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Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia Ambulatório – nódulos mamários É definido como um tumor presente na glândula mamária, palpável ou não ao exame clínico, podendo ter conteúdo cístico ou sólido. Nas mulheres, os nódulos palpáveis mais comuns são os cistos e os fibroadenomas. Porém, outras causas mais raras podem ser observadas, tais como: tumor filoides, lipomas e hamartomas. A maioria dos nódulos sólidos é decorrente de lesões fibroepiteliais. O mais comum é o fibroadenoma. Sua fisiopatologia pode ser explicada por uma resposta exagerada na mama aos estímulos hormonais fisiológicos após a menarca. Trata-se de nódulo de crescimento limitado e, em geral, não ultrapassa 2 cm, com tendência à involução após a menopausa. Cerca de 50% dos fibroadenomas contêm outras lesões proliferativas, como adenose esclerosante, adenose, hiperplasia ductal usual e microcalcificações epiteliais. Esses são os chamados fibroadenomas complexos. Algumas variações, como o tumor filoide e o fibroadenoma gigante, apresentam maior celularidade do estroma e normalmente atingem tamanhos maiores. Os cistos mamários são estruturas redondas ou ovoides, preenchidas por líquido. Derivam-se da unidade ducto lobular terminal, acometendo as mulheres entre a quarta década e o início da menopausa. A maioria é subclínica, sendo chamados microcistos. Os cistos complexos correspondem a 5% dessas lesões. Diagnóstico Primeiramente, a anamnese é de grande importância no diagnóstico do nódulo de mama. A idade (avaliação da incidência dos nódulos conforme a faixa etária), status hormonal, fatores associados (dor, alteração cutânea, linfadenomegalia axilar ou supraclavicular) e utilização de medicamentos (anticoncepcionais, terapia hormonal) devem constar na história clínica. Ainda na anamnese, o médico deverá identificar fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, pois essas pacientes necessitarão de propedêutica específica. Assim, diante de um nódulo de mama, a propedêutica mamária engloba três pilares: exame físico, radiológico e cito/histopatológico. O melhor momento para realizar o exame físico das mamas é após a menstruação. O exame físico deve ser completo, incluindo inspeção estática e dinâmica, palpação e avaliação de linfonodos axilares e supraclaviculares, Após a identificação do nódulo, as principais características que devem ser descritas são: consistência, limites, regularidade, tamanho e localização. Em se tratando de nódulos palpáveis, a ultrassonografia é mais eficaz quando comparada com a mamografia, apesar de não ter indicação no rastreamento. A ultrassonografia é inócua, obrigatória na diferenciação de lesões sólidas e císticas e geralmente bem tolerada pelas mulheres. A realização da mamografia tem importância no rastreamento de outras lesões e pode ser diagnóstica em alguns tipos de lesão, como lipoma e fibroadenoma calcificado. A ressonância magnética tem alta sensibilidade e reduzida especificidade, não faz parte da propedêutica rotineira e deve ser reservada para situações especiais. A punção ou biópsia do nódulo, nos casos indicados, pode ser feita com agulha fina (PAAF) ou grossa (trocarte ou vácuo-assistida). No primeiro caso, obtêm-se material citológico e no segundo, material histológico. A biópsia cirúrgica excisional deve ser reservada aos casos que necessitam de terapia específica. Nos casos de suspeição do nódulo, recomenda-se realizar biópsia por agulha prévia para descartar o risco de carcinoma e estabelecer o planejamento terapêutico adequado. Atualmente, com a disponibilidade do diagnóstico por meio das biópsias percutâneas, a biópsia incisional (retira de parte do tumor) deve ser desencorajada (Morrow, 2000). A retirada de material com agulha fina para avaliação citológica pode ser realizada em ambiente ambulatorial, sem necessidade de anestesia local, e é padrão-ouro na diferenciação entre lesões sólidas e císticas. Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia Diagnósticos diferenciais Fibroadenoma: Os fibroadenomas são tumores firmes, elásticos, apresentando bordas regulares e lisas. Apresentam bilateralidade em 10% das vezes e são múltiplos em 10% a 15% dos casos. Podem alterar o tamanho conforme a fase do ciclo menstrual, geralmente aumentam na gestação e amamentação, e involuem na menopausa. Tumor phyllodes: Possuem as características clínicas do fibroadenoma, porém as dimensões habitualmente são superiores e apresentam crescimento rápido. Mais comum entre os 30 e 50 anos. Histologicamente, caracterizam-se por lesões proliferativas fibroepiteliais e maior celularidade do estroma. Podem apresentar-se sob a forma benigna, borderline e maligna de acordo com o número de mitoses e celularidade do estroma. Como principal complicação, apresentam recorrência local, sobretudo quando com margens menores 1 cm, e raramente risco para o desenvolvimento de metástases, principalmente para pulmões. Fibroadenoma juvenil: Mesmo quadro clínico do tumor phyllodes, porém acomete mulheres mais jovens (menos de 20 anos) e costuma aparecer após dois a três anos da menarca. Caracteriza-se por uma massa única, palpável, móvel e indolor que cursa com crescimento rápido, podendo causar assimetria mamária importante. Hamartoma: Também denominado de fibroadenolipoma, é uma lesão benigna infrequente. Geralmente, é diagnosticada por exames de imagem, porém, quando palpáveis, correspondem a tumores bem delimitados de limites precisos. Histologicamente é descrita como breast in a breast (área de tecido mamário normal encapsulado). Cistos: Apresentam-se como nódulos essencialmente benignos, de bordas lisas e bem definidas. Podem ter pouca mobilidade, ser únicos ou múltiplos e de tamanho e consistência variáveis. Provocam dor quando crescem repentinamente. Podem ser classificados como simples (conteúdo líquido límpido) e complexos (apresentam vegetações ou debris em seu interior). Alteração funcional benigna das mamas: Pacientes referem dor localizada, geralmente em quadrante superolateral das mamas, e ao exame clínico há espessamento fibroelástico, móvel, que involui após a menstruação. Neoplasias malignas: Encontram-se nódulos endurecidos, limites indefinidos e aderidos a estruturas adjacentes. Podem-se encontrar fatores associados: alteração cutânea (retração, hiperemia, edema), fluxo papilar suspeito, linfadenomegalia axilar e supraclavicular. Geralmente são indolores. Esteatonecrose: Possui característica semelhante à neoplasia maligna, porém são secundárias a trauma ou processo cirúrgico prévio. Caracteriza- se por massa irregular, firme e nodular associada geralmente à retração cutânea. Ectasia ductal: A manifestação clínica dessa entidade corresponde a nódulo retroareolar endurecido, comumente associado à sensibilidade dolorosa durante a palpação, inversão de mamilo e fluxo papilar. Acomete mulheres na quarta década de vida e na perimenopausa. Pode mimetizar neoplasia maligna. Papiloma: Geralmente acomete mulheres entre 30 e 50 anos, apresentando-se como fluxo papilar sanguinolento associado a nódulos próximos à aréola. Tratamento A etapa inicial do tratamento dos nódulos benignos mamários consiste em explicar às pacientes que eles são decorrentes de alteração normal do desenvolvimento da mama e que não aumentam o risco para desenvolvimento de câncer de mama. Cistos: Os cistos simples não palpáveis, diagnosticados apenas em ultrassonografia, não devem ser abordados ou acompanhados, e a paciente deve ser tranquilizada. A punção aspirativa com agulha fina é uma opção prática e eficaz nos nódulos palpáveis. Para os cistos simples, a PAAF é aomesmo tempo diagnóstica e terapêutica. A citologia do líquido não é recomendada e só deve ser solicitada nos casos suspeitos, tais como: cistos com conteúdo hemorrágico e cistos que recidivam em curto espaço de tempo. A exérese cirúrgica deve ser restrita aos casos de cistos complexos (com conteúdo sólido), quando não for possível a realização de biópsia percutânea assistida a vácuo ou quando, após a realização desse procedimento, se observa presença de atipia ou malignidade. Os casos de papiloma, quando sintomáticos, ou com atipia ou ainda que não tenham sido completamente retirados pela Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia biópsia vácuo-assistida, devem ser removidos cirurgicamente. Os cistos com conteúdo espesso, septos finos ou microcistos agrupados têm pouco risco de malignidade e podem ser acompanhados clinicamente. O controle deve ser realizado em seis meses. Nódulos sólidos: Quanto a nódulos com imagem suspeita, todos devem ser submetidos à biópsia percutânea, independentemente da idade. A retirada cirúrgica deve ser determinada de acordo com o resultado da biópsia. Em mulheres com idade abaixo de 30 anos com exame clínico e radiológico sugestivos de alterações benignas, que não causem incômodo clínico, não se recomenda biópsia, mas sim controle clínico e radiológico. A exérese cirúrgica deve ser reservada aos casos sintomáticos, sobretudo nos nódulos maiores que 2 cm. Diante da suspeita de tumor filoide ou fibroadenoma juvenil, recomenda-se a exérese do tumor com obtenção de margens livres, para reduzir o risco de recorrência. Biopsia da mama A avaliac ̧a ̃o de uma massa so ́lida de mama e ́ finalizada com biópsia por agulha. Essas bio ́psias devem ser realizadas apo ́s exame de imagem ou, no mi ́nimo, duas semanas antes do exa- me de imagem, uma vez que o trauma tecidual resultante pode produzir artefatos de imagem que simulam malignidade (Si- ckles, 1983). As opc ̧ões incluem bio ́psia por punc ̧a ̃o aspirativa com agulha fina (PAAF) ou bio ́psia por agulha grossa (Boer- ner, 1999). A tende ̂ncia dos u ́ltimos anos tem sido a prefere ̂n- cia por bio ́psia com agulha grossa (Tabbara, 2000). Embora a PAAF demande menos tempo para sua realizac ̧a ̃o e tenha custo menor do que a bio ́psia por agulha grossa, a probabilidade de que produza um diagnóstico especi ́fico e ́ menor e apresenta taxa mais alta de amostragem insuficiente (Shannon, 2001). A PAAF extrai grupos de ce ́lulas epiteliais que podem ser in- terpretadas como benignas ou malignas, ale ́m de na ̃o permitir diferenciar, com certeza, entre lesões proliferativas benignas e neoplasias fibroepiteliais, ou entre carcinoma ductal in situ e ca ̂ncer invasivo. Por outro lado, a bio ́psia por agulha grossa e ́ realizada usando um dispositivo automatizado que retira um fragmen- to de cada vez, ou um dispositivo assistido a va ́cuo que, uma vez posicionado, coleta mu ́ltiplos fragmentos. A biópsia por agulha de massas so ́lidas e ́ preferencialmente realizada antes da excisa ̃o, ja ́ que os resultados da bio ́psia contribuem de forma significativa para o planejamento ciru ́rgico Cistos: Os cistos de mama sa ̃o diagnosticados e classificados a partir de exame ultrassonogra ́fico. Existem tre ̂s tipos de cis- tos: simples, complicado e complexo (Berg, 2003). Os cistos simples sa ̃o sonoluscentes, com margem definida e reforc ̧o acústico posterior (Fig. 12-5). Essas lesões na ̃o exigem tra- tamento ou monitoramento especial, mas podem ser aspiradas, se forem dolorosas. Os cistos recorrentes podem ser ser submetidos a novos exames de imagem e a ̀ nova punc ̧a ̃o com aspirac ̧a ̃o, mas caso sejam sintoma ́ticos a melhor conduta e ́ sua excisa ̃o. Os cistos complicados apresentam ecos internos a ̀ ultrasso- nografia e algumas vezes na ̃o e ́ possi ́vel distingui-los de massas so ́lidas. Em geral, os ecos Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia internos sa ̃o causados por resi ́duos proteicos, mas todos os cistos complicados devem ser aspira- dos. O material aspirado pode ser submetido a ̀ cultura, se for purulento, ou a ̀ citologia, se houver caracteri ́sticas clínicas ou imagem preocupantes. Se a anormalidade ultrassonogra ́fica na ̃o se resolver por completo com a aspirac ̧a ̃o, deve-se realizar bio ́psia por agulha grossa. Os cistos complexos apresentam septac ̧ões ou massas in- tracísticas ao exame ultrassonogra ́fico. A massa intraci ́stica ge- ralmente e ́ um papiloma, mas carcinoma medular, carcinoma papilar e alguns carcinomas ductais infiltrantes podem se apre- sentar como cistos complexos. Embora alguns autores tenham defendido bio ́psia por agulha grossa para avaliac ̧a ̃o de cistos complexos, esse procedimento pode descomprimir o cisto, di- ficultando sua localizac ̧a ̃o no momento da cirurgia. Ale ́m dis- so, as lesões papilares diagnosticadas por bio ́psia com agulha tera ̃o que ser removidas. Assim, parece razoa ́vel recomendar a excisa ̃o de todos os cistos complexos. Fibroadenoma: Os fibroadenomas representam uma anormalidade focal no desenvolvimento de um lo ́bulo mama ́rio e, como tal, na ̃o sa ̃o neoplasias verdadeiras. Histologicamente, sa ̃o constitui ́dos por estruturas glandulares e epiteliais ci ́sticas envolvidas por estro- ma celular. Os fibroadenomas sa ̃o responsa ́veis por 7 a 13% das consultas cli ́nicas em mastologia, e em uma se ́rie de ne- cropsias encontrou-se prevale ̂ncia de 9% (Dent, 1988; Franyz, 1951). Em geral, os fibroadenomas surgem na adolesce ̂ncia, sa ̃o identificados frequentemente na pre ́-menopausa e costu- mam sofrer involuc ̧a ̃o esponta ̂nea após a menopausa. Os fibroadenomas classificados como benignos no teste triplo concordante podem ser acompanhados com seguranc ̧a sem excisa ̃o. Em raza ̃o de alguns fibroadenomas crescerem bas- tante e de os tumores filoides benignos frequentemente serem indistingui ́veis dos fibroadenomas por exame de imagem ou por biópsia com agulha, um fibroadenoma que esteja crescen- do deve ser excisado. Tumores filoides: Histologicamente, os tumores filoides sa ̃o similares aos fi- broadenomas uma vez que os espac ̧os revestidos por epite ́lio tambe ́m esta ̃o envoltos por estroma celular. No entanto, nos tumores filoides, as ce ́lulas estromais sa ̃o monoclonais e neo- pla ́sicas. Esses tumores sa ̃o classificados como benignos, inter- media ́rios ou malignos, com base em grau de atipia das ce ́lulas estromais, nu ́mero de mitoses, caracteri ́sticas das margens do tumor e abunda ̂ncia de ce ́lulas estromais (Oberman, 1965). Os tumores filoides sa ̃o responsa ́veis por menos de 1% dos neoplasias de mama, e a me ́dia de idade por ocasia ̃o do diag- nóstico e ́ 40 anos. Os tumores filoides malignos podem produzir meta ́stase para o ́rga ̃os distantes, e o pulma ̃o e ́ o si ́tio prima ́rio. As radio- grafias simples ou a tomografia computadorizada do to ́rax fa- zem parte dos exames para estadiamento nos casos malignos. E ́ raro os tumores filoides produzirem meta ́stase para linfonodos e, portanto, na ̃o há necessidade de estadiamento axilar, exceto se houver linfonodos clinicamente envolvidos Descarga papilar É possi ́vel obter li ́quido por expressa ̃o dos ductos mamilares em pelo menos 40% das mulheres na pre ́-menopausa, 55% das multi ́paras e 74% daquelas que tenham amamentado nos u ́ltimos dois anos (Wrensch, 1990). Em geral, o li ́quido tem origem em mais de um ducto e sua colorac ̧a ̃o pode variar de branca leitosa a verde-escura ou marrom. A cor esverdeada esta ́ relacionada à presenc ̧a de diepóxido de colesterol, na ̃o sendo sugestiva de infecc ̧a ̃o oude malignidade subjacente (Petrakis, 1988). As descargas multiductais, que ocorrem apenas após ex- pressa ̃o manual, sa ̃o consideradas fisiológicas e na ̃o exigem ava- liac ̧a ̃o adicional. Entretanto, as descargas esponta ̂neas devem ser consideradas patolo ́gicas e merecem avaliac ̧a ̃o. Define-se a descarga papilar como patolo ́gica quando e ́ uniductal, esponta ̂nea, serosa ou hemorra ́gica. Fator de risco CA mama: Histórico familiar Genética – gene BRAC1 e 2 Progesterona fator de risco para mama Tabagismo Expressão papilar espontânea Membrana basal – definie carcinoma invasivo e in situ – a partir do momento que invade a membrana é invasivo. Semiologia mamaria https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4166225/mod_page/ content/3/SEMIOLOGIA%20MAM%C3%81RIA.pdf anamnese exame fisico exames completamentares diagnóstico Exame das mamas: faz parte do exame ginecológico, se realizado por profissional pode detectar tumor de até 1cm se for superficial Alterações a serem observadas: nódulos ou zina endurecida geralmente indolor; nódulos na região das axilas ou superlinda clavicular; https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4166225/mod_page/content/3/SEMIOLOGIA%20MAM%C3%81RIA.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4166225/mod_page/content/3/SEMIOLOGIA%20MAM%C3%81RIA.pdf Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia Etapas: inspeção estática e dinâmica palpacao de gânglios, mamas e expressão (descarga papilar) Inspeção Inspeção estática: analisar pelo olhar, contorno, cor, pele, alterações, abaulamentos (podem ser malignos ou benignos) ou retrações (quase sempre malignos), e etc para isso se posicionar de frente para a paciente sentada Inspeção dinâmica: pedir que paciente faça alguns movimentos para que se possa observar melhor. (manobras nos exames de mama pesquisar) - braços para frente, braços no quadril, braços para cima Observar e descrever: se as mamas são simétricas ou não; se a circular venosa superficial é normal ou simétrica; abaulamentos, retrações ou alterações na pele (hiperemia, edema ou ulceração) ou das papilas (descamação ou erosão); se as papilas mamárias (mamilos) são salientes ou invertidos Palpaçao Palpação de gânglios intraclavicular e supraclavucular palpacao da axila - estender o braço do paciente (direito com direito e palpa com a esquerda) (sentido peitoral, pra cima sentido umeral, sentido dorsal, sentido costal e sentido craniocaudal) palpar as mamas com as polpas digitais, primeiro superficial e depois profunda, por último a manobra de descarga papilar ou espressao (apertar o mamilo como uma pinça para a analizar saída de secreções Se a paciente relatar alguma queixa em alguma das mamas, começar pela mama contrária pedir que paciente coloque as duas mãos atrás da cabeça dividir a mama em 4 partes - quadrante superior e inferior lateral e quadrante superior e inferior medial Com as poupas digitais e movimentos circulares, primeiro mais leve e depois mais profundo Não esquecer da região de prolongamento axilar mamário (do peito até a axila) Manobra de expressão ou descarga papilar por último para analisar saída de excreção, se houver descrever - presença de secreção hialina na descarga papilar Surgimento tardio de mamilo invertido pode ser alteração maligna BI RADS - classificação internacional de exame de imagem de mama. Exame mama anormal: Características clínicas de benignidade - mobilidade, fibroelastivo, pele livre, descarga papilar multiorificial e bilateral, linfonodos pouco palpáveis, axilas livres Características de suspeição: fixo, endurecido, pele aderida, descarga papilar espontânea sério-sanguinolenta uniductal, linfonodos aumentados de volume e palpáveis. Características dos nódulos localização- quadrante e método relógio tamanho - duas dimensões (cm) forma - oval, arredondado, lobulado delimitação - limites definidos consistência - amolecida, elástica, firme, endurecida mobilidade - móvel, pouco móvel, fixo (normalmente os mais profundos são fixos) profundidade - profundo ou superficial sensibilidade - doloroso ou indolor distância do mamilo - descrever quantos cm o nódulo está do mamilo ou da areola classificar nódulos segundo estadiamento TNM Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia Anamnese A anamnese em mastologia deve conter, além das queixas espontâneas, a idade da menarca e menopausa, idade da primeira gestação de termo, lactação, exposição a hormônios ou radiação ionizante, cirurgias mamárias, e especial atenção deve ser dada aos antecedentes pessoais e familiares de câncer. As queixas mais frequentes na prática clínica da mastologia são dor mamária, nódulo e descarga papilar. A idade, depois do sexo, é o principal fator de risco para câncer de mama, sendo uma patologia cuja incidência é maior quanto mais idosa for a paciente. Um antecedente pessoal de câncer mamário aumenta significativamente o risco de um segundo câncer. A dor mamária, usualmente de natureza cíclica, é a queixa mais comum que leva a paciente a consultar seu médico. Muitas mulheres pré- menopausadas referem desconforto mamário pré-menstrual que cede espontaneamente. Uma situação similar ocorre nas pacientes pós- menopausadas que fazem terapia de reposição hormonal. A dor também pode ser causada por doenças benignas como: ingurgitamento da lactação, mastite puerperal, alterações funcionais benignas das mamas, entre outras. O câncer de mama raramente causa dor. O nódulo mamário é outra queixa frequente e permanece ainda como a apresentação mais comum do câncer de mama. A descarga papilar espontânea ou à expressão também preocupa a mulher, devendo ser caracterizada, quanto à coloração, em sanguinolento, multicolorido, em água de rocha – se uni ou multiductal e uni ou bilateral. Os mais suspeitos são em água de rocha ou sanguinolento, uniductal, unilateral e espontâneo. Entre os eventos reprodutivos relacionados ao aumento no risco de desenvolver câncer de mama, estão: a idade da menarca, característica do ciclo menstrual, paridade, idade da primeira gestação e lactação. A idade da menarca representa o desenvolvimento do ambiente hormonal maduro e o desenvolvimento do ciclo hormonal mensal que induz a ovulação, menstruação e proliferação celular no endométrio e mama. Quanto menor a idade da menarca, maior o risco para o câncer de mama Frente a queixa de dor, devemos interrogar sobre a forma de aparecimento (aguda ou insidiosa), quanto a sua cronologia, se contínua (com ou sem períodos de exacerbação), ou se intermitente (de forma cíclica ou não cíclica) e sua relação com o ciclo menstrual. Questionar sobre a intensidade (leve, moderada, severa), sua interferência nas atividades diárias e medidas que atenuam ou melhoram a dor. O tipo da dor deve ser bem caracterizado (pontada, queimação, latejante ou em peso), se é unilateral (direita ou esquerda) ou bilateral. Deve-se caracterizar ainda se a dor afeta a mama toda, um quadrante, um setor ou se apenas um ponto (caracterizando uma “zona gatilho”, ou seja, um ponto que estimulado desencadeia a dor). Verifica-se também a irradiação da dor, sendo mais comum a irradiação para o braço. Tratamentos feitos anteriormente e atualmente devem ser checados, bem como a duração dos mesmos, sua eficácia e seus efeitos colaterais. É importante ressaltar que se considera dor mamária verdadeira a dor cíclica, com ritmo que antecede o ciclo menstrual, bilateral, mais intensa nos quadrantes súpero-laterais e que geralmente cessacom o início do fluxo menstrual. Outra queixa que pode gerar grande angustia e apreensão é o relato de nódulo ou nódulos mamários. Deve-se investigar criteriosamente a queixa, definindo se é nódulo único ou se são múltiplos, se afeta mama direita ou esquerda, qual o quadrante afetado, se apresentou ou não evolução (crescimento), forma de crescimento (lento ou rápido), se sofre ou não influência do ciclo menstrual. O tamanho deve ser muito bem definido, com mensuração de pelo menos dois diâmetros, bem como sua mobilidade ou se é fixo, podendo estar aderido a planos profundos ou à pele. Os contornos mamários devem ser conferidos, referindo se há ou não abaulamento, retração ou edema cutâneo, anotando-se com cuidado o local mamário acometido no prontuário Em relação à pele da mama, devemos interrogar sobre modificações recentes, pois muitas vezes pode representar a manifestação clínica mais visível de patologia mamária. Desta forma, sinais como manchas, hiperemia, aumento da temperatura, edema cutâneo, aumento da pilosidade e sua distribuição devem ser verificados. Interrogamos ainda sobre o aparecimento de nódulos cutâneos, presença de orifícios fistulosos e características da secreção, presença de feridas e úlceras mamária. Deve-se ainda averiguar a vascularização e seu padrão de Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia distribuição. Em relação ao complexo aréolo- papilar deve-se questionar sobre o número, forma, forma da papila (bipartido, umbelicado), dimensões tanto da aréola e da papila, simetria com a mama contra-lateral, coloração, presença de lesões como infecções descamação, ulceração, nodulação, crostas ou ainda com fissuras. Investigar se há queixa de dor, prurido, queimação ou ardor. Exame físico O exame clínico completo consiste na inspeção estática, dinâmica, palpação, expressão, palpação axilar e fossa supraclavicular. Inspeção estática: Em relação às mamas, deve-se observar o número de mamas, localização, forma, volume (tomando-se o cuidado de se graduar quando se fizer a anotação), contornos (abaulamentos e retrações) e também a simetria. Em relação à pele, deve-se observar a cor, brilho, presença de cicatrizes, vascularização e distribuição dos vasos, pêlos, edema cutâneo (“peau d’orange”) e lesões (úlceras e feridas). Em relação ao complexo aréolo-mamilar (CAM), avalia-se a forma, dimensões, simetria, características da pele e retração. Devem-se observar ainda eventuais alterações do tórax (cifoses, escolioses e defeitos das articulações costoesternal) e da cintura escapular. Devem ser observadas algumas alterações como: amastia – ausência congênita da glândula mamária; atelia – ausência de mamilo; polimastia – presença de uma ou mais glândulas mamárias extranumerárias, sendo mais frequentemente a posição axilar; politelia – presença de mamilos extranumerários em algum ponto da linha mamária. Outra alteração congênita possível de ser encontrada é a síndrome de Poland, por agenesia da porção esternal do músculo peitoral maior, produzindo retração mamária. Devem ser observados o revestimento cutâneo na procura de retrações localizadas, áreas hiperemiadas ou espessadas por processo inflamatório ou neoplásico, peau d’orange por linfangite cutânea e alterações vasculares como a síndrome de Mondor, por tromboflebite superficial, localizada, da veia torácica lateral. Inspeção Dinâmica: esta etapa do exame físico é feita com a paciente na mesma posição anteriormente descrita, e engloba três manobras distintas que visam mobilizar a glândula mamária sobre a parede torácica. Primeiramente pedimos que a paciente eleve progressivamente os braços, que devem estar estendidos, com o objetivo de tornar tenso a pele e ligamentos de Cooper (Figura 2). Na seqüência pedimos que a paciente coloque as mãos na cintura e faça compressão (Figura 3), ou com os braços na frente do tórax, comprima a palma da mão esquerda contra a palma da mão direita. O objetivo desta manobra é contrair o músculo peitoral maior, o que pode realçar eventuais nódulos mamários que estejam aderidos a esta estrutura. A terceira manobra utilizada implica que a paciente estenda os braços e flexione o tronco anteriormente, de modo que as mamas fiquem pêndulas. Nesta etapa do exame físico devemos observar se há limitação da movimentação dos membros superiores, se há edema dos mesmos e a presença de escápula alada, principalmente em pacientes submetidas à cirurgia prévia. Toda e qualquer alteração observada durante a realização desta etapa deve ser meticulosamente anotada. Ligamento de cooper – importante nessa parte do exame Palpação: palpação das cadeias ganglionares e a palpação das mamas, sempre bilateralmente. Iniciamos a palpação pelas cadeias ganglionares cervicais e supra-claviculares. Para a palpação destas cadeias, preferimos nos posicionar de frente para a paciente (Figura 5), porém há quem prefira estar posicionado atrás da mesma. Na seqüência, palpa-se as cadeias infra-ganglionares e finalmente as cadeias axilares (Figuras 6). Deve- se fazer a palpação da cadeia da mamária interna com a paciente deitada. Para a palpação da cadeia linfática axilar direita, deve-se deixar o braço direito da paciente solto ao longo do corpo, ou apoiado ou sustentado pelo braço direito do examinador, enquanto com a mão esquerda, este faz a palpação. Para a cadeia linfática do lado esquerdo, inverte-se o braço de apoio e a mão que palpa, ou seja, mão direita palpa axila esquerda e mão esquerda palpa axila direita (Figura 7). Deve-se observar a presença de gânglios, localização dos mesmos, tamanho, consistência, mobilidade, relação entre si, aderência a planos profundos e eventuais ulcerações. Na palpação das mamas, lembrar que este tempo implica no exame da região que tem como limites a clavícula, o sulco infra-mamário, a linha axilar posterior, a linha médio-esternal e o prolongamento axilar. Para a palpação das mamas, a paciente deve estar em decúbito dorsal, de forma que toda a mama se distribua sobre a parede torácica. Os braços devem estar elevados com as mãos atrás da nuca. Deve-se colocar um coxim embaixo do dorso (espádua) correspondente à mama que se palpa. Preconizamos iniciar a palpação pela mama Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia “sadia”, palpando a mama afetada após, e sempre comparando os achados. A palpação deve ser sempre sistematizada, de forma suave e deve abranger toda a extensão mamária. Deve- se utilizar a ponta e a polpa digital dos dedos indicadores, médios, anulares e mínimos (Figura 8). Movimentos de dedilhamento, de massagem e de deslizamento das mãos podem aumentar a sensibilidade do examinador, como também a pressão variável sobre as mamas. Achados como nódulos, espessamentos, consistência do parênquima, localização, temperatura, mobilidade e dolorimento devem ser criteriosamente anotados. Para a descrição mais acurada do local onde a alteração se encontra na mama, dividimos a mama em quatro quadrantes, direitos ou esquerdos, quais sejam: Quadrante súpero lateral (QSL), quadrante ínfero lateral (QIL), quadrante súpero medial (QSM) e quadrante ínfero medial (QIM). Alguns consideram ainda um quinto quadrante que seria o quadrante central (retro-areolar). Além destas informações, a descrição da lesão pode ser feita de forma bastante precisa tomando-se como referência um mostrador de relógio e a distância do CAM onde está a lesão. Expressão: terminamos a palpação com a expressão das mamas, bilateralmente (Fig. 10). Deve-se fazer ordenha, de forma firme, porém delicada. Os movimentos devem ser abrangentes, estendendo-se da base da mama até o CAM e de forma radiada. Caso ocorra a descarga papilar, devemos observar sua característica (líquida,oleosa ou pastosa), coloração (hialina, leitosa, sanguinolenta ou escura), volume, número de ductos excretores, bilateralidade e a presença de ponto gatilho, ou seja, ponto que ao ser tocado produz derrame papilar. Gravidez: durante a gravidez as mamas sofrem considerável variação em volume e, às vezes em forma, devido ao grande estímulo hormonal decorrente da gestação. Pode ocorrer dolorimento e aumento da consistência do parênquima mamário. As aréolas apresentam pigmentação, tornando-se mais escuras, sofre alargamento de seu diâmetro e há maior proeminência dos tubérculos de Montgomery, que são glândulas sebáceas presentes na aréola. A rede venosa superficial sofre dilatação e é chamada de rede venosa de Haller. Em conseqüência do aumento de volume, pode ocorrer o aparecimento de estrias cutâneas. Da mesma forma, a presença de colostro pode ser verificada, com aumento do volume à medida que a gravidez avança. Exames complementares Punção aspirativa com agulha fina A PAAF fez parte do chamado “diagnóstico triplo”, que inclui a mamografia, exame clínico e punção. Essa rotina foi considerada o método de escolha para rastreamento e diagnóstico das lesões mamárias, tendo perdido espaço com o advento das biópsias com agulha grossa, que fornecem amostras histológicas da lesão. Para a obtenção de material representativo da lesão, deve ser efetuada por equipe treinada, guiada por exame de imagem e interpretada por citopatologista experiente em patologia mamária. Em diversas situações, em casos selecionados, pode ser eficaz e até evitar uma biópsia cirúrgica. As limitações do método são várias e responsáveis por altas taxas de material insuficiente, inconclusivo e falso-negativo. Mesmo diante de amostra com celularidade adequada para diagnóstico, a análise do caráter invasivo e a gradação histológica são limitadas. Com a PAAF, não é possível distinguir entre o câncer invasivo do carcinoma ductal in situ. Entre as complicações do método, a principal delas é a formação de hematoma, particularmente em pacientes com fragilidade vascular, ou em uso de antiagregantes plaquetários. A implantação de células neoplásicas no trajeto da punção é raridade, servindo de citação em descrições de relato de caso, particularmente em espécimes obtidos por biópsia de fragmento (core biopsy). A descrição da análise citológica do material puncionado é adequadamente referida por uma das duas classificações apresentadas a seguir. Proposto por Page et al., em 1997 (Hazard e Hansen, 2007): Indeterminado, inadequado ou material insuficiente; Benigno; Suspeito de carcinoma; Provavelmente carcinoma; Carcinoma. O Royal College of Pathologists do Reino Unido propôs uma classificação, adotada a seguir pelo National Health Service Breast Screening Program, apresentada a seguir (Shulman e March, 2006): Insatisfatória – indica amostra com pouca ou nenhuma célula adequada para diagnóstico; Benigna – indica amostra adequada, sem evidência de malignidade, constituída por esfregaço com boa celularidade, representado fundamentalmente por células epiteliais ductais com características citológicas típicas de benignidade; Atipia provavelmente benigna – as características de benignidade podem Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia aparecer, entretanto também se observam polimorfismo nuclear, perda da coesividade celular e alterações nucleares ou citoplasmáticas influenciadas por alterações hormonais (anticoncepcionais, reposição hormonal, mastite lúpica, mastite diabética). Estima-se que nesse grupo existam aproximadamente 20% de casos malignos confirmados posteriormente; Suspeito de malignidade – a amostra é bastante sugestiva de malignidade, entretanto algumas condições impedem que o citopatologista afirme esse diagnóstico. Entre essas condições, tem-se: celularidade escassa ou mal fixada, mas com a presença de algumas células malignas, ou com quantidade de células benignas mais representativas que as malignas na amostra. Nessa categoria cerca de 80% dos casos serão malignos; Maligna – a amostra deve ser adequada, contendo células características de carcinoma ou de outro processo maligno. O citopatologista deve cercar-se de toda a certeza ao fornecer esse diagnóstico. A PAAF, de maneira geral, pode ser indicada em situações em que não existe a necessidade de fragmento para estudo histológico, por exemplo, no diagnóstico tríplice do fibroadenoma, na punção de cistos mamários e em linfonodos suspeitos. Core biopsy (biópsia percutânea com agulha grossa) A core biopsy, ou biópsia percutânea com agulha grossa – true cut –, foi um avanço no instrumental propedêutico diagnóstico em mastologia. Tal prática é de grande valia, com taxas de acurácia próximas à da biópsia cirúrgica, permitindo em muitos casos evitar intervenções cirúrgicas. A agulha possui uma fenestra que recolhe amostras da lesão após o disparo de um sistema de mola. A rápida aceitação que a core biopsy teve se deve às suas vantagens em relação à PAAF e às biópsias cirúrgicas. Em relação à primeira, tem como vantagem menor índice de resultado falso-negativo e insuficiente, permitindo com o fragmento da lesão elucidar a gradação histológica, invasão do estroma e pesquisa de receptores hormonais ou outros marcadores imunoistoquímicos. Nos casos de diagnóstico histológico de malignidade, sendo a proposta cirúrgica a mastectomia, dispensa a análise anatomopatológica intraoperatória de congelação, pois existe o diagnóstico prévio. O resultado da core biopsy deve ser confrontado com a impressão diagnóstica da lesão clínica, mamográfica e/ou ultrassonográfica. A core biopsy de microcalcificações deve ser acompanhada pela radiografia dos espécimes, a fim de confirmar a presença delas, e a segunda confirmação se baseia na descrição de microcalcificações no laudo anatomopatológico. É fundamental que o diagnóstico seja concordante entre imagem e anatomopatológico. O número de disparos necessários para a obtenção de uma amostra tecidual representativa dependerá das características da lesão. O número de espécimes obtidos está diretamente relacionado à melhora na acurácia da técnica. Devem ser obtidos ao menos seis fragmentos nos casos da core biopsy guiada por US de nódulos sólidos e 10 fragmentos para as microcalcificações guiadas por estereotaxia. A técnica é mais precisa na elucidação da natureza histológica dos nódulos do que das microcalcificações. Para estas, a preferência é a mamotomia guiada por estereotaxia. A sensibilidade da core biopsy é de 70% a 99%, sofrendo influência do tamanho e tipo de lesão, sendo menor nas microcalcificações e carcinoma ductal in situ e maior nos nódulos sólidos. A especificidade é próxima de 100% Mamotomia (biópsia por aspiração a vácuo) O Mamote® (Biopsys Medical Irvine, Califórnia) é um sistema de biópsia por aspiração a vácuo, que difere da core biopsy por ser constituída por uma cânula de duplo lúmen que é inserida percutaneamente na mama uma única vez. Possui um sistema de aspiração rotatória, unido a um módulo de controle de aspiração. A agulha rotatória pode ter diversos diâmetros, de 8 a 14 gauge. O método permite a obtenção de diversas amostras de tecido. É possível a retirada completa de lesões de até 20 mm, embora, como a core biopsy, seja procedimento diagnóstico, e não terapêutico. Uma das vantagens desse procedimento é sua alta eficiência na captação e recolhimento dos espécimes. Havendo a remoção completa da lesão suspeita, é conveniente a marcação do local por meio da inserção de um clipe próprio, inserido com um guia pela própria luz da cânula. Isso permite localizar radiologicamente essa área se houver necessidade de excisão cirúrgica.Em relação core biopsy, tem por principal vantagem a possibilidade de obter várias amostras teciduais com uma única inserção da agulha. Em virtude de a core biopsy necessitar de Julia Paris Malaco – ambulatório ginecologia vários disparos, os deslocamentos epiteliais são mais frequentes, causando maiores dificuldades diagnósticas na interpretação anatomopatológica. Outra vantagem da mamotomia, em relação à core biopsy, é o fato de o volume tecidual das amostras ser maior e contíguo, permitindo melhor interpretação anatomopatológica. A mamotomia guiada por ultrassonografia tem vantagem, comparativamente à core biopsy, nas seguintes circunstâncias: 1.Diagnóstico de nódulos sólidos com aproximadamente 15 mm ou menos; 2.Áreas de desestruturação da arquitetura do parênquima visibilizadas pela US; 3.Nódulos em mamas acentuadamente adiposas. Nestas, há diminuição da acurácia da core biopsy, porque a fixação do nódulo durante o disparo da agulha é menos eficiente. A mamotomia produz melhores resultados, uma vez que o nódulo é fixado na luz da cânula por vácuo- aspiração; 4.Em pacientes portadoras de próteses mamárias, a biópsia de fragmento é mais segura quando realizada pela mamotomia. A mamotomia, em hipótese, tem a capacidade de diminuir os implantes neoplásicos no trajeto da cânula comparativamente às agulhas das pistolas automáticas
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