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AD1 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Disciplina: Planejamento e Programação na Administração Pública 
Nome do aluno: Pamela de Andrade 
Pólo: Paracambi 
Matrícula: 19213110101 
 
UNIDADE I 
Na Primeira Unidade é abordado um tema introdutório sobre Planejamento Público, 
conheceremos seus conceitos básicos e exemplos que mais o representa, bem como suas 
principais abordagens e distinção. Para valorizar e dar suma importância ao tema é necessário 
saber e entender sobre o que é planejar, o porque planejar e quando é necessário planejar? 
Quando temos objetivos difíceis e queremos alcançá-los, quando diferentes pessoas se reúnem 
em prol de uma só causa para atingir objetivos em comum, quando não existem verbas 
necessárias e existe uma necessidade de harmonizar um conjunto de planos de maneira que 
surjam resultados é preciso planejar, significa elaborar ações e operações para que se tenha um 
determinado objetivo, introduzindo modificações caso sejam necessárias, aprendendo com 
erros e acertos para decidir sobre outras ações. Preparar, criar, monitor e avaliar cada uma 
dessas ações com organização, na finalidade de atingir um objetivo. Devemos planejar quando 
se tem um objetivo e quer alcançá-lo. 
A unidade aborda uma grande perda de espaço e prestígio do planejamento público e trás 
algumas reflexões que levam o distanciamento entre planejamento e ação: distinção entre quem 
planeja e quem executa; uma elite de técnicos altamente qualificados que sugerem ideias 
mirabolantes e inaplicáveis; a separação entre dimensões técnicas e dimensões políticas, os 
formulários e tabelas são preenchidos de tempos em tempos enganosamente, de modo repetitivo 
separando da realidade que deveriam incorporar, levando assim um distanciamento entre 
planejamento e ação. 
No Planejamento Público existem dois métodos de abordagens que mais o representa. O 
Planejamento Normativo Tradicional que possui como base o planejamento econômico, esse 
método se adequa melhor em seu sistema com problemas bem-estruturados, pois a solução é 
objetiva e baseia-se em um número limitado de variáveis. Seus objetivos são planejados apenas 
sobre leis e regras predizíveis que regem todo o sistema e seu planejador está fora ou sobre a 
realidade implantada e planejada, adotando um sistema em que só existe um sujeito que planeja, 
demais atores são apenas executores. Já o Planejamento Estratégico Situacional (PES) 
pressupõe que o sujeito que planeja e está dentro da realidade, fazendo parte de um contexto no 
qual outros atores também planejam. Nesse método Planejador e objeto planejado se 
confundem e são indissociáveis. Portanto, não há mais o diagnóstico objetivo e único, mas sim 
explicações situacionais. Afirmamos que o PES é um método de planejamento de problemas e 
se adequa nos problemas bem-estruturados, onde lida com toda complexidade de tais 
problemas. Vai além de problemas econômicos, reconhecendo e analisando os recursos 
escassos, agrupando esquematicamente em quatro tipos: poder político, recursos econômicos, 
recursos cognitivos e recursos organizacionais. o PES é uma teoria de participação em um jogo, 
o jogo situacional, que é composto de uma infinidade de jogos parciais e inter-relacionados. 
Para explicar as características dos jogos sociais, Matus desenvolve a Teoria da Produção 
social, baseando-se em atores sociais, recursos econômicos e de poder, produção social, regras 
(são leis, normas que regem todo o processo a serem seguidas, caso sejam proveitosas), 
acumulações (capacidades juntadas para produzir o fluxo), fluxos que são os movimentos, 
produções, atos, fatos e intenções que alteram uma acumulação. 
 Governar é dominar um jogo, ter capacidade de impor jogadas aos outros jogadores e poder 
governar e planejar a partir de qualquer posição no sistema social. É necessário um equilíbrio 
entre operações positivas e negativas em três âmbitos governamentais: o político 
(representatividade, a legitimidade e a legalidade do governo, a eficácia, a ética, a 
respeitabilidade); O econômico (crescimento, emprego, salário, equilíbrio orçamentário); e os 
problemas cotidianos (enfrentamento dos problemas concretos que as pessoas valorizam de 
modo direto e imediato). 
O triangulo de governo, composto pelo Projeto do governo que seleciona quais problemas 
enfrentar e suas estratégias adequadas. Governabilidade, o controle sobre as variáveis e 
capacidade de percepção sobre as demais variáveis, controladas pelos atores. E a capacidade do 
governo, conjunto que define a capacidade necessária de compreender, esclarecer e enfrentar 
os problemas, envolvendo bagagens intelectuais. 
Conclusão: 
A Unidade 1 teve como finalidade introduzir o tema Planejamento Público, focando no conceito 
de planejar, nos levando a entender de forma clara e objetiva todos os seus aspectos e tudo que 
afeta um bom planejamento. Logo após, inseriu os seus conceitos e os modelos mais 
representativos do planejamento, Planejamento Normativo Tradicional e o PES, tendo em 
evidencia a importância dos atores sociais dentro do sistema social e como tais atores 
influenciam no fluxo e acumulações. Por fim a unidade introduziu o tema sobre governo e sua 
governabilidade, apresentando o triangulo de governo. 
 
UNIDADE II 
Nesta unidade é apresentada as ferramentas e técnicas para uma realização completa do 
planejamento estratégico situacional, o seu processo de aprendizagem-correção-aprendizagem 
é desenvolvido por quatro momentos, que não são etapas que devem ser executadas 
sequencialmente pois se influenciam, interagem constantemente e são recorrentes. Conhecidos 
como momentos: explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional. 
Momento explicativo: Nesta categoria é necessário selecionar e compreender os problemas 
reais, para categorizar por prioridade é necessário percorrer alguns critérios: o valor dos 
problemas para os atores sociais envolvidos, a eficiência, a eficácia e a efetividade que podemos 
enfrentar esses problemas, a possibilidade e a oportunidade de enfrentar com sucesso. 
Explicação situacional - Cada observador interpreta a realidade da forma limitada e somente 
em alguns aspectos, tendo uma perspectiva única da realidade, definido de acordo com suas 
ações e mapa cognitivo. Nesse caso é necessário a participação de todos, entrando em um 
consenso e a visualização da produção em grupo. 
Descritores de um problema: caracterizar ou relatar uma coisa sem incluir sua origem, função, 
história, destino etc. Pode haver para um problema vários descritores porem é necessário que 
se obtenha uma descrição suficiente e clara. 
A arvore explicativa – Expressa as causas dos problemas (Por que isso acontece?) e as 
consequências (O que isso acontece?), é formado através das causas e consequências, partindo 
de seus descritores, a arvore explicativa, onde suas causas são as raízes, descritores seu tronco 
e as consequências a copa. 
Momento Normativo: é o momento de desenhar um plano de ações ou operações suficientes 
para atacar as causas dos problemas, essa ação é conhecida como Nós Críticos, onde se define 
um prazo para o plano e situação futura desejada, buscando resultados. Como fazer para chegar 
no resultado desejado? É criado a Situação Inicial (SI) e a Situação Objetivo (SO), se faz 
necessário priorizar algumas causas (Nós Críticos) que quando removidas causam impacto, 
tornando possível alcançar o SO. 
Operações - Meios de intervenção que é aplicada sobre vários recursos. Uma operação reflete-
se em recursos-produto-resultado. Os tipos de recursos são as organizações, políticos, 
econômicos, cognitivos, o produto são os bens e serviços produzidos, leis e regras criadas, 
conhecimentos gerados, obras realizadas, entre outras. E o resultado é o impacto produzido 
sobre os descritores dos problemas. Como prevenção de equívocos é necessário avaliar as 
operações antes de executá-las, por isso é apresentado critérios: valor normativo, efetividade, 
confiabilidade e eficiência. 
As ações: São realizações de operações através de ações, detalhamentodas operações. 
Motivação dos atores sociais: Como falamos de PES, seus atores estão planejando e não 
somente como executor. Os atores sociais são movidos através de interesse (sinal de posição 
ou intenção do ator) e valor (importância que o ator confere em relação ao tema ou operação). 
Momento Estratégico: O ator realiza um cálculo mais profundo para analisar a viabilidade do 
plano. Nesse momento veremos as táticas e estratégias para que se torne possível a viabilização 
do plano. São necessários três elementos para compor o momento estratégico: 
Análise de cenários - principais condições (cenários econômicos, políticos, sociais, sindicais, 
etc.), o desenho do cenário é importante para analisar a viabilidade pois ela pode interferir na 
condução do projeto, e impedir que circunstâncias futuras impeçam, alterem ou alavanquem a 
ação necessária. 
Análise de outros atores – identificar aqueles atores que podem interferir positivo ou 
negativamente no seu planejamento. São divididos em três grupos: os oponentes, os aliados e 
os neutros, na força (capacidade de produção) e poder (posse de meios e características pessoais 
que lhe permitam uma capacidade de produção de eventos), recursos e capacidade que cada 
ator possui. 
Analise de viabilidade do plano – verificar o quanto o plano é viável, se existem pontos fracos 
e se as operações são realmente possíveis e viáveis. 
Momento Tático operacional: Esse momento concretiza tudo que foi planejado e analisado nos 
três momentos anteriores. É necessário definir coordenadores e responsáveis pelas ações, 
reavaliar o processo interno de tomadas de decisões e sistema de informações. Lembrando que 
no PES a visão de planejamento e gestor são inseparáveis, portanto esse é o momento de 
comprovar o rompimento inerente entre o conhecer e o agir. 
Trajetória das operações - técnica que auxilia na definição das sequências dessas operações, 
podendo uma operação depender de outras para concretizar. 
Coordenação do plano - Cada operação deve ter um coordenador supervisionando, um 
responsável pelas operações que atua com o seu grupo de apoio, todos trabalham em dinâmica. 
Monitoramento do plano - O grupo de apoio junto com seu responsável e coordenador cria um 
plano de trabalho, definindo uma agenda para executar todas as ações, definindo cronograma 
de avaliação, responsabilidades, procedimentos para avaliação, medir os resultados e 
estabelecer tempo limite para a revisão e adequação do plano, dentro do monitoramento existe 
indicadores de produtos e resultados, são necessários para monitorar suas operações, se suas 
etapas, metas e objetivos estão sendo cumpridos, áreas que demandam correções, entre outras. 
Conclusão: 
Nessa unidade estudamos detalhadamente o método PES e seus momentos seus momentos 
explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional, como eles são dinâmicos e repetitivos. 
Conseguimos identificar as analises sistemáticas desse método como, a analise de problemas, 
a identificação dos seus cenários, identificação geral dos outros atores sociais. Concluímos que 
o método PES se distribui entre planejar com responsabilidade e respeitos aos princípios 
impostos nessa unidade, considerando suas circunstâncias, a realidade, seus atores sociais e 
outras características que englobam esse método, concretizando no momento tático 
operacional. 
 
UNIDADE III 
 Nessa unidade é apresentado o início da Administração Publica Governamental no Império, 
onde já existiam cargos administrativos, serviços públicos profissionalizados com 
características burocráticas. Durantes anos tentativas para formalizar os chamados atos 
planejados, mas foi somente no ano de 1890 que de fato se instituiu, o Sistema de Viação Geral, 
reconhecido oficialmente como o primeiro ato planejado do governo brasileiro. A criação do 
Tesouro Nacional em 1824, possibilitou o controle as contas públicas, se tornando responsável 
pelas receitas e despesas da Fazenda Nacional. Em 1890 aconteceu a criação do Tribunal de 
Contas da União pois se enxergava a necessidade de melhorias públicas, como por exemplo 
não se tinha dimensão do montante da divida pública e a aplicação dos seus recursos. 
Com o fim da monarquia havia uma fragilidade na sociedade civil, pois passava por inúmeras 
mudanças políticas e econômicas, então com o nascimento da República Velha em 1989, cujo 
poder político se concentrava em oligarquias rurais e seu planejamento econômica era 
totalmente baseada na agricultura, em meio há um regime descentralizador e federativo, surgem 
novos grupos sociais e movimentos que possuem interesses diferentes da burguesia, como: o 
partido comunista do Brasil e a Semana de Arte Moderna. Além dos militares somente o 
Itamaraty e o Banco do Brasil eram bem-estruturados no final da década 30, compostos por 
normas para ingressar, planos de carreira, regras e satisfazendo burocraticamente o serviço 
público. 
 No período entre 1930 e 1959, houve uma modernização na Administração Pública brasileira, 
sendo criados projetos e campanhas políticas de proteção do café, transferindo todas a decisões 
econômicas relevantes para a esfera federal; reforma administrativa, racionalização e 
modernização no Estado; redefinição de padrões relacionados a oligarquia; consolidação das 
leis trabalhistas, criando direitos trabalhistas. A admissão de funcionários através de concurso 
público. Tendo como marco de suma importância a criação do Departamento Administrativo 
do Serviço Público (DASP). A Administração Patrimonial é substituída pela Administração 
burocrática, que possui novas conquistas, como: propagação de ideias modernas da 
administração; a institucionalização e aperfeiçoamento dos funcionários públicos; novas teorias 
administrativas originadas de países desenvolvidos; reconhecimento da existência da ciência 
administrativa; formação de pequenos grupos com conhecimentos administrativos que se 
distribuíram em diversos órgãos públicos; a criação da Fundação Getúlio Vargas. Com a 
disponibilidade de obter novas funções públicas em torno do governo, aconteceram criações de 
Ministérios, órgãos, autarquias, empresas públicas, fundações, surgindo também cargos e 
salários diferenciados, o que levou o Estado como o ator principal de desenvolvimento do país. 
Nesse período marcante da história da Administração Pública Governamental é criado o 
primeiro órgão de planejamento, o Conselho Federal de Comércio Exterior, é feito um 
planejamento, reunindo atores sociais com o objetivo de analisar e solucionar diversos 
problemas econômicos e administrativo. 
Logo em seguida em 1946, no governo de Dutra, foram concretizados o Plano Salte, (Saúde, 
Alimentação, Transportes e Energia), o Programa de Metas (1956-1961) e o Plano Trienal de 
Desenvolvimento Econômico e Social, se inicia investimentos públicos com criações de 
empresas como a Petrobras e o BNDE, com o desenvolvimento da produção interna do país, e 
do aumento quantitativo da população, se determina a construção de uma nova capital, no 
planalto central. 
Até esse momento vemos que o governo fez grandes planos baseados na economia do país. Na 
década de 1960 e 1970 foi necessário adotar alguns princípios do planejamento estratégico. Na 
história da Administração Pública consolidava-se um planejamento que tinha apego exacerbado 
em normas, seu sucesso se baseava apenas em programas econômicos, funcionários estavam 
desmotivados, pois seus salários eram desatualizados, o plano de cargos completamente 
inflexível e foi apenas no ano de 64 que a estrutura estratégica junto com a administração que 
proporcionaram uma ampla liberdade de entidades adotarem ferramentas que auxiliavam em 
seus planejamentos, para concretizar o plano de ações dessa época foi criado então o PRND 
(Programa Nacional de Desburocratização), tem como principal objetivo a descentralização 
administrativa e a desconcentração de poder. 
Entre os anos 80 e 90, com tantos planos e execuções sem sucesso substanciais, o governo atual 
enfrentava a inflação,o empobrecimento devido a desestabilidade econômica, falta de 
perspectiva e melhoria na qualidade de vida e o início de uma nova de Constituição do país, 
com grandes problemas e sem planejamentos estratégicos, um desenho de plano de ação, o 
governo começa a agir impulsionados pela nova realidade e dificuldades. São realizadas 
demissões em massa, extinção de cargos, redução de salários, desmanches de órgãos e 
entidades, comprometendo a eficácia e eficiência estrutural da administração pública, trazendo 
uma crise fiscal. Com as dificuldades enfrentadas pelo Estado viu-se a necessidade de iniciar o 
projeto de reforma do Estado e da Administração Pública. 
Conclusão: 
Concluímos que no governo desde o Império até os dias atuais disponibilizam de planejamentos 
para concretizar suas ações e quando não se utiliza de tais ferramentas, não se consegue 
identificar e solucionar os problemas a partir das suas causas reais. A unidade introduz o tema 
de planejamento na administração pública desenvolvido durante anos e sendo aperfeiçoado 
durante todo o processo de gerência do país, podendo ser visto o planejamento como prática 
política e não somente como uma função administrativa. 
 
Referência: 
Misoczky, Maria Ceci Araujo. Planejamento e programação na administração pública/Maria 
Ceci Araujo Misoczky, Paulo Guedes. – 2. ed. reimp. – Florianópolis: Departamento de 
Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2012. 11-106p.: il.

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