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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS CURSO DE ECOLOGIA DISCIPLINA: CARTOGRAFIA AMBIENTAL PROFESSOR: FRANCISCO DE ASSIS DE OLIVEIRA Coordenadas retangulares ou planas (UTM). Projeção universal transversa de Mercator Segundo Snynder (1987), projeção Universal Transversa de Mercator, foi o nome adotado pelo serviço de cartografia do exército dos Estados Unidos em 1947, para designar a projeção utilizada na elaboração em grande escala de mapas militares na segunda guerra mundial. As cartas elaboradas no sistema de coordenadas planas, para atender às necessidades militares, segundo Richardus (1974), deveriam atender aos critérios específicos, discriminados a seguir: _ conforme, para minimizar erros direcionais, _ “continuidade”, das áreas cobertas, com um mínimo número de zonas, _ erros de escala causados pela projeção não devem exceder uma tolerância especificada, _ referência única para o sistema de coordenadas planas para todas as zonas, _ fórmulas de transformação de uma zona para outra uniforme, para um elipsóide de referência, _ convergência meridiana não deve exceder dos cinco graus. A U.G.G.I (União Geodésica e Geofísica Internacional) recomendou, em 1951, esta projeção para ser aplicada no mundo inteiro. Esta recomendação foi seguida pelo Brasil a partir de 1955, quando foi adotada esta projeção pela diretoria do serviço geográfico do IBGE para o mapeamento sistemático nacional. Esta projeção, do ponto de vista do método construtivo de elaboração, é classificada como analítica; segundo a superfície adotada é classificada por desenvolvimento, sendo a superfície desenvolvível um cilindro transverso secante ao elipsóide; e, segundo a propriedade que conserva, é classificada como conforme. O cilindro, ao ser transverso, tem seu eixo contido no plano do equador, por ser secante tem seu diâmetro menor que o modelo e conseqüentemente gera duas linhas de contato entre o cilindro e o modelo (Figura 10). Figura 10. Cilindro transverso e secante ao modelo Ao aplicar esta projeção, os pontos estão teoricamente localizados sobre o elipsóide, são projetados sobre o cilindro secante e, posteriormente o cilindro é desenvolvido em um plano. Os pontos a mapear ficam limitados a uma parte do modelo chamado fuso. As características mais importantes desta projeção são: _ Elipsóide dividido em Fusos de 6º de amplitude em longitude (sentido leste-oeste), resultando portanto em 60 fusos; os fusos são numerados a partir do anti-meridiano de Greenwich para o leste (observador localizado no anti- meridiano de Greenwich). A numeração é feita da seguinte maneira : fuso no 01, limitado pelas longitudes 180º W e 174º W fuso no 02, limitado pelas longitudes 174º W e 168º W ......................................................................................... ......................................................................................... ......................................................................................... ......................................................................................... fuso no 30, limitado pelas longitudes de 6º W e 0º ......................................................................................... ......................................................................................... ......................................................................................... fuso no 60, limitado pelas longitudes de 174º E e 180º E A longitude limite do fuso é múltipla de seis e coincide com a carta internacional ao milionésimo. A longitude do meridiano central do fuso é igual à longitude do meridiano limite leste do fuso mais três graus. Cada fuso consiste em um sistema parcial de coordenadas. Para determinar os números dos fusos do Brasil e seus respectivos limites, é só consultar o mapa da Figura 11, onde é apresentado o território nacional dividido em fusos UTM. A partir do equador, tanto no sentido norte como no sentido sul em latitude, a figura apresenta divisões de 4o em 4o coincidindo com as quadrículas da carta internacional ao milionésimo. O meridiano central e as linhas de tangência formam retas paralelas. Os fusos se superpõem nas proximidades dos pólos, o que impossibilita o mapeamento de áreas próximas aos mesmos. _ Latitude de origem: equador. Longitude de origem: meridiano central do fuso (a longitude do meridiano central é um múltiplo de seis, acrescido de três graus). _ Aplicável entre as latitudes de 84º norte e 80º sul. Richardus (1974) e IBGE (1995) especificam como limite norte para aplicação desta projeção 84º de latitude. Outros autores especificam 80º . _ As respectivas transformadas, do equador e do meridiano central de cada fuso, são representadas por linhas retas na projeção. As transformadas dos paralelos são curvas convexas, com as convexidades orientadas para a linha do equador; as transformadas dos meridianos (exceto do meridiano central) são curvas côncavas, com a concavidade orientada para o meridiano central (Figura 12). Origem da coordenada plana E (do inglês est, e que corresponde à coordenada X do sistema cartesiano): meridiano central do fuso. Por convenção, atribui-se ao meridiano central do fuso a constante 500.000m; esta constante evita trabalhar com coordenadas negativas dentro do fuso. Esta translação de 500.000m denomina-se falso este. A variação da coordenada E, na linha do equador, variará aproximadamente entre 167.000m e 833.000m. _ Origem da coordenada plana N (do inglês north, corresponde à coordenada Y do sistema cartesiano) é a linha do equador. Para o hemisfério sul a linha do equador tem o valor de N igual a 10.000.000m. O valor de N no hemisfério sul diminui no sentido do pólo sul, o que significa que a constante 10.000.000m evita também de trabalhar com coordenadas negativas. Para o hemisfério norte, N é igual a zero para a linha do equador, aumentando no sentido do pólo norte. Como as coordenadas planas (N, E) repetem-se em cada fuso, quando se localiza um ponto por meio destas coordenadas UTM, deve indicar-se a que fuso pertence este ponto, para evitar ambigüidade. A letra N, que representa uma das coordenadas UTM, não se deve confundir com a grande normal ou a altura elipsoidal, parâmetros que também são representados com a mesma letra N, pela maioria dos autores da área de Geodésia. _ Coeficiente de deformação linear (chamado também de fator de escala) no meridiano central, ko = 0,9996. Este valor de ko obtém-se da fórmula: significando que o erro de escala fica limitado, dentro de cada fuso, a: 1/2.500. Este fator de escala aumenta a partir do meridiano central, tanto no sentido leste como no sentido oeste, alcançando o valor 1, nos meridianos de tangência, e chega o fator de escala a seu valor máximo no limite do fuso. A variação de escala é lenta e uniforme em torno de um ponto (teoricamente a escala é válida apenas para um ponto, porém, escala de um ponto não tem sentido na prática), e esta lenta variação implica que a escala pode ser considerada constante ou uniforme para áreas pequenas. A variação de escala indica que a carta elaborada na projeção UTM, não tem escala única, tem áreas que são reduzidas e áreas que são ampliadas. Na projeção, a área de redução está compreendida entre as linhas de tangências, enquanto, que as áreas de ampliação estão compreendidas entre as linhas de tangência e os extremos dos fusos. As áreas de redução e ampliação, em perspectiva e em corte, estão representadas na figura 13. Fator de escala para uma determinada região: O fator de escala para uma determinada região, pode ser calculado pela fórmula aproximada dada por Richardus apresentada a seguir: k = fator de escala para uma determinada região k0 = 0,9996 fator de escala no meridiano central do fuso E' = distância naprojeção existente entre o ponto e o meridiano central R = raio médio da terra, calculado por: sendo: M - raio de curvatura da seção meridiana calculada pela fórmula: N - grande normal calculada pela fórmula: onde: a = semi-eixo maior do elipsóide e2 = primeira excentricidade j = latitude geodésica É aconselhável calcular o coeficiente de deformação, aplicando uma das fórmulas, para o ponto de coordenadas geodésicas médias da área levantada. Ao mapear ou levantar uma área usando a projeção UTM, sempre se deve especificar qual é o elipsóide tomado como modelo, e qual é o datum horizontal ao qual estão amarradas as coordenadas UTM, E e N, haja vista que elipsóides diferentes e/ou data diferente fatalmente conduzem a valores de coordenadas E e N diferentes. ZONAS UTM No item anterior viu-se que o sistema de projeção UTM divide o elipsóide em fusos de 6º graus de amplitude em longitude. Essas divisões alguns autores chamam também de zonas. Aqui, este termo, zona, para não haver confusão semântica, será reservado exclusivamente para o conceito explicado a seguir. Na direção sul-norte, cada fuso UTM é subdividido em latitude, a partir do equador para o sul e para o norte de 8o em 8o, sendo a última do sul e a última subdivisão do norte de 10o, perfazendo um total de 22 subdivisões; portanto, foram formadas quadriculas de 6º em longitude por 8o em latitude, exceto a última para o norte e a última para o sul, que formam quadrículas de 6º por 10º. A quadricula compreendida entre as latitudes de 90º sul e 80º sul, é atribuída a letra C; à segunda, no sentido norte, D; e assim sucessivamente até chegar a X que corresponde à ultima quadrícula compreendida entre 80onorte e 90onorte, perfazendo um total de 22 quadrículas. Cada quadrícula pode ser identificada pelo número do fuso e pela letra correspondente à subdivisão. Assim, por exemplo, um ponto de latitude 30º S, e de longitude de 52º W, está inserido no fuso 22 subdivisão J. Esta identificação pode ser resumida por: 23-J. Esta combinação de algarismo alfa-numérico denomina-se Zona. A Figura 14 mostra o Brasil dividido em fusos e Zonas UTM. Os receptores GPS, que aceitam coordenadas UTM, na função de edição de pontos, solicitam ao usuário a indicação da Zona a que pertence o ponto editado, depreendendo- se disto a importância das zonas UTM. As quadrículas da projeção UTM, chamadas aqui de Zonas, não se as devem confundir com as zonas da carta internacional ao milionésimo, que são quadriculas de 6º de longitude por 4º de latitude. ÍNDICE DE NOMENCLATURA E ARTICULAÇÃO DE FOLHAS Este índice tem origem nas folhas ao Milionésimo, e se aplica a denominação de todas as folhas de cartas do mapeamento sistemático (escalas de 1:1.000.000 a 1:25.000). A Figura abaixo apresenta a referida nomenclatura. Para escalas maiores que 1:25.000 ainda não existem normas que regulamentem o código de nomenclatura. O que ocorre na maioria das vezes é que os órgãos produtores de cartas ou plantas nessas escalas adotam seu próprio sistema de articulação de folhas, o que dificulta a interligação de documentos produzidos por fontes diferentes. Existem dois sistemas de articulação de folhas que foram propostos por órgãos envolvidos com a produção de documentos cartográficos em escalas grandes: O primeiro, proposto e adotado pela Diretoria de Eletrônica e Proteção ao vôo (e também adotado pela COCAR), se desenvolve a partir de uma folha na escala 1:100.000 até uma folha na escala 1:500. O segundo, elaborado pela Comissão Nacional de Região Metropolitana e Política Urbana, tem sido adotado por vários órgãos responsáveis pela Cartografia Regional e Urbana de seus estados. Seu desenvolvimento se dá a partir de uma folha na escala 1:25.000 até uma folha na escala 1:1.000. Nomenclatura das cartas do mapeamento sistemático MAPA ÍNDICE Além do índice de nomenclatura, dispomos também de um outro sistema de localização de folhas. Neste sistema numeramos as folhas de modo a referenciá-las através de um simples número, de acordo com as escalas. Assim: - para as folhas de 1:1.000.000 usamos uma numeração de 1 a 46; - para as folhas de 1:250.000 usamos uma numeração de 1 a 550; - para as folhas de 1:100.000, temos 1 a 3036; Estes números são conhecidos como "MI" que quer dizer número correspondente no MAPA-ÍNDICE. O número MI substitui a conFigura ção do índice de nomenclatura para escalas de 1:100.000, por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV corresponderá o número MI 2215. Para as folhas na escala 1:50.000, o número MI vem acompanhado do número (1,2,3 ou 4) conforme a situação da folha em relação a folha 1:100.000 que a contém. Por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV-3 corresponderá o número MI 2215-3. Para as folhas de 1:25.000 acrescenta-se o indicador (NO,NE,SO e SE) conforme a situação da folha em relação a folha 1:50.000 que a contém, por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV-3-NO corresponderá o número MI 2215-3-NO. A aparição do número MI no canto superior direito das folhas topográficas sistemáticas nas escalas 1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000 é norma cartográfica hoje em vigor, conforme recomendam as folhas-modelo publicadas pela Diretoria de Serviço Geográfico do Exército, órgão responsável pelo estabelecimento de Normas Técnicas para as séries de cartas gerais, das escalas 1:250.000 e maiores. Origem das coordenadas UTM A origem das medidas do quadriculado é o cruzamento do meridiano central com o equador, ao qual foram atribuídos arbitrariamente os seguintes valores: para o meridiano central, 500.000 m E, determinando as distâncias em sentido leste/oeste, e para o equador, 10.000.000 m para o hemisfério sul, e 0 m pa ra o hemisfério norte (Figura 17). Origem das coordenadas UTM Assim, localizam-se: · longitude de um ponto à direita do meridiano central de uma zona ou fuso como sendo a distância, em metros, entre esse ponto e o meridiano central, somada aos 500.000 m para se obter o valor quadricular real do ponto; · a longitude de um ponto à esquerda do meridiano central como sendo a distância, em metros, entre esse ponto e o meridiano central, deduzida de 500.000 m para obter-se o valor quadricular real do ponto; · a latitude de um ponto a sul do equador como sendo a distância, em metros, entre esse ponto e o equador, deduzida de 10.000.000 m para obter-se o valor quadricular real do ponto - este valor refere-se como norte (N), porque aumenta do sul para o norte; · a latitude de um ponto a norte do equador como sendo a distância, em metros, entre esse ponto e o equador, somada a 0 m para obter-se o valor quadricular real do ponto. Este valor também se refere como N quadricular, porque aumenta para o norte. Para o Brasil, quase totalmente inserido no hemisfério sul, considera -se as coordenadas acima do equador, crescendo sequencialmente, a partir dos 10.000.000 m adotados para as áreas do hemisfério sul, ou seja, não se considera o queador como 0 m, para contagem das coordenadas da porção do Brasil situada no hemisfério norte. A simbologia adotata para as coordenadas UTM é: N - para as coordenadas nortesul; e E - para as coordenadas leste-oeste. Logo, uma localidade qualquer será definida no sistema UTM pelo par de coordenadas E e N. Cada fuso UTM possui meridiano central com uma taxa de deformação em escala o fator K = 09996 para pontos sobre o meridiano central o qual recebe a designação de Ko. Para qualquer outro ponto dentro do fuso o coeficiente de deformação linear é dado pela seguinte formulação: Onde: o é o meridiano central do fuso UTM, é o meridiano do lugar, é a latitude do lugar, Ko é o coeficiente de deformação linear no meridiano central e K é o coeficiente de deformação linear do lugar. Os sistemas de coordenadas comumente usados para representar os dados espaciais são: latitude/longitude e UTM (UniversalTransversa de Mercator). O conhecimento acerca do fuso é fundamental para o posicionamento correto das coordenadas do sistema UTM. O seu cálculo pode ser efetuado facilmente através da seguinte fórmula: Fuso = inteiro ((180 ± )/6 + 1 Usa-se o sinal (+) para longitudes leste de Greenwich e (-) para longitudes oeste de Greenwich. O registro de dados da superfície a partir do sistema de coordenada UTM é um processo relativamente simples, sendo portanto o sistema mais utilizado. No entanto, todos os dados têm que ser registrados no mesmo sistema de coordenadas, caso contrário não serão possíveis sobreposição e/ou cruzamento dos mesmos por meio de um SIG. Por exemplo, um ponto com coordenadas de 6.682.000m S e 476.000m WGR, significa que o ponto esta: - 10.000.000m – 6.682.000m = 3.318.000m do Equador e; - 500.000m – 476.000m = 24.000m a oeste do MC. APLICAÇÕES E USO LEITURA DE COORDENADAS Na leitura de coordenadas geográficas ou planimétricas de um ponto, em uma carta ou mapa, empregamos conhecimentos matemáticos elementares tais como conceito de segmentos proporcionais e regra de três simples. A leitura de coordenadas é uma tarefa que deve ser executada com cuidado e atenção. A determinação de um ponto na carta, mediante as suas coordenadas planas E e N ou a sua latitude e longitude é um processo usado no sentido de situar um detalhe cartográfico, como o cruzamento de estradas, a foz de um rio, a torre de uma igreja, etc. No caso de se ter os valores das coordenadas e quando se precisa marcá-lo na carta, é necessário em primeiro lugar, verificar, de acordo com os valores das coordenadas em questão quais os dois pares do grid (UTM) ou paralelos e meridianos (geográficas) que abrangem o ponto a ser determinado. Para fazermos as medições, escolhemos preferencialmente uma extensão em centímetros (ou milímetros) que corresponda a um múltiplo do valor encontrado no intervalo entre os pares do grid (metros) ou paralelos e meridianos (graus, minutos, segundos) e que exceda a medida entre eles. COORDENADAS GEOGRÁFICAS Locar na escala 1:1.250.000 o ponto correspondente à Faz. Água da Prata, cujas coordenadas são: ϕ = 22º 50' 42" S λ = 53º 47' 34" W.Gr. Os pares de paralelos em questão são os de 22º 45’ e 23º 00’ e os pares de meridianos, 53º 45’ e 54º 00’. Usamos uma régua graduada com extensão de 15 cm (150 mm) e medimos o intervalo entre os paralelos e meridianos, com a finalidade de estabelecermos uma relação entre este intervalo, em graus, minutos e segundos e a distância gráfica entre eles, em milímetros. A medição deve ser feita fazendo coincidir o início da graduação da régua (zero) com o paralelo ou meridiano de menor valor e a maior graduação escolhida (quinze), com o de maior valor. 1º) Marcação de latitude: Verificar: - Intervalo entre os paralelos: 15’ = 900” 150 mm 900” ⇒ - Distância gráfica entre eles: 150 mm Ou seja, a cada 1 mm correspondem 6” - Latitude indicada na carta: 22º 45’ - Latitude da Faz.: 22º 50’ 42” Para a latitude desejada faltam: 5’ 42” = 342” Logo, x = 42,222 mm = 57 mm Posicionamos a régua e marcamos dois pontos afastados um do outro, com o valor encontrado (57 mm), ligando-os a seguir e traçando uma reta horizontal, ou marcamos um único ponto e, com um esquadro, traçamos uma reta horizontal paralela ao paralelo. 2º) Marcação da longitude: Verificar: - Intervalo entre os meridianos: 15’ = 900” - Distância gráfica entre eles: 150 mm 1 mm x Ou seja, a cada 1 mm correspondem 6” Ou seja, a cada 1 mm correspondem 6’’ Longitude indicada na carta: 53º 45’ - Longitude da Faz.: 53º 47’ 34” Para a longitude desejada faltam: 2’ 34” = 154” Logo, X = 25,6 mm O procedimento é o mesmo que o adotado para a latitude, ou seja, posicionamos a régua e marcamos o valor de 25,6mm em dois pontos diferentes, ligando-os e traçando assim, uma reta vertical, ou marcamos um único ponto e, com um esquadro, traçamos uma reta vertical paralela ao meridiano. No cruzamento entre as duas retas traçadas estará o ponto desejado, determinado pelas coordenadas dadas, ou seja, a Faz. Água da Prata. (Figura 5.1) Marcação de coordenadas geográficas COORDENADAS PLANIMÉTRICAS O procedimento para marcação de um ponto de coordenadas planas conhecidas é o mesmo utilizado para coordenadas geográficas. Ex: Locar o ponto A, em uma carta na escala 1:50.000, cujas coordenadas planimétricas são: N = 7.368.700 m E = 351.750 m 1º) Marcação da Coordenada N: Para marcarmos a coordenada N, as linhas do grid em questão são as de valores 7.368.000m e 7.370.000m representados na carta por 73 68 e 73 70, respectivamente. O intervalo entre as linhas do grid é de 2.000 m. Se usarmos uma distância gráfica de 10 cm (100 mm), a cada 1 mm corresponderão 20 m, sendo este o erro máximo que poderá ser cometido. Estabelecemos uma relação entre o intervalo de 2.000 m (distância real no terreno) e a distância gráfica estabelecida: Ou seja, a cada 1 mm na régua, correspondem 20 m no terreno. Já temos na carta a linha do grid de valor 7.368.000m ( 73 68), precisamos portanto acrescentar 700 m para a coordenada dada. Medimos 35 mm na carta, dentro do intervalo entre as linhas do grid, partindo da menor para a maior coordenada, ou seja, 73 68 para 73 70 e marcamos um ponto, traçando a seguir uma reta horizontal passando por este ponto. (Figura 5.2). 2º) Marcação da Coordenada E: As linhas do grid em questão são as de valores 350.000 m e 352.000 m cujos valores na carta são representados por 3 50 e 3 52 respectivamente. Assim como no caso da coordenada N, encontraremos os mesmos valores de intervalo entre as linhas do grid e a distância gráfica entre elas, portanto a relação é a mesma, ou seja, a cada 1 mm correspondem 20 m. Na carta já temos a linha do grid de valor 350.000 m ( 3 50), portanto, para a coordenada do ponto precisamos acrescentar 1750 m. Medimos 87,5 mm na carta, dentro do intervalo entre as linhas do grid, partindo da menor para a maior coordenada, ou seja, de 3 50 para 3 52 e marcamos um ponto, traçando a seguir uma reta vertical passando por este ponto. No cruzamento entre as duas retas traçadas estará localizado o ponto A desejado, determinado pelas coordenadas dadas. (Figura 5.2). Figura 5.2 - Marcação do ponto A através das suas coordenadas UTM. Para lermos as coordenadas (geográficas ou planimétricas) de um ponto qualquer em uma carta ou mapa, o processo é o mesmo, apenas, ao contrário de acharmos a medida em milímetros para marcamos na carta, mediremos a distância da referência (linhas do grid ou paralelos e meridianos) até o ponto desejado e calcularemos em metros ou graus, minutos e segundos obtendo assim as coordenadas desejadas.