia de resolver os problemas ambientais da 
empresa, uma vez que o mercado tem exigido das indústrias uma nova postura 
frente aos avanços em diversas áreas do conhecimento. 
Fato este que tem levado ao desenvolvimento de métodos e técnicas 
que convirjam para a concepção de produtos e serviços menos agressivos ao 
ambiente natural, bem como para a melhoria da imagem organizacional. Já, por 
outra perspectiva, a gestão ambiental é motivada por uma ética ecológica e por 
uma preocupação com o bem-estar das futuras gerações. Assim, novas 
pesquisas em torno das questões ambientais procuram a relação entre o 
comportamento das organizações e a gestão ambiental, levando a construção 
de novos conceitos e modelos. 
Sob o pondo de vista de Tachizawa (2002), a gestão ambiental foi a 
resposta natural das empresas ao chamado do consumidor verde e 
ecologicamente correto. Desta forma, os empresários ganharam uma nova fatia 
de mercado e, com a introdução dos programas de reciclagem, das medidas 
para poupar energia e outras inovações ecológicas ganharam eficiência 
produtiva. A inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da organização 
amplia o conceito de administração e a empresa verde torna-se sinônimo de 
bons negócios, já que segundo o autor, no futuro será a única forma de 
empreender de forma duradoura e lucrativa. 
 
45 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
 
 
A nova consciência ambiental, surgida no bojo das transformações 
culturais que ocorreram nas décadas de 60 e 70, ganhou dimensão e situou o 
meio ambiente como um dos princípios mais fundamentais do homem moderno. 
Na nova cultura, a fumaça passou a ser vista como anomalia e não mais como 
uma vantagem ou sinal de progresso. 
 “Nos Estados Unidos, os consumidores ambientalmente saudáveis 
(pessoas que estão atentas à qualidade de vida das futuras gerações e que 
pagam pelo valor ambiental agregado ao produto) representam 37% da 
população, enquanto em países europeus, como 16 Suíça, Alemanha e 
Inglaterra, já são 50%. Na Inglaterra, dois de cada cinco cidadãos vão ao 
supermercado com uma lista de produtos ambientalmente saudáveis à mão. As 
estratégias de marketing adotadas pelas empresas estão sendo moldadas 
visando à melhoria da imagem, por meio da criação de novos produtos ‘verdes’ 
(produtos que durante todo seu ciclo de vida apresentam diferencial positivo aos 
impactos ambientais causados por ele) e de ações voltadas para a proteção 
ambiental” (Souza, 1993). 
46 
 
 
Educação Ambiental 
 
O marketing ambiental passou a ser o código-chave, a palavra mágica e, 
mais do que isso, compromisso e obrigação das empresas que pretendem ser 
modernas e competitivas. A consciência da proteção do meio ambiente por parte 
das empresas resultou, também, na mitificação do conceito de qualidade do 
produto, que agora precisa ser ambientalmente viável. Recente estudo 
americano concluiu que, no primeiro semestre de 1990, 9,2% dos produtos 
industrializados no mercado eram anunciados ‘verdes’, enquanto em 1989 estes 
constituíam apenas 0,5%. 
A proteção ambiental deslocou-se uma vez mais, deixando de ser uma 
função exclusiva de proteção para tornar-se também uma função da 
administração. Contemplada na estrutura organizacional e interferindo no 
planejamento estratégico, passou a ser uma atividade importante na empresa, 
seja no desenvolvimento de atividades de rotina, seja na discussão dos cenários 
alternativos, e a conseqüente análise de sua evolução acabou gerando políticas, 
metas e planos de ação. 
Essa atividade dentro da organização passou a ocupar interesse dos 
presidentes e diretores e a exigir uma nova função administrativa na estrutura, 
que pudesse abrigar um corpo técnico específico e um sistema gerencial 
especializado, com a finalidade de propiciar à empresa uma integração 
articulada e bem conduzida de todos os seus setores e a realização de um 
trabalho de comunicação social moderno e consciente. 
 
A inclusão da proteção do ambiente entre os objetivos da administração 
amplia substancialmente todo o conceito de administração. Administradores e 
empresários, independentemente, introduziram em suas empresas programas 
de reciclagem, medidas para poupar energia e outras inovações ambientais. 
Essas práticas difundiram-se rapidamente e logo vários pioneiros do negócio 
desenvolveram sistemas abrangentes de administração de caráter ambiental. 
47 
 
 
Educação Ambiental 
 
 
FONTE:https://slideplayer.com.br/slide/2653119/9/images/26/Planejamento%20A
mbiental.jpg 
 
Na abordagem sistêmica, o foco da atenção se transfere da análise da 
interação das partes para o todo, contrariamente ao pensamento pré-sistêmico, 
no qual o método analítico procurava chegar à compreeensão do todo a partir do 
estudo independente das partes. A adoção do enfoque sistêmico, encarando a 
instituição como um macrossistema aberto que interage com o meio ambiente, 
pode ser entendida como um processo que procura converter recursos em 
produtos, bens e serviços, em consonância com seu modelo de gestão, missão, 
crenças e valores corporativos. 
 A visão sistêmica ou visão horizontal de uma organização permite 
visualizar: 
• O cliente, o produto e o fluxo de atividade da cadeia produtiva; 
• Como o trabalho é realmente feito pelos processos que atravessam as 
fronteiras funcionais; 
https://slideplayer.com.br/slide/2653119/9/images/26/Planejamento%20Ambiental.jpg
https://slideplayer.com.br/slide/2653119/9/images/26/Planejamento%20Ambiental.jpg
48 
 
 
Educação Ambiental 
 
• Os relacionamentos internos entre cliente-fornecedor, por meio dos 
quais são produzidos os produtos e serviços. 
O enfoque sistêmico possibilita uma visão macroscópica da organização, 
que é o ponto de partida para concepção do modelo de gestão ambiental, o qual 
permitirá à organização responder eficazmente à nova realidade da concorrência 
acirrada e de expectativas dos clientes em mutação. Essa macrovisão permite 
visualizar a organização 21 como um macrossistema que converte diversas 
entradas de recursos em saídas de produtos e serviços que ela fornece para 
sistemas receptores ou mercados. 
 
Um sistema de gestão ambiental pode ser definido como um conjunto de 
procedimentos para gerir ou administrar uma empresa, de forma o obter o 
melhor relacionamento com o meio ambiente. O modelo de gestão ambiental 
deve estabeleceros elos de ligação entre a missão da empresa e o efetivo 
atendimento das expectativas dos clientes. 
O modelo de gestão ambiental incorpora em seus princípios de 
qualidade os requisitos determinados pelas normas NBR serie ISO 14000 
instituídas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
Tais instrumentos legais se baseiam em normas internacionais de 
gestão ambiental que têm por objetivo prover as organizações com elementos 
de um sistema ambiental eficaz, passível de integração com outros requisitos de 
gestão, de forma a auxilia-las a alcançar seus objetivos ambientais e 
econômicos. 
As normas da serie ISO 14000 que tratam dos sistemas de gestão 
ambiental compartilham dos princípios comuns estabelecidos para sistema da 
qualidade da serie de Normas NBR ISO 9000. Enquanto os sistemas de gestão 
da qualidade tratam das necessidades dos clientes, os sistemas de gestão 
ambiental atendem às necessidades de um vasto conjunto de partes interessada 
49 
 
 
Educação Ambiental 
 
(órgãos públicos, sindicato, ONG’s, empregados, acionistas, comissão de bairros 
etc.) e às crescentes necessidades da sociedade sobre proteção ambiental. 
O Sistema de Gestão Ambiental deve ser entendido como um conjunto de 
decisões assumidas a fim de obter um equilíbrio dinâmico entre missão, 
objetivos, meios e atividades-fim. Uma das normas da ISO Série 14000, ou seja, 
a ISO 14000 estabelece as especificações e os elementos de como se deve 
implementar um sistema de gestão ambiental. O QUADRO 2.2 ilustra o modelo 
de implementação que é similar na maioria dos sistemas de gestão ambiental: 
 Fonte: D’Avignon, p.26 
 
Segundo a ABNT (1996), tais normas especificam os requisitos relativos 
a um sistema de gestão ambiental, permitindo a uma organização formular 
política e objetivos que levam em conta os requisitos legais e as informações 
referentes aos impactos ambientais significativos. Elas se aplicam aos aspectos 
ambientais que possam ser controlados pela organização e sobre os quais se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Verificação e 
 Ação corretiva 
 
Análise 
Crítica 
 
 
Implementação 
 
 Planejamento 
Política 
50 
 
 
Educação Ambiental 
 
presume que elas tenham influência. Em si, elas não prescrevem critérios 
específicos de desempenho ambiental. 
As normas da série ISO 14000, segundo a ABNT, se aplicam a qualquer 
organização que deseje: 
• Implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental; 
• Se assegurar de sua conformidade com sua política ambiental 
definida; 
• Demonstrar tal conformidade a terceiros; 
• Buscar certificações e registro do seu sistema de gestão ambiental por 
uma organização externa; 
• Realizar uma auto-avaliação e emitir autodeclaração de conformidade 
com essas normas. 
O grau de aplicação dessas normas dependerá de fatores como a 
política ambiental da organização, a natureza de suas atividades e as condições 
em que ele opera. 
Após o comprometimento com as questões ambientais e a avaliação 
inicial começase a implantar os outros requisitos especificados pela norma. 
Abaixo eles aparecem em ordem de implementação, o que não impede que 
certas etapas sejam executas paralelamente: 
a) Estabelecimento da política ambiental da organização; 
b) Planejamento para implantação; 
⇒ Levantamento dos aspectos ambientais 
⇒ Requisitos legais e outros 
⇒ Objetivos e metas 
⇒ Programas de gerenciamento ambiental 
c) Implantação e operação; 
 ⇒ Estrutura e responsabilidade 
 ⇒ Treinamento e conscientização 
51 
 
 
Educação Ambiental 
 
 ⇒ Comunicação 
 ⇒ Documentação ambiental 
 ⇒ Controle de documento 
 ⇒ Controle operacional 
⇒ Plano de emergência 
d) Verificação e ação corretiva 
 ⇒ Monitoração e medição 
 ⇒ Não-conformidade e ações corretivas e preventivas 
 ⇒ Registros 
 ⇒ Auditorias 
e) Análise crítica da alta administração 
Todas estas etapas buscam o conceito de melhoria contínua, ou seja, um 
ciclo dinâmico no qual se está reavaliando permanentemente o sistema de 
gestão e procurando a melhor relação possível com o meio ambiente. 
O planejamento estratégico em uma organização pode ser entendido 
como o conjunto de decisões programadas previamente, relativas ao que deve 
ser feito na organização a longo prazo. Conceitualmente, administrar é pôr em 
prática uma estratégia tanto no nível microssocial como no nível macrossocial, 
ou seja, operacionalmente, as estratégias devem direcionar a gestão das 
organizações. O delineamento estratégico de uma organização tem como 
subprodutos, principalmente, os programas de vendas, de produção, de compras 
e suprimento e o orçamento. 
O planejamento estratégico e ambiental da organização deve ser 
entendido como um processo cujo objetivo final é dotá-lo de um instrumento de 
gestão estratégica – Plano Estratégico Ambiental – de longo prazo, que, por sua 
vez, representa a súmula do conceito estratégico da empresa, servindo de 
orientação para a definição e o desenvolvimento dos planos e programas de 
curto e médio prazos, bem como permitindo a convergência de ações em torno 
de objetivos comuns. 
52 
 
 
Educação Ambiental 
 
O Plano Estratégico Ambiental delineado caracteriza a organização em 
termos do que será feito e como se pretende que as coisas aconteçam, 
necessitando, porém, de comunicação e compartilhamento dessas diretrizes em 
todos os níveis organizacionais e funcionais da organização sob estudo. De fato, 
além do Plano Estratégico Ambiental delineado, sugere-se que sejam 
desenvolvidas, planos operacionais pertinentes a cada área funcional da 
organização, tais como os seguintes: 
• Plano Econômico-Financeiro; 
• Plano do Orçamento Anual; 
• Plano Diretor de Automação (Novos Projetos); 
 • Plano de Desenvolvimento de Recursos Humanos. 
 O modelo de gestão ambiental enfatiza a ativa participação de todos os 
gestores, técnicos e funcionários da organização. A comunicação interna, como 
também a externa, é fundamental no processo de gestão ambiental. Para se 
tornar um instrumento de gestão efetivo e flexível, o Plano Estratégico Ambiental 
deve considerar o delineamento de cenários (mercado, economia, governo, leis, 
foco dos clientes e outros). 
A criação de cenários alternativos assegura o eficaz planejamento e o 
posterior monitoramento das ações estratégicas da organização. Com seu uso, o 
gestor pode controlar o alcance dos objetivos estratégicos e, portanto, alterar 
suas ações estratégicas em face do cenário que estiver predominando. Por 
exemplo, se o cenário mais provável não estiver acontecendo, e sim 
prevalecendo o cenário otimista, ou pessimista, a organização pode, modificar 
suas estratégias de modo a se beneficiar desse novo cenário, ou direcionar suas 
ações no sentido de minimizar os impactos decorrentes. 
O planejamento estratégico em uma organização, qualquer que seja o 
setor econômico ao qual pertença, deve ser encarado como um processo, 
53 
 
 
Educação Ambiental 
 
permanente e dinâmico, e não como uma fase estanque cujo produto final seja 
um relatório ou certificado na parede, algo finito. 
 De fato, há estratégias e instrumentos de gestão que são comuns a todas 
as instituições. No entanto, há estratégias específicas e instrumentos 
particulares que variam em função das crenças, dos valores e do estilo de 
gestão que são singulares a cada organização. O modelo de gestão foi 
concebido para uma organização hipotética, pois, para fazê-lo de forma 
específica a uma determinada organização, seria preciso incorporar as crenças e 
os valores dessa instituição. Ou seja, a implementação do modelo de gestão 
ambiental em cada empresa deve levar em conta, ainda, os fatores

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