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RITOS, MITOS E SÍMBOLOS- guia da discilpliana


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RITOS, MITOS E SÍMBOLOS 
Me. Gerson A. Cordeiro da Silva 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 
 
1 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Objetivo: 
Apresentar de forma contextualizada o percurso dos Ritos, mitos e símbolos das 
religiões brasileiras, com seus conceitos básicos, dialogando com o mundo contemporâneo. 
Compreender o comportamento da sociedade diante da diversidade. 
 
 
 
 
2 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. RITO 
 
O rito expressa um mito, encarnando-o. O mito é o coração do rito, sua estrutura 
significativa. Rito e mito são duas faces de uma mesma realidade, essencialmente 
humana. Como afirma Stanley Ripper, criador do conceito de mitologia pessoal, juntamente 
com Feinstein, em seu significado mais tradicional, um mito é uma história ou crença 
organizadora que inclui alguns princípios básicos, orientadores. 
 
Finalmente, permitir a participação do ser humano na maravilha e na perplexidade 
do cosmos. Os primeiros teóricos da Antropologia, naturalmente modelados pelo 
paradigma racionalista positivista, tenderam a uma abordagem reducionista, frente ao 
vasto e complexo universo da mitologia. Segundo Aldo Natale Terrin, que buscou contribuir 
para o desenvolvimento de uma antropologia da alteridade, em sua obra, Antropologia e 
horizontes do sagrado – culturas e religiões, afirma que o intelectualismo de Frazer e de 
Tylor reduziu a concepção do ritual a um mero erro de interpretação científica. Para 
Frazer, um ato mágico ou ritual é realizado, pela crença equivocada de que sua ação 
provoca os efeitos desejados, pelo mago ou feiticeiro, numa relação linear causal. 
 
Tylor, em sua concepção animista, influenciado pela perspectiva 
psicológica, destacou o aspecto catártico do ritual mágico-religioso. Radcliffe-Brown e o 
seu projeto de uma ciência natural da sociedade – inspirado em Durkheim e Spencer 
- considerava o totemismo um protótipo de religião como uma concepção do universo na 
forma de ordem social ou moral, onde os grupos expressam sentimento de 
solidariedade, através de rituais simbólicos. No seu enfoque funcionalista, Malinowski 
focaliza o ritual como exercendo uma função de integração social, contribuindo para a 
autoconservação da cultura e da sociedade, sobretudo diante de conflitos e de questões 
incontroláveis. Como afirma Adam Kuper, a função da magia era ritualizar o otimismo do 
homem, fortalecer a sua fé na vitória da esperança sobre o medo Malinowski considerava 
o mito como uma narrativa que faz reviver uma realidade primeva, satisfazendo profundas 
necessidades, exprimindo, enaltecendo e codificando a crença, garantindo a eficácia 
ritualística e oferecendo regras práticas e orientadoras da conduta humana. 
 
Evans- Pritchard, que estudou a feitiçaria dos azandes, desenvolveu uma noção dos 
rituais de bruxaria como formas explicativas dos infortúnios, demonstrando sua 
racionalidade e seu aspecto místico, pressupondo a existência de forças 
 
 
3 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
suprassensíveis. Claude Lévi-Strauss, em sua antropologia estrutural, discordando do 
funcionalismo e transcendendo a abordagem empírica, adota um enfoque 
universalista, considerando que o mito representa a mente que o cria, resistindo à 
história, numa perene condição. Do ponto de vista linguístico, Lévi-Strauss afirma que o 
mito é a linguagem funcionando em um nível especialmente alto. Nesta concepção, o ritual 
tem uma função articuladora entre periodicidade biológica e de estação e o passado que 
liga, ao longo das gerações, os mortos e os vivos. 
 
Indicando a complexidade de culturas pré-industriais, este autor sustenta que a 
ciência não pode escapar inteiramente de ser mítica. Turner, aponta para uma antropologia 
interpretativa, colocando a questão fundamental de uma hermenêutica do compreender, já 
que o ritual não pode ser comparado com uma racionalidade científico-
instrumental, devendo ser compreendido em nível artístico e poético, por constituir uma 
ação simbólica e dramática. Aponta para uma tese fenomenológica, que não seria outra 
coisa senão a verdadeira alma de que nasce a possibilidade de conjugar antropologia e 
experiência religiosa, porque nesta visão esconde-se aquele horizonte «holístico» dos 
significados que respeita acima de tudo e principalmente o mundo da experiência . Para 
Mircea Eliade, o mito é um modelo exemplar, que narra uma história sagrada, ou seja, um 
acontecimento primordial, que teve lugar na origem do Tempo. 
 
Joseph Campbell considera o mito uma poética da vida, que nos ajuda a colocar a 
mente em contato com a experiência de estar vivo. Para Campbell, mitologia é uma 
metáfora transparente à transcendência, sendo os mitos metáforas da potencialidade 
espiritual do ser humano. Nesta concepção, os deuses são personificações de um poder 
motivador ou de um sistema de valores que funciona para o ser humano e para o 
universo. Há uma mitologia da natureza e uma mitologia estritamente sociológica, que diz 
respeito a uma sociedade em particular. 
 
Isso pode ser o símbolo da mitologia futura, vaticinava Campbell. Assim como 
Mircea Eliade acreditava na existência de uma unidade fundamental das experiências 
religiosas, Jung postulava uma espécie de unidade fundamental do inconsciente 
coletivo. Em sua abordagem simbólica, o sonho é um mito pessoal, enquanto o mito é um 
sonho coletivo. Rollo May afirma que cada um de nós tem seu próprio mito, em torno do 
qual moldamos nossa vida. 
 
 
4 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Este mito integra e nos dá a capacidade para viver o passado e o futuro, sem 
negligenciar nenhum momento do presente. O mito faz uma ponte sobre a lacuna entre o 
consciente e o inconsciente. Para May, o mito exerce uma função regressiva, constelando 
conteúdos reprimidos, anseios arcaicos, desejos e medos, e uma função 
progressiva, rompendo os limites de um sentido maior, que não estava presente 
antes, consistindo num modo de se resolver problemas num nível superior de integração. A 
abordagem psicanalítica, redutora causal, sabota esta última função, apenas acentuando 
os aspectos regressivos da vivência mítica. 
 
Como o paradigma do racionalismo científico é, inerentemente, analítico, houve uma 
hipertrofia da utilização deste método de decomposição e de fracionamento sistemático do 
todo em suas partes e de redução dos fenômenos ao seu aspecto causal. Como afirma 
Joseph Campbell, o segredo do símbolo, mitológico e espiritual, é que deve ser 
transparente à transcendência. 
 
 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
 
Bibliografia Complementar 
 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
Ensino (d 
 
 
 
 
 
 
5 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. RITOS CRISTÃOS 
 
2.1 Ritual de iniciação ao cristianismo ortodoxo 
 
 A primeira é uma linhagem histórica, que tem sua origem nos apóstolos de 
Cristo, fundadores de igrejas e de comunidades, como a de Jerusalém, de Éfeso e de 
Roma. Ao lado desta linhagem institucional apostólica, há uma outra mais discreta, menos 
dogmáticae mais atenta à possibilidade e à prática de uma forma de oração e de 
meditação, que busca conectar seu praticante com a Origem, através de uma intimidade 
com a Fonte, a qual Cristo denominava de Pai. 
 
2.1.1 A via purgativa 
A roupa branca, indicada para esta ocasião, significa este estado sem máculas, de 
uma pureza reconquistada. Como afirma Leloup, esta imersão na água não é 
definitiva, naturalmente. 
 
2.1.2 A via iluminativa 
O sacerdote faz o Sinal da Cruz, com o óleo, em diferentes partes do 
corpo, coincidentes com o que, também na tradição dos yogues hinduístas, são 
denominados de chakras, os vórtices energéticos de nosso corpo sutil, vinculados à 
diferentes potenciais de estados de consciência. Em cada uma destas especiais regiões do 
corpo, o óleo é introduzido, no sentido vertical e horizontal, representando a dimensão 
essencial e a existencial, o Absoluto e o relativo, o transcendente e o imanente, a luz e a 
matéria, respectivamente. Assim, são integrados o caminho ascendente e o 
descendente, o que sobe – do humano ao divino -, e o que desce – do divino ao 
humano. Como afirmava Lao-Tsé, o alto descansa no profundo. 
 
2.1.3 A via unitiva 
Ingerir este pão significa se nutrir desta prática de amor e de serviço. Assim, este 
sacramento de comunhão, através de sinais sensíveis e visíveis, é um convite à realização 
do invisível, esta dinâmica de ação e contemplação, de amor e conhecimento, que o próprio 
Cristo representa, nesta tradição. 
 
 
6 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
De acordo com os conceitos da psicologia profunda, é o ego que se alimenta do 
Self, que transmuta e dá um sentido vertical à existência. Nesta via unitiva, há também a 
simbólica do sal, uma substância que dá a cada coisa o gosto que cada coisa tem. 
 
2.2 Os Livros de Salomão 
Através desta consciência, somos pó que dança na Luz. Foi lastimável a 
fragmentação destes três momentos de um mesmo rito iniciático, pela Igreja 
Católica, motivada por questões hierárquicas. Uma encarnação, através de 
gestos, palavras e de símbolos, da plenitude do mito encarnado em Cristo, que Jung 
denominava de Self e que os Antigos consideravam o arquétipo da Síntese, bodas da 
existência com a Vida, da matéria com a Luz, do humano com o Mistério. 
 
 
 
Existem algumas ponderações importantes a serem feitas quanto ao tema em 
questão. Em primeira análise, ele pressupõe que um determinado grupo, os 
cristãos, possuem uma importância quando estes “atuam” ou “exercem” algo 
naquilo que chamamos de sociedade. Em uma perspectiva Aristotélica, a pólis 
(cidade-estado) é o bem mais elevado, devido este ser originado pela reunião 
dos diversos grupos que, associados, resultam na sociedade. Se a noção do 
discípulo de Platão for virtuosa, o que acreditamos ser, de imediato 
categorizaríamos, a partir do tema, os cristãos como partícipes da 
pólis, porém, com alguma peculiaridade e capacidade que são pertinentes a 
estes. Diante disso, vale ressaltar na continuidade da prévia política em 
Aristóteles, que este afirma pejorativamente ser “bruto ou divino”, o homem 
incapaz de viver em sociedade. De imediato é trazido a nossa memória a 
relutância por parte de muitos ditos “evangélicos”, que não compreenderam 
sua real importância na sociedade, tendo suas vidas quase que 
transcendentais ou gnósticas, não podendo se contaminar com a matéria 
presente. Em contrapartida, o nosso Santíssimo e Majestoso Senhor Jesus 
Cristo, rompe com todas as lógicas presentes na discursão do material e do 
imaterial, quando é concebido na barriga de uma mulher, mas gerado pelo 
Espírito Santo, e no momento do seu nascimento, crescimento e 
amadurecimento, este Homem Deus e Deus Homem vai ao encontro dos seres 
humanos presentes na cidade-estado e nos grupos da pólis aristotélica. O 
resultado disso? Uma atuação extraordinária dos atributos divinos no âmago 
social, seja pelo viés do amor, do perdão, da sabedoria, da compaixão, do 
poder, dos milagres, das curas, da restituição de uma vida sóbria, honesta e 
sã. Vale atentar que no caso em questão, ainda não estamos apreciando a 
atuação divina na redenção oriunda da cruz. 
A partir do pano de fundo exposto na reflexão acima, notamos que nós, 
cristãos, discípulos e servos do nosso Mestre e Senhor Jesus, temos mais do 
que uma opção, temos um dever de ser como o nosso Mestre, de agir como o 
nosso Senhor, de seguir os seus passos, de sermos invadidos pela poeira dos 
 
 
7 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
seus pés. E nada melhor do que a compreensão de que tendo sido salvos pela 
atuação poderosa e graciosa do Espírito Santo, devemos agora como novas 
criaturas, viver e atuar significativamente na sociedade, a começar pelo levar 
as boas novas a todos os perdidos, anunciando a redenção presente na pessoa 
de Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida. Assim como sermos seres 
humanos, atuantes em todas as esferas sociais, dando a glória devida ao único 
que é de direito, a Santíssima Trindade, como bem nos expôs Abraham Kuyper, 
um dos mais extraordinários teólogos da tradição calvinista, seguindo os 
passos obviamente do reformador João Calvino, que sua reforma integral para 
com Genebra, até hoje é reconhecida e admirada. 
O Brasil, atualmente, é terreno sedento desta atuação cristã. Mais do que 
nunca se ouve o clamor popular por redenção. O problema é que este clamor 
por redenção é direcionado ao estado, ao dinheiro, a liberdade, e a tantas 
outras coisas. Categorizando de imediato uma idolatria pagã, onde seres 
humanos caídos colocam sua esperança em tudo o que não é Deus. Por isso, 
convido vocês para que a partir deste momento, sejam abertos os seus lábios 
para anunciar a única e verdadeira redenção encontrada na pessoa de Jesus 
Cristo, e vivendo a partir desta realidade, servir com amor o seu eu presente 
no seu próximo, como diria Roger Scruton em seu livro O Rosto de Deus. Para 
glória e honra do nosso Senhor, viveremos uma transformação a longo prazo, 
porém iniciada de imediato por cada cristão, agindo consciente do poder do 
Espírito Santo, visando a majestade eterna do Pai. Acredite. Tenha fé. Prossiga. 
Ame. 
Paz e Bem! 
Salomão Lemos | salomaolemos@gmail.com 
 
 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
 
Bibliografia Complementar 
 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
Ensino (d 
 
 
 
8 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. RITOS CATÓLICOS 
A Igreja católica possui 6 ritos. Todas essas igrejas reconhecem o primado do Papa. 
Trata-se de uma unidade na diversidade. 
3.1 Rito Latino 
3.1.1 Igreja Católica Apostólica Romana 
Observe-se que dentro da igreja romana existem quatro ritos, que não se constituem 
em igrejas. 
– Rito Latino Romano – é o que conhecemos no Brasil; 
– Rito Ambrosiano – utilizado na Arquidiocese de Milão, teve sua origem em Santo 
Ambrósio, mentor de Santo Agostinho; 
– Rito Moçárabe, oriundo dos árabes convertidos ao cristianismo na Espanha 
durante a reconquista. Durante muito tempo foi usado apenas numa capela da catedral de 
Toledo, a diocese primaz da Espanha, e mais nove paróquias. Desde 1993 pode ser usado 
em todo o território do país. 
–Rito Galicano ou Lionês – utilizado na Arquidiocese de Lyon, primaz da França. 
 
Ultimamente se tem desenvolvido um uso anglicano, não ainda um rito, para 
acomodar os anglicanos que se converteram recentemente ao catolicismo. Trata-se de uma 
forma modificada do rito anglicano. 
 
3.2 Rito Bizantino 
É um momento de desligar- se do real e conectar-se a um mundo simbólico. É nessa 
prática ritual que essas pessoas encontram uma espécie de demarcador de fronteira étnica, 
ou seja, as suas práticas rituais os diferenciam dos demais grupos. 
 
Igreja Greco-Melquita Católica: 
Igreja Grega Católica 
Igreja Ucraniana Católica 
Igreja Rutena Católica 
Igreja Eslovaca Católica 
Igreja Búlgara Católica 
Igreja Iugoslava Católica 
Igreja Húngara Católica 
 
 
9 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Igreja Romena Católica 
Igreja Ítalo-albanesa Católica 
Igreja Georgiana Católica 
Comunidade Russa Católica 
Comunidade Albanesa Católica 
Comunidade Bielorrussa Católica 
 
3.3 Rito Armênio 
O rito armênio é um rito litúrgico oriental independente, utilizado tanto pela Igreja 
Apostólica Armênia como pela Igreja Católica Armênia, também sendo o rito de um número 
significativo de cristãos orientais na Geórgia. 
Igreja Armênia Católica 
 
3.4 Rito Antioqueno 
 
O RITO ANTIOQUINO (ou Antioqueno), também chamado Rito Siríaco ou 
mesmo Rito de Jerusalém, é um dos chamados Ritos Apostólicos da Igreja, tendo 
sua base na antiga Sé Patriarcal de Antioquia (cujo primeiro Bispo foi São Pedro, 
chefe dos Apóstolos). 
Antioquia, chamada de "Rainha do Oriente", foi onde os seguidores de Nosso Senhor 
Jesus Cristo receberam o nome "cristãos", conforme nos relatam as Escrituras 
Igreja Siríaca Católica 
Igreja Maronita 
Igreja Siríaca Malankar Católica 
 
3.5 Rito Caldeu 
O RITO CALDEU (também chamado Siríaco Oriental) é um dos tradicionais Ritos da 
Igreja. Sua origem e difusão se deu a partir de Edessa, na Mesopotâmia, região onde 
anteriormente havia o Império da Babilônia. A igreja ali fora fundada, segundo a tradição, 
pelo Apóstolo São Tomé e por seus discípulos Addai e Mari, que evangelizaram as 
comunidades judaicas que existiam no império Persa desde os tempos bíblicos do exílio. 
Igreja Caldeana Católica 
Igreja Siríaca Malabar Católica 
 
 
10 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3.6 Rito Alexandrino 
O rito Alexandrino é um rito litúrgico oriental utilizado por 69 a 79 milhões de cristãos 
pelas igrejas ortodoxas copta, etíope e eritreia, assim como pelas igrejas católicas 
orientais correspondentes. 
 
O rito é dividido em duas variações: o uso copta e o uso ge'ez. O uso copta é nativo 
do Egito e praticado pela Igreja Ortodoxa Copta e pela Igreja Católica Copta, geralmente 
na língua copta, mas frequentemente em árabe e outras línguas vernáculas (como 
o inglês nos Estados Unidos), seguindo o tradicional calendário copta. O uso ge'ez é nativo 
da Etiópia e usa a língua ge'ez, empregando outros idiomas com muito menor frequência, 
e é praticado pela Igreja Ortodoxa Etíope, Igreja Ortodoxa Eritreia, Igreja Católica 
Etíope e Igreja Católica Eritreia, seguindo o tradicional calendário etíope. 
 
Igreja Copta Católica 
Igreja Etíope Católica 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
. 
 
Bibliografia Complementar 
 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
Ensino (d 
 
 
 
https://www.wikiwand.com/pt/Rito
https://www.wikiwand.com/pt/Lit%C3%BArgico
https://www.wikiwand.com/pt/Rito_oriental
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Ortodoxa_Copta
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Ortodoxa_Et%C3%ADope
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Ortodoxa_Eritreia
https://www.wikiwand.com/pt/Igrejas_cat%C3%B3licas_orientais
https://www.wikiwand.com/pt/Igrejas_cat%C3%B3licas_orientais
https://www.wikiwand.com/pt/L%C3%ADngua_copta
https://www.wikiwand.com/pt/L%C3%ADngua_ge'ez
https://www.wikiwand.com/pt/Egito
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Ortodoxa_Copta
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Cat%C3%B3lica_Copta
https://www.wikiwand.com/pt/L%C3%ADngua_copta
https://www.wikiwand.com/pt/L%C3%ADngua_%C3%A1rabe
https://www.wikiwand.com/pt/L%C3%ADngua_inglesa
https://www.wikiwand.com/pt/Estados_Unidos
https://www.wikiwand.com/pt/Calend%C3%A1rio_copta
https://www.wikiwand.com/pt/Eti%C3%B3pia
https://www.wikiwand.com/pt/L%C3%ADngua_ge'ez
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Ortodoxa_Et%C3%ADope
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Ortodoxa_Eritreia
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Cat%C3%B3lica_Et%C3%ADope
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Cat%C3%B3lica_Et%C3%ADope
https://www.wikiwand.com/pt/Igreja_Cat%C3%B3lica_Eritreia
https://www.wikiwand.com/pt/Calend%C3%A1rio_et%C3%ADope
 
 
11 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. RITO AFRICANO 
Paulatinamente, pela observância das diferenças na forma do culto e na natureza 
das divindades adotadas, o candomblé brasileiro foi sendo subdividido em diferentes 
nações. Nesse âmbito, a predominância das influências sudanesas ou ioruba é um dos 
mais importantes referenciais no reconhecimento de nações distintas. Os ritos nagôs – que 
incluem, entre outras, as nações ketu, ijexá, nagô egbá e xambá – valorizam o legado 
proveniente das religiões do Sudão. Segundo os seus praticantes, o ritual nagô estaria 
dotado de uma maior “pureza” e “originalidade” que as outras nações que aceitam a 
presença de santos católicos. 
 
As nações pertencentes a este rito cultuam os voduns, orixás, caboclos e erês. «As 
nações ligadas ao rito angola ou candomblé de angola são influenciadas pelos elementos 
ritualísticos das religiões bantas. A pureza ou fidelidade junto às matrizes africanas 
determinam uma disputa de legitimidade que encobre o desenvolvimento histórico das 
nações do candomblé. 
 
4.1 Ketu 
Ketú (pronuncia-se /queto/) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, um 
culto afro-brasileiro. Essa “nação” é considera a mais luxuosa, por suas decorações, 
enfeites, acessórios, roupas e paramentos. 
Na “nação” Ketú são cultuados os seguintes Orixás: 
a) Exu, Orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas. Mensageiro 
divino dos oráculos. 
 
https://shre.ink/cjsq acesso em 27/02/2023 
 
b) Ogum, Orixá do ferro, fogo, guerra e tecnologia. 
 
 
12 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
c) Oxóssi, Orixá da caça e da fartura. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
13 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
d) Logunedé, Orixá jovem da caça e da pesca. 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
e) Xangô, Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
 
14 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
f) Obaluaiyê, Orixá das doenças epidérmicas, pragas e curas. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
g) Oxumarê, Orixá da chuva e do arco-íris. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
 
15 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
h) Ossaim,Orixá dos remédios, conhece o segredo de todas as folhas. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
i) Oyá ou Iansã, Orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade e do Rio 
Niger. 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
16 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
j) Oxum, Orixá feminino dos rios, do ouro, jogo de búzios e amor. 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
k) Iemanjá, Orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade. Mãe de muitos Orixás. 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
l) Nanã, Orixá feminino dos pântanos e da morte. Mãe de Obaluaiyê e Oxumaré. 
 
 
17 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
m) Yewá, Orixá feminino do Rio Yewa. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
 
 
18 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
n) Obá, Orixá feminino do Rio Oba e uma das esposas de Xangô. 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
o) Oxalá é um nome genérico para vários Orixás Funfun (branco). 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
p) Ibeji, Orixá dos gêmeos (os Erês). 
 
 
https://shre.ink/cjsg acesso em 27/02/2023 
 
 
https://shre.ink/cjsg%20acesso%20em%2027/02/2023
https://shre.ink/cjsg%20acesso%20em%2027/02/2023
 
 
19 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- 
Paraná. Contentus. 2020. 
 
Bibliografia Complementar 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
Ensino (d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. RITOS EVANGÉLICOS 
Nas igrejas evangélicas, o culto é visto como um ato da adoração de Deus na vida 
da Igreja. Não há liturgia e a concepção do serviço de adoração é mais informal. 
Normalmente é dirigido por um pastor cristão. Geralmente contém duas partes principais, 
o louvor (música cristã) e o sermão, e periodicamente a Santa Ceia. 
 
Não existe um consenso entre todos os ramos da fé cristã sobre o que deveria ser 
considerado canônico e o que deveria ser apócrifo....Evangelhos da Infância 
• O Evangelho da Infância Siríaco (ou Evangelho Árabe da Infância) 
• A História de José, o carpinteiro. 
• A Vida de João Batista. 
• O Evangelho Armênio da Infância de Jesus. 
 
De acordo com a tradição escrita hebraica denominada Tanakh, relatada em 
Gênesis, capítulo 5, versos 22-24, Enoque teria sido tomado por Deus para que não 
experimentasse a morte e na certa fosse poupado da ira do dilúvio: “E andou Enoque com 
Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. 
 
5.1 O Batismo Pentecostal 
No caso do batismo nas águas, a etnografia focou os rituais nos quais, tanto os já 
batizados, como os candidatos ao batismo participavam e foi observado o comportamento 
religioso destes dois grupos, durante os cultos. O batismo nas águas é um rito de passagem 
visto pelos pentecostais "as an otward sign of an inward change". É uma mudança que 
revela a decisão consciente do indivíduo em deixar a sua vida passada para trás e iniciar 
uma nova, ou seja, ele tem que ‘nascer de novo‘, ser um ‘bornagain‘. 
 
Depois do batismo, o crente também passa a fazer parte não só da ‘Igreja de 
Cristo‘, mas ‘oficialmente‘ da congregação, onde deve ter uma participação ativa. O falar 
em línguas é considerado a manifestação principal do batismo no Espírito. Mas, este 
batismo também se verifica através de dons espirituais. Estes incluem não só os "dons 
vocais", mas também "dons de revelação" - da profecia e da sabedoria e ainda do 
discernimento de espíritos - e os "dons de poder", revelados em curas milagrosas, expulsão 
de demónios e operação de milagres. 
 
 
21 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Ao contrário da Igreja Católica, que pratica o batismo infantil, nos pentecostais há 
uma série de condições/requisitos até o candidato ser aceite para ser batizado. O 
pastor, frequentemente, realça a importância da maturidade religiosa para se tomar esta 
decisão, visto que o batismo implica mudanças significativas na vida do crente - é preciso 
ter certeza da sua fé. A primeira vez que um indivíduo vai à igreja é um acontecimento 
marcante na sua vida. Durante o culto, após a pregação, o pastor incentiva quem ainda não 
aceitou Jesus como Salvador a ir à frente, no altar. 
 
Normalmente, as pessoas não se convertem no primeiro dia que vão à igreja, mas 
quando aceitam o chamamento para a conversão vão ao altar e recebem uma oração 
especial do pastor. É chamado ao altar para louvar, pregar e orar pela igreja e pelos 
fiéis. Um momento marcante é quando é chamado para dar o seu testemunho de aceitação 
de Jesus - onde o crente conta, com muita emoção, a sua trajetória de vida, o antes e o 
depois da conversão/salvação. O pastor e os fiéis já batizados vão explicando ao novo 
crente as doutrinas da igreja e as normas de comportamento, dentro e fora do templo. 
 
Esta fase de Pré-batismo é um período de ensinamento e de integração na 
comunidade religiosa. Ou seja, o novo membro deve dar provas à congregação de 
que, realmente, é um convertido - condição principal para o batismo nas 
águas. Mas, quando o tempo não o permite, utiliza-se uma piscina dentro da igreja. O 
candidato ao batismo veste-se de branco, sinal de pureza da sua alma. 
 
Junto ao pastor, ele junta as suas mãos, como que em oração, e o pastor coloca-lhe 
questões acerca do seu arrependimento e da certeza em aceitar Jesus como único 
Salvador. Este questionamento funciona como uma espécie de testemunho público sobre 
a sua fé e, após responder afirmativamente às perguntas, o pastor finalmente mergulha-o 
nas águas, batizando-o em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Também é esperado 
que o crente batizado continue o ritual de ir à frente, desta vez como forma de afirmar a sua 
fé perante a congregação. Deve também dar o seu testemunho, sobre a sua trajetória de 
vida, antes do batismo, ou de situações pelas quais passou já como batizado e testemunhar 
como Jesus Cristo foi importante na sua vida. 
 
Os testemunhos são importantes, pois não só incentivam os ainda não batizados a 
fazerem o mesmo como, também, mostram a intervenção de Deus nas suas vidas, o que 
fortalece a fé dos fiéis e a edificação da igreja. Numa conversa informal acerca de um crente 
 
 
22 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
que não cumpria com as suas responsabilidades, um fiel disse que "ele é batizado, mas 
não nasceu de novo, por isso o pastor nem devia ir ao pé dele ". A vida do crente fora da 
igreja também é muito importante. Como o pastor constantemente afirma "é a nossa atitude 
no dia a dia que vai chamar novas pessoas para a igreja". 
 
O pastor ao longo das suas pregações, apoiando-se em passagens da Bíblia, vai 
ensinando sobre o correto comportamento de um evangélico, para não se comportar como 
as pessoas "do mundo". A fase de aprendizagem antes do batismo já passou 
e, agora, como batizado, qualquer comportamentodesviante de um bornagain pode trazer 
consequências para a sua condição de membro da igreja. Um crente salvo pode deixar de 
o ser, se voltar a ter um comportamento ‘do mundo‘. Quando isso acontece, o assunto é 
discutido em Assembleia Geral e as sanções vão desde uma chamada de atenção pelo 
pastor, não participar em ritos formais durante algum tempo, ou mais severas como a 
exclusão da congregação. 
 
"Espírito Santo". O batismo no/do Espírito Santo é a experiência que todos os fiéis 
anseiam. Enquanto no batismo nas águas o ato é comunitário, o do Espírito adquire uma 
dimensão individual. A principal manifestação do Espírito Santo é o dom vocal da 
glossolalia. 
 
Os crentes que estão doentes, vão à frente, recebem uma oração do pastor com 
imposição das mãos e ficam curados. O Espírito Santo é uma força poderosa que se 
manifesta fisicamente, mas também tem formas mais subtis de se manifestar, através do 
próprio caráter dos crentes. O batismo no Espírito Santo é importante não só para a 
elevação espiritual do pessoal, mas também para a congregação. " Uma igreja 
abençoada, segundo o pastor ‘‘é uma igreja onde se sente a sua presença ". Para além 
disso, um crente que seja batizado pelo Espírito vai ter a sua fé fortalecida e mais facilmente 
participará em missões e projetos da igreja, como ser missionário, ajudando, desta 
forma, na sua edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
 
Bibliografia Complementar 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
Ensino (d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6. RITOS INDÍGENAS 
 
Uma grande parte dos rituais realizados pelos diversos grupos indígenas do Brasil 
pode ser classificada como ritos de passagem. Os ritos de passagem são as cerimônias 
que marcam a mudança de um indivíduo ou de um grupo de uma situação social para outra. 
Como exemplo, podemos citar aqueles relacionados à mudança das estações, aos ritos de 
iniciação, aos ritos matrimoniais, aos funerais e outros, como a gestação e o nascimento. 
 
Entre os Tupinambá – grupo indígena extinto que habitava a maior parte da faixa 
litorânea que ia da foz do rio Amazonas à ilha de Cananéia, no litoral paulista-, quando 
nascia uma criança do sexo masculino, o pai levantava-se do chão e cortava-lhe o umbigo 
com os dentes. 
 
A seguir, a criança era banhada no rio, após o que o pai lhe achatava o nariz com o 
polegar. Em seguida, a criança era colocada numa pequena rede, onde eram amarradas 
unhas de onça ou de uma determinada ave de rapina. Colocavam-se, ainda, penas da 
cauda e das asas dessa ave e, também, um pequeno arco e algumas flechas, para que a 
criança se tornasse valente e disposta a guerrear os inimigos. 
 
O pai, durante três dias, não comia carne, peixe ou sal, alimentando-se apenas de 
certo tipo de farinha. Não fazia, também, nenhum trabalho até que o umbigo da criança 
caísse, para que ele, a mãe e a criança não tivessem cólicas. Três vezes por dia punha os 
pés no ventre da esposa. 
 
Nesses dias, o pai fazia pequenas arapucas e nelas fazia a tipóia de carregar a 
criança; tomava, também, o pequeno arco e as flechas e atirava sobre a tipóia, pescando-
a depois com o anzol, como se fosse um peixe. Assim, no futuro, a criança caçaria ou 
pescaria. 
 
Quando o umbigo caía, o pai partia-o em pedacinhos e pregava-os em todos os 
pilares da oca, a fim de que o filho fosse, no futuro, um bom chefe de família. 
 
O pai também colocava aos pés da criança um molho de palha, que simbolizava os 
inimigos. Quando todas essas práticas tinham sido realizadas, a aldeia por inteiro se 
entregava às comemorações. Nesses dias, era escolhido um nome para o recém-nascido. 
 
 
25 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Através desse rito de incorporação, o pai assumia a paternidade e se reconhecia ao 
recém-nascido, um lugar na sociedade Tupinambá, como homem ou mulher. 
 
Cabe destacar que nesses rituais ligados à gestação e ao nascimento não só a 
criança, como também seus pais, eram submetidos ao ritual de passagem. O 
reconhecimento da gravidez da mulher punha o pai e a mãe num estado de cuidados 
especiais, separando-os, de certo modo, pela maneira de se comportar, dos demais 
habitantes da aldeia. 
 
Ficavam, assim, segregados até que a criança nascesse e os ritos de sua 
incorporação fossem realizados, momento em que eles eram reintegrados à vida normal, 
desempenhando um novo papel social: pai e mãe de um novo membro da sociedade. 
 
 
 
A importância indígena na cultura brasileira 
Mais correto do que dizer que fomos influenciados pela cultura indígena é 
afirmar que a cultura indígena participa da formação da identidade 
nacional. Em linhas gerais, a cultura brasileira é resultado da mistura de três 
culturas: a africana, a europeia e a indígena. 
Muitos elementos da nossa cultura, mesmo que não tenhamos consciência 
disso, têm origem na cultura dos primeiros povos que habitaram este território 
que hoje chamamos de Brasil. 
A herança indígena se faz notar nos nomes de bairros, ruas, cidades, 
estados etc. Abaeté, nome de uma cidade em Minas Gerais e de uma lagoa 
em Salvador, significa “homem verdadeiro” em tupi-guarani. Aracaju significa 
“cajueiro dos papagaios” em tupi-guarani. Curitiba, em tupi-guarani, significa 
“lugar do pinhão” ou “pinheiral”. 
No estado de São Paulo, muitos municípios têm nomes de origem tupi, tais 
como Barueri, Bertioga, Botucatu, Caçapava, Arujá, Avaré e Votuporanga. 
Diversos animais e plantas têm nomes indígenas, a maior parte deles 
originária do tronco linguístico tupi. 
Dentre os animais, temos as palavras cotia, pirarucu, jabuti, capivara, baiacu, 
perereca, piranha, sucuri, taturana, tamanduá, tucano, jacaré, urubu, saúva 
etc. 
Em relação a plantas, frutos e outros elementos da natureza, temos cajá, 
cacau, açaí, babaçu, buriti, capim, catuaba, cipó, igarapé, pitanga, jatobá, ipê, 
aguapé etc. 
Nomes próprios, como Apoena, Janaína, Iara, Moacir e Tainá têm origem 
indígena. 
Além da herança linguística, há muitos outros elementos da nossa cultura 
que vêm dos índios, tais como: 
• Conhecimento de plantas e ervas medicinais, tais como a alfavaca, o 
boldo e a semente de sucupira. 
 
 
26 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
• Certos alimentos muito utilizados pelos brasileiros, como a mandioca e o 
milho, são itens fundamentais da culinária indígena. 
• Receitas e ingredientes típicos da culinária brasileira têm origem 
indígena: tapioca, pirão, mingau, açaí, pamonha, paçoca, tacacá, farinha 
de milho, farinha de mandioca etc. 
• Utilização no dia a dia de objetos como a rede, bolsas trançadas com 
fibras ou outros objetos feitos de palha, como cestas. 
• Lendas e personagens do folclore indígena fazem parte do imaginário 
nacional e foram até incorporadas pela indústria cultural. Ex.: Saci-
Pererê, Boitatá, Curupira, Caipora, Iara, Uirapuru etc. 
 
Luzia era a moça mais linda daquela aldeia. Um dia foi a uma festa com seu 
irmão caçula e ao dançar com algunspretendentes, conhece um moço de 
branco, que não tirou o chapéu nem para cumprimentá-la. Trazia todo 
galante, o presente perfeito para uma menina-moça: um botinho. Ela 
agradeceu com um sorriso tímido, e ele a conduziu para as margens do rio. 
À medida que se aproximavam do rio, Luzia só ouvia as palavras molhadas 
do boto. 
Se Luzia tivesse ouvido a mãe saberia que estava caindo nas garras do boto, 
que não tirava o chapéu para esconder os furos no alto de sua cabeça. Mas 
a travessa moça, agora não dava ouvidos a mais ninguém. Para sua sorte 
quando ao ser beijada pelo boto, surge seu irmão e outros homens da festa 
que matam o boto e a salvam. 
No dia seguinte o que mais viam às margens do rio eram moças, umas 
prenhes, outras já com o filho de colo, que desde o berço já usavam 
bonezinho para esconder o buraco da cabeça. E junto a essas moças também 
chorava Luzia que custou tempo para se curar. 
https://www.infoescola.com/folclore/resumo-de-livro-lendas-da-amazonia-
e-e-assim-ate-hoje/ acesso em 01/03/2023 
 
 
 
 
 
Processo de aculturação e os índios isolados do Brasil 
Desde o início da colonização do Brasil, em 1500, a população indígena 
diminuiu drasticamente. Naquela época, eram cerca de cinco milhões de 
nativos. 
Hoje, esse número não chega a um milhão. Além da redução populacional, 
também houve um processo de apagamento cultural provocado pela 
imposição da cultura europeia. 
Desde o século XVI, os costumes de vários povos indígenas sofreram inúmeras 
alterações em decorrência do contato com os costumes brancos. 
Atualmente, há aldeias localizadas em grandes cidades, como São Paulo, onde 
as trocas com não-índios são cotidianas. 
 
 
27 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Por outro lado, existem os chamados "índios isolados” – grupos que vivem 
praticamente sem contato com a cultura do homem branco. Segundo a 
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), há 46 evidências e 12 confirmações de 
grupos isolados vivendo na floresta amazônica. 
Com o avanço do desmatamento e do garimpo ilegal em áreas protegidas, o 
isolamento desses grupos pode estar em risco. 
https://www.infoescola.com/folclore/resumo-de-livro-lendas-da-amazonia-
e-e-assim-ate-hoje/ acesso em 01/03/2023 
 
 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
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Bibliografia Complementar 
 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
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28 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7. MITOS 
 
Quando o tema é “Mitos e Verdades na Ciência e na Religião”, é lamentável o fato 
de que após anos, décadas de pesquisas realizadas por historiadores na História da 
Ciência e da Religião, os mesmos mitos antigos que temos corrigido repetidamente 
continuam a ter vida própria e a ser amplamente conhecidos pelo público em geral. Um dos 
maiores desafios, eu creio, para retificar a compreensão do público acerca da ciência e da 
religião atualmente é esclarecer os mitos que ainda persistem desde o passado. Eles 
sabem que a ascensão do Cristianismo exterminou a antiga ciência, que a Igreja Cristã 
Medieval suprimiu o crescimento da Filosofia Natural, que os cristãos medievais ensinavam 
que a Terra era plana, que a Igreja proibiu autópsias e dissecações durante a Idade Média 
e o Renascimento. Por outro lado, os religiosos sabem que a ciência teve papel 
preponderante na corrosão da fé por intermédio do Naturalismo e do antibiblicismo. 
 
Se quisermos que o público passe a ter uma visão renovada no que concerne ao 
relacionamento entre ciência e religião, acredito que devamos dissipar os antigos mitos que 
continuam a se passar por verdades históricas. A comunidade acadêmica vem debatendo 
amplamente a melhor forma de caracterizar a relação histórica entre ciência e religião, e 
nenhuma generalização tem sido mais sedutora do que a do conflito. De fato, os dois livros 
mais lidos sobre a história da ciência e o Cristianismo têm em seus títulos as palavras 
“conflito” ou “guerra”. Lançado em meados da década de 1870, longe de ser uma história 
desapaixonada, constituiu-se num longo discurso contra os católicos romanos e o que estes 
fizeram para inibir o progresso científico. 
 
Draper argumentou que a antipatia do Vaticano pela ciência deixou suas mãos 
impregnadas de sangue. Draper tinha um filho pequeno que adoeceu gravemente e que 
possuía um livro favorito. A irmã de Draper, que era freira católica, vivia com eles e, antes 
que o menino viesse a falecer, tirou o livro dele porque ela não o achava suficientemente 
edificante. Pouco depois da morte, ela colocou o livro no lugar onde o menino sentava-se 
à mesa de jantar e Draper nunca a perdoou por isso. 
 
Draper ignorou ou depreciou as contribuições científicas de muitos devotos 
católicos, de Copérnico e Galileu a Galvani e Pasteur. A razão pela qual a Igreja 
inicialmente se interessou tanto pelos observatórios foi para estabelecer a data para a 
Páscoa, mas no final das contas esses observatórios foram utilizados para estudar a 
 
 
29 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
geometria do sistema solar bem como outros assuntos de interesse geral da 
Astronomia. Andrew Dickson White, um historiador e o primeiro reitor da Universidade de 
Cornell em Nova Iorque, escreveu o segundo livro, um tratado monumental sobre História 
da Guerra da Ciência com a Teologia na Cristandade. Ele começou a proferir conferências 
sobre esse assunto no final da década de 1860, publicou um pequeno folheto antes de 
Draper, seguiu escrevendo capítulos durante anos e finalmente, em 1896, publicou essa 
obra-prima em dois volumes. 
 
Ele descreveu o conflito entre o Cristianismo e a ciência como uma série de batalhas 
travadas entre teólogos dogmáticos e de visão limitada e homens de ciência em busca da 
verdade. Tudo começou quando ele tentou obter financiamento público que o Congresso 
havia conferido a vários estados a fim de financiar o ensino de técnicas agrícolas e 
mecânicas. White estava determinado em Cornell a montar um refúgio para a ciência e não 
se curvar de forma alguma a quaisquer interesses religiosos. Ele foi bem-sucedido na 
competição contra muitos líderes de instituições religiosas que os tornou de algum modo 
críticos de Andrew Dickson White, por isso seu interesse na luta permanente entre a ciência 
e a religião. 
 
White acreditava que algumas das batalhas mais sangrentas foram travadas entre 
os séculos XVI e XVII durante o período da assim chamada revolução científica, quando 
poderosos líderes da Igreja repetidamente tentaram silenciar os pioneiros da ciência 
moderna. Andreas Vesalius, o médico do século XVI que estabeleceu os fundamentos da 
anatomia moderna ao insistir em cuidadosas dissecações diretas no corpo humano, pagou 
por sua temeridade, tendo sido caçado até a morte. A última vítima nessa duradoura guerra 
contra a ciência, disse White, foi essa instituição, a Universidade de Cornell, e seu 
arrogante reitor, Andrew Dickson White. A despeito dos numerosos livros e artigos 
questionando a interpretação de White, sobretudo a elegante refutação de Jim Moore 
publicada no fim dos anos 1970, o conflito metafórico mantém-se popular,não apenas entre 
o público em geral, mas igualmente nas comunidades científica e religiosa. 
 
Segundo o meu conhecimento ou de meus colegas que trabalham com a história da 
revolução científica, nenhum cientista perdeu sua vida por causa de suas concepções 
científicas. Muito embora a Inquisição italiana, de fato, tenha incinerado o copernicano do 
século XVI Giordano Bruno, porém, em razão de suas concepções heréticas em relação à 
divindade ou não divindade de Cristo e não porque ele acreditasse na infinitude do universo 
 
 
30 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
ou por ele ser copernicano. Quando lá chegou - para seu julgamento - ele permaneceu 
inicialmente na Embaixada da Toscana e não em uma prisão ou gabinetes da 
Inquisição. Para tornar sua estadia a mais agradável possível, eles permitiram que suas 
refeições fossem preparadas pelo cozinheiro-chefe na Embaixada Italiana e trazidas a essa 
“não cela”. 
 
Também sabemos, por intermédio de Andrew Dickson White e muitos outros, que ao 
longo da Idade Média a igreja ensinava que a Terra era plana e que devemos ao bravo e 
heroico Cristóvão Colombo a prova empírica de que o mundo era na realidade esférico, ao 
navegar até a América do Norte. Infelizmente, uma das pessoas responsáveis por essa 
concepção foi um ilustre intelectual do século XIX, daqui da Universidade de 
Cambridge, William Whewell, que popularizou essa visão em sua história das ciências 
indutivas. Mas, mesmo alguns anos antes de Whewell, como demonstrado pelo historiador 
Geoffrey Russell, um escritor estadunidense chamado Washington Irving em um tipo de 
biografia ficcional de Colombo falava da Terra como sendo plana. Portanto, foi somente a 
partir do século XIX que as pessoas passaram a acreditar que na Idade Média todos 
pensavam que a Terra fosse plana. 
 
Eles, é claro, foram aqueles citados por Whewell na primeira metade do século XIX 
e que continuam a ser os representantes da concepção errônea que se estende ao 
futuro. No início do século XIX, o psicólogo Sigmund Freud observou que a ciência já tinha 
infligido três grandes ataques contra o ingênuo amor próprio da humanidade. O primeiro foi 
associado ao astrônomo do século XVI Nicolau Copérnico, quando foi constatado que a 
Terra não era o centro do universo, mas apenas uma pequena partícula em um sistema de 
mundo de uma magnitude dificilmente concebível. De maneira vaidosa, Freud observou 
que o desejo do homem pela grandiosidade está sofrendo agora o terceiro e mais amargo 
golpe, dessa vez pelas mãos dos psicanalistas, como ele mesmo, que estavam 
demonstrando que os seres humanos se comportam sob a influência de necessidades 
inconscientes. 
 
No entanto, Freud não precisava ter se preocupado tanto com o sofrimento psíquico 
causado pela ciência moderna. O historiador Peter J. Bowler disse que “o maior triunfo do 
Darwinismo era que ele em pouco tempo estabeleceu uma ruptura total entre ciência e 
religião”. “Ele quase que sozinho efetivou a secularização da ciência”. Um dos mais 
distintos antropólogos nos Estados Unidos, Anthony Wallis, escreveu em um livro no ano 
 
 
31 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
de 1966 que “O futuro evolucionário da religião é a extinção, isso com bases em pesquisas 
empíricas, tenho certeza”. 
 
E na maioria das teorias da secularização que se popularizaram após a Segunda 
Guerra Mundial, a ciência desempenhou o papel-chave em minar as convicções 
religiosas. É interessante hoje, quando lemos os sociólogos, que agora estão tentando 
explicar por que a crença religiosa é tão vigorosa em todo o mundo e não apenas a crença 
religiosa, mas mesmo a crença religiosa fundamentalista. Seja na Índia, no Oriente Médio 
ou na América do Norte, a religião tem demonstrado ser bastante resiliente e parece estar 
crescendo, mesmo em suas mais conservadoras e inaceitáveis versões. 
 
7.1 Mitos indígenas não considerado religiosos. 
As crenças religiosas e superstições tinham um importante papel dentro da cultura 
indígena. 
 
Os indígenas temiam ao mesmo tempo um bom Deus (Tupã) e um espírito maligno, 
tenebroso, vingativo conhecido como Anhangá, para as aldeias do sul e Jurupari, ao norte. 
 
Algumas tribos pareciam evoluir para a astrolatria (adoração aos astros) embora 
não possuíssem templos, e adoravam o Sol (Guaraci – mãe dos viventes) e a Lua (Jaci – 
nossa mãe). 
 
O culto aos mortos era rudimentar. Algumas tribos incineravam seus mortos, outras 
os devoravam, e a maioria, como não houvesse cemitérios, encerrava seus cadáveres na 
posição de fetos, em grandes potes de barro, conhecidos como igaçabas, encontrados 
suspensos tanto nos tetos de cabanas abandonadas, como no interior de sambaquis. 
 
Os mortos eram pranteados obedecendo-se a uma hierarquia. 
O comum dos mortais era chorado apenas por sua família. 
O guerreiro, conforme sua fama, poderia ser chorado pela taba ou pela tribo. 
No caso de um guerreiro notável, todo o grupo chorava por ele. 
 
 
 
 
 
32 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
. 
 
Bibliografia Complementar 
 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
Ensino (d 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8. SÍMBOLOS 
Emerson Giumbelli – antropólogo, tem dedicado suas pesquisas as temáticas 
relacionadas a religiões e modernidade, pensando o modo como a noção de religioso se 
articulou no Brasil através de um conjunto de símbolos e ideias que organizam nossa 
concepção pública de nação. 
 
Nesta última década se insere nessa agenda heurística de pensar as relações entre 
modernidade e religião, apresentando como recorte empírico e caminho analítico eventos 
relevantes contribuindo diretamente para a compreensão dos desafios contemporâneos no 
campo de estudos sobre religiões no Brasil. O uso do conceito de controvérsia, ora como 
categoria analítica, ora como inspiração metodológica insere uma temática muito 
contemporânea dos estudos socioantropológicos sobre religiões e religiosidade, ao propor 
pensar os símbolos religiosos a partir de uma intersecção com a política. Para 
tanto, Giumbelli enfrenta o tema da laicidade pensando o modo como alguns símbolos 
religiosos são interpretados pela multiplicidade de atores. 
 
Trata-se de um quadro historicamente celebrado como importante emblema 
republicano que reúne num mesmo cenário a casa como espaço da articulação da laicidade 
e do religioso, a bandeira nacional desconstruída na mão das crianças, as mulheres que 
fazem a pátria, o cuidado feminino com os filhos da nação, o sacrifício de Tiradentes, que 
passa a ser representado em retratos com traços fenotípicos semelhantes aos utilizados 
nas representações de Cristo. Partindo do exercício historiográfico de José Murilo de 
Carvalho, Giumbelli traça um paralelo entre os caminhos distintos percorridos no Brasil e 
na França em relação as representações da nova república como figura feminina, algo que 
no Brasil se assentou na imagem de Nossa Senhora de Aparecida. Para o autor, a 
proeminênciade alguns símbolos religiosos em espaços públicos se constituiu como 
tecnologia fundamental para a emergência de um discurso sobre a laicidade da 
nação. Giumbelli apresenta uma interessante etnografia acerca da produção do Cristo 
Redentor como símbolo da pátria, pensando na maneira como religião e modernidade são 
operadas de modo a produzir no processo de construção deste monumento religioso, a 
materialização de concepções modernas tanto no campo das artes, como no campo das 
instituições políticas nacionais. 
 
O Cristo Redentor como emblema foi idealizado para representar a força política do 
catolicismo no Brasil, porém, seu potencial agenciador de significados não parou por aí. A 
 
 
34 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
pluralidade de sentidos atribuídos ao monumento transita de imagem religiosa a 
representante cultural, e mesmo, como ícone do turismo nacional, permitindo com que 
pessoas de diferentes confissões religiosas convivam e celebrem sua figura pública. A 
dimensão nacionalizadora desses discursos também se deu no âmbito político onde a Igreja 
Católica se inseria como representante autorizada da monarquia divina, responsável por 
assegurar que essa nova nação jamais se esqueceria de seu passado cristão. Os 
movimentos para a nacionalização do Cristo carioca também se apoiavam em políticas para 
a internacionalização de uma imagem sobre o Brasil, sobretudo, como modelo de 
catolicidade. 
 
Novamente apostando na fluidez de sentidos na construção de um símbolo como o 
Cristo Redentor, Giumbelli aponta para a dimensão prática e ao mesmo tempo paradoxal 
que envolve as concepções como “nacional” e “estrangeiro”. A dissociação do monumento 
do Cristo Redentor como símbolo religioso, algo que permeou os movimentos para 
promovê-lo entre as sete maravilhas do mundo, permite o uso da noção 
iconoclash, cunhada por Bruno Latour, para pensar processos de polissemia e polivalência 
sofridos por imagens religiosas. Ainda no exercício de pensar os processos de polissemia 
e de polivalência que constroem a materialidade de sentidos da imagem do Cristo 
Redentor, a análise dos usos de um monumento nacional como equipamento urbano. O 
primeiro desafio analítico que Giumbelli propõe é tentar se distanciar de interpretar tal 
acontecimento como uma afronta a ordem das coisas, se distanciando da noção de drama 
social. 
 
Para ele, “a pichação pode ser entendida como um jogo de encadeamentos, os quais 
caracterizam a própria existência do monumento alvejado e a sua relação com a cidade 
que o abriga”. Para o autor, laicidade é abordada em sua análise da mesma maneira que 
religião e modernidade, como categoria plural cujos sentidos são definidos nas relações 
sociais agenciadas na dinâmica de uma controvérsia. Assim, dispor o crucifixo como cerne 
da controvérsia acerca da laicidade dos espaços do poder estatal produz um efeito 
revelador colocando o crucifixo na esfera da visibilidade. Intitulado, Crucifixo em recintos 
estatais e o monumento do Cristo Redentor, o texto traça um paralelo na agência social 
destes símbolos, enquanto o monumento do Cristo Redentor pode ser pensado como a 
performance da visibilidade e os crucifixos pode ser pensado como a exata medida da 
invisibilidade. 
 
 
 
35 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Tais abordagens sociais distintas acabam por alargar os sentidos seculares dos 
crucifixos, que, na retórica de seus defensores passa a se traduzir como objeto 
cultural, fundamental ao imaginário nacional e, consequentemente, reaproximar estátua do 
Cristo Redentor de seu sentido religioso o que acaba por produzir uma controvérsia pública 
acerca da dimensão religiosa e secular desses símbolos. O catolicismo possui centralidade 
por ter sido incorporado como «religião civil» sendo majoritário na representação de muitos 
dos nossos símbolos nacionais, além disso, a religiosidade católica se constituiu como 
gramática universal absorvendo a história do país o que permitiu alguma aproximação com 
ritos e entidades das religiões afro-brasileiras. 
 
8.1 A importância do símbolo religioso em Paul Tillich 
Como exemplo, temos o símbolo do modelo de estado monárquico que expressava 
o poder do soberano nos tempos antigos e por isso era necessário seu uso. Com o advento 
da modernidade, que tem como característica o estado democrático, o símbolo monárquico 
praticamente se extinguiu. Em segundo lugar, para Tillich, Deus é símbolo fundamental 
daquilo que nos toca de forma incondicional. Por isso, toda crença tem como fundamento 
um símbolo que é universalmente válido. 
 
Por esta razão, Tillich faz uma pergunta sobre qual símbolo seria fundamental para 
representar Deus. Para termos uma compreensão melhor sobre este assunto Tillich, na sua 
obra Teologia da Cultura, define os símbolos religiosos de dimensão profunda da 
realidade, fundamento de todas as demais dimensões e de todas as outras profundidades. 
 
8.2 Religião e conhecimento por Durkheim 
O autor afirma que as crenças e categorias abstratas de pensamento estão 
associadas, mas não são exatamente a mesma coisa. Poderíamos afirmar, talvez, que as 
crenças, como representações coletivas, seriam a roupagem cultural, a forma particular 
com a qual as sociedades experimentam as categorias abstratas. Ao experimentar essas 
relações na vivência social, o homem se vê pela primeira vez capaz de conceber e operar 
categorias abstratas. " As categorias mentais, tais como tempo, espaço, gênero etc... são 
para Durkheim a "ossatura da inteligência", e essas categorias "nasceram da e na 
religião, como produtos do pensamento religioso. 
 
 
 
36 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
KERÉNYI, Karl. Religião antiga-. São Paulo. Vozes, 2022. 
SANCHIS, Pierre. Religião Cultura e Identidade. São Paulo. Vozes, 2018 
TORTELLI, Ana B Dias Pinto Passos. Religião e temas Contemporâneos- Paraná. 
Contentus. 2020. 
. 
 
Bibliografia Complementar 
 
GOMES. Mércio Pereira. Os índios e o Brasil, presente passado e futuro. São 
Paulo. Contexto, 2012. 
RUST, Leandro Duarte. Mitos papais – Política e imaginação na história. São 
Paulo. Vozes, 2015. 
MATTOS, Regiane Augusto de. História e Cultura afro-brasileira. Belo 
Horizonte. Editora Contexto, 2007. 
RIBEIRO, Darcy. As américas e as civilizações: Processo de formação e causas 
do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo. Global, 2022. 
WITTMANN, Luísa Tombini. Ensino (d)e História Indígena. Belo Horizonte. 
Autêntica, 2015. 
 
 
 
 
 
37 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9. SIMBOLOGIA CATÓLICA, EVANGÉLICA, INDÍGENA E AFRICANA 
 
 
9.1 Símbolos Católicos 
 
CÁLICE – Vaso onde se consagra o vinho durante a missa. É o mais importante de 
todos. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
PATENA – Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia durante a 
celebração da missa. 
https://shre.ink/cjQz%20acesso%20em%2027/02/2023
 
 
38 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
ÂMBULA, CIBÓRIO OU PÍXIDE – É um recipiente para a conservação e distribuição 
das hóstias aos fiéis. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
NAVETA – Pequeno vaso onde se transporta o incenso nas celebrações litúrgicas. 
 
 
 
39 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
TURÍBULO – Vaso utilizado nas incensações durante a celebração. Nele se colocam 
brasas e o incenso. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
 
 
40 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
CASTIÇAL – Utensílio que se usa para suporte de uma vela. 
 
https://shre.ink/cjQzacesso em 27/02/2023 
 
CANDELABRO – Grande castiçal, com várias ramificações, a cada uma das quais 
corresponde um foco de luz. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
CALDEIRINHA E ASPERSÓRIO – A caldeirinha é uma pequena vasilha, onde se 
coloca água benta para a aspersão. Já o aspersório é um pequeno instrumento com o qual 
se joga água benta sobre o povo ou sobre objetos. Na Liturgia são inseparáveis. 
 
 
41 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
BACIA E JARRA – Em tamanho pequeno, a jarra para conter a água, para o rito do 
“Lavabo”, não só na missa, mas também na celebração de sacramentos, como o Batismo, 
a Crisma, a Unção dos Enfermos etc., em que há imposição do óleo. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
OSTENSÓRIO – Objeto que serve para expor a hóstia consagrada, para adoração 
dos fiéis e para dar a bênção eucarística. 
 
 
42 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
CUSTÓDIA – Parte central do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada para 
exposição do Santíssimo. Tem a forma circular e é parte fixa do Ostensório. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
LUNETA – Peça do Ostensório, onde se coloca a hóstia consagrada, para a 
exposição do Santíssimo. É peça móvel e tem a forma de meia-lua. 
 
 
43 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
GALHETAS – São dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a 
celebração da missa. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
TECA – Pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os 
doentes. Usa-se também, em tamanho maior, na celebração eucarística, para conter as 
partículas. 
 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
 
 
44 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
CORPORAL – Tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca o cálice com o 
vinho e a patena com o pão. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
 
MANUSTÉRGIO – Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do Lavabo. 
Em tamanho menor, é usada pelos Ministros da Comunhão Eucarística, para enxugarem 
os dedos. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
 
 
45 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
PALA – Cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
SANGUINHO – Chamado também purificatório. É um tecido retangular, com o qual 
o sacerdote, depois da comunhão, seca o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos. 
 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
VÉU DE ÂMBULA – Pequeno tecido, branco, que cobre a âmbula, quando esta 
contém partículas consagradas. É recomendado o seu uso, dado o seu forte simbolismo. O 
véu vela (esconde) algo precioso, ao mesmo tempo que revela (mostra) possuir e trazer tal 
tesouro. (O véu da noiva, na liturgia do Matrimônio, tem também está significação simbólica, 
embora, na prática, não seja assim percebido, muitas vezes passando como mero adorno 
de ostentação). 
 
 
46 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
HÓSTIA – Pão não fermentado (ázimo), usado na celebração eucarística. Aqui se 
entende a hóstia maior. É comum a forma circular. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
PARTÍCULA – O mesmo que hóstia, porém em tamanho pequeno e destinada 
geralmente à comunhão dos fiéis. 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
RESERVA EUCARÍSTICA – Nome que se dá às partículas consagradas, guardadas 
no sacrário e destinadas sobretudo aos doentes e à adoração dos fiéis, em visita ao 
Santíssimo. Devem ser consumidas na missa seguinte. 
 
 
47 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
CÍRIO PASCAL – Vela grande, que é benzida solenemente na Vigília Pascal do 
Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o Domingo de Pentecostes. Acende-
se também nas celebrações do Batismo, da Crisma e no rito de Exéquias na igreja. 
 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
CRUZ – Não só a cruz processional, isto é, a que guia a procissão de entrada, mas 
também uma cruz menor, que pode ficar sobre o altar, ou perto dele. Ambas as cruzes 
devem trazer a imagem do Crucificado (cf. IGMR 117.122.308), mas somente uma fica na 
celebração. A do altar recomenda-se que permaneça junto a ele também fora das 
celebrações litúrgicas, e pode, eventualmente, ser trazida na procissão de entrada. 
Comentando a disciplina da IGMR, quanto à cruz com o Crucificado, José Aldazábal diz: 
“supõe-se que isso não tem efeitos retroativos e não será necessário retirar dos presbitérios 
algumas magníficas “cruzes gemadas” que não trazem a imagem do Crucificado”. 
 
 
48 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
VELAS – As velas comuns, porém de bom gosto, que se colocam no altar, 
geralmente em número de duas, em dois castiçais. Em celebrações mais festivas e 
dominicais, o número de velas pode chegar a seis, e em celebrações presididas pelo bispo 
diocesano pode chegar a sete (IGMR n. 117). 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
INCENSO – É uma resina aromática, extraída de várias plantas, usada sobre brasas, 
nas celebrações solenes. Sua fumaça, elevando-se, simboliza a oração dos santos a Deus 
(cf. Sl 141,[140]2; Ap 8,3). 
 
https://shre.ink/cjQz acesso em 27/02/2023 
 
 
 
49 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9.2 Símbolos Evangélicos 
O fator mais importante que classifica a Bíblia como o livro mais singular é a 
influência que ela tem sobre a vida dos homens. Embora a Sagrada Escritura seja um 
grande tesouro devido à sua contribuição para a humanidade em literatura, filosofia e 
história, o maior valor deste livro está na grande influência que exerce sobre as pessoas. 
 
Por meio de suas páginas, o homem se vê exposto à sua verdadeira condição diante 
de Deus; a Palavra é como uma espada que penetra até os pensamentos e propósitos do 
homem e o convence de seus pecados diante do Todo-poderoso. “Porque a Palavra de 
Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até 
ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos 
e propósitos do coração” (Hb 4,12). 
 
A Bíblia existe para que possamos compreender, temer, respeitar e amar a Deus 
sobre todas as coisas. Assim, ela se denomina como a Sagrada Escritura: “E desde a 
infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te 
proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura 
é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a 
educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado 
para toda boa obra” (2Tm 3,15-17). 
 
https://m.media-amazon.com/images/I/61Etar3guiL.jpg acesso em 28/02/2023 
Escrita para quem deseja viver na dimensão do Espírito Santo. Ela enfatiza a ação 
do Espírito ao longo do texto Bíblico. 
 
 
50 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
https://m.media-amazon.com/images/I/61Etar3guiL.jpg acesso em 28/02/2023 
 
A Bíblia de Estudo Thompson é considerada uma bíblia sem tendências 
denominacionais ou de opinião pessoal porque não apresenta notas de comentários em 
seu rodapé. 
 
https://m.media-amazon.com/images/I/61Etar3guiL.jpg acessoem 28/02/2023 
 
 
 
51 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A Bíblia de Estudo Nova Versão Internacional (NVI) apresenta notas de estudo ligada 
aos versículos 
 
https://m.media-amazon.com/images/I/61Etar3guiL.jpg acesso em 28/02/2023 
 
Esta bíblia é um grande auxílio, um verdadeiro guia para quem está diretamente em 
posição de liderança. John C Maxwell analisa detalhadamente os pontos positivos e 
negativos dos líderes bíblicos e demonstra como os grandes líderes agiram para conseguir 
cumprir com sucesso a sua missão comissionada por Deus 
 
 
https://m.media-amazon.com/images/I/61Etar3guiL.jpg acesso em 28/02/2023 
 
A Bíblia de Estudo Genebra é de orientação calvinista. 
 
 
 
52 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9.2.1. Batismo Evangélico 
Quando aceitamos Jesus como nosso Senhor e Salvador, somos feitos novas 
criaturas. Este novo nascimento não é algo feito por nós, mas é feito por Deus, na dimensão 
espiritual, e é crido pela fé. 
 
O apóstolo Paulo escreveu: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; 
as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17). 
 
O batismo nas águas é o passo seguinte ao de aceitar Jesus em nossa vida, quando 
nos tornamos uma nova criatura. 
 
Aspersão: a água é aspergida sobre o batizando. 
 
 
https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840x500/http://media.guiame.com.br/archives/2015/02/02/1132352624-batismo-andressa-
urach.jpg acesso em 28/02/2023 
 
A efusão: a água é derramada sobre o batizando, utilizando-se as duas mãos como 
concha. 
 
 
 
53 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840x500/http://media.guiame.com.br/archives/2015/02/02/1132352624-batismo-andressa-
urach.jpg acesso em 28/02/2023 
 
 
A imersão: o batizando é imerso nas águas. 
 
Batismo nas águas 
 
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRWX_33-9zHb578Monm8u1may3ptNz2XJQzVQ&usqp=CAU 
acesso em 28/02/2023 
9.2.2. Santa ceia evangélica 
A Santa Ceia (ou Santa Ceia do Senhor) representa o sacrifício de Jesus por nós na 
cruz. Jesus mandou tomar a Ceia para lembrar o que Ele fez por nós. Quem toma a Ceia 
do Senhor está mostrando que aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus pecados. 
 
É fácil esquecer a graça de Jesus no cotidiano. A Santa Ceia é um momento para 
lembrar que Ele morreu por você. É um tempo para refletir, examinando a si mesmo, se 
arrependendo e agradecendo o sacrifício de Cristo. 
 
https://i.pinimg.com/originals/7b/30/f6/7b30f655976819f19319eba001a528f5.jpg acesso em 28/02/2023 
 
 
54 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9.3 Símbolos Africanos 
 
9.3.1 Fios-de-conta 
Na mitologia do candomblé, os colares de contas aparecem como objetos de 
identificação dos fiéis aos orixás e o seu recebimento, como momento importante nessa 
vinculação. 
 
 
9.3.2 Comidas 
No candomblé a alimentação é um dos elementos mais importantes para o 
desenvolvimento das práticas religiosas. Por seu turno, uma forma de receber o axé é 
comendo esses alimentos. Durante o oferecimento das comidas são realizadas saudações 
e entoados cânticos em forma de orações, invocando a força dos orixás e pedindo que eles 
aceitem o que lhes é entregue de bom grado. Essa oferenda, então, passa a estar 
impregnada de toda força invocada, que também é axé 
 
 
55 Ritos, Mitos e Símbolos 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
http://gunfaremim.com/wp-content/uploads/2019/06/COMIDAS.jpg acesso em 28/02/2023 
 
9.3.3 Iniciação ao culto afro-religioso (“fazer o santo”) 
A iniciação no candomblé é um processo extremamente complexo e lento, além de 
ser um assunto com muitas restrições para ser discutido publicamente, uma vez que cada 
nação (segmento da religião), cada família (grupo de pessoas ligadas através de um 
mesmo elo ancestral) e cada casa de candomblé (grupo pertencente especificamente a 
uma casa) têm rituais específicos. A iniciação é algo muito particular de cada orixá, por isto 
cada iaô tem seus próprios rituais. Porém, o básico é feito em todos. Este "básico" consiste 
na raspagem da cabeça e na abertura de incisões (através de métodos compatíveis com 
cada orixá) em diversas partes do corpo do (a) iaô. Durante esta fase da iniciação, tudo é 
feito sob a luz de vela (quando o orixá do (a) iaô não exige outro tipo primitivo de 
iluminação), ao som de cantigas específicas para o momento e diante das poucas pessoas 
autorizadas pelo orixá. Feito isto, é dado início os sacrifícios de animais pedidos pelo orixá 
do (a) iaô. Apesar de já serem chamados de iaô, ainda têm uma dura fase de aprendizado 
pela frente: danças, rezas, comportamento, tudo sempre atrelado ao seu orixá. 
 
 
56 Ritos, Mitos e Símbolos 
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9.3.4 Cerimônias públicas 
Festa ou Toque é o nome conferido, genericamente, à cerimônia pública de 
candomblé. O objetivo principal é a presença dos orixás entre os mortais. Sendo a música 
uma linguagem privilegiada no diálogo dos orixás, a festa pode ser entendida como um 
chamado ou uma prece, pedindo aos orixás que venham estar junto a seus filhos, seja por 
motivo de alegria ou necessidade (AMARAL, SILVA, 199 2, 2004, 2006). Tratando-se de 
uma festa, todo o terreiro é enfeitado com folhas na parede e no chão e os três atabaques 
(Rum, Rumpi, Lé), considerados aqueles que chamam os orixás juntamente com Exu, 
recebem comidas e são enfeitados com laços na cor do orixá ao qual foram consagrados. 
 
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As cerimônias, sempre animadas, prezam por uma minuciosa formação instrumental 
que é composta por uma série de instrumentos: o agogô (de uma boca ou duas) chamado 
Gã, o Xequerê, chamado de Abê, e três atabaques de diferentes tamanhos. 
Agogô 
 
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Xequerê 
 
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Atabaque 
 
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Xère 
Serve para chamar e anunciar a presença de Xangô nos seus rituais e é também 
colocado no seu assentamento. Em algumas funções o xére pode substituir o adjá. 
 
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Adjá 
Adjá (em iorubá: Ààjà) ou Ajarim (Adjarin) é uma sineta de metal, utilizada pelos 
sacerdotes do candomblé durante as festas públicas acompanhando o toque e nas 
oferendas, com a finalidade de chamar os Orixás, ou provocar o transe. 
 
 
 
 
 
 
 
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9.4 Símbolos Indígenas 
Algumas das principais características das religiões dos povos indígenas é a figura 
do xamã – o pajé (pai’é), em tupi-guarani. 
 
O pajé é um líder espiritual, um especialista em assuntos religiosos que, através do 
transe, consegue entrar em contato com os espíritos dos antepassados e seres 
sobrenaturais. 
 
O pajé, portanto, é aquele que estabelece a intermediação entre a aldeia dos vivos 
e a “aldeia” dos espíritos, sejam estes pertencentes a

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