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Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6 Edição_Parte183

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Figura 9.7 Ressonância magnética, corte sagital em T1, mostrando cordoma volumoso com a característica invasão do clivo
(seta). Note a sela túrcica normal (círculo).
Como muitas vezes essas lesões se assemelham entre si em termos clínicos, hormonais e radiológicos, torna-se muito difícil
diferenciá-las. Por isso, é imprescindível que os exames de imagem sejam realizados por um profissional dedicado e experiente,
com cortes finos através da sela túrcica, antes e depois da administração do meio de contraste, com o intuito de estabelecer
melhor a localização e as características específicas das massas, que podem orientar o diagnóstico (Quadro 9.2).1,21
Os adenomas hipofisários, em particular os microadenomas (diâmetro < 1 cm), são a causa mais comum de massa na região
selar.6,7 No entanto, como os IH não costumam demandar cirurgia, o verdadeiro diagnóstico histológico permanece obscuro na
grande maioria dos casos.6,7 Em uma série de 1.120 pacientes com incidentalomas submetidos à cirurgia transesfenoidal ao
longo de 18 anos, 91% deles apresentavam adenomas hipofisários, ao passo que os 9% restantes tinham lesões, como
craniofaringiomas, meningiomas, cistos, metástases, sarcoidose etc.22 Em uma pequena série, entre 37 lesões tratadas
cirurgicamente, 30% se revelaram à imuno-histoquímica adenomas gonadotróficos; 40%, adenomas pluri-hormonais não
secretores, e 30%, adenomas null-cells.23 Em um grande estudo japonês (n = 550), entre os pacientes submetidos à cirurgia (n =
261), 211 (80,8%) apresentaram adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes (ACNF) e 42 (16,1%), cistos da bolsa de
Rathke.24 Dentre 139 massas acidentalmente detectadas, 73 (52,5%) tinham uma aparência cística no exame de imagem.25 As
lesões císticas são as massas selares e parasselares mais frequentes, tendo como etiologia predominante os cistos da bolsa de
Rathke (ver Figura 9.2), seguidos pelos craniofaringiomas (ver Figura 9.4).3–7
Quadro 9.2 Características radiológicas no diagnóstico diferencial dos incidentalomas hipofisários.
Tipo de massa selar Características radiológicas
Lesões sólidas
Microadenoma Muitas vezes lateralizado no lobo anterior da hipófise; leve deformação do
diafragma selar, erosão do assoalho adjacente e deslocamento da haste. À
RM, baixo sinal em T1, com mínima captação do contraste
Macroadenoma Geralmente centrado em uma sela túrcica alargada; a captação do contraste
não é intensa; às vezes, contém pequenas áreas de necrose/hemorragia;
quando se estende para dentro do seio cavernoso, o diâmetro da artéria
carótida interna é em geral respeitado
Meningioma (MG) O MG do tubérculo selar não aumenta a sela túrcica; a captação do contraste
pelo tumor é intensa, muitas vezes com uma linha de realce ou reforço da
dura-máter (chamada de “cauda dural”) (ver Figura 9.6). Uma hipófise normal
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	Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição

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