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Língua Portuguesa Professor André Moraes 1 1) SEMÂNTICA – é o estudo da significação das palavras. SINONÍMIA – semelhança entre vocábulos. Ex.: bela / bonita ANTONÍMIA – “é a seleção de expressões linguísticas com traços semânticos opostos.” Ex.: “Gelada no inverno, a praia de Garopaba oferece no verão uma das mais belas paisagens catarinenses.” PARÔNIMOS – são palavras parecidas na grafia ou na pronúncia, mas com significados diferentes. Ex.: retificar (corrigir) / ratificar (confirmar) HOMÔNIMOS – palavras que podem ter a mesma pronúncia ou grafia, mas significados diferentes. Ex.: acento (sinal gráfico) / assento (local onde se senta) POLISSEMIA – capacidade que a palavra tem de assumir vários significados em contextos diferentes. Ex.: cabeça (do prego / do alfinete / da turma – mudança de gênero) DENOTAÇÃO – sentido real, dicionarizado. Ex.: A rosa é uma bela flor. CONOTAÇÃO – sentido figurado. Ex.: A Rosa é uma flor. QUESTÕES OBJETIVAS 1) “Aparelhos que identificam mutações genéticas nas células”; a alternativa abaixo que mostra uma forma de reescrever-se esta frase, com alteração de seu sentido original, é: (A) Aparelhos identificadores de mutações genéticas nas células; (B) Mutações genéticas nas células são identificadas por aparelhos; (C) Aparelhos que identificam, nas células, mutações genéticas; (D) Aparelhos, nas células, que identificam mutações genéticas; (E) São identificadas por aparelhos mutações genéticas nas células. 2) A alternativa abaixo que apresenta um vocábulo que NÃO pertence à mesma família de palavras dos demais é: (A) vidro – vidrado – envidraçar; (B) reação – reacionário – reagir; (C) aparelho – aparelhado – emparelhar; (D) equipamento – equipado – equipar; (E) prestígio – prestigiado – prestigiar. 3) “Se (*) o ambiente de nossos melhores laboratórios cria um cenário de Primeiro Mundo, (*) uma análise das estatísticas mostra um profundo fosso existente”; Se colocássemos termos adequados em lugar dos (*), teríamos: (A) por um lado / por outro lado; (B) antes / depois; (C) a priori / a posteriori; (D) deste modo / de outro modo; (E) pois / assim. 4) Sobrevida significa: (A) prolongamento da vida além do limite dado; (B) qualidade de vida durante período de enfermidade; (C) sofrimento derivado de estado doentio; (D) extensão da vida em estado vegetativo; (E) prazo de sobrevivência reduzido após o diagnóstico de uma doença. 5) O segmento inicial de nosso Hino Nacional diz o seguinte: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante Se colocados na ordem direta, os termos desses dois versos estariam assim dispostos: (A) As margens plácidas do Ipiranga ouviram O brado retumbante de um povo heroico; (B) As margens plácidas ouviram do Ipiranga O heroico brado retumbante de um povo; (C) As margens plácidas do Ipiranga ouviram O heroico brado retumbante de um povo; (D) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram O brado retumbante de um povo heroico; (E) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga De um povo o heroico brado retumbante. 6) “Discriminação” e “descriminação” são parônimos; a alternativa em que se trocou a forma destacada pelo seu parônimo ou homônimo é: a) o afastamento do jogador racista é iminente; b) a injustiça do ato foi flagrante; c) os negros sofrem discriminação, na Europa, por serem emigrantes; d) o jogador racista teve sua matrícula cassada; e) o jogador assistiu a uma sessão espírita. 7) “Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos”; a forma abaixo que ALTERA o sentido original desse segmento do texto é: a) quanto à veracidade dos fatos, havia controvérsias; b) em relação à veracidade dos fatos, existiam controvérsias; c) no que diz respeito à veracidade dos fatos, havia controvérsias; d) afora a veracidade dos fatos, havia controvérsias; e) quanto à veracidade dos fatos, controvérsias havia. Língua Portuguesa Professor André Moraes 2 8) A relação adequada entre, respectivamente, substantivo-adjetivo-verbo de uma mesma família de palavras e de um mesmo campo semântico é: a) média-mediático-remediar; b) policial-policiamento-policiar; c) crime-criminoso-incriminar; d) idade-idoso-identificar; e) gravação-grave-agravar. 9) O item em que a troca de posição entre substantivo e adjetivo traz nítida modificação de sentido é: a) grau crescente; b) policiamento ostensivo; c) poder público; d) fartos investimentos; e) aplicação eficiente. 10) Se trocarmos os substantivos e adjetivos abaixo de posição, a alternativa em que há uma modificação de forma e sentido é: a) jogadores negros; b) momentos distintos; c) sentimento negativo; d) opiniões inexatas; e) disposição psicológica. 11) Em "D. Ínigo e seu pai ... passam as portas de Toledo com a rapidez da frecha" (Alexandre Herculano, Lendas e Narrativas, II, p. 47) o vocábulo “frecha” pode também ser grafado corretamente “flecha”. Assinale o par em que há erro na proposta de segunda palavra. a) covarde - cobarde b) quatorze - catorze c) cinquenta - cincoenta d) transpassar - traspassar e) camião - caminhão 12) A alternativa em que o vocábulo sublinhado tem seu valor ERRADAMENTE indicado é: a) “Entretanto, até o século XVIII” = oposição; b) “assim, o pioneiro ciclo hidráulico” = modo; c) “surgiu em Londres” = lugar; d) “em 1881” = tempo; e) “Mais tarde” = tempo. 2) NOÇÕES DE FONÉTICA Fonética é a parte da gramática que estuda os sons da fala, em suas várias realizações. Fonemas São as unidades sonoras mais simples da língua, ou seja, os sons distintivos que entram na formação do vocábulo. Ex.: bola - cola Letra Representação gráfica do fonema. Sílaba Fonema ou grupo de fonemas emitidos de uma só vez. Ex.: a-ca-so / gru-po. Classificação dos vocábulos quanto ao número de sílabas 1)Monossílabos: vocábulos de uma sílaba. (pé, vi, já). 2)Dissílabos: vocábulos de duas sílabas (cedo, aqui). 3)Trissílabos: vocábulos de três sílabas (beleza, saudade). 4)Polissílabos: vocábulos com mais de três sílabas (colocação, pacificador). Tonicidade 1)Sílaba tônica: aquela pronunciada com mais intensidade. Ex.: comida. 2)Sílaba átona: a que se pronuncia de maneira menos intensa. Ex.: beleza. 3)Sílaba subtônica: em palavra derivada, em cuja primitiva era tônica. Ex.: cafezinho (fe). Posição da sílaba tônica 1)Oxítonas: Sílaba tônica é a última (maré). 2)Paroxítonas: Sílaba tônica é a penúltima (doce). 3)Proparoxítonas: Sílaba tônica é a antepenúltima (árvore). Classificação dos fonemas As palavras da língua portuguesa podem apresentar três tipos de fonemas: vogais, semivogais e consoantes. a) Vogal: São fonemas que saem livremente pelo canal bucal. Ex.: CASEIRO b) Consoantes: São fonemas produzidos com obstáculos à passagem da corrente expiratória. Ex.: CASEIRO c) Semivogais: São as vogais i ou u , quando acompanhadas de outra vogal na mesma sílaba, formando, assim, um ditongo ou um tritongo. Ex.: A – MEI – XA / OU – TRO. Encontros vocálicos Quando, em uma palavra, sons vocálicos (vogais e semivogais) aparecem um imediatamente após o outro, dizemos que aí está ocorrendo um encontro vocálico. Esses encontros classificam-se em: Ditongo, Tritongo e Hiato. a) Ditongo: é a junção de vogal + semivogal (ou semivogal + vogal) na mesma sílaba. Crescente:Quando a semivogal vem antes da vogal. Ex.: colégio; Decrescente: Quando a vogal vem antes da semivogal. Ex.: pai; Oral: Quando a vogal e a semivogal são pronunciadas somente pela boca. Ex.: pai; Nasal: Pronunciada parte pelo nariz e parte pela boca. Ex.: mãe. Língua Portuguesa Professor André Moraes 3 Quadro didático para identificação das vogais e semivogais A 4 O 3 E 2 I/U 1 Ex.: glória: i = 1, a = 4; de 1 para 4 houve um aumento, por isso, diz-se ditongo crescente. pai: a = 4, i = 1; de 4 para 1 houve diminuição, ditongo decrescente. b) Tritongo: é o encontro de semivogal + vogal + semivogal , na mesma sílaba. Oral: quais, Uruguai, averiguei. Nasal: enxáguam, saguão, saguões. c) Hiato: encontros de vogais em sílabas separadas. Ex.: vi – ú – va, ra – iz , su – or . Encontros consonantais Encontros de consoantes (duas ou mais), na mesma sílaba (perfeitos – a última letra será l ou r), ou não (imperfeitos) Ex.: aplauso, ritmo, pneu, substância. Obs.: Se o l ou r forem pronunciados separadamente, não se tratará de encontro consonantal perfeito. É o que se observa, por exemplo, em: sub-lin-gual, sub-le- gen-da etc. Dígrafos: é o conjunto de duas letras que representam um único fonema. São dígrafos: rr, ss, sc, sç, xc, ch, nh, lh, gu e qu (quando o u não é pronunciado), am, em, im, om, um. an, en, in, on, un. Estes últimos, formados por uma vogal e as letras m e n, são os dígrafos vocálicos nasais. Divisão silábica 1)Separam-se os dígrafos (RR, SS, SC, SÇ, e XC). Ex.: car-ro, pas-so, cres-cer, des-ça, ex-ce-to. 2)Não se separam os dígrafos (LH, NH e CH). Ex.: ra-i- nha. 3)Separam-se os hiatos. Ex.: gra-ú-do, ca-a-tin-ga. 3) ACENTUAÇÃO GRÁFICA Regras de acentuação: 1) Monossílabos tônicos:acentuam-se os terminados em A(s), E(s), O(s). Ex.: pá, pé, mês, dá-lo, pó. 2) Oxítonos: acentuam-se os terminados em A(s), E(s), O(s), EM(ens). Ex.: cajá, café, avô, alguém, armazéns, contá-las. 3) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em L, N, R, X, I, U, UM, UNS, PS, Ã, OM, ONS. Ex.: caráter, útil, ônix, Hífen, ímã, táxi, álbum, bíceps, órfão. NOTA: Acentuam-se também os paroxítonos terminados em ditongo (quer crescentes ou decrescentes). Ex.: série, tênue, úteis etc. 4) Proparoxítonas: todas são acentuadas. Ex.: sólido, fenômeno, seriíssimo etc. Regras Especiais 1. Os ditongos abertos ÉI, ÒI só serão acentuados em monossílabos tônicos ou quando forem a sílaba tônica de palavras oxítonas. Ex.: heróis, papéis, dói, etc. Obs.: O ditongo aberto ÉU receberá acento gráfico sempre que for tônico. Ex.: troféu, véu, etc. 2. Levará acento agudo a 2ª vogal do hiato, sendo I ou U, tônica, seguida ou não de s. Ex.: saída, saíste, juíza, aí, baú, balaústre, Grajaú. Obs.: 1) Quando seguidas do dígrafo nh ou acompanhadas de outra letra, não são acentuadas: ra-i-nha, la-da-i-nha, ju- iz 2) Se as letras i e u aparecerem dobradas, não serão acentuadas: va-di-i-ce 3) Quando antecedidas de ditongo, as letras i e u não serão acentuadas. Ex.: boiuna, etc. Se forem a tônica de palavras oxítonas, serão acentudadas. Ex.: Piauí, etc. 3. Não recebe acento circunflexo a 3ª pessoa do plural dos verbos VER, LER, CRER e DAR e de seus derivados. Ex.: leem, veem, creem, deem, releem, reveem, descreem, etc. 4. Não recebe acento circunflexo o penúltimo O fechado do hiato OO, seguido, ou não, de S, nas palavras paroxítonas. Ex.: perdoo, abençoo, voo, enjoos, etc. 5. Acentua-se, com circunflexo, a 3ª pessoa do plural dos verbos TER e VIR e derivados. Ex.: ele tem/ eles têm; ele vem/ eles vêm; ele retém/ eles retêm. Acentos diferenciais 1)Timbre: pôde ( pret. perf.) / pode ( pres.ind.) Língua Portuguesa Professor André Moraes 4 Facultativo - fôrma (susbst.) / forma (subst.; 3ª pessoa do sing. do pres. do ind. ou 2ª pessoa do sing. do imperativo afirmativo) 2)Intensidade: pôr – verbo; por – preposição. O Trema Só se conserva em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex: mülleriano, de Müller, etc. Obs.: 1. O U tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI não receberá acento agudo. Ex.: averigue, oblique, etc. QUESTÕES OBJETIVAS 13) (IBGE) O item em que o par de palavras NÃO está acentuado em função da mesma regra ortográfica é: a) própria / advertências; b) farmácia / bactérias; c) indústria / cálcio; d) importância / raízes; e) remédio / circunstância. 14) (CESCEM) Sob um ..... de nuvens, atracou no ..... o navio que trazia..... . a) veu, porto, heroi b) veu, pôrto, herói c) véu, pôrto, herói d) véu, porto, heroi e) véu, porto, herói 15) (TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação em um dos vocábulos é: a) lápis - júri b) bônus - hífen c) ânsia - série d) raízes – amável e) Anhangabaú - bambú 16) (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: a) Todo ensino deveria ser gratuito. b) Não ves que eu não tenho tempo? c) É difícil lidar com pessoas sem carater. d) Saberias dizer o conteudo da carta? e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer. 17) (TRE-MT) A alternativa em que as duas palavras acentuadas não seguem a mesma regra de acentuação é: a) ninguém - também b) dólar - pólo c) eficiência - próprio d) escrúpulos - síntese e) heróis – bóia 18) (TRE-MT) Segue a mesma regra de acentuação de país a palavra: a) saúde b) aliás c) táxi d) grêmios e) heróis 19) (TRE-ES) "Aí" é acentuada pelo mesmo motivo de: a) aquí b) dá c) é d) baú e) porém 4) ORTOGRAFIA PRINCIPAIS CASOS DE ORTOGRAFIA USO DO S 1) Nos adjetivos terminados pelos sufixos -oso / -osa, indicadores de estado pleno, abundância. Ex.: gostoso, cheirosa 2) Nos sufixos -ês / -esa /-isa, indicadores de origem, título de nobreza ou profissão. Ex.: princesa, pitonisa 3) Depois de ditongos. Ex.: coisa, ousada 4) Nas derivadas de primitivas com s no radical Ex.: mesada, gaseificar USO DO Z 1) Nos sufixos –ez / -eza, formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos. Ex.: belo > beleza / pálido > palidez 2) No sufixo –izar, formador de verbos, quando a palavra primitiva não apresentar s no radical. Ex.: urbano > urbanizar Mas: análise > analisar USO DO G 1) Nas palavras terminadas em –ágio / -égio / -ígio / - ógio / -úgio. Ex.: estágio, relógio 2) Nos substantivos terminados em –agem, -igem, - ugem. Ex.: viagem (subst.), vertigem, ferrugem Língua Portuguesa Professor André Moraes 5 USO DO J 1) Nas palavras de origem indígena Ex.: jiló, jiboia, jenipapo 2) Nas palavras derivadas de primitivos com j no radical. Ex.: laranja > laranjeira / loja > lojista USO DO X 1) Normalmente depois de ditongo. Ex.: caixa 2) Depois de sílaba inicial en-. Ex.: enxada, enxurrada, enxoval Mas.: encher, enchente 3) Depois da sílaba me-. Ex.: mexer, mexerica Mas.: mecha, mechar USO DO E E DO I 1) Os verbos terminados em –uar são escritos com a letra e nas formas do presente do subjuntivo. 2) Os verbos terminados em –uir são escritos com a letra i na segunda e na terceirapessoa do singular do presente do indicativo. USO DO SS 1) Nas derivadas de verbo cujo radical termine por CED, GRED, MET, PRIM. Ex.: ceder > cessão / remeter > remessa / regredir > regressão / imprimir > impressão. 2) Se o verbo terminar em TIR, a palavra derivada será grafada com SS. Ex.: permitir > permissão USO DO Ç Nas derivadas do verbo TER. Ex.: reter > retenção USO DO S Nas derivadas de verbo cujo radical termine por RG ou ND. Ex.: defender > defesa / emergir > emersão 5) EMPREGO DO HÍFEN 1º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio- avô, turma-piloto; alcaide-mor, amor-perfeito, guarda- noturno, mato-grossense, norte-americano, porto- alegrense, sul-africano; afro-asiático, afro-luso- brasileiro, azul-escuro, luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, primo-infeção, segunda-feira; conta- gotas, finca-pé, guarda-chuva. Obs.: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc. 2º)Emprega-se o hífen nos topônimos compostos, iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigo: Grã- Bretanha, Grão-Pará; Abre-Campo; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Quebra-Dentes, Traga-Mouros, Trinca- Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os- Montes. Obs.: Os outros topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, Castelo Branco, Freixo de Espada à Cinta, etc. O topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso. 3º)Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; benção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava- de-santo-inácio; bem-me-quer (nome de planta que também se dá à margarida e ao malmequer); andorinha- grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do- mar, cobra-d’água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (nome de um pássaro). 4º)Emprega-se o hífen nos compostos com os advérbios bem e mal, quando estes formam com o elemento que se lhes segue uma unidade sintagmática e semântica e tal elemento começa por vogal ou h. No entanto, o advérbio bem, ao contrário do mal, pode não se aglutinar com palavras começadas por consoante. Eis alguns exemplos das várias situações: bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado; bem-criado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem- mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bemsoante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto). Obs.: Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc. 5º)Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras; aquém-mar, aquém- Pirenéus; recém-casado, recém-nascido; sem- cerimônia, sem-número, sem-vergonha. 6º)Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus- Língua Portuguesa Professor André Moraes 6 dará, à queima-roupa). Sirvam, pois, de exemplo de emprego sem hífen as seguintes locuções: a)Substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar; b)Adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho; c)Pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja; d)Adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção, etc.), depois de amanhã, em cima, por isso; e)Prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a; f)Conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que. 7º)Emprega-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando, não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares (tipo: a divisa Liberdade-Igualdade- Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa- Coimbra-Porto, a ligação Angola-Moçambique), e bem assim nas combinações históricas ou ocasionais de topônimos (tipo: Áustria-Hungria, Alsácia-Lorena, Angola-Brasil, Tóquio- Rio de Janeiro, etc.). Do hífen nas formações por prefixação, recomposição e sufixação 1º)Nas formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supr-, ultra-, etc.) e em formações por recomposição,isto é, com elementos não autônomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.), só se emprega o hífen nos seguintes casos: a)Nas formações em que o segundo elemento começa por h: anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra-harmônico, extra-humano, pré-história, sub- hepático, super-homem, ultra-hiperbólico; arqui- hipérbole, eletro-higrómetro, geo-história, neo-helênico, pan-helenismo, semi-hospitalar. Obs.: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, supra-auricular; arqui-irmandade, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno. Obs.: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o: coobrigação, coocupante, coordenar, cooperação, cooperar, etc. c)Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, caso já considerado atrás na alínea a): circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan- africano, pan-mágico, pan-negritude. d)Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. e)Nas formações com os prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo-: ex-almirante, ex-diretor, ex-hospedeira, ex- presidente, ex-primeiro-ministro, ex-rei; sota-piloto, soto- mestre, vice-presidente, vice-reitor, vizo-rei. f)Nas formações com os prefixos tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró- quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação,pós-tônicos (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover). 2º)Não se emprega, pois, o hífen: a)Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e técnico. Assim: antirreligioso, antissemita, contrarregra, comtrassenha, cosseno, extrarregular, infrassom, minissaia, tal como biorritmo, biossatélite, eletrossiderurgia, microssistema, microrradiografia. b)Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente, prática esta em geral já adotada também para os termos técnicos e científicos. Assim: antiaéreo, coeducação, extraescolar; aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. 3º)Nas formações por sufixação apenas se emprega o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos: amoré-guaçu, anajá-mirim, andá-açu, capim-açu, Ceará- Língua Portuguesa Professor André Moraes 7 Mirim. (Nota – O emprego do hífen é cópia integral do Novo Acordo Ortográfico) QUESTÕES OBJETIVAS 20) (TRE) Pesquisa é vocábulo grafado com S, como se pode ver no texto; o item em que há um vocábulo erradamente grafado com essa letra é: a) paralisia / análise / atraso; b) gasoso / baronesa / arrasar; c) besouro / adeusinho / bis; d) brasão / freguês / guloseima; e) marquês / pesadelo / anõesinhos. 21) (TRE) Como se pode ver no texto, obscenamente é um vocábulo grafado com SC; o item abaixo em que um dos vocábulos está erroneamente grafado é: a) ressuscitar / ascensão / piscina; b) adolescente / discente / indescente; c) convalescer / crescer / rescindir; d) abscesso / florescente / transcender; e) renascença / piscicultura / miscelânea. 22) (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador. a) mendingos; reivindicar; rebuliço b) mindigos; reinvidicar, rebuliço c) mindigos; reivindicar, reboliço d) mendigos; reivindicar, rebuliço e) mendigos; reivindicar, reboliço 23) (TRE-SP) Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ...... . a) escusas - a fim - mal-entendidos b) excusas - afim - mal-entendidos c) excusas - a fim - malentendidos d) excusas - afim - malentendidos e) escusas - afim - mal-entendidos 24) (TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor. a) extrangeiro - naturalizar b) estrangeiro - naturalisar c) extranjeiro - naturalizar d) estrangeiro - naturalizar e) estranjeiro - naturalisar 25) (TTN) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) quiseram, essência, impecílio b) pretencioso, aspectos, sossego c) assessores, exceção, incansável d) excessivo, expontâneo, obseção e) obsecado, reinvidicação, repercussão 26) (TRE-RJ) Pronunciam-se corretamente, com o e e abertos (ó / é), como “povos” e “servo”, as seguintes palavras: a) inodoros / indefeso b) fornos / obsoleto c) caroços / adrede d) gostos / destro e) globos / coeso 27) (TRE-RJ) “os puritanos passaram a enxergar a opulência como manifestação exterior da bênção divina e não como um desvario cúpido.” Há palavras que se opõem pela posição da sílaba tônica: cúpido (proparoxítona) e cupido (paroxítona). A alternativa em que a diferença de posição do acento tônico caracteriza oposição entre duas palavras, não se tratando de variações de uma mesma palavra, é: a) hieróglifo / hieroglifo b) projétil / projetil c) homília / homilia d) Oceânia / Oceania e) ímpio / impio 28) (TRE-MT) A grafia da palavra sublinhada está incorreta em: a) Pelé é uma exceção entre os ministros. b) A pretensão maior do novo ministro é levar a prática esportiva ao país inteiro. c) É preciso analisar com cuidado os planos do Governo. d) Nosso time jogou muito mal. e) Ele não quis traser a pasta. 29) (TRT) A .................... ficará ................... se não se proceder a ................... destes fatos. a) pesquiza - paralizada - análise b) pesquisa - paralizada - análise c) pesquisa - paralisada - análize d) pesquiza - paralisada - análise e) pesquisa - paralisada - análise 6) CLASSES DE PALAVRAS I-Artigo: São as palavras O e UM, com suas flexões, que sempre antecedem os substantivos, designando seres determinados ou indeterminados. Ex: o amante, a menina Na sintaxe, é sempre adjunto adnominal. II-Numeral: É a palavra que indica números. 1) cardinal: O número certo de seres. Ex.: um, dois, dez, mil. 2) ordinal: palavra que estabelece uma ordem. Ex.: segundo, terceiro, milésimo. 3) multiplicativo: palavra que indica uma multiplicação. Ex.: sêxtuplo, undécuplo, cêntuplo. 4) fracionário: palavra que indica uma fração. Ex.: um terço, dois terços. Língua Portuguesa Professor André Moraes 8 Numeral adjetivo – acompanha um substantivo. Ex.: Vendi dois livros hoje. Numeral substantivo – substitui um substantivo Ex.: - Vai comprar um relógio? - Já tenho dois. III- Substantivo: É o nome com que designamos os seres em geral. Ex.: carro, casa, mulher, pássaro. O substantivo pode ser: 1) Concreto: ser de existência independente. Pode ser real ou fictício. Ex.: mesa, cadeira, cuca, fada. 2) Abstrato:depende de outros seres para existir. Designam sentimentos, ações, estados e qualidades. Ex.: morte, dor, canto, tristeza, beleza, etc. 3) Comum: refere-se a toda uma espécie, sem individualizar. Ex.: homem, mulher, país. 4) Próprio: refere-se a um único ser em especial. Ex.: Jonas, Helena, Brasil. 5) Coletivo: refere-se a uma pluralidade de indivíduos da mesma espécie. Ex.: réstia, de cebolas, de alhos – vara, de porcos – cáfila, de camelos Flexão do substantivo: 1) Gênero: masculino: réu, maestro, marajá, etc. feminino : ré, maestrina, marani, etc. comum-de-dois: possui uma só forma para os dois gêneros. Ex.: (o/a) fã, (o/a) infante, (o/a) atleta, etc. sobrecomum:único gênero para designar os dois sexos. Ex.: o dedo-duro, o pivô, a sentinela, etc. epiceno: a especificação é feita mediante o uso das palavras macho ou fêmea. Ex.: o jacaré macho, o jacaré fêmea, a barata macho, a barata fêmea, etc. Gêneros que podem oferecer dúvida: São masculinos: o açúcar, o estigma, o gambá, o dó, o axioma, o eclipse, etc. São femininos: a bacanal, a mascote, a omoplata, a patinete, a grafite, etc. Obs.: Existem substantivos que são masculinos ou femininos, conforme o sentido com que se acham empregados. Ex.: o banana (palerma, imbecil), a banana (fruto), o grama (medida de massa), a grama (capim), o moral (estado de espírito), a moral (ética; conclusão), etc. Número: singular ou plural. Casos mais importantes: a) Acrescenta-se S, na maioria dos casos. Ex.: filho – filhos, casa – casas b) Substantivos terminados em –r, -z e alguns em –n: acrescenta-sees. Ex.: mar – mares, giz – gizes, pólen – pólenes c) Substantivos em –il: Os oxítonos trocam o –l por –s: canil - canis, anil - anis. Os paroxítonos trocam o –il por –eis: fóssil/fósseis, réptil/répteis substantivos em –el: terminação –el tônica = -éis: anel – anéis, tonel – tonéis terminação –el átona = eis : incrível – incríveis Vocábulos com deslocamento do acento tônico: caráter – caracteres , espécimen – especímenes, júnior – juniores, Júpiter- Jupíteres, Lúcifer – Lucíferes, sênior – seniores. Nomes que não variam: o/os lápis, o/os tórax etc. Substantivos só usados no plural: os anais, as exéquias, as fezes, os óculos, os pêsames etc. Plural com metafonia: palavras que no singular têm “o” fechado, passam a ter, no plural, o “o” aberto. Ex.: destroço (ô)/ destroços ( ó), forno (ô)/ fornos (ó), troco(ô)/trocos(ó) etc. Plural dos nomes terminados em –zinho: os dois elementos vão ao plural e suprime-se o –s do nome. Ex.: azulzinho = azuizinhos ( azuis + zinhos) Mas: rapazinhos; onibusinhos. Nomes em – ão: ões: é o grupo mais numeroso: canções, tensões, inscrições, etc. ãos: todos os paroxítonos e alguns monossílabos e oxítonos: bênçãos, órfãos, sótãos, chãos, cidadãos. ães: compõem um número reduzido: alemães, escrivães, sacristães, tabeliães. Língua Portuguesa Professor André Moraes 9 Obs.: Não há ainda uma forma de plural definitivamente fixada para alguns substantivos terminados –ão. Refrão- refrãos/ refrães Verão- verões/ verãos Charlatão – charlatões/ charlatães Corrimão – corrimãos / corrimões Guardião- guardiões/ guardiães Anão- anões/ anãos Vulcão- vulcões/ vulcãos Aldeão – aldeões/ aldeãos/ aldeães Ancião – anciões/ anciãos/ anciães Ermitão- ermitões/ ermitãos/ ermitães Vilão- vilões/ vilãos/ vilães Sultão – sultões/ sultãos/sultães Plural dos compostos 1) Os dois elementos variam: substantivo mais palavra variável (adjetivo, substantivo, numeral ou pronome) Ex.: guarda-civil – guardas-civis; cirurgião-dentista - cirurgiões-dentistas; segunda-feira- segundas-feiras etc. 2) Só o primeiro varia: se houver preposição, clara ou oculta, ou se o segundo elemento exprimir fim, semelhança, ou tipo. Ex.: pés-de-moleque, cavalos-vapor, navios-escola, bananas-maçã etc. 3) Somente o último varia: a) com as formas reduzidas grão, grã e bel e nas palavras repetidas. Ex.: grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres, reco-recos, tique-taques, corre-corres (ou corres-corres) etc. b) nos compostos formados de verbo ou palavra invariável. Ex.: beija-flores, vice-diretores, ave-marias etc. 4) Frases substantivadas: ficam invariáveis. Ex.: os disse-me-disse, os sem-terra. Observações: Padre-nosso – padres-nossos ou padre-nossos Pai-nosso - pais-nossos ou pai-nossos Fruta-pão - frutas pães ou frutas-pão Guarda-marinha – guardas-marinhas ou guardas- marinha IV - Adjetivo “É a expressão modificadora do substantivo que denota qualidade, condição ou estado de um ser.” ( Evanildo Bechara) Ex.: aluno inteligente; céu azul. Locução adjetiva: grupo de duas ou mais palavras com valor de adjetivo. Ex: Ar do campo, águas da chuva, blusão de couro, azul do céu. Flexão dos adjetivos Gênero: concorda em gênero com o substantivo a que se refere. Ex.: homem feliz / mulher feliz, (UNIFORME) homem alto / mulher alta. (BIFORME) Flexão de número dos adjetivos compostos a) Somente o último vai ao plural quando formado de adj.+adj. Ex.: Amizades luso-brasileiras, olhos castanho-claros / Problemas sócio-econômicos b) Não variam os compostos formados de adj.+subst. ou subst.+adj. . Ex.:Blusas verde-garrafa, vestidos amarelo-ouro, tecidos verde-limão. Grau dos Adjetivos 1) Comparativo a) igualdade Ex.: És tão inteligente quanto ela. b) inferioridade Ex.: És menos inteligente do que ela. c) superioridade Ex.: És mais inteligente do que ela. 2) Superlativo a) absoluto sintético Ex.: És belíssima. b) absoluto analítico Ex.: És muito bela. c) relativo de superioridade Ex.: És a mais bela da rua. d) relativo de inferioridade Ex.: És a menos bela da rua. COMPARATIVOS E SUPERLATIVOS IRREGULARES ADJETIVO / forma normal BOM MAU GRANDE PEQUENO SUPERLATIVO ABSOLUTO ÓTIMO PÉSSIMO MÁXIMO MÍNIMO COMPARATIVO DE SUPERIORIDAE MELHOR PIOR MAIOR MENOR SUPERLATIVO RELATIVO O MELHOR O PIOR O MAIOR O MENOR V - PRONOME é a palavra que determina o substantivo (como se fosse um adjetivo) ou ocupa lugar do próprio substantivo. Daí, pronome adjetivo e pronome substantivo. Ex.: Todas saíram cedo. (As meninas saíram cedo.) / Meu caderno custou caro. Língua Portuguesa Professor André Moraes 10 Classificações dos pronomes Pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. (1) Pessoais: Designam as três pessoas do discurso. Classificam-se em Retos e Oblíquos. Retos: funcionam como sujeito ou predicativo: Pessoas do discurso (singular) eu – 1ª pessoa tu – 2ª pessoa ele, ela – 3ª pessoa Pessoas do discurso (plural) nós – 1ª pessoa vós – 2ª pessoa eles, elas – 3ª pessoa Ex.:Tu não és eu. / Ele foi à feira. Oblíquos: funcionam, geralmente, como complemento (obj.dir., obj.ind., compl.nom.) ou adjunto. Ex.: Vi-o na rua. / Respondi-lhe educadamente. / A decisão lhe foi favorável. Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos 1ª pess. sing.: eu 2ª pess. sing.: tu 3ª pess. sing.: ele, ela me te se, lhe, o, a mim, comigo ti, contigo si, consigo 1ª pess. pl.: nós 2ª pess. pl.: vós 3ª pess. pl.: eles, elas nos vos se, lhes, os, as conosco convosco si, consigo Observações: Os pronomes oblíquos podem ser, ainda, reflexivos e recíprocos. Reflexivos: Referem-se à mesma pessoa, correspondendo a a mim mesmo, a si mesmo etc. Ex.: Eu me cortei. / Ele se feriu. / Ele fala de si mesmo.. / Trazia consigo as lembranças do passado. Recíprocos: Indicam idéia mútua, recíproca, correspondendo a um ao outro. Ex.: Eles se abraçaram. Pronomes de Tratamento Certos vocábulos ou locuções valem por pronomes pessoais. São os pronomes pessoais de tratamento. Referem-se à segunda pessoa, mas o verbo e os pronomes correspondentes vão para a 3ª pessoa. Abreviaturas Tratamento Usado para: V. S. Vossa Santidade Papa V. M. Vossa Majestade Reis ou rainhas V. A. Vossa Alteza Príncipes ou princesas V. Ema. Vossa Eminência Cardeais V. Mag.ª Vossa Magnificência Reitores das Universidades V. Revma. Vossa Reverendíssima Sacerdotes em geral V. Exa. Vossa Excelência Altas autoridades V. S.ª Vossa Senhoria Oficiais até coronel, funcionários graduados, e principalmente na linguagem comercial. Obs.: Quando se fala de alguém, a forma pronominal usada será Sua em lugar de Vossa. (2) Possessivos: Indicam a posse em referência às três pessoas do discurso: 1ªpessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 2ªpessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 3ªpessoa: seu(s), sua(s) Obs.: Os pronomes átonos podem ser usados com valor possessivo: Ex.: Beijou-me a mão Roubaram-lhea carteira. (3) Demonstrativos: Indicam a posição, no espaço ou no tempo, dos seres, em relação às três pessoas do discurso: este, esse, aquele (e flexões); isto, isso, aquilo. Obs.: O pronome o (a, os, as) é demonstrativo quando aparece junto ao relativo que ou da preposição de, equivalendo a aquele (aquela, aquilo). Ex.: Fiz os que você me mandou. / Prefiro o da direita. Obs.: Aparecem ainda como demonstrativos os vocábulos tal, mesmo, próprio e semelhante. Ex.: Estamos no mesmo lugar. (Idêntico lugar) / Tal atitude não se esperava dele. (Essa atitude) (4) Indefinidos: Têm sentido vago ou indeterminado. Aplicam-se à 3ª pessoa do discurso: algum, nenhum, muito, pouco, bastante, todo, certo, tudo, nada, alguém, ninguém, cada, outrem, quanto, qualquer, algo, vários, etc. Ex.: Ele tem muito dinheiro. / Ele tem muitas mulheres. Locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, o que quer que seja, seja quem for, qualquer um, etc. Língua Portuguesa Professor André Moraes 11 (5) Interrogativos: São os pronomes indefinidos que, quem, qual e quanto, usados nas interrogações (diretas ou indiretas). Ex.: Quem vai à praia? / Desejo saber quem vai à praia. Obs.: O interrogativo que pode vir precedido de o. Ex.: Que quer? O que quer? (6) Relativos: Referem-se a um termo anterior chamado antecedente (um substantivo ou pronome substantivo). Exs.: que, quem, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, quanto Ex.: Não conhecemos os autores que morreram. O antecedente do pronome relativo pode ser: substantivo, pronome, adjetivo, advérbio, oração (resumida pelo demonstrativo o). Função sintática dos pronomes relativos 1. SUJEITO: Quero ver do alto o horizonte, Que foge sempre de mim. (O. Mariano, TVP, 11, 434.) [que = sujeito de foge]. 2. OBJETO DIRETO: - Já não se lembra da picardia que me fez? (A. Ribeiro, M. 67.) [que = objeto direto de fez]. 3. OBJETO INDIRETO: Eu aguardava com uma ansiedade medonha esta cheia de que tanto se falava. (J. Lins do Rego, ME, 58.) [de que = objeto indireto de se falava). 4. PREDICATIVO: Não conheço quem fui no que hoje sou. (F. Pessoa, OP, 91.) [quem e que = predicativos do sujeito eu, oculto]. 5. ADJUNTO ADNOMINAL: Há pessoas cuja aversão e desprezo honram mais que os seus louvores e amizade. (Marquês de Maricá, M, 223.) [cujo = adjunto adnominal. de aversão e desprezo, mas em concordância apenas com o primeiro substantivo, o mais próximo]. 6. COMPLEMENTO NOMINAL: Lembrava-me de que deixara toda a minha vida ao acaso e que não pusera ao estudo e ao trabalho com a força de que era capaz. (L. Barreto, REIC, 287.) [de que = complemento nominal de capaz]. 7. ADJUNTO ADVERBIAL: Entrava-se de barco pelo corredor da velha casa de cô- modos onde eu morava. (M. Quintana, P, 92.) [onde = adjunto adverbial de morava]. 8. AGENTE DA PASSIVA: - Sim, sua adorável pupila, a quem amo, a quem idolatro e por quem sou correspondido com igual ardor! (A. Azevedo) [por quem = agente da passiva do verbo corresponder] VI - VERBO Palavra que exprime estado, ação, fenômeno, apresentando as categorias de modo, tempo, número, pessoa e voz. Sintaticamente, o verbo é obrigatoriamente predicado. Apresenta-se nas três conjugações: 1ªconjugação (AR) 2ªconjugação (ER) 3ªconjugação (IR) 1) Pessoas: são três a) A primeira (eu / nós) é aquela que fala. b) A segunda (tu / vós) é aquela com quem se fala. c) A terceira (ele / eles) é aquela de quem se fala. Formas rizotônicas são aquelas cujo acento tônico recai no radical. Ex.: cant o, cant as, cant a, cant am Formas arrizotônicas são aquelas cujo acento tônico recai fora do radical. Ex.: cant amos, cant ais 2) Modo: São três os modos em português: Indicativo: apresenta o fato de maneira real. Ex.: ando, falei, irás Subjuntivo: apresenta o fato de maneira duvidosa, possível. Ex.: que eu estude, se eu corresse, quando nós sairmos Língua Portuguesa Professor André Moraes 12 Imperativo: apresenta o fato como objeto de uma ordem, um pedido, um convite. Ex.: faça o exercício, saia, espere 3)Tempos: indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. a) No INDICATIVO temos: Presente: fato que ocorre no momento em que se fala. Ex.: Estudo muito ultimamente. Pretérito perfeito: fato realizado, concluso. Ex.: Escrevi a carta. Imperfeito: fato realizado, inconcluso. Ex.: Quando você chegou, eu escrevia uma carta. Mais-que-perfeito: fato realizado antes de outro fato passado. Ex.: Quando você chegou, eu escrevera a carta. Futuro Presente: fato que deverá ser realizado posteriormente ao momento da fala. Ex.: Estaremos lá na próxima semana. Pretérito: Fato posterior a um momento passado, ou que seria realizado, mas não se efetuou. Pode indicar também incerteza, polidez, cortesia, fato futuro dependente de certa condição. Ex.: Eles disseram que me perdoariam. / Compraria ele aquela casa? / Poderia emprestar-me o livro? b) No SUBJUNTIVO temos: Presente: Um fato atual exprimindo possibilidade. Ex.: Talvez chova. Imperfeito: Um fato passado dependente de outro fato passado. Ex.: Se ele vendesse o imóvel, ficaria mais tranquilo. Futuro: Um fato futuro relacionado a outro fato futuro. Ex.: Entrarei em contato quando você voltar. Formação do Modo imperativo a) Imperativo afirmativo: as segundas pessoas (Tu e Vós) são retiradas do Pres. Ind. sem o “S” final. O restante vem do Pres. Subj., sem alterações. b) Imperativo negativo: retirado do Pres. Subj., sem alterações. 4) Formas nominais do verbo a) Infinitivo: amar b) Gerúndio: amando c) Particípio: amado Obs.: 1. O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal. Impessoal: Exprime a ação de maneira vaga. É o nome do verbo. Pessoal: É o infinitivo ligado às pessoas do discurso. 2. Locução verbal: conjunto formado por verbo auxiliar (INDICATIVO, IMPERATIVO, SUBJUNTIVO, INFINITIVO ou GERÚNDIO) mais verbo principal (INFINITIVO, GERÚNDIO, PARTICÍPIO). Ex.: Ele terá de sair agora. / Maria está estudando para o concurso. / Nós tínhamos estudado as lições. 5) Vozes do verbo: São três as vozes do verbo: Ativa, passiva e reflexiva. a) Ativa: O sujeito pratica a ação. Ex: Carolina pintou o quarto. b) Passiva: O sujeito sofre a ação. Ex: O campeonato foi ganho pelo Flamengo. c) Reflexiva: O sujeito pratica e sofre a ação. Ex: O menino cortou-se com a faca. Obs.: A voz passiva pode ser: analítica ou sintética. 1) Analítica: formada pelos auxiliares (ser, estar, ficar) mais verbo principal no particípio. Ex.: Aquelas pessoas foram enganadas pelo impostor. 2) Sintética: formada com acréscimo do pronome “se” a um verbo transitivo (direto ou direto e indireto). Ex.: Vendem-se livros. / Deu-se à poesia o nome de Primeiros Cantos. Classificação do verbo quanto à conjugação a) Regular: conserva o mesmo radical. As desinências seguem o paradigma da conjugação. Ex: amar, beber, partir. b) Irregular: é o verbo que sofre alterações no radical ou nas desinências. Ex: fazer,faço, fez, fiz. c) Anômalo: apresenta, na sua conjugação, profundasvariações no seu radical : SER e IR. d) Defectivos: não se conjuga em todas as formas (tempos, pessoas, modos). Ex: reaver, precaver-se, colorir etc. PRINCIPAIS VERBOS DEFECTIVOS 1) abolir, colorir, banir, ruir, extorquir, feder – não possuem a 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo e não se conjugam no presente do subjuntivo. 2) acontecer, doer, ocorrer – só se conjugam nas terceiras pessoas (ele / eles). Alguns gramáticos os incluem entre os UNIPESSOAIS (verbos usados apenas nas terceiras pessoas). 3) adequar, falir, remir, precaver-se, reaver – só se conjugam na 1ª e na 2º pessoas do plural (nós / vós) no Língua Portuguesa Professor André Moraes 13 presente do indicativo e não possuem o presente do subjuntivo. e) Abundante: é o verbo que possui duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio. Ex.: aceitar (aceitado/ aceito); eleger (elegido/ eleito); acender (acendido/ aceso); entregar (entregado/ entregue); pegar (pegado/ pego); tingir (tingido/ tinto). Obs.: 1. Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o particípio irregular. ABERTO, COBERTO, DITO, ESCRITO, FEITO, POSTO, VISTO, VINDO. 2. Com os auxiliares TER / HAVER: emprega-se o particípio regular, na voz ativa. Ex.: Minha mãe já havia limpado a sujeira. 3. Com os auxiliares SER/ ESTAR: emprega-se o particípio irregular, na voz passiva. Ex.: A sujeira foi limpa pela minha mãe. 6) Tempos compostos: formam-se com os auxiliares TER ou HAVER acompanhados do verbo principal no particípio passado. a) Presente + particípio = pret. perf. composto b) Pret.imperf. + particípio = pret. mais que perf. composto c) Quando o auxiliar apresentar-se em outro tempo, o tempo composto receberá a mesma classificação desse auxiliar. a) Indicativo Perfeito: Auxiliar no presente. ( tenho falado) Mais-que-perfeito : Auxiliar no imperfeito. ( tinha falado) Futuro: Auxiliar no futuro. ( terei falado/ teria falado) Infinitivo: Auxiliar no infinitivo. (ter falado) Gerúndio: Auxiliar no gerúndio. ( tendo falado) Subjuntivo Perfeito: Auxiliar no presente. (tenha falado) Mais-que-perfeito: Auxiliar no imperfeito. (tivesse falado) Futuro: Auxiliar no futuro. (tiver falado) Formação dos tempos 1) Tempos primitivos: presente do indicativo, pretérito perfeito do indicativo e infinitivo impessoal. 2) Tempos derivados: a) do presente do indicativo: imperfeito do indicativo (do radical do presente), presente do subjuntivo (do radical da primeira pessoa do presente), imperativo afirmativo (TU e VÓS saem do presente do indicativo; as outras pessoas saem do presente do subjuntivo, assim como o imperativo negativo). b) do perfeito: mais-que-perfeito do indicativo, imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo. Ex.: puseste: pusera, pusesse, puser. c) do infinitivo impessoal: futuro do presente, futuro do pretérito, gerúndio, particípio e infinitivo pessoal. Ex.: saber: sabia, saberei, saberia, sabendo, sabido, saber (saberes, sabermos etc.) VERBOS QUE PODEM CAUSAR DÚVIDAS ABOLIR (defectivo) Presente do indicativo: aboles, abole, abolimos, abolis, abolem. Pretérito perfeito do indicativo: aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram (não possui a 1ªpessoa do presente do indicativo, o presente do subjuntivo e o imperativo negativo) Da mesma forma: banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir. ACUDIR (alternativa vocálica) Presente do indicativo: acudo, acodes, acode, acudimos, acudis, acodem. Pretérito perfeito do indicativo: acudi, acudiste, acudiu, acudimos, acudistes, acodem. Da mesma forma: bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir. ADEQUAR (defectivo) Presente do indicativo: adequamos, adequais. Pretérito perfeito do indicativo: adequei, adequaste, adequou, adequamos, adequastes, adequaram. ADERIR (alternância vocálica) Presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, aderis, aderem. Pretérito perfeito do indicativo: aderi, aderiste, aderiu, aderimos, aderistes, aderiram. Da mesma forma: advertir, cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir. AGIR (acomodação gráfica) Presente do indicativo: ajo, ages, age, agimos, agis, agem. Pretérito perfeito do indicativo: agi, agiste, agiu, agimos, agistes, agiram. AGREDIR (alternância vocálica) Língua Portuguesa Professor André Moraes 14 Presente do indicativo: agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem. Pretérito perfeito do indicativo: agredi, agrediste, agrediu, agredimos, agredistes, agrediram. Da mesma forma: prevenir, progredir, regredir, transgredir. APRAZER (irregular) Presente do indicativo: aprazo, aprazes, apraz, aprazemos, aprazeis, aprazem. Pretérito perfeito do indicativo: aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram. CABER (irregular) Presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem. Pretérito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam. CEAR (regular) Presente do indicativo: ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam. Pretérito perfeito do indicativo: ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam. Da mesma forma: passear, pentear, falsear, recear etc. Há dois verbos em –ear que têm pronúncia aberta nas formas rizotônicas: estrear e idear. estréio, estréias, estréia, estreamos, estreais, estréiam. CONSTRUIR (irregular e abundante) Presente do indicativo: construo, constróis (ou construis), constrói (construi), construímos, construís, constroem (construem). Pretérito perfeito do indicativo: construí, construíste, construiu, construímos, construístes, construíram. CRER (irregular) Presente do indicativo: creio, crês, crê, cremos, credes, crêem. Pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram. FRIGIR (acomodação gráfica e alternância vocálica) Presente do indicativo: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem. Pretérito perfeito do indicativo: frigi, frigiste, frigiu, frigimos, frigistes, frigiram. MOBILIAR (irregular) Presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam. Pretérito perfeito: mobiliei, mobiliaste, mobiliou, mobiliamos, mobiliastes, mobiliaram. POLIR (alternância vocálica) Presente do indicativo: pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem. Pretérito perfeito: poli, poliste, poliu, polimos, polistes, poliram. PRECAVER-SE (defectivo e pronominal) Presente do indicativo: precavemo-nos, precaveis-vos. Pretérito perfeito do indicativo: precavi-me, precaveste-te, precaveu-se, precavemo-nos, precavestes-vos, precaveram-se. PROVER (irregular) Presente do indicativo: provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem. Pretérito perfeito do indicativo: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram. REAVER (defectivo) Presente do indicativo: reavemos, reaveis. Pretérito perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram. Obs.: É derivado de haver, mas só se conjuga nas formas em que haver apresenta a letra v. REQUERER (irregular) Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem. Pretérito perfeito do indicativo: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram. Obs.: Verbo derivado dequerer, mas não segue a mesma conjugação na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo (e derivados). SUAR (regular) Presente do indicativo: suo, suas, sua, suamos, suais, suam. Pretérito perfeito do indicativo: suei, suaste, suou, suamos, suastes, suaram. Da mesma forma: atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar. VALER (irregular) Presente do indicativo: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem. Pretérito perfeito do indicativo: vali, valeste, valeu, valemos, valestes, valeram. VER (irregular) Presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem. Pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram. Da mesma forma: antever, prever, rever etc. VIR (irregular) Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm. Pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram. Língua Portuguesa Professor André Moraes 15 Da mesma forma: advir, convir, intervir, provir, sobrevir etc. ATENÇÃO M mediar: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, medeiam A ansiar: anseio, anseias, ansiamos, ansiais, anseiam R remediar: remedeio, remedeias, remedeia, remediamos, remediais, remedeiam I incendiar: incendeio, incendeias, incendeia, incendiamos, incendiais, incendeiam I intermediar: intermedeio, intermedeias, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam O odiar: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam VII - CONJUNÇÕES são os vocábulos gramaticais que servem para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração. IMPORTANTE: Não têm função sintática. 1) Coordenativas: Palavra que liga orações ou, dentro da mesma oração, vocábulos que tenham o mesmo valor ou função, sem que um elemento seja termo sintático de outro. 2) Subordinativas: ligam uma oração subordinada à sua principal. Ex.: Chegou e fechou a porta. (conjunção coordenativa) Ele sabe que ela o ama. (conjunção subordinativa) PRINCIPAIS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES ADITIVAS E, NEM, NÃO SÓ...MAS TAMBÉM ADVERSATIVAS MAS, ENTRETANTO, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, E (=MAS), NO ENTANTO ALTERNATIVAS OU, ORA...ORA, OU...OU, NEM...NEM, QUER...QUER, SEJA...SEJA CONCLUSIVAS POIS (ENTRE VÍRGULAS), LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISSO, ASSIM EXPLICATIVAS QUE, PORQUE, POIS, PORQUANTO (GERALMENTE O VERBO DA PRIMEIRA ESTÁ NO IMPERATIVO) SUBORDINATIVAS PRINCIPAIS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS INTEGRANTES QUE, SE (= ISTO) / introduzem orações subordinadas substantivas SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS CAUSAIS PORQUE, COMO (=PORQUE), POIS, JÁ QUE, UMA VEZ QUE, PORQUANTO, POIS QUE, POR ISSO QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, QUE CONDICIONAIS SE,CASO, SEM QUE (=SE NÃO), CONTANTO, SALVO SE, DADO QUE, DESDE QUE, A MENOS QUE, A NÃO SER QUE CONCESSIVAS EMBORA, MESMO QUE, AINDA QUE, CONQUANTO, POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, POR MAIS QUE, POR MENOS QUE, APESAR DE QUE, NEM QUE, QUE COMPARATIVAS COMO, QUE (OU DO QUE), DO QUE (DEPOIS DE MAIS, MENOS, MAIOR, MENOR, MELHOR E PIOR),QUANTO (DEPOIS DE TANTO), QUAL (DEPOIS DE TAL), ASSIM COMO, BEM COMO, COMO SE, QUE NEM CONSECUTIVAS QUE (PRECEDIDA DE TÃO, TAL, TAMANHO), DE FORMA QUE, DE MANEIRA QUE, DE MODO QUE, DE SORTE QUE CONFORMATIVAS CONFORME, COMO (= CONFORME), SEGUNDO, CONSOANTE FINAIS PARA QUE, A FIM DE QUE, PORQUE (= PARA QUE) TEMPORAIS QUANDO, ANTES QUE, DEPOIS QUE, ATÉ QUE, LOGO QUE, SEMPRE QUE, ASSIM QUE, DESDE QUE, TODAS AS VEZES QUE, CADA VEZ QUE, APENAS, MAL, QUE (= DESDE QUE) PROPORCIONAIS À MEDIDA QUE, AO PASSO QUE, À PROPORÇÃO QUE, ENQUANTO Língua Portuguesa Professor André Moraes 16 III - PREPOSIÇÃO Palavra invariável que, colocada entre duas outras, faz com que uma se torne membro da outra, criando-se um elo de subordinação. É um conectivo (= estabelece relação entre as palavras ou orações). Ex.: copo de vinho/ saiu para jantar. As preposições podem ser Essenciais e Acidentais. Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Acidentais: como, durante, mediante, conforme, segundo, consoante, visto etc. Ex.: Fugiu durante a noite. / Vim de casa. Locução prepositiva: Conjunto de palavras que funcionam como preposição. A locução prepositiva sempre termina em preposição. Ex: abaixo de, à custa de, de acordo com, diante de, junto a etc. Relações expressas com o auxílio das preposições a – lugar, tempo, modo, instrumento etc. Ex.: Ir ao circo. / Ir à tarde./ Escrever a lápis. ante – posição anterior ou diante de, situação de oposição etc. Ex.: Ajoelhar-se ante o altar. após – termo posterior, posição ou lugar posterior etc. Ex.: Retornou após dez dias de ausência. até – limite (lugar ou tempo) Ex.: Os gritos chegaram até aqui. com – companhia, modo, instrumento etc. Ex.: Sair com o namorado./ Trabalhar com dedicação./ Abrir a porta com a chave. contra – oposição, direção contrária etc. Ex.: Lutar contra as injustiças. / Lutar contra a maré. de – posse, parte, finalidade, lugar, matéria, modo, assunto etc. Ex.: Casa de Maria./ Ponta da faca./ Pulseira de prata. / Falar de futebol. desde – afastamento de um lugar ou de um momento etc. Ex.: Andou desde sua rua até à minha. em - lugar, modo, tempo, finalidade etc. Ex.: Estar em casa./ Acordar em paz./ Pedir em casamento. entre – interioridade, posição no interior de dois limites indicados. Ex.: Eles se perdem entre o passado e o futuro. / Éder comprou uma casa entre duas favelas. / Ficamos perdidos entre o sonho e o desejo. para - lugar, finalidade, restrição etc. Ex.: Ir para a rua./ Estudar para vencer./ Proibido para menores. perante - lugar diante de, oposição etc. Ex.: Ficar perante o juiz. por- tempo, lugar por onde, meio, preço, agente etc. Ex.: Viver por toda eternidade./ Andar por caminhos perigosos./ Foi elogiado por seu mestre. sem - ausência, negação etc. Ex.: Ficar sem dinheiro. sob - posição inferior, sujeição etc. Ex.: Ficar sob o viaduto. sobre - posição superior, assunto, ação contra etc. Ex.: Falar sobre música./ Sentou-se sobre os escombros. trás- posição posterior (=atrás, depois de, por trás de). É desusada. IX – INTERJEIÇÃO - é a palavra que traduz emoções. a) de alegria: ah! oh! olá! b) de desejo: oxalá! tomara! c) de dor: ai! ui! d) de chamamento: ó! alto! psiu! e) de silêncio: psiu! caluda! f) de advertência: cuidado! alerta! g) de incredulidade: ora! X - ADVÉRBIO - é a palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio. Atenção: São os advérbios de intensidade que modificam adjetivos ou outros advérbios. Ex.: Ana é a mais bela mulher. / Ele chegou bem tarde. - advérbios de lugar: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, além, aquém, algures (em algum lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em nenhum lugar), atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, etc. - advérbios de tempo: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre, nunca, ainda, já, logo, cedo, tarde, ora, afinal,outrora, então, amiúde, breve, entrementes, brevemente, imediatamente, etc. - advérbios de modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior, melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc. Língua Portuguesa Professor André Moraes 17 - advérbios de intensidade: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, demasiado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem, mal, quase, apenas, etc. - advérbios de afirmação: sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente, etc. - advérbio de negação: não. - advérbios de dúvida: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto, provavelmente, etc. ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS Chamam-se interrogativos os advérbios: onde? (lugar), quando? (tempo), por que? (causa), como? (modo), por se empregarem na oração interrogativa direta ou indireta. Exs.: Quando virás? (interrogativa direta) Por que ele não disse a verdade? (interrogativa direta) Não sei por que ele não disse a verdade. (interrogativa indireta) M modo A afirmação N negação T tempo I intensidade I interrogativo L lugar D dúvida LOCUÇÃO ADVERBIAL Locução adverbial é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de um advérbio. De acordo com as circunstâncias que transmitem, as locuções adverbiais podem ser classificadas em: - locuções adverbiais de lugar: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entrada, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, por fora, em frente, por dentro, por perto, de longe, de perto, em cima, de cima, por onde, para onde, por trás, por aqui, por ali, etc. - locuções adverbiais de tempo: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite, à noitinha, às avemarias, ao pôr-do-sol, de manhã, de noite, por ora, por fim, de repente, de vez em quando, a tempo, às vezes, de quando em quando, de vez em vez, de longe em longe, etc. - locuções adverbiais de modo: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em geral, a cada passo, às avessas, de enviés, ao invés, às claras, às pressas, a medo, a pique, à uma, às bandeiras despregadas, de repente, a olhos vistos, num átimo, de propósito, de súbito, de soslaio, por um triz, etc. - locuções adverbiais de intensidade: de muito, de pouco, de todo, etc. - locuções adverbiais de meio ou de instrumento: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a pauladas, etc. - locuções adverbiais de afirmação: na verdade, de fato, etc. - locuções adverbiais de negação: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma, etc. - locuções adverbiais de dúvida: por certo, quem sabe, com certeza, etc. PALAVRAS DENOTATIVAS "Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, terão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão, situação, designação, retificação, realce, afetividade, etc.” (N.G.B.). - exclusão: só, salvo, apenas, menos, senão, etc. - inclusão: também, até, mesmo, inclusive, etc. - situação: mas, então, agora, afinal, etc. - designação: eis. - retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. - realce: cá, lá, só, é que, ainda, mas, etc. GRAUS DOS ADVÉRBIOS Há advérbios que são passíveis de grau, como os adjetivos. GRAU COMPARATIVO - de igualdade: tão longe, tão rapidamente como - de superioridade: mais cedo (do) que - de inferioridade: menos cedo (do) que GRAU SUPERLATIVO - analítico: muito longe - sintético: longíssimo Língua Portuguesa Professor André Moraes 18 QUESTÕES OBJETIVAS 30) (ANTT) “onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”; se quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveríamos escrever: a) estava; b) estaria; c) esteve; d) estivera; e) tinha estado. 31) (ANTT) “Voltara Desfontaines a São Paulo, onde havia estado anteriormente e morara algum tempo. Tendo contratado um carro para levá-lo não sei onde, reconheceu, ao passar, o sítio da sua antiga casa.”; quanto às duas ocorrências da palavra onde nesse segmento do texto, pode-se dizer que: a) pertencem à mesma classe gramatical; b) referem-se ao mesmo antecedente; c) a segunda ocorrência deveria ser substituída por aonde; d) a primeira ocorrência tem como antecedente “sua antiga casa”; e) a primeira é advérbio e a segunda, pronome relativo. 32) (SECRETARIA DE SAÚDE – AG. ADM.) “raios ultravioleta”; o adjetivo ultravioleta é invariável, assim como o adjetivo da seguinte alternativa: (A) vidro verde-claro; (B) substância cinza; (C) laboratório luso-brasileiro; (D) célula embrionária; (E) cenário laboratorial. 33) (SECRETARIA DE SAÚDE – AG. ADM.) “capaz de distinguir os genes das células sadias dos das cancerosas”; o comentário INCORRETO a respeito dos elementos componentes deste segmento do texto é: (A) estão em oposição semântica os vocábulos “sadias” e “cancerosas”; (B) após “dos” há a elipse de “genes”; (C) após “das” há a elipse de “reações químicas”; (D) o adjetivo “capaz” equivale a “com a capacidade de”; (E) o adjetivo “sadias” qualifica o substantivo “células”. 34) (SECRETARIA DE SAÚDE – AG. ADM.) - “Se o ambiente de nossos melhores laboratórios cria um cenário...”; a forma verbal equivocada do verbo CRIAR é: (A) Eu cri na capacidade dos médicos; (B) A população, naquela época, creu no governo; (C) O Brasil não tinha creado modernos laboratórios; (D) Se ele cresse em mim, nada disso ocorreria; (E) Se ela tivesse crido na ciência, melhoraria. 35) (SECRETARIA DE SAÚDE – AG. ADM.) - Oncologia é o estudo do câncer; o vocábulo abaixo, pertencente à área médica, que NÃO tem seu campo de estudo identificado corretamente é: (A) pneumologia – pulmões; (B) endocrinologia – glândulas; (C) dermatologia – pele; (D) oftalmologia – olhos; (E) neurologia – rins. 36) (BNDES) - O manifesto do Partido Comunista dizia: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”; se essa mesma frase fosse reescrita com tratamento de “vocês” em lugar de “vós”, a forma verbal do imperativo adequada seria: (A) unem-se; (B) unam-se; (C) unem-nos; (D) unem-vos; (E) une-se. 37) (BNDES) - Uma antiga revista de humor, Pif- Paf, trazia o seguinte slogan: “Cada número é exemplar, cada exemplar é um número!”; nesta frase, as palavras “número” e “exemplar” trocaram: (A) função, classe e significado; (B) somente função e significado; (C) somente função e classe; (D) somente classe e significado; (E) somente classe. 38) (CVM) - Um cidadão comum precisou verificar num dicionário o significado da palavra caixa e, ao deparar-se com o verbete, leu o seguinte: caixa. s.f. 1. recipiente para guardar ou transportar objetos 1.1 o produto nela contido 2. local onde é feito pagamento e recebimento de valores 3. dinheiro para pequenas despesas 4. instituição que recebe e administra fundos # s.m. 5. livro de registro de receita e despesa # 6. funcionário que opera a caixa registradora. A alternativa que mostra uma observação ERRADA sobre o verbete é: (A) os números mostram diferentes significados da mesma palavra; (B) a letra s. indica a classe (substantivo) da palavra; (C) as letras fe m. indicam os gêneros (feminino e masculino) da palavra; (D) o número 1.1 indica um desdobramento do número anterior; (E) o sinal # indica significados inadequados ou populares. 39) (CVM) - A relação ERRADA entre verbo e substantivo é: (A) ceder / cessão; (B) estender / extensão; (C) exceder / exceção; (D) ascender / ascensão; (E) pretender / pretensão. Língua Portuguesa Professor André Moraes 19 40) (CVM) - “Se ele trabalhar, eu também trabalharei!”; a alternativa que tem uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: (A) Se ele for, eu também irei; (B) Se ele ver, eu também verei; (C) Se ele quiser, eu também quererei; (D) Se ele requerer, eu também requererei; (E) Se ele couber, eu também caberei. 41) (CVM) - “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: (A) Se ele trouxesse, eu também traria; (B) Se ele aprovasse, eu também aprovaria; (C) Se ele pusesse, eu também poria; (D) Se ele viesse, eu também viria; (E) Se ele mantesse, eu também manteria. 42) (CVM) - NÃO há a devida correlação temporal das formas verbais em: (A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário; (B) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário; (C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário; (D) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário; (E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário. 43) (CVM) - A alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase é: “Quando ____ mais barato, o carro ____ um bem muito mais popular”. (A) estivesse / era; (B) estiver / será; (C) esteja / era; (D) estivesse / será; (E) estiver / seria. 44) (MPE / RO) Dentre os plurais dos nomes compostos, o único flexionado de modo adequado é: (A) guarda-chuvas. (B) olhos azuis-turquezas (sic). (C) escolas-modelos. (D) surdo-mudos. (E) pores-dos-sóis. 45) (SEFAZ) - Numa seção de jornal cujo assunto é a saúde, um leitor escreve: “Não sofro mais. Considero- me uma pessoa normal. Esqueci do passado, quero viver o presente. Agora, minha alimentação é totalmente saudável. Não tomo mais bebidas alcoólicas e evito comer doces”. O comentário correto sobre os componentes desse texto é: (A) o advérbio “mais” reforça a idéia do advérbio “não”; (B) os adjetivos “normal”, “saudável” e “alcoólicas” têm valor subjetivo; (C) “passado” e “presente” são substantivos funcionando como adjetivos; (D) o adjetivo “saudável” está explicado no texto; (E) as duas ocorrências do advérbio “mais” têm valor semântico distinto. 46) (ELETROBRÁS) - Na junção das palavras abaixo, a alternativa que mostra uma forma NÃO paralela estruturalmente às demais é: (A) grandes conquistas; (B) direitos humanos; (C) liberdades públicas; (D) dominação política; (E) intimidação coletiva. 47) (TBG) - Se o brasil com b minúsculo é um objeto sem vida, sem autoconsciência e sem pulsação interior, os adjetivos que melhor qualificam esse brasil são, respectivamente: (A) moribundo, desconhecido e inerte; (B) murcho, decadente e senil; (C) inerme, ignorante e desaparecido; (D) paralisado, atrasado e superficial; (E) morto, inconsciente e desfibrado. 48) (ELETRONUCLEAR) As alternativas abaixo apresentam adjetivos do texto; a alternativa em que os substantivos correspondentes a esses adjetivos podem ser formados com a mesma terminação é: a) produtiva – contínua – novas; b) lentos – descontínuos – iniciais; c) pioneiro – produtivos – elétricos; d) industrializados – crescente – energética; e) significado – desenvolvidos – tradicionais. 49) (ELETRONUCLEAR) Norte-americano e matéria-prima, dois vocábulos presentes no texto, fazem corretamente como plural: a) norte-americanos / matéria-primas; b) norte-americanos / matérias-primas; c) nortes-americanos / matérias primas; d) nortes-americanos / matérias-prima; e) nortes-americanos / matéria-primas. 7) FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO 1. “Frase é um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de comunicação.” Ex.: Fogo! Atenção! Silêncio! “Alguns anos vivi em Itabira.” (C. Drummond de Andrade) 2. “Oração é um enunciado constituído de sujeito e predicado, ou pelo menos de predicado...” Ex.: Faz calor no Rio. 3. “Período é a frase constituída por uma ou mais orações.” a) simples: possui uma única oração (ORAÇÃO ABSOLUTA) Ex.: A criança comeu tudo. Língua Portuguesa Professor André Moraes 20 b) composto: possui mais de uma oração. Ex.: “Raspou, achou, ganhou.” “Ele saiu da sala e não voltou mais.” “Espero que todos compareçam à reunião.” 8) TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO O SUJEITO é ser sobre o qual se faz uma declaração. O PREDICADO é o que se informa do sujeito. TIPOS DE SUJEITO 1) SUJEITO SIMPLES: possui um único núcleo. Ex.: Muitos fatos estranhos aconteceram naquele lugar. 2) SUJEITO COMPOSTO: possui mais de um núcleo. Ex.: O pai, a mãe e os filhos comem demasiadamente. Quando o sujeito não vier expresso materialmente na oração, ele poderá ser: 1) OCULTO (DETERMINADO), DESINENCIAL OU ELÍPTICO – está subentendido na desinência do verbo, por isso ser chamado de implícito ou desinencial. Ex.: Chegamos ao baile. 2) INDETERMINADO - quando não se pode (ou não se quer) explicitar que elemento executa a ação. a) verbo na 3ª pessoa do plural sem referência a sujeito expresso na oração. Ex.: Roubaram o meu livro. b) verbo na 3ª pessoa do singular, acompanhado de índice de indeterminação do sujeito. Ex.: Precisa-se de ajudantes. “O se é índice de indeterminação do sujeito quando vier acompanhando verbo que não é transitivo direto (ou bitransitivo). Nesse caso, teremos sujeito indeterminado.” (Ernani Terra) 3) INEXISTENTE / ORAÇÃO SEM SUJEITO – Haverá sujeito inexistente quando o verbo da oração for impessoal. HAVER = EXISTIR ou indicando tempo decorrido: Ex.: Há muitas pessoas na sala. FAZER indicando tempo decorrido ou meteorológico: Ex.: Faz dez anos que ela morreu. VERBOS QUE INDICAM FENÔMENO DA NATUREZA: Ex.: Hoje choveu muito. Mas: Choveram críticas sobre ele. (sentido figurado) SER, ESTAR, IR indicando tempo. Ex.: Vai para cinco anos que ele morreu. Observações: 1) O verbo existir não é impessoal. Ex.: Existem mil garotas na quadra. 2) Quando um verbo auxiliar se junta a um verbo impessoal, ele também permanece na terceira pessoa do singular. Ex.: Podia haver muitos feridos no acidente. 9) Predicação Verbal Verbo Transitivo Direto (V.T.D.) – pede complemento não preposicionado. Ex.: Faremos as compras. Encontrei-o lá fora. (o = objeto direto) Verbo Transitivo Indireto (V.T.I.) Ex.: Gosto de frutas. Obedeço-lhe. (lhe = ou a ele) Verbo Transitivo Direto e Indireto (V.T.D.I.) Ex.: Enviei o relatório ao diretor. O.D. O.I. Verbo Intransitivo (V.I.) Ex.: A criança sorriu. As folhas nasceram. Fui à praia. adj.adv.lugar Verbo de Ligação (V.L.) – liga ao sujeito uma qualidade ou estado = predicativo (ser, estar, permanecer, parecer, ficar, continuar, tornar-se, achar-se, transformar-se, etc.) Ex.: Maria é bonita. Celso ficou zangado. Carla está doente. Mas: Mônica ficou triste.
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