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2.2.1 Ambiente para empreendedor no Brasil Após a reflexão que Dornelas nos traz sobre o aspecto cultural, veremos quais as condições do ambiente para empreender no Brasil, considerando as formas possíveis de financiamento para abertura do novo negócio e as empresas e organizações que fornecem assessoria para os empreendedores. No GEM (2018), podemos verificar que 33% da população brasileira tinha o sonho de ter um negócio próprio, porém mais da metade dos entrevistados informam que possuem medo de fracassar por diversos motivos. Vários são os fatores que levam à percepção de um ambiente ainda não auxiliador para as novas empresas. Alguns deles podem ser classificados como falta de informação ou de conceito histórico e cultural. O Endeavor (2018a), organização sem fins lucrativos que está presente há mais de vinte anos no Brasil, apresenta uma série de mitos que ainda existem em relação ao ambiente empreendedor: • Falta de dinheiro para as empresas: o Brasil está entre os trinta melhores países para o acesso ao capital pelas novas empresas. Como veremos mais adiante, temos diversas formas de efetuar a captação de recursos para a abertura da companhia. • Abertura de empresas é ainda demorada: boa parte das cidades no Brasil já possuem instrumentos de facilitação de abertura, com prazos inferiores a uma semana. Saiba mais O portal empreendedor na internet para registro do MEI é uma das ações que demonstram a redução das exigências formais para as empresas, acesse-o em: GOV.BR. Empresas & Negócios. Brasília, [s.d.]. Disponível em: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br. Acesso em: 5 jan. 2021. • Falta de conhecimento: o empreendedor brasileiro tem muitas opções para ampliar seus conhecimentos, podendo se utilizar de incubadoras, aceleradoras e entidades de apoio. É sabido do trabalho que é efetuado por diversos órgãos e instituições, como o Sebrae, por exemplo; esses órgãos disponibilizam consultorias, cursos, palestras e uma série de informativos e relatórios para auxílio aos empreendedores. Com isso, já podemos analisar cada uma dessas afirmações, ampliando nossa visão sobre o ambiente empreendedor. 25 EMPREENDEDORISMO E PLANO DE NEGÓCIOS Em relação à captação de recursos para a abertura de novos empreendimentos, vamos citar diversas oportunidades no mercado, que estão de acordo com as dificuldades impostas pelas diversas exigências dos bancos e de outros agentes do mercado financeiro, abrindo novas frentes para os empreendedores: • Investidor-anjo: como explicado por Dornelas (2014, p. 165), ele é um “capitalista de risco que possui dinheiro e busca alternativa para obter melhor rentabilidade”. Com isso, haverá por parte desse investidor uma análise minuciosa do plano de negócios para que ele entre com o capital necessário para o desenvolvimento do empreendimento, tornando-se sócio na empresa que está sendo formada. • Capital de risco: também conhecido como venture capital, funciona como um fundo de investimento que aplica recursos nas empresas em troca de participação acionária. Mais comum em instituições já estabelecidas, ampliou-se muito nos últimos anos com os investimentos em startups e fintechs. Segundo reportagem da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, nos seis primeiros meses de 2019, foram aportados R$ 3,4 bilhões em aproximadamente cem empresas brasileiras. • Programas governamentais: há no Brasil uma série de programas governamentais de fomento para novos negócios, tais como: Programa Inova da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal), Programa Criatec do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), entre outros. • Microcrédito: forma de apoio aos empreendedores com crédito de pequenas quantias a juros abaixo do mercado. Como exemplo, temos o Microcrédito do BNDES para o MEI com taxa de juros inferiores a 4% ao ano. • Sócios: uma alternativa muito comum utilizada pelos empreendedores é a busca de sócios no empreendimento. Assim, o profissional dividirá os custos, as responsabilidades e, naturalmente, o faturamento e o lucro com uma ou mais pessoas que entrarem com capital na empresa, constituindo, portanto, uma sociedade. É importante que o empreendedor tome essa decisão ciente de que sua escolha para o negócio prospere em uma sociedade em que: prevaleçam as mesmas ambições e objetivos; tarefas sejam divididas de forma igualitária (ou que cada sócio se responsabilize por funções que possuem maior afinidade ou conhecimento); a autonomia de cada sócio esteja devidamente alinhada; e a distribuição dos lucros seja definida previamente. Em relação à falta de apoio e de conhecimento sobre o processo empreendedor, vemos que a rede de contatos com organismos, entidades e associações para ampliação e auxílio vêm crescendo consideravelmente. Podemos citar: • Incubadoras: conforme Dornelas (2014, p. 184), elas “são entidades sem fins lucrativos, destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes”.

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