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1 de 3 1 de 3 MARÇAL, José Antônio. Educação escolar das relações étnico-raciais: história e cultura afro-brasileira e indígena no Brasil. 1° ed intersaberes, Curitiba, 2015 1- Teorias raciais de negação ao povo indígena . A construção do preconceito "Torna-se importante esclarecemos que não existe raça indígena, assim como não há raça branca, negra ou superior. O que há é uma representação de raça que foi adotada estrategicamente em certos momentos históricos". (p. 20). "A colonização portuguesa iniciou-se com a escravidão da população indígena, utilizada no extrativismo, nas lavouras de cana-de- açúcar e nos engenhos". (p. .21). " No plano religioso, os jesuítas constataram que os índios, habitantes da nova terra, não seguiam nenhuma religião conhecida na época, razão por que eram considerados um povo pagão, sem fé, sem lei, sem rei e até mesmo sem alma.". (p. 22). " Na mentalidade dos colonizadores, as terras "descobertas" não tinham dono e a posse podia ser concebida a quem delas se apropriasse". (p. 21). "Assim, além de colonizados, os índios foram subjugados, explorados e estereotipados, fortalecendo-se a ideia de que eram portadores de uma cultura inferior". (p. 22). . A " descoberta" do Brasil e a sobrevivência indígena " O autor {...} Professor João Pacheco de Oliveira {...} explica que, na realidade, o mundo europeu estava buscando expandir-se e adquirir outras áreas que correspondem aos seus interesses comerciais". (p. 22). “Os índios estão mais do que nunca vivos: para lembrar e viver a memória histórica e, mais do que isso, para resgatar e dar continuidade aos seus projetos coletivos de vida, orientados pelos conhecimentos e pelos valores herdados dos seus ancestrais, expressos vividos por meio de rituais e crenças”. (p. 23). 2 de 3 2 de 3 . Questão indígena: da tutela para a luta por autonomia e participação "A visão estereotipada de que o indígena é incapaz de conviver com a sociedade autodenominada civilizada fez com que se instaurasse um sistema paternalista de tutela segundo o qual, ao ser visto como um ser incapaz, o índio teria de ser protegido, abrigado. Assim foram implantadas políticas públicas". (p. 26). FUNAI, SPI " A existência indígena, nessa época, era chamada de sertanejos". (p. 27). " O SPILTN, a partir de 1918, passou a ser somente SPI, tratando principalmente dos temas indígenas. A grande questão do momento histórico para a criação do órgão se seu durante o movimento de penetração no território nacional, quando os não indígenas, com o objetivo de ocupar as terras depararam-se com a população indígena". (p. 27). " considerava-se que ser índio era um estágio transitório. Assim, eram protegidos, porém ao mesmo tempo suas características eram aniquiladas, ocorrendo dessa forma um grande etnocídio (Lima,2014)". (p. 28). "Assim, em 1967, foi criada a Fundação Nacional do Índio (Funai)". (p. 28). " Famílias indígenas continuam vivendo sem acesso à terra ou em condições de territorialidade precárias, fato que coloca em risco a sobrevivência dessas comunidades e compromete suas expressões culturais". (p. 29). "Para que a cidadania indígena seja reconhecida não somente de direito, mas de fato, é necessária a implementação de políticas que garantam direitos específicos, como o acesso à educação, à saúde, à tecnologia e às terras. Na atualidade, o movimento indígena no Brasil defende uma autonomia com base na emancipação política, econômica e social em busca da superação da precariedade e da exploração a que foram submetidos os povos indígenas durante todos os séculos passados desde o período colonial". (p. 30). . Sobre a formação do povo brasileiro " Teve início o longo período da escravidão negra em solo brasileiro, que acompanhou os ciclos da cana-de-açúcar, da mineração e pecuária XVII e do café no século XIX". (p. 31). 3 de 3 3 de 3 "Havia por parte de Portugal anseio de que a colônia brasileira fosse povoada (...) A coroa portuguesa e a igreja católica que condenavam a miscigenação, se opunham a união entre brancos e pretos ou multados (...) Porém, tal objeção era ignorada. Por escassez de mulheres brancas, os colonizadores portugueses relacionaram-se e casaram-se com mulheres índias ou africanas (...) Mulheres eram abusadas e violentadas". (p. 31). 2- Branqueamento no Brasil1 1
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