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Devolutiva HAM IV 2022 2


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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Habilidades e Atitudes Médicas IV
Professor (es):
Período: 202202 Turma: Data:
N1_Especifica_HAM 4_2022.2_PROVA 3
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 05296 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Pré-escolar, 3 anos de idade, é levado ao pronto atendimento
pediátrico, com história de estridor, tosse e dificuldade de deglutição
de alimentos sólidos há 3 dias. Familiar procurou emergência pelo
aumento da intensidade da tosse. Ao exame físico, o paciente
apresentava tosse ladrante e encontrava-se bem nutrido. Após
propedêutica, foi identificado corpo estranho (ferro de prendedor de
roupas) em esôfago superior. O paciente foi submetido a uma
esofagoscopia rígida com sucesso para a retirada do corpo estranho. 
Para esclarecimento diagnóstico a propedêutica indicada foi
Alternativas: (alternativa A)
tomografia computadorizada de tórax.
(alternativa B) (CORRETA) 
radiografia cervical em duas incidências, tórax e abdome.
(alternativa C)
endoscopia digestiva alta.
(alternativa D)
ressonância magnética de tórax.
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Resposta comentada:
A radiografia simples de cervical, tórax e abdome permite avaliação
de todo trato digestivo na identificação de corpos radiopacos.
Tomografia raramente é necessária indicada em suspeita de
perfuração ou impactação ou complicações associadas. Ressonância
não tem indicação como método de avaliação incial. Endocospia pode
ser indicada como método diagnóstico e/ou terapêutico em caso de
urgência e emergência na suspeita de ingestão de ímã, bateria, 
impactação que será visualizada pelo Rx tambem.
REFERÊNCIA:
Management of Ingested Foreign Bodies in Children: A Clinical Report
of the NASPGHAN
Endoscopy Committee – JPGN 2015;60: 562–574
Foreign bodies in the gastrointestinal tract. Curr Opin Pediatr. 2006;
18 (5): 563.
Pediatr Emerg Care. 2003;19(6):402
2012 Oct;130(4):e1011-4. Epub 2012 Sep 17.
Foreign bodies of the esophagus and gastrointestinal tract in children.
UpToDate 2018
Foreign body ingestion in pediatric patients. Current Opinion in
Pediatric – Gastroenterologyand nutrition. Oct 2018, Vol 30, Nº 5
2ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Escolar de 6 anos, feminino, eutrófica, é trazida pela mãe à consulta
de rotina na Unidade Básica de Saúde. Mãe refere que há 3 meses
criança vem apresentando queixas de dor abdominal. Quando
questionada, mãe relata que a criança se esconde no guarda-roupas
para evacuar e que, claramente, apresenta dor durante o processo,
eliminando cíbalos. Relata também que frequentemente há sinais de
resíduos fecais na calcinha. Refere alimentação pobre em fibras,
recusando verduras e legumes, mas com preferência por biscoito
recheado e achocolatado.
a) Estabeleça o diagnóstico mais provável, segundo os critérios de
ROMA III. (0,75 ponto)
b) Descreva os achados esperados no exame físico da paciente
acima. (0,75 ponto)
Alternativas: --
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Resposta comentada:
Constipação intestinal funcional. Palpação abdominal com presença de
massa fecal em hipogástrio ou colo sigmoide.
Trata-se de um caso de constipação funcional, evidenciado pelos
critérios de ROMA III, e há mais de 2 meses, presentes na história
clínica: comportamento de retenção; evacuações com dor ou
dificuldade; duas ou menos evacuações por semana.
Em geral, o diagnóstico é clínico e estabelecido de acordo com o
critério de Roma III, sem necessidade de exames de imagem
adicionais. Inicialmente, é fundamental que se defina se existe ou não
impactação fecal (fecaloma), que em geral está presente em
pacientes com incontinência fecal por retenção. Nesses pacientes,
deve-se pesquisar massa fecal na palpação abdominal, em especial na
região do hipogástrio e do colo sigmoide. O toque retal pode revelar a
presença de grande quantidade de fezes endurecidas.
REFERÊNCIA:
MORAIS, Mauro Batista de. Constipação Intestinal. In: Tratado de
pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores Dennis
Alexander Rabelo Burns... [et al.]]. -- 4. ed. -- Barueri, SP : Manole,
2017.p.764-769.
3ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
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Enunciado:
Paciente jovem, 35 anos, homem, 95 kg, 180 cm, sem comorbidades
previamente conhecidas. Foi ao pronto atendimento de sua cidade
com queixa de dor abdominal, náusea e sudorese de início súbito 30
min após ingestão de refeição gordurosa. Ao exame físico: Lúcido e
orientado, corado, anictérico e afebril sem edemas de membros,
marcha preservada. FC 87 bpm, PA 130 x 85 mmHg, FR 20 irpm.
Ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações.
Sem evidências de cicatrizes abdominais e apresentando dor quando
médico realiza palpação profunda em região de rebordo costal direita
durante a inspiração. Demais quadrantes sem alterações à palpação e
com presença de peristaltismo em todo o abdome.
Ainda sem conseguir definir um diagnóstico o médico plantonista
solicitou uma ultrassonografia de abdome superior onde evidenciou
essa imagem.
Qual sinal semiológico é identificado na palpação de abdome desse
paciente e qual é o diagnóstico?
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Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) 
Sinal de Murphy / Colelitíase
(alternativa B)
Sinal de Gersuny / Colelitíase
(alternativa C)
Sinal de Rovsing / Apendicite
(alternativa D)
Sinal de Blumberg / Apendicite
Resposta comentada:
Ao realizar o exame físico do abdome, o médico deverá saber a
existência de alguns sinais clássicos, dentre eles o sinal de Murphy,
que consiste na referência de dor durante a palpação da região do
rebordo costal direito durante a inspiração profunda, que é um sinal
sugestivo de colelitíase e/ou colecistite crônica.
REFERÊNCIA:
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2019. recurso online. ISBN 978-85-277-3498-1.
4ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Lactente dá entrada no hospital com início súbito de dor abdominal
intermitente, intensa, em cólica, progressiva, acompanhada de choro
inconsolável e estiramento das pernas em direção ao abdômen,
seguido de palidez. O paciente apresenta um quadro de
intussuscepção intestinal. Analise as asserções abaixo:
I. Corroborado pelos episódios de vômitos intervalados entre 15 e 20
minutos.
II. A êmese pode ser não biliosa, mas, muitas vezes, torna-se biliosa à
medida que a obstrução progride.
III. A êmese apresenta alteração de cor por conta das hemácias,
conferindo um aspecto avermelhado.
IV. As fezes são grosseiramente sanguinolentas em até 50 por cento
dos casos, e outros 25 por cento têm sangue oculto.
V. À medida que os sintomas progridem, muitas vezes se desenvolve
letargia crescente, que pode ser confundida com meningoencefalite.
Assinale a alternativa que apresenta a informação correta acerca da
intussuscepção intestinal.
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Alternativas: (alternativa A)
I, II, III e V.
(alternativa B) (CORRETA) 
I, III, IV e V.
(alternativa C)
I, II, III e IV.
(alternativa D)
II, III, IV e V.
Resposta comentada:
No caso da êmese será sempre bilinosa no contexto apresentado pela
pergunta.
REFERÊNCIAS:
Brasileiro-Filho G. Bogliolo – Patologia. 10ª edição. Rio de Janeiro:
Guanabara-Koogan, 2021.
Porth fisiopatologia / Tommie L. Norris ; revisão técnica da edição em
inglês Rupa Lalchandani Tuan ; tradução Maria de Fátima Azevedo,
Sylvia Werdmüller von Elgg Roberto ; revisão técnica Isabel Cruz. - 10.
ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2021.
5ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Cenário: Visita Domiciliar
Profissionais: Médica da Atenção Primária à Saúde e Agente
Comunitário de Saúde (ACS).
Equipe (Médica e ACS) chega até a casa do paciente idoso. Percebem
que há uma demora, e o paciente pede desculpase diz que não
estava ouvindo a campainha. O idoso é viúvo e reside com uma filha
solteira que não se encontrava no momento da visita. Está mais
triste, pois, desde o início da pandemia, está recluso e deixou muitos
de seus interesses como jogar baralho na praça e se encontrar com
os amigos. Tem sentimentos que a vida deixou um pouco de valer a
pena e medo da morte. É portador de HAS e hipotireoidismo e faz uso
regular de Losartana 50 mg 2x ao dia e Levotiroxina 25 mcg 1
comprimido pela manhã em jejum.
a) A partir dos dados acima, descreva qual(is) o(s) domínio(s)
encontra(m)-se comprometido(s) no paciente, considerando a
avaliação geriátrica ampla (AGA). (0,75 ponto)
b) Uma vez identificado(s) o(s) domínio(s) afetado(s), elabore um
Plano de Cuidados para seguimento desse paciente a fim de minimizar
ou evitar sua queda funcional. (0,75 ponto)
Alternativas: --
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Resposta comentada:
a) É esperado que o aluno faça a identificação dos seguintes domínios
afetados: Humor e Comunicação (audição). (0,75 ponto)
b) Avaliação do Humor através da aplicação da GDS 15 (Escala de
Depressão Geriátrica) e DSM V. Transtorno de Humor, assim como
demais transtornos mentais, são passíveis de diagnóstico clínico, não
sendo obrigatória a realização de exames complementares para tal
diagnóstico, se suspeita de condição clínica associada referir
propedêutica adequada. 
Avaliação da Comunicação: Na avalição da audição temos o Teste do
Sussurro. É mandatória a realização da Otoscopia. Na extensão
propedêutica a solicitação de Audiometria deve ser realizada. (0,75
ponto)
REFERÊNCIA:
Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas E.V.;Py L. 5ª edição. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan.
6ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Bebê, sexo masculino de 36 horas de nascido, é trazido pela mãe à
Unidade Básica de Saúde com quadro de icterícia. Ao exame clínico, o
pediatra percebe um bebê em bom estado geral, hidratado, corado,
presença de icterícia zona III. A mãe refere que o primeiro filho teve
icterícia neonatal e precisou fazer fototerapia. Peso de nascimento =
2.350 g. Idade gestacional de 36 semanas. O nıv́el de bilirrubina total
era de 14 mg/dL. O hemograma completo estava normal. Tipagem
sanguínea da família: mãe = O positivo, pai = A negativo, bebê = A
positivo, irmão de 4 anos de idade = A positivo.
Analisando o caso acima, assinale a afirmativa correta.
Alternativas: (alternativa A)
Este bebê deverá ser encaminhado para internação para realizar
fototerapia.
(alternativa B)
Este caso de icterícia deve-se à elevação da bilirrubina direta.
(alternativa C)
A maioria dos bebês com este quadro clínico apresentará o teste de
Coombs positivo.
(alternativa D) (CORRETA) 
Trata-se de um quadro de incompatibilidade ABO.
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Resposta comentada:
O aparecimento de icterıćia nas primeiras 24 a 36 horas de vida alerta
para a presenca̧ de doenca̧ hemolıt́ica por incompatibilidade sanguıńea
Rh ou, menos frequentemente, ABO, sendo anemia e reticulocitose
indicativos da hemólise. Como a mãe é O positivo e o bebê A
negativo, não é incompatibilidade Rh e sim ABO. A icterícia ocorre às
custas de bilirrubina indireta. O teste de Coombs positivo pode ser
evidenciado em 20% dos casos, sem traduzir hemólise macica̧.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria / [organizadores
Dennis Alexander Rabelo Burns. [et al.]]. 4. ed. Barueri, SP : Manole,
2017.
7ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Homem, 30 anos de idade, estudante de medicina, volta à unidade
básica de saúde para acompanhamento de dor recorrente em
epigástrio. Apresentou-se há 2 semanas com queixa de aumento da
frequência e intensidade da dor epigástrica, acompanhada de pirose e
regurgitação, a qual vem sentindo há mais de 1 ano com períodos de
melhora. Refere sofrer com dor 1 a 2 vezes por semana, em geral
após as refeições e ao deitar-se. Ele admite que as tensões na
faculdade aumentaram recentemente e que, por isto, está ingerindo
bebidas ricas em cafeína e se alimentando mais dos lanches
gordurosos. Sua história médica e a revisão dos sistemas não têm
nada digno de nota. Seu exame físico é normal.
 Assinale qual a principal hipótese diagnóstica.
Alternativas: (alternativa A)
Câncer do esôfago.
(alternativa B)
Espasmo esofágico difuso (EED).
(alternativa C) (CORRETA) 
Doença do refluxo gastresofágico (DRGE).
(alternativa D)
Gastrite edematosa.
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DRGE
Resposta comentada:
O conteúdo gástrico contém agentes agressores como ácido
clorídrico, pepsina, sais biliares e enzimas pancreáticas. O refluxo
deste conteúdo para o esôfago pode ocorrer eventualmente em
indivíduos normais, sem nenhuma consequência. Quando, entretanto,
este refluxo traz sintomas ou complicações para o paciente, passa a
ser patológico, denominando-se doença do refluxo gastresofágico,
incluindo a esofagite de refluxo.
Os principais sintomas de DRGE são pirose, dor torácica, disfagia,
odinofagia, eructações e regurgitação. Outras manifestações menos
frequentes são sialose, náuseas, hemorragia crônica e anemia, globus
faringeus, asma, tosse crônica, fibrose pulmonar idiopática, apneia do
sono, otite média, rouquidão e desgaste do esmalte dentário. 
Tanto a pirose como a dor são mais frequentes após as refeições e à
noite, com o paciente deitado. A pirose pode ocorrer em outras
situações, como na acalasia e na esofagite eosinofílica. Quando
atípica, a dor pode confundir-se com a dor da insuficiência coronária,
exigindo uma investigação cuidadosa do ponto de vista cardiológico.
Classificação endoscópica de Los Angeles da esofagite erosiva.
■ Grau A: ocorrência de erosões não confluentes e menores que 5
mm.
■ Grau B: ocorrência de erosões não confluentes e maiores que 5
mm.
■Grau C: ocorrência de erosões confluentes, acometendo menos de
75% da circunferência do órgão.
■ Grau D: ocorrência de erosões confluentes acometendo mais de
75% da circunferência do órgão.
A endoscopia é adequada ao diagnóstico da esofagite e das
complicações da DRGE, mas não do refluxo propriamente dito, pois há
fraca correlação entre sintomas de refluxo gastresofágico e esofagite,
e também existe a probabilidade de a esofagite preexistente ter sido
resolvida com terapia anterior e a baixa sensibilidade para detectar
distúrbios de motilidade.
O melhor método de comprovação do refluxo tem como base a
medida do pH intraesofágico, por monitoramento contínuo. Este
deverá ser solicitado quando for considerado tratamento cirúrgico
para DRGE e para pacientes com sintomas típicos de DRGE e com
endoscopia sem lesões esofágicas, refratários ao tratamento com
inibidor de bomba de prótons (IBP).
REFERÊNCIA:
DUNCAN. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária
Baseadas em Evidências, 4th edição.
8ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
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Enunciado:
Homem, 70 anos foi admitido no hospital com episódios repetidos de
sangramento pelo reto começando cerca de 12 horas antes da
admissão. O paciente tinha história de hipertensão arterial sistêmica
para a qual foi prescrito diurético e inibidores da enzima conversora de
angiotensina (ECA). Referia perda de 6 kg nos últimos 6 meses.
Negava quaisquer doença gastrointestinal (GI) prévia, dor abdominal,
perda de peso ou alteração anterior do hábito intestinal. Não havia
história familiar de câncer de cólon. Ele não havia sido rastreado para
câncer de cólon. 
Diante do quadro clínico, o paciente tem o possível diagnóstico de 
Alternativas: (alternativa A)
hemorragia digestiva alta.
(alternativa B)
gastropatia hipertensiva.
(alternativa C)
varizes esofagogástricas.
(alternativa D) (CORRETA) 
hemorragia digestiva baixa.
Resposta comentada:
Os sangramentos gastrointestinais inferiores podem ser categorizados
em três tipos: sangramentomaciço, moderado e oculto.
Sangramento maciço geralmente ocorre em pacientes com mais de
65 anos com vários problemas médicos, e esse sangramento se
apresenta como hematoquezia ou sangue vermelho vivo pelo reto. O
paciente geralmente é hemodinamicamente instável com pressão
arterial sistólica (PAS) igual ou menor que 90 mmHg, frequência
cardíaca (FC) menor ou igual a 100/min e baixo débito urinário. O
trabalho de laboratório revela uma hemoglobina igual ou inferior a 6
g/dl. Sangramentos maciços do trato GI inferior são principalmente
devido a diverticulose e angiodisplasias. A taxa de mortalidade pode
chegar a 21%.
O sangramento moderado pode ocorrer em qualquer idade e se
apresenta como hematoquezia ou melena. O paciente geralmente
está hemodinamicamente estável. Muitos processos patológicos
devem ser considerados na lista de diferenciais, incluindo doenças
neoplásicas, inflamatórias, infecciosas, anorretais benignas e
congênitas.
Finalmente, sangramentos GI inferiores ocultos podem se apresentar
em pacientes de qualquer idade. O trabalho de laboratório revela
pacientes com anemia hipocrômica microcítica devido à perda crônica
de sangue. O diagnóstico diferencial desses pacientes deve incluir
inflamatórios, neoplásicos e congênitos. O paciente geralmente parece
bem, hemodinamicamente estável.
REFERÊNCIA:
PORTO, C. C. Semiologia Médica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2019. recurso online. ISBN 978-85-277-3498-1.
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9ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
Enunciado:
Lactente de três meses, com história de uso de fórmula infantil na maternidade, está em
aleitamento materno exclusivo desde o segundo dia de vida. Apresenta diarreia há mais de 14
dias, com raias de sangue nas fezes e eczema. Não fez o teste do pezinho. Ao exame físico,
apresenta ganho ponderal de 10 g/dia, baixo peso para idade e magreza.
Com base no quadro clínico, assinale a alternativa que indica o diagnóstico e a conduta
adequados.
Alternativas: (alternativa A)
Intolerância à lactose / fórmula sem lactose.
(alternativa B)
Fenilcetonúria / fórmula sem fenilalanina.
(alternativa C) (CORRETA) 
Alergia à proteína do leite de vaca / amamentação exclusiva, excluir leite de vaca da dieta da
mãe.
(alternativa D)
Galactosemia / suspender a amamentação.
Resposta comentada:
A alergia à proteína do leite de vaca é uma reação adversa à proteína existente nesse leite, que
envolve mecanismos imunológicos. Pequenas quantidades de proteína do leite de vaca podem
estar presentes no leite de mulheres que o ingerem, provocando colite e eczema na criança,
mesmo que ela esteja em aleitamento materno exclusivo. Desse modo, o diagnóstico mais
provável no caso em discussão é alergia à proteína do leite de vaca, sobretudo porque a criança
usou fórmula que continha esse tipo de leite nos primeiros dias de vida. A conduta recomendada
é manter o aleitamento materno exclusivo com eliminação estrita da proteína do leite de vaca
da dieta da mãe.
REFERÊNCIA:
SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO. Recomendações n. 36. 2007-2009. Disponível
em: https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/120408_rec_36_Diarr%C3%A9ia_Persistente.pdf.
Acesso em: 19 ago. 2022.
10ª QUESTÃO
Unidade de avaliação: N1 - Específica
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Enunciado:
Paciente 55 anos, masculino, é atendido na Unidade Básica de Saúde
com queixa de desconforto leve na parte superior do abdome
associado a mal-estar, cansaço e inapetência. Refere ser etilista,
tabagista e fazer uso de drogas injetáveis. Ao exame: hipocorado,
ictérico, abdome globoso com presença de ascite e esplenomegalia.
Exames laboratoriais:
Anti-HCV: não reagente
HBsAg: reagente
HBeAg: não reagente
Anti-HBc: não reagente
Anti-HBc IgM: não reagente
Anti-HBc IgG: reagente
Anti-HBe: reagente
Anti-HBs: não reagente
Sobre o caso clínico, pode-se afirmar que o paciente apresenta
Alternativas: (alternativa A)
infecção por HBV aguda.
(alternativa B) (CORRETA) 
hepatite B crônica. 
(alternativa C)
hepatite B ativa com replicação viral.
(alternativa D)
cura e imunidade à hepatite B.
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Resposta comentada:
Resposta correta: Paciente com quadro clínico e sorológico de infecção
crônica pelo vírus da Hepatite B.
– Antígeno de superfície da Hepatite B (HBsAg): proteína de superfície
do envelope viral, marcador primário da infecção pelo HBV. Indica a
infecção por HBV (aguda ou crônica).
– AgHBc: detectável apenas no tecido hepático.
– AgHBe: proteína secretora produzida pela tradução da região
preCore do genoma do HBV indica infecção ativa, correlaciona-se com
replicação viral e indica alta infectividade. Se persistir por 6-8
semanas, sugere evolução para cronicidade.
– Anticorpo de superfície da hepatite B (anti-HBs): anticorpo que
reconhece o HBsAg; indicador de imunidade e recuperação clínica à
infecção pelo vírus da hepatite.
REFERÊNCIA:
Duarte, Geraldo et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente
Transmissíveis 2020: hepatites virais. Epidemiologia e Serviços de
Saúde [online]. 2021, v. 30, n. spe1 [Acessado 25 Setembro 2022] ,
e2020834. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1679-
4974202100016.esp1>. Epub 15 Mar 2021. ISSN 2237-9622.
https://doi.org/10.1590/S1679-4974202100016.esp1.
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