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Urina tipo 1

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Universidade Nove de Julho Maria Lívia
 Fator antinuclear - Fan: 
• É um exame utilizado para detectar autoanticorpos 
humanos, importantes no rastreio de doenças autoimunes; 
• Detecta a presença de autoanticorpos direcionados contra 
componentes celulares, não apenas contra o núcleo, 
portanto, utiliza-se também a nomenclatura “pesquisa de 
anticorpos contra antígenos celulares. 
• O FAN traz as seguintes informações: 
Presença ou ausência de autoanticorpos; 
Concentração do autoanticorpo no soro, traduzida pelo 
título; 
Padrão de fluorescência. 
Metodologia: 
• A atual técnica para o FAN utiliza Imunofluorescência indireta 
com células HEp-2 - célula humana de linhagem epitelial; 
• Imunofluorcência - metodologia que utiliza anticorpos 
específicos, marcados com fluorocromo, capazes de 
absorverem a luz ultravioleta (UV), emitindo-a num 
determinado comprimento de onda, permitindo sua 
observação ao microscópio de fluorescência (com luz UV). 
• Pao a Pao - FAN: 
É feito em paciente com 
suspeita de doença 
autoimune - o indivíduo 
tem anticorpos contra 
suas próprias células - 
identifica-se os anticorpos 
circulantes neste sangue 
do paciente; 
Com um corante 
fluorescente o laboratório marca cada um destes 
anticorpos. Depois, mistura-se esta amostra (com os Ac 
marcados) em um recipiente com uma cultura de células 
humanas (chamadas de Hep2); 
Se houver anticorpos contra estruturas das células 
humanas, estes irão se fixar às mesmas, tornando-as 
fluorescentes; 
Se o autoanticorpo for contra o núcleo das células, a 
imagem no microscópio será de vários núcleos 
fluorescentes. Se for contra o citoplasma das células, 
vários citoplasmas ficarão brilhando, e assim por diante; 
Se não houver autoanticorpos, nenhuma parte das células 
ficará fluorescente, caracterizando um FAN não-reativo. 
Os resultados são repetidos após várias diluições da 
amostra, até a fluorescência desaparecer; 
Resultados positivos são aqueles que permanecem 
brilhando mesmo após 40 diluições (resultado 1/40 ou 1:40). 
- um FAN reagente 1/40 significa que o autoanticorpo foi 
identificado mesmo após diluirmos o sangue 40 vezes; 
Até 10% da população possui FAN positivo, geralmente 
nas diluições menores que 1/80. Isto significa que só são 
valorizados valores a partir de 1/160. As diluições são 
normalmente feitas na seguinte ordem: (1/40), (1/80), (1/160), 
(1/320), (1/640), (1/1280). Valores maiores ou iguais a 1/320 
são muito relevantes e indicam doença autoimune em 
mais de 97% dos casos. 
 URinálise: 
• Envolve o estudo e análise da 
amostra biológica urina; 
• Dentre todas as análises 
feitas, o exame que mais se 
destaca é a Urina tipo 1; 
Esse exame é um dos 
exames mais solicitados 
dentro da prática médica. 
Urina tipo 1 Urina tipo 1
O FAN é positivo em 10-15% da população saudável e pode 
apresentar-se positivo também em doenças inflamatórias, 
neoplasias, no uso de alguns medicamentos e na vigência de 
algumas infecções.
Imunofluorescência Direta - técnica de camada simples, é 
utilizada para detecção de antígenos em amostras clínicas 
utilizando-se anticorpos marcados com fluorocromos. 
Imunofluorescência Indireta - técnica de dupla camada, é 
utilizada para detecção de anticorpos no soro do paciente por 
meio de antígenos fixados em uma lâmina.
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Formação da Urina: 
• Fluxo sanguíneo em rins de um adulto 70 kg ➔ 1.200 mL/
minuto; 
• Filtração de aproximadamente 1,7 mil litros de sangue 
diariamente ➔ 180 litros em média de filtrado glomerular - 
99% são reabsorvidos nos túbulos (o restante, 1% é urina); 
• Reabsorção passiva de substâncias, secreção, ajuste de 
concentrações de eletrólitos, transformação final do filtrado 
em urina, num volume de 1,0 mL/minuto. 
Urinálise - Exam: 
• Urina tipo 1 - conhecido como exame rápido de urina, 
solicitado com frequência no PS; 
• Urocultura - principal exame para a confirmação de 
infecções, no entanto o tempo para sua realização minimiza 
as solicitações no PS; 
• Urina 24 hrs - prática da bioquímica importante para dosar 
a perda de proteína na urina e acompanhar a taxa 
glomerular. 
Compição da Urina: 
• A grande parte é água - aproximadamente 95%; 
• A menor parte é composta por elementos como a ureia, 
fosfato, sulfato, amônia, magnésio, cálcio, ácido úrico, 
creatinina, sódio, potássio e outros elementos. 
Coleta da Urina - Urina tipo 1: 
• Higienização da região genital; 
• Desprezar o 1º jato - possui células da uretra; 
• Coletar o jato intermediário - jato médio. 
Metodologia - Urina tipo 1: 
• Automatizado - utilizado um leitor de tira reagente e a 
citometria de fluxo e impedância na avaliação celular; 
Tudo é feito por um único equipamento; 
100% automatizado, tanto bioquímica como parte celular. 
• Semiautomatizado - a avaliação da tira reagente é feita por 
um leitor (fotometria); 
• Manual - as tiras reagentes são comparadas com cores 
padrão de um rótulo e a parte celular é feita por 
observação na microscopia óptica. 
Avaliação - Urina tipo 1: 
• 1ª Avaliação - Física: volume, cor, odor, densidade e aspecto; 
• 2ª Avaliação - Bioquímica: pode ser feiro com a tira 
reagente; 
• 3ª Avaliação - Sedimentcopia: avaliação do sedimento 
urinário através da microscopia. 
 Avaliação física: 
Cor: 
• A cor da urina indica diversas situações: o quanto está diluída 
ou concentrada e também pode sugerir algumas condições 
patológicas; 
Colorimétrico Enzimático - quantitativo, baseia-se na 
comparação da cor pousada por uma reação química com uma 
cor padrão. De acordo com a intensidade da cor produzida, 
infere-se a concentração do determinado analito.
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Aspecto: 
• A nossa urina é normalmente límpida, a turvação é devido à 
presença de células epiteliais, leucócitos, hemácias, bactérias, 
leveduras, cristais, cilindros. 
• Urina Límpida - normal; 
• Urina levemente Turva - presença de células epiteliais, 
leucócitos, hemácias, bactérias, leveduras, cristais, cilindros; 
É uma condição ainda normal, que pode indicar a 
presença de descamação excessiva do trato urinário; 
• Urina Turva - presença abundante de células epiteliais, 
leucócitos, hemácias, bactérias, leveduras, cristais, cilindros. 
Pode estar presente principalmente em infecções do 
trato urinário, diabetes, entre outras. 
Odor: 
• Uma urina recentemente excretada possui um odor 
característico ou sui generis (normal) que é atribuído à 
ácidos orgânicos voláteis; 
• Mas a urina pode ter variações no seu odor, que em muitos 
casos, possui relação com alguma condição anormal: 
Odor Pútrido ou Fétido - provável infecção urinária; 
Odor Amoniacal - má conservação, degradação da ureia 
por bactérias produzindo NH3; 
Odor Cetônico - presença de corpos cetônicos devido à 
diabetes mellitus, esforço físico intenso, dieta severa. 
Densidade: 
• A densidade é um parâmetro que expressa o quanto uma 
urina está concentrada ou diluída; 
Há relação direta com a quantidade de água ingerida e/ou 
a quantidade de soluto eliminada por via renal. 
• A densidade normal é de 1,010 a 1,025 - parâmetro analisado 
através de fitas reagentes (na metodologia manual ou 
semiautomatizada); 
• A densidade da urina é a medida da quantidade de partículas 
(como sais, açúcares, proteínas, células sanguíneas, entre 
outros) presentes na urina em comparação com a 
quantidade de água; 
• É uma medida da concentração da urina. 
Como é Feito? 
• Os itens que serão avaliados são os seguintes: volume, cor, 
odor, densidade e aspecto; 
• Anote os resultados que foram observados; 
• Exemplo: 
Volume - 10 ml; 
Cor - amarelo escuro; 
Odor - sui generis (característico); 
Densidade - 1020 (para saber a densidade use a tira 
reagente); 
Aspecto - límpido (olhar contra a luz). 
 Avaliação bioquímica:• Avalia pH, proteínas, glicose, corpos cetônicos, urobilinogênio, 
bilirrubina, hemoglobina, nitratos, esterase leucocitária, sangue. 
Tira Reagente: 
• São constituídas por pequenos pedaços de papéis que 
possuem substâncias químicas impregnadas a elas e que 
estão presas a uma tira de plástico; 
• Quando entra em contato com a urina, reagem e mudam 
de cor expressão vários resultados; 
• Para interpretar o resultado, basta verificar a semelhança 
entre as cores da fita e da tabela.. 
pH: 
• O pH urinário normal varia de 5,5 a 6,5; 
• Variações no pH urinário podem sugerir: 
Urina com Caráter Ácido - diabetes mellitus, acidose 
respiratória/metabólica, diarreia grave, dietas proteicas, uso 
de medicamentos acidificantes; 
Urina com Caráter Alcalino/Básico - alcalose metabólica/
respiratória, dietas vegetarianas, uso de medicamentos 
alcalinizantes, infecção de urina. 
Proteinúria: 
• A maioria das proteínas que circulam no sangue são grandes 
para serem filtradas pelos rins - em situações normais, não 
costumamos ver grande quantidade de proteínas presentes 
na urina; 
• Proteinúria Pitiva - (> 150mg/24 horas): 
Lesões da membrana glomerular (distúrbios do complexo 
imune, agentes tóxicos), glomerulonefrites, insuficiência 
renal crônica, diabetes, queimadura, infecções/inflamações, 
atividades físicas extenuantes, febre, gravidez; 
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• Proteinúria Negativa - quantidades inferiores à 150 mg/24 
horas são indetectáveis no volume usado para análise; 
Glice: 
• Normalmente a glicosúria é negativa devido haver a 
reabsorção tubular renal de glicose (até o limiar renal de 180 
mg/dl) - se a glicemia (sangue) estiver em uma 
concentração de até 180 mg/dL, toda a glicose deverá ser 
reabsorvida pelos túbulos renais. 
• Glicosúria positiva e glicemia acima de 180 mg/dL - provável 
diabetes; 
• Glicosúria positiva e glicemia abaixo de 180 mg/dL - provável 
insuficiência renal. 
Corp Cetônic: 
• A produção de corpos cetônicos se dá devido a 
metabolização das gorduras; 
• Seu presença na urina pode significar: 
1º - diabetes; 
2º - hipoglicemia; 
3º - dieta restritiva; 
4º - jejum prolongado. 
Urobilinogênio: 
• É um pigmento resultante da degradação da hemoglobina; 
• Normalmente temos quantidades menores que 1 mg/dL na 
urina - um dos responsáveis pela coloração da urina; 
• Urobilinogênio Aumentado - distúrbio hepático ou hemolítico.; 
Ocorre mudança na coloração da urina, resultando em 
urina âmbar. 
Biliubina: 
• Também um produto da degradação da hemoglobina; 
• Bilirrubina não está presente na urina porque sua 
concentração sanguínea é baixa; 
• Bilirrubina direta é excretada com a bile no intestino delgado, 
e o que for reabsorvido vem na forma de urobilinogênio; 
• Biliubina Pitiva - indicação precoce de hepatopatias; 
obstrução biliar. 
Hemoglobina: 
• É uma proteína presente no 
interior da hemácia; 
• Normalmente não temos 
hemoglobina presente na urina; 
• Prença de Hemoglobinúria sem Hematúria - queimaduras 
graves, infecções, anemias hemolíticas, insuficiência renal 
crônica; 
• Prença de Hemoglobinúria com Hematúria - cálculos 
renais, tumores, traumas no trato urinário, exercício físico 
intenso. 
Nitrito: 
• Aparecem devido à capacidade que algumas bactérias gram 
negativas possuem de reduzirem o nitrato à nitrito. 
Normalmente temos nitrito negativo. 
• Nitrito Pitivo - infecções do trato urinário por bactérias 
gram negativas 
Células Sanguíneas: 
• Hemácias - presença de hemácias 
na urina é hematúria; 
Pode ou não ser visível na 
avaliação macroscópica; 
Hematúria Positiva - lesão e infecção 
no trato urinário. 
• Leucócit - também chamado de 
esterase leucocitária; 
Piúria - leucócitos na urina; 
Indica infecção do trato urinário. 
Valores de Referência - Proteínas: negativo; 
Glicose: negativo; Cetonas: negativo; Sangue: negativo; 
Leucócitos: negativo 
Nitrito: negativo Bilirrubina: negativo; Urobilinogênio: até 1 mg/dL
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Como é Feito? 
• Coloque a tira reagente em contato com a urina (por 5 
segundos), aguarde 60 segundos e faça a avaliação baseado 
na alteração de cor; 
• Exemplo: 
Proteínas - negativo; 
Glicose - negativo; 
Cetonas - ++; Sangue - negativo; 
Leucócitos - negativo; Nitrito - negativo; 
Bilirrubina - negativo; 
Urobilinogênio - < 1 mg/dL. 
 Sedimentoscopia: 
• Avaliação do sedimento urinário através da microscopia. 
Células Epiteliais: 
• É comum encontrar células epiteliais na urina - maioria não 
tem significado clínico, indicando uma descamação do 
revestimento epitelial do trato urinário; 
• A presença de células com atipias nucleares ou morfológicas 
que podem sugerir neoplasias; 
• Valor Normal - até 10.000/mL. 
• Hemácias - presença de hematúria indica lesões inflamatórias 
infecciosas ou traumáticas dos rins ou vias urinárias; 
Valor normal - até 10.000/mL; 
Hematúria - > 10.000/mL 
• Leucócit - normalmente os leucócitos presentes são do 
tipo neutrófilos, quantidades aumentadas indicam a presença 
de lesões inflamatórias ou infecciosas; 
Valor normal - até 10.000/mL; 
Leucocitúria - > 10.000/mL. 
Criais: 
• É comum encontrar cristais no sedimento urinário normal, 
raramente com significado clínico e com ligação direta com 
a dieta e baixa hidratação; 
• É necessário classificar o cristal - atente-se ao pH urinário; 
• Principais Crias de Urina Ácida: 
Cristais de urina ácida precipitam-se em urinas de pH 
ácido e são reconhecidos pela forma; 
Cristais de oxalato de cálcio; 
Cristais de ácido úrico; 
Cristais de urato amorfo; 
Cristais de cistina, leucina e tirosina - raros. 
• Principais Criais de Urina Alcalina: 
Cristais de urina alcalina precipitam-se em urinas de pH 
alcalino e são reconhecidos pela forma: 
Cristais de fosfato amoníaco magnesiano; 
Cristais de carbonato de cálcio; 
Cristais de fosfato de cálcio; 
Cristais de fosfato triplo. 
Cilindr: 
• Cilindros na urina são formados a partir da sedimentação de 
proteínas, células ou outras substâncias nos túbulos renais e 
por isso apresentam a forma de cilindros; 
• O acúmulo de uma mucoproteína de Tamm-horsfall nos 
túbulos renais levando a sua precipitação ou gelificação e 
são eliminados na urina. 
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• Cilindr Hialin - são os mais comuns; 
Constituídos só por proteínas; 
Comumente são encontrado em pessoas saudáveis. 
• Cilindr Granul - são hialinos com grânulos densos em 
sua composição. 
São de caráter patológico e geralmente associados à 
processos inflamatórios. 
• Cilindr Cérs - possuem aspecto sem brilho e aparecem 
em disfunção renal, como a insuficiência renal aguda ou 
crônica. 
Muco: 
• Produzido pelo epitélio do 
túbulo renal e células epiteliais; 
• A presença excessiva de 
muco decorre de processos 
inflamatórios do trato urinário 
inferior ou do trato genital. 
Como é Feito? 
• 1º - Centrifugar a amostra por 5 minutos a 3000 rpm 
(rotações por minuto); 
Com a centrifugação, todo sedimento irá parar no fundo 
do tubo coletor, permitindo que você consiga fazer a 
avaliação do sedimento urinário. 
• 2º - A urina deve ser transferida para uma câmera de 
neubauer (uma espécie de lâmina mais espessa); 
Depois de se colocar a urina na câmera, ela é levado ao 
microscópio para que possa ser feita a observação dos 
elementos presentes da urina; 
Ao olhar no microscópio (aumento máximo de 1000x), 
observamos que a câmera é separada em quadrantes, 
como mostra a imagem abaixo. 
• 3º - A avaliação no microscópio acontece com a 
quantificação (contagem) de alguns elementos, semi-
quantificação (geralmente o resultado vem em cruzes (+)) e 
relato (apenas citar se foi encontrado ou não) de outros 
elementos. 
Fungos 
Bactérias Espermatozoides
Trichomonas vaginalis

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