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ou IM) de 3,75 mg do acetato de leuprolida depot são indicativos de ativação do eixo gonadotrófico, sugerindo PPC.47 Com o desenvolvimento de métodos laboratoriais que utilizam anticorpos monoclonais, como o imunofluorométrico (IFMA), quimioluminescência (ICMA) e a eletroquimioluminescência (ECLIA), de maior sensibilidade e especificidade, pode-se determinar a ativação do eixo gonadotrófico pelos valores basais de gonadotrofinas.2,46 Para o método IFMA, a concentração basal de LH > 0,6 U/ℓ em ambos os sexos é suficiente para estabelecer o diagnóstico de PPC, dispensando, nesses casos, o GnRH-teste.46 Valores de LH basal < 0,6 U/ℓ indicam a necessidade do GnRH-teste.46 Um estudo brasileiro que avaliou crianças normais demonstrou, utilizando o método ICMA, que o valor basal de LH > 0,2 U/ℓ discriminou concentrações pré-púberes de púberes com 100% de sensibilidade no sexo masculino, porém no sexo feminino houve superposição dos valores basais de LH entre crianças pré-púberes e púberes.48 Os picos de LH após GnRH exógeno > 3,1 U/ℓ nas meninas e > 4,2 U/ℓ (ICMA) indicam ativação do eixo gonadotrófico.48 No entanto, esses valores de corte não foram testados em pacientes com puberdade precoce para estabelecer a sensibilidade e a especificidade no diagnóstico da PPC. Outros trabalhos da literatura, utilizando o método ICMA, sugerem que o pico de LH > 5 U/ℓ é indicativo de maturação do eixo gonadotrófico.48 Um estudo argentino, utilizando o método ECLIA, demonstrou que valores de LH (dosado 3 horas após a administração de triptorrelina) > 7 UI/ℓ (IFMA) ou > 8 UI/ℓ (ECLIA) confirmam a ativação do eixo gonadotrófico.49 Além disso, níveis de estradiol 24 h após a primeira ampola de triptorrelina 3,75 mg > 80 pg/mℓ (método ECLIA) indicaram ativação do eixo gonadotrófico.49 Os valores de corte de LH que indicam ativação do eixo gonadotrófico, de acordo com a metodologia laboratorial utilizada, estão resumidos no Quadro 21.3. Os valores de FSH, tanto em condição basal quanto após estímulo com GnRH, não são úteis para o diagnóstico diferencial das formas de precocidade sexual, exceto quando estão suprimidos, indicando PPP.46 A testosterona é um excelente marcador de precocidade sexual, tanto na forma central ou periférica, no sexo masculino, uma vez que valores pré-puberais desse hormônio excluem o diagnóstico de puberdade precoce.2 Entretanto, meninos em estágios iniciais (Tanner 2) de PPC podem se apresentar com valores púberes de LH e testosterona ainda pré-puberais. No sexo feminino, concentrações pré-púberes de estradiol não afastam o diagnóstico de puberdade precoce. De fato, um número significativo de meninas com precocidade sexual (em torno de 40%) apresenta o estradiol na faixa pré-puberal.46 Concentrações elevadas de estradiol na presença de valores suprimidos ou baixos de gonadotrofinas são sugestivas de PPP. A dosagem das concentrações de hCG em meninos deve ser realizada com o objetivo de diagnosticar tumores gonadais e extragonadais produtores de hCG.2 Outras dosagens importantes incluem TSH e T4 livre, assim como os precursores dos andrógenos adrenais.18 Um fluxograma para investigação laboratorial e diagnóstico diferencial da puberdade precoce é apresentado na Figura 21.6. Quadro 21.3 Valores de corte de LH basal e após estímulo com aGnRH indicativos da ativação do eixo gonadotrófico. Autor Protocolo Tempo (min) de pico de LH Método Valor de corte Neely et al., 1995 48 LH basal – ICMA > 0,3 UI/ℓ Neely et al.,1995 48 Pico de LH após GnRH (100 mg) 30 ICMA > 5 UI/ℓ Brito et al., 1999 45 LH basal – IFMA > 0,6 UI/ℓ Brito et al., 1999 45 Pico de LH após GnRH (100 mg) 30 a 45 IFMA > 6,9 UI/ℓ (meninas) > 9,6 UI/ℓ (meninos) Brito et al., 2004 46 LH 2 h após leuprolida depot 3,75 mg 120 IFMA > 10 UI/l (meninas) Resende et al., 2007 *47LH basal – ICMA > 0,2 UI/ℓ (meninos) Resende et al., 2007 *47Pico de LH após GnRH (100 mg) 30 a 45 ICMA > 3,3 UI/ℓ (meninas) > 4,1 UI/ℓ (meninos) Resende et al., 2007 *47Pico de LH após GnRH (100 mg) 30 a 45 IFMA > 4,2 UI/ℓ (meninas) > 3,3 UI/ℓ (meninos) Freire et al., 2015 49 LH após triptorrelina 180 ECLIA > 8 UI/ℓ file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib47 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib2 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib49 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib49 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter21.html#ch21tab3 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib2 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib2 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib18 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter21.html#ch21fig6 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib45 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib45 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib46 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib47 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib47 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib47 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(155).html#bib49 Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição
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