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PROCEDIMENTO DE DESAPROPRIAÇÃO 1) FASE DECLARATÓRIA: expõe (declara) a existência de um dos pressupostos (ATO ADM ou LEI) OBS! Após o ato de declaração, a indenização somente abrange as benfeitorias necessárias. As benfeitorias úteis serão indenizadas quando o proprietário for autorizado pelo Poder Público. 1.1) Efeitos - Direito de penetrar no imóvel - contagem do prazo de caducidade: utilidade ou necessidade pública: 5 anos (art. 10, Decreto-lei n. 3.365/41). (1 ano pode renovar) interesse social: 2 anos (não pode renovar) Apesar de o ato declaratório proferido, não podem ser indeferidas licenças para obras no imóvel, mas o valor das obras realizadas não será acrescido no valor da indenização. Súmula 23 STF. LEI Nº 13.867, DE 26 DE AGOSTO DE 2019 Art. 1º O Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 10-A. O poder público deverá notificar o proprietário e apresentar-lhe oferta de indenização. (...) § 2º Aceita a oferta e realizado o pagamento, será lavrado acordo, o qual será título hábil para a transcrição no registro de imóveis. § 3º Rejeitada a oferta, ou transcorrido o prazo sem manifestação, o poder público procederá na forma dos arts. 11 e seguintes deste Decreto-Lei.” LEI Nº 13.867, DE 26 DE AGOSTO DE 2019 Art. 10-B. Feita a opção pela mediação ou pela via arbitral, o particular indicará um dos órgãos ou instituições especializados em mediação ou arbitragem previamente cadastrados pelo órgão responsável pela desapropriação. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) § 1º A mediação seguirá as normas da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015, e, subsidiariamente, os regulamentos do órgão ou instituição responsável. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) § 2º Poderá ser eleita câmara de mediação criada pelo poder público, nos termos do art. 32 da Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) § 4º A arbitragem seguirá as normas da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, e, subsidiariamente, os regulamentos do órgão ou instituição responsável. (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.867, de 2019) Apesar de o ato declaratório proferido, não podem ser indeferidas licenças para obras no imóvel, mas o valor das obras realizadas não será acrescido no valor da indenização. Súmula 23 STF. 2.1) IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens; - declaração de urgência e depósito prévio. art. 15, do Decreto-Lei 3.365/41. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1937-1946/Del1608.htm#art685 OBS! poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito (§2º, art. 33, Decreto-lei n. 3.365/41). Art. 33. O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do juiz da causa, é considerado pagamento prévio da indenização. § 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, poderá levantar até 80% (oitenta por cento) do depósito feito para o fim previsto neste e no art. 15, observado o processo estabelecido no art. 34. (Incluído pela Lei nº 2.786, de 1956) - não poderá ser renovada - expropriante deve requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias. Excedido este prazo, não será concedida a imissão provisória. INDENIZAÇÃO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L2786.htm#art6 - Sobre alguns pontos do DL nº 3365/41, especialmente o art. 15-A, que foram alterados por medida provisória. Em 2018, ele julgou em definitivo o mérito da citada a ADI, mantendo em parte as decisões liminares proferidas e alterando outros pontos. Vejamos o resultado do julgamento: 1) em relação ao “caput” do art. 15-A do DL 3.365/41: 1.a) reconheceu a CONSTITUCIONALIDADE do percentual de juros compensatórios no patamar fixo de 6% ao ano para remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na posse de seu bem; o citado artigo menciona um percentual de até 6% ao ano: Atenção que isso MUDOU da decisão liminar para o mérito da ação. O STF tinha entendido inicialmente que deveria ser de 12% (não é mais). Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos. 1.b) Assim, declarou a INCONSTITUCIONALIDADE do vocábulo “até”; Assim, nas ações de desapropriação o % será de 6% fixo. Consequentemente, essas duas súmulas ficarão sem aplicação: Súmula 618-STF: Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juros compensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano. Súmula 408-STJ: Nas ações de desapropriação, os juros compensatórios incidentes após a Medida Provisória 1.577 de 11/06/1997 devem ser fixados em 6% ao ano até 13/09/2001 e a partir de então, em 12% ao ano, na forma da Súmula 618 do Supremo Tribunal Federal. 1.c) deu INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO ao “caput” do art. 15-A, de maneira a incidir juros compensatórios sobre a diferença entre 80% do preço ofertado em juízo pelo ente público e o valor do bem fixado na sentença; Isso foi mantido no julgamento do mérito. 2) declarou a CONSTITUCIONALIDADE do § 1º do art. 15-A, que condiciona o pagamento dos juros compensatórios à comprovação da “perda da renda comprovadamente sofrida pelo proprietário”; 3) declarou a CONSTITUCIONALIDADE do § 2º do art. 15-A, afastando o pagamento de juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e de eficiência iguais a zero; Isso MUDOU, porque se entendia que mesmo que a terra fosse improdutiva deveria haver juros compensatórios. 4) declarou a CONSTITUCIONALIDADE do § 3º do art. 15-A, estendendo as regras e restrições de pagamento dos juros compensatórios à desapropriação indireta. Art. 15-a. § 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de indenização por apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às ações que visem a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à proteção ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado na sentença 5) declarou a INCONSTITUCIONALIDADE do § 4º do art. 15-A; § 4º Nas ações referidas no § 3º, não será o Poder Público onerado por juros compensatórios relativos a período anterior à aquisição da propriedade ou posse titulada pelo autor da ação. 6) declarou a CONSTITUCIONALIDADE da estipulação de parâmetros mínimo (0,5%) e máximo (5%) para a concessão de honorários advocatícios e a INCONSTITUCIONALIDADE da expressão “não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e cinquenta e um mil reais)” prevista no § 1º do art. 27. STF. Plenário. ADI 2332/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/5/2018 (Info 902). (manteve a decisão da liminar) Resumindo: 32 33 34 Honorários Advocatícios Diferença entre o valor ofertado em juízo e o valor fixado na sentença (Medida Provisória nº 2.183-56/2001) Meio e cinco por cento do valor da diferença entre o ofertado pelo expropriante e o fixado na sentença. (Medida Provisória nº 2.183- 56/2001) ------- A indenização devida deverá considerar a área efetivamente desapropriada, ainda que o tamanho real seja maior do que o constante da escritura, a fim de não se configurar enriquecimento sem causa em favor do ente expropriante. REsp 1.466.747-Peem Se no bem desapropriado houver fundo de comércio, só haverá sua inclusão no valor da indenização se o expropriado também for o proprietário do fundo. Se forterceiro o proprietário do fundo de comércio, deverá promover ação autônoma contra o expropriante (art. 26, Decreto-lei nº 3.365/41).
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