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segunda atividade avaliativa

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A concepção do Direito Natural nos períodos moderno e antigo apresenta algumas diferenças significativas.
Período Antigo:
Na filosofia do Direito do período antigo, o conceito de Direito Natural estava intrinsecamente ligado à ideia de uma lei ou ordem universal e imutável, que existia independentemente das leis criadas pelos seres humanos. Essa lei natural era vista como uma ordem cósmica e divina que refletia uma verdade absoluta e eterna.
Os filósofos do período antigo, como Platão e Aristóteles, consideravam que o Direito Natural estava enraizado na natureza humana e na razão, e que as leis humanas deveriam refletir essa ordem natural para serem consideradas justas. Para eles, o Direito Natural era uma fonte superior de autoridade e moralidade, que deveria orientar a criação e a aplicação das leis feitas pelos governantes.
Período Moderno:
Já no período moderno, a concepção do Direito Natural passou por uma mudança significativa. Com o advento da razão e do pensamento científico, houve uma busca por fundamentar o Direito em princípios racionais e seculares, em vez de fundamentá-lo em uma ordem divina ou sobrenatural.
Os filósofos do direito do período moderno, como Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, passaram a entender o Direito Natural como uma ordem que emergia da própria natureza humana, mas sem a necessidade de uma base divina. Eles argumentavam que os direitos naturais eram inalienáveis e universais, derivados da igualdade e liberdade intrínsecas a todos os seres humanos.
Esses pensadores modernos viam o Direito Natural como uma base para a crítica das leis criadas pelos governantes e defendiam a ideia de um contrato social como forma de estabelecer uma ordem justa e legítima na sociedade, onde os direitos individuais fossem respeitados e protegidos pelo Estado.
Em resumo, a concepção do Direito Natural nos períodos moderno e antigo difere em relação à fonte de sua fundamentação. Enquanto no período antigo, o Direito Natural estava associado a uma ordem cósmica e divina, no período moderno, ele passou a ser entendido como uma ordem racional e secular, derivada da natureza humana e dos direitos individuais.

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