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Aula 1 - Pesquisa de Jurisprudência (Educa)

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Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
André Milhomem Araújo de Godoi
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Pesquisa de Jurisprudência no STF
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2021, Supremo Tribunal Federal.
Todos os direitos reservados.
Este material possui função didática, sem fins lucrativos e foi 
atualizado e adaptado para a versão autoinstrucional em 2023.
Para mais detalhes sobre as condições de uso, acesse: Licença STF
Visite o Ambiente Virtual de Aprendizagem do STF
Contato: educa@stf.jus.br
Material didático do curso a distância:
Pesquisa de Jurisprudência no STF
Validação pedagógica e diagramação:
Supremo Tribunal Federal
Secretaria de Gestão de Pessoas
Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas
Conteudista:
André Milhomem Araújo Godoi (STF)
Revisora do texto: 
Loide da Silva Vieira Chaves (STF)
Web designer:
Leandro Fontes Azevedo (STF)
DADOS PARA REFERÊNCIA
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Curso a distância: Pesquisa de jurisprudência no STF. Brasília: 
Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas, 2021. Disponível em: ead.stf.jus.br.ead.stf.jus.br.
Acesso restrito com login e senha.
Agenda 2030 da ONU
Este evento se relaciona com os ODS
https://docs.google.com/drawings/d/1g6AeWqrfYTkl_pqs5wlknDz6U_r91I6-EVnDavGcI04/edit
https://ead.stf.jus.br/
mailto:ead%40stf.jus.br?subject=
https://ead.stf.jus.br/
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Sumário
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Apresentação do curso .......................................................4
Introdução da aula ..............................................................5
1. Julgamentos colegiados .................................................7
1.1 Autuação e distribuição ...........................................................7
1.2 Relatoria e revisão ...................................................................8
1.3 Sessão de julgamento ..............................................................9
1.4 Redação da ementa ................................................................14
2. Composição do acórdão ................................................15
3. Consulta ao inteiro teor dos acórdãos ...........................17
3.1 Identificação dos acórdãos .....................................................17
3.2 Consulta através do portal do STF ..........................................18
3.3 Meios alternativos de consulta ..............................................19
4. Acórdãos de repercussão geral .....................................22
4.1 Admissibilidade .....................................................................22
4.2 Mérito ....................................................................................23
4.3 Fixação de teses .....................................................................24
Considerações finais .........................................................25
Referências bibliográficas ................................................27
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Apresentação do curso
 Olá! Seja muito bem-vindo(a) ao curso Pesquisa de Jurisprudência no STF! É um 
grande prazer recebê-lo(a)! 
 Aqui, você vai aprender a utilizar os recursos e funcionalidades disponíveis na 
ferramenta de busca de jurisprudência do Tribunal. Vamos conhecer o nosso itinerário?
 Nossa jornada começa com a apresentação dos conceitos básicos relacionados 
aos acórdãos, às decisões monocráticas, à Súmula e ao Informativo do STF. 
 Após conhecer a estrutura e a composição do banco de jurisprudência da Corte, 
você vai aprender a navegar pela página de pesquisa, a customizar os parâmetros 
de exibição dos itens da lista de resultados, e a selecionar, consultar e editar seus 
documentos favoritos.
 Além disso, descobriremos juntos como realizar buscas em campos específicos 
dos documentos do banco de jurisprudência, como customizar as opções de pesquisa 
(sinônimos, plural, radicais e inteiro teor) e como filtrar os itens da lista de resultados.
 E não para por aí: você também terá a oportunidade de desenvolver a habilidade 
de construir expressões de busca qualificadas pelo uso de operadores de pesquisa!
 Por fim, faremos um voo panorâmico sobre as fontes complementares de pesquisa 
de jurisprudência.
 Quantos temas interessantes, não é mesmo? 
 Esperamos que, ao final dessa caminhada, você seja capaz de realizar consultas 
ao banco de jurisprudência do Tribunal com facilidade e de recuperar os documentos 
de seu interesse com eficiência e segurança.
 Tenha um excelente curso!
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Introdução da aula
 Agora que você já conheceu os propósitos gerais do curso, vamos dar início a nossa 
primeira aula.
 Seja bem-vindo(a)! 
 Para começar, gostaria de fazer uma pergunta: você conhece o art. 102 da 
Constituição Federal? Imagino que sim, mas não custa relembrar: essa norma atribui ao 
Supremo Tribunal Federal a função de guardar a Constituição e elenca, de forma detalhada, 
as competências jurisdicionais da Corte. O rol de atribuições do Tribunal é bastante 
extenso: nele estão incluídos desde o julgamento de membros do Congresso Nacional por 
infrações penais comuns até a resolução de conflitos entre a União e os Estados; desde 
a apreciação de pedidos de extradição até a declaração da inconstitucionalidade de leis, 
com efeito vinculante para todo o Poder Judiciário e toda a Administração Pública. 
 E como a Corte se organiza para julgar todas essas causas?
 Bem. Atualmente o STF é composto por 11 membros. Em algumas situações 
específicas, os ministros podem tomar decisões de forma individual: são as chamadas 
decisões monocráticas. Isso ocorre, por exemplo, quando o tema discutido no processo 
já foi apreciado pelo Tribunal em casos anteriores.
 Embora as decisões monocráticas sejam relevantes para otimizar o trabalho da 
Corte, o espaço natural de tomada de decisão no STF são os órgãos colegiados. Nos 
julgamentos colegiados, a decisão da causa cabe não a um julgador individual, mas a 
um grupo de ministros que, combinando suas diferentes visões de mundo, constroem 
em conjunto a solução para o caso.
 O Tribunal conta com três órgãos colegiados: o Plenário, do qual todos os 11 
ministros participam, e as Turmas (Primeira e Segunda), nas quais os ministros se dividem 
em grupos de 5 julgadores.
 
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Plenário 
Composto pelos 11 ministros
Foto: RosineiCoutinho/SCO/STF
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Primeira Turma 
Segunda Turma 
Composto por 5 ministros
Composto por 5 ministros
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bancoImagemFotoAudiencia/bancoImagemFotoAudiencia_AP_429282.jpg
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bancoImagemFotoAudiencia/bancoImagemFotoAudiencia_AP_432921.jpg
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/bancoImagemFotoAudiencia/bancoImagemFotoAudiencia_AP_429677.jpg
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 Todas as decisões tomadas pelo Plenário e pelas Turmas do STF são formalizadas 
por meio de um documento muito importante para a pesquisa de jurisprudência: o 
acórdão. Ao final desta aula, esperamos que você seja capaz de compreender a forma 
como esses julgamentos colegiados são realizados e documentados, de efetuar consultas 
ao inteiro teor dos acórdãos e de reconhecer as peculiaridades das decisões relacionadas 
ao instituto da repercussão geral.
 Vamos lá?
1. Julgamentos colegiados
1.1 Autuação e distribuição
 Antes de ser apreciado por um órgão colegiado, todo processo passa por uma 
série de procedimentos preparatórios. Vamos começar com o início de tudo: a autuação 
e a distribuição.
 Ao ingressar no STF, todo feito judicial é autuado: na autuação, os documentos 
que compõem a ação ou o recurso são organizados, classificados e cadastrados nos 
registros internos do Tribunal. Nesse momento, o processo recebe uma identificação 
própria, composta:
SAIBA MAIS
 Informação interessante: juntos, esses órgãos colegiados realizaram 12.966 
julgamentos apenas em 2022! 
Ministros de hoje e de sempre
 Em 28 de fevereiro de 1891, o STF realizou a sua primeira sessão plenária. 
Desde então, mais de 150 ministros e ministras deram sua contribuição ao 
funcionamento dessa importante instituição republicana. Que tal conhecer 
um pouco mais sobre eles e elas? 
 A Biblioteca do STF mantém uma página dedicada especialmente aos 
dados bibliográficos dos juízes e juízas do Tribunal: nas pastas dos ministros, 
você encontra informações sobre datas importantes, obras publicadas, 
condecorações, discursos e decisões e consegue até mesmo ter acesso aos 
termos de posse!
 Conheça também a composição atual do Plenário e das Turmas do STF! 
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=bibliotecaConsultaProdutoBibliotecaPastaMinistro&pagina=OrdemAntiguidade
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=sobreStfComposicaoComposicaoPlenariaApresentacao
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=sobreStfComposicaoTurma&pagina=principal
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 a) pela classe processual em que ele se enquadra; e 
 b) por uma numeração sequencial única. 
 Assim, por exemplo, a ação em que se discutiu a constitucionalidade das cotas 
étnico-raciais para ingresso em instituições públicas de ensino superior foi identificada 
como Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 186. 
 Uma vez autuadas, as causas são distribuídas a um ministro específico, que será 
responsável por prepará-las para julgamento e por apresentá-las aos demais julgadores. 
Trata-se do Ministro Relator, escolhido aleatoriamente – mediante sorteio automatizado 
– ou por prevenção – quando um processo relacionado já lhe tiver sido distribuído 
anteriormente. 
 Veja, a título de exemplo, a imagem da página de acompanhamento processual 
relativa à ação sobre cotas étnico-raciais. Observe, especialmente, os dados de 
identificação do processo (ADPF 186) e o nome do Ministro Relator (Min. Ricardo 
Lewandowski).
Fonte: http://portal.stf.jus.br/.
1.2 Relatoria e revisão
 Entre outras atribuições, cabe ao Ministro Relator determinar a oitiva de 
testemunhas, autorizar a produção de provas periciais, convocar audiências públicas, 
requisitar informações de autoridades e intimar as partes para se manifestarem, por 
exemplo. Após adotar todas as medidas necessárias à instrução do processo e estudar 
detidamente a causa, o Ministro Relator elabora um relatório por escrito, no qual descreve 
o caso a ser julgado e noticia os fatos processuais relevantes ocorridos até então.
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2691269
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Vamos analisar um exemplo de relatório?
 Veja o relatório produzido pela Ministra Relatora por ocasião do julgamento 
da ADPF 548, em que discutidas decisões da Justiça Eleitoral que determinavam 
medidas de busca e apreensão em universidades.
 Elaborado o relatório, o processo está apto a ser julgado. Nesse momento, cabe 
ao Relator pedir dia para o julgamento, isto é, solicitar a inclusão do feito na pauta de 
julgamentos do órgão colegiado competente. A inclusão do processo em pauta deve 
ser comunicada com antecedência às partes e a seus advogados, para que possam 
acompanhar o julgamento a ser realizado. Há situações, no entanto, em que o Regimento 
Interno do STF (art. 83) autoriza o Ministro Relator a apresentar o feito em mesa para 
julgamento, ou seja, a levar o processo diretamente a julgamento sem prévia inclusão 
em pauta. É o caso, por exemplo, dos pedidos de habeas corpus, nos quais se discute o 
direito de ir e vir dos cidadãos.
 Em casos que demandam especial atenção dos julgadores (como as ações penais 
e as ações rescisórias), após a elaboração do relatório, o Ministro Relator deve remeter 
o caso à análise de outro ministro, denominado Ministro Revisor. A função do Ministro 
Revisor é complementar o trabalho realizado pelo Ministro Relator: ele pode sugerir 
a adoção de medidas ordinatórias adicionais, bem como complementar ou retificar as 
informações contidas no relatório. Nos casos em que prevista a participação de um 
Revisor, cabe a ele pedir dia para o julgamento.
1.3 Sessão de julgamento
 Conforme comentamos na introdução da aula, o Tribunal é composto por três 
órgãos colegiados: o Plenário e as Turmas (Primeira e Segunda). A repartição interna de 
competência entre esses órgãos é feita pelo Regimento Interno do STF (arts. 5º a 11). 
Cabe ao Ministro Relator indicar o órgão julgador competente no momento em que 
submete o processo a julgamento.
 Como se iniciam os julgamentos colegiados?
 Eles começam com o pregão: durante a sessão, o presidente do órgão colegiado 
anuncia que determinado processo será apreciado naquele momento. Apregoado o 
processo, o Ministro Relator passa à leitura de seu relatório, ocasião em que os demais 
julgadores tomam conhecimento da causa. Em seguida, havendo Ministro Revisor, dá-se 
a palavra a ele, para que possa complementar a exposição do Ministro Relator.
https://drive.google.com/file/d/1aGRYBcxYmI7a7aF2cMpe3f9hUom_6AQ3/view?usp=sharing 
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 Após o relatório, inicia-se o debate entre os procuradores das partes, que têm a 
oportunidade de sustentar oralmente suas razões. Nesse momento, também são ouvidos 
todos os demais atores processuais que, não sendo partes nem julgadores, tenham 
direito a manifestar-se: os terceiros intervenientes, os amici curiae, o Procurador-Geral 
da República, o Advogado-Geral da União, entre outros.
 Agora, vejamos exemplos de sustentações orais (trechos), produzidas na sessãoplenária destinada ao julgamento da ADI 5617:
 Que tal assistir a alguns trechos da sessão plenária destinada ao julgamento da 
ADI 5617, em que foram discutidas as regras de financiamento eleitoral de candidaturas 
femininas? Nessas passagens, a Presidente do Tribunal à época realiza o pregão e o 
Ministro Relator faz a leitura de seu relatório. Acompanhe comigo:
Íntegra da sessão de julgamento disponível em: https://youtu.be/-P7TrXk63Zs.
Íntegra da sessão de julgamento disponível em: https://youtu.be/-P7TrXk63Zs.
https://www.youtube.com/watch?v=CSWfjSNXeCw
https://youtu.be/-P7TrXk63Zs
https://www.youtube.com/watch?v=hz55M6waN4Y
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 Realizadas as sustentações orais, o presidente do órgão colegiado passa à tomada 
dos votos, começando pelo Ministro Relator, passando pelo Ministro Revisor (caso haja) 
e, após, seguindo a ordem crescente de antiguidade (do ministro mais moderno ao 
ministro mais antigo). Nesse momento, cada integrante do órgão colegiado indica a 
solução jurídica que entende cabível no caso em julgamento e expõe os fundamentos 
que o levam a esse entendimento. 
 Havendo mais de uma questão jurídica a ser decidida, o presidente pode colher os 
votos em rodadas distintas. Assim, por exemplo, pode-se realizar uma primeira rodada 
de votação sobre a absolvição ou condenação de um réu e, em momento posterior, 
caso haja condenação, proceder a uma segunda rodada de votação, quanto à pena a ser 
aplicada.
 Os ministros expõem suas opiniões por meio da leitura de textos previamente 
redigidos, através de manifestações orais a serem posteriormente transcritas ou mediante 
a indicação de que apresentarão votos escritos em momento posterior. No curso do 
julgamento, os ministros podem apartear uns aos outros, assim como podem solicitar 
esclarecimentos aos advogados. Caso deseje analisar o caso mais detidamente, qualquer 
ministro pode pedir vista dos autos, isto é, solicitar tempo adicional para exame do 
processo. Nessa hipótese, o julgamento é retomado em sessão posterior. Enquanto não 
concluído o julgamento, os ministros podem alterar seus votos.
 Confira trechos de votação realizada na sessão plenária destinada ao julgamento 
da ADI 5617:
Íntegra da sessão de julgamento disponível em: https://youtu.be/-P7TrXk63Zs 
(primeira parte) e https://youtu.be/Bb-L0nczHgo (segunda parte).
https://youtu.be/YEOscjAefiA
https://www.youtube.com/watch?v=-P7TrXk63Zs
https://www.youtube.com/watch?v=Bb-L0nczHgo
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Íntegra da sessão de julgamento disponível em: https://youtu.be/-P7TrXk63Zs (primeira 
parte) e https://youtu.be/Bb-L0nczHgo (segunda parte). 
 As decisões nos órgãos colegiados são tomadas por maioria: havendo divergência 
entre os ministros quanto à solução aplicável ao caso, prevalece a posição adotada por 
mais da metade dos votantes. Para determinadas decisões, exige-se quórum maior. Para 
a declaração da inconstitucionalidade de leis, por exemplo, é necessária a concordância 
de mais da metade dos membros do Tribunal (maioria absoluta) – e não apenas da maioria 
dos ministros que participam do julgamento (maioria simples).
 A concordância dos ministros quanto à solução jurídica do caso não pressupõe 
que os fundamentos adotados por todos eles sejam idênticos. Assim, por exemplo, é 
possível que a maioria dos ministros concordem em conceder ordem de habeas corpus 
para colocar um preso em liberdade, mas o façam por razões diversas: uns, porque 
entendem que a decisão que decretou a prisão não apresentou motivos justificados; 
outros, porque, apesar de considerarem legítimos os motivos da prisão, avaliam que sua 
duração se tornou excessiva; outros, ainda, porque vislumbram razões humanitárias para 
a concessão da liberdade. Em situações como essa, exige-se maioria quanto à conclusão 
dos votos (concessão de liberdade), não quanto a seus fundamentos. 
 Tomados todos os votos, cabe ao presidente do órgão colegiado proclamar o 
resultado do julgamento. Trata-se de ato solene: o resultado proclamado deve ser 
consignado na ata da sessão de julgamento e publicado na imprensa oficial (Diário da 
Justiça Eletrônico). Caso um julgamento se estenda por mais de uma sessão, os resultados 
parciais obtidos em cada sessão são publicados individualmente, à medida que as sessões 
se realizam. 
 Convido você a assistir ao vídeo que nos mostra um exemplo de proclamação 
realizada em sessão plenária destinada ao julgamento da ADI 5617.
https://www.youtube.com/watch?v=mgzwzks2r8Q
https://www.youtube.com/watch?v=-P7TrXk63Zs
https://www.youtube.com/watch?v=Bb-L0nczHgo
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 Veja também a ata da 7ª sessão extraordinária do Plenário realizada em 15 de março 
de 2018 no trecho em que trata do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 
(ADI) nº 5617. O julgamento foi realizado em uma única sessão, na qual houve sustentações 
orais. A decisão não foi tomada por unanimidade. A ata foi divulgada no Diário da Justiça 
Eletrônico (DJe) nº 57, de 22 de março de 2018.
 Como alternativa ao julgamento presencial, o Regimento Interno do STF 
(art. 21-B) prevê a possibilidade de os órgãos colegiados apreciarem os processos de 
sua competência em ambiente eletrônico. A opção pelo meio virtual cabe ao Ministro 
Relator, mas pode ser revertida por indicação dos demais ministros ou a pedido das 
partes. 
 Assim como nos julgamentos presenciais, há necessidade de prévia inclusão dos 
processos na pauta. A partir desse momento (inclusão em pauta), os interessados em 
produzir sustentação oral ficam autorizados a enviar, por meio do sistema interno de 
peticionamento eletrônico, arquivos de áudio ou vídeo contendo suas manifestações.
 Os julgamentos eletrônicos se realizam de forma assíncrona. As sessões virtuais 
se iniciam às sextas-feiras, quando os integrantes do órgão colegiado e as partes do 
processo passam a ter acesso ao relatório e ao voto apresentados eletronicamente pelo 
Ministro Relator. A partir daí, os demais julgadores terão até 6 (seis) dias úteis para se 
manifestar, também por meio eletrônico. Tal como ocorre no ambiente presencial, uma 
vez encerradas as sessões de julgamento virtuais, a respectiva ata é redigida e publicada 
na imprensa oficial (DJe). 
 A norma que atualmente regulamenta os julgamentos virtuais no STF é a Resolução 
nº 642, de 14 de junho de 2019.
Fique de olho nos julgamentos!
 Na página do STF 
na internet, você pode 
consultar o calendário de 
julgamentos do Plenário 
e das Turmas. Nele, estão 
disponíveis as pautas tanto 
das sessões presenciais 
quanto das sessões virtuais. 
Fica a dica!
https://drive.google.com/file/d/1k1vpwqO2R78okIHYd1VMs2K5e512s_PU/view?usp=sharing
http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO-C-642.PDF 
http://www.stf.jus.br/ARQUIVO/NORMA/RESOLUCAO-C-642.PDF 
https://portal.stf.jus.br/pauta/pesquisarCalendario.asp?aba=calendario
https://portal.stf.jus.br/pauta/pesquisarCalendario.asp?aba=calendario
https://portal.stf.jus.br/pauta/pesquisarCalendario.asp?aba=calendario
https://portal.stf.jus.br/pauta/pesquisarCalendario.asp?aba=calendario
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1.4 Redação da ementa
 Você deve estar pensando: “Nossa! Quantosdetalhes sobre os julgamentos! Mas 
qual a relação disso tudo com a pesquisa de jurisprudência?”
 Bem. Uma vez concluído o julgamento no órgão colegiado, é preciso formalizar 
o que foi decidido. O primeiro passo para documentar a decisão tomada é a redação da 
respectiva ementa. Documento essencial à formalização da decisão colegiada, a ementa 
consiste em uma síntese dos fundamentos jurídicos adotados pelo órgão julgador. Ela é 
composta por palavras-chave, por tópicos discursivos ou por uma combinação de ambos, 
e tem por função facilitar a identificação das questões debatidas e das teses jurídicas 
acolhidas no julgamento colegiado. Trata-se, assim, de documento fundamental para 
a pesquisa de jurisprudência.
 A redação da ementa é atividade tipicamente jurisdicional e fica a cargo de um dos 
ministros que participaram do julgamento colegiado. Como regra, cabe ao Ministro Relator 
elaborá-la. No entanto, caso a posição do Relator não tenha sido acolhida pelo órgão 
colegiado, a atribuição de redigir a ementa passará ao ministro que proferiu o primeiro 
voto vencedor – ministro denominado redator do acórdão. Em caso de aposentadoria, 
renúncia ou falecimento do ministro responsável pela elaboração da ementa, a redação 
caberá ao primeiro ministro que tenha acompanhado sua posição.
 No Supremo Tribunal Federal, como regra, as votações se destinam a identificar a 
posição majoritária apenas quanto à conclusão do julgamento, isto é, quanto à solução 
jurídica aplicável ao caso. Diferentemente do que ocorre em outras cortes constitucionais, 
no STF não se realiza uma votação explícita para identificar os fundamentos jurídicos 
aprovados pela maioria dos ministros. 
 Esse fato – ausência de votação específica dos fundamentos da decisão – 
torna especialmente relevante a tarefa de redigir a ementa: o ministro incumbido de 
elaborá-la deve ser capaz de identificar e sintetizar, com fidelidade, as principais teses 
jurídicas acolhidas pelo órgão colegiado. Sobre os desafios enfrentados na elaboração 
da ementa, Barbosa Moreira registra o seguinte:
A redação da ementa é tarefa mais delicada do que à primeira vista 
parece: nem sempre constitui fácil empresa resumir sem desfigurar. O 
relator há de esforçar-se por captar a verdadeira substância da decisão, 
traduzindo-a em fórmula concisa, que permita apreensão imediata. 
Não deve escamotear as possíveis singularidades da espécie, nem, 
por outro lado, perder-se na catalogação de aspectos acidentais e 
irrelevantes. [...] Há grande perigo em ementa redigida com má técnica: 
o de criar um falso ‘precedente’, despistando os estudiosos da matéria e 
– máxime quando se trata de acórdão de tribunal superior – exercendo 
sobre outras decisões um tipo de influência que o teor autêntico do 
julgamento não abonaria. (MOREIRA, 2013, p. 709-710) 
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Agora que você já compreendeu o que é e para que serve a ementa, que tal 
dar uma olhada em alguns exemplos? Observe como as ementas podem apresentar 
diferentes formatos: 
2. Composição do acórdão
 O acórdão (em sentido amplo) é o documento oficial que formaliza as decisões 
proferidas pelos órgãos colegiados do STF. Trata-se de uma compilação que agrupa 
todos os textos relacionados ao julgamento colegiado:
 a ementa – síntese dos fundamentos jurídicos da decisão, elaborada por algum 
dos ministros que tiveram participação no julgamento;
 o acórdão (em sentido estrito) – breve parágrafo (redigido em conjunto com a 
ementa) que registra a conclusão do julgamento, tal como consignada na ata da sessão;
 o relatório – resumo elaborado pelo Ministro Relator com o intuito de descrever 
o caso em julgamento aos demais julgadores;
 os votos escritos – manifestações escritas lidas durante a sessão de julgamento 
(ou apresentadas posteriormente a ela) que formalizam a visão de cada julgador quanto 
à solução jurídica aplicável ao caso e aos fundamentos jurídicos que a embasam;
 os votos orais – pronunciamentos orais realizados pelos julgadores durante a 
sessão de julgamento e posteriormente transcritos e revisados pelos ministros que os 
realizaram;
 as discussões – apartes e observações orais apresentadas pelos julgadores de 
forma incidental no curso do julgamento e que também passam por um processo de 
transcrição e revisão;
 as manifestações dos advogados – intervenções realizadas pelos advogados, 
durante as votações, em resposta a perguntas formuladas pelos ministros; e
ADO 26 - criminalização da homofobia e da transfobia
ADPF 54 - interrupção da gravidez de anencéfalo
RE 641320 - cumprimento de pena em regime prisional mais gravoso em razão 
da falta de vagas
RE 841526 - responsabilidade civil do Estado por morte de detento
https://drive.google.com/file/d/1f3Rfduc1CH1UGH4_yOotn6dmh9gRQbZA/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1aN7wxezbg8d_VMxRa2Z_5ou-QVaY475R/view?usp=sharing 
https://drive.google.com/file/d/1mH6IEz_a8XVam25ncidYBZGPizUJJgzV/view?usp=sharing 
https://drive.google.com/file/d/1mH6IEz_a8XVam25ncidYBZGPizUJJgzV/view?usp=sharing 
https://drive.google.com/file/d/1GxbGd3FIsuhRau0enegjTKrT9mFRogdc/view?usp=sharing 
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 o extrato da ata – reprodução do trecho da ata da sessão relativo ao processo 
julgado, contendo a conclusão do julgamento, os nomes dos ministros e do representante 
do Ministério Público que dele participaram, os nomes dos ministros ausentes ou 
impedidos, bem como os nomes dos advogados que realizaram sustentação oral.
 A composição do acórdão cabe à Secretaria do Tribunal, unidade responsável 
por transcrever as manifestações orais realizadas durante o julgamento e submetê-las 
à revisão dos julgadores, bem como por supervisionar a elaboração dos demais textos 
escritos pelos ministros (ementa, relatórios, votos escritos etc.).
 Em caso de excessiva demora dos julgadores na liberação de suas manifestações 
escritas ou na revisão das transcrições de seus pronunciamentos orais, o Regimento 
Interno do STF (arts. 95 e 96), regulamentado pela Resolução nº 536, de 16 de outubro 
de 2014, autoriza a Secretaria da Corte a publicar o acórdão contendo transcrições não 
revisadas.
 A publicação do acórdão na imprensa oficial é o ato solene que marca a formalização 
da decisão colegiada. No Diário da Justiça Eletrônico são divulgadas, tão somente, as 
conclusões do julgamento (conforme registradas na ata da sessão) e a ementa. Nesse 
mesmo momento, no entanto, o inteiro teor do acórdão (contendo todos os textos 
pertinentes ao julgamento colegiado) é juntado aos autos do processo e fica acessível 
para consulta por meio da rede mundial de computadores.
 Veja como a ementa e as conclusões do julgamento da ADI 5617 (financiamento 
eleitoral de candidaturas femininas) foram publicadas no Diário da Justiça. Analise, 
também, a estrutura do inteiro teor desse mesmo acórdão:
 note como o conteúdo do acórdão (em sentido estrito), redigido pelo Ministro 
Relator (p. 2-3), assemelha-se ao teor do extrato da ata da sessão, publicada no Diário 
da Justiça (p. 112);
 observe que as manifestações orais dos ministros durante a sessão de julgamento 
foram transcritas e compõem o inteiro teor (ex.: p. 9, 43, 60, 72);
 repare que uma das ministras que proferiram voto oral também juntou voto escrito 
sobre a matéria (p. 45 e 47);
 veja como os apartes e debates orais entre os ministros também foram registrados 
(ex.: p. 64 e ss., 81 e ss., 98 e ss.). 
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/resolucao536-2014.pdf
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/resolucao536-2014.pdf
https://drive.google.com/file/d/19P92KsHIw-4FP9x9D9x38MguIem0ac6Z/viewhttps://drive.google.com/file/d/1BZU0pJWxzHUg-bIYBPRojRuPknfXhhv7/view
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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3. Consulta ao inteiro teor dos acórdãos
3.1 Identificação dos acórdãos
 Agora que você já sabe como os julgamentos colegiados do STF são realizados e 
como essas decisões são formalizadas, vamos aprender a consultar o inteiro teor dos 
acórdãos?
 Para ter acesso à integra de um acórdão específico, você precisa de três informações: 
a classe do processo em que o julgamento foi realizado; 
a numeração desse mesmo processo; e 
caso existente, a identificação do incidente processual ou recurso interno 
em que a decisão foi proferida.
 Lembre-se de que, em um único processo (mesma classe e mesmo número 
processuais), podem ser realizados vários julgamentos colegiados distintos. Cada um 
desses julgamentos será formalizado por meio de um acórdão específico e identificado 
pelo incidente processual ou recurso interno apreciado (quando houver).
 Vamos a um exemplo concreto?
 Em 2006, o Governador do Distrito Federal ingressou no STF com uma ação 
pleiteando a declaração de inconstitucionalidade de uma lei distrital que previa a 
instalação obrigatória, nos veículos de transporte coletivo, de dispositivos redutores de 
estresse para motoristas e cobradores. Em sua petição, o Governador requereu, ainda, 
a concessão de uma medida cautelar, consistente na suspensão provisória dos efeitos da 
lei questionada, enquanto não realizado o julgamento definitivo do pedido.
 A ação foi autuada na classe processual Ação Direta de Inconstitucionalidade 
(ADI) e levou o número 3.671. Em 2008, o Plenário do Tribunal realizou um primeiro 
julgamento, para apreciar o pedido de concessão de medida cautelar (MC). Na ocasião, a 
Corte suspendeu provisoriamente os efeitos da lei distrital. Em 2020, o Plenário do STF 
tomou uma segunda decisão: julgando o pedido principal, o Tribunal declarou, de forma 
definitiva, a inconstitucionalidade da lei questionada.
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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TUTORIAL
 O acórdão relativo ao primeiro julgamento (medida cautelar) foi identificado como 
ADI 3671 MC (ementa do acórdão), ao passo que o acórdão pertinente à segunda decisão 
colegiada (pedido principal) foi identificado como ADI 3671 (ementa do acórdão).
 O mesmo raciocínio vale para recursos internos. 
 Por exemplo, no Recurso Extraordinário (RE) nº 1.242.489, foram interpostos, 
sucessivamente, dois recursos internos: agravo regimental (AgR) e embargos de 
divergência (EDv). Em consequência, foram realizados dois julgamentos distintos: um 
pela Primeira Turma; outro pelo Plenário. O primeiro acórdão (agravo regimental) foi 
identificado como RE 1242489 AgR; já o segundo acórdão (embargos de divergência), 
foi identificado como RE 1242489 AgR-EDv.
3.2 Consulta através do portal do STF
 A consulta ao inteiro teor de um acórdão específico pode ser realizada por qualquer 
pessoa através da rede mundial de computadores. No portal do Supremo Tribunal Federal 
basta selecionar o menu “Jurisprudência” e, nele, escolher a opção “Inteiro Teor de 
Acórdãos”.
 A lógica de funcionamento da página é bastante simples: você informa o número 
do processo (sem ponto ou dígito verificador) e tem acesso a uma lista com todos os 
acórdãos que compartilham o mesmo número. A partir daí, com base na classe processual 
e, se for o caso, na identificação do incidente processual ou do recurso interno, basta 
clicar no ícone de PDF correspondente ao acórdão de interesse para baixar sua íntegra 
em formato PDF.
 Para facilitar a sua pesquisa, temos um vídeo que demonstra como consultar o 
inteiro teor de um acórdão. Veja:
https://youtu.be/4z-Vmf68zJk
https://youtu.be/4z-Vmf68zJk.
https://drive.google.com/file/d/1clHs_l07bREjtSuE2FqU-EwNc-Hl0auU/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1NU5kxfNGxBCnUnd8edRrQnUmRAaiIS8u/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/11SdI2wCsx1MXivCiiwPc_6RsKpg5qHU0/view
https://drive.google.com/file/d/1SCkznGQuneIMhHVNMPEEIbBaC-4T19Mm/view?usp=sharing
http://portal.stf.jus.br/
http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/pesquisarInteiroTeor.asp
http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/pesquisarInteiroTeor.asp
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Pesquisa de Jurisprudência no STF
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É Importante saber!
 Em processos que tramitam sob segredo de justiça, pode haver, a critério do 
ministro responsável pela redação do acórdão, limitação do conteúdo disponibilizado 
para acesso público no portal do STF: nesses casos, é comum que o arquivo do inteiro 
teor contenha apenas a ementa, o acórdão (em sentido estrito) e o extrato de ata.
 Em termos temporais, a base de inteiro teores de acórdãos do STF é bastante 
abrangente. Como regra, a íntegra dos acórdãos publicados a partir de 6 de julho de 
1950 (data de criação do Ementário da Corte) deve estar disponível para consulta no 
portal do STF. Além disso, mesmo para períodos anteriores, uma quantidade significativa 
de documentos também está acessível: trata-se da Coletânea de Acórdãos (COLAC) do 
Tribunal, que também foi digitalizada.
3.3 Meios alternativos de consulta
 Caso o inteiro teor de um acórdão de interesse não seja localizado pelo portal 
do STF, você pode entrar em contato com a Secretaria do Tribunal, que verificará se ele 
está disponível fisicamente e, se possível, providenciará sua digitalização. O contato 
pode ser realizado pelo próprio portal do Tribunal, por meio da Central do Cidadão.
 Outras vias de acesso a acórdãos mais antigos, especialmente se publicados antes 
de 1950, são os muitos periódicos jurídicos (oficiais ou privados) que, desde a instalação 
do STF (em 1891), têm publicado a íntegra das decisões colegiadas do Tribunal.
 Para períodos anteriores a 1950, o Regimento do STF (art. 99) reconhece como 
repositórios oficiais de jurisprudência as seguintes publicações, nas quais pode ser 
recuperada a íntegra de acórdãos do Tribunal:
 Jurisprudencia: accordãos annexos ao relatório. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 
1895-1899.
 Jurisprudencia: accordãos proferidos. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 
1901-1905.
 Os inteiros teores dos acórdãos publicados a partir de 2012 estão 
disponíveis em formato de texto digital, podendo, assim, ser pesquisados e 
copiados eletronicamente. Já para acórdãos publicados em anos anteriores, os 
arquivos estão disponíveis apenas em formato de imagem.
http://portal.stf.jus.br/centraldocidadao/
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000451207&local_base=SEN01 
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000574097&local_base=SEN01 
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 Revista do Supremo Tribunal Federal. Rio de Janeiro: Supremo Tribunal Federal, 
1914-1925.
 Diário da Justiça. Rio de Janeiro; Brasília: Imprensa Nacional, 1925-2010.
 Jurisprudência. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1932-1940.
 Jurisprudência: Supremo Tribunal Federal. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 
1941-1945.
 Em complemento às fontes oficiais, você também pode encontrar o inteiro 
teor de acórdãos anteriores a 1950 em alguns dos periódicos reconhecidos pelo STF 
como repositórios tradicionais (já descontinuados) ou autorizados (ainda editados) de 
jurisprudência (Resolução nº 330, de 27 de novembro de 2006):
 O direito:revista de legislação, doutrina e jurisprudência. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos, 1873-1913. 
 Revista de direito civil, comercial e criminal. Rio de Janeiro: Bento de Faria, 
1906-1945.
 Revista jurídica: doutrina, jurisprudência, legislação. Rio de Janeiro: Francisco 
Alves & Cia., 1916-1922.
 Archivo judiciario. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, 1927-1957.
 Revista de jurisprudência brasileira. Rio de Janeiro: Marcello & Cia, 1928-1956.
 Direito: doutrina, legislação e jurisprudência. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 
1940-1959.
 Revista forense: doutrina, legislação e jurisprudência. Belo Horizonte; Rio de 
Janeiro: Imprensa Official do Estado de Minas Geraes; Forense, 1904- .
 Revista dos Tribunais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1912- .
 Revista de direito administrativo: RDA. São Paulo; Rio de Janeiro: Departamento 
Administrativo do Serviço Público (DASP); Fundação Getúlio Vargas (FGV), 1945- .
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000352104&local_base=SEN01
https://www.in.gov.br/web/dicionario-eletronico/-/di%C3%A1rio-da-justi%C3%A7a-dj- 
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000574099&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000451221&local_base=SEN01
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/resolucao330-2006.pdf
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000352043&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000424300&local_base=SEN01 
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000352100&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000352018&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000352101&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000348219&local_base=SEN01 
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000348645&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000348695&local_base=SEN01
http://biblioteca2.senado.gov.br:8991/F/?func=direct&doc_number=000348613&local_base=SEN01
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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CURIOSIDADE?
Julgamento histórico
 Em 9 de agosto de 1893, o STF concedeu habeas corpus em favor de 48 
pacientes que se encontravam presos por ordem de Floriano Peixoto, então 
Presidente da República em exercício. Os pacientes haviam sido detidos a bordo 
do navio mercante Júpiter, que, sob o comando do almirante e senador Eduardo 
Wandenkolk, fora equipado com armamentos para combater o governo federal.
 Impetrado por Ruy Barbosa, o pedido de habeas corpus (HC) nº 406 foi 
acolhido pelo STF ao fundamento de que as autoridades militares não eram 
competentes para processar e julgar crimes cometidos por civis (“paizanos”). O 
acórdão recebeu a seguinte ementa: “Habeas-corpus. E’ illegal a continuação da 
prisão de paizanos capturados a bordo de um navio, como indiciados em crimes 
que não são sujeitos ao fôro militar. [sic]”.
 O inteiro teor do acórdão foi publicado na revista "O direito: revista 
de legislação, doutrina e jurisprudência" (v. 21, n. 62, p. 70-117, 1893). Além 
dos fundamentos da decisão, a publicação contém a íntegra da petição inicial 
apresentada por Ruy Barbosa (p. 70-86) e registra a perplexidade dos ministros 
diante de um ofício encaminhado pelo Ministro dos Negócios da Guerra, no dia 
seguinte ao julgamento, contendo críticas à decisão do Tribunal (p. 95-117). 
 Em reação ao ofício do Poder Executivo (p. 101-103), o Tribunal aprovou 
uma moção, cujos termos foram elaborados pelo Ministro José Hygino: 
Não cabendo ao poder executivo fixar a competencia 
dos tribunaes, dar-lhes instrucções, ou determinar a 
jurisprudencia que devem seguir, a não ser pela forma 
regulamentar, e em virtude da execução de lei, o Supremo 
Tribunal Federal resolve não tomar conhecimento da materia 
do officio que em 10 do corrente lhe foi dirigido pelo 
ajudante-general do exercito, em nome do vice-presidente 
da Republica, visto como o mesmo officio não é compativel 
com os principios constitucionaes, que devem dominar as 
relações entre o poder executivo e o judiciario [sic].
 Se você se interessa pela história do Tribunal, vale a pena ler a íntegra 
desse acórdão!
https://drive.google.com/file/d/1xXvqQAua33057VAbAieWGeNMxwFBbgfu/view?usp=sharing
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/361
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/361
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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4. Acórdãos de repercussão geral
4.1 Admissibilidade
 A Emenda à Constituição nº 45, de 2004, criou um novo requisito para a interposição 
de recursos extraordinários perante o Supremo Tribunal Federal: a repercussão geral das 
questões constitucionais discutidas no caso. Ao estabelecer regras e práticas relacionadas 
ao instituto da repercussão geral, o Tribunal construiu procedimentos de julgamento 
específicos, que possuem reflexos sobre a estrutura dos acórdãos. É o que veremos a 
seguir. Vamos lá?
 A exigência de repercussão geral das questões constitucionais impõe que, ao 
julgar recursos extraordinários, o STF se pronuncie sobre dois tópicos distintos: 
preliminarmente, é necessário decidir se a questão discutida possui ou não repercussão 
geral (juízo de admissibilidade); em seguida, caso reconhecida a repercussão geral, passa-
se a apreciar a questão em si (juízo de mérito).
 Para agilizar os julgamentos sobre existência ou inexistência de repercussão geral 
(juízo de admissibilidade), o STF criou em 2007 um ambiente eletrônico – o Plenário 
Virtual – especialmente dedicado a receber as manifestações dos ministros. Desde então, 
o Plenário Virtual se consagrou como o espaço preferencial (embora não exclusivo) para 
reconhecimento ou rejeição da existência de repercussão geral de matérias.
 No Plenário Virtual, o Ministro Relator ou o próprio Ministro Presidente (antes da 
distribuição) apresentam uma manifestação, que contém a descrição do caso em análise 
e veicula a opinião do ministro quanto à existência (ou não) de repercussão geral. De 
forma assíncrona e também eletronicamente, os demais ministros podem manifestar-se 
no prazo de 6 (seis) dias úteis.
 Concluído o julgamento, o resultado é apurado (automaticamente) e o dispositivo 
(conclusão) da decisão colegiada é gerado (também de forma automática). A redação da 
ementa cabe ao Ministro Relator ou, caso este tenha ficado vencido, a outro ministro, 
sorteado entre aqueles que tenham integrado a corrente vencedora. 
 Por fim, o acórdão é composto, publicado na imprensa oficial (Diário da Justiça 
eletrônico) e disponibilizado para consulta pública através do portal do STF. Os acórdãos 
produzidos a partir do Plenário Virtual são comumente identificados pelo incidente RG 
(repercussão geral). Para facilitar a identificação das matérias decididas, a Secretaria do 
Tribunal as organiza em temas, com numeração própria e breve descrição. As informações 
detalhadas sobre os temas de repercussão geral podem ser encontradas em página 
específica do portal do STF.
https://portal.stf.jus.br/repercussaogeral/
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
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Veja os exemplos!
4.2 Mérito
 Quando o Plenário Virtual rejeita a existência de repercussão geral na matéria, 
cessa a atividade jurisdicional do STF em relação ao caso julgado. Se, no entanto, a Corte 
reconhece aexistência de repercussão geral, surge a necessidade de realizar um segundo 
julgamento, para decidir sobre a solução jurídica aplicável à questão constitucional 
suscitada (juízo de mérito).
 Em geral, o julgamento do mérito das questões com repercussão geral é realizado 
de forma separada, em momento posterior à deliberação do Plenário Virtual, e segue os 
procedimentos tradicionais de julgamento colegiado descritos nos tópicos anteriores, 
sendo formalizado por meio de um acórdão próprio.
 Contudo, o Regimento Interno do STF (art. 323-A) prevê a possibilidade de se 
realizar o juízo de mérito também pelo Plenário Virtual, na mesma ocasião em que 
reconhecida a repercussão geral da matéria. Isso ocorre nos casos em que o Tribunal já 
possui entendimento consolidado sobre o tema. Em tal situação, os ministros podem 
utilizar o Plenário Virtual para reafirmar a jurisprudência dominante da Corte e, desde 
logo, julgar o mérito da questão. Nesse caso, o julgamento colegiado é formalizado por 
meio de um único acórdão.
 Os julgamentos colegiados relacionados ao instituto da repercussão geral, sejam 
eles de admissibilidade ou de mérito, podem ocorrer tanto em recursos extraordinários 
(RE) quanto em agravos em recursos extraordinários (ARE) ou em agravos de instrumento 
(AI). Além disso, não é incomum que o primeiro julgamento (admissibilidade) seja realizado 
em determinado processo, mas o segundo julgamento (mérito) ocorra em processo 
diverso.
 Vejamos alguns exemplos de acórdãos relacionados ao instituto da 
repercussão geral, proferidos nos julgamentos dos seguintes processos:
 RE 646721 RG (regime sucessório em uniões estáveis – juízo de admissibilidade)
 RE 646721 (regime sucessório em uniões estáveis – juízo de mérito)
 RE 1038925 RG (liberdade provisória no tráfico de drogas – juízos de 
admissibilidade e de mérito combinados)
https://drive.google.com/file/d/1TWChzdahsv_BffYsVO80qIGYJUC2qWsg/view?usp=sharing 
https://drive.google.com/file/d/1CmhxYHCTlPv17y2cgJ0sG_n95TFr9VgP/view?usp=sharing 
https://drive.google.com/file/d/1ea_IdlJX8VvL1DXVvFfBzLdlhzYILx2k/view?usp=sharing 
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4.3 Fixação de teses
 No regime de repercussão geral, as decisões proferidas pelo STF produzem efeitos 
para além dos processos específicos julgados. Com base nessas decisões, as instâncias 
inferiores ficam autorizadas a replicar o entendimento da Corte e, assim, dispensadas 
de encaminhar ao Tribunal: 
 a) recursos que suscitem questões cuja repercussão geral já tenha sido negada 
pelo STF; e 
 b) recursos contra decisões alinhadas ao entendimento do STF em casos similares 
com repercussão geral reconhecida.
 Em razão dessa função paradigmática das decisões relacionadas ao instituto da 
repercussão geral, o STF institucionalizou a partir de 2014 a prática de, em cada caso, 
elaborar um enunciado que sintetize a tese adotada como razão de decidir. As teses são 
fixadas tanto nos casos de reconhecimento da inexistência de repercussão geral quanto 
por ocasião do julgamento do mérito das questões com repercussão geral reconhecida.
 Os termos das teses de repercussão geral são definidos pelos ministros no curso 
dos próprios julgamentos. Quando estes se realizam de forma síncrona, as teses são objeto 
de deliberação específica dos julgadores, que discutem ajustes e alternativas, realizam 
votação destacada e consignam o texto aprovado na ata da sessão. No portal do STF, em 
“Teses de Repercussão Geral” é possível consultar todas as teses de repercussão geral 
já fixadas pelo Tribunal.
 Que tal analisar o extrato de ata referente ao RE 654833? Observe como, 
além de explicitar as conclusões do julgamento (processo extinto com resolução 
do mérito; recurso prejudicado), a ata registra, de forma destacada, a tese de 
repercussão geral fixada: imprescritibilidade do dever de reparar dano ambiental. 
 Dessa forma, o STF sinaliza, com clareza, os fundamentos da decisão tomada 
e, assim, contribui para que, em casos, similares, magistrados de outros Tribunais 
possam reproduzir, com segurança, o entendimento firmado pela Corte. 
https://portal.stf.jus.br/repercussaogeral/teses.asp
https://drive.google.com/file/d/13eAQbkJ7d305M5e1_FWjDC5qsbbYPW02/view?usp=sharing 
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Considerações finais
 Nesta aula, você aprendeu um pouco mais sobre como os julgamentos colegiados 
do Supremo Tribunal Federal são realizados e formalizados. Esse conhecimento servirá 
de base para a realização de pesquisas de jurisprudência nos acórdãos do Tribunal. Que 
tal recapitular as principais informações aprendidas neste módulo? Vamos juntos!
 O acórdão (em sentido amplo) é o documento oficial que formaliza as decisões 
tomadas pelos órgãos colegiados do STF. Nele podem ser encontradas todas as 
manifestações escritas e orais proferidas pelos ministros por ocasião de um determinado 
julgamento colegiado.
 Dentre os documentos que compõem o acórdão, destacam-se: 
 a) o relatório – resumo elaborado pelo Ministro Relator com o intuito de descrever 
o caso em julgamento aos demais julgadores; 
 b) a ementa – síntese dos fundamentos jurídicos da decisão, elaborada por algum 
dos ministros que tiveram participação no julgamento; e 
 c) o extrato da ata – reprodução do trecho da ata da sessão relativo ao processo 
julgado, contendo a conclusão do julgamento.
 Cada acórdão é identificado pela combinação de três informações: 
 a) a classe do processo em que o julgamento foi realizado; 
 b) a numeração desse mesmo processo; e, caso existente, 
 c) a identificação do incidente processual ou recurso interno em que a decisão foi 
proferida. 
Em um mesmo processo, podem ser publicados múltiplos acórdãos.
 O inteiro teor dos acórdãos pode ser consultado em página específica do portal 
do STF. Em geral, todos os acórdãos publicados a partir de 1950 devem estar disponíveis 
para consulta, seja em formato de texto digital (acórdãos posteriores a 2012), seja em 
formato de imagem (demais acórdãos).
 Caso o inteiro teor de um acórdão não esteja disponível nessa página, o usuário 
interessado pode solicitar sua digitalização por intermédio da Central do Cidadão ou 
recorrer aos periódicos jurídicos reconhecidos pelo Tribunal como repositórios de sua 
jurisprudência.
 Os julgamentos relacionados ao instituto da repercussão geral resultam comumente 
na publicação de dois acórdãos distintos: 
http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/pesquisarInteiroTeor.asp
http://portal.stf.jus.br/jurisprudencia/pesquisarInteiroTeor.asp
http://portal.stf.jus.br/centraldocidadao/
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência: acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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 a) no primeiro, a Corte decide se a questão discutida possui ou não repercussão 
geral (juízo de admissibilidade); 
 b) no segundo, caso reconhecida a repercussão geral, o Tribunal delibera sobre a 
solução jurídica aplicável ao caso (juízo de mérito).
 A partir de 2014, o STF institucionalizou a prática de, em cada decisão colegiada 
relacionada ao regime de repercussão geral, elaborar um enunciado que sintetiza a tese 
adotada como razão de decidir.
 Informações muito úteis à pesquisa de jurisprudência, não é mesmo?
 Nossos estudos continuam na próxima aula, na qual você conhecerá melhor como 
são produzidos outros três tipos documentos de interesse na realização de pesquisas 
de jurisprudência: as súmulas, as decisões monocráticas e os informativos. Até breve!
Aula 1 - Conceitos básicos de jurisprudência:acórdãos
Pesquisa de Jurisprudência no STF
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Referências bibliográficas
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil: Lei nº 
5.869, de 11 de janeiro de 1973. 17. ed. revista e atualizada. v. 5 (arts. 476 a 565). 
Rio de Janeiro: Forense, 2013. p. 709-710.
O DIREITO: revista mensal de legislação, doutrina e jurisprudência. Rio de Janeiro, 
Imprensa Mont’Alverne, v. 21, n. 62, 1893. Disponível em: https://bibliotecadigital.stf.
jus.br/xmlui/handle/123456789/361. Acesso em: 25 jan. 2021.
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/361
https://bibliotecadigital.stf.jus.br/xmlui/handle/123456789/361
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