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Semiologia cutânea A pele é o maior órgão do corpo e possui algumas funções muito importantes, ela é uma barreira anatômica e fisiológica que protege contra injúrias, físicas, químicas e microbiológicas. Possui também componentes sensitivos, graças a inervação, permitindo assim, sentirmos: ➢ Alterações de temperatura ➢ Dor ➢ Toque ➢ Pressão Esse tecido também precisa de nutrição, e é por isso que existem vasos sanguíneos nas camadas mais profundas. Esses vasos sanguíneos não estão presentes na primeira camada, chamada de epiderme. Primeiramente iremos fazer um exame clínico geral, que vai ser composto por: - Identificação do animal. • Espécie • Raça • Idade • Sexo Com essas informações é possível eliminar algumas opções, por exemplo, existem doenças que acometem gatos, mas que não acometem os cães, ou doenças mais presentes em um dos sexos etc. - Anamnese bem detalhada. - Queixa principal - Início - Periodicidade Ouvir o tutor, quando se iniciou aqueles sintomas. Alguns tutores poderão te indicar exatamente a data, já outros não. - Estudo do Problema inicial - Aspecto - Localização Qual o aspecto da lesão apresentada pelo animal? Qual o tamanho? Onde ela está localizada? Algumas patologias acometem certos lugares do corpo do animal. - Evolução - Progressão das lesões cutâneas De acordo com essa informação você consegue saber se a lesão pode se espalhar mais pelo corpo, generalizada, ou se é uma lesão localizada. - Presença de Prurido Uma informação muito importante, visto que diversas patologias cutâneas não vão apresentar prurido. - Outros animais ou pessoas afetadas Contactantes. Esse animal pode ter pegado de outros animais, ou até mesmo ser o transmissor. Dessa forma você evita que os demais sejam acometidos. - Influência Sazonal Saber se esse animal apresenta sintomas apenas em épocas específicas do ano. - Predisposição Familiar Alguma doença genética, ou que possa ser passada no nascimento ou pela placenta. - Ambiente - Externo X interno - Descrição - Higienização - Localização geográfica Como é o ambiente desse animal? Possui acesso a brinquedos, água, comida? Qual a localização? Como é a higienização? Quando o animal passeia, onde costumam levar? - Terapia - Resposta a terapia anterior - Alergia a medicamentos - Alterações em outros Sistemas Podem ter doenças de pele que são secundárias a outros problemas em outros sistemas. Como por exemplo problemas endócrinos. - Manejo - Dieta - Banhos -Ectoparasitas -Uso de inseticidas Saber como é a dieta desse animal, se é rica em nutrientes, se é com ração seca, úmida. Com carnes, frutas, petiscos etc. Como são os banhos? Ele toma banho a cada quanto tempo? Saber se já teve pulga, carrapato, piolhos etc. Qual o método de prevenção contra esses ectoparasitas, como coleiras, ou o uso de inseticidas pela casa. ✓ Pré Requisitos - Contenção adequada - Meios semiológicos ✓Inspeção direta (observar a pele) e indireta (percursos para avaliar melhor a pele). ✓Palpação - tato e pressão. ✓Olfação (característica de odor diferenciado). ✓Auscultação e percussão (primeiro exame físico geral e depois de acordo com a queixa) ✓ Configuração das lesões As lesões não são todas iguais e se comportam de maneiras diferentes. ✓ Tipo de lesão presente 1. Lesões primárias ou diagnósticas (causadora). 2. Lesões secundárias ou evolutivas ✓Distribuição das lesões 1. Simétricas X Assimétricas 2. Localizada X Generalizada 3. Distribuição Regional (local onde as lesões se encontram). ✓Outras características 1. Profundidade 2. Consistência 3. Qualidade 4. Cor ❖ Desenvolvimento espontâneo - reflexo direto de uma enfermidade. (Muito provavelmente a causa é dermatológica). ❖ Inspeção - lesão patognomônica de dermatose específica (lesões características). ❖ Maculas, pápulas, pústula ❖ Lesão eritematosa, vesícula, placa ❖ Nódulo, tumor e cisto São evoluções das lesões primárias. Pode ser por traumatismo, induzido por medicamentos etc. São as mais observadas apesar de não serem a causa da doença (menor importância diagnóstica). - Alopecia, colarete epidérmico, Descamação, escoriação, Crosta, erosão, Úlcera, liquenificação Hiperpigmentação, hipopigmentação, cicatriz e comedão Escovado da pelagem: - Identificação de ectoparasitas: Pulgas, piolhos, carrapatos. Muitas vezes apenas comas mãos já é possível identificar. - Pode ser identificado descamações. - Queda excessiva de pelo. ❖Procedimento: Escovar pelagem sobre superfície branca e com auxílio de lupa para identificação do material. Tricograma: Serve para identificar informações da raiz , haste e ponta dos pelos. ❖ Pontas dos Pelos - Prurido. - Perda de pelo - atraumática (p. ex., doença endócrina, displasia folicular). - Nos animais com prurido, as pontas dos pelos se quebram, deixando uma extremidade que pode ser facilmente detectada. ❖ Raízes dos Pelos - Identificação de determinar se o ciclo dos folículos pilosos é normal ❖ Hastes dos Pelos - Presença de dermatófitos ectotrix - dermatofitose. - Acúmulo de pigmentos, que sugere o diagnóstico de alopecia com diluição de cor e displasia folicular. - Ovos de ectoparasitas grudados à haste do pelo podem ser visíveis em animais com pediculose Tira adesiva: É uma coleta sobre o pelame ou pele feito com uma fita adesiva e depois colocado em uma lâmina de microscópio. ❖ Identificação - Ectoparasitas superficiais - Bactérias - Fungos ❖Procedimento: leve compressão sobre a pele → lamina de vidro – corada – microscópio. Raspado cutâneo: Utilizado para uma análise da superfície, derme e epiderme. - Identificação de sarnas. ❖Procedimento: A profundidade do seu raspado vai depender da localização do parasita - Raspados Superficiais de Pele (para Sarcoptes, Notoedres, Demodex gatoi, Cheyletiella, Otodectes e Ácaros - Raspados Profundos de Pele (para Demodex spp., exceto D. gatoi) - Lamina + solução de potassa (KOH 10%)+ lamínula = MOC (microscopia ótica comum). Micológico de pelame: Diagnóticos de dermatofitoses,candidíase e malassezíase. - Procedimento: pelos, escamas. - Limpeza local + avulsão de pelos = cultura fúngica em meio DTM - identificação agente Lampada de Wood: Estimula a imunofluorescência em casos de dermatofitoses ❖ Fungo + Luz = Coloração amarelo-esverdeada ❖ Metabólitos de triptofano - Microsporum canis, fluoresçam em cor verde-maçã brilhante. ❖ Útil em apenas aproximadamente 50% dos casos de infecção por M. canis. ❖ Essa técnica não pode ser usada na identificação de espécies de Trichophyton ou M. gypseum. Otoscopia: Inspeção de condutos auditivos Procedimento: é feito quando há alteração de epitélio do conduto auditivo externo • Cerumem • Quantidade • Tipo • Presença de parasitas • Corpos estranho • Neoplasias • Coleta para MOC ou micológico Cultura e Antibiograma: - Auxílio de swab - Conteúdo de pústulas ou vesículas - Cerúmen - Exsudatos - Swab + meio de Stuart Citologia - Impressão em lâmina - Aspirado por Agulha Fina Biópsia 1. Neoplasia. 2. Infecção (p. ex., foliculite, celulite). 3. Evento imunomediado (p. ex., doença autoimune, vasculite, reação a fármacos). 4. Distúrbio endócrino (p. ex., hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, displasia folicular). 5. Defeito de queratinização (p. ex., seborreia primária, adenite sebácea, ictiose). 6. Alergia. Alergias: - Exame Sorológico -Anticorpos Antígenos-específicos -Imunoterapia - resposta 60% ( 55 –60%) - Testes Cutâneos - Testes intradérmicos - resposta 75% ( 50-86%) - Resposta terapia vacinal baseada em testes sorológico + intradérmico = informações mais completa para tratamento.
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