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Aluna: Maria Eduarda Barbosa Raposo Sistemas Orgânicos Integrados II – TICs Profº: Mário de Souza Lima e Silva 3º Período Exames indutores de isquemia: qual o motivo da utilização destes procedimentos na prática clínica? Araguaína, 23 de agosto de 2023 Exames indutores de isquemia: qual o motivo da utilização destes procedimentos na prática clínica? Os exames de indução possibilitam uma abordagem clínica ágil para fins de diagnóstico inicial, visando compreender a duração da isquemia, o ramo afetado e os danos existentes, com o intuito de guiar o tratamento adequado. No contexto de isquemia instável, como ocorre no infarto agudo do miocárdio (IAM), são empregados os seguintes procedimentos de avaliação: 1. Anamnese detalhada do paciente, incluindo a descrição dos sintomas, como a natureza da dor, sua localização, irradiação, sensação de aperto, intensidade e duração. 2. Eletrocardiograma (ECG) para avaliar a condução cardíaca e identificar possíveis alterações no segmento ST, buscando evidências que sustentem a trade diagnóstica do IAM. 3. Medição de biomarcadores séricos: Troponina: Considerada o padrão-ouro, a troponina é altamente sensível e permanece elevada por até 10 dias. Seu aumento indica uma lesão miocárdica irreversível. Mioglobina: Embora tenha um aumento substancial, ela carece de especificidade, pois não é exclusiva do coração e pode elevar-se em outras condições. Creatina quinase: Presente no músculo cardíaco, a creatina quinase também pode ser avaliada para fornecer informações sobre a lesão cardíaca. Esses exames permitem uma avaliação completa do paciente em suspeita de IAM fornecendo informações cruciais sobre a extensão da lesão cardíaca e o melhor caminho para o tratamento necessário. Já a isquemia estável refere-se à obstrução parcial de uma artéria coronariana. Para abordar essa condição, são realizados os seguintes passos: 1. Coleta da história clínica do paciente, incluindo informações sobre a presença de dor durante o esforço, a duração dessa dor, os momentos em que ocorre, histórico de dislipidemia e histórico familiar de problemas cardíacos. 2. Realização de eletrocardiograma (ECG) para avaliar possíveis alterações elétricas e identificar indícios de comprometimento cardíaco. 3. Utilização de testes não invasivos, como a realização de exercícios em bicicleta ou esteira, que auxiliam a avaliar a resposta do coração ao esforço físico. Essas abordagens permitem uma avaliação completa da isquemia estável, auxiliando na compreensão do grau de obstrução da artéria coronariana e orientando as decisões sobre o tratamento adequado. RELAÇÃO TEÓRICO – PRÁTICA O estudo dos exames de indução da isquemia cardíaca é crucial na vida do acadêmico de medicina, para que possa se estender à sua carreira profissional no momento de realizar diagnósticos, tratamentos e prevenção de doenças cardiovasculares, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a reduzir os riscos associados a essas condições. REFERÊNCIAS: GOLDMAN, Lee et al. Cecil Medicina; 24 edição; Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.