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Formas de administração. Mascada ou in- gerida na forma de chás (folha), fumada (pasta de coca, crack), cheirada ou injeta- da ( cloridrato). Farmacocinética. A absorção varia de acor- do com a via de administração, sendo que o fumo e a inalação possuem uma ação mais rápida (em tomo de 5 a 10 segundos) e uma duração de efeito mais curta (10 a 15 minutos); a inalação tem um início de efei- to a partir de 2 a 3 minutos, com duração de 30 a 45 minutos. A cocaína é metaboli- zada pelo fígado, sendo a metil éster ecgo- nina e a benzoilecgonina os principais me- tabólitos; o tempo de meia-vida da cocaína é curto, 1,5 horas, da benzoilecgonina é de 4 a 7 horas e da metil éster ecgonina é de 3 a 4 horas; a excreção é renal. Farmacodinâmica. Inibidor da recapta- ção da dopamina e da noradrenalina das junções nervosas, com aumento da ativi- dade simpática, associada à estimulação central. Efeitos clínicos agudos. Euforia, desini- bição, aumento da atividade motora, alu- cinações, diminuição do cansaço, altera- ções do pensamento, sensação de maior competência e habilidade, hipervigília. Efeitos clínicos crônicos. Convulsões, ce- faleia, hemorragia cerebral, impotência, perda de peso, congestão nasal, epistaxe, diminuição do olfato, perfuração do septo nasal, dependência e síndrome de absti- nência: depressão, ansiedade, irritabilida- de, insônia ou hipersonia, cansaço, agita- ção psicomotora. Distúrbios psiquiátricos: alucinações, paranoia, depressão. Sinais clínicos. Aumento da temperatura, aumento da pressão arterial (com poste- rior hipertensão), taquicardia, arritmias cardíacas, midríase. Diagnóstico laboratorial. Seus metabóli- tos, benzoilecgonina, metil éster ecgoni- na, norcocaína e ecgonina, são dosados na urina, principalmente a benzoilecgoni- na, que aparece por 24 a 72 horas após uma única dose e permanece por 7 a 12 dias em usuários crônicos. Também se Medicamentos na prática clínica 135 pode fazer dosagem no sangue, no suor e no cabelo. Tratamento Uso abusivo com intoxicação. Manter as vias aéreas e assistência ventilatória se necessário; tratar coma, agitação, hiper- termia, arritmias e hipertensão; monitorar sinais vitais e ECG por várias horas. Após ingestão: lavagem gástrica; administrar carvão ativado e catártico. Tratamento de suporte com benzodiazepínicos. Nos casos de dependência. Não existe um medicamento específico para o trata- mento da dependência de cocaína; alguns medicamentos são utilizados para aliviar os sintomas da abstinência, como antide- • pressivos. Interações com: Inibidores seletivos da re- captação da serotonina, antidepressivos; ecstasy, álcool, norepinefrina e dopamina. ~xtase (MDMA) Classificação. Possui dupla classificação, situando-se entre estimulante e alucinóge- no. Tem estrutura química anfetamínica. Formas de administração. Via oral por com- primidos; cápsulas; ou pó, misturado aos lí- quidos, também aspirado ou injetado. Farmacocinética. Para uso oral, o início do efeito ocorre em 30-60 minutos; o tempo de meia-vida é de 7 horas (dose-depen- dente); a duração do efeito é em torno de 4 a 8 horas; apresenta cinética de ordem não linear, com metabolismo hepático: MDA 7%, 65% MDMA inalterado, e o res- tante 28% possui natureza desconhecida. , E excretado na urina após 24 horas. Farmacodinâmica. Os efeitos do êxtase (3, 4-metilenodioximetanfetamina-MDMA) envolvem as vias neurais da serotonina (5-HT), dopamina e noradrenalina. A 5-HT tem papel fundamental. Os neurô-. ., . - . , . nios serotoninergicos sao mais suscetíveis à neurotoxicidade do êxtase. Efeitos clínicos agudos. Taquicardia, hi- pertensão, diminuição do apetite, tremor, Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed
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