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Caderno de Revisao - Questoes (1)

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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CADERNO DE REVISÃO 
QUESTÕES 
 
SEMANA 01 
 
 
 
 
 
45119
45119
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
2 
 
QUESTÕES 
 
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra 
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo: 
 
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá 
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt 
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”. 
 
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
A fonte material do Direito Penal é a União e, excepcionalmente, os Estados-membros. 
 
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo 
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada. 
 
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência. 
 
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao 
convívio harmônico da sociedade. 
 
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
45119
45119
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
3 
 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do 
Princípio da taxatividade. 
 
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Humanidade postula a racionalidade e a proporcionalidade das penas, e está vinculado a um 
processo histórico que originou os Princípios da Legalidade, da Intervenção Mínima e até mesmo o da 
Lesividade, sob o prisma da “danosidade social” do delito. 
 
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na 
sua face material. 
 
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
Um dos desdobramentos de aplicação do Princípio da Vedação ao Bis in Idem é a impossibilidade de uma 
pessoa estar submetida a mais de uma execução relacionada à condenação penal pelo mesmo fato. 
 
10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Proporcionalidade Penal é, hoje, visto num duplo enfoque, um positivo e outro negativo. 
 
11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
45119
45119
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
4 
 
Um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é prevenir e reprimir a prática de 
discriminação, em todas suas formas (artigo 3º, inciso IV, da CF). Por isso mesmo, o legislador estabeleceu 
normas de natureza penal com essa finalidade. Sobre o tema, julgue o item abaixo: 
 
Constitui efeito automático da condenação por crimes de Racismo a perda do cargo ou da função pública. 
 
12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção 
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir 
aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas 
exigências. 
 
13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
Nos casos em que o crime de preconceito for cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou 
publicação de qualquer natureza, após instaurado o inquérito policial, o juiz poderá determinar, ouvido o 
Ministério Público ou a pedido deste, o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do 
material respectivo. 
 
14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
Constitui crime de preconceito impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e 
elevadores ou escada de acesso aos mesmos por motivo de discriminação de raça ou de cor. 
 
15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
João, 60 anos, candidatou-se a um cargo de diretor em uma empresa privada. No entanto, seu currículo 
sequer fora analisado em razão da sua idade avançada. Nesse caso, João foi vítima do crime de racismo, 
previsto na Lei 7716/89, em virtude da discriminação com sua idade. 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
5 
 
 
16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado 
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no 
âmbito penal diferentemente do processo civil. 
 
17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o 
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando 
a doutrina moderna, julgue o item abaixo: 
 
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos 
e não ao contrário. 
 
18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a 
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a 
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei 
Processual Penal, julgue o item abaixo: 
 
No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto 
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei. 
 
19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas 
de processo penal, julgue o item abaixo: 
 
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito 
processual penal. 
 
20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
6 
 
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo: 
 
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e 
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se 
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
A interceptação telefônica será admitida mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis. 
 
22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
A interceptação telefônica poderá ser determinada pelo representante do Ministério Público, de ofício, 
mediante idônea fundamentação durante a instrução criminal. 
 
23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
O juiz deverá decidir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o pedido de interceptação. 
 
24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
Somente será admitido o pedido de interceptação telefônica feito por escrito. 
 
25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei de Interceptação Telefônica (Lei n. 9.296/96), julgue o item abaixo: 
 
Será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração 
penal punida com pena de detenção. 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
7 
 
26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito dos procedimentos processuais penais, julgue o item abaixo: 
 
As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata. 
 
27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, na interpretação do princípio da dignidade da pessoa 
humana, julgue o item abaixo: 
 
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar 
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável 
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso 
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana. 
 
28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o art. 5, CF, julgue o item abaixo: 
 
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em 
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado 
ou deliberação em assembleia geral da entidade. 
 
29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o art. 5, CF, julgue o item abaixo: 
 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados 
independe da autorização destes. 
 
30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o art. 5, CF, julgue o item abaixo: 
 
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, em qualquer caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
45119
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
8 
 
 
31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O regime jurídico-administrativo gera apenas prerrogativas para a Administração Pública. 
 
32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles: 
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público. 
 
33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de 
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou 
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares. 
 
34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública. 
 
35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas 
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto. 
 
36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
9 
 
 
A doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação para justificar a natureza jurídica 
da relação entre o Estado e seus agentes. 
 
37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados 
de personalidade jurídica. 
 
38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
Os órgãos públicos são resultado da desconcentração administrativa. 
 
39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
Conforme a teoria do mandato, o Estado outorga a seus agentes um mandato para agir em seu nome. Porém, 
tal teoria recebe crítica doutrinaria por não explicar como o Estado transferiu poderes aos seus agentes. 
 
40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que concerne à organização da administração pública, julgue o item abaixo: 
 
Existem diversas teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, sendo que 
a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação. 
 
41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei 11.340/06 e o entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item: 
 
A prática de violência doméstica e familiar contra a mulher caracteriza dano moral. 
 
42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
10 
 
 
Acerca da Lei 11.340/06 e o entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item: 
 
Excepcionalmente, é possível a aplicação do princípio da bagatela imprópria em casos de violência doméstica 
e familiar contra a mulher. 
 
43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
Segundo entendimento do STJ acerca da proteção da Lei Maria da Penha, no caso do crime de ameaça feito 
por meio de redes sociais na Internet, o juízo competente para o pedido de medidas protetivas será aquele 
onde a vítima tiver tomado conhecimento das intimidações. 
 
44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher que, por estar em 
situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de trabalho. 
 
45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de ocorrência, a 
autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao competente órgão de assistência 
judiciária. 
 
46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
Se constatado que determinada servidora pública está em situação de violência doméstica e familiar, ela terá 
direito de acesso prioritário à remoção do órgão em que trabalha para preservação da sua integridade física. 
 
47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
11 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
Em todos os casos de violênciadoméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência e 
encaminhado ao juiz, deverá este, ao analisar o registro, verificar se o agressor possui registro de porte ou 
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a 
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte. 
 
48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
As medidas protetivas de urgência deverão ser concedidas após manifestação do Ministério Público, no prazo 
máximo de 48 (quarenta e oito) horas. 
 
49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
A patroa que agride a empregada doméstica que reside no local do emprego está sujeita às regras repressivas 
contidas na Lei 11.340/06. 
 
50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
O descumprimento de decisão que defere medidas protetivas de urgência configura crime punível com pena 
de até 2 (dois) anos de detenção, razão pela qual, na hipótese de prisão em flagrante, a autoridade policial 
poderá conceder fiança. 
 
 
45119
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
12 
 
COMENTÁRIOS 
 
1. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Segundo Aníbal Bruno “o conjunto das normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra 
o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal”. Com isso, julgue o item abaixo: 
 
Na função de controle social, o direito penal se revela como uma garantia aos cidadãos de que só haverá 
punição caso sejam praticados os fatos expressamente previstos em lei como infração penal. Franz von Liszt 
dizia: “o código penal é a magna carta do delinquente”. 
 
COMENTÁRIO 
A assertiva traz, na verdade, o conceito da função de garantia do Direito Penal. 
 
Por mais paradoxal que possa parecer, o Direito Penal tem a função de garantia. De fato, funciona como 
um escudo aos cidadãos, uma vez que só pode haver punição caso sejam praticados os fatos 
expressamente previstos em lei como infração penal. 
 
No finalismo, o tipo penal desempenha algumas funções. Veja: 
 
Função de garantia - É materializada pelo princípio da legalidade (ou taxatividade). Pois esse princípio, 
além de trazer a vertente de instituir o Poder Punitivo criminalizando condutas, também é visto como a 
garantia do indivíduo contra possíveis arbitrariedades do Estado entrando na esfera 
privada/liberdade/patrimônio sem que tenha um tipo penal prevendo aquela conduta como crime. 
 
Função fundamentadora – Está ligada à ideia de 1ª geração dos direitos fundamentais. Nessa função, o 
princípio da legalidade não será considerado como uma garantia do indivíduo, mas sim como um 
fundamento a legitimar a atuação estatal. Assim, o Estado, através do tipo penal, vai encontrar o 
fundamento para cercear a liberdade do indivíduo. (Fundamento do direito de punir) 
 
Função selecionadora de condutas - Ligada ao princípio da intervenção mínima: através do direito penal 
o legislador seleciona as condutas que têm maior lesividade, maior relevância para a proteção dos bens 
jurídicos. Logo, o tipo penal é a materialização das escolhas que o legislador fez ao selecionar as condutas. 
 
Função indiciária - Está ligada às teorias que buscam relacionar o fato típico com a ilicitude. 
 
GABARITO: Errado 
 
45119
45119
 
 
 
 
RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
13 
 
2. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
A fonte material do Direito Penal é a União e, excepcionalmente, os Estados-membros. 
 
COMENTÁRIO 
Fonte material ou de produção são os órgãos constitucionalmente encarregados de elaborar o Direito 
Penal. De acordo com o art. 22, I, da CF/88, essa tarefa é conferida precipuamente à União. Entretanto, 
com esteio no art. 22, § único, lei complementar pode autorizar os Estados-membros a legislar sobre 
questões específicas. 
 
Fonte: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021. 
 
GABARITO: Certo 
 
3. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Direito Penal objetivo é o conjunto de leis penais em vigor. Por outro lado, o Direito Penal subjetivo 
representa o direito de punir do Estado, que nasce no momento em que a lei incriminadora é violada. 
 
COMENTÁRIO 
O Direito Penal objetivo constitui-se das normas penais incriminadoras e não incriminadoras. 
Já o Direito Penal subjetivo é o direito de punir do Estado (jus puniendi). 
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021. 
 
GABARITO: Certo 
 
4. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Direito Penal incriminador tem como fontes formais imediatas a lei, a doutrina e a jurisprudência. 
 
COMENTÁRIO 
45119
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
14 
 
O Direito Penal incriminador tem como fonte formal única, exclusiva e imediata a lei, já que para criar ou 
ampliar o ius puniendi a única fonte de exteriorização é a lei formal (lei ordinária ou complementar), 
escrita, cujo conteúdo é discutido, votado e aprovado pelo Parlamento. 
Por força do nullum crimen, nulla poena sine lege nenhuma outra fonte pode criar crimes ou penas ou 
medidas de segurança ou agravar as penas (ou seja: nenhuma outra fonte pode criar ou ampliar o ius 
puniendi). 
A doutrina e a jurisprudência configuram fontes formais mediatas. 
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021. 
 
GABARITO: Errado 
 
5. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos aspectos introdutórios do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
Segundo Claus Roxin, o Direito Penal tem como função a proteção de bens jurídicos imprescindíveis ao 
convívio harmônico da sociedade. 
 
COMENTÁRIO 
Para Roxin, a missão central do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos. Apenas os interesses mais 
relevantes são erigidos à categoria de bens jurídicos penais, em face do caráter fragmentário e subsidiário 
do Direito Penal. Dessa forma, o Direito Penal deve atender aos reclamos da sociedade, levando, por 
consequência, a uma finalidade prática (e por isso é teleológico) de proteção dos bens jurídicos mais 
relevantes ao convívio social. 
Fontes: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. 1. 23. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2021. 
 
GABARITO: Certo 
 
6. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
Prevalece que a utilização de Tipos Penais Abertos viola o Princípio da Legalidade, na sua vertente do 
Princípio da taxatividade. 
 
COMENTÁRIO 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
15 
 
O Princípio da Taxatividade ou da Máxima Determinação exige que os tipos penais devem ser certos, claros 
e determinados de modo a permitir à população o pleno entendimento sobre o que é crime e o que não 
é. Isso impede o legislador de criar crimes vagos, ambíguos, indeterminados ou imprecisos, os quais não 
protegem o cidadão de arbitrariedade, e habilitam o juiz a realizar a interpretação a ponto de violar a 
Separação dos Poderes. 
 
Mas é preciso não confundir essas hipóteses com os chamados Tipos Abertos, que na verdade são frutos 
de uma técnica legislativa excepcional e que podem e devem ser valorados pelo magistrado para fins de 
tipificação formal e material, já que não é possível o legislador prever todas as formas delitivas. 
 
São exemplos de Tipos Abertos: 
• Elementos Descritivos do Tipo - ex.: coisa alheia móvel;• Elementos Normativos do Tipo: exigem um juízo de valor empírico ou jurídico (ex.: avaliar se o ato é 
obsceno ou se a mulher é honesta); e 
• Crime Culposo: o juiz deve avaliar se a conduta se amolda aos conceitos de imprudência, negligência ou 
imperícia. 
 
Também representam exceção ao Princípio da Taxatividade as chamadas Normas Penais em Branco, que 
exigem uma complementação normativa para a perfeita adequação da conduta ao tipo penal. 
 
GABARITO: Errado 
 
7. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Humanidade postula a racionalidade e a proporcionalidade das penas, e está vinculado a um 
processo histórico que originou os Princípios da Legalidade, da Intervenção Mínima e até mesmo o da 
Lesividade, sob o prisma da “danosidade social” do delito. 
 
COMENTÁRIO 
O Princípio da Humanização das Penas veda a utilização de penas cruéis e respostas penais atentatórias à 
ideia de Dignidade da Pessoa Humana e contra o intuito ressocializador do Direito Penal. 
 
Tem previsão expressa nos artigos 1º, inciso III, e 5º, inciso XLVII, ambos da Constituição Federal, como 
também, na Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão e na Convenção Americana de Direitos 
Humanos. 
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DDHC: 
Artigo 5. Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
 
CADH: 
Artigo 5º. - Direito à integridade pessoal 
1. Toda pessoa tem direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. 
2. Ninguém deve ser submetido a torturas nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou 
degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com respeito devido à dignidade inerente 
ao ser humano. 
 
Para Nilo Batista, o Princípio da Humanidade postula a racionalidade e a proporcionalidade das penas, e 
está vinculado a um processo histórico que originou os Princípios da Legalidade, da Intervenção Mínima e 
até mesmo o da Lesividade, sob o prisma da “danosidade social” do delito. 
 
GABARITO: Certo 
 
8. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Individualização das Penas não deixa de ser um desdobramento do Princípio da Isonomia, na 
sua face material. 
 
COMENTÁRIO 
O Princípio da Individualização da Pena, estatuído no artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição Federal, é 
observado em três momentos, na medida da proporcionalidade: 
 
1º na definição abstrata do crime e da pena pelo legislador (criação da norma); 
2º na imposição da sanção pelo magistrado (dosimetria penal); e 
2º na fase de execução penal, com a classificação do condenado (artigo 5º da LEP). 
 
Constituição Federal: 
Art. 5. [...] 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou 
restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou 
interdição de direitos; 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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LEP: Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para 
orientar a individualização da execução penal. 
 
Superior Tribunal de Justiça: “A individualização da pena, princípio haurido diretamente da Constituição 
Federal, constitui uma das mais importantes balizas do Direito Sancionador e está prevista, também, no 
art. 59 do Código Penal, o qual fixa os critérios norteadores da quantidade e da qualidade da sanção estatal 
a ser aplicada em cada caso concreto.” (HC 275.663/SP, DJe 02/03/2015); 
 
“A quantificação dada pelo Juízo sentenciante decorre da estrita observância do princípio da 
individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF) e da regra legal contida nos arts. 59 e 68 do Código Penal.” 
(HC 220.382/MS, DJe 03/03/2015). 
 
Quanto à aplicação da sanção, a pena deverá ser sempre individualizada para cada infrator. O juiz deve 
analisar todas as circunstâncias na quais o crime foi perpetrado, bem como o grau de culpabilidade de 
cada agente, pois nenhuma conduta e/ou criminoso é igual ao outro. O Princípio, portanto, é um puro 
desdobramento da Isonomia Material. 
 
GABARITO: Certo 
 
9. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
Um dos desdobramentos de aplicação do Princípio da Vedação ao Bis in Idem é a impossibilidade de uma 
pessoa estar submetida a mais de uma execução relacionada à condenação penal pelo mesmo fato. 
 
COMENTÁRIO 
Implícito na Constituição Federal, e explícito no Estatuto de Roma, o Princípio “no bis in idem” determina 
que ninguém deve ser: 
 
1º submetido a duplo julgamento pelo mesmo fato (aspecto processual); 
2º condenado pela segunda vez em razão do mesmo fato (aspecto material); e 
3º executado duas vezes por condenações relacionadas ao mesmo fato (aspecto execucional). 
 
Estatuto de Roma: 
Artigo 20 (Ne bis in idem): 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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1. Salvo disposição contrária do presente Estatuto, nenhuma pessoa poderá ser julgada pelo Tribunal por 
atos constitutivos de crimes pelos quais este já a tenha condenado ou absolvido. 
2. Nenhuma pessoa poderá ser julgada por outro tribunal por um crime mencionado no artigo 5°, 
relativamente ao qual já tenha sido condenada ou absolvida pelo Tribunal. 
3. O Tribunal não poderá julgar uma pessoa que já tenha sido julgada por outro tribunal, por atos também 
punidos pelos artigos 6o, 7o ou 8o, a menos que o processo nesse outro tribunal: a) Tenha tido por objetivo 
subtrair o acusado à sua responsabilidade criminal por crimes da competência do Tribunal; ou b) Não tenha 
sido conduzido de forma independente ou imparcial, em conformidade com as garantias de um processo 
equitativo reconhecidas pelo direito internacional, ou tenha sido conduzido de uma maneira que, no caso 
concreto, se revele incompatível com a intenção de submeter a pessoa à ação da justiça. 
 
GABARITO: Certo 
 
10. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Ainda no que tange aos Princípios basilares do Direito Penal, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Proporcionalidade Penal é, hoje, visto num duplo enfoque, um positivo e outro negativo. 
 
COMENTÁRIO 
O Princípio da Proporcionalidade prega que os tipos penais devem ser adequados e necessários e devem 
se abster de utilizar meios ou recursos desproporcionais para os fins perseguidos, com o mínimo de 
restrição de direitos fundamentais. Em suma, proporcional é tudo que não é abusivo, arbitrário ou 
policialesco. 
 
Atualmente, o Princípio da Proporcionalidade é trabalhado com uma dupla face: 
 
• Proteção Positiva, vinculada ao Garantismo Negativo (Proibição do Excesso): significa diminuir ao 
máximo o poder punitivo estatal e aumentar ao máximo as liberdades e garantias do cidadão, ou seja, o 
poder punitivo deve ser mínimo e a garantia deve ser máxima; e 
• Proteção Negativa contra Omissões Estatais, vinculada ao Garantismo Positivo (Proibição de Proteção 
Deficiente): a liberdade individual dos cidadãos deve estar sujeita a condições mínimas e razoáveis a serem 
impostas pelo Estado, de modo a não colidir com o interesse público de repressão e prevenção a condutas 
que lesionem ou coloquem em risco de lesão os bens jurídicos fundamentais tutelados pelo Direito Penal. 
 
GABARITO: Certo 
 
11. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
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Um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é prevenir e reprimir a prática de 
discriminação, em todas suas formas (artigo 3º, inciso IV, da CF). Por isso mesmo, o legislador estabeleceu 
normas de naturezapenal com essa finalidade. Sobre o tema, julgue o item abaixo: 
 
Constitui efeito automático da condenação por crimes de Racismo a perda do cargo ou da função pública. 
 
COMENTÁRIO 
A perda do cargo ou da função pública NÃO é um efeito automático da condenação por crime de racismo, 
devendo, portanto, haver manifestação do juízo competente: 
 
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a 
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses. 
 
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta Lei não são automáticos, devendo ser 
motivadamente declarados na sentença. 
 
GABARITO: Errado 
 
12. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção 
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de trabalhadores, exigir 
aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não justifiquem essas 
exigências. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 4º §2º Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de serviços à comunidade, incluindo atividades 
de promoção da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra forma de recrutamento de 
trabalhadores, exigir aspectos de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas atividades não 
justifiquem essas exigências. 
 
GABARITO: Certo 
 
13. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
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A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
Nos casos em que o crime de preconceito for cometido por intermédio dos meios de comunicação social ou 
publicação de qualquer natureza, após instaurado o inquérito policial, o juiz poderá determinar, ouvido o 
Ministério Público ou a pedido deste, o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos exemplares do 
material respectivo. 
 
 
COMENTÁRIO 
O procedimento está previsto na lei, contudo, prescinde a prévia instauração de inquérito policial. 
 
Art. 20 § 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a 
pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: (...). 
 
GABARITO: Errado 
 
14. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
Constitui crime de preconceito impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e 
elevadores ou escada de acesso aos mesmos por motivo de discriminação de raça ou de cor. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou escada 
de acesso aos mesmos: Pena: reclusão de um a três anos. 
 
GABARITO: Certo 
 
15. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei 7.716/89, “Crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor”, julgue o item abaixo: 
 
João, 60 anos, candidatou-se a um cargo de diretor em uma empresa privada. No entanto, seu currículo 
sequer fora analisado em razão da sua idade avançada. Nesse caso, João foi vítima do crime de racismo, 
previsto na Lei 7716/89, em virtude da discriminação com sua idade. 
 
 
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COMENTÁRIO 
A conduta é tipificada no Estatuto do Idoso, e não na Lei de Racismo, em razão do princípio da 
especialidade. 
 
Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa: 
II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho; 
 
1) Princípio da especialidade - é especial em relação ao art. 4º da lei 7.716/89, que possui a seguinte 
redação: "Negar ou obstar emprego em empresa privada." 
 
2) Elemento subjetivo especial - o tipo penal possui um especial fim de agir, consistente no impedimento 
de ocupação de cargo em razão da condição de idoso - ausente o especial fim de agir, a conduta será 
atípica. 
 
GABARITO: Errado 
 
16. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange aos Princípios Constitucionais Processuais Penais, julgue o item abaixo: 
 
O Princípio da Identidade Física do Juiz é uma garantia que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado 
que tenha presidio a instrução processual seja o signatário da sentença, o que não comporta exceções no 
âmbito penal diferentemente do processo civil. 
 
COMENTÁRIO 
Princípio da Identidade Física do Juiz: é uma garantia decorrente do Princípio Constitucional do Juiz Natural 
que impõe a obrigatoriedade de o mesmo magistrado que tenha presidio a instrução processual seja o 
signatário da sentença, nos termos do artigo 399, §2º, do CPP: 
 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a 
intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do 
assistente. 
[..] 
§2º O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 
 
Subprincípios da Identidade Física do Juiz: 
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1) Princípio da Oralidade: exige a predominância da palavra falada (depoimentos, debates, alegações); os 
depoimentos são orais, não podendo haver a substituição por outros meios, como as declarações 
particulares; 
2) Princípio da Concentração: impõe a concentração de toda a produção da prova em audiência; e 
3) Princípio da Imediatidade: é uma consequência da proximidade do juiz com a prova por ele colhida, 
quando procede ao interrogatório do acusado, à tomada de declarações da vítima ou à inquirição de 
testemunha; em razão da proximidade que haverá entre eles, o juiz reunirá condições de compreender 
melhor a cena em que os fatos se deram, o ambiente em que o delito ocorreu, bem como aferir o nível de 
cultura ou simplicidade dos envolvidos, o grau de confiabilidade e segurança das informações colhidas e 
etc. 
 
A regra não é absoluta, e a jurisprudência vem flexibilizando nos casos de remoção, licença, férias, 
interrogatório mediante precatória e etc., dependendo de cada caso concreto. 
Supremo Tribunal Federal: “Este Sodalício possui jurisprudência sedimentada no sentido de que o 
princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado de maneira absoluta e admite exceções 
que devem ser verificadas caso a caso. O princípio da identidade física do juiz não pode ser interpretado 
de maneira absoluta e admite exceções que devem ser verificadas caso a caso, à vista, por exemplo, de 
promoção, remoção, convocação ou outras hipóteses de afastamento justificado do magistrado que 
presidiu a instrução criminal.” (AgRg no AREsp 1294801/SP, DJe 01/02/2019); 
“É possível a realização de interrogatório por meio de carta precatória, na presença de defensor dativo, 
sendo certo que o princípio da identidade física do juiz não tem caráter absoluto e comporta 
relativização.” (RHC 129871 AgR, julgado em 24/05/2016); 
“O princípio da identidade física do juiz não é absoluto, devendo ser mitigado sempre que a sentença 
proferida por juiz que não presidiu a instrução criminal seja congruente com as provas produzidas sob o 
crivo do juiz substituído. O artigo 132 do Código de Processo Civil, aplicado analogicamente ao Processo 
Penal, conforme autorização prevista no art. 3º, do CPP, veicula exceção à regra prevista no artigo 399 do 
mencionado Estatuto Processual Penal, com a redação dada pela Lei 11.719/08, consistente na 
possibilidade de o feito ser sentenciado por juiz substituto nas hipóteses de convocação, licenciamento, 
afastamento, promoção ou aposentadoria do magistrado que presidiu a instrução criminal. O afastamento 
do juiz titularpor motivo de férias autoriza a prolação da sentença por seu substituto, nos termos do artigo 
132 do CPC.” (RHC 123572, julgado em 07/10/2014); 
 
Código de Processo Civil (Antigo): Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a 
lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, 
casos em que passará os autos ao seu sucessor. 
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá 
mandar repetir as provas já produzidas. 
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Obs: Para Aury Lopes Jr., o Princípio da Identidade Física do Juiz exige, consequentemente, a observância 
dos Subprincípios da Oralidade, da Concentração dos Atos e da Imediatidade; há um “Encadeamento 
Sistêmico”, que começa com a necessidade de uma atuação direta e efetiva do juiz em relação à prova 
oralmente produzida, sem que possa ser mediatizada através de interposta pessoa. 
Obs2: Há precedente do STF que afasta a aplicação do Princípio da Identidade Física do Juiz em 
procedimentos do ECA, já que possui rito próprio e a audiência é fracionada. 
Obs3: O Novo CPC não prevê mais o Princípio da Identidade Física do Juiz. 
 
GABARITO: Errado 
 
17. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Uma das clássicas características atribuídas ao Direito Processual Penal é a instrumentalidade, ou seja, o 
processo é tido como um meio de atuação e aplicação do direito material penal. Sobre o tema e considerando 
a doutrina moderna, julgue o item abaixo: 
 
O processo penal deve ser lido à luz da Constituição Federal e da Convenção Americana de Direitos Humanos 
e não ao contrário. 
 
COMENTÁRIO 
Segundo Aury Lopes Jr. “O processo penal deve ser lido à luz da Constituição federal e da Convenção 
Americana de Direitos Humanos e não ao contrário”. 
A Constituição Federal escolheu a estrutura democrática sobre a qual há que existir e se desenvolver um 
processo penal que atenda ao devido processo legal substancial, sendo certo que o atendimento também 
deve respeitar a CADH, por seu caráter supralegal de proteção aos direitos humanos. 
O referido autor faz críticas sobre uma inegável crise da Teoria das Fontes, em que uma Lei Ordinária acaba 
valendo mais que a própria Constituição. Ora, o CPP que deveria passar por uma filtragem constitucional. 
 
GABARITO: Certo 
 
18. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Segundo Frederico Marques, o Direito Processual Penal é o conjunto de normas e princípios que regulam a 
aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária e a 
estruturação dos órgãos da função jurisdicional e seus respectivos auxiliares. Sobre a aplicação da Lei 
Processual Penal, julgue o item abaixo: 
 
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No caso de Recursos, é aplicada a Lei Processual Penal vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto 
de impugnação, mesmo com prazo já iniciado, desde que não estabeleça prazo menor do que a nova lei. 
 
COMENTÁRIO 
Em matéria recursal, é aplicada a lei vigente ao tempo da decisão proferida que será objeto de 
impugnação. Contudo, se já iniciado o prazo recursal, deve ser aplicada a Lei Processual Penal anterior, se 
esta não estabelecia prazo menor. Ou seja, se a Lei Nova conferir prazo maior, será ela aplicada de 
imediato. 
 
Essa é a previsão da Lei de Introdução ao Código de Processo Penal: 
 
Art. 3º O prazo já iniciado, inclusive o estabelecido para a interposição de recurso, será regulado pela lei 
anterior, se esta não prescrever prazo menor do que o fixado no Código de Processo Penal. 
 
GABARITO: Certo 
 
19. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca dos princípios gerais, das fontes e da interpretação da lei processual penal, bem como dos sistemas 
de processo penal, julgue o item abaixo: 
 
A Constituição Federal e os princípios gerais do direito são considerados fontes formais mediatas do direito 
processual penal. 
 
COMENTÁRIO 
Fontes formais 
 
Imediatas: Constituição federal; Leis; Tratados; Convenções internacionais. 
 
Mediatas: Princípios gerais do direito; Costumes; Analogia. 
 
Fonte formal ou de cognição: Refere-se ao meio pelo qual uma norma jurídica é revelada no ordenamento 
jurídico. Essa fonte é subdividida em fontes primárias ou imediatas ou diretas e em fontes secundárias ou 
mediatas ou indiretas ou supletivas. 
 
Fontes primárias ou imediatas ou diretas: São aquelas aplicadas imediatamente. Consideram-se fontes 
primárias do Processo Penal: a lei (art. 22, I da CRFB/88), entendida em sentido amplo, para incluir a 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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própria CRFB/88; os tratados, convenções e regras de Direito Internacional (nos termos do art. 1º, I do CPP 
e do art. 5º, §3º da CRFB/88, com a redação dada pela EC nº 45/04). 
 
Fontes secundárias ou mediatas ou indiretas ou supletivas: São aquelas aplicadas na ausência das fontes 
primárias, nos termos do art. 4º da LINDB. Consideram-se fontes secundárias do Processo Penal: costumes, 
princípios gerais do direito e analogia. 
 
Há séria polêmica em definir se a doutrina e a jurisprudência são fontes do Direito. Vem prevalecendo o 
entendimento de que, na verdade, elas são formas de interpretação do Direito, pois não possuem efeitos 
obrigatórios. Entretanto, quanto à jurisprudência, há de se ressaltar que as súmulas vinculantes do STF e 
as decisões proferidas em controle concentrado de constitucionalidade tem força obrigatória, 
constituindo-se assim em verdadeiras fontes do Direito. 
 
GABARITO: Errado 
 
20. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com o Juiz das Garantias, incluído pelo Pacote Anticrime, julgue o item abaixo: 
 
Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e 
ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por 15 dias, após o que, se 
ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. 
 
COMENTÁRIO 
Ainda que sutil, em provas objetivas é justamente o detalhe que é cobrado. 
 
Art. 3-B, § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da 
autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 
15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente 
relaxada. 
 
GABARITO: Errado 
 
21. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
A interceptação telefônica será admitida mesmo que a prova possa ser feita por outros meios disponíveis. 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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COMENTÁRIO 
Trata-se de medida de ultima ratio, pois, se houver outros meios de prova disponíveis, a interceptação 
telefônica não será cabível. 
 
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das 
seguintes hipóteses: II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis; 
 
GABARITO: Errado 
 
22. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
A interceptação telefônica poderá ser determinada pelo representante do Ministério Público, de ofício, 
mediante idônea fundamentação durante a instrução criminal. 
 
COMENTÁRIO 
A interceptação telefônica só poderá ser determinada de ofício pelo Poder Judiciário OU por requerimento 
da autoridade policial ou do MP. 
 
Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a 
requerimento: 
I - da autoridade policial, na investigação criminal; 
II - do representante do MinistérioPúblico, na investigação criminal e na instrução processual penal. 
 
GABARITO: Errado 
 
23. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
O juiz deverá decidir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o pedido de interceptação. 
 
COMENTÁRIO 
O juiz tem o prazo máximo de 24h para decidir sobre o pedido de interceptação. 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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Art. 4° (...) § 2° O juiz, no prazo máximo de vinte e quatro horas, decidirá sobre o pedido. 
 
GABARITO: Certo 
 
24. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei de Interceptação Telefônica, julgue o item abaixo: 
 
Somente será admitido o pedido de interceptação telefônica feito por escrito. 
 
COMENTÁRIO 
Admite-se excepcionalmente o pedido verbal. 
 
Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a demonstração de que a sua 
realização é necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem empregados. 
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que 
estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será 
condicionada à sua redução a termo. 
 
GABARITO: Errado 
 
25. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito da Lei de Interceptação Telefônica (Lei n. 9.296/96), julgue o item abaixo: 
 
Será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir infração 
penal punida com pena de detenção. 
 
COMENTÁRIO 
NÃO SERÁ admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato investigado constituir 
infração penal punida com pena de detenção. 
 
Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das 
seguintes hipóteses: 
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. 
 
GABARITO: Errado 
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26. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
A respeito dos procedimentos processuais penais, julgue o item abaixo: 
 
As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata. 
 
COMENTÁRIO 
Conforme a literalidade do art. 5, CF/88, § 1º: “as normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata”. 
 
GABARITO: Certo 
 
27. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, na interpretação do princípio da dignidade da pessoa 
humana, julgue o item abaixo: 
 
A cláusula da reserva do possível pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de inviabilizar 
a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição, encontrando superável 
limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, ainda que represente, no contexto de nosso 
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pesso a humana. 
 
COMENTÁRIO 
O erro da assertiva encontra-se na impossibilidade da reserva do possível ser um óbice a implementação 
de políticas públicas definidas pela própria Constituição. Realmente as limitações orçamentárias são um 
entrave para a efetivação dos direitos sociais. No entanto, é preciso ter em mente que o princípio da 
reserva do possível não pode ser utilizado de forma indiscriminada, devendo respeitar ao menos a noção 
do mínimo existencial. 
 
Nesse sentido: 
Constatando-se inúmeras irregularidades em cadeia pública — superlotação, celas sem condições 
mínimas de salubridade para a permanência de presos, notadamente em razão de defeitos estruturais, 
de ausência de ventilação, de iluminação e de instalações sanitárias adequadas, desrespeito à 
integridade física e moral dos detentos, havendo, inclusive, relato de que as visitas íntimas seriam 
realizadas dentro das próprias celas e em grupos, e que existiriam detentas acomodadas 
improvisadamente —, a alegação de ausência de previsão orçamentária não impede que seja julgada 
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procedente ação civil pública que, entre outras medidas, objetive obrigar o Estado a adotar providências 
administrativas e respectiva previsão orçamentária para reformar a referida cadeia pública ou construir 
nova unidade, mormente quando não houver comprovação objetiva da incapacidade econômico-
financeira da pessoa estatal. 
STJ. 2ª Turma. REsp 1389952-MT, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 3/6/2014 (Info 543). 
Veja também: STF. Plenário. RE 592581/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 13/8/2015 
(repercussão geral) (Info 794). 
 
GABARITO: Errado 
 
28. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o art. 5, CF, julgue o item abaixo: 
 
A autorização estatutária genérica conferida à associação é suficiente para legitimar a sua atuação em 
juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo dispensável a manifestação individual do associado 
ou deliberação em assembleia geral da entidade. 
 
COMENTÁRIO 
Assertiva em desconformidade com a jurisprudência do STF: 
 
A autorização estatutária genérica conferida a associação não é suficiente para legitimar a sua atuação 
em juízo na defesa de direitos de seus filiados, sendo indispensável que a declaração expressa exigida 
no inciso XXI do art. 5º da CF ('as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente') seja manifestada por ato 
individual do associado ou por assembleia geral da entidade. (STF, Info 746/2014. RE 573.232). 
 
GABARITO: Errado 
 
29. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o art. 5, CF, julgue o item abaixo: 
 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados 
independe da autorização destes. 
 
COMENTÁRIO 
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Súmula 629, STF: "A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes". 
 
GABARITO: Certo 
 
30. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o art. 5, CF, julgue o item abaixo: 
 
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, em qualquer caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 5º, XII, CF/88: "É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e 
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal." 
 
GABARITO: Errado 
 
31. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O regime jurídico-administrativo gera apenas prerrogativas para a Administração Pública. 
 
COMENTÁRIO 
A atuação da Administração Pública, em sua atividade administrativa, sofre a influência de um regime 
próprio, denominado regime jurídico-administrativo. O referido regime gera um conjunto de prerrogativas 
e de restrições, não identificadas comumente nas relações entre particulares, que podem potencializar ou 
mesmo restringir as atividades da Administração. 
 
GABARITO: Errado 
 
32. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
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O regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, dos quais se originam os demais. São eles: 
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.COMENTÁRIO 
Conforme Celso A. B. de Mello, o regime jurídico-administrativo é formado por princípios magnos, em 
função dos quais se originam todos os demais princípios que conformam a atividade administrativa. Tais 
princípios magnos seriam: a supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público. 
 
GABARITO: Certo 
 
33. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado traz como efeito uma relação de 
verticalidade, uma preponderância dos interesses defendidos pela Administração, tidos como públicos ou 
gerais, daqueles interesses defendidos por particulares. 
 
COMENTÁRIO 
 
 
 
 
 
 
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 
Traz como efeito uma relação de 
verticalidade, uma preponderância dos 
interesses defendidos pela Administração, 
tidos como públicos ou gerais, daqueles 
interesses defendidos por particulares. Tal 
supremacia justifica certa posição de 
superioridade da Administração na prática 
de certos atos e negócios jurídicos, como se 
dá na intervenção estatal na propriedade, 
nas cláusulas extravagantes dos SERVI, 
atributos especiais dos atos administrativos, 
etc. 
 
 
 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
Traz como efeito a impossibilidade de livre 
transigência, por parte do Administrador, 
dos interesses públicos tutelados. Isso 
porque os bens e interesses não pertencem 
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ao gestor ou mesmo à Administração, 
cabendo aos agentes administrativos 
gerenciá-los e conservá-los em prol da 
coletividade. 
 
 
GABARITO: Certo 
 
34. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
O gestor público não pode livremente transigir sobre os interesses da Administração Pública. 
 
COMENTÁRIO 
O princípio da indisponibilidade do interesse público impede a livre transigência por parte do 
Administrador. Isso porque os bens e interesses não pertencem ao gestor ou mesmo à Administração, 
cabendo aos agentes administrativos gerenciá-los e conservá-los em prol da coletividade. 
 
GABARITO: Certo 
 
35. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Considerando o Regime Jurídico-Administrativo e suas peculiaridades, julgue o item abaixo: 
 
Eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, serão solucionadas 
concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do caso concreto. 
 
COMENTÁRIO 
O conceito de interesse público envolve duas concepções: 
INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO Interesse da coletividade 
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO 
 
Interesse do Estado, enquanto sujeito de 
direito. 
Com a concepção de Estado Democrático de Direito, relativiza-se a preponderância do interesse público 
secundário, que representa as aspirações da administração, em detrimento dos interesses do cidadão. 
A verticalidade, outrora concebida pela doutrina, não pode mais justificar atuações administrativas 
autoritárias e arbitrárias, notadamente aquelas que conspurquem direitos individuais consagrados 
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como fundamentais. O controle dos atos administrativos se impõe quanto há atuação do estado em 
confronto com os princípios e valores que norteiam o ordenamento jurídico. 
Em princípio, somente o interesse público primário se apresenta como superior. Conforme explica Luís 
Roberto Barroso, eventuais colisões entre o interesse público secundário e o interesse do particular, são 
solucionadas concretamente, mediante ponderação dos princípios e elementos normativos e fáticos do 
caso concreto. 
Fonte: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 
 
GABARITO: Certo 
 
36. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
A doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação para justificar a natureza jurídica 
da relação entre o Estado e seus agentes. 
 
COMENTÁRIO 
A questão está errada, pois a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria do órgão ou da 
imputação volitiva, e não a teoria da representação. 
 
Os entes da federação possuem personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e obrigações no nosso 
ordenamento jurídico. Dessa forma, surge a necessidade de explicar como uma ficção jurídica pode 
expressar sua vontade! 
 
Existem diversas teorias que tentam explicar essa manifestação de vontade por parte do Estado. As 
principais teorias apresentadas pela doutrina nacional são as seguintes: 
 
 
 
TEORIA DO MANDATO 
O Estado outorga a seus agentes um 
mandato para agir em seu nome. 
 
Críticas: 
• Não explica como o Estado transferiu 
poderes aos seus agentes. 
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• Retira do mandante a 
responsabilidades pelos atos praticados 
pelo mandatário. 
 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO 
O Estado seria representado por seus 
agentes. 
 
Críticas: 
• É inconsistente nivelar o estado ao 
incapaz, que necessita de representação. 
• O representado não responde por atos 
que extrapolem os poderes da 
representação. 
 
TEORIA DO ÓRGÃO 
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) 
O Estado manifesta sua vontade por meio 
dos órgãos que integram sua estrutura, de 
tal forma que quando os agentes públicos 
que estão lotados nos órgãos manifestam a 
sua vontade, esta é atribuída ao Estado. 
É a teoria mais aceita no nosso 
ordenamento jurídico. 
 
 
GABARITO: Errado 
 
37. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
Órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais e dotados 
de personalidade jurídica. 
 
COMENTÁRIO 
Segundo Helly Lopes Meirelles, órgãos públicos são centros de competência instituídos para o 
desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a 
que pertencem. Nenhum órgão possui personalidade jurídica própria. 
 
José dos Santos Carvalho Filho, destaca que apesar dos órgãos serem entes despersonalizados, os órgãos 
públicos representativos de poderes (ex: tribunais e casas legislativas) podem defender, em juízo, suas 
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prerrogativas constitucionais. Essa capacidade processual extraordinária é chamada de personalidade 
judiciária. 
 
GABARITO: Errado 
 
38. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
Os órgãos públicos são resultado da desconcentração administrativa. 
 
COMENTÁRIO 
A organização administrativa, tradicionalmente, se efetiva por meio de duas técnicas: a desconcentração 
e a descentralização. Os órgãos públicos são decorrência da desconcentração, e não da descentralização. 
Vejamos: 
 
 
DESCONCENTRAÇÃO 
Especialização de funções dentro da própria 
estrutura estatal, sem que isso implique a 
criação de uma nova pessoa jurídica. O 
resultado desse fenômeno é a criação dos 
órgãos públicos dentro da mesma estrutura 
hierárquica. 
 
DESCENTRALIZAÇÃO 
Representa a transferência da atividade 
administrativa para outra pessoa, física ou 
jurídica, integrante ou não do 
aparelhamento estatal. 
 
 
Fontes: Direito Administrativo. Vol.9. Fernando F. Baltar Neto e Ronny Charles L. Torres. 2018. Curso de 
Direito Administrativo. Rafael Carvalho Oliveira Rezende. 2017. 
 
GABARITO: Certo 
 
39. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Sobre os órgãos públicos, julgue o item abaixo: 
 
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Conforme a teoria do mandato, oEstado outorga a seus agentes um mandato para agir em seu nome. Porém, 
tal teoria recebe crítica doutrinaria por não explicar como o Estado transferiu poderes aos seus agentes. 
 
COMENTÁRIO 
 
 
TEORIA DO MANDATO 
O Estado outorga a seus agentes um 
mandato para agir em seu nome. 
 
Críticas: 
• Não explica como o Estado transferiu 
poderes aos seus agentes. 
• Retira do mandante a 
responsabilidades pelos atos praticados 
pelo mandatário. 
 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO 
O Estado seria representado por seus 
agentes. 
 
Críticas: 
• É inconsistente nivelar o estado ao 
incapaz, que necessita de representação. 
• O representado não responde por atos 
que extrapolem os poderes da 
representação. 
 
TEORIA DO ÓRGÃO 
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) 
O Estado manifesta sua vontade por meio 
dos órgãos que integram sua estrutura, de 
tal forma que quando os agentes públicos 
que estão lotados nos órgãos manifestam a 
sua vontade, esta é atribuída ao Estado. 
É a teoria mais aceita no nosso 
ordenamento jurídico. 
 
GABARITO: Certo 
 
40. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que concerne à organização da administração pública, julgue o item abaixo: 
 
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Existem diversas teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, sendo que 
a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria da representação. 
 
COMENTÁRIO 
A questão está errada, pois a doutrina e jurisprudência brasileiras adotam a teoria do órgão ou da 
imputação volitiva, e não a teoria da representação. 
 
Os entes da federação possuem personalidade jurídica, sendo sujeitos de direitos e obrigações no nosso 
ordenamento jurídico. Dessa forma, surge a necessidade de explicar como uma ficção jurídica pode 
expressar sua vontade! 
 
Existem diversas teorias que tentam explicar essa manifestação de vontade por parte do Estado. As 
principais teorias apresentadas pela doutrina nacional são as seguintes: 
 
 
TEORIA DO MANDATO 
O Estado outorga a seus agentes um 
mandato para agir em seu nome. 
 
Críticas: 
• Não explica como o Estado transferiu 
poderes aos seus agentes. 
• Retira do mandante a 
responsabilidades pelos atos praticados 
pelo mandatário. 
 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO 
O Estado seria representado por seus 
agentes. 
 
Críticas: 
• É inconsistente nivelar o estado ao 
incapaz, que necessita de representação. 
• O representado não responde por atos 
que extrapolem os poderes da 
representação. 
 
TEORIA DO ÓRGÃO 
(OU DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA) 
O Estado manifesta sua vontade por meio 
dos órgãos que integram sua estrutura, de 
tal forma que quando os agentes públicos 
que estão lotados nos órgãos manifestam a 
sua vontade, esta é atribuída ao Estado. 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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É a teoria mais aceita no nosso 
ordenamento jurídico. 
 
GABARITO: Errado 
 
41. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei 11.340/06 e o entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item: 
 
A prática de violência doméstica e familiar contra a mulher caracteriza dano moral. 
 
COMENTÁRIO 
“Toda mulher vítima de violência doméstica sofre abalo moral indenizável” (STJ, RESp 
1.643.051/MS). 
No julgado, a Corte Superior decidiu que se trata de situação de dano moral presumido (in re 
ipsa), de modo que a vítima não precisa comprovar o abalo moral propriamente dito, mas tão 
somente a existência de situação de violência no âmbito das relações domésticas e familiares. 
 
Sobre o tema, cabe ressaltar, ainda, outros julgados: 
“A posterior reconciliação entre vítima e agressor não afasta a necessidade de fixação do valor 
da reparação dos danos causados” (STJ, RESp 1.819.504). 
 
“O Ministério Público deve fazer o pedido em favor da mulher vítima de violência (STJ, AgRg 
no RESp 1894043). 
 
GABARITO: Certo 
 
42. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei 11.340/06 e o entendimento dos Tribunais Superiores, julgue o item: 
 
Excepcionalmente, é possível a aplicação do princípio da bagatela imprópria em casos de violência doméstica 
e familiar contra a mulher. 
 
COMENTÁRIO 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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“Não se admite a aplicação do princípio da bagatela imprópria em casos de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, dado o bem jurídico tutelado” (STJ, AgRg no HC 713415, 
j. 22/02/2022). 
 
O princípio da bagatela imprópria (irrelevância penal do fato) possui natureza jurídica de 
causa supralegal de extinção da punibilidade. Muitos magistrados aplicavam o postulado na 
hipótese de reconciliação entre autor e vítima, sendo a circunstância vedada segundo o 
entendimento da Corte Superior. 
 
GABARITO: Errado 
 
43. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
Segundo entendimento do STJ acerca da proteção da Lei Maria da Penha, no caso do crime de ameaça feito 
por meio de redes sociais na Internet, o juízo competente para o pedido de medidas protetivas será aquele 
onde a vítima tiver tomado conhecimento das intimidações. 
 
COMENTÁRIO 
Nas hipóteses de ameaças por meio de redes sociais como o Facebook e aplicativos como o 
WhatsApp, o juízo competente para o julgamento de pedido de medidas protetivas é aquele 
de onde a vítima tomou conhecimento das intimidações, por ser este o local de consumação 
do crime previsto pelo artigo 147 do CP. (STJ. 3ª Seção.CC 156.284/PR, 28/02/2018.). 
 
GABARITO: Certo 
 
44. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
O juiz deve assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses, à mulher que, por estar em 
situação de violência doméstica, necessite se afastar de seu local de trabalho. 
 
COMENTÁRIO 
Conforme inciso II do § 2.º do art. 9.º da Lei Maria da Penha, o juiz assegurará à mulher em 
situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica, 
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DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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a manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de trabalho, 
por até seis meses. 
 
GABARITO: Certo 
 
45. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro do boletim de ocorrência, a 
autoridade policial deverá encaminhar, imediatamente, a ofendida ao competente órgão de assistência 
judiciária. 
 
COMENTÁRIO 
A questão está errada porque a ofendida deverá ser encaminhada pelo juiz, e não pela 
autoridade policial, conforme dispõe o artigo 18 da Lei Maria da Penha: 
Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas: 
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência; 
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando 
for o caso; 
III - comunicar ao Ministério Público para que adote as providências cabíveis. 
 
GABARITO: Errado 
 
46. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
No que tange à Lei n. 11.340/2006, julgue o item: 
 
Se constatado que determinada servidora pública está em situação de violência doméstica e familiar, ela terá 
direito de acesso prioritário à remoção do órgão em que trabalha para preservação da sua integridade física. 
 
COMENTÁRIO 
Art. 9 da Lei Maria da Penha: § 2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência 
doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: 
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração direta 
ou indireta; 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
41GABARITO: Certo 
 
47. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência e 
encaminhado ao juiz, deverá este, ao analisar o registro, verificar se o agressor possui registro de porte ou 
posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a 
ocorrência à instituição responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte. 
 
COMENTÁRIO 
A Lei 13.880/19 inseriu no art. 12 o inciso VI-A, que dispõe que em todos os casos de violência 
doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade 
policial adotar, de imediato, dentre outros procedimentos, a obrigação de verificar se há em 
nome do agressor registro de posse ou porte de arma de fogo, e, em caso positivo, juntar aos 
autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição responsável pela 
concessão do registro ou da emissão do porte. Para concursos policiais, é extremamente 
necessária a leitura do art. 12 da Lei Maria da Penha. 
 
GABARITO: Errado 
 
48. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
As medidas protetivas de urgência deverão ser concedidas após manifestação do Ministério Público, no prazo 
máximo de 48 (quarenta e oito) horas. 
 
COMENTÁRIO 
Conforme dispõe o art. 19, §1º, da Lei n. 11.340/06, as medidas protetivas de urgência 
poderão ser concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de 
manifestação do Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado. 
 
GABARITO: Errado 
 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
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49. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
A patroa que agride a empregada doméstica que reside no local do emprego está sujeita às regras repressivas 
contidas na Lei 11.340/06. 
 
COMENTÁRIO 
Os Tribunais de Justiça já possuem entendimento pacífico sobre a possibilidade de a 
empregada doméstica figurar como vítima no âmbito da Lei Maria da Penha. Nesse sentido, 
confira-se: “DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. JUIZADO DE 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER. ESTUPRO. CRIME EM TESE 
PRATICADO POR MOTIVAÇÃO DE GÊNERO E CONTRA EMPREGADA DOMÉSTICA. INCIDÊNCIA 
DA LEI MARIA DA PENHA. A proteção e os benefícios previstos pela Lei Maria da Penha se 
aplicam no âmbito da relação empregatícia da mulher que presta serviços domésticos em 
residências de famílias, por força da previsão contida no inciso I do artigo 5o da Lei nº 
11.340/2006, que ampara as mulheres "sem vínculo familiar" e "esporadicamente 
agregadas". 2. Recurso conhecido e provido” (Acórdão n.994469, 20160510079955RSE, 
Relator: WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR 3ª TURMA CRIMINAL, Data de Julgamento: 
09/02/2017, Publicado no DJE: 22/02/2017. Pág.: 818/825). Cabe ressaltar que a violência 
deve-se basear no gênero, a ofensa deve evidenciar uma relação de poder e submissão do 
patrão sobre a empregada doméstica, devendo ela estar em situação de 
vulnerabilidade/dependência econômica e financeira do autor das agressões. 
 
GABARITO: Certo 
 
50. EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
 
Acerca da Lei Maria da Penha, julgue o item: 
 
O descumprimento de decisão que defere medidas protetivas de urgência configura crime punível com pena 
de até 2 (dois) anos de detenção, razão pela qual, na hipótese de prisão em flagrante, a autoridade policial 
poderá conceder fiança. 
 
COMENTÁRIO 
Nos termos do art. 24-A da Lei n. 11.340/06, descumprir decisão judicial que defere medidas 
protetivas de urgência previstas nesta Lei é crime punível com pena de detenção, de 3 (três) 
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RETA FINAL 
 
DELEGADO SANTA CATARINA 
 
SEMANA 01/12 
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meses a 2 (dois) anos. Porém, conforme dispõe o §2º do art. 24-A, na hipótese de prisão em 
flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança. 
 
GABARITO: Errado 
 
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