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Direito Contratual Bancário
Aula 3: Organização do Sistema Financeiro Nacional
Apresentação
Estaremos nesta aula analisando a estrutura regimental do Sistema Financeiro Nacional, bem como seus protagonistas e
agentes atuantes do sistema.
Você ainda estudará o que é o Conselho Monetário Nacional, sua constituição e atribuições, e importância de seu papel
junto ao sistema �nanceiro.
Estudaremos, ainda, a importância da Comissão Técnica da Moeda e do Crédito e suas atribuições; a importância do
Banco Central do Brasil no epicentro �nanceiro e �scalizador, seu regime e constituição, bem como suas atribuições.
Objetivos
Esclarecer a composição do Sistema Financeiro Nacional, seus órgãos e autarquias;
Analisar as funções e atribuições do Conselho Monetário Nacional, sua diretiva e competência;
Examinar as funções do Banco Central do Brasil, suas atribuições e competência.
 Organização do Sistema Financeiro Nacional
Consoante entendimento anterior, �cou a toda evidência de que as atividades bancárias não são livres, ao contrário, sujeitam-
se às �scalizações e regulamentações do poder público, haja vista a excrescência que se atribui à importância das referidas
atividades econômicas.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Diuturnamente, considerando que a iniciativa privada deve ser incentivada e livre das amarras estatais, as atividades bancárias
rendem escopo à exceção, amalgamando de sobre importância a necessidade de se regulamentar e regularizar as referidas
atividades que, alhures, são de tamanha relevância, que fazem erigir importância latitudinal do Estado em sua regulamentação,
tendo em conta a importância do crédito para a sociedade contemporânea.
Basta analisarmos que o crédito para a pessoa física
redunda na própria acepção da dignidade da pessoa
humana. Basta imaginar a sua importância para a
aquisição da casa própria. Sob outra vetusta, o crédito
para a pessoa jurídica assume igualmente salutar
importância, quer seja para a consecução de
investimentos de melhoria em infraestrutura, quer seja
para a constituição e formação de capital de giro.
Quiçá, no tocante aos investimentos realizados pela
pessoa jurídica para a consecução de seu �m social,
independentemente de seu propósito, o crédito pode
ser a distinção entre o sucesso ou o fracasso de uma
obrada comercial, a sua ruptura pode conduzir a
empresa ao processo falimentar.
Assim, dada a importância do crédito para a sociedade contemporânea, a exploração das referidas práticas bancárias não pode
�car ao alvedrio exclusivo do talante das instituições �nanceiras, sob pena de, se assim acontecesse, serem cometidas as mais
odiosas práticas comerciais em desfavor do consumidor dos serviços bancários.
Nesse sentido, vem o Estado com manifesto propósito regulamentar o setor �nanceiro, para não apenas repelir práticas
manifestamente abusivas, como �scalizar os agentes que atuam no mercado �nanceiro, conferindo dentro de uma atividade
econômica um grau mínimo de segurança e estabilidade, de forma a incentivar investidores e possibilitar a captação de
recursos, viabilizando, assim, o fomento às atividades econômicas.
Outrossim, para a segurança do próprio sistema, e objetivando coibir práticas odiosas e manifestamente arbitrárias, este setor,
em especial, sofre severa intervenção estatal, quer seja para o incentivo de atividades econômicas junto aos investidores
nacionais ou estrangeiros, quer seja limitando e expurgando práticas atentatórias aos bons costumes, permitindo, assim, que
àqueles que objetivarem os préstimos de uma atividade bancária possam calcular os riscos dos investimentos de forma a ser
possível a previsão sobre um futuro.
Re�etidamente, o consumidor, poderá, quando da contratação de um empréstimo com vistas à aquisição de sua casa própria,
mensurar quantitativamente o valor das prestações em longo prazo e, assim, antecipadamente, poderá se programar para o
pagamento das prestações subsequentes.
A mesma solução pode ser emprestada para o empresário que igualmente se vale dos mesmos préstimos, que, com o volume
de suas operações, poderá realizar antecipadamente suas estratégias comerciais.
Entre nós, a intervenção do Estado no sistema �nanceiro aconteceu pela primeira vez através do Decreto nº 14.728, de 16 de
março de 1921, sendo superado pelo Decreto-Lei nº 7.923, de 2 de fevereiro de 1945, que criou a Superintendência da Moeda e
do Crédito (SUMOC), modi�cado pelo Decreto-Lei nº 9.140, de 5 abril de 1946, até chegar-se à atual Lei nº 4.595, de 31 de
dezembro de 1964.
A Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, dispõe sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e creditícias, e cria o
Conselho Monetário Nacional.
"Art. 8º A atual Superintendência da Moeda e do Crédito é transformada em autarquia
federal, tendo sede e foro na Capital da República, sob a denominação de Banco Central
da República do Brasil, com personalidade jurídica e patrimônio próprios este
constituído dos bens, direitos e valores que lhe são transferidos na forma desta Lei e
ainda da apropriação dos juros e rendas resultantes, na data da vigência desta lei, do
disposto no art. 9º do Decreto-Lei número 8495, de 28/12/1945, dispositivo que ora é
expressamente revogado."
- (BRASIL, 1964)
Esta lei transformou a Superintendência da Moeda e do Crédito em uma autarquia federal, sob a denominação de Banco
Central do Brasil, conferindo, dessa forma, maior autonomia e independência para o desempenho de suas funções, conquanto
que anteriormente, enquanto órgão público, permanecia dependente dos meandros da política econômica sem autonomia
funcional para o desempenho de suas atribuições.
 Atribuições do Conselho Monetário Nacional
O Conselho Monetário Nacional é um órgão pertencente ao Banco Central do Brasil, cuja composição cinge-se
pelos ministros do Estado da Fazenda como presidente, ministro do Estado do Planejamento e Orçamento e
presidente do Banco Central do Brasil. Portanto, o Conselho Monetário Nacional é o órgão superior do Sistema
Financeiro Nacional.
1
Entre suas atribuições, está a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, visando a estabilidade da moeda e
o desenvolvimento econômico e social do país, exercendo atividades essencialmente normativas, estabelecendo regras e
diretrizes que devem ser executadas tanto pelo Banco Central como pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em suas
atividades de �scalização, controle e regulação das instituições �nanceiras que operam no Brasil e do mercado de capitais.
Junto ao Conselho Monetário Nacional, funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito. Esta foi criada pelo art. 9º da Lei
nº 9.069, de 29 de junho de 1995, e funciona como órgão de assessoramento técnico para o Conselho Monetário Nacional
(CMN), na formulação da política da moeda e do crédito do País. Manifesta-se previamente sobre os assuntos de competência
do Conselho Monetário Nacional.
Atenção
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/don089/aula3.html
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A Comissão Técnica da Moeda e do Crédito é integrada pelos seguintes membros: I- Presidente do Banco
Central do Brasil, na qualidade de Coordenador; II- Presidente da Comissão de Valores Mobiliários; III-
Secretário-Executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento; III- Secretário-Executivo do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão; IV- Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda; V- Secretário de
Política Econômica do Ministério da Fazenda; VI- Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda;
VII- quatro diretores do Banco Central do Brasil, indicados pelo seu presidente.
Compete à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC):
I Propor a regulamentação das matérias de competência do CMN, previstas na Lei nº 9.069, de 1995.
II Manifestar-se previamente, conforme previsto neste regimento, sobre as matérias de competência do CMN,especialmente aquelas constantes da Lei n°4.595, de 31 de dezembro de 1964.
III Examinar requerimentos de vantagens �scais e correlatas cuja concessão dependa do CMN.
IV Outras atribuições que lhe forem cometidas pelo CMN.
Funcionam também, junto ao Conselho Monetário Nacional, as Comissões Consultivas, por força do artigo 11 da Lei nº 9.069,
de 29 de junho de 1995, que são:
I
De Normas e Organização do
Sistema Financeiro.
II
De Mercado de Valores
Mobiliários e de Futuros.
III
De Crédito Rural.
IV
De Crédito Industrial.
V
De Crédito Habitacional e
para Saneamento e
Infraestrutura Urbana.
VI
De Endividamento Público.
VII
De Política Monetária e
Cambial.
Dentre as atribuições do Conselho Monetário Nacional, estão:
Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia.
Regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos.
Orientar a aplicação dos recursos das instituições �nanceiras.
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos �nanceiros.
Zelar pela liquidez e solvência das instituições �nanceiras.
Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
 Autorizar as emissões de papel-moeda (vetado) as quais �carão na prévia dependência de autorização legislativa
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Autorizar as emissões de papel-moeda (vetado) as quais �carão na prévia
dependência de autorização legislativa
I- Autorizar as emissões de papel-moeda (vetado) as quais �carão na prévia dependência de autorização legislativa
quando se destinarem ao �nanciamento direto pelo Banco Central da República do Brasil, das operações de crédito
com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 desta lei.
O Conselho Monetário Nacional pode, ainda, autorizar o Banco Central da República do Brasil a emitir, anualmente, até
o limite de 10% (dez por cento) dos meios de pagamentos existentes a 31 de dezembro do ano anterior, para atender
às exigências das atividades produtivas e da circulação da riqueza do país, devendo, porém, solicitar autorização do
Poder Legislativo, mediante mensagem do Presidente da República, para as emissões que, justi�cadamente, tornarem-
se necessárias além daquele limite.
Quando necessidades urgentes e imprevistas para o �nanciamento dessas atividades o determinarem, pode o
Conselho Monetário Nacional autorizar as emissões que se �zerem indispensáveis, solicitando imediatamente, através
de mensagem do presidente da República, homologação do Poder Legislativo para as emissões assim realizadas:
II- Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita moeda-papel (vetado) de curso
forçado, nos termos e limites decorrentes desta lei, bem como as normas reguladoras do meio circulante.
III- Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por meio dos quais se
estimarão as necessidades globais de moeda e crédito.
IV- Determinar as características gerais (vetado) das cédulas e das moedas.
V- Fixar as diretrizes e normas (vetado) da política cambial, inclusive compra e venda de ouro e quaisquer operações
em moeda estrangeira.
VI- Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro e quaisquer operações
em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira.
VII- Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive
aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições �nanceiras.
VIII- Coordenar a política de que trata o art. 3º desta lei com a de investimentos do governo federal.
IX- Regular a constituição, funcionamento e �scalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem
como a aplicação das penalidades previstas.
X- Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos, comissões e qualquer outra forma de remuneração de
operações e serviços bancários ou �nanceiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil,
assegurando taxas favorecidas aos �nanciamentos que se destinem a promover:
- Recuperação e fertilização do solo.
- Re�orestamento.
- Combate às epizootias e pragas, nas atividades rurais.
- Eletri�cação rural.
- Mecanização.
- Irrigação.
- Investimentos indispensáveis às atividades agropecuárias.
XI- Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições �nanceiras poderão emprestar a um mesmo
cliente ou grupo de empresas.
XII- Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a serem
observadas pelas instituições �nanceiras.
XIII- Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições �nanceiras.
XIV- Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos, o capital mínimo das instituições �nanceiras privadas,
levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou �liais.
XV- Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das
instituições �nanceiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos
da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central
do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar, podendo este:
a) adotar percentagens diferentes em função:
- Das regiões geoeconômicas.
- Das prioridades que atribuir às aplicações.
- Da natureza das instituições �nanceiras.
b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em �nanciamentos à
agricultura, sob juros favorecidos e outras condições �xadas pelo Conselho Monetário Nacional.
XVI- Estabelecer para as instituições �nanceiras públicas a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito
público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias e sociedades de economia
mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior.
XVII- Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas
demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios (vetado).
XVIII- Regulamentar, �xando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo,
efetuadas com quaisquer instituições �nanceiras públicas e privadas de natureza bancária.
XIX- Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave
desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação.
XX- Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas transações com
títulos públicos e de entidades de que participe o Estado.
XXI- Autoriza o Banco Central da República do Brasil e as instituições �nanceiras públicas federais a efetuar a
subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia
mista e empresas do Estado.
XXII- Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos.
XXIII- Estatuir normas para as operações das instituições �nanceiras públicas, para preservar sua solidez e adequar
seu funcionamento aos objetivos desta lei.
XXIV- Fixar até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os excedentes dos
depósitos das instituições �nanceiras serão recolhidos ao Banco Central da República do Brasil ou aplicados de acordo
com as normas que o Conselho estabelecer.
XXV- Decidir de sua própria organização, elaborando seu regimento interno no prazo máximo de trinta (30) dias.
XXVI- Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República do Brasil e �xar seu quadro de
pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, cabendo ao
presidente deste apresentar as respectivaspropostas.
XXVII- Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil.
XXVIII- Aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus
sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus resultados para o Tesouro
Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União.
XXIX- Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no país as mesmas vedações ou restrições equivalentes, que
vigorem nas praças de suas matrizes, em relação aos bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejem
estabelecer-se.
XXX- Colaborar com o Senado Federal na instrução dos processos de empréstimos externos dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal.
XXXI- Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei.
XXXII- Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, �xando limites, taxas, prazos e outras
condições.
XXXIII- Regular os depósitos a prazo de instituições �nanceiras e demais sociedades autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas.
(BRASIL, 1995, p?)
 Banco Central
O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal integrante
do Sistema Financeiro Nacional, estando vinculado ao
Ministério da Economia, foi criado em 31 de dezembro de
1964 pela da Lei nº 4.595. A esmiúce dos bancos centrais
do mundo, o Banco Central brasileiro é uma das principais
autoridades monetárias do país, juntamente com o
Conselho Monetário Nacional, tendo como atribuição
cumprir as prescrições expedidas pelo Conselho Monetário
Nacional.
O Banco Central recebeu sua competência de três instituições diferentes:
A Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), com sua extinção, através do artigo 8º da Lei nº 4.595 de 31 de dezembro
de 1964, do Banco do Brasil (BB) e do Tesouro Nacional.
 Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil
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Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil
I- Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional
(vetado).
II- Executar os serviços do meio circulante.
III- Determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de
outros títulos contábeis das instituições �nanceiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro
Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos
entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo:
a) Adotar percentagens diferentes em função:
1. Das regiões geoeconômicas.
2. Das prioridades que atribuir às aplicações.
3. Da natureza das instituições �nanceiras.
b) Determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em �nanciamentos à
agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele �xadas.
IV- Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das
instituições �nanceiras, nos termos do inciso III e § 2° do Art. 19.
V- Realizar operações de redesconto e empréstimos às instituições �nanceiras bancárias e as referidas no Art. 4º,
inciso XIV, letra " b ", e no § 4º do Art. 49 desta lei.
VI- Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas.
VII- Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei.
VIII- Ser depositário das reservas o�ciais de ouro e moeda estrangeira.
IX- Ser depositário das reservas o�ciais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com
estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional.
X- Exercer a �scalização das instituições �nanceiras e aplicar as penalidades previstas (remunerado pela Lei nº 7.730,
de 31/01/89).
XI- Conceder autorização às instituições �nanceiras, a �m de que possam:
a) Funcionar no País.
b) Instalar ou transferir suas sedes ou dependências, inclusive no exterior.
c) Ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas.
d) Praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou
municipal, ações debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários.
e) Ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento.
f) Alterar seus estatutos.
g) Alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.
XII- Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições
�nanceiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos consultivos, �scais e semelhantes,
segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.
XIII- Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais.
XIV- Determinar que as matrizes das instituições �nanceiras registrem os cadastros das �rmas que operam com suas
agências há mais de um ano.
§1º- No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste artigo, com base nas normas estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da República do Brasil estudará os pedidos que lhe sejam formulados e
resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, podendo (vetado) incluir as cláusulas que reputar convenientes
ao interesse público.
§2º- Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições �nanceiras estrangeiras dependem de autorização do
Poder Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País (vetado).
Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil:
I- Entender-se, em nome do governo brasileiro, com as instituições �nanceiras estrangeiras e internacionais.
II- Promover, como agente do governo federal, a colocação de empréstimos internos ou externos, podendo, também,
encarregar-se dos respectivos serviços.
III- Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do
equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse �m comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como
realizar operações de crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os
mercados de câmbio �nanceiro e comercial.
IV- Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado.
V- Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional.
VI- Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
VII- Exercer permanente vigilância nos mercados �nanceiros e de capitais sobre empresas que, direta ou
indiretamente, inter�ram nesses mercados e em relação às modalidades ou processos operacionais que utilizem.
VIII- Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua secretaria.
(BRASIL, 1964)
Outrossim, poderíamos sintetizar as principais atribuições do Banco Central da seguinte forma:
Emitir papel-moeda e moeda metálica.
Executar os serviços do meio circulante.
Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições �nanceiras.
Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições �nanceiras.
Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.
Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais.
Exercer o controle de crédito.
Exercer a �scalização das instituições �nanceiras.
Autorizar o funcionamento das instituições �nanceiras.
Estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições �nanceiras.
Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados �nanceiros e de capitais.
Controlar o �uxo de capitais estrangeiros no país.
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 A história do Banco Central
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A história do Banco Central
Antes da criação do Banco Central, através do artigo 8º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o papel de
autoridade monetária era desempenhado pela Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), pelo Banco do Brasil
e pelo Tesouro Nacional. Por tais, com a constituição do Banco Central, houve a avocação de tais competências,
cominando inclusive na extinção da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC).
A Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) foi constituída através do Decreto-Lei nº 7.923, de 2 de fevereiro
de 1945, cujo propósito era o de exercer o controle monetário e preparar a organização de um banco central.
Tinha por atribuição a responsabilidade de �xar os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as
taxas do redesconto e da assistência �nanceira de liquidez, bem como os juros sobre depósitos bancários. Também,
tinha como função supervisionar a atuação dos bancos comerciais, bem como orientações sobre a política cambial,
além de ser órgão de representação do país junto a organismos internacionais.
De outra banda, o Banco do Brasil desempenhava as funções de banco do governo, mediante o controle das
operações de comércio exterior, o recebimento dos depósitos compulsórios e voluntários dos bancos comerciais e a
execução de operações de câmbio em nome de empresas públicas e do Tesouro Nacional, de acordo com as normas
estabelecidas pela Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) e pelo Banco de Crédito Agrícola, Comercial, e
Industrial.
No que tange ao Tesouro Nacional, este era o órgão emissor de papel-moeda. Com a criação do Banco Central, houve
a avocação das principais atribuições dos três órgãos acima referendados, cominando na extinção da
Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) pelo esvaziamento de suas competências.
Assim, com a constituição do Banco Central, buscou-se dotar a instituição de mecanismos voltados para o
desempenho do papel de "banco dos bancos". Em 1985, foi promovido o reordenamento �nanceiro governamental
com a separação das contas e das funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional.
Em 1986, foi extinta a conta movimento e o fornecimento de recursos do Banco Central ao Banco do Brasil passou a
ser claramente identi�cado nos orçamentos de ambas as instituições, eliminando-se os suprimentos automáticos que
prejudicavam a atuação do Banco Central.
O processo de reordenamento �nanceiro governamental se estendeu até 1988, quando as funções de autoridade
monetária foram transferidas progressivamente do Banco do Brasil para o Banco Central, enquanto as atividades
atípicas exercidas por esse último, como as relacionadas ao desenvolvimento e à administração da dívida pública
federal, foram transferidas para o Tesouro Nacional.
A Constituição brasileira de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre os
quais destacam-se o exercício exclusivo da competência da União para emitir moeda e a exigência de aprovação
prévia pelo Senado Federal do Brasil, em votação secreta, após arguição pública, dos nomes indicados pelo Presidente
da República para os cargos de presidente e diretores da instituição. Além disso, vedou ao Banco Central a concessão
direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional.
A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192, a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro
Nacional, ainda não editada, que deverá substituir a Lei 4.595/64 e rede�nir as atribuições e estrutura do Banco Central
do Brasil.
A instituição do Banco Central desempenha hoje papel indispensável na política econômica do país e, portanto, guarda
valor fundamental na organização �nanceira do Brasil, sendo assim toda sua organização para o intuito de melhor
aplicabilidade das normas e funções econômicas.
O Banco Central atua como um organismo interno, conquanto que se relaciona diretamente com as instituições
�nanceiras públicas e privadas, não possuindo contato direto com o consumidor dos serviços bancários, seja pessoa
física ou jurídica, salvo com pessoas jurídicas expressamente autorizadas por lei, sobretudo como agente
regulamentador das atividades bancárias.
A esmiúce do Conselho Monetário Nacional, o Banco Central também é uma autarquia, tendo sede e foro na Capital da
República, sob a denominação de Banco Central da República do Brasil, com personalidade jurídica e patrimônio
próprios, este constituído dos bens, direitos e valores, fato que permite que seus pro�ssionais possam atuar de forma
independente do poder que as constituiu, propiciando uma função desvinculada dos poderes políticos.
Cumpre ter em tela que, apesar da pretensão em se dotar de autonomia a referida instituição, principalmente com a
sua constituição como autarquia, ainda assim, veri�camos certo grau de dependência de sua instituição com o Poder
Executivo, ainda preso às antigas amarras, conquanto que a escolha do presidente do referido órgão vem às
escâncaras por indicação do chefe do executivo, prejudicando de certa maneira a autonomia que se objetivava quando
o órgão foi transformado em autarquia.
Talvez o razoável fosse admitir, para a ocupação do cargo mais elevado do Banco Central, que a escolha do
pro�ssional fosse quali�cada por seu mérito, através de um mandato por prazo determinado, mediante um processo
eletivo que restaria imune das temperanças do poder político que, alhures, acaba por recorrer aos pro�ssionais que
atendem muito mais a uma cartilha eleitoral que à técnica. Por tais razões é que se veri�ca não raras vezes a
substituição frequente dos ocupantes do cargo.
Não obstante sua função eminentemente pública, vozes ecoam no sentido de lhes aplicar a responsabilidade objetiva
no trato do desempenho de suas funções, principalmente se observarmos a importância que lhes deriva suas
atribuições e a consequência da inobservância de suas normas técnicas e procedimentais.
 Atividade
1- Qual foi o primeiro órgão regularmente constituído que tinha, dentre suas atribuições, a de regulamentação do setor
�nanceiro?
a) Superintendência da Moeda e do Crédito
b) Banco Central do Brasil
c) Comissão de Valores Mobiliários
d) Conselho Monetário Nacional
e) Tesouro Nacional
2- Compete à Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC), exceto:
a) Propor a regulamentação das matérias de competência do CMN, previstas na Lei nº 9.069 de 1995.
b) Manifestar-se, previamente, conforme previsto em seu regimento, sobre as matérias de competência do CMN, especialmente aquelas
constantes da Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964.
c) Examinar requerimentos de vantagens fiscais e correlatas cuja concessão dependa do CMN.
d) Outras atribuições que lhe forem cometidas pelo CMN.
e) Regulamentar e fiscalizar as atividades bancárias no território nacional.
3- Para se conferir autonomia administrativa e independência econômica, o Banco Central do Brasil é:
a) Um órgão público pertencente à administração direta.
b) Uma sociedade de economia mista.
c) Uma autarquia federal.
d) Um órgão público pertencente à administração indireta.
e) Uma fundação pública.
4- A quem compete a emissão de papel-moeda no Brasil?
a) Tesouro Nacional
b) Banco Central do Brasil
c) Banco do Brasil
d) Conselho Monetário Nacional
e) Superintendência da Moeda e do Crédito
5- Dentre as atribuições do Conselho Monetário Nacional, estão:
a) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia.
b) Emitir papel-moeda e moeda metálica.
c) Executar os serviços do meio circulante.
d) Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras.
e) Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras.
Notas
Conselho Monetário Nacional 1
É o órgão deliberativo máximo do SFN.
É composto por três membros: Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão e Presidente do
Banco Central. Em conjunto com a CMN funcionaa Comissão Técnica da Moeda e do Comércio (COMOC), que tem como
atribuições o assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito.]
Referências
ABRÃO, Nelson. Direito Bancário. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.
CÓDIGO CIVIL- Legislação Saraiva de Bolso. 3. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2019.
MAXIMILIAN, Paulo. Contratos Bancários. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
RIZZARDO, Arnaldo. Contratos de Crédito Bancário. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
Próxima aula
A importância dos contratos bancários à luz do Código de Defesa do Consumidor;
A Natureza jurídica dos contratos bancários, os contratos de adesões e a sua interpretação;
Os prazos prescricionais para a oitiva dos contratos em juízo, bem como a in�uência do Superior Tribunal de Justiça para
a interpretação do artigo 205 do Código Civil;
A Importância do princípio da boa-fé como parâmetro interpretativo dos contratos bancários.
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