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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES CARDIO – HAS; CRISE HIPERTENSIVA; IC 1. Um homem de 50 anos, previamente hígido, é diagnosticado com hipertensão primária, estágio 1. O exame físico não mostra outras alterações significativas, e o risco cardiovascular é baixo. Mantém-se hipertenso, com leve aumento da pressão sistólica e diastólica, mesmo após atingir os objetivos do tratamento não medicamentoso. O médico decide iniciar terapia com medicação. A escolha MENOS adequada, nesse caso, consiste no uso de A) bloqueadores de canal de cálcio. B) beta bloqueadores. C) Inibidores da enzima de conversão da angiotensina. D) diuréticos. E) bloqueadores de receptor da angiotensina II 2. Homem, 60 anos de idade, hipertenso em tratamento irregular, procurou o pronto socorro devido a cefaleia intensa e escotomas. Exame clínico: bom estado geral, hidratado, corado, eupneico e orientado. PA = 210/128 mmHg, FC = 90 bpm. Fundo de olho mostrando cruzamentos arteriovenosos patológicos, artérias em fio de cobre e papila bem delimitada. Bulhas cardíacas rítmicas sem sopros ou B3. Pulmões sem ruídos adventícios. Eletrocardiograma: ritmo sinusal com sobrecarga ventricular esquerda. Assinale a alternativa correta. A) O paciente apresenta urgência hipertensiva, devendo a pressão arterial ser reduzida com medicamentos via oral em 24 horas. B) O paciente apresenta urgência hipertensiva, sendo o tratamento ideal na chegada ao pronto socorro a administração de nifedipina sublingual. C) O paciente apresenta emergência hipertensiva (encefalopatia hipertensiva), devendo a pressão arterial ser reduzida em 25% na primeira hora com administração de nitroprussiato de sódio via endovenosa. D) Após a análise das enzimas cardíacas, os medicamentos indicados são furosemida e benzodiazepínicos via endovenosa. E) É fundamental realizar tomografia computadorizada de crânio para afastar doença neurológica. 3. Homem de 57 anos de idade é atendido em consulta de rotina. Ele tem antecedentes de diabete melito e hipertensão arterial e nega demais patologias. Nos últimos 6 meses, os valores de pressão arterial têm ficado entre 150 x 100 e 168 x 105 mmHg. Exame físico na consulta: PA: 160 x 100 mmHg (MMSS direito e esquerdo). Exames séricos: hemograma normal; glicemia de jejum: 112 mg/dL; hemoglobina glicada: 5,9%; ureia: 38 mg/dL, creatinina: 1,1 mg/dL, sódio: 138 mEq/L e potássio: 4,2 mEq/L. Urina: normal. Eletrocardiograma: sem alteração relevante. Além de orientações dietéticas e exercício físico, nesse momento, a conduta de escolha é: A) prescrever atenolol e lisinopril. B) prescrever anlodipino e losartana. C) prescrever enalapril e clortalidona. D) reavaliar em 2 semanas, antes de prescrever um anti-hipertensivo. E) solicitar o exame de monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) 4. Homem de 52 anos apresenta dispneia aos esforços há dois anos, progressiva, com melhora ao repouso. Há dois meses, iniciou inchaço nas pernas. AP: HAS não controlada há 15 anos. Exame físico: estase jugular 2+/4+, crepitações pulmonares em bases bilaterais e edema de membros inferiores. Rx de tórax: sinais de congestão pulmonar. Ecocardiograma: câmaras cardíacas com dimensões normais, aumento da espessura da parede do ventrículo esquerdo, fração de ejeção de 51%. Com o objetivo de aumentar a sobrevida e melhorar os sintomas, a melhor conduta é A) inibidor da enzima conversora da angiotensina e betabloqueador. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 B) controle da pressão arterial e introduzir diurético. C) betabloqueador e ivabradina. D) antagonistas dos canais de cálcio e associação sacubitril-valsartana. 5. Mulher, 30 anos encontra-se sob acompanhamento em Unidade Básica de Saúde devido ao diagnóstico de Hipertensão Arterial. Vinha sob uso de enalapril 10mg duas vezes ao dia. Entretanto, o médico altera a medicação na atual consulta. O possível motivo da troca se deve ao fato de a mulher A) apresentar ecocardiograma com disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. B) apresentar indícios clínicos de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. C) referir ser portadora de nefropatia diabética. D) relatar um infarto do miocárdio há 2 meses. E) estar em idade fértil e não usar método contraceptivo seguro 6. Na classificação da Insuficiência Cardíaca (New York Heart Association), pertencem a classe funcional III, pacientes com cardiopatia que: A) resulta em evidente limitação das atividades físicas. Ficam confortáveis em repouso. Atividades físicas mínimas causam fadiga, palpitação, dispneia ou dor anginosa. B) os torna incapacitados para realizar qualquer atividade física sem desconforto. C) dê sintomas de insuficiência cardíaca ou de síndrome anginosa mesmo durante o repouso. Se qualquer atividade física for realizada, o desconforto aumentará. D) atividades físicas normais não causam fadiga exagerada, palpitações, dispneia ou dor anginosa. Não limitam atividades físicas. E) resulta em pequenas limitações das atividades físicas. Ficam confortáveis em repouso. A atividade física normal resulta em fadiga, palpitações, dispneia ou dor anginosa. 7. Paciente masculino, 57 anos, procura Unidade Básica de Saúde com queixas de dispneia progressiva aos esforços e edema simétrico, indolor, depressível de membros inferiores (MMII) com piora vespertina. Refere histórico de hipertensão arterial e diabetes mellitus há 20 anos sem tratamento regular. Ao exame físico, apresenta-se com PA = 152x92mmHg; FC = 112bpm; FR = 24irpm; turgência jugular a 90º; ictus cordis no 6º espaço intercostal e desviado lateralmente da linha hemiclavicular esquerda; estertores pulmonares em ambas as bases; hepatomegalia dolorosa e edema de MMII. Diante da hipótese diagnóstica mais provável, a conduta baseada em evidências é iniciar A) bisoprolol, enalapril, ivabradina e digoxina, e aguardar ecocardiograma para então iniciar nitrato com hidralazina. B) furosemida, atenolol, captopril e digoxina, e avaliar início de espironolactona após ecocardiograma e aferição da função renal. C) hidroclorotiazida, carvedilol e besilato de amlodipina, e avaliar início de enalapril após ecocardiograma, aferição da função renal. D) furosemida, carvedilol e enalapril, e avaliar início de espironolactona após ecocardiograma e aferição da função renal. E) furosemida, nitrato, hidralazina e carvedilol, e aguardar avaliação da função renal para iniciar espironolactona. 8. Na hipertensão do jaleco branco o procedimento a ser feito para confirmar o diagnóstico é A) MAPA. B) melhorar a relação médico-paciente. C) ecocardiograma transtorácico. D) prescrever benzodiazepínico. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 E) dieta com restrição de sal. 9. Consider uma paciente feminina, 55 anos, atendida no pronto-socorro com história de dispneia aos moderados esforços há 45 dias, com piora progressiva, associada a ortopneia, dispneia paroxística noturna e edema progressivo de membros inferiores. Ao exame, em repouso, a paciente apresenta frequência respiratória de 26 irpm, saturação de oxigênio de 92% em ar ambiente, pressão arterial de 161/91 mmHg; frequência cardíaca de 89 bpm, edema de membros inferiores ++/4 e presença de turgência jugular. A ausculta cardíaca não apresenta alterações. Na ausculta pulmonar apresentava estertores finos discretos em ambos as extremidades inferiores dos campos pulmonares posteriores. A paciente foi internada e submetida a ecodopplercardiografia, que mostrou uma fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 66% pelo método biplanar de Simpson. Assinale a alternativa correta em relação ao caso: A) A paciente apresenta uma dispneia de causa pulmonar já que a função contrátil do ventrículo esquerdo é normal. B) Os sinais e sintomas apresentadospelo paciente são compatíveis com o diagnóstico de cor pulmonale. C) Um resultado negativo na dosagem do peptídeo natriurético atrial é suficiente para descartar insuficiência cardíaca nessa paciente. D) O paciente apresenta insuficiência cardíaca congestiva com fração de ejeção preservada do ventrículo esquerdo. E) Não há outros parâmetros na ecodopplercardiografia, além da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, que possam corroborar o diagnóstico de insuficiência cardíaca 10. tônia é uma senhora negra que tem 40 anos apresenta hipertensão e diabetes em uso de captopril 25 mg 1 x ao dia e metformina 850 mg antes do almoço. Nega eventos cardiovasculares prévios, tabagismo e não apresenta lesões em órgão alvo. Antônia relata boa adesão à dieta, entretanto, apresenta dificuldade de realizar atividade física em virtude de sua vida profissional. Ela vem à consulta médica com exames solicitados na visita anterior. Hemograma sem alterações, triglicerídeos de 320 mg/dl, glicemia de jejum 188 mg/dl, hemoglobina glicosilada 9,0%, colesterol total de 210 mg/dl, HDL de 65mg/dl e creatinina de 0,9 mg/dl. Ao exame físico, a pressão arterial foi de 145/90 mmHg. A partir da análise destes dados, escolha a alternativa com a melhor opção terapêutica, que deve ser a de orientar: A) A realização de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, usar sinvastatina associada a fibrato, aumentar a dose de metformina e substituir o captopril por anlodipina em virtude da não resposta do IECA em pessoas negras. B) A realização de atividade física por pelo menos 100 minutos por semana, prescrever sinvastatina e AAS, aumentar a dose de metformina e aumentar a dose do captopril, fracionando a dose em pelo menos duas tomadas ao dia. C) A realização de atividade física por pelo menos 100 minutos por semana, prescrever AAS, aumentar a dose de metformina e aumentar a dose do captopril, fracionando a dose em pelo menos duas tomadas ao dia. D) A realização de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, prescrever fibrato e AAS, substituir a metformina por glimepirida e aumentar a dose do captopril, fracionando a dose em pelo menos duas tomadas ao dia. E) A realização de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, aumentar a dose de metformina e aumentar a dose do captopril, fracionando a dose em pelo menos duas tomadas ao dia. 11. Homem, 82 anos, hipertenso, diabético, com histórico de colocação de 2 stents aos 71 anos. Retorna à consulta na unidade básica de família relatando respiração difícil, com sensação de incapacidade de respirar rápido ou profundamente, com evolução de aproximadamente 4 meses. Diz não conseguir ""encher os pulmões"". A dispneia passou a ser observada em esforços habituais. Nega febre ou tosse produtiva. Nega hemoptise e dor torácica. Nega emagrecimento. Não fumante. Ao exame físico, NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 encontra-se corado, com turgência jugular a 45°, desvio do ictus cordis e edema de membros inferiores. Qual a hipótese diagnóstica mais provável nesse caso? A) DPOC. B) Câncer de pulmão. C) Anemia. D) Insuficiência cardíaca. 12. Assinale a alternativa que contenha o principal problema na demanda de atendimento/consulta médica em Atenção Primária no Brasil. A) Cefaleia. B) Hipertensão arterial não complicada. C) Asma. D) Dores musculares. 13. Segundo a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca de 2018, A) a solicitação do peptídeo natriurético cerebral (BNP) está formalmente indicada para todos os casos de suspeição diagnóstica de insuficiência cardíaca. B) os inibidores da enzima conversora da angiotensina são indicados em todas as classes de progressão funcional da insuficiência cardíaca, ou seja, de A a D. C) o ecodoplercardiograma é um importante exame para definir se o caso de insuficiência cardíaca é com fração de ejeção preservada, limítrofe ou diminuída. D) o uso isolado do betabloqueador cardiosseletivo está indicado para a abordagem do paciente com insuficiência cardíaca NYHA I. E) efeitos colaterais mais frequentes dos bloqueadores dos receptores da angiotensina II são a tosse, a hipercalemia e a elevação das escórias nitrogenadas 14. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do parágrafo abaixo. Em um paciente com edema devido a _______________, são esperados, entre outros achados, _______________ ao exame físico e _______________ aos exames complementares. A) erisipela - edema bilateral nos membros inferiores - leucocitose com aumento de linfócitos B) insuficiência cardíaca - turgência jugular a 45º - sódio sérico de 133 mEq/l (valor de referência: 136-146 mEq/l) C) cirrose - turgência jugular a 45º - AST sérico de 55 U/I (valor de referência: 12-38 U/I) e ALT sérico de 60 U/I (valor de referência: 7-41 U/I) D) síndrome nefrótica - edema palpebral - albuminúria de 40 mg/g de creatinina (valor de referência: até 30 mg/g de creatinina) E) hipotireoidismo - reflexo aquileu diminuído - TSH sérico de 6 mUI/I (valor de referência: 0,27-4,2 mUI/I) e T4 livre sérico de 1,2 ng/dl (valor de referência: 0,93-1,7 ng/dl) 15. A insuficiência cardíaca (IC) afeta mais de 20 milhões de indivíduos no mundo. Suas diversas causas podem ser englobadas na IC com fração de ejeção (FE) reduzida ou IC com FE preservada. Nos pacientes que apresentam IC com redução da FE, podem ocorrer diversos eventos nos níveis celular e molecular. Em relação aos mecanismos básicos da IC com FE reduzida, analise os eventos abaixo. I) Hipertrofia de miócitos. II) Alterações das propriedades contráteis dos miócitos. III) Perda de miócitos por necrose ou apoptose. IV) Dessensibilização alfa-adrenérgica. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 Escolha entre as alternativas abaixo, a que inclui eventos corretamente relacionados à IC com FE reduzida. A) I e II apenas. B) I e III apenas. C) II e IV apenas. D) I, II e III apenas. E) I, III e IV apenas. 16. Um acadêmico de medicina durante uma visita a enfermaria, deixou de prestar atenção no caso de insuficiência cardíaca que estava sendo apresentado pelo médico residente de primeiro ano de clínica médica para o médico residente de terceiro ano de cardiologia. O motivo de sua distração foi um paciente consciente no leito ao lado com um padrão de respiração que chamou sua atenção. O paciente ficava breves períodos sem movimentos respiratórios, mas após alguns segundos começava a respirar com movimentos suaves que iam progressivamente ficando mais profundos. Após atingir um pico, os movimentos iam ficando gradualmente mais suaves até que novamente o paciente parava de respirar. E estes ciclos se repetiam. Vieram à mente do acadêmico três ideias, conforme abaixo. I – Este padrão respiratório está associado a um aumento da sensibilidade do centro respiratório à pressão parcial de dióxido de carbono no sangue. II - Apesar de esta ser uma enfermaria de cardiologia, não é muito provável que o paciente tenha insuficiência cardíaca, por ser este padrão de respiração muito infrequente em cardiopatias. III - Um tumor cerebral deve ser considerado no diagnóstico diferencial do paciente. Qual a alternativa mostra todas as ideias do estudante que são corretas? A) I. B) I, II. C) I, III. D) II, III. E) I, II, III. 17. Mulher de 43 anos é levada a UPA por policiais, queixando-se de cefaleia holocraniana moderada que iniciou há 45 minutos, após ser assaltada em via pública. Nega quaisquer outras queixas. É hipertensa e faz uso irregular de anlodipino e enalapril. Ao exame físico, apresenta PA 190/120mmHg, FC 104bpm, FR 21irpm, SpO₂ em ar ambiente 98%, Tax 36,5 ºC. Está alerta, orientada e chorosa. Fundoscopia e exame neurológico sem anormalidades. Sem outras alterações ao exame físico.Oeletrocardiograma e a radiografia do tórax não apresentam anormalidades. Exames de laboratório: Creat 0,5mg/dL, exame de urina; sem alterações. Após essas avaliações, assinale a conduta inicial MAIS ADEQUADA nesse caso. A) Alta da UPA, com orientação de adesão aos anti-hipertensivos já em uso e retorno ambulatorial em poucos dias. B) Internação hospitalar e prescrição de anti-hipertensivo oral e analgésico. C) Internação hospitalar e prescrição de anti-hipertensivo venoso titulável. D) Observação na UPA, prescrição de benzodiazepínico e analgésico NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 18. Mulher, 53 anos, consulta na Unidade Básica de Saúde por ter acordado com dor na nuca e tontura. Encontra-se alerta, conversando, apresenta PA 180/100 mmHg, FC 85 bpm, ausculta cardiopulmonar e exame neurológico sumário dentro da normalidade. A paciente é hipertensa, faz uso regular de hidroclorotiazida 25 mg/dia, enalapril 10 mg 2x/dia e refere consumo de bebida alcóolica na noite anterior. Sobre o quadro descrito, após a orientação para cessação da ingesta alcoólica, é correto afirmar que A) se trata de uma urgência hipertensiva e a pressão arterial da paciente deve ser rapidamente baixada com medicação via oral, na própria Unidade Básica de Saúde. B) a paciente deve ser tranquilizada e permanecer em observação, não havendo obrigatoriedade no manejo farmacológico. Somente poderá ser liberada ao seu domicílio quando a pressão arterial atingir níveis inferiores a 160/100mmHg. C) não há necessidade de intervenção medicamentosa imediata na pressão arterial da paciente. Ela pode ser liberada com pedido de controle pressórico e retorne em menos de uma semana para reavaliação da pressão arterial. D) a paciente pode ser medicada para dor com anti-inflamatório, liberada para casa com prescrição de aumento da dose do enalapril e pedido de retorno em menos de uma semana para reavaliação de pressão arterial. 19. O risco cardiovascular global deve ser avaliado em cada indivíduo hipertenso, pois auxilia na decisão terapêutica e permite uma análise prognóstica. São fatores de risco cardiovascular na avaliação do risco adicional no hipertenso: A) Homens com idade ≥ 55 anos ou mulheres com idade ≥ 65 anos; tabagismo; triglicerídeos > 300mg/dl. B) Circunferência abdominal ≥ 100 cm nos homens ou ≥ 88 cm nas mulheres; IMC ≥ 30 kg/m2; Hemoglobina glicada entre 5,7 - 6,4%. C) História de doença cardiovascular prematura em parentes de 1° grau Homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos; Circunferência abdominal ≥ 102 cm nos homens ou ≥ 88 cm nas mulheres; etilismo. D) Sexo masculino; História de doença cardiovascular prematura em parentes de 1° grau Homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos; Circunferência abdominal ≥ 102 cm nos homens ou ≥ 88 cm nas mulheres. 20. Qual das alternativas é correta em relação à insuficiência cardíaca? A) Pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor que 55% são classificados como insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida. B) Os pacientes na classe funcional II da New York Heart Association apresentam sintomas nas atividades físicas menos intensas que as habituais, representando limitação importante, porém confortáveis no repouso. C) A classificação da insuficiência cardíaca segundo a progressão da doença, proposta pela American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA), considera ""estágio A"" quando o paciente apresenta alteração estrutural cardíaca, sem sintomas de insuficiência cardíaca. D) O termo ""insuficiência cardíaca crônica"" reflete a natureza não progressiva da doença, enquanto o termo ""insuficiência cardíaca aguda"" indica a natureza progressiva. E) Algumas situações clínicas de alto débito cardíaco podem levar a insuficiência cardíaca, como tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas e beribéri (insuficiência cardíaca de alto débito). NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 GABARITO: 1. B Nas questões que solicitam o tratamento farmacológico da hipertensão arterial sistêmica, o ideal é que escolhamos fármacos de primeira linha, a não ser em situações específicas, excepcionais... São considerados grupos de agentes de primeira linha: - Diuréticos (D errada); - Inibidores da ECA (C errada); - Bloqueadores do receptor da Angio II (E errada); - Antagonistas dos Canais de Cálcio (A errada). Lembre que os betabloqueadores foram retirados da lista de drogas de primeira linha por não demonstrarem benefício em pacientes idosos, sobretudo o atenolol. Porém, não esqueça que, em situações específicas, os betabloqueadores estão muito bem indicados — tais casos incluem doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, taquiarritmias... Só para não restar dúvida: muita gente encasquetou que a banca deixou a alternativa "D" dúbia por não escrever "diuréticos tiazídicos", mas convenhamos que a melhor resposta é B; não podemos ficar brigando com a questão — você que estar certo ou quer a vaga na residência? Com certeza, a segunda opção!. 2. A A questão traz um paciente com hipertensão grave associada à cefaleia com escotomas - a grande dúvida que se faz inicialmente é: trata-se uma emergência hipertensiva? Para caracterizar essa condição, precisamos de HAS grave associada à lesão aguda de órgão-alvo, com ameaça à vida e/ou função desse órgão. A encefalopatia hipertensiva é uma situação clínica bem mais grave, associada a outros achados além de cefaleia, como hipertensão craniana (que pode ser descartada pela papila bem delimitada no fundo de olho) e alterações neurológicas difusas (ex.: crises convulsivas). Os cruzamentos AV patológicos e artérias em fio de cobre são achados relacionados à retinopatia hipertensiva crônica. Sendo assim, o que temos é uma urgência hipertensiva (geralmente definida como PA diastólica > 120 mmHg) - C incorreta - e o tratamento deve ser realizado com drogas orais de meia-vida curta (ex.: captopril ou clonidina - B e D incorretas), com o objetivo de trazer o nível pressórico do paciente a um patamar seguro (em torno de 160 x 100 mmHg) dentro de 24 a 48 horas (A correta) Após esse período, o paciente deve ser manejado ambulatoriamente visando ao controle adequado de sua hipertensão arterial. Não é indicado realizar exames complementares para investigação de doença neurológica, pois o paciente não apresenta nenhum sinal neurológico focal ou alteração no nível de consciência para pensarmos em um acidente vascular encefálico (E incorreta) 3. C A questão apresenta um paciente hipertenso e diabético, com hipertensão estágio 2, com valores pressóricos entre 160x100 e 179x109 mmHg em todas as aferições. Sabemos que, atualmente, recomenda-se a associação de dois anti- hipertensivos nesse estágio da doença, sendo as drogas de primeira linha os IECA/BRA, diuréticos tiazídicos e bloqueadores de canal de cálcio. Devemos considerar cada paciente na escolha de quais anti-hipertensivos escolher e, tratando- se de paciente diabético, o uso de IECA/BRA está indicado para nefroproteção. Quando a segunda droga, tanto a anlodipina quanto a clortalidona são opções possíveis. Assim, apesar da alternativa C ter sido liberada pela Banca como gabarito da questão, consideramos que a alterativa B também está correta 4. B Questão bem bacana e que serve para quebrarmos uma generalização incorreta que muita gente faz: nem toda insuficiência cardíaca (IC) tem benefício com betabloqueador, inibidor da ECA, bloqueador do receptor da angiotensina II... É "apenas" na IC com fração de ejeção (FE) reduzida, ou sistólica, que essas medicações comprovadamente aumentam a sobrevida. Nos casos de IC com fração de ejeção preservada (FE > ou igual a 50%) - ou diastólica - caracterizada pela resistência ao enchimento ventricular durante a diástole, não há comprovaçãa de benefíciocom esses fármacos: faltam estudos de grande porte e com boa metodologia científica para embasar qualquer tipo de terapia com a justificativa de melhora da mortalidade. O que se sabe é que: (1) toda congestão deve ser tratada com diurético e (2) a pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser rigidamente controladas... Assim, com a alternativa "B" é a única que cita essas duas regras, ficaremos com ela 5. E Os inibidores da enzima conversora de angiotensina são fármacos reconhecidamente teratogênicos (E certa). Assim, devem ser evitados em mulheres NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 no menacme e que não usam métodos contraceptivos. Porém, na insuficiência cardíaca sistólica ou com fração de ejeção reduzida, os "pril" reduzem o remodelamento cardíaco e aumentam a sobrevida dos portadores (A e B erradas). Ao mesmo tempo, reduzem os níveis de proteinúria em diabéticos, funcionando com nefroprotetores (C errada). Por fim, tais fármacos estão indicados em pacientes pós- infarto do miocárdio (D errada) 6. A Segundo a classificação funcional de pacientes com insuficiência cardíaca da New York Heart Association (NYHA): Classe I: Paciente sem sintomas e nenhuma limitação em atividades rotineiras; mais de 6 METs na ergometria; Classe II: Leves sintomas e limitações em atividades rotineiras. De 4 a 6 METs na ergometria; Classe III: Limitação importante na atividade física; atividades menores que as rotineiras produzem sintomas. Confortáveis somente em repouso. 2 a 4 METs na ergometria; Classe IV: Limitação severa. Sintomas presentes mesmo em repouso. Não tolera a ergometria. 7. D Tente não brigar com a questão. A banca apresenta um caso clássico de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA e tenta fazer menção à uma possível disfunção sistólica de ventrículo esquerdo ao dizer que o paciente "ictus cordis no 6º espaço intercostal e desviado lateralmente da linha hemiclavicular esquerda...". As evidências científicas são para tratamento de IC com FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA, ou seja, após ECOCARDIOGRAMA, onde temos o "trio" BETABLOQUEADOR+IECA+ESPIRONOLACTONA como redutores da mortalidade. Digoxina,Ivabradina e Amlodipina, são opções, mas não de primeira escolha. A furosemida sempre é usada como sintomático em pacientes com IC, nesse caso, independente da fração de ejeção. 8. A Questão tranquila. Com prevalência global estimada em 13%, a hipertensão do jaleco branco consiste na seguinte dissociação entre as medidas de pressão arterial (PA): valores aumentados no consultório e valores normais fora dele, em geral refletindo descarga adrenérgica durante a avaliação médica. Nesses casos, antes de tomarmos condutas terapêuticas quaisquer, precisamos confirmar o diagnóstico (B, C, D e E erradas). Pacientes jovens ou idosos, do sexo feminino, com relato de medidas normais da PA em casa e hipertensão estágio I no consultório, sem lesão de órgão-alvo, são a principal indicação de realizar a medida ambulatorial da pressão arterial (MAPA) para diagnóstico de hipertensão do jaleco branco. Acredita-se que esta forma de hipertensão apresente risco nulo ou minimamente elevado. Apesar de não existirem evidências de benefício da intervenção medicamentosa nesse grupo, tais pessoas devem permanecer em seguimento clínico de perto 9. D Essa paciente tem vários comemorativos de insuficiência cardíaca (IC), inclusive critérios diagnósticos para a doença: maiores – dispneia paroxística noturna, turgência jugular, estertoração pulmonar; e menores – dispneia aos esforços e edema de membros inferiores. Tendo em vista tais alterações, é muito provável que o ecocardiograma com fração de ejeção (FE) normal tenha lhe causado estranheza... Mas não há por que estranhar: trata-se de IC com FE preservada (A errada), que se apresenta, ao ecocardiograma, com sinais de disfunção diastólica no Doppler mitral, além da própria FE normal (E errada). O chamado cor pulmonale é a insuficiência cardíaca direita secundária a alguma doença pulmonar (B errada). A dosagem do peptídeo natriurético cerebral – e não atrial – é útil para diagnóstico diferencial com causas pulmonares de dispneia na emergência (C errada). Resposta: D. 10. E Recomenda-se, como medida de promoção da saúde em geral, a prática de atividades físicas. A meta mínima é de 30 minutos por dia, por no mínimo 5 dias durante a semana, o que dá 150 minutos por semana (B e C erradas). Só se indica fibrato para pacientes com nível de triglicerídeos maior ou igual a 500 mg/dl, pelo risco de pancreatite aguda iminente (A e D erradas)... Só sobrou a letra E... De fato é preciso aumentar a dose do hipoglicemiante oral, já que o controle glicêmico está longe da meta (hemoglobina glicada < 7%). A dose máxima de metformina, em pacientes sem disfunção renal, é 2.550 mg/dia (850 mg 3x/dia). A meta pressórica para diabéticos é uma PA < 130 x 80 mmHg, logo, temos que aumentar seu anti�hipertensivo, lembrando que dose máxima de captopril é 150 mg/dia (50 mg 3x/dia). Como a meia-vida do captopril é curta (< 12h), recomenda-se que a dose seja fracionada em 2-3 tomadas diárias, dependendo da dose total... Por fim, a última NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 pergunta: esta paciente precisa de estatina? Perceba que o enunciado não forneceu o valor de LDL... Como seus triglicerídeos estão abaixo de 400 mg/dl, podemos calcular o LDL através da fórmula de Friedewald (LDL = colesterol total - HDL - TG/5). O LDL é 81 mg/dl, abaixo de 100 mg/dl. Segundo a referência adotada pela banca, a meta de LDL para prevenção cardiovascular primária é um valor < 100 mg/dl para pacientes de alto risco cardiovascular. Referências mais recentes, por outro lado, colocam que para pacientes diabéticos com idade maior ou igual a 40 anos, o uso de estatinas sempre está indicado (potência moderada potência se risco cardiovascular em 10 anos < 20%; ou alta potência se risco maior ou igual a 20%)... Logo, apesar da controvérsia em relação ao uso de estatinas, resposta certa de acordo com as referências do edital é a letra E. 11. D Paciente idoso com doença arterial coronariana, hipertensão e diabetes, que inicia quadro progressivo de dispneia, turgência jugular patológica, aumento da câmara cardíaca esquerdo ao exame físico (desvio do íctus cordis) e congestão sistêmica (edema de membros inferiores). Trata-se da descrição clássica de uma insuficiência cardíaca descompensada. O tratamento consiste em terapia com diuréticos de alça (a fim de diminuir a congestão pulmonar e sistêmica) e drogas que aumentam a sobrevida na IC, como inibidores da ECA ou BRA, betabloqueadores e espironolactona. 12. B Por ser doença crônica muito prevalente - no Brasil varia entre 22 e 44% para adultos (32% em média) -, a hipertensão arterial sistêmica é a principal demanda na atenção primária e um dos problemas de saúde mais comuns que as equipes de saúde enfrentam. Os profissionais da atenção básica têm importância primordial nas estratégias de prevenção, diagnóstico, monitorização e controle da hipertensão arterial. Devem também ter sempre em foco o princípio fundamental da prática centrada na pessoa e, consequentemente, envolver usuários e cuidadores, em nível individual e coletivo, na definição e implementação de estratégias de controle à hipertensão 13. C Vejamos cada uma das assertivas acerca da insuficiência cardíaca: A - Incorreta. A solicitação de BNP está formalmente indicada (classe de recomendação I, nível de evidência A) nos casos de dúvida diagnóstica e não na suspeita de insuficiência cardíaca, uma vez que este diagnóstico deve ser clínico. B - Incorreta. A classe A de insuficiência cardíaca caracteriza o indivíduo com fator de risco para o desenvolvimento da mesma. Assim, o uso de IECA não está recomendado em todos os indivíduos nessa classe, exceto se por outra indicação, como hipertensão. C - Correta. Os quadros clínico elaboratorial de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e reduzida podem ser muito semelhante, sendo o ecocardiograma a principal ferramenta para a definição quanto a fração de ejeção ventricular. D - Incorreta. O uso de IECA/BRA e betabloqueadores está indicado em pacientes com doença estrutural (a partir da classe B) e não isoladamente de betabloqueadores. E - Incorreta. A tosse é um evento adverso relacionado ao uso dos IECA, mas não dos BRA 14. B A única opção que preenche as lacunas de forma 100% correta é a letra B. Na opção A, a erisipela não teria porque ser bilateral. Na opção C temos AST < ALT (o que fala contra o diagnóstico de cirrose) e na opção D a proteinúria não é condizente com uma síndrome nefrótica. A opção E fala contra a hipótese de hipotireoidismo pelo T4 livre normal. 15. D A insuficiência cardíaca tem como fisiopatogenia a incapacidade do coração fornecer débito cardíaco adequado à perfusão tecidual, o que pode ocorrer por déficit na contração ou no relaxamento. Tais alterações resultam na liberação de uma série de mediadores que promovem alterações estruturais cardíacas, desde a hipertrofia e aumento da contratilidade dos miócitos, aumentando as pressões intracavitárias, com remodelamento e perda de massa muscular tardiamente, resultando em um processo de dilatação ventricular. Considera-se que há maior sensibilização alfa-adrenérgica como forma de tentar aumentar a perfusão dos vasos por vasoconstrição 16. C O enunciado da questão descreve a respiração de Cheyne-Stokes, que está associada principalmente ao baixo débito cardíaco e aumento da sensibilidade do centro respiratório à PCO2 arterial. Porém, outra causa clássica são as lesões cerebrais. Dessa forma, a única assertiva incorreta é a II, estando I e III corretas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 17. D Estamos na unidade de pronto atendimento (UPA) vendo mulher de 43 anos - que acaba de ser assaltada - com níveis pressóricos elevadíssimos: 190 x 120 mmHg. E agora? A linha de raciocínio aqui é a seguinte: do ponto de vista prático, ha três principais hipóteses diagnósticas para pacientes com elevação aguda e importante da pressão arterial (PA) - emergência hipertensiva (EH), urgência hipertensiva (UH) e pseudocrise hipertensiva (PH). Lembra? EH é acompanhada de lesão aguda de órgão-alvo - neste caso, certamente a cefaleia é secundária ao estresse emocional ao qual essa mulher foi exposta, tendo em vista a ausência de sinais neurológicos, como alteração de consciência, confusão mental e sinais focais; assim, não há indicação de anti-hipertensivo parenteral (C errada). Da mesma forma, como a elevação da PA foi aguda e intimimamente relacionada ao estado emocional, não pode ser classificada como UH - por isso, não há por que prescrever anti- hipertensivo oral também: o problema seria, após a melhora do estado emocional, o efeito dos anti�hipertensivos levar a grave hipotensão (B errada). Por fim, sabemos que a elevação da PA por conta de estresse emocional ou dor é conhecida como PH. Nesta, a conduta é reverter as causas do quadro hipertensivo. Como neste caso o problema é o estado emocional, podemos tentar acalmar a paciente com benzodiazepínico. Na ausência de melhora, aí sim ficaria indicado o uso de anti- hipertensivos orais (A errada). 18. C Situação extremamente comum no nosso dia a dia. Paciente com hipertensão arterial sistêmica que se apresenta com níveis tensionais fora dos alvos preconizados, sintomas vagos não atribuíveis aos valores pressóricos e exame físico sem alterações dignas de nota. Essa é a chamada pseudocrise hipertensiva, ou seja, apenas uma hipertensão arterial crônica mal controlada que precisa ter seu tratamento otimizado. Não confunda a relação de causa/consequência: a dor estimula o sistema adrenérgico e provoca hipertensão, não é a hipertensão que gera dor! É muito frequente que nossos pacientes pensem que cefaleia ou dor na nuca surgem quando a pressão arterial se eleva, mas isso é uma falácia que precisa ser desmistificada por nós, médicos! Conduta: orientações gerais sobre a benignidade do quadro, controle sintomático da dor e otimização do tratamento da pressão arterial se for preciso, não havendo necessidade de drogas anti-hipertensivas de forma emergencial. Aliás, reduzir a pressão arterial de forma abrupta em pacientes com hipertensão arterial crônica pode trazer mais malefícios do que benefícios (esses doentes já estão "acostumados" com altos níveis pressóricos e podem desenvolver complicações por hipoperfusão tecidual, como infarto agudo do miocárdio ou AVE). Reparem que não estamos diante de uma emergência hipertensiva, cenário no qual nos deparamos com níveis tensionais bastante elevados (geralmente uma PA diastólica ≥ 120 mmHg) associados a sinais e sintomas de lesão de órgão-alvo (acidente vascular encefálico, síndromes coronarianas agudas, encefalopatia hipertensiva ou edema agudo de pulmão, por exemplo). Nesses casos, prescrevemos sim anti-hipertensivos parenterais para redução rápida da PA. Também não parece se tratar de uma urgência hipertensiva, um conceito controverso tipicamente definido pela elevação da PA em pacientes com fatores de risco como doença coronariana estável, aneurisma de aorta não dissecante ou epistaxes graves. Não se prenda aos valores tensionais, pois não há nenhum consenso na literatura que nos permita definir crise hipertensiva a partir de um corte numérico. Concordamos que é tudo muito bonito na teoria, mas que pode ser mais difícil na prática. De acordo com os dados da Studying the Treatment of Acute Hypertension (STAT), muitos pacientes ignoram as orientações dadas e retornam para atendimento nos próximos três meses pelo mesmo motivo: "Estou com dor de cabeça, medi minha pressão e está alta!". Por mais angustiante que possa parecer, nenhum trabalho mostra benefício na redução rápida da pressão arterial de pacientes assintomáticos com hipertensão mal » controlada. A verdade dos fatos é que a maioria desses pacientes deve ter seu controle pressórico feito de forma ambulatorial, com orientações de hábitos de vida e ajuste fino das medicações. Ficaríamos entre a C e a D: não estaria errado tratar a paciente com sintomáticos para dor e até ajustar a dose dos anti-hipertensivos para uma posterior reavaliação, mas a banca liberou como resposta a letra C. 19. D Essa questão tem como base à " 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial: Capítulo 4 - Estratificação de Risco Cardiovascular". Vamos analisar as assertivas: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 Sexo masculino, Idade, Homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos, História de DCV prematura em parentes de 1º grau, Homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos, Tabagismo, Dislipidemia, Colesterol total > 190 mg/dl e/ou, LDL-colesterol > 115 mg/dl e/ou, HDL-colesterol < 40 mg/dl nos homens ou < 46 mg/dl nas mulheres e/ou, Triglicerídeos > 150 mg/dl, Resistência à insulina, Glicemia plasmática em jejum: 100- 125 mg/dl, Teste oral de tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2 horas, Hemoglobina glicada: 5,7 – 6,4%, Obesidade, IMC ≥ 30 kg/m2, CA ≥ 102 cm nos homens ou ≥88 cm nas mulheres. Ou seja, somente a letra D encontra-se correta e portanto é o nosso gabarito 20. E Vamos rever cada alternativa para entender melhor o gabarito: Letra A incorreta: A insuficiência cardíaca (IC) pode ser classificada como tendo fração de ejeção (FE) reduzida (se FE < 40%) ou com FE preservada (se FE ≥ 50%). A presença de FE entre 40-49% recai sobre um fenótipo intermediário, ainda sem uma identidade bem definida. Letra B incorreta: Os pacientes com classe funcional II da NYHA apresentam uma limitação física leve, ou seja, há um cansaço aos médios esforços (ex: varrer a casa, subir uma escada). Geralmente toleram um MET entre 4-6. Letra C incorreta: Pela classificação da ACC/AHA, os pacientesno estágio A são aqueles com fatores de risco para IC porém sem doença estrutural estabelecida. Letra D incorreta: A classificação de IC aguda ou crônica não tem relação com a progressão dos sintomas, e sim com a velocidade de surgimento dos mesmo. Entenda: o paciente que você atendeu no ambulatório com B4, ortopneia e dispneia aos esforços possui IC crônica. Por outro lado, o paciente atendido na emergência com um quadro de edema agudo de pulmão de origem cardiogênica possui uma IC aguda. Ambos podem progredir, porém um é de instalação rápida e o outro ocorre de forma mais lenta. Letra E correta: A IC de alto débito ocorre quando o débito cardíaco, mesmo estando elevado, não é suficiente para suprir a sua demanda metabólica. São exemplos os estados hipercinéticos: tireotoxicose, beri beri, fístulas arteriovenosas, anemia, doença de Paget.
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