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A Pratica Farmaceutica na Manipulacao de Medicamentos 3ed_u-361

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A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos 357 
parcialmente preenchido com lactose ou outro diluente inerte, e o comprimido ou a 
cápsula contendo o f:írmaco é disfarçado pela sua inserção no invólucro contendo o 
d iluente. Se essa técnica for usada para encapsular um co1nprin1ido, ele pode ser partido 
e1n duas partes, para que u1na pequena cápsula possa ser usada. Isso é especialinente 
importante na preparação de cápsulas destinadas a pacientes idosos e crianças, que po-
dem apresentar n1aior dificuldade de degluti-las. Essa técnica é ilustrada na Figura 3 e é 
utilizada no Exen1plo de Prescrição 26.2. 
10. Procedimento para a 1nanipulaçâo de cápsu las con1 ingredientes líquidos. 
a. Fárn1acos líquidos, soluções ou dispersões de fárn1acos podern ser envoltos por uma cápsula 
se o material desta não for solúvel no líquido. 
b. Deve ser ton1ado cuidado para assegurar que o líquido não vaze durante o ar1nazena111ento 
ou o uso. 
(11 Vazamentos podem ser minimizados pela vedação da tarnpa da cápsula ao corpo, pelo 
umedecimento prévio da borda interna da tampa antes do fechamento da cápsula. Isso 
pode ser realizado co1n auxílio de un1 cotonete, previan1ente mergulhado em água ou 
em unia solução hid roalcoolica. 
(2) Várias marcas de invólucros de cápsulas possuem ranhuras que permitem que a tampa se 
encaixe perfeitamente no corpo da cápsula. Se possível, use invólucros de cápsulas desse 
tipo para evitar o vaza1nento de líquidos. 
(3) Un1 terceiro método consiste em 1nistu rar o !arn1aco líquido com um material fundido 
no qual ele é 1niscível, que seja sólido em temperatura ambiente, 1nas que funda à tem-
peratura corporal ou se dissolva no flu ido aquoso do estômago. A solução do fá rmaco 
desse material fundido é adicionada na forn1a líquida no invólucro. Como o 111aterial se 
solidifica à temperatura ambiente, ele se solidificará e não vazará do interior do invólu-
cro durante o armazenamento ou o uso. Exemplos de tais veículos são as bases graxas e 
1nisturas de polieti lenoglicóis. 
e. A cápsula pode ser preenchida con1 líquidos volumetricamente, utilizando seringa, conta-
-gotas ou pipeta graduada. 
d. Os líquidos podem ser igualmente encapsulados por meio de pesagem. 
Preenchimento de cápsulas com ingredientes líquidos. 
(1) Coloque o corpo do invólucro das cápsulas em um suporte. (O suporte pode ser tão sim-
ples corno a tampa de unia caixa com furos que sejan1 do tan1anho do corpo da cápsula) . 
(2) Pon ha o suporte contendo o corpo da cápsula em uma balança eletrônica e tare a balança 
(3) Utilizando seringa, conta-gotas ou pipeta, adicione o líquido no corpo da cápsula até atin-
gir a massa predeterininada. Esse procedi1nento é ilustrado no Exemplo de Prescrição 26.4. 
C. Cápsulas moles 
1. O principal material dos invólucros desse tipo de cápsula é a gelatina, mas como o non1e indi-
ca, o invólucro é consti tuído de un1 material flexível e mais macio do que aquele utilizado nas 
cápsulas de gelat ina dura. Isso se deve à presença de glicerina e/ou sorbitol, que agem como 
plastificantes. Os invólucros de gelatina mole também são mais espessos do que aqueles de 
gelatina dura (1).

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