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Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6 Edição_Parte144

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Avaliação de cura cirúrgica
Um mês após a cirurgia deve ser feita avaliação do nível sérico de IGF-1 e do nadir de GH após teste oral de tolerância à
glicose (TOTG), com administração de 75 g de glicose anidra.1,4,16 Na presença de nadir de GH menor do que 1,0 μg/ℓ e IGF-1
normal para a faixa etária, o paciente é considerado curado.1 Caso os níveis de IGF-1 permaneçam elevados, deve ser feita uma
reavaliação após 3 meses, já que a normalização do IGF-1 frequentemente demora esse tempo.1,16 Os pacientes curados devem
ser reavaliados com 3 e 6 meses e depois anualmente já que pode haver recorrência em até 10 a 15 anos, apesar de a mesma ser
bastante rara (0,4%).3,8 A ressonância magnética (RM) de sela túrcica deve ser realizada 3 meses após a cirurgia.1,17
Tratamento medicamentoso
Três classes de drogas estão disponíveis para tratamento da acromegalia: SA, agonistas dopaminérgicos (DA) e antagonistas
do receptor de GH. Os fármacos comercialmente disponíveis no Brasil e as doses utilizadas estão descritos no Quadro 7.1.
São considerados controlados com o tratamento medicamentoso os pacientes com níveis séricos de IGF-1 normais para a
idade e GH randômico < 1,0 μg/ℓ.1 A exceção são os pacientes em uso do antagonista de GH pegvisomanto, nos quais o
objetivo do tratamento deve ser apenas a normalização do IGF-1.1
Análogos da somatostatina
Os SA são utilizados no tratamento da acromegalia desde a década de 1980.1,4 Atualmente, estão comercialmente disponíveis
no Brasil a octreotida, na forma de liberação rápida e de liberação prolongada (OCT-LAR), e o LAN-ATG, que são
denominados SA de primeira geração.17 No fim de 2014, o pasireotide, um SA de segunda geração, foi aprovado para
tratamento da acromegalia nos EUA e na Europa na sua formulação de liberação prolongada (pasireotide long-acting release –
LAR).18 Os SA atuam através da ligação aos receptores de somatostatina (somatostatin receptors – SSTR), sendo os subtipos 5,
2, 3 e 1 expressos nos somatotropinomas (em ordem decrescente quanto à frequência de expressão).19
Análogos da somatostatina de primeira geração
Os SA de primeira geração (OCT-LAR e LAN-ATG) se ligam com maior afinidade ao SSTR2, subtipo de receptor expresso
em todos os somatotropinomas, sendo o mais expresso em cerca de 45% dos casos.19–21
Quadro 7.1 Principais fármacos disponíveis no Brasil para o tratamento da acromegalia.
Classe
Substância (nome
comercial) –
apresentação
Dose e via de
administração Indicações Efeitos colaterais
Análogos da
somatostatina (SA)
de primeira
geração
OCT-LAR
(Sandostatin
LAR®) – FA 10, 20
e 30 mg
10 a 30 mg IM
profunda (região
glútea) em
intervalos de 4
semanas
Terapia adjuvante à
cirurgia ou
tratamento primário
naqueles com
baixa chance de
cura cirúrgica
Alterações
gastrintestinais
(desconforto
abdominal,
flatulência e
aumento do
trânsito intestinal),
litíase biliar, queda
transitória de pelos,
bradicardia sinusal
e alterações do
metabolismo da
glicose
LAN Autogel
(Somatuline
Autogel®) – FA 60,
90 e 120 mg
90 e 120 mg SC
profunda (região
glútea) em
intervalos de 4
semanas
Agonista Cabergolina genérica 1,5 a 3,5 mg VO por (1) Como Náuseas, cefaleia,
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	Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição

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