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Sistema Urinário e Infecções

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URINÁLISE
Prof.ª Msc. Camila Amato Montalbano
Doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias- UFMS
Anatomia renal
O sistema urinários é formado pelos rins, ureteres, bexiga e uretra, Com as funções de:
Remoção dos restos metabólicos do corpo na forma de urina filtração sanguínea
Absorção de metabólitos úteis
Excreção
Síntese de hormônios ( renina e eritropoetina – controle da pressão arterial 
Regulação de volume do líquido corporal
Regulação do equilíbio ácido-básico
RIM 
A urina produzida pelo rim é conduzida pelo ureter até a bexiga. 
Cada rim é composto por aproximadamente um milhão de néfrons
 
O rim é composto pelo córtex e a medula 
Componentes tubulares do Rim
Néfron	 - região que produz a urina	
Sistema de ductos coletores – coleta, concentra e transporta a urina
 
		 Túbulo renal ou urinífero 
Néfron
 
Os néfrons constituem a unidade morfofuncional dos rins. 
Cada néfron é constituído por :
Corpúsculo renal
Túbulo contorcido proximal
Alça de Henle 
Túbulo contorcido distal.
Corpúsculo renal – conjunto da Cápsula de Bowman + tufo de capilares arteriais: o glomérulo renal
Desenho esquemático do néfron
Sistema de túbulos
Túbulo contorcido proximal – esta porção do néfron, apresenta epitélio cúbico simples, rico em microvilosidades. Reabsorve em torno de 90% da água proveniente do espaço urinífero
Alça de Henle– este seguimento apresenta forma de U constituído por uma porção espessa e uma delgada.
	Ramo descendente – epitélio cúbico simples
	Ramo Ascendente – epitélio pavimentoso Funcionalmente participa da reabsorção de água. 
Túbulo contorcido distal– esta parte que se comunica com o túbulo coletor é revestida por epitélio cúbico simples e participa da troca de íons sódio e potássio. 
Aparelho Justaglomerular
O aparelho justaglomerular (AJG) é uma estrutura microscópica do néfron, localizado no pólo vascular do corpúsculo renal, formado por um componente vascular (arteríola aferente e eferente), um componente tubular (mácula densa) e pelo mesângio extraglomerular.
A mácula densa é porção final do ramo ascendente espesso e após ela, inicia-se o túbulo contorcido distal. O AJG é parte de um complexo mecanismo de feedback que regula o fluxo sanguíneo renal (feedback tubuloglomerular) e a taxa de filtração glomerular e, indirectamente, modula o balanço de sódio e a pressão sanguínea sistémica, através do sistema renina-angiotensina-aldosterona.
A pró-renina e a renina estão armazenadas na mácula densa, que é sensível à diminuição da concentração de NaCl, sendo isso um estímulo para a libertação de renina pelas células granulares. A renina transforma o angiotensinogénio do fígado em angiotensina I, que é transformada em angiotensina II pela ECA existente nos pulmões.
Infecção Urinária
Multiplicação bacteriana em qualquer segmento do aparelho urinário
Bacteremia oculta
Vacinação contra Haemophilus influenza tipo B e Pneumococo diminuiu sua prevalência
Diminuiu bacteremia e meningites
O trato urinário passa a ser o local mais comum de infecções bacterianas sérias
Epidemiologia
Mais comum no sexo feminino
Maior proximidade da uretra com o ânus
Menor comprimento da uretra
Uso de roupas apertadas
Ato de limpar-se de trás para a frente
Fatores de risco
Mulher
Pessoas com Diabetes mellitus
Mulheres que usam diafragma como método contracetivo
Pessoas com histórico de cálculos renais (pedras nos rins)
Pessoas com sonda vesical
Portadores de complicações com a próstata
Idosos
Pessoas com imunodeficiência
Diagnóstico
 Urina tipo 1
Urina de 24 horas
Urocultura
Mulheres não grávidas e sádias: tratamento diretamente sem exames
Homens, mulheres grávidas, crianças e suspeita de pielonefrite: exames
Cistite
 Infecção urinária da bexiga, geralmente causada por infecção por bactérias, como E. coli ou Staphylococcus saprophyticus. 
Sexo vaginal após sexo anal aumenta o risco de infecções urinárias, pois E.Coli, Klebsiella e Staphylococcus podem ser flora normal do intestino. 
O uso de diafragmas, gel espermicida e o próprio ato sexual também podem favorecer a entrada de bactérias pela uretra. Bloqueios no fluxo urinário, como uma pedra nos rins ou próstata aumentada, também aumentam o risco.
 
Pielonefrite
A pielonefrite é uma infecção do aparelho urinário que atinge um ou ambos os rins.
 Aguda se causada por uma bactéria
 Crónica se houver uma lesão no rim após várias infecções repetidas.
Macroscopicamente há atrofia do rim afectado. A pelve e os cálices ficam danificados e por vezes obstruem a passagem da urina. Com o microscópio, vê-se extensa fibrosação do rim, uma resposta provocada pelo sistema imunitário à infecção constante. Há atrofia de alguns túbulos, dilatação de outros, com conteúdo hialino devido à proteína retida.
Urinálise
 OBJETIVOS
Geral:
Realizar de forma correta o exame de urina
(EAS, tipo I)
Específicos:
Realizar o exame de forma padronizada a
fim de obter resultados confiáveis;
Obter resultados válidos para influenciar
decisões clínicas.
Urinálise
 Sequência de uma amostra de urina:
Solicitação Médica
Orientação
Coleta
Entrega da Amostra
Armazenamento
Realização das Análises
Liberação dos Resultados
Composição da Urina
Em geral a urina é constituída por uréia e
outras substâncias orgânicas e inorgânicas.
Uréia: resíduo metabólico produzido no
fígado a partir da utilização de proteínas e
aminoácidos.
Componentes: sódio, potássio, magnésio, 
amônia, aminoácidos, cloreto, creatinina,
vitaminas, hormônios, medicamentos, etc...
 
Urinálise
 Etapa pré-analítica: responsável por 70% dos erros
 Orientações ao cliente/paciente;
 Coleta da amostra:
	- tipo de amostra;
	- orientações de coleta;
	- frasco de coleta.
 Aceitabilidade da amostra;
 Estabilidade da amostra;
 Uso de preservantes;
 Armazenamento da amostra.
Urinálise
 Etapa Pré-Analítica
 Critérios de Aceitabilidade da amostra:
 volume insuficiente;
 contaminação visível;
 preservação inadequada;
- identificação incorreta;
- frasco de coleta inadequado.
Urinálise
 Exame de Urina (EAS, Tipo I)
 Material de Coleta e Preparo Padronizado
EAS ou URINA TIPO I
O EAS é o exame de urina tipo I
Através da coleta de 40-50 ml de urina
Solicita-se que se use a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato. Esta pequena quantidade de urina desprezada serve para eliminar as impurezas que possam estar na uretra. 
URINA TIPO I
O Exame de urina tipo 1 é divido em duas partes: a primeira é feita através de reações químicas e a segunda por visualização de gotas da urina pelo microscópio (sedimentoscopia). 
Na primeira parte mergulha-se uma fita na urina. Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina. 
EAS
Após 1 minuto, compara-se a cores dos quadradinhos com uma tabela de referência.
Através destas reações pode-se detectar a presença e a quantidade dos seguintes dados da urina:
- Densidade
- pH
- Glicose
- Proteínas
- Hemácias 
- Leucócitos
- Cetonas
- Urobilinogênio e bilirrubina
- Nitrito
- Cristais
- Células epiteliais e cilindros
EAS
Os resultados da fita são qualitativos: a fita identifica a presença dessas substâncias citadas, mas a quantificação é apenas aproximada. 
O resultado é normalmente fornecido 
em uma graduação de cruzes de 1 a 4. 
Volume Urinário
Anúria: interrupção completa do fluxo
urinário;
Disúria: micção dolorosa;
Diurese: secreção urinária natural ou
provocada;
Oligúria: grande redução no fluxo urinário;
Piúria: pus na urina;
…..
Características Físicas
 VOLUME
O determinante principal do volume urinário
é a ingestão hídrica. O volume varia também
com a perda de fluídos por fontes não renais
(ex. transpiração), variação na secreção do
hormônio antidiurético e necessidade de
excretar grandes quantidades de soluto.
Características Físicas
 VOLUME
Alterações no volume:
Poliúria: aumento do volume urinário (DM,
glomerulonefrite,uso de diuréticos, álcool,...)
Oligúria: diminuição do volume urinário
(desidratação, vômitos, diarréias, transpiração,
queimaduras graves, ...)
 
Características Físicas
 VOLUME
Alterações no volume:
Anúria: volume inferior a 50 ml em 24 h
(obstrução das vias excretoras urinárias, lesão
renal grave ou diminuição do fluxo sanguíneo
para os rins – IRA)
Características Físicas
 COLORAÇÃO
A cor da urina é devido a um pigmento
denominado urocromo, que é um produto do
metabolismo endógeno, produzido em
velocidade constante. A coloração indica de
forma grosseira, o grau de hidratação e o grau
de concentração de solutos.
Características Físicas
 COLORAÇÃO
Procedimento: observar macroscopicamente a
coloração da urina.
Cores: incolor, palha, amarelo-citrino,
amarela-escura, âmbar, laranja, 
amarelo-esverdeada, marrom-amarelada, verde,
azul-esverdeada, rosada, vermelha, marrom,
preta.
Características Físicas
 COLORAÇÃO
Condições que alteram a coloração da urina:
presença anormal de bilirrubina : amarelo-
escuro ou âmbar;
doenças hepáticas : amarelo-esverdeado,
castanho ou esverdeado;
urina com hemáceas: vermelho;
medicamentos: laranja, vermelha, castanho,
verde.
36
 Análise Física
 Cor: Amarela (Claro – Escuro)
Amarela
Vermelha
Características Físicas
Características Físicas
 ASPECTO
Refere-se a transparência da amostra de
urina. A urina normal, recém eliminada
geralmente é límpida, podendo apresentar
certa opacidade devido a precipitação
de cristais , presença de filamentos de muco e
células epiteliais na urina de mulher.
38
Características Físicas
 ASPECTO
Procedimento: observar visualmente a
amostra homogeinizada;
Aspecto da urina: limpo, ligeiramente turvo,
turvo e acentuadamente turvo;
Substâncias que provocam turvação: cristais,
leucócitos, hemáceas, bactérias, sêmen, células
epiteliais e muco.
39
 Análise Física
 Aspecto
Transparente
Opaca
Turva
Características Físicas
 Análise Física
 Odor: “sui generis”
Características Físicas
 Análise Física
 Densidade: 1,010 a 1,035
Características Físicas
Características Físicas
 DENSIDADE
Avalia a capacidade de reabsorção renal;
O volume de urina excretada , e sua
concentração de solutos variam nos rins, para a
manutenção da homeostase dos fluidos
corporais e eletrolítico;
O valor da densidade medida na amostra é
influenciado pelo número de partículas químicas
dissolvidas bem como pelo tamanho das
mesmas.
43
Características Físicas
 DENSIDADE
Procedimento: fitas reagente, refratômetro,
e o urinomêtro (hidrômetro);
Valor normal: 1005 a 1035;
Alterações na densidade: A densidade
depende do grau de hidratação do paciente
Observa-se também
um aumento no valor em pacientes que
estejam recebendo fluídos intravenosos de
elevado peso molecular, proteinúria e glicosúria.
44
Características Químicas
 REAÇÃO DE pH
A determinação do pH urinário é importante
por ajudar a detectar possíveis distúrbios
eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica
ou respiratória, também pode indicar algum
distúrbio resultante da incapacidade renal de
produzir ou reabsorver ácidos ou bases;
45
Características Químicas
 REAÇÃO DE pH
O controle do pH é feito principalmente da
dieta, embora possam ser usados alguns
medicamentos;
O conhecimento do pH urinário, é importante
também na identificação dos cristais
observados durante o exame microscópico do sedimento urinário.
46
Características Químicas
 REAÇÃO DE pH
Valores : 4,5 a 7,0
Interferentes: o crescimento bacteriano em
uma amostra, pode tornar o pH alcalino, devido
ao fato da uréia ser convertida em amônio. 
47
Características Químicas
 REAÇÃO DE pH
Urinas ácidas: dietas rica em proteínas,
acidose metabólica ou respiratória, alguns
medicamentos.
Urinas alcalinas: dieta rica em frutas e
verduras, ingestão de medicamentos com
caráter alcalino, após vômitos repetitivos,
alcalose metabólica ou respiratória.
48
Características Químicas
 PROTEÍNA
A urina normal contém quantidades muito
pequena de proteínas, em geral, menos
de 10 mg/dl. Esta excreção consiste
principalmente de proteínas séricas de baixo
PM (albumina) e proteínas produzidas no trato
urogenital;
49
Características Químicas
 PROTEÍNA
Ausência = menos que 10 mg/dL (valor normal)
Traços = entre 10 e 30 mg/dL
1+ = 30 mg/dl
2+ = 40 a 100 mg/dL
3+ = 150 a 350 mg/dL
4+ = Maior que 500 mg/dL
50
Características Químicas
 PROTEÍNA
Procedimento: o teste com fita reagente é
sensível a albumina, e o teste de precipitação
ácida é sensível a todas as proteínas;
Resultado: negativo, traços ( +1, +2, +3 );
Proteinúria: lesão da membrana glomerular
(complexos imunes, agentes tóxicos), distúrbios
que afetam a reabsorção tubular das proteínas
filtradas, mieloma múltiplo, hemorragia, febre,
fase aguda de várias doenças.
51
Características Químicas
 PROTEÍNA
Método Confirmatório: 
MÉTODO ÁCIDO SULFOSSALICÍLICO
1,0 ml de urina limpa + 4 gts ácido
sulfossalicílico a 3%: quando positivo, haverá
turvação do líquido diretamente proporcional a
quantidade de proteína na urina.
52
Características Químicas
 PROTEÍNA
PESQUISA DE PROTEÍNA DE BENCE JONES
pessoas com mieloma múltiplo apresentam um
aumento dos níveis séricos desta proteínas. É
um distúrbio proliferativo dos plasmócitos
produtores de imunoglobulinas.
podem ser identificadas pelo fato de se
precipitarem quando a mesma é aquecida à 40
ou 60 °C, dissolvendo-se quando a temperatura
atinge 100°C. 
53
Características Químicas
 GLICOSE
Quase toda a glicose filtrada pelos
glomérulos é reabsorvida no túbulo contorcido
proximal, portanto, a urina contém quantidades
mínimas de glicose;
No DM, o nível de glicose se elevam demais,
aparecendo na urina;
O nível sangüíneo em que cessa a reabsorção
tubular é chamado “limiar renal”, sendo de 160 a 180 mg/dl.
54
Características Químicas
 GLICOSE
Procedimento: o teste com fita reagente é
baseado na glicose-oxidase e cdromogênio; Resultado: negativo, traços ( +1, +2, +3 );
Glicosúria: usados para rastrear diabetes,
confirmar um diagnóstico de diabetes e
monitorizar o grau de controle diabético.
55
Características Químicas
 GLICOSE
Método Confirmatório: 
REATIVO DE BENEDICT
Colocar 1,0 ml de reativo de Benedict em um tubo de ensaio e adicionar 0,1 ml de urina.
Ferver e, caso a urina contenha glicose, processsar-se-á mudança de cor do reativo – solução azul (límpida), esverdeado, amarelado ou precipitado vermelho.
56
Características Químicas
 BILIRRUBINA
A presença de bilirrubina na urina pode ser a
primeira indicação de hepatopatia e, muitas
vezes é detectada bem antes do
desenvolvimento da icterícia;
A bilirrubina permite fazer a detecção
precoce de hepatite, cirrose, doenças da
vesícula biliar e câncer;
57
Características Químicas
 BILIRRUBINA
A urina normal não apresenta bilirrubina. É
oriunda do metabolismo da hemoglobina. A
hemácia é destruída no baço e no fígado. A Hb
liberada é decomposta em ferro, proteína e
protoporfirina.
A bilirrubina é observada quando a
bilirrubinemia se acha acima de 2 mg/dl, à
custa da bilirrubina conjugada, e pode ser
notada antes da coloração amarela da pele e mucosas.
58
Características Químicas
 BILIRRUBINA
Tiras Reagentes: produz coloração marrom-
Avermelhada.
Método Confirmatório: 
REAÇÃO DE FOUCHET
Baseado oxidação da bilirrubina a biliverdina
pelo cloreto férrico dissolvido em ácido
tricloracético.
59
Características Químicas
 CETONAS
Englobam três produtos intermediários do
metabolismo das gorduras : acetona (2%), ácido
acetoacético (20%) e ácido beta-
hidroxibutírico (78%);
Normalmente, não aparecem quantidades
mensuráveis de cetona na urina, pois toda a
gordura metabolizada é completamente
degradada e convertida em dióxido de carbono
e água;
60
Características Químicas
 CETONAS
Quando o metabolismo do carboidrato é
alterado, uma quantidade excessiva de cetonas
é formada (acidose), porque a gordura torna-se
o combustível corporal predominante, em vez
dos carboidratos;
A presença de cetonúria indica:
deficiênciano tratamento com insulina no DM;
necessidade de regular a sua dosagem insulina;
desequilíbrio eletrolítico (desidratação). 
61
Características Químicas
 NITRITO
Útil na detecção da infecção inicial da bexiga
(cistite), pois muitas vezes os pacientes são
assintomáticos;
Pode evoluir pielonefrite, que acarreta lesão
dos tecidos renais, hipertensão e até mesmo
septicemia. 
62
Características Químicas
 NITRITO
Pode ser usado para: 
avaliar o sucesso da antibioticoterapia;
para acompanhar periodicamente as pessoas
que tem infecção recorrentes, diabéticos e
mulheres grávidas, que são considerados de alto
risco para infecção urinária. 
63
Características Químicas
 NITRITO
Fundamento da prova: 
capacidade que certas bactérias têm de
reduzir o nitrato, convertendo em nitrito;
64
Características Químicas
 UROBILINOGÊNIO
Assim como a bilirrubina, o urobilinogênio é um
pigmento biliar resultante da degradação da
hemoglobina;
Parte do urobilinogênio formado no intestino é
excretada como componente das fezes, onde é
oxidada em urobilina; outra parte é absorvida na
corrente sangüínea portal e transportada para o
fígado, onde é metabolizada e excretada nos
rins.
65
Características Químicas
 BILIRRUBINA
Método Confirmatório: 
REAÇÃO DE EHRLICH
Tira reagente: produz coloração marrom-
avermelhada;
Colocar 100μl de urina em um tubo de ensaio,
adicionar 100μl do reativo. Adicionar 200μl da
solução saturada de acetato de sódio e
misturar. O desenvolvimento da coloração
rósea indica a presença de urobilinogênio.
66
Características Químicas
 BILIRRUBINA
Método Confirmatório: 
REAÇÃO DE EHRLICH
Tira reagente: produz coloração marrom-
avermelhada;
Colocar 100μl de urina em um tubo de ensaio,
adicionar 100μl do reativo. Adicionar 200μl da
solução saturada de acetato de sódio e
misturar. O desenvolvimento da coloração
rósea indica a presença de urobilinogênio.
67
Leucócitos no exame de urina: sua presença indica que há inflamação nas vias urinárias. Sugere infecção urinária, mas presente em várias outras situações: traumas, uso de substâncias irritantes. 
Hemácias na urina: quantidade de hemácias na urina é desprezível e não consegue ser detectada pelo exame da fita. O normal é haver ausência de hemácias. Além do teste da fita, realiza-se também a sedimentoscopia (exame microscópico). Hematúria: pode indicar infecções, cálculos renais e doenças renais graves. 
Cristais no exame de urina: A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, não tem nenhuma importância clínica. Sua presença indica uma maior propensão à formação de cálculos renais.
Células epiteliais e cilindros no exame de urina: A presença de células epiteliais é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Só têm valor quando se agrupam em forma de cilindro (cilindros epiteliais).
Creatinina
Nossos músculos precisam de energia para exercer suas funções. O “combustível” que gera esta energia é uma proteína chamada creatina fosfato, sintetizada a partir das proteínas da nossa alimentação. A creatina fosfato é produzida no fígado e posteriormente armazenada nos músculos.
A nossa musculatura está permanentemente em atividade, mesmo quando estamos em repouso. Isto significa que estamos o tempo inteiro consumindo creatina fosfato. A creatinina é uma espécie de lixo metabólico resultante deste consumo constante. Após a sua geração, a creatinina é lançada na corrente sanguínea, sendo eliminada do corpo na urina, através dos rins.
Resumindo este ciclo:
– proteínas ingeridas na dieta »» produção de creatina fosfato pelo fígado »» consumo da creatina fosfato pelos músculos para geração de energia »» produção de creatinina »» eliminação da creatinina pelos rins.
Creatinina
Se o paciente mantém sua massa muscular mais ou menos estável, mas apresenta um aumento dos níveis de creatinina sanguínea, isso é um forte sinal de que o seu processo de eliminação do corpo está comprometido, ou seja, os rins estão com algum problema para excretá-la.
Se os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina produzida diariamente pelos músculos, eles provavelmente também estarão tendo problemas para eliminar diversas outras substâncias do nosso metabolismo, incluindo toxinas. Portanto, um aumento da concentração de creatinina no sangue é um sinal de insuficiência renal.
Clearence de creatinina
A creatinina não é parâmetro suficiente para definir a função renal. 
Assim é importante realizar o cálculo de clearence de creatina ou TGF (Taxa de filtração glomerular), para saber se o rim esta filtrando diariamente a quantidade exata.
 U mg/dL Vol. 24 h (mL) 1,73 
Mililitros de plasma depurados por minuto = ------------- x -------------------x------------ 
 S mg/dL 1440 minutos sup. corp
Depuração da Creatinina
Onde:
U = creatinina na urina (mg/dL)
S = creatinina no soro (mg/dL)
Volume 24 h = volume urinário de 24 horas
1440 são os minutos presentes em 24 horas
Sup. Corp.= superfície corporal (usa- se o normograma de superfície corporal através da
 altura e peso do paciente
Cretinina
Valores de referência sangue
crianças de 1 a 5 anos: 0,3-0,5mg/dL
crianças de 5 a 10 anos: 0,5-0,8mg/dL
adultos do sexo masculino: 0,7-1,2mg/dL
adultos do sexo feminino: 0,5-1,1mg/dL
Valor de referência Urina
800 a 1.800 mg/24 h (34 a 75 mg/hora)
Exemplo:
Creatinina na urina: 62 mg/dL
Creatinina no soro: 1,37 mg/dL
Volume de 24 horas: 1872 mL
Peso do paciente: 59 quilogramas
Altura do paciente: 172 centímetros
Superfície corporal (através do normograma): 1,70 m2
 62 mg/dL X 1872 mL X 1,73
Depuração da creatinina = ----------------------------------- = 59,87 mL/minuto
 1,37 mg/dL X1440 min X1,70
 
EAS (urina tipo I) normal:
EAS (urina tipo I) normal: 
COR ---- amarelo citrino 
ASPECTO ---- límpido
DENSIDADE ---- 1.015
PH ---- 5,0
EXAME QUÍMICO
Glicose ---- ausente
Proteínas ---- ausente
Cetona ---- ausente
Bilirrubina ---- ausente
Urobilinogênio ---- ausente
Leucócitos ---- ausente
Hemoglobina ---- ausente
Nitrito ---- negativo
MICROSCOPIA DO SEDIMENTO (sedimentoscopia)
Células epiteliais ---- algumas
Leucócitos ---- 5 por campo 
Hemácias ---- 3 por campo
Muco ---- ausente
Bactérias ---- ausentes
Cristais ---- ausentes
Cilindros ---- ausentes
OBRIGADA!!!!!!
montalbano.c@hotmail.com

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