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Período Letivo: 2022 / 2º Semestre Avaliação do 11º Termo Data da Avaliação: 14/10/2022 Clínica Médica Paciente do sexo feminino, 76 anos, hipertensa, sem outros diagnósticos conhecidos procura o Pronto Socorro de hospital secundário, apresentando palpitações que se iniciaram há 1 mês com piora nos últimos 7 dias. PA: 120x80 mmHg, FR: 20 irpm, SpO2: 99%. Foi realizado um ecocardiograma transtorácico que evidencia uma hipertrofia do ventrículo esquerdo e uma discreta disfunção sistólica com Fração de ejeção de 42% Simpson. Realizado ECG, a seguir: Determine o diagnóstico. Elabore e descreva a conduta necessária. Gabarito: Diagnóstico: Fibrilação atrial de alta resposta ventricular com extrasssístoles ventriculares polimórficas. Conduta: preconizado controle da FC (betabloqueador e/ou digitálico), neste caso exceto com verapamil e diltiazem, devido a disfunção ventricular e anticoagulação oral (Chads-Vasc 5). O controle da frequência cardíaca (FC) no paciente em FA constitui, geralmente, a primeira ação de tratamento, tanto em situações agudas, na emergência, como em casos crônicos. Esse controle visa principalmente a melhora de sintomas, promovendo bem-estar e melhora da qualidade de vida. Betabloqueadores e bloqueadores de canais de cálcio (diltiazem e verapamil) são utilizados para o controle da resposta ventricular (evidência I B). A digoxina pode ser associada a betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio para melhor controle da resposta ventricular (evidência IIa- B). A relação entre FA e AVE é bastante conhecida, mesmo em pacientes sem doença cardíaca aparente. Tanto a incidência quanto a prevalência da FA aumentam com a idade, estimando-se que 1 em cada 13 pessoas com idade acima de 70 anos tenham FA. Sendo essa arritmia o principal fator de risco para AVE isquêmico, espera-se que a ocorrência de tromboembolismo para o sistema nervoso central (SNC) continue a aumentar à medida que a expectativa de vida do ser humano cresce com o progresso da ciência. Recomendações para prevenção de fenômenos tromboembólicos na fibrilação atrial não valvar: pacientes com escore CHA2 DS2 -VASc ≥ 2 têm indicação de terapia antitrombótica. (GR I nível de evidência A). Highlight Bibliografia: 1. Zimerman LI, Fenelon G, Martinelli Filho M, Grupi C, Atié J, Lorga Filho A, e cols. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial. Arq Bras Cardiol 2009;92(6 supl.1):1-39 2. Magalhães LP, Figueiredo MJO, Cintra FD, Saad EB, Kuniyishi RR, Teixeira RA, et al. II Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial. Arq Bras Cardiol 2016; 106(4Supl.2):1-22
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