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TEMA 6 - Construção da cobertura e impermeabilização

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Prévia do material em texto

Construção da cobertura e impermeabilização
Prof.ª Dayanne Severiano Meneguete
Descrição Os diferentes tipos de laje, tais como as lajes maciças, nervuradas, pré-
fabricadas, steel deck, bubbledeck e protendida, bem como os telhados
de madeira, metálico e verde, o sistema de impermeabilização e a manta
asfáltica.
Propósito Conhecer os principais tipos de lajes de cobertura que são executadas
em obras prediais, bem como seu processo executivo; entender quais
são os elementos constituintes dos diferentes telhados – de madeira,
metálico e verde – e, por fim, obter conhecimento sobre o sistema de
impermeabilização que deve ser utilizado tanto no sistema de lajes
como no de telhados.
Preparação Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e
smartphone ou computador.
Objetivos
Módulo 1
Lajes de
cobertura
Reconhecer os principais
tipos de lajes existentes
que podem ser utilizados
em obras civis.
Módulo 2
Telhado
Analisar os tipos de
estruturas que podem
constituir um telhado.
Módulo 3
Sistema de
impermeabilização
Identificar os métodos
existentes para
impermeabilização de
edificações.
Introdução
Para iniciar seu estudo, assista ao vídeo a seguir e conheça os principais
sistemas adotados para lajes de cobertura, telhados e impermeabilização
desses sistemas.

1 - Lajes de cobertura
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os principais tipos de
lajes que podem ser utilizados em obras civis.
Vamos começar!
Quais são os principais tipos de
lajes que podem ser utilizados
em obras civis?
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais tipos de lajes que podem
ser utilizados em obras civis.
Conceitos gerais
Lajes são partes elementares dos sistemas estruturais dos edifícios de concreto
armado, podendo ser entendidas como componentes planos, de comportamento
bidimensional, utilizados para a transferência das cargas que atuam sobre os
pavimentos para os elementos que as sustentam. No geral, a laje é o elemento
estrutural responsável por transmitir as ações das cargas que nela atuam para
as vigas ou, no caso de lajes sem vigas, diretamente para os pilares.
As lajes são estruturas comuns em edifícios residenciais, comerciais e
industriais. No caso particular de edifícios de concreto, existem diversos
métodos construtivos com ampla aceitação no mercado da construção civil.
Com as novas tecnologias existentes para redução de custos, é muito mais
benéfica a utilização destas.
Comentário

Atualmente, há diversos tipos de lajes que formatam o diversificado mercado da
construção civil, e cada um deles pode ser utilizado em um determinado ramo de
construção ou necessidade.
Algumas lajes têm a característica de reduzir a carga das estruturas, sendo mais
leves, como as pré-moldadas; outras têm a função de serem mais resistentes,
como as maciças (totalmente em ferro e concreto); algumas têm o formato
propício a economizar a quantidade de concreto, como as nervuradas, enquanto
outras são mais esbeltas ou espessas.
Portanto, há diversas formas e tipos de lajes para atender às reais situações
especiais em cada canteiro. A escolha correta do tipo de laje para a edificação
pode contribuir para o aumento do valor econômico do empreendimento, da
segurança da estrutura e do conforto do usuário. Na atualidade, existem
diversas lajes, como as destacadas a seguir:
Laje maciça
Laje cogumelo ou
lisa
Laje grelha
Laje nervurada
Laje de concreto pré-
fabricado (painel)
A Associação Brasileira de Normas Técnicas, na NBR 6118 de 2014, Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento, trata sobre as várias estruturas de
concreto que constituem os elementos de uma edificação.
Entre eles, a norma apresenta critérios de dimensionamento para lajes maciças,
cogumelo ou lisa, nervuradas etc. Porém, lajes como as pré-moldadas devem
obedecer aos critérios da ABNT NBR 9062:2017. No caso de uso de lajes
alveolares protendidas, deve-se obedecer o que estabelece a ABNT NBR
14861:2022.
Laje alveolar
Laje caixão perdido
Laje pré-fabricada TT
ou PI
Laje steel deck
Laje treliçada
Laje pré-moldada
Laje bubbledeck
Lajes tradicionais
Como dito anteriormente, existem diversos tipos de laje, e sua escolha vai variar
em função do tipo de estrutura a ser aplicada e dos recursos técnicos e
financeiros disponíveis. Sendo assim, serão apresentadas as lajes mais
tradicionais, como a maciça e a popularmente conhecida como pré-moldada
treliçada, e as lajes mais modernas, como a steel deck e a bubbledeck.
Laje maciça
Segundo Araújo (2010), as lajes maciças são placas de espessura uniforme,
apoiadas ao logo do seu contorno. Os apoios podem ser constituídos por vigas
ou por alvenarias, sendo esse o tipo de laje predominante nos edifícios
residenciais em que os vãos são relativamente pequenos, como ilustra a
imagem a seguir.
Corte de laje maciça apoiada em vigas.
As lajes maciças são constituídas por peças maciças de concreto armado ou
protendido. Foi, durante muitas décadas, o sistema estrutural mais utilizado nas
edificações correntes em concreto armado. Graças a sua grande utilização, o
mercado oferece uma mão de obra bastante treinada. Esse tipo de laje não tem
grande capacidade portante, devido à pequena relação rigidez/peso.
Os vãos encontrados na prática variam, geralmente, entre 3 e 6 metros, sendo
possível encontrar vãos de até 8 metros. Dentro dos limites práticos, essa
solução estrutural apresenta uma grande quantidade de vigas, o que dificulta a
execução das fôrmas. Observe o exemplo de projeto a seguir.
A laje maciça, ou moldada in loco, é totalmente construída na obra a partir de
uma fôrma, normalmente de madeira, na qual é despejado o concreto. Antes, são
montadas as armaduras, positiva e negativa, de vergalhões/barras metálicas que
conferem ao sistema uma maior resistência. Abaixo temos um exemplo das
armações de uma laje maciça.
Projeto de uma laje maciça.
Após o posicionamento correto da armadura e das instalações, como os pontos
sanitários que por ventura irão passar pela laje (ver figura abaixo), a laje está
pronta para receber o concreto. Após a secagem do concreto, a laje está pronta.
Execução de uma laje maciça.
Os pontos altos desse sistema são a menor suscetibilidade a trincas e fissuras,
além do acabamento liso da parte inferior. Porém, as formas exigem um
consumo considerável de madeira; a laje é mais pesada, o que exige mais do
restante da estrutura, e o custo final, normalmente, é mais alto.
A seguir compare três tipos de lages maciças.

São o tipo mais comum. São formadas por uma superfície plana lisa na
parte superior e inferior e se apoia nas vigas da construção, como mostra
a imagem.
Laje maciça apoiada em vigas.
São parecidas com as simples, mas se apoiam diretamente sobre os
pilares, com a utilização dos denominados capitéis, como podemos ver
na imagem.
Laje maciça com capitel.
São constituídas por placas estruturais moldadas in loco e apoiadas
diretamente sobre pilares, não havendo, dessa maneira, a existência das
vigas de apoio, como ilustra a próxima imagem. Também conhecidas
como lajes puncionadas, sua armadura é, basicamente, radial, centrando
Lajes maciças simples 
Lajes do tipo cogumelo 
Lajes maciças lisas 
maiores taxas de armadura próximo às regiões puncionadas, ou melhor,
às regiões sobre os apoios.
Laje maciça lisa (puncionadas).
A principal diferença entre lajes lisas e lajes cogumelos é que estas últimas são
apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto as lisas são apoiadas
nos pilares sem capitéis.
A fim de evitar o desempenho inaceitável para os elementos estruturais e
propiciar condições de execução adequadas, a NBR 6118:2014 determina
algumas dimensões limites para as espessuras das lajes, sendo:
 7cm para cobertura que não esteja em
balanço.
 8cm para lajes de piso que não
estejam em balanço.
 10cm para lajes em balanço.
Laje nervurada
As lajes nervuradas com cubas plásticas são soluçõesestruturais para espaços
amplos, ou seja, para locais em que os vãos entre os pilares são relativamente
grandes, como garagens e estações de metrô. Essa metodologia também
dispensa a utilização de blocos de concreto, tijolos cerâmicos e técnicas
tradicionais de enchimento de laje, o que proporciona um alívio na carga
estrutural.
A NBR 6118:2014 descreve lajes nervuradas como “as lajes moldadas no local
ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos
esteja localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte”.
 10cm para lajes que suportem
veículos de peso total menor ou igual
a 30kN.
 12cm para lajes que suportem veículos
de peso total maior que 30kN.
 15cm para lajes com protensão
apoiadas em vigas, com o mínimo de
 para lajes de piso biapoiadas e
 para lajes de piso contínuas.
l/42
l/50
 16cm para lajes lisas e 14cm para lajes
cogumelo fora do capitel.
Sendo assim, pode-se dizer que as lajes nervuradas se apresentam como uma
das estruturas mais inteligentes no que se refere ao aproveitamento da
resistência do material, alcançando maiores vãos se comparadas às lajes
convencionais, como ilustra a imagem a seguir.
Laje nervurada.
O aproveitamento da resistência consiste no afastamento do concreto (material
pouco resistente à tração) das zonas tracionadas e na concentração desse
material nas zonas comprimidas. É possível observar, na imagem a seguir, que o
molde recuperável ocupa a parte da laje em que não há necessidade de
materiais como aço ou concreto, o que proporciona uma economia para esse
tipo de laje.
Detalhe executivo de uma laje nervurada.
As lajes nervuradas são empregadas quando se deseja vencer grandes vãos
e/ou grandes sobrecargas. O aumento do desempenho estrutural é obtido em
decorrência da ausência de concreto entre as nervuras, que possibilita um alívio
de peso e não compromete sua inércia.
A execução da laje nervurada segue um fluxograma do método construtivo da
laje nervurada moldada in loco, podendo ser dividida de maneira geral em 11
etapas, conforme descrito a seguir.
 Colocam-se os escoramentos
metálicos e o vigamento; logo após,
instalam-se as formas plásticas.
 Consecutivamente, montam-se as
placas de madeira (que servem de
apoio para as formas) sobre as
escoras.
 Organizam-se as formas sobre os
painéis.
 Nivelam-se as formas com a ajuda de
sarrafo de madeira e, logo após, �xa-
se uma faixa de tapume na lateral da
laje.
 Colocam-se as armaduras.
 Fixam-se os vergalhões e os estribos.
A laje nervurada, normalmente, consiste em fôrmas de polipropileno montadas
lado a lado, que, ao serem concretadas, formam nervuras nas lajes. Uma
característica marcante desse modelo se encontra no aproveitamento da forma
para acabamento interno.
Cabe ressaltar que uma inovação construtiva em relação às lajes nervuradas
começa a chamar a atenção do setor da construção. Trata-se da inserção de
uma terceira nervura na estruturação da laje.
A grande mudança é na forma plástica, que servirá para moldar e confeccionar
as três nervuras na laje. Esse molde possui uma nervura diagonal na qual
poderão ser inseridas armaduras passivas, ou uma cordoalha para protensão.
 Aplica-se o concreto sobre a laje.
 Faz-se a vibração do concreto para
eliminar o máximo de vazios,
sarrafear e nivelar a laje.
 Retiram-se os escoramentos e as
placas de madeira que apoiam as
formas, deixando apenas o
escoramento a cada 1,5m2.
 Retiram-se as formas.
 Após a cura total do concreto, retira-
se o restante do escoramento.
Lajes pré-fabricadas
Existem diversos tipos de lajes pré-fabricadas, que seguem um rígido controle de
qualidade das peças, inerente ao próprio sistema de produção. Podem ser
constituídas por vigotas treliçadas ou armadas, que funcionam como elementos
resistentes, cujos vãos são preenchidos com blocos cerâmicos ou de cimento,
ou por painéis pré-fabricados protendidos ou treliçados, apoiados diretamente
sobre as vigas de concreto ou metálicas (estrutura mista), dispensando o
elemento de vedação.
A grande vantagem desse tipo de solução é a velocidade de execução e a
dispensa de fôrmas. Seus vãos variam de 4 a 8 metros, podendo chegar a 15
metros, como mostra a tabela a seguir.
Características de elementos de lajes.
Laje treliçada
A laje treliçada, também conhecida como laje nervurada pré-moldada com vigota
treliçada, surgiu na Europa com o intuito de superar a laje maciça, trazendo
maiores benefícios e economia às construções. Elas são lajes do tipo pré-
moldadas, ou seja, são fabricadas em indústrias e transportadas para a obra,
bastando colocá-las na posição adequada. As lajes treliçadas são
confeccionadas com placas de concreto, em cuja superfície coloca-se a treliça,
como mostra a imagem a seguir.
Detalhe esquemático de uma laje treliçada.
Os vazios das lajes treliçadas podem ser preenchidos por materiais como lajota
cerâmica ou EPS, conforme você pode ver na próxima imagem.
Laje treliçada.
As lajes treliçadas são as mais comuns do mercado, sendo compostas por
vigotas de concreto armado, material de enchimento (tijolos cerâmicos ou
isopor) e uma cobertura de concreto feita in loco. Sua concepção estrutural é
próxima a uma laje nervurada em uma direção, tendo vigotas trabalhando a
tração, e a capa de concreto trabalhando a compressão. A função do
enchimento é, basicamente, diminuir a quantidade de material, principalmente
próximo à região da linha neutra, como mostra a imagem seguinte.
Esquema construtivo de laje formada com vigotas pré-moldadas.
Existem três tipos de vigotas que podem ser utilizadas para lajes pré-moldadas:
a vigota tipo trilho, a tipo trilho protendida e a tipo treliça. Em relação às seções
transversais, os elementos pré‑moldados podem ser com ou sem armadura
saliente, em forma de T invertido ou I. Os materiais de enchimento, normalmente
utilizados, são blocos vazados de material cerâmico ou concreto, ou ainda
blocos de poliestireno expandido, conhecidos pela sigla EPS. Observe a
ilustração a seguir:
Tipos de vigotas e de elementos de enchimento empregados nas lajes.
Lajes pré-fabricada TT
As lajes tipo TT ou PI são lajes pré-fabricadas de concreto protendido,
produzidas em formas metálicas, o que confere excelente acabamento inferior,
dispensando forro ou reboco. São usadas com entrepisos, coberturas e
fechamentos laterais em obras comerciais, industriais, de ensino, depósitos etc.
Essas lajes possibilitam uso em vãos acima de 15m de comprimento, são
autoportantes, não necessitando do uso de escoramentos, e admitem carga
imediatamente após montagem.
Painel laje de concreto pré-
fabricado
Os painéis de lajes podem ser empregados em estruturas de concreto
convencionais, pré-moldadas, metálicas e sobre alvenaria autoportantes, sendo
basicamente compostos por concreto e armadura (malha de aço
eletrossoldadas). Além disso, eles não necessitam de escoramentos e formas
durante sua execução. Sobre os painéis, posiciona-se uma malha de aço
soldada, envolvendo-a com o contrapiso (espessura de 3 a 4 cm). Já as
mangueiras para a passagem das instalações elétricas devem ser embutidas no
contrapiso.
Lajes alveolares
Segundo El Debs (2017), os painéis alveolares constituem‑se em um dos mais
populares elementos pré‑moldados empregados no mundo, em especial na
América do Norte e Europa Ocidental. Desde 1990, a produção mundial desse
tipo de elemento era estimada em 150 milhões de metros cúbicos por ano. Veja,
na imagem a seguir, um exemplo de laje alveolar:
Laje alveolar.
São lajes produzidas em concreto protendido alveolar, com aplicações em
grandes vãos, reduzindo a espessura média da estrutura e proporcionando
economia de material. Têm capacidade de carga muito superior à das lajes
convencionais de concreto armado e, por isso, podem alcançar grandes vãos
sem a necessidade de colocação de vigas sob as paredes. Dessa forma,
proporcionam grande versatilidade ao projeto de arquitetura.
Os fabricantespodem ajudar a determinar quais tamanhos, formas e estilos de
componentes se adequarão melhor a qualquer projeto individual de construção
comercial. Sendo assim, inserir os fabricantes no planejamento no início do
processo do projeto poderá garantir que os componentes pré-fabricados
maximizem a eficácia no apelo estético, na funcionalidade e na relação custo-
benefício.
A laje alveolar é constituída de painéis de concreto protendido que possuem
seção transversal com altura constante e alvéolos longitudinais, responsáveis
pela redução do peso da peça, como podemos ver na próxima imagem.
Painel alveolar e sua aplicação em lajes.
Lajes modernas
Lajes steel deck
Em meados de 1930, engenheiros norte-americanos perceberam as vantagens
na integração de chapas metálicas denominadas steel deck com o concreto, tais
como a dispensa de utilização de fôrmas de madeira ou de escoras, a facilidade
da passagem de dutos e da fixação de forros, e a maior agilidade no processo
construtivo.
A laje steel deck é composta por uma capa de concreto e uma fôrma de aço
colaborante. O mesmo material utilizado como forma é utilizado como armadura
da estrutura, a qual é responsável por resistir a esforços de tração, como ilustra
a imagem a seguir.
Laje steel deck.
Observa-se a existência de ranhuras e pinos de ligação na forma, que
proporcionam maior aderência entre os materiais. A NBR 8800 foi a primeira
norma brasileira a tratar do assunto, abordando vigas mistas. Atualmente, é o
Anexo C da NBR 14323 (2013) que traz especificações para projetos de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em
situação de incêndio.
O sistema steel deck apresenta diversas vantagens, das quais podem ser
destacadas:
É uma fôrma para o
concreto fresco e
permanece em
de�nitivo no local.
Laje bubbledeck
A laje bubbledeck é, usualmente, dimensionada com métodos convencionais
para lajes maciças, de acordo com a norma alemã DIN 1045 (2001) para
construções em concreto armado. Além disso, a solução com lajes bubbledeck
também se encontra em normas de padronização, como a norma britânica EN
13747 (2005).
Bubbledeck é um sistema construtivo formado por esferas plásticas contidas
entre uma pré-laje de concreto e uma tela soldada armada superior. As esferas
Elimina os custos
com a desforma.
É leve e fácil de ser
manejada e
posicionada.
Fornece um sistema
de laje mista de peso
menor que os outros
sistemas de pisos,
devido à sua forma
nervurada.
É aproveitado como
armadura positiva da
laje.
(bubbles) introduzidas na intersecção das armaduras "ocupam" o lugar do
concreto que não desempenharia função estrutural.
Assim, pode-se reduzir em até 35% o peso próprio da laje, vindo a proporcionar
economia no dimensionamento estrutural em função das cargas menores sobre
as fundações. O sistema permite, ao engenheiro, projetar vãos maiores com
menor consumo de materiais (concreto e fôrmas) sem grandes impedimentos
técnicos. Vejamos um exemplo de laje bubbledeck na imagem a seguir.
Laje bubbledeck.
Os diferentes tipos de esferas são especificados de acordo com os requisitos
dos projetos, tais como os carregamentos e vãos entre colunas. De acordo com
os representantes da tecnologia no Brasil, muitos benefícios podem ser citados
para a tecnologia bubbledeck, tais como:
Eliminação de vigas
Economia de formas, execução mais barata e rápida de alvenarias e
instalações.
Redução do volume de concreto
3,5kg do plástico reciclável das esferas substituem 14,31kg de
concreto.
Redução de energia e emissão de carbono
Devido à utilização de plástico reciclável, que diminui o consumo de
matérias-primas.
Liberdade nos projetos
Layouts flexíveis que se adaptam facilmente a layouts curvos e
irregulares.
Aumento dos vãos nas duas direções
Conexão da laje diretamente aos pilares sem nenhuma viga através de
concreto in situ.
Redução do peso próprio
35% menor, permitindo redução nas fundações.
Aumento dos entre-eixos dos pilares
Até 50% a mais do que estruturas tradicionais.
Feita a concretagem, a peça aparenta ser uma laje maciça tradicional de
concreto, e as esferas permanecem na estrutura, como mostra a próxima
imagem.
Laje bubbledeck – execução.
Por ser um sistema novo, exige mais atenção no detalhamento, para que o
projetista adeque as dimensões existentes às demandas projetuais. Além disso,
em alguns países, ainda não existe normas próprias para o sistema, ou mão de
obra com alguma experiência nesse método.
Laje protendida
Ao longo do tempo, a construção civil conseguiu atingir grandes evoluções nos
processos de produção e desenvolvimento de novas tecnologias de materiais, o
que vem possibilitando ao engenheiro uma gama diversificada de opções.
Nas edificações, principalmente as comerciais, as grandes interferências são por
conta dos pilares, que fizeram com que os projetistas locais buscassem
avançadas tecnologias usadas no exterior. Em meados dos anos 1990, surgiram
as primeiras lajes planas protendidas, como podemos ver na imagem a seguir.
Laje protendida.
O surgimento dessas lajes possibilitou grandes ganhos, principalmente no
aspecto visual, pois foi possível projetar uma arquitetura mais ousada, com
redução do número de pilares, obtendo-se, em contrapartida, vãos livres ainda
maiores, principalmente para o desenvolvimento dos layouts de garagens e lojas.
Diante disso, é possível perceber por que é tão significativo o
uso das lajes planas protendidas. Esse sistema permite
eliminar a presença de vigas nos pavimentos, proporcionando
otimização no custo em relação à mão de obra, devido à
redução no número de fôrmas e cargas na fundação, pois se
trata de uma estrutura mais leve.
O sistema estrutural de lajes protendidas, como citado, permite alcançar vãos
maiores, com lajes de espessuras reduzidas, principalmente quando
comparadas com os critérios de cálculos para as estruturas convencionais em
concreto armado. Esse procedimento é possível por causa da aplicação da
protensão (tensionado) nos cabos, aumentando a resistência das lajes.
O primeiro grande benefício da laje protendida é o fato de seu uso reduzir as
tensões de tração provocadas pela flexão e pelos esforços cortantes. Porém, é
possível citar mais alguns, tais como:
Diminuição da incidência de �ssuras
Essa é uma vantagem em longo prazo. O uso do concreto, que fica
inalterável em sua compressão, permitirá que a estrutura permaneça
sem deformações ou fissuras.
Economia de aço e concreto
Com a laje protendida, a necessidade do uso de aço e concreto de alta
resistência é otimizada. Afinal, eles são utilizados de forma a trazer um
maior aproveitamento de materiais e sustentabilidade.
Redução do tempo da obra
O uso da laje pode reduzir o tempo da construção. Isso se dá tanto pela
não obrigatoriedade de vigas, em sua maioria, quanto pelo fácil manejo
das formas e seu reaproveitamento.
Uso de pré-moldagem
Por ser pré-moldado, o concreto da laje protendida tem um menor peso
estrutural. Isso facilita seu transporte e, com fácil encaixe, pode
diminuir as viagens e economizar o combustível.
Variedade
O projeto arquitetônico conta com maior gama de layouts. Desse modo,
traz maiores possibilidades de distanciamento entre os pilares, por
exemplo.
Manutenção simples
Se comparadas a outras estruturas que têm como base a madeira, por
exemplo, as lajes protendidas contam com uma manutenção
simplificada e de baixo custo.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, a espessura mínima das lajes
maciças que suportam veículos de peso total menor ou igual a 30kN e a
espessura mínima das lajes maciças que suportam veículos de peso total
maior que 30kN são, respectivamente:
Parabéns! A alternativa C está correta.
A NBR 6118:2014 determina algumas dimensões limites para as espessuras
das lajes, a fim de evitar o desempenho inaceitável para os elementos
A 7cm e 8cm.
B 8cm e 10cm.
C 10cm e 12cm.D 12cm e 15cm.
E 15cm e 16cm.
estruturais e propiciar condições de execução adequadas, sendo: 10cm para
lajes que suportem veículos de peso total menor o igual a 30kN e 12cm para
lajes que suportem veículos de peso total maior que 30kN. Dessa forma, a
alternativa que atende corretamente o enunciado é a Letra C.
Questão 2
Sobre a relação entre lajes nervuradas e as lajes maciças, analise as
afirmativas seguintes:
I. A laje nervurada tem peso próprio maior que a laje maciça.
II. As lajes nervuradas apresentam menor consumo de concreto que as lajes
maciças.
III. As lajes nervuradas possibilitam a redução de fôrmas na sua execução, se
comparada às lajes maciças.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A afirmativa I está incorreta, pois, a laje nervurada possui enchimentos
(moldes), que deixam vazios no lugar do concreto, logo, possui peso próprio
menor que a laje maciça. Considerando esse enchimento, pode-se considerar
que a afirmativa 2 está correta, pois, o enchimento (molde) faz com que o
consumo de concreto da laje nervurada seja menor o que das lajes maciças.
A I apenas.
B I e II.
C I e III.
D II e III.
E I, II e III.
Além disso, devido à utilização desses moldes que são reaproveitáveis, as
lajes nervuradas permitem uma redução no consumo de fôrmas, se
comparadas às lajes maciças. Sendo assim, a alternativa que apresenta a
opção das afirmativas corretas é a letra D.
2 - Telhado
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar os tipos de estruturas
que podem constituir um telhado.
Vamos começar!
Quais são os tipos de
estruturas que podem
constituir um telhado?
Assista ao vídeo a seguir para compreender quais são os tipos de estruturas que
podem constituir um telhado.

Conceitos gerais
A cobertura é um subsistema da edificação e pode ser dividida em dois grupos
principais: as lajes de concreto impermeabilizadas e as coberturas em telhado.
No geral, quando comparadas às lajes de concreto impermeabilizadas, as
coberturas em telhados possuem características como menor peso, melhor
estanqueidade, maior durabilidade, menor participação estrutural e menos
suscetibilidade às movimentações do edifício; mas existe a necessidade de
forro.
O termo cobertura é utilizado para designar todo o conjunto
que compõe a edificação e cujo objetivo é protegê-la das
intempéries. Dessa forma, pode-se entender cobertura como
o conjunto formado pelas telhas; pela estrutura secundária de
apoio às telhas, denominada trama ou armação; pela
estrutura principal de apoio, que pode ser uma estrutura
maciça, treliçada ou lamelar e pelas estruturas secundárias,
que têm a função de manter a estabilidade do conjunto,
usualmente denominadas contraventamentos.
No geral, nas coberturas residenciais, a estrutura principal mais utilizada é uma
treliça triangular, usualmente denominada de tesoura. Sendo assim, ao conjunto
formado pela trama, pela estrutura principal (tesouras) e pelos
contraventamentos, costuma-se denominar telhado, conforme a imagem a
seguir.
Estrutura de um telhado em construção.
Nas edificações americanas, é comum a criação de um ambiente nas
residências do último andar, entre o telhado e o penúltimo andar, em que as
janelas se deitam sobre o telhado, geralmente com tetos inclinados. A esse
ambiente, denomina-se mansarda, que, em arquitetura, pode ser a janela
disposta sobre o telhado de um edifício para iluminar e ventilar seu desvão ou
sótão, ou, por extensão, pode ser o próprio desvão ou sótão, quando usado
como mais um cômodo de uma casa, como ilustra a próxima imagem.
Mansarda.
Dessa forma, mansarda pode ser entendida como um tipo de tesoura (estrutura
do telhado) que permite o aproveitamento do desvão do telhado, constituindo
um cômodo denominado sótão.
A cobertura pode ser formada por materiais diversos, desde que impermeáveis
às águas pluviais e resistentes à ação do vento e das intempéries. Segundo
Moliterno (2010), a cobertura pode ser de telhas cerâmicas, de telhas de
concreto (planas ou capa e canal) ou de chapas onduladas de fibrocimento, aço
galvanizado, termoacústicas, madeira aluminizada, PVC e fiberglass. Veja, na
próxima imagem, alguns exemplos. Cabe lembrar que as telhas de ardósia e
chapas de cobre foram praticamente banidas da nossa arquitetura.
Telhas cerâmicas
Telhas de concreto
Telha de
�brocimento
Telha de aço
galvanizado
Associada à estrutura da cobertura, tem-se a armação, que corresponde ao
conjunto de elementos estruturais para a sustentação da cobertura, tais como:
ripas, caibros, terças, tesouras e contraventamentos. As estruturas que
Telha de madeira
aluminizada
Telha de pvc
Telha de �berglass
Telha termoacústica
compõem a armação dos telhados podem ser total ou parcialmente executadas
em madeira, aço, alumínio ou concreto armado. A armação dos telhados
executados em madeira denomina-se também madeiramento.
Comentário
Cabe ressaltar que algumas coberturas podem dispensar a armação, quando
empregados perfis especiais autoportantes em fibrocimento, aço galvanizado,
concreto protendido ou fiberglass.
Sendo assim, a superfície do telhado pode ser formada por um ou mais planos
(uma água, duas águas, quatro águas ou múltiplas águas), ou por uma ou mais
superfície curvas (arco, cúpula ou arcos múltiplos).
A NBR 15575:2022 apresenta um capítulo sobre o desempenho estrutural do
sistema de coberturas, no qual especifica os requisitos para a sua resistência e
deformabilidade. Segundo a norma, o sistema de cobertura deve apresentar um
nível satisfatório de segurança contra a ruína e não apresentar avarias ou
deformações e deslocamentos que prejudiquem a funcionalidade do sistema de
cobertura ou dos sistemas contíguos, considerando-se as combinações de
ações passíveis de ocorrerem durante a vida útil de projeto da edificação
habitacional.
Além disso, segundo a norma, o sistema de cobertura deve atender ao critério
para risco de arrancamento de seus componentes sob ação do vento. Caso haja
a ação do vento, conforme calculada pela ABNT NBR 6123, não pode ocorrer
remoção ou danos de componentes do sistema de cobertura sujeitos a esforços
de sucção. Sendo assim, as premissas de projeto do sistema de cobertura
devem estabelecer:

As
considerações
sobre a
ação do
vento,
principalmente
nas zonas
de sucção.

Os detalhes
de �xação.

A in�uência
positiva ou
não das
platibandas.
Além disso, no caso de emprego de lastro sobre o sistema de
impermeabilização, a resistência de aderência ou o próprio peso deve ser
suficiente para não ser removido pela ação das intempéries.
Estrutura do telhado de
madeira e terminologias
A estrutura dos telhados tem, como funções principais, a sustentação e fixação
das telhas e a transmissão dos esforços solicitantes para os elementos
estruturais, garantindo, assim, a estabilidade do telhado. Essa estrutura pode ser
dividida em dois grupos: a estrutura de apoio e a trama.
A trama é a estrutura que serve de sustentação e fixação das telhas. Para telhas
com pequenas dimensões, tais como as telhas cerâmicas e de concreto, a trama
geralmente é constituída por terças, caibros e ripas de madeira, como mostra a
imagem a seguir. Para telhas de dimensões maiores, tais como as telhas
metálicas, plásticas e de fibrocimento, é possível eliminar os caibros e ripas.
Elementos constituintes de um telhado de madeira.
Sendo assim, considerando-se as telhas, as ripas e os caibros como elementos
componentes da cobertura (exibidos na imagem anterior), visto que em algumas
coberturas estes dois últimos elementos podem ser dispensados, a sustentação
da cobertura depende dos seguintes elementos estruturais:
Ripas
Peças de madeira de pequena esquadria pregadas sobre os caibros
para sustentação das telhas.
Caibros
Peças de madeira de pequena esquadria apoiadas sobre as terças para
sustentação das ripas.
Terça
Viga de madeira apoiada sobre as tesouras ou sobre paredes para a
sustentação dos caibros.
Cumeeira
Terça da parte mais alta do telhado.
ContrafrechalTerça da parte inferior do telhado.
Frechal
Viga de madeira colocada em todo o perímetro superior da parede de
alvenaria de tijolos (respaldo), para amarração e distribuição da carga
concentrada da tesoura.
Guarda-pó
Forro pregado sobre os caibros, numa largura de 30 a 60 cm, junto à
platibanda, destinado ao apoio da calha.
Platibanda
Prolongamento do alinhamento da parede externa, acima dos frechais,
para camuflagem do telhado. A platibanda é sempre contornada por
calha e rufo.
Lanternim
Empregado em edifícios industriais, quando a iluminação e ventilação
trazidas pelas janelas forem consideradas insuficientes. Podem estar
munidos com caixilhos, venezianas ou com ambos.
Beiral
Prolongamento da cobertura, fora do alinhamento da parede.
Veja, na imagem a seguir, estes elementos estruturais.
Designações do subsistema de telhados.
As coberturas executadas em chapas onduladas de fibrocimento, alumínio ou
PVC apresentam a vantagem econômica de dispensar o emprego de ripas e
caibros, pois se apoiam, diretamente, sobre as terças, permitindo, ainda, maior
distanciamento entre as terças.
Normalmente, a distância entre dois caibros e entre duas terças depende do tipo
de telha (peso), das dimensões da sua seção e do tipo de madeira com que são
fabricados (ou do aço e de sua seção, no caso de estruturas nesse material).
Durante a execução de telhados com telhas cerâmicas, é importante observar
alguns aspectos. Por exemplo, a colocação das telhas deve ser feita por fiadas,
iniciando-se pelo beiral, e seguindo em direção à cumeeira. Isso é importante,
visto que, a sequência de colocação das telhas de encaixe em cada fiada varia
de acordo com o seu modelo.
Dessa forma, em cada fiada, as telhas podem ser colocadas da direita para a
esquerda ou vice-versa. Na sequência, as telhas da fiada seguinte são colocadas
de forma a encaixarem-se perfeitamente naquelas da fiada inferior.
Atenção!
Cabe ressaltar que, independentemente do tipo de telha, cuidados devem ser
tomados durante a sua colocação, para evitar quebras e acidentes. Não se deve
executar o telhado em dias de vento forte, e é recomendável que as telhas sejam
posicionadas simultaneamente em todas as águas do telhado, para que o seu
peso seja distribuído de forma uniforme sobre a estrutura de madeira.
Sobre o beiral, pode-se entender como o primeiro apoio da primeira fiada de
telhas. Esse deve ser constituído por duas ripas sobrepostas ou por testeiras
(tabeiras), de forma a compensar a espessura da telha e garantir o plano do
telhado.
Em beirais desprotegidos, deve-se fixar as telhas à estrutura de madeira: as
telhas de encaixe devem ser amarradas às ripas; as telhas de capa e canal
devem ter as capas emboçadas e os canais fixados às ripas. As telhas não
necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira caso haja platibanda ou se for
empregado forro do beiral. No caso de beirais laterais, a proteção pode ser feita
mediante o emboçamento de peças cerâmicas apropriadas.
Sendo o beiral o prolongamento da cobertura, fora do alinhamento da parede, ele
pode ser encontrado de várias formas diferentes, conforme ilustrado na imagem
a seguir.
Caibros aparentes
Beiral revestido �xado nos caibros
Beiral revestido �xado em uma trama de
caibros e sarrafos
Beiral revestido com elemento decorativo
Beiral em laje de concreto armado
Por fim, outro ponto importante é a determinação do ponto do telhado, ou seja,
sua inclinação, que pode ser entendida como a relação entre a sua altura e a
largura ou o vão, como detalha a imagem a seguir.
Detalhe esquemático – inclinação de um telhado.
O ponto varia, em geral, entre os limites de 1:2 a 1:8. Sendo assim, identificar a
inclinação do telhado é um dos passos mais importantes para criar uma
cobertura segura.
Estrutura do telhado metálico
As estruturas metálicas ou de concreto apresentam-se como alternativas às
estruturas de madeira, principalmente devido à escassez, ao consequente
aumento do preço da madeira e às pressões da sociedade relativas à
preservação do meio ambiente. Além disso, a utilização de peças pré-fabricadas,
potencialmente, aumenta o grau de industrialização, otimizando a produtividade
e qualidade na construção de telhados.
Curiosidade
O uso de estrutura metálica é bastante comum em edifícios industriais e em
galpões, seja sob a forma de treliças planas e vigas a elas perpendiculares
(terças), usualmente feitas em aço, seja sob a forma espacial, constituída por
elementos tubulares, em aço ou alumínio.
A concepção estrutural de um projeto contempla a definição do modelo
estrutural que irá constituir a parte resistente de um edifício. Dessa forma, a
escolha dos elementos que irão compor a estrutura assim como a determinação
dos esforços atuantes sobre ela são de fundamental importância para a
definição de um modelo construtivo viável de forma técnica e econômica. No
caso da parte técnica, tem-se a seguridade do projeto, ou seja, a solução
estrutural utilizada deverá atender aos requisitos das normas pertinentes, assim
como à estética, ao desempenho estrutural e à durabilidade, entre outros fatores.
Dessa forma, a fim de se dar sustentação às cargas que atuam sobre a área de
cobertura e transmitir essas cargas aos pilares, deve-se estabelecer a existência
de sistemas estruturais capazes de suportá-las. Inicialmente, projetam-se as
terças de cobertura, cuja finalidade é suportar as cargas dos tapamentos que se
apoiam sobre elas e, consequentemente, os efeitos provenientes da ação dos
ventos. As terças também são conhecidas como vigas apoiadas sobre as
tesouras.
Em seguida, devem ser dimensionadas as denominadas vigas da cobertura, cuja
composição pode ser em vigas de alma cheia ou mesmo reticuladas e que
devem atender às necessidades da obra. Essa viga principal em treliça ou viga-
mestra, denominada tesoura, serve para transferir o carregamento do telhado
aos pilares ou paredes da edificação.
Atenção!
Na composição dessas vigas, um dos fatores mais importantes é a definição
dos espaçamentos entre elas, ou seja, o vão que deverá ser vencido pelas terças,
já que essas últimas se apoiam sobre as vigas de cobertura. Em função das
necessidades da obra, pode-se dizer que vãos econômicos estão entre 5m a
7,5m; para esses casos, é possível usar perfis menores para estruturar as terças.
Vãos acima desses valores devem ser utilizados somente em casos específicos,
dependendo das necessidades da obra, sendo muito comuns, atualmente, os
vãos que atingem valores entre 10m e 12m, dependendo, nesses casos, de
sistemas de terças especiais.
As vigas de cobertura em alma cheia, que podem ser vistas na imagem a seguir,
têm sido empregadas com bastante sucesso em diversos tipos de obras,
especialmente com a oferta de perfis de variada composição de medidas.
Edifício industrial de duas águas com perfis I laminados ou soldados.
Como opção técnica, ao invés das vigas de alma cheia, existe a utilização dos
chamados sistemas reticulados, ou seja, as denominadas vigas em treliça
(exibidas na próxima imagem), que podem ser de diversos formatos e são
compostas por elementos bem definidos: banzos superior e inferior, que são as
peças longitudinais principais; montantes, que formam as peças estruturais
verticais ou perpendiculares aos banzos, e, ainda, as denominadas diagonais,
que ligam os diversos pontos de encontro entre os banzos e os montantes.
Edifício industrial duas águas com cobertura de tesoura em treliça.
Essas vigas treliçadas são caracterizadas por terem, em geral, um
comportamento das estruturas isostáticas. Nada impede que sejam
hiperestáticas, sendo necessário, nesses casos, recorrer-se às teorias dos
sistemas elásticos a fim de se determinar os esforços atuantes nessas
estruturas, o que dificulta o projeto. Semelhante problema não ocorre com as
estruturas isostáticas, que podem ter seus esforços atuantes determinados por
processos mais simples da resistência dos materiais e da estática das
construções.Em geral, aplicam-se os tipos tradicionais de treliças isostáticas, tais como a
treliça tipo Pratt, Howe, Warren sem montantes e a Warren com montantes,
conforme você pode ver a seguir.
Pratt Howe
Warren sem
montantes
Warren sem
montantes
Além disso, seus esforços atuam conforme especificação da imagem a seguir.
Distribuição dos esforços nas barras das treliças.
Além disso, em uma estrutura de um telhado metálico existem outros elementos
estruturais fundamentais para composição e estruturação da cobertura como as
mãos-francesas, os contraventamentos verticais e horizontais e os denominados
oitões e espigões, como mostra a imagem a seguir.
Modelo esquemático de edifício baixo do tipo galpão.
As mãos-francesas são utilizadas para aliviar a flexão das terças; além disso,
também servem como elemento de travejamento dos nós inferiores da tesoura,
como ilustra a imagem a seguir.

Deslocamento em uma cobertura com e sem mãos-francesas.
É possível observar, na imagem anterior (a), que a cobertura não possui o
elemento das mãos-francesas, e, nesse caso, os deslocamentos na estrutura
foram de 65,88mm. Para a mesma estrutura, porém, com a instalação de mãos-
francesas, imagem (b), os deslocamentos foram reduzidos para 34,21mm.
Existe, ainda, o denominado contraventamento vertical, que é a estrutura plana
vertical formada por barras cruzadas, dispostas perpendicularmente ao plano
das tesouras. Essas barras servem de sustentação para a ação das forças que
atuam no seu plano, não só travando as tesouras de maneira a impedir sua
rotação e deslocamento, principalmente contra a ação do vento, como também
sendo elemento de vinculação do banzo inferior contra a flambagem lateral.
O contraventamento horizontal é a estrutura formada por barras cruzadas
colocadas no plano abaixo da cobertura, para amarração do conjunto formado
pelas tesouras e terças. Essas barras servem para transferir a ação do vento,
atuando na direção esconsa ao edifício para as tesouras e ao contraventamento
vertical.
É importante conhecer os elementos que compõem uma treliça, veja-os na
imagem a seguir.
Elementos de uma treliça.
Agora conheça a terminologia utilizada em um projeto estrutural:
S - banzo superior;
V - barras verticais ou montantes;
N - nó ou junta – ponto de interseção de barras;
L - vão da tesoura – distância entre os apoios extremos;
I - banzo inferior;
D - barras diagonais ou simplesmente diagonais;
ρ - painel – distância entre dois nós;
h - altura da tesoura;
α - inclinação da tesoura.
Telhado verde
Outra solução com crescente demanda é o telhado ecológico, sistema no qual a
cobertura é revestida com vegetação. O telhado verde é uma técnica que
consiste na aplicação de vegetação sobre coberturas de edificações desde que
estas obedeçam a normas e outras questões como estrutura, impermeabilização
e drenagem do local a ser instalado. Veja, a seguir, um exemplo:
Telhado ecológico.
Dessa forma, essa alternativa surge com função de aumentar a quantidade de
vegetação nas cidades, aliada à redução da poluição e do escoamento
superficial de águas pluviais. Esse método proporciona redução no uso de
energia, devido ao conforto térmico no interior da edificação, uma vez que,
enquanto os sistemas convencionais usam a terra ou o substrato, o telhado
verde prioriza a armazenagem da água da chuva e evita o acúmulo
desnecessário de sobrepeso gerado por meio de terra ou substrato,
armazenando a água na própria laje, embaixo da vegetação, como mostra a
imagem a seguir.
Sistema de telhado verde.
Pela imagem anterior, percebe-se que o telhado completo se apoia na laje e,
nesse sentido, é necessária uma completa barreira contra a água e as raízes, de
modo que a laje da cobertura não seja danificada. A vegetação é plantada na
terra, que se apoia sobre um tecido permeável capaz de recolher a água e
direcioná-la para o sistema de drenagem. A membrana à prova d’água representa
uma proteção extra à laje.
Ele pode se apresentar, ainda, na forma de módulos independentes: estruturas
plásticas, já com a vegetação escolhida, que são encaixadas umas nas outras
para compor o jardim no telhado. Trata-se de uma alternativa ambientalmente
interessante, principalmente, para edifícios com pouco espaço de área verde e
construções em geral nas grandes cidades. Além de contribuir com o microclima
local, essa ideia promove conforto térmico para a edificação, na medida em que
atenua a passagem de calor devido à insolação na cobertura.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Considere a treliça tipo Pratt de banzos paralelos representada abaixo.
A característica para o seu carregamento representado é
A ter as diagonais e os montantes comprimidos.
B ter as diagonais tracionadas e os montantes comprimidos.
C
ter algumas diagonais comprimidas e outras tracionadas,
sendo todos os montantes comprimidos.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A treliça Pratt tem o banzo inferior e as diagonais tracionados, e o banzo
superior e os montantes comprimidos, sendo assim, a alternativa que
corresponde corretamente ao comportamento dos carregamentos na treliça é
a letra B.
Questão 2
(TJ-PR– Arquiteto - 2013 ) No telhado verde, a cobertura vegetal isola o
ambiente, impedindo a entrada de calor no verão e a saída de calor no
inverno. Além dos benefícios aos usuários da edificação com o isolamento
acústico e térmico, o telhado verde é também uma boa alternativa para
reduzir a poluição e a temperatura nas grandes cidades.
Com base na figura, numere a coluna da direita de acordo com sua
correspondência com a coluna da esquerda.
Identificação
1. A
2. B
3. C
D
ter, alternadamente, as diagonais comprimidas e tracionadas,
a partir do centro da treliça, o mesmo ocorrendo com os
montantes, sendo o montante central tracionado.
E
ter as diagonais centrais comprimidas e o montante central
tracionado, enquanto as outras diagonais são tracionadas e
todos os outros montantes são comprimidos.
4. D
5. E
6. F
Especificação
( ) Plantas: gramíneas e ervas.
( ) Membrana à prova d'água.
( ) Cobertura contra a ação erosiva do sol e do vento.
( ) Estrutura do teto.
( ) Solo.
( ) Camada de drenagem.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta na coluna da
direita, de cima para baixo.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A treliça Pratt tem o banzo inferior e as diagonais tracionados, e o banzo
superior e os montantes comprimidos, sendo assim, a alternativa que
corresponde corretamente ao comportamento dos carregamentos na treliça é
a letra B.
A 1 – 3 – 2 – 6 – 5 – 4.
B 2 – 3 – 1 – 6 – 5 – 4.
C 3 – 1 – 2 – 4 – 5 – 6.
D 1 – 5 – 3 – 6 – 2 – 4.
E 2 – 5 – 3 – 4 – 1 – 6.
Identificação
1. A
2. B
3. C
4. D
5. E
6. F
Especificação
(1) Plantas: gramíneas e ervas.
(5) Membrana à prova d'água.
(3) Cobertura contra a ação erosiva do sol e do vento.
(6) Estrutura do teto.
(2) Solo.
(4) Camada de drenagem.
Dessa forma, a alternativa apresenta a numeração correta na coluna da
direita, é a letra D.
3 - Sistema de impermeabilização
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os métodos
existentes para impermeabilização de edi�cações.
Vamos começar!
Quais os métodos existentes
para impermeabilização de
edi�cações?
Assista ao vídeo a seguir para conhecer quais os métodos existentes para
impermeabilização de edificações.
Conceitos gerais
Problemas com umidade sempre foram uma preocupação para o homem. Sendo
assim, por meio da impermeabilização, é possível proporcionar conforto aos
usuários no final da construção da edificação e ter uma proteção eficiente contra
os diversos elementos e intempéries que podem atingir a obra.
Atenção!
A norma de desempenho, NBR 15575:2021, exige que as edificações sejam
estanques à água e, para atender a esse requisito, entre outras ações, emprega-
se a impermeabilização das superfícies. No geral, as superfícies mais comuns
que requerem impermeabilizaçãosão: muros de arrimo, lajes e paredes em
subsolos, áreas molhadas nas residências, jardineiras e coberturas, reservatórios
e piscinas, calhas etc.

De acordo com a NBR 9575:2010, o sistema de impermeabilização é dado como
o conjunto de produtos e serviços dispostos em camadas ordenadas, destinado
a conferir estanqueidade a uma construção. Estanqueidade, nesse caso, é
definida como a propriedade de um elemento de impedir a penetração ou
passagem de fluidos através de si.
Logo, a impermeabilização pode ser entendida como fator
primordial no processo construtivo de uma edificação ou de
qualquer obra civil, visto que diversas patologias ocorrem
devido a falhas nesse procedimento, ou mesmo devido a sua
ausência.
Sendo assim, a impermeabilização na construção civil tem como objetivo
impedir a passagem indesejável de umidade, seja por água, seja por fluidos, seja
por vapores, de forma que essa umidade pode ser contida ou escoada para fora
do local a ser protegido.
Além disso, o conforto do usuário no uso das edificações em sua plenitude são
cada vez mais exigidos, à medida que padrões de qualidade estão cada vez mais
disseminados e normas, como a de desempenho, estão em rigor. Dessa forma,
problemas como umidade, infiltrações e vazamentos se tornam condenáveis
devido às suas consequências, não só no que diz respeito ao desconforto mas
também aos problemas de saúde, principalmente os de origem alérgica. Somado
a isso, há o agravante estético ocasionado por essas ocorrências, fator
depreciador de qualquer edificação.
Segundo a NBR 9575:2010, a impermeabilização deve ser projetada de modo a:
Evitar a passagem de fluidos e vapores nas construções, pelas partes
que requeiram estanqueidade, podendo ser integrada ou não a outros
sistemas construtivos, desde que observadas as normas específicas de
desempenho que proporcionem as mesmas condições de
estanqueidade.
Proteger os elementos e componentes construtivos que estejam
expostos ao intemperismo, contra a ação de agentes agressivos
presentes na atmosfera.
Proteger o meio ambiente de agentes contaminantes por meio da
utilização de sistemas de impermeabilização.
Possibilitar, sempre que possível, acesso à impermeabilização, com o
mínimo de intervenção nos revestimentos sobrepostos a ela, de modo a
ser evitada, tão logo sejam percebidas falhas do sistema impermeável,
a degradação das estruturas e componentes construtivos.
Diante disso, deve-se sempre obedecer ao detalhamento do projeto de
impermeabilização e estudar os possíveis problemas durante o decorrer da obra.
Além disso, é importante verificar se a preparação da estrutura que vai receber a
impermeabilização está sendo bem executada e se o material aplicado está
dentro das especificações no que tange à qualidade, às características técnicas,
à espessura, ao consumo, ao tempo de secagem, à sobreposição, aos arremates,
aos testes de estanqueidade, ao método de aplicação, entre outros.
Com relação à escolha do sistema de impermeabilização, é importante
considerar o custo do sistema, a vida útil, as garantias do fornecedor, a
resistência prometida, a flexibilidade, a aplicação e o reparo, em caso de
necessidade.
Dica
Sempre consulte o fornecedor juntamente com o projetista.
A principal função dos sistemas de impermeabilização, que se tornam cada vez
mais elaborados, é proteger as edificações dos malefícios de infiltrações,
eflorescências e vazamentos causados pela água. Dessa forma, os sistemas de
impermeabilização a serem adotados devem atender a uma ou mais das
seguintes exigências:
Resistir as cargas estáticas e dinâmicas atuantes sob e sobre a
impermeabilização, drástica da espessura, ocasionada por
carregamentos ortogonais ao plano de impermeabilização.
Resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do
substrato e revestimentos, ocasionados por variações térmicas.
Resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas,
químicas ou biológicas.
Resistir às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d'água e
umidade de solo, bem como descolamento ocasionado por perda de
aderência.
Apresentar aderência, flexibilidade, resistência e estabilidade físico-
mecânica compatíveis com as solicitações previstas nos demais
projetos.
Resistir ao ataque e à agressão de raízes de plantas ornamentais.
O sistema de impermeabilização pode ser separado em diferentes grupos, que,
por sua vez, se diferenciam em função dos sistemas utilizados. Com base nisso,
ele pode ser divido em quatro componentes:

Base e camada de
regularização

Camada
impermeável

Proteção
mecânica

Detalhes
construtivos
De acordo com a NBR 9575:2010, a camada de regularização pode ser vertical e
horizontal, sendo um estrato com função de regularizar as funções do substrato;
já a camada impermeável é o estrato com a função de prover uma barreira
contra a passagem de fluidos. Tal barreira pode ser de diferentes materiais de
acordo com o sistema impermeabilizante escolhido, que serão apresentados de
acordo com suas diferentes classificações adiante.
Classi�cação dos sistemas
impermeabilizantes e técnicas
de impermeabilização
Os impermeabilizantes são classificados quanto à sua flexibilidade, ou seja, a
sua capacidade de resistir às retrações e descontrações da estrutura. Assim, os
tipos de impermeabilização são especificados de acordo com a estrutura a ser
impermeabilizada.
No mercado, estão disponíveis diferentes produtos que impedem a passagem da
água pelas estruturas e paredes. Existem materiais que exigem proteção
mecânica após sua aplicação, e outros que dispensam tal proteção. Alguns são
fabricados à base de asfalto, enquanto outros à base de polímeros sintéticos.
Por fim, eles podem ser flexíveis ou rígidos, observe uma comparação entre eles,
a seguir:
Sistema de
impermeabilização
�exível
Possui baixa capacidade de
absorver deformações da
base, principalmente as
concentradas, como
fissuras e trincas. É
utilizado em locais que não
sofrerão movimentações ou
Sistema de
impermeabilização
rígido
Possui certa capacidade de
absorver a movimentação
da superfície.
Como exemplos de
materiais
impermeabilizantes
flexíveis, podemos citar as

vibrações, forte exposição
solar, variações térmicas e
grandes deformações.
Como exemplos de
materiais
impermeabilizantes rígidos,
temos os cimentos e as
argamassas poliméricos.
mantas (que são pré-
fabricadas), além das
membranas (que são
moldadas no local).
De maneira geral, a impermeabilização flexível é realizada da seguinte maneira:
sobre a base (concreto, por exemplo) executa-se a regularização, normalmente
através de argamassa; sobre a regularização se aplica o material
impermeabilizante (manta asfáltica, manta líquida etc.); e, sobre esta, utiliza-se a
proteção mecânica (camada de argamassa) para proteger o sistema contra
intempéries e passagem de pessoas, veículos ou equipamentos. A
impermeabilização rígida é, usualmente, aplicada diretamente sobre a base e
não demanda outras camadas.
De acordo com a NBR 9575:2010, os tipos de impermeabilização são
classificados segundo o material constituinte principal da camada impermeável,
divididos em:
São exemplos de cimentíceos:
Argamassa com aditivo impermeabilizante;
Argamassa modificada com polímero;
Argamassa polimérica;
Cimento modificado com polímero.
São exemplos de asfálticos:
Membrana de asfalto modificado sem adição de polímero;
Membrana de asfalto elastomérico;
Cimentícios 
Asfálticos 
Membrana de emulsão asfáltica;
Membrana de asfalto elastomérico, em solução;
Manta asfáltica.
São exemplos de poliméricos:
Membrana elastomérica de policloropreno e polietileno
clorossulfonado;
Membrana elastomérica de poliisobutileno isopreno (i.L.R.), em
solução;
Membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno (s.B.S.);
Membrana elastomérica de estireno-butadieno-estireno-ruber
(s.B.R.);
Membrana de poliuretano;
Membrana de poliureia;
Membrana de poliuretano modificado comasfalto;
Membrana de polímero acrílico com ou sem cimento;
Membrana acrílica para impermeabilização;
Membrana epoxídica;
Manta de acetato de etilvinila (e.V.A.);
Manta de policloreto de vinila (p.V.G.);
Manta de polietileno de alta densidade (p.E.A.D.);
Manta elastomérica de etilenopropilenodieno-monômero (e.P.D.M.);
Manta elastomérica de poliisobutileno isopreno (i.L.R).
No caso do sistema rígido, os impermeabilizantes mais comuns são:
É um líquido que confere à argamassa normal a propriedade de repelir a
água, ou seja, trata-se de um mecanismo químico que impede as gotas
de ficarem pequenas o suficiente para penetrar nos poros do concreto.
Poliméricos 
Hidrofugante 
É um aditivo que, ao ser misturado a um componente cimentício, dá à
massa consistência de pasta para ser aplicada sobre a superfície úmida.
Essa umidade forma cristais que, quando secos, bloqueiam a passagem
da água.
É um bicomponente, composto de cimento e uma emulsão de polímeros.
O sistema flexível pode ser composto por:
Usa blocos de asfalto derretido a altas temperaturas no canteiro de
obras. Seu recheio é feito com estruturante (tela de poliéster), e a
espessura final varia entre 3mm e 5mm.
Pode ser encontrada na forma de dois produtos com aparência de uma
pasta preta: emulsões e soluções. Os primeiros têm base aquosa, e os
segundos se diluem em solvente; ambos, em alguns casos, dispensam o
estruturante.
Existem diversos tipos que podem variar quanto à espessura, ao tipo de
asfalto e ao tipo de recheio. As mais comuns, para emprego em
Cristalizante 
Argamassa polimérica 
Membrana asfáltica quente 
Membrana asfáltica fria 
Manta asfáltica 
residências, são aquelas de 3mm e 4mm, com estruturante de poliéster.
Cabe ressaltar ainda que, de acordo com o tipo de material constituinte, o
material impermeabilizante poderá ter maior ou menor vida útil. Yazigi (2009)
apresenta uma relação de alguns materiais e seus índices de longevidade
baseados nas normalizações dadas pela ABNT, como apresentadas na tabela a
seguir:
ÍNDICES DE LONGEVIDADE
Considerado para coberturas planas, porém variável para cada local de
aplicação
Materiais Vida útil (anos) Conceito
Argamassas rígidas 0 a 25 0 a 20
Feltro asfáltico +
asfaltos (valores
aplicáveis em
regiões com
umidade relativa do
ar entre 40% e 80%)
4 a 25 3,2 a 20
Feltro asfáltico +
asfaltos (valores
aplicáveis em
regiões com
umidade abaixo de
40%)
1 a 2 0,8 a 1,6
Emulsões
hidroasfálticas
4 a 10 3,2 a 8
Mantas butílicas 25 a 50 20 a 20
Mantas de PVC +
asfalto
3 a 10 2,4 a 8
Elastômeros
sintéticos em
4 a 7 3,2 a 5,6
ÍNDICES DE LONGEVIDADE
Considerado para coberturas planas, porém variável para cada local de
aplicação
Materiais Vida útil (anos) Conceito
solução de
Neoprene + Hypalon
Elastômeros
sintéticos em
solução combinada
(dependendo do
local de aplicação)
5 a 10 4 a 8
Tabela: Longevidade dos sistemas e impermeabilização.
Yazigi, 2009, p. 508.
No geral, segundo a NBR 9574:2008, como requisito geral para a execução da
impermeabilização, temos:
Áreas que requeiram
estanqueidade
Devem ser totalmente
impermeabilizadas.
Áreas que requeiram
substrato seco
A argamassa de regularização
deve ter idade mínima de 7 dias
Áreas sujeitas à água
sob pressão positiva
D b
No geral, o sistema de impermeabilização também pode ser classificado pelos
seguintes aspectos:
a. Contra água sob pressão: é a água que está confinada ou não,
exercendo pressão hidrostática superior a 0,10m.c.a.
b. Contra água de percolação: é a água que atua sobre superfícies, não
exercendo pressão hidrostática superior a 0,10m.c.a, ou seja, obedece à
lei da gravidade e flui sobre as superfícies em uma direção determinada.
c. Contra a umidade do solo: é a água existente no solo, aderida a ele e
absorvida por suas partículas.
a. Dispensam proteção: São aqueles em que o próprio material
impermeabilizante utilizado em todas as camadas ou pelo menos nas
mais externas é resistente às intempéries.
b. Autoprotegidos: São sistemas pré-fabricados cujas mantas recebem,
na fábrica, um revestimento refletivo que dispensa a proteção mecânica.
c. Podem ser utilizados com pintura refletiva: São sistemas em que o
material impermeabilizante é de cor escura não resistente ao
intemperismo, exigindo proteção solar e a proteção mecânica pode ser
dispensada.
d. Exigem proteção mecânica.
Devem receber a
impermeabilização na face de
atuação da água.
I. Quanto à solicitação imposta pela água 
II. Quanto à exigência de proteção 
III. Quanto ao material 
a. À base de materiais asfálticos: podendo ser asfaltos ou asfaltos
modificados com polímeros.
b. À base de polímeros sintéticos: podendo ser elastômeros,
termoplásticos, termofixos, misturas de termoplásticos e elastômeros.
a. Rígido:
i. Argamassa impermeável.
ii. Concreto impermeável.
iii. Cimento polimérico.
b. Flexível:
i. Membranas.
ii. Mantas.
a. Pré-fabricados – mantas:
i. Mantas polimérica sintéticas (manta elastomérica – Butil e EPDM).
ii. Manta asfáltica.
iii. Manta termoplástica (PVC).
b. Moldados no local – membranas:
i. Membranas asfálticas:
1. Feltro asfáltico e asfalto.
2. Emulsão asfáltica e véu de fibra de vidro.
3. Membranas asfálticas (asfalto elastomérico em solução).
ii. Membranas poliméricas:
1. Elastômeros em solução (Neoprene, Hypalon).
IV. Quanto à flexibilidade 
V. Quanto ao método de execução 
2. Membranas termoplásticas (acrílicas).
3. Membranas poliméricas sintéticas.
Pode-se dizer, no geral, que um sistema de impermeabilização é composto por
camadas, como mostram as imagens a seguir:
Sequência das camadas de um sistema de impermeabilização.
Camadas de um sistema de impermeabilização.
Conheça a descrição de cada uma dessas camadas a seguir:
 Base
Determina algumas exigências ao sistema de
impermeabilização, em função do grau de fissuração, da
deformabilidade devido às cargas e da movimentação
térmica.
 Camada de regularização
Tem a função de regularizar o substrato (base),
proporcionando uma superfície uniforme de apoio
adequada à camada impermeável, e de fornecer a ele um
certo caimento.
 Camada de berço
Tem a função de apoio e proteção da camada impermeável
contra agressões provenientes do substrato, podendo ser
adesivo elastomérico, asfáltico, geotêxtil de poliéster ou PP,
manta asfáltica ou EPS. No geral, sua função principal é
absorver e dissipar esforços atuantes sob a camada
impermeável, de modo a protegê-la contra a ação deletéria
desses esforços.
 Camada impermeável
Tem a função de prover uma barreira contra a passagem de
fluidos.
 Camada separadora
Tem a função de evitar a aderência de outros materiais
sobre a camada impermeável. Nesse caso, pode ser usado
papel kraft sobre camada geotêxtil, papel kraft betumado e
lâmina plástica flexível (filme de PE). Essa camada evita que
os esforços de dilatação e contração da argamassa de
proteção mecânica danifiquem a impermeabilização.
 Camada de amortecimento
Absorve e dissipa esforços estáticos ou dinâmicos que
atuam sobre a camada impermeável, sendo usada em
conjunto com a camada de berço. Nesse caso, pode-se
utilizar areia, cimento e emulsão asfáltica, geotêxtil de
poliéster ou polipropileno (PP), emulsão asfáltica com
borracha moída, poliestireno expandido ou extrudado.
S d i d i
Manta asfáltica
A manta asfáltica é um impermeabilizante pré-fabricado, à base de asfalto
modificado. Sua aplicação pode ser feita em lajes, terraços, pisos, banheiros,
cozinhas, área de serviço, sacadas, floreiras, muros de arrimo, calhas, tanques,
piscinas, reservatórios, encosta em superfície de concreto ou diretamente sobre
o solo.
A manta asfáltica, muito usada na construção civil, é composta de mantas pré-
fabricadas de asfalto oxidado (3mm a 5mm) ou modificado com polímeros,
estruturada internamente por véu ou tela de fibra de vidro, poliéster ou nylon.
Sendo assim, essa camada protege mecanicamente a
impermeabilização, minimizandoas variações de
temperatura e aumentando a durabilidade do sistema, pois
dobra a sua vida útil.
 Proteção térmica
Tem a função de reduzir o gradiente térmico atuante sobre a
camada impermeável, aumentando, dessa forma, a sua vida
útil.
 Proteção mecânica
Tem a função de absorver e dissipar os esforços estáticos
ou dinâmicos atuantes sobre a camada impermeável, de
modo a protegê-la contra a ação deletéria desses esforços.
Deve ser aplicada sobre camada separadora, podendo-se
utilizar argamassa, concreto, geotêxtil, metal, solo, agregado
etc.
Essas mantas podem ser emendadas por fusão do asfalto da própria manta
(maçarico) ou de asfalto oxidado externo (forno) e se classificam em dois tipos:

Aderidas à
superfície
Não permitem que a água caminhe
sob a manta quando vazamentos
acontecem.

Flutuantes (não
aderentes)
Absorvem menos esforços mecânicos
e permitem que a água se espalhe sob
a camada impermeável. Usadas em
locais de grande deformação.
Agora observe uma comparação entre as mantas PP e AA.
Manta asfáltica PP
Camadas:
Manta asfáltica
produzida a partir da
modificação física do
asfalto com
polímeros, estruturada
com não tecido de
filamentos contínuos
de poliéster
previamente
estabilizado.
Soldagem com
maçarico à gás. -
Atende ao Tipo III –
Classe A e B.
Bobina: 1 m de largura
e 10 m de
comprimento.
Manta asfáltica AA
Camadas:
Manta asfáltica pré-
fabricada com asfalto
modificado com
adição de polímeros,
estruturada com não
tecido de filamentos
contínuos de poliéster
resinado com
acabamento de areia
em ambas as faces
para colagem com
asfalto.
Soldagem com aslfato
fundido à quente.
Bobina: 1 metro de
largura por 10 metros
de comprimento.
As mantas asfálticas devem atender as normas ABNT NBR 9952 – Mantas
Asfálticas para impermeabilização, NBR 9575:2010 – Impermeabilização –

Sistemas e projetos e NBR 9574:2008 – Execução da impermeabilização.
A manta asfáltica é um impermeabilizante pré-fabricado à base de asfalto
modificado. Sua norma regulamentadora é a ABNT NBR 9952:2014, confirmada
em 2018, manta asfáltica para impermeabilização. A norma classifica o sistema
em 4 tipos (I, II, III e IV), de acordo com a tração e o alongamento, e em 3 classes
(A, B e C), de acordo com a flexibilidade à baixa temperatura.
As mantas asfálticas, segundo a ABNT NBR 9952:2014, podem ter acabamento
superficial granular, geotêxtil, metálico, polietileno, areia de baixa granulometria e
plástico metalizado. São fabricadas em três versões: a manta asfáltica
tradicional, a manta asfáltica aluminizada, que é utilizada em telhados de todos
os tipos e formas, e em lajes onde não há trânsito, e a manta asfáltica
transitável, que é indicada para lajes onde há trânsito. Também é usada como
impermeabilizante de piscinas e reservatórios.
Atenção!
Para a aplicação, deve ser feita a preparação da superfície, que deverá ser
previamente lavada e estar isenta de pó, areia, resíduos de óleo, graxa,
desmoldante e manchas de qualquer tipo de material que possa prejudicar a
aderência do produto.
A ABNT NBR 9575:2010 apresenta orientações técnicas para a execução dos
detalhes construtivos de elementos como ralos, conforme a imagem a seguir.
Detalhes construtivos de ralos.
Recomenda-se que, na região dos ralos, seja criado um rebaixo de 1cm de
profundidade, com área de 40cmx40cm, com bordas chanfradas, para que haja
nivelamento de toda a impermeabilização após a colocação dos reforços
previstos nesse local, conforme descrito a seguir.
 Recorte um retângulo
da manta com 20cm
de altura e
comprimento de 5cm
maior que o contorno
do tubo, para
sobreposição.
 Enrole o retângulo da
manta em forma de
tubo e �xe-o dentro
do ralo, fazendo a
queima do �lme de
polietileno, deixando
para fora cerca de
10cm.
 Corte em tiras a parte
da manta que �cou
para fora do ralo.
Além disso, juntas de dilatação deverão ser consideradas como divisoras de
água, de forma a evitar o seu acúmulo. As juntas deverão estar limpas e
desobstruídas, permitindo sua normal movimentação.
Importante observar que a manta asfáltica, independentemente do tipo, após
sua aplicação, deverá receber uma proteção mecânica, composta pela execução
de argamassa de cimento e areia, traço 1:4, e desempenada com espessura
mínima de 3cm.
 Dobre e �xe as tiras
na borda do ralo
fazendo a queima do
�lme de polietileno
no quadrado
rebaixado.
 Recorte outro
quadrado da manta
no tamanho do
rebaixo e �xe-o sobre
o ralo fazendo a
queima do �lme de
polietileno.
 Corte em tiras a parte
que �cou sobre a
abertura. Dobre as
tiras para dentro e
�xe-as, fazendo a
queima do �lme de
polietileno.
Dessa forma, seguindo as recomendações de cada fabricante, pode-se dizer que,
no quesito confiabilidade, as mantas asfálticas ocupam o topo da lista, pois
sendo pré-fabricadas, oferecem maior garantia de qualidade e de uniformidade.
Outra vantagem é o rendimento do serviço.
Comentário
Seguindo as recomendações de cada fabricante, pode-se dizer que, no quesito
confiabilidade, as mantas asfálticas ocupam o topo da lista, pois sendo pré-
fabricadas, oferecem maior garantia de qualidade e de uniformidade. Outra
vantagem é o rendimento do serviço.
Cabe ressaltar que, não é preciso esperar a secagem do material, como no caso
das membranas. Mas o sistema tem um calcanhar de Aquiles: a mão de obra
deve ser bem treinada. No geral, a garantia do serviço é de pelo menos cinco
anos e a vida útil da proteção com a manta pode completar 25 anos,
dependendo da quantidade de camadas e do tipo de produto especificado.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Relacione o tipo de impermeabilização com seu respectivo material
constituinte principal da camada impermeável.
1. Cimentício
2. Asfáltico
3. Polimérico
( ) membrana de emulsão asfáltica
( ) argamassa com aditivo impermeabilizante
( ) manta de policloreto de vinila
( ) argamassa polimérica
A relação correta, de cima para baixo, é
Parabéns! A alternativa D está correta.
De acordo com a NBR 9575:2010, os tipos de impermeabilização são
classificados segundo o material constituinte principal da camada
impermeável, divididos em cimentícios, asfálticos e poliméricos. A
argamassa com aditivo impermeabilizante e a argamassa polimérica têm o
material cimentício como constituinte principal. A membrana de emulsão
asfáltica tem o material asfáltico como constituinte principal, e, a manta de
policloreto de vinila tem o material polimérico como constituinte principal.
Dessa forma, a alternativa que apresenta uma relação correta entre o
impermeabilizante e o constituinte principal é a letra D.
Questão 2
Nos projetos de impermeabilização, as emendas realizadas em mantas
asfálticas, tanto no sentido longitudinal como no sentido transversal, devem
ter uma sobreposição mínima, em mm, de
A 2, 1, 3 e 3.
B 3, 2, 2 e 1.
C 2, 2, 1 e 3.
D 2, 1, 3 e 1.
E 3, 2, 1 e 1.
A 100.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Segundo a NBR 9574, item 4.3.13 – Mantas asfálticas, subitem 4.3.13.2 –
Aplicação do tipo de impermeabilização, as sobreposições devem ser de, no
mínimo, 10cm, executando o selamento das emendas com roletes, espátulas
ou colher de pedreiro de pontas arredondadas. Logo, a alternativa correta é a
letra A, 100mm que equivale a 10 cm.
Considerações �nais
Neste estudo, foram abordados assuntos sobre os diversos tipos de lajes
utilizados nas edificações, bem como suas principais características, vantagens
e processos construtivos. Foi dada uma ênfase especial às lajes mais
tradicionais como as lajes maciças, nervuradas e pré-moldadas por treliças.
Além disso, foram apresentados aspectos importantes, tais como as
características de um sistema de cobertura por estrutura em madeira e metálica,
os principais elementos que compõem as peças de um telhado e a nova
tendência com relação às coberturas denominadas de telhado verde.
Por fim, foram apresentados os principais métodos utilizadospara
impermeabilização de coberturas, sejam lajes ou telhados, com ênfase no
B 50.
C 25.
D 75.
E 30.
sistema de manta asfáltica, visto que esse é um dos métodos mais adotados no
sistema de impermeabilização de casas na construção civil.
Podcast
Para encerrar seu estudo, ouça o podcast e aprenda um pouco mais sobre os
principais tipos de lajes utilizados na construção civil.
Explore +
Pesquise o site da empresa Bubbledeck e conheça sobre essa nova tecnologia
utilizada para lajes em edificações.
Pesquise o site da ArcelorMittal – Home, Produtos e Soluções, Construção Civil,
Trelifácil e conheça um produto inovador, constituído por uma fôrma metálica,
espaçadores plásticos e treliça.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto — Procedimento. Confirmada em 2018. Rio de Janeiro:
ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 8800: Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios.
Confirmada em 2018. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 9062: Projeto e
execução de estruturas de concreto pré-moldado. Confirmada em 2022. Rio de

Janeiro: ABNT, 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 9574: Execução
de impermeabilização. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 9575:
impermeabilização: seleção e projeto. Confirmada em 2019. Rio de Janeiro:
ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 9952: Manta
asfáltica para impermeabilização. Confirmada em 2018. Rio de Janeiro: ABNT,
2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 14323: Projeto
de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios em
situação de incêndio. Confirmada em 2022. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 14861: Lajes
alveolares pré-moldadas de concreto protendido - Requisitos e procedimentos.
Rio de Janeiro: ABNT, 2022.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 15575:
Edificações habitacionais — Desempenho Parte 5: Requisitos para os sistemas
de coberturas. Rio de Janeiro: ABNT, 2021.
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EL DEBS, M. K. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. 2. ed. São
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