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Informativo 775-STF – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 1 
Márcio André Lopes Cavalcante 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS 
Lei estadual pode fixar número máximo de alunos por sala de aula 
 
A competência para legislar sobre educação e ensino é concorrente (art. 24, IX, da CF/88). 
No âmbito da legislação concorrente, a União tem competência apenas para estabelecer as normas 
gerais (§ 1º) e os Estados podem suplementar (complementar, detalhar) a legislação federal (§ 2º). 
As normas gerais sobre educação foram editadas pela União na Lei 9.394/96 (LDB). 
Determinado Estado-membro editou uma lei prevendo o número máximo de alunos que 
poderiam estudar nas salas de aula das escolas, públicas ou particulares, ali existentes. 
O STF entendeu que essa lei é constitucional e que não usurpa a competência da União para 
legislar sobre normas gerais de educação. 
STF. Plenário. ADI 4060/SC, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25/2/2015 (Info 775). 
 
 
PODER LEGISLATIVO 
Imunidade material dos Vereadores 
 
Importante!!! 
Durante sessão da Câmara Municipal, após discussão sobre uma representação contra o 
Prefeito, um Vereador passou a proferir pesadas ofensas contra outro Parlamentar. O 
Vereador ofendido ajuizou ação de indenização por danos morais contra o ofensor. A questão 
chegou até o STF que, julgando o tema sob a sistemática da repercussão geral, declarou que o 
Vereador não deveria ser condenado porque agiu sob o manto da imunidade material. Na 
oportunidade, o STF definiu a seguinte tese que deverá ser aplicada aos casos semelhantes: 
Nos limites da circunscrição do Município e havendo pertinência com o exercício do mandato, 
garante-se a imunidade prevista no art. 29, VIII, da CF aos vereadores. 
STF. Plenário. RE 600063/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, 
julgado em 25/2/2015 (repercussão geral) (Info 775). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informativo 775-STF – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 2 
PODER JUDICIÁRIO 
CE não pode criar regras novas para a escolha do Desembargador pelo quinto constitucional 
 
A Assembleia Legislativa de determinado estado aprovou emenda constitucional afirmando 
que, após o Governador escolher um dos candidatos da lista tríplice para ser Desembargador 
pelo quinto constitucional, ele deveria ainda submeter esse nome à apreciação da ALE. Assim, 
o candidato escolhido pelo chefe do Poder Executivo somente seria nomeado se a Assembleia 
aprovasse a indicação pelo voto da maioria absoluta dos Deputados. Dessa forma, foi criada 
mais uma etapa na escolha dos Desembargadores pelo quinto constitucional, que não está 
prevista no art. 94 da CF/88. 
O STF julgou essa emenda inconstitucional. A exigência de submissão do nome escolhido pelo 
governador à Casa Legislativa, para preenchimento de vaga destinada ao quinto 
constitucional, invade a atuação do Poder Executivo. O procedimento para a escolha dos 
Desembargadores foi tratado de forma exaustiva pelo art. 94 da CF/88, não podendo o 
constituinte estadual inovar e estabelecer novas etapas que não estejam expressamente 
previstas na Carta Federal. 
STF. Plenário. ADI 4150/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 25/2/2015 (Info 775). 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
CONCURSO PÚBLICO 
Posse em cargo público por determinação judicial e dever de indenizar 
 
Importante!!! 
O candidato que teve postergada a assunção em cargo por conta de ato ilegal da Administração 
tem direito a receber a remuneração retroativa? 
Regra: NÃO. Não cabe indenização a servidor empossado por decisão judicial sob o argumento 
de que houve demora na nomeação. Dito de outro modo, a nomeação tardia a cargo público em 
decorrência de decisão judicial não gera direito à indenização. 
Exceção: será devida indenização se ficar demonstrado, no caso concreto, que o servidor não 
foi nomeado logo por conta de uma situação de arbitrariedade flagrante. 
Nas exatas palavras do STF: “Na hipótese de posse em cargo público determinada por decisão 
judicial, o servidor não faz jus à indenização, sob fundamento de que deveria ter sido investido 
em momento anterior, salvo situação de arbitrariedade flagrante.” 
STF. Plenário. RE 724347/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, 
julgado em 26/2/2015 (repercussão geral) (Info 775). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informativo 775-STF – Esquematizado por Márcio André Lopes Cavalcante | 3 
DIREITO PENAL 
 
FIXAÇÃO DO REGIME PRISIONAL 
Fixação de regime inicial de cumprimento de pena e circunstâncias judiciais 
 
Se a pena-base é fixada acima do mínimo legal em virtude de as circunstâncias judiciais do art. 
59 do CP serem desfavoráveis, é possível que o juiz determine regime inicial mais gravoso do 
que o abstratamente previsto de acordo com a quantidade de pena aplicada. 
Ex.: Paulo, réu primário, foi condenado a uma pena de 2 anos e 6 meses de detenção. Em regra, 
o regime inicial seria o aberto (art. 33, § 2º, “c”, do CP). Ocorre que duas circunstâncias 
judiciais foram desfavoráveis a ele, conforme fundamentação do juiz (circunstâncias e 
consequências do crime). Nesse caso, o magistrado, fundamentando sua decisão nesses dados, 
pode impor ao condenado o regime inicial semiaberto. 
STF. 2ª Turma. HC 124876/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 24/2/2015 (Info 775). 
 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO 
O porte ilegal de arma de fogo deve ser absorvido pelo crime de homicídio? 
 
Importante!!! 
Se o agente, utilizando arma de fogo, atira e mata alguém, haverá homicídio e porte de arma de 
fogo ou apenas homicídio? Se uma pessoa pratica homicídio com arma de fogo, a acusação por 
porte deverá ser absorvida? Aplica-se o princípio da consunção? 
Depende da situação: 
• Situação 1: NÃO. O crime de porte não será absorvido se ficar provado nos autos que o agente 
portava ilegalmente a arma de fogo em outras oportunidades antes ou depois do homicídio e 
que ele não se utilizou da arma tão somente para praticar o assassinato. Ex: a instrução 
demonstrou que João adquiriu a arma de fogo três meses antes de matar Pedro e não a 
comprou com a exclusiva finalidade de ceifar a vida da vítima. 
• Situação 2: SIM. Se não houver provas de que o réu já portava a arma antes do homicídio ou 
se ficar provado que ele a utilizou somente para matar a vítima. Ex: o agente compra a arma de 
fogo e, em seguida, dirige-se até a casa da vítima, e contra ela desfere dois tiros, matando-a. 
No caso concreto julgado pelo STF, ficou provado que o réu havia comprado a arma 3 meses 
antes da morte da vítima. Além disso, também se demonstrou pelas testemunhas que o acusado, 
várias vezes antes do crime, passou na frente da casa da vítima, mostrando ostensivamente o 
revólver utilizado no crime. Desse modo, restou provado que os tipos penais consumaram-se em 
momentos distintos e que tinham desígnios autônomos, razão pela qual não se pode reconhecer 
o princípio da consunção entre o homicídio e o porte ilegal de arma de fogo. 
STF. 1ª Turma. HC 120678/PR, rel. orig. Min. Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, julgado 
em 24/2/2015 (Info 775).

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