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Avaliação de cura cirúrgica Um mês após a cirurgia deve ser feita avaliação do nível sérico de IGF-1 e do nadir de GH após teste oral de tolerância à glicose (TOTG), com administração de 75 g de glicose anidra.1,4,16 Na presença de nadir de GH menor do que 1,0 μg/ℓ e IGF-1 normal para a faixa etária, o paciente é considerado curado.1 Caso os níveis de IGF-1 permaneçam elevados, deve ser feita uma reavaliação após 3 meses, já que a normalização do IGF-1 frequentemente demora esse tempo.1,16 Os pacientes curados devem ser reavaliados com 3 e 6 meses e depois anualmente já que pode haver recorrência em até 10 a 15 anos, apesar de a mesma ser bastante rara (0,4%).3,8 A ressonância magnética (RM) de sela túrcica deve ser realizada 3 meses após a cirurgia.1,17 Tratamento medicamentoso Três classes de drogas estão disponíveis para tratamento da acromegalia: SA, agonistas dopaminérgicos (DA) e antagonistas do receptor de GH. Os fármacos comercialmente disponíveis no Brasil e as doses utilizadas estão descritos no Quadro 7.1. São considerados controlados com o tratamento medicamentoso os pacientes com níveis séricos de IGF-1 normais para a idade e GH randômico < 1,0 μg/ℓ.1 A exceção são os pacientes em uso do antagonista de GH pegvisomanto, nos quais o objetivo do tratamento deve ser apenas a normalização do IGF-1.1 Análogos da somatostatina Os SA são utilizados no tratamento da acromegalia desde a década de 1980.1,4 Atualmente, estão comercialmente disponíveis no Brasil a octreotida, na forma de liberação rápida e de liberação prolongada (OCT-LAR), e o LAN-ATG, que são denominados SA de primeira geração.17 No fim de 2014, o pasireotide, um SA de segunda geração, foi aprovado para tratamento da acromegalia nos EUA e na Europa na sua formulação de liberação prolongada (pasireotide long-acting release – LAR).18 Os SA atuam através da ligação aos receptores de somatostatina (somatostatin receptors – SSTR), sendo os subtipos 5, 2, 3 e 1 expressos nos somatotropinomas (em ordem decrescente quanto à frequência de expressão).19 Análogos da somatostatina de primeira geração Os SA de primeira geração (OCT-LAR e LAN-ATG) se ligam com maior afinidade ao SSTR2, subtipo de receptor expresso em todos os somatotropinomas, sendo o mais expresso em cerca de 45% dos casos.19–21 Quadro 7.1 Principais fármacos disponíveis no Brasil para o tratamento da acromegalia. Classe Substância (nome comercial) – apresentação Dose e via de administração Indicações Efeitos colaterais Análogos da somatostatina (SA) de primeira geração OCT-LAR (Sandostatin LAR®) – FA 10, 20 e 30 mg 10 a 30 mg IM profunda (região glútea) em intervalos de 4 semanas Terapia adjuvante à cirurgia ou tratamento primário naqueles com baixa chance de cura cirúrgica Alterações gastrintestinais (desconforto abdominal, flatulência e aumento do trânsito intestinal), litíase biliar, queda transitória de pelos, bradicardia sinusal e alterações do metabolismo da glicose LAN Autogel (Somatuline Autogel®) – FA 60, 90 e 120 mg 90 e 120 mg SC profunda (região glútea) em intervalos de 4 semanas Agonista Cabergolina genérica 1,5 a 3,5 mg VO por (1) Como Náuseas, cefaleia, file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib4 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib16 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib16 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib3 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib17 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter07.html#ch7tab1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib4 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib17 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib18 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib19 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib19 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(125).html#bib21 Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição
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