Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Biomedicina DISCIPLINA: Hemoterapia e banco de sangue NOME DO ALUNO: Aline Maria Santana RA: 0400896 POLO DE MATRÍCULA: Dutra POLO DE PRÁTICA: São José dos Campos DATA DAS AULAS PRÁTICAS: 11/11/2023 DUTRA, 16 DE NOVEMBRO DE 2023 ATIVIDADE OBRIGATÓRIA Atividade obrigatória 1. Atividade obrigatória 2. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ROTEIRO: 1 AULA: 1 DATA DA AULA: 11/11/2023 Objetivo: Durante a Aula 1, o objetivo principal foi adquirir habilidades práticas em venopunção utilizando um sistema a vácuo. O foco estava na coleta de amostras de sangue em um braço de borracha, utilizando seringas e agulhas descartáveis, bem como tubos a vácuo. Além disso, foi fundamental compreender a importância de escolher os tubos adequados para diferentes tipos de análises, garantindo a correta sequência de coleta de venopunção. Procedimento: Nesta aula prática, realizei os seguintes procedimentos sob a orientação do professor: • Enrosquei a agulha no adaptador, assegurando-me de não remover a capa protetora de plástico da agulha. • Orientei o "paciente" sobre o procedimento a ser realizado, garantindo sua compreensão e cooperação. • Ajustei o garrote no braço de borracha e escolhi uma "veia" para a punção. • Realizei a antissepsia do local da coleta utilizando algodão umedecido em álcool 70%. • Realizei a punção na "veia" escolhida e, em seguida, inseri o tubo no suporte, pressionando- o até o limite. • Soltei o garrote assim que o sangue começou a fluir no tubo, permitindo a coleta adequada da amostra. • Separei a agulha do suporte com a ajuda do frasco desconectador, ou seja, o dispositivo apropriado, e a descartei no recipiente adequado destinado a materiais perfurocortantes. • Orientei o "paciente" a pressionar o local da punção com algodão, mantendo o braço estendido e sem dobrá-lo para evitar sangramentos excessivos. Durante a prática, aprendi que o volume de sangue aspirado pode variar de acordo com diversos fatores, como altitude, temperatura ambiente, pressão barométrica, validade do tubo, punção venosa e técnica de enchimento do tubo. Foi enfatizado que tubos com um volume de aspiração menor do que o indicado pode encher-se mais lentamente, o que pode afetar o processo de coleta e resultar em resultados imprecisos (Mendes, E. S, 2022). Conclusão: A aula prática de venopunção com sistema a vácuo foi fundamental para adquirir habilidades práticas necessárias na área da saúde. Aprendi a importância de seguir procedimentos rigorosos para garantir a coleta precisa de amostras de sangue. Compreendi que a escolha adequada dos tubos de coleta é crucial para obter resultados confiáveis em análises laboratoriais (Gonçalves, F. B, 2021). Além disso, a prática também destacou a importância da segurança na manipulação de materiais perfurocortantes, garantindo um ambiente de trabalho seguro tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. Porém, nós tivemos um desafio durante a execução, não era todas as vias de acesso do braço de borracha que estavam drenando amostra liquida, dificultando ainda mais nossa execução, mas isso não nos impossibilitou de realizar os procedimentos e ganhar experiência. Imagem 1: Teste de venopunção em braço de borracha. Fonte: Autoria própria. Imagem 2: Materiais utilizados para a venopunção. Fonte: Autoria própria. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ROTEIRO: 2 AULA: 1 DATA DA AULA: 11/11/2023 Objetivo: O objetivo da Aula 1 foi compreender a importância da tipagem sanguínea, um procedimento crucial para identificar o tipo de sangue antes de realizar transfusões. Este conhecimento é fundamental, pois ajuda a prevenir incompatibilidades entre doador e receptor, o que pode ser crítico em situações de emergência que exijam transfusões sanguíneas. Procedimento: Durante a aula prática de tipagem ABO, executei os seguintes procedimentos sob a orientação do professor: Direta: • Recebi a bula de instruções fornecida pelo fabricante dos kits de tipagem ABO direta. • Lavar as hemácias em solução salina 3X por 1 minuto a 2000 RPM. • Preparar uma suspenção de hemácias a 3% (970 ul de solução salina + 30 ul de hemácias). • Adicionar 1 gota de reagente. • Adicionar 1 gota de solução de hemácias a 3%. • Homogeneizar por 15 segundo a 3400 RPM. • Leitura. Reversa: • Adicionar a cada tubo 2 gotas de soro/ plasma. • Adicionar 1 gota das hemácias teste. • Homogeneizar. • 30 segundos a 1000 RPM. • Leitura. A tipagem ABO é uma etapa fundamental para garantir a segurança das transfusões de sangue. Durante a interpretação da bula de instruções, compreendi a relevância de seguir os procedimentos de forma precisa, garantindo a obtenção de resultados confiáveis (Romagnolo, A. G., 2019). Esta aula destacou a necessidade de se adotar um cuidadoso controle de qualidade ao realizar procedimentos de tipagem sanguínea, uma vez que erros podem ter consequências graves para os pacientes (Romagnolo, A. G., 2019). Conclusão: A aula prática de tipagem ABO foi valiosa para compreender a importância desse procedimento na área da saúde. A identificação correta do tipo sanguíneo é crucial para garantir a compatibilidade entre doador e receptor em transfusões sanguíneas, reduzindo os riscos de reações adversas. Além disso, a interpretação precisa das instruções dos kits de tipagem ABO é essencial para obter resultados confiáveis. Esta experiência prática me proporcionou uma base sólida para futuros procedimentos de tipagem sanguínea, preparando-me para desafios na área da hemoterapia e banco de sangue. Ademais, eu e minha equipe realizamos o teste em 2 amostras sanguíneas de estagiários, que deixaram para nós utilizarmos em aula, no entanto o resultado de cada uma delas foram: Imagem 3: Teste de tipagem ABO. Fonte: Autoria própria. Imagem 4: Materiais utilizados para teste. Fonte: Autoria própria. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ROTEIRO: 3 AULA: 1 DATA DA AULA: 11/11/2023 Objetivo: O objetivo da Aula 1 foi a compreensão da importância da tipagem sanguínea Rh, um teste essencial para determinar o fator Rh do sangue antes de realizar transfusões. A tipagem Rh é fundamental para prevenir incompatibilidades entre doador e receptor, especialmente em situações de emergência que possam requerer transfusões sanguíneas. Procedimento: Durante a aula prática de tipagem Rh, segui os seguintes procedimentos sob a orientação do professor: • Recebi as bulas de instruções fornecidas pelo fabricante dos kits de tipagem ABO direta e reversa. • Em conjunto com o professor, interpretei as bulas de instruções, tanto no que diz respeito ao procedimento quanto à interpretação dos resultados, tanto para a tipagem ABO direta quanto para a reversa, pois dessa forma, nós recebemos os antígenos e testamos cada um na amostra. A compreensão adequada das instruções dos kits de tipagem ABO direta e reversa é vital para obter resultados confiáveis e para garantir a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor. Durante a prática, pude perceber a importância de seguir rigorosamente os procedimentos para evitar erros que poderiam afetar negativamente os pacientes. Conclusão: A aula prática de tipagem Rh foi de grande valor na compreensão da importância da tipagem sanguínea em transfusões de sangue. A identificação do fator Rh é crucial para prevenir incompatibilidades sanguíneas e reações adversas em pacientes que recebem transfusões, onde o fator Rh do sangue, também conhecido como o sistema Rh, é um componente importante do grupo sanguíneo humano. Ele se refere à presença ou ausência de uma proteína chamada antígeno Rh na superfície das células vermelhas do sangue. Se uma pessoa possui essa proteína em suas células vermelhas, ela é consideradaRh positiva (Rh+), enquanto aqueles sem essa proteína são Rh negativos (Rh-). O fator Rh é relevante principalmente durante a gravidez, pois uma mulher Rh- que concebe um filho com um pai Rh+ pode estar em risco de desenvolver uma reação imunológica que afeta as gestações subsequentes, chamada de doença hemolítica do recém-nascido. O conhecimento do fator Rh é crucial para evitar complicações nesses casos e para garantir a saúde da mãe e do bebê (Barbosa, F. C. P., 2006). Em resumo, o fator Rh do sangue é uma característica importante que desempenha um papel significativo na medicina, especialmente na obstetrícia, e sua presença ou ausência pode ter implicações cruciais na saúde e na compatibilidade sanguínea entre doadores e receptores de sangue. Dessa forma, a interpretação correta das instruções dos kits de tipagem ABO direta e reversa é essencial para garantir resultados precisos. No entanto, em nossa aula prática, nós utilizamos os antígenos para a realização dos testes de tipagem Rh, obtendo assim os seguintes resultados: DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ROTEIRO: 1 AULA: 2 DATA DA AULA: 11/11/2023 Objetivo: O objetivo da Aula 2 foi compreender e realizar os testes de Coombs direto e indireto, dois procedimentos essenciais na área da imunohematologia. O teste de Coombs direto permite identificar a presença de anticorpos fixados nas hemácias, enquanto o teste de Coombs indireto é utilizado para detectar anticorpos antieritrocitários no soro. Procedimento: Durante a aula prática de Teste de Coombs Direto e Indireto, executei os seguintes procedimentos: Teste Coombs Direto: • Preparei uma suspensão de hemácias a 3% em PBS. • Em um tubo limpo (10 x 75 mm), adicionei uma gota da suspensão celular. • Lavei as hemácias 3 vezes em PBS, garantindo a remoção completa do sobrenadante e a ressuspensão das células após cada lavagem. • Adicionei gotas de soro antiglobulina humano poliespecífico às hemácias secas. • Misturei bem e centrifugei a 3500rpm em centrífuga sorológica por 20 segundos. • Ressuspendi as células, agitando suavemente, e realizei a leitura macroscópica. Teste Coombs Indireto: • Em um tubo (10 x 75 mm), adicionei 2 gotas do soro a ser analisado. • Adicionei uma gota de suspensão a 3% de hemácias, que foram lavadas 3 vezes e ressuspensas em PBS. • Misturei e incubei a 37 ºC por 45 minutos. • Lavei as hemácias 3 vezes em PBS, garantindo a remoção completa do sobrenadante e a ressuspensão das células após cada lavagem. • Adicionei gotas de soro antiglobulina humano poliespecífico às hemácias secas. • Misturei bem e centrifugei a 3500 rpm em centrífuga sorológica por 20 segundos. • Ressuspendi as células, agitando suavemente, e realizei a leitura macroscópica. Foi importante notar que agitar as células de forma muito intensa poderia resultar no desaparecimento de uma aglutinação fraca, destacando a necessidade de manuseio cuidadoso durante o processo. Conclusão: O teste de Coombs, também conhecido como teste de Coombs direto e teste de Coombs indireto, é um exame de laboratório usado para detectar a presença de anticorpos no sangue que podem causar a destruição das células vermelhas do sangue. Esse teste é essencial para o diagnóstico e o monitoramento de condições médicas relacionadas à destruição anormal das células vermelhas, como a anemia hemolítica autoimune, a doença hemolítica do recém-nascido e outras doenças autoimunes (Vizzon, A. G., 2015). Existem dois tipos principais de teste de Coombs: • Teste de Coombs Direto (TCD): Neste teste, uma pequena amostra de sangue do paciente é misturada com um reagente que contém anticorpos anti-IgG. Se houver anticorpos IgG aderidos às células vermelhas do sangue do paciente, isso indica a presença de anticorpos ou complementos na superfície das células, o que pode estar causando sua destruição. Isso é útil para diagnosticar a anemia hemolítica autoimune e outras condições em que o sistema imunológico ataca as próprias células vermelhas do sangue. • Teste de Coombs Indireto (TCI): Neste teste, uma amostra de sangue do paciente é misturada com células vermelhas do sangue de um doador conhecido por ter um tipo de sangue específico. Se o sangue do paciente contiver anticorpos contra o tipo de sangue do doador, os anticorpos se ligarão às células do doador, e isso pode ser detectado. O TCI é frequentemente usado para verificar se uma pessoa possui anticorpos Rh ou outros anticorpos que podem causar problemas durante a gravidez, como na doença hemolítica do recém-nascido. Em resumo, o teste de Coombs desempenha um papel importante na detecção e no diagnóstico de distúrbios relacionados à destruição das células vermelhas do sangue devido a reações imunológicas e é uma ferramenta valiosa para o monitoramento e o tratamento dessas condições. A aula prática de Teste de Coombs Direto e Indireto forneceu uma compreensão valiosa das técnicas utilizadas na imunohematologia. Esses testes desempenham um papel crítico na identificação de anticorpos fixados nas hemácias e no soro, sendo fundamentais para prevenir reações adversas em transfusões sanguíneas. A interpretação correta dos resultados e a atenção aos detalhes durante cada etapa do procedimento são cruciais para garantir a precisão dos testes. Dessa forma, realizamos o teste de Coombs nas amostras que já tínhamos, confirmando assim todos os resultados anteriores. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS ROTEIRO: 2 AULA: 2 DATA DA AULA: 11/11/2023 O caso clínico apresenta uma série de eventos complexos relacionados a uma paciente pediátrica com neuroblastoma que recebeu transfusões de concentrado de hemácias (CHFI) e subsequentemente desenvolveu uma reação transfusional hemolítica. Analisando os eventos e discutindo as possíveis hipóteses e condutas: • Primeira transfusão: A paciente recebeu uma transfusão de CHFI com um grupo sanguíneo A positivo (PAI) e um grupo sanguíneo paterno (PAI) negativo. • Segunda transfusão: Após 48 horas, a paciente foi admitida em outro hospital e prescreveram outra transfusão de CHFI. No entanto, durante os testes pré-transfusionais, foi identificada hemólise na amostra, com a prova de compatibilidade positiva, o que sugeriu uma reação transfusional imune. • Terceira amostra (120 horas após a primeira transfusão): Após a notificação da reação transfusional, as amostras da paciente foram retestadas. Notavelmente, a terceira amostra não apresentou indícios de reação transfusional, incluindo um título de anticorpo indetectável. Hipóteses para as situações descritas: A) Reação transfusional hemolítica: A presença de hemólise na segunda amostra, juntamente com a prova de compatibilidade positiva, indica que a paciente provavelmente experimentou uma reação transfusional hemolítica causada por anticorpos do sistema do grupo sanguíneo ABO ou do sistema RhD, possivelmente devido a incompatibilidade entre a unidade de sangue transfundida e o grupo sanguíneo da paciente. B) Resolução espontânea: A ausência de indícios de reação transfusional na terceira amostra pode sugerir que a reação inicial foi temporária e resolvida, ou que a segunda unidade de sangue transfundida era compatível com a paciente. A ausência de anticorpos irregulares na terceira amostra também é relevante. Condutas a serem adotadas: • Investigação completa: É importante realizar uma investigação completa para determinar a causa da reação transfusional hemolítica. Isso pode incluir a identificação precisa dos anticorpos envolvidos e a confirmação da compatibilidade da unidade de sangue transfundida. • Avaliação clínica: A paciente deve ser avaliada clinicamente para monitorar a gravidade dos sintomas relatados, como febre, urina escura, icterícia e dor abdominal. O acompanhamento médico adequado é fundamental. • Monitoramento imunohematológico: O monitoramento regular dos anticorpos irregulares e das provas de compatibilidadeé necessário para verificar se há recorrência da reação transfusional hemolítica. • Considerações futuras: Em futuras transfusões, deve-se garantir que as unidades de sangue sejam compatíveis com o grupo sanguíneo da paciente, e a possibilidade de uma reação transfusional deve ser considerada cuidadosamente. • Consulta com especialistas: Consultar um hematologista ou um imunohematologista é fundamental para o diagnóstico e o acompanhamento adequado deste caso clínico complexo. REFERÊNCIAS BARBOSA, F. C. P. et al. Hemosul de Campo Grande, MS-Levantamento do perfil socioeconômico, cultural, tipagem abo e do fator rh dos doadores de sangue. Campo Grande: Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, 2006. GONÇAVES, F. B. Hemoterapia e banco de sangue. São Paulo: Editora Sol, 2021. MENDES, E. S., et al. Guia prático de coleta de sangue venoso para obtenção de fibrina rica em plaquetas. Rio de Janeiro: Revista Fluminense de Odontologia, 2022. ROMAGNOLO, A. G. Imunossensor para tipagem sanguínea ABO. Araraquara: Unesp, 2019. VIZZON, A. G. et al. Teste da antiglobulina humana: uma revisão de literatura. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2015.
Compartilhar