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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FÍSICO QUÍMICA III PRÁTICA 02: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE VELOCIDADE PARA A HIDRÓLISE DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO LUANA SILVA COSTA SÃO LUÍS 2023 1. INTRODUÇÃO: A substância utilizada para o estudo da velocidade trata-se do ácido acetilsalicílico (AAS), um fármaco anti-inflamatório não esteroide que contém ação analgésica, anticoagulante e antipirética. Está dentre os medicamentos mais consumidos nos últimos cem anos. Sua síntese foi desenvolvida em 1897 pelo químico Felix Hoffmann com o objetivo de diminuir os seus efeitos colaterais, dado que era bastante empregado como analgésico. As moléculas de AAS são lentamente hidrolisadas, levando em conta a umidade, liberando ácido salicílico e ácido acético. A constante de velocidade do AAS pode ser determinada através do método de espectrofotometria, desta forma, quando um feixe de radiação monocromática incide sobre um meio homogêneo, parte é absorvida e a outra é transmitida. A equação da velocidade da reação pode ser escrita sendo: −𝑑 𝐴𝐴𝑆[ ] 𝑑𝑡 = 𝑑 𝐴𝑆[ ] 𝑑𝑡 = 𝑑 𝐴𝑐[ ] 𝑑𝑡 E a velocidade da reação é proporcional às concentrações dos reagentes: 𝑣 = 𝑑 𝐴𝑆[ ]𝑑𝑡 = 𝑘 𝐴𝐴𝑆[ ] 𝑚 𝑂𝐻[ ]𝑛 A partir da hidrólise do ASS é possível apontar dois mecanismo alternativo para a mesma, sendo: 1. MECANISMO : SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA BIMOLECULAR𝑆𝑁 2 2. MECANISMO : SUBSTITUIÇÃO NUCLEOFÍLICA UNIMOLECULAR𝑆𝑁 1 Nos dois mecanismos a ordem de reação global será igual a da etapa determinante de velocidade, portanto, para o mecanismo , a ordem global é 2 e𝑆𝑁 2 para o a ordem global é 1.𝑆𝑁 1 ● Sendo a velocidade de reação integrada para o mecanismo dada por:𝑆𝑁 2 1 𝐴𝐴𝑆[ ] 𝑡 = 1𝐴𝐴𝑆[ ] 0 + 𝑘𝑡 Assim caso o mecanismo da reação seja SN2, um gráfico de em função do 1 𝐴𝐴𝑆[ ] 𝑡 tempo dará uma linha reta com inclinação K2. ● Já para o mecanismo , a velocidade de reação integrada é dada por:𝑆𝑁 1 ln 𝐴𝐴𝑆[ ] 𝑡 = ln 𝐴𝐴𝑆[ ] 0 − 𝑘 1 𝑡 Logo, para o mecanismo SN1, um gráfico de em função do tempoln 𝐴𝐴𝑆[ ] fornecerá uma reta com inclinação K1. A equação anterior pode ser escrita na forma: 𝐴𝐴𝑆[ ] 𝑡 = 𝐴𝐴𝑆[ ] 0 . 𝑒−𝑘𝑡 Sendo a equação correspondente para o crescimento exponencial do produto: 𝐴𝑆[ ] 𝑡 = 𝐴𝐴𝑆[ ] 0 . (1 − 𝑒−𝑘𝑡) 2. OBJETIVOS: Determinar a constante de velocidade para a hidrólise alcalina do ácido acetilsalicílico. 3. MATERIAIS E MÉTODOS: 3.1. MATERIAIS E REAGENTES: - Béqueres - Aparelho de UV - VIS - Cubetas - Solução de ASS - Solução de NaOH 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: - 3.2.1 Experimento I: Influência da concentração A. Em um béquer contendo 10mL de uma solução de XM de ASS, adicionou-se, sob agitação constante, 10 mL de uma solução contendo XM de NaOH. B. Após a mistura, mediu-se a absorbância da solução em intervalos regulares de tempo, preenchendo a tabela abaixo: TEMPO (min) ABSORBÂNCIA NO TEMPO (t) - LN ( - )𝐴 ∞ 𝐴 𝑡 3 2,244 0,8082 6 2,339 0,8491 9 2,683 0,9869 12 2,612 0,9601 15 2,754 1,013 18 2,686 0,988 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Através dos valores determinados a partir da prática experimental foi possível construir um gráfico relacionando o comprimento de onda em nm e a absorbância. Desse modo, fixou-se uma faixa de comprimento de onda de 341,9688 nm. Na Tabela abaixo estão relacionadas as absorbâncias e as concentrações correspondentes para cada ordem. Tempo (min) [A] - LN ( -𝐴 ∞ 𝐴 𝑡 1/Ln[A] 3 0,0648 -2,73645 -0,36544 6 0,06304 -2,76399 -0,3618 9 0,07156 -2,63722 -0,37919 12 0,069 -2,67365 -0,37402 15 0,08893 -2,41991 -0,41324 18 0,06228 -2,77611 -0,36022 Foi plotado um gráfico para cada ordem para verificação do melhor coeficiente de determinação. Através das equações e coeficiente de determinação encontrados, foi possível concluir que a melhor curva que representa a hidrólise do ácido acetilsalicílico foi a do mecanismo SN2, reação de ordem global igual a 2, primeira ordem em relação aos dois reagentes, visto que nota-se através dos gráficos construídos que tanto ln[A] quanto 1/ln[A] uma curva que ocorre em somente uma fase em relação ao complexo de ativação. Observa-se também o coeficiente de linearidade variando de 0,1031 a 0,1124, evidenciando que trata-se de uma reação de ordem 2, em que ambos os reagentes interagem e suas respectivas variações relacionam-se com a velocidade. Por fim, ressalta-se que a constante de velocidade nessa faixa de comprimento de onda corresponde a 0,0012s^-1. 5. CONCLUSÕES: A partir da prática realizada foi possível conhecer com afinco o método de espectrofotometria para determinar a constante de velocidade para o composto estudado. Além disso, o experimento nos permitiu estudar com mais profundidade a determinação tanto da ordem de reação quanto da constante de velocidade, sendo assim, fixando ainda mais esses conceitos estudados na teoria e, não menos importante, construir os gráficos de absorbância em função do tempo e do - LN ( - ).𝐴 ∞ 𝐴 𝑡 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ATKINS, P.; DE PAULA, J. Atkins, física-química. Rio de Janeiro: LTC, 2008 . v. 2. ISBN 978-85-216-1601-6.
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