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Química analítica avançada Profa. Denise Lowinshon denise.lowinsohn@ufjf.edu.br http://www.ufjf.br/nupis Prof. Rafael Arromba de Sousa rafael.arromba@ufjf.edu.br http://www.ufjf.br/baccan 1º semestre 2014 DIA/MÊS ASSUNTO RESPONSÁVEL 26/03 Equilíbrio ácido-base Denise 02/04 Titulação ácido-base 09/04 Titulação ácido-base 16/04 Equilíbrio de precipitação 23/04 Titulação de precipitação 30/04 Reações e titulações redox 07/05 Reações e titulações redox 14/05 SEMINÁRIO DOS ALUNOS Denise e Rafael 21/05 1º TVC Denise 28/05 Equilíbrio e titulações de complexação Rafael 04/06 Estatística aplicada à química analítica 11/06 Estatística aplicada à química analítica 18/06 Experimento de amostragem 25/06 Preparo de amostras 02/07 Preparo de amostras 09/07 SEMINÁRIO DOS ALUNOS Rafael e Denise 16/07 2º TVC Rafael CRONOGRAMA Equilíbrio ácido base Reações reversíveis Havendo tempo suficiente, todas as reações reversíveis atingem um estado de equilíbrio químico. Lei da ação das massas Guldberg e Wage (1867) enunciaram os seguintes termos “A velocidade de uma reação química a uma temperatura constante é proporcional ao produto das concentrações das substâncias que participam da reação.” Lei do equilíbrio químico A velocidade de conversão de A e B é dada por: v1 = k1.[A] a.[B]b A velocidade de conversão de C e D é dada por: v2 = k2.[C] c.[D]d No equilíbrio tem-se que: v1 = v2 Portanto: K BA DC k k ba dc ].[][ ].[][ 2 1 CONSTANTE DE EQUILÍBRIO (valor quantitativo) aA + bB cC + dD Equilíbrio e termodinâmica A constante de equilíbrio químico pode ser relacionada às variações de energia livre de Gibbs (G), da entalpia (H) e da entropia (S) que ocorrem durante a reação mediante as seguintes expressões matemáticas: Go = -R.T.lnK = -2,303.R.T.logK Go = Ho – T.So G < 0 espontâneo G = 0 equilíbrio G > 0 não espontâneo Atividade Na dedução da lei da ação das massas parte-se do princípio de que as concentrações efetivas ou massas ativas dos componentes podem ser expressas pelas concentrações estequiométricas. De acordo com a termodinâmica, isso não é rigorosamente verdadeiro. A equação exata para o equilíbrio de um eletrólito binário é: (aA+.aB-) / (aAB) = Kdissociação CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO ATIVIDADE = CONCENTRAÇÃO X COEFICIENTE DE ATIVIDADE aA+ = [A +].A+ aB- = [B -].B- aAB = [AB].AB odissociaçã BA K AB BA AB . . ][ ]].[[ LEI DA AÇÃO DAS MASSAS APLICADA A ELETRÓLITOS FRACOS (coeficiente de atividade) varia com a concentração!!!!!! AB A+ + B- Força iônica A atividade é função da força iônica que é uma medida do campo elétrico existente na solução e é designada por: 2 2 1 iizcI I = força iônica c = concentração iônica z = carga do íon É uma medida da concentração total de íons em solução. Quanto mais carregado for um íon, maior será a sua participação no cálculo. PRINCÍPIO DE LE CHATELIER - BRAUM “Se uma ação for exercida sobre um sistema em equilíbrio, o sistema ajusta o seu equilíbrio de modo a neutralizar o efeito da ação.” A composição de um dado equilíbrio pode ser alterada mudando-se as condições em que está o sistema. Assim, é necessário levar em consideração o efeito de alterações na temperatura, pressão e concentração dos componentes. Princípio de Le Chatelier - Braum Esses efeitos podem ser premeditados qualitativamente O aumento da temperatura altera a relação de concentração na direção que tende a absorver calor e aumenta a pressão a favor dos participantes que ocupam volume total menor. Variando-se assim a constante de equilíbrio. Ou seja.... Temperatura (1) A constante de equilíbrio de uma reação endotérmica aumenta se a temperatura for aumentada (2) A constante de equilíbrio de uma reação exotérmica diminui se a temperatura for aumentada N2(g) + 3H2(g) 2NH3(g) (processo reversível) Direta: exotérmica (liberação de calor) Inversa: endotérmica (absorção de calor) Se a temperatura da mistura em equilíbrio for aumentada, a reação que absorve calor será favorecida (inversa) ocorrendo à decomposição da amônia. Portanto, a constante de equilíbrio diminui com o aumento de T. Quando um sistema está em equilíbrio e os coeficientes estequiométricos das moléculas em cada lado da equação química são iguais, não há mudança de volume quando a reação ocorre. Assim, quando a pressão do sistema é duplicada, o volume total cai à metade, mas os dois lados são afetados por igual. No sistema da amônia, ocorre redução de volume quando amônia se forma logo um aumento de pressão favorece a formação de amônia. (1) Se a reação está em equilíbrio e são adicionados produtos (ou removidos reagentes), a reação se desloca para a esquerda. (2) Se a reação está em equilíbrio e são adicionados reagentes (ou removidos produtos), a reação se desloca para a direita. Quando se adiciona hidrogênio ao sistema nesse equilíbrio, ao se restaurar o equilíbrio novamente encontra-se mais amônia do que originalmente. De acordo com o princípio de Le Chatelier-Braum, o sistema altera para remover um pouco do hidrogênio adicionado. Pressão (para gases) Concentração de reagentes São 3 fatores principais que afetam as velocidades das reações químicas: Natureza do solvente as reações em água são geralmente rápidas porque envolvem interações entre íons Temperatura a velocidade de uma reação cresce rapidamente com o aumento de temperatura Catalisadores são substâncias que alteram a velocidade de uma reação sem serem afetados. Fatores que afetam as velocidades das reações químicas Produto iônico da água Dois pesquisadores (1894) descobriram que mesmo a água mais bem purificada ainda possui condutividade. A água deve, portanto, estar ionizada segundo a equação: H2O H + + OH- (correto: 2H2O H3O + + OH-) Aplicando a lei da ação da massas: Como a água está fracamente ionizada, as concentrações são pequenas e seus coeficientes de atividade podem ser tomados como sendo iguais a um assim como os das moléculas não-ionizadas. cte OH OHH OH OHH 2 2 . . ][ ]].[[ Produto iônico da água Dois pesquisadores (1894) descobriram que mesmo a água mais bem purificada ainda possui condutividade. A água deve, portanto, estar ionizada segundo a equação: H2O H + + OH- (correto: 2H2O H3O + + OH-) Aplicando a lei da ação da massas: Como a água está fracamente ionizada, as concentrações são pequenas e seus coeficientes de atividade podem ser tomados como sendo iguais a um assim como os das moléculas não-ionizadas. cte OH OHH OH OHH 2 2 . . ][ ]].[[ 1 Produto iônico da água Dois pesquisadores (1894) descobriram que mesmo a água mais bem purificada ainda possui condutividade. A água deve, portanto, estar ionizada segundo a equação: H2O H + + OH- (correto: 2H2O H3O + + OH-) Aplicando a lei da ação da massas: Como a água está fracamente ionizada, as concentrações são pequenas e seus coeficientes de atividade podem ser tomados como sendo iguais a um assim como os das moléculas não-ionizadas. Em água pura ou em soluções diluídas, a concentraçãoda água não ionizada pode ser constante, assim, [H+].[OH-] = Kw = 1X10 -14 (PRODUTO IÔNICO DA ÁGUA A 25oC) cte OH OHH OH OHH 2 2 . . ][ ]].[[ 1 Produto iônico da água A água é um eletrólito extremamente fraco e a dissolução de um próton em água, provocará o efeito de solvatação ao redor do soluto, estabilizando fortemente o íon H3O + (Aq.). O mesmo ocorre com o íon OH-(Aq.), mas em menor escala quanto à solvatação, por ser um íon menos volumoso. [H3O +] e [OH-] Solução neutra: [H3O +] = [OH-] [H3O +] = [OH-] = 1,0 x 10-7 mol L-1 Solução ácida: [H3O +] > [OH-] [H3O +] > 1,0 x 10-7 mol L-1 e [OH-] < 1,0 x 10-7 mol L-1 Solução alcalina: [H3O +] < [OH-] [H3O +] < 1,0 x 10-7 mol L-1 e [OH-] > 1,0 x 10-7 mol L-1 Ácidos e bases: uma breve revisão Ácido: gosto azedo e causa mudança de cor em pigmentos. Base: gosto amargo e sensação escorregadia. Arrhenius: Em meio aquoso, ácidos são definidos como substâncias que aumentam a [H+] e bases aumentam a [OH-] Ácidos = substâncias que produzem íons H3O + (H+), quando dissolvidos em água Bases = substâncias que produzem íons OH-, ao serem dissolvidos em água Arrhenius: ácido + base sal + água. Problema: a definição se aplica a soluções aquosas. Ácidos e bases fortes e fracas Ácidos Fortes são completamente dissociados (ex: HCl, HNO3) Fracos são pouco dissociados (ex: H3PO4, CH3COOH) HCl + H2O H3O + + Cl- Bases Fortes são completamente dissociados (ex: NaOH) Fracos são pouco dissociados (ex: NH3) NH3 + H2O NH4 + + OH- Ácidos e bases polipróticos Ácidos e bases polipróticos são compostos que podem doar ou receber mais de um próton. H3PO4 + H2O H3O + + H2PO4 - H2PO4 - + H2O H3O + + HPO4 2- HPO4 2- + H2O H3O + + PO4 3- Ionizam por etapas. Não ocorrem na mesma extensão. Dissociação eletrolítica As soluções de muitos sais de “ácidos fortes” e “bases fortes” em água são boas condutoras de eletricidade, ao contrário da água pura que é má condutora. Esses solutos são chamados de ELETRÓLITOS. SAIS são compostos por átomos ou grupos de átomos com carga, que são mantidos juntos em uma rede cristalina e são chamados de COMPOSTOS IÔNICOS. Quando essas substâncias são dissolvidas em um solvente de alta constante dielétrica, ou são aquecidos até a fusão, as forças que atuam no cristal enfraquecem e as substâncias se dissociam, liberando as partículas com carga, ou íons, preexistentes. Isso faz com que as soluções resultantes sejam boas condutoras de eletricidade. Esses sais em solução são chamados de ELETRÓLITOS FORTES. ELETRÓLITO FRACO conduz pouco Teoria de Brønsted-Lowry Brønsted-Lowry: ácido - doador de próton e base - receptor de próton Ácido conjugado: é a espécie formada quando a base aceita um próton. Base conjugada: é a espécie formada quando o ácido perde um próton. A1 + B2 A2 + B1 (pares de ácido e base conjugados) espécie que doa H+ (ácido 1) espécie receptora de prótons (base 2) derivado da base 2 (ácido 2) derivado do ácido 1 (base 1) Teoria de Brønsted-Lowry Ácidos: podem ser moléculas não carregadas (HCl), ânions (HSO4 -), cátions (NH4 +) Bases: podem ser moléculas não carregadas (NH3), ânions (Cl -) Substâncias Anfóteras: comportamento como ácidos ou como bases (H2O) Exemplos: HNO2 + H2O NO2 - + H3O + espécie que doa H+ (ácido 1) espécie receptora de prótons (base 2) derivado da base 2 (ácido 2) derivado do ácido 1 (base 1) H2O + NH3 OH - + NH4 + espécie que doa H+ (ácido 1) espécie receptora de prótons (base 2) derivado da base 2 (ácido 2) derivado do ácido 1 (base 1) Teoria de Lewis Ácido = receptor de par de elétrons Base = doador de par de elétrons Ácidos e bases de Lewis não necessitam conter prótons. Exemplo: Fe3+(aq) + SCN - (aq) Fe(SCN) 2+ (aq) Ácido de Lewis: recebe par de elétrons Base de Lewis: doa par de elétrons Teorias Teoria Ácido Base Lewis Aceita pares de e- Doa pares de e- Brnsted – Lowry Doa próton Aceita próton Arrhenius Produz íons H+ Produz íons OH- H+(aq) + :OH-(aq) H2O a1 a2 b2 b1 H2O + H2O H3O +(aq) + OH-(aq) Equilíbrio ácido-base em água HA + H2O H3O + + A- ou HA H+ + A- ][ ]][[ HA AH K CONSTANTE DE IONIZAÇÃO OU DISSOCIAÇÃO grau de ionização no equilíbrio cTOTAL = [HA] + [A -] [H+] = [A-] = c 1 2c cc xcc K LEI DE DILUIÇÃO DE OSTWALD Equilíbrio ácido-base em água ][ ]][[ 42 2 43 POH HPOOH K a ÁCIDO H2PO4 - + H2O H3O + + HPO4 2- BASE NH3 + H2O NH4 + + OH- ][ ]][[ 3 4 NH OHNH K b pKa = -log Ka ou pKb = -log Kb Força de ácidos e bases Substância pKa acético 4,76 bórico 9,24 oxálico 1,27 e 4,27 amônia 9,24 Quanto maior pKa, mais fraco será o ácido e mais forte será a base. % Ionização = força do ácido ou base HOAc(aq) H + (aq) + OAc - (aq) Início 0,10 - - No equilíbrio 0,10-x x x %4,1100 ][ ][ % 10.4,1][][ 10,0][ ]][[ 10.85,1 0 . 13 2 5 x HOAc H ionização molLOAcHx x x HOAc OAcH K equ a ÁCIDO FRACO Se CA / Ka 10 4 aproximação Ácidos polipróticos H2A H + + HA- K1 HA- H+ + A2- K2 Se forem ácidos fracos: ][ ]][[ 2 1 AH HAH K ][ ]][[ 2 2 HA AH K Perda de prótons em etapas. A cada etapa corresponde um valor de Ka. Expoente do íon hidrogênio As concentrações de íons H3O + (H+) em solução são freqüentemente muito pequenas. 1909 Sørensen sugeriu o uso do expoente do íon hidrogênio, pH, definido por: pH = log 1/[H+] = -log [H+] ou [H+] = 10-pH pH + pOH = 14 Escala de pH Usando Ka para calcular o pH 9,2)10.4,1log(]log[ 10.4,1][][ 10,0][ ]][[ 10.85,1 3 13 2 5 HpH molLOAcHx x x HOAc OAcH KaHOAc(aq) H+(aq) + OAc-(aq) Início 0,10 - - No equilíbrio 0,10-x x x Se CA / Ka 10 4 aproximação Usando Kb para calcular o pH A cocaína é um exemplo de base fraca com KB = 2,6 x 10 -6 mol L-1 . Calcule o pH de uma solução desta base a 0,0372 mol L-1 . C H O H O C OCH3 O N CH3.. CH3 N O OCH3 H O C C H O H + + OH- (Aq.) 0372,00372,0 106,2 ][ ]][[ 226 x x x x B OHBH Kb 0,0372 / 2,6 x 10-6 10-4 SIM 141011,3][OH molLx 51,3pOH 49,10pH pH de sais HIDRÓLISE: interação entre espécies carregadas negativa ou positivamente com o solvente. GRAU DE HIDRÓLISE: fração de cada mol de ânion ou cátion hidrolisado no equilíbrio. REAÇÕES DE HIDRÓLISE resultam em interações que liberam íons H3O + (Aq.) ou OH-(Aq.). CH3 C O OH O CCH3 O - + OH- (Aq.) + H2O Hidrólise alcalina- aniônica H H H N ..+ H2O + H3O+ (Aq.) Hidrólise ácida - Catiônica N H HH + H Aplicações -Industriais: tratamento da água -Em análises quantitativas: previsões sobre o comportamento de íons com estado de oxidação máximo (+3 ou +4) em que a manutenção de acidez elevada pode evitar ou aproveitar a hidrólise para um determinado fim. -ÂNIONS como: sulfato, carbonato, oxalato, cromato, estanato, fosfato, antimonato, arseniato; entre outros, em que a HIDRÓLISE tem papel preponderante no controle de solubilidade de seus sais. DISSOLUÇÃO DE PRECIPITADOS como BaSO4, CaC2O4, PbCrO4, dependem exclusivamente da reação de HIDRÓLISE do ânion e com o aumento da solubilidade controlado pela acidez ferramenta analítica importante. Classes 4 classes: -sais de ácidos fortes e bases fortes SOLUÇÃO NEUTRA -sais de ácidos fracos e bases fortes -sais de ácidos fortes e bases fracas -sais de ácidos fracos e bases fortes Nem sempre são neutras Sais de ácidos fracos (HA) e bases fortes (MOH) Solução resultante básica A- + H2O OH - + HA ][ ]][[ A HAOH K h Sais de ácidos fracos (HA) e bases fortes (MOH) Solução resultante básica A- + H2O OH - + HA ][ ]][[ A HAOH K h H2O OH - + H+ HA H+ + A- ][ ]][[ ]][[ HA AH K HOHK a w Sais de ácidos fracos (HA) e bases fortes (MOH) Solução resultante básica A- + H2O OH - + HA ][ ]][[ A HAOH K h H2O OH - + H+ HA H+ + A- ][ ]][[ ]][[ HA AH K HOHK a w Portanto: a w h K K K Grau de hidrólise Considere x o grau de hidrólise. As concentrações em mol L-1 são: cx-c ][A cx ][OH [HA] ][][c - - AHA )1(][ ]][[ 2 x x A HAOH K h Essa expressão permite o cálculo do grau de hidrólise Sais de ácidos fortes (HA) e bases fracas (MOH) Solução resultante ácida M+ + H2O MOH + H + ][ ]][[ M HMOH K h H2O OH - + H+ MOH M+ + OH- ][ ]][[ ]][[ MOH OHM K HOHK b w Portanto: b w h K K K Sais de ácidos fracos (HA) e bases fracas (MOH) Caráter ácido ou básico da solução depende das constantes M+ + H2O MOH + H + ]][[ ]][[ AM HAMOH K h A- + H2O OH - + HA Sais de ácidos fracos (HA) e bases fracas (MOH) Caráter ácido ou básico da solução depende das constantes M+ + H2O MOH + H + ]][[ ]][[ AM HAMOH K h HA AH K MOH OHM K HOHK a b w ]][[ ][ ]][[ ]][[ A- + H2O OH - + HA H2O OH - + H+ MOH M+ + OH- HA H+ + A- Sais de ácidos fracos (HA) e bases fracas (MOH) Caráter ácido ou básico da solução depende das constantes M+ + H2O MOH + H + ]][[ ]][[ AM HAMOH K h HA AH K MOH OHM K HOHK a b w ]][[ ][ ]][[ ]][[ Portanto: ba w h KK K K . A- + H2O OH - + HA H2O OH - + H+ MOH M+ + OH- HA H+ + A- Sais de ácidos fracos (HA) e bases fracas (MOH) Caráter ácido ou básico da solução depende das constantes M+ + H2O MOH + H + ]][[ ]][[ AM HAMOH K h HA AH K MOH OHM K HOHK a b w ]][[ ][ ]][[ ]][[ Portanto: ba w h KK K K . A- + H2O OH - + HA H2O OH - + H+ MOH M+ + OH- HA H+ + A- Ka = Kb solução neutra Ka < Kb solução básica Ka > Kb solução ácida Grau de hidrólise Considere x o grau de hidrólise. As concentrações em mol L-1 são: cx-c ][A][M cx [MOH] [HA] totalãoconcentraç c - 2 2 )1(]][[ ]][[ x x AM HAMOH K h O grau de hidrólise é independente da concentração da solução. Soluções tampão EFEITO TAMPÃO: é a resistência de uma solução a mudanças de concentração de íons hidrogênio ao se adicionar pequenas quantidades de ácido ou base. Uma solução que tem essa propriedade é chamada de SOLUÇÃO TAMPÃO. As soluções tampões geralmente são misturas de ácido fraco e seu sal, ou então de base fraca e seu sal. Equação de Henderson-Hasselbalch ][ ][ log ][ ][ loglog]log[ ][ ][ log]log[ ][ ]][[ loglog ][ ]][[ HA A pKpH HA A KH HA A H HA AH K HA AH K a a a a pH pKa EQUAÇÃO DE HENDERSON- HASSELBALCH Para base fraca e seu sal ][ ][ log ][ ][ loglog]log[ ][ ][ log]log[ ][ ]][[ loglog ][ ]][[ base sal pKpOH base sal KOH base sal OH base salOH K base salOH K b b b b Usando a equação de Henderson- Hasselbalch Exercício: Hipoclorito de sódio (NaOCl, o ingrediente ativo de quase todos os alvejantes) foi dissolvido numa solução tamponada em pH 6,20. Encontre a razão ([OCl-]/[HOCl] nesta solução. Sabendo-se que o pKa = 7,53. Usando a equação de Henderson- Hasselbalch Exercício: Hipoclorito de sódio (NaOCl, o ingrediente ativo de quase todos os alvejantes) foi dissolvido numa solução tamponada em pH 6,20. Encontre a razão ([OCl-]/[HOCl] nesta solução. Sabendo-se que o pKa = 7,53. HOCl H+ + OCl- Usando a equação de Henderson- Hasselbalch Exercício: Hipoclorito de sódio (NaOCl, o ingrediente ativo de quase todos os alvejantes) foi dissolvido numa solução tamponada em pH 6,20. Encontre a razão ([OCl-]/[HOCl] nesta solução. Sabendo-se que o pKa = 7,53. HOCl H+ + OCl- ][ ][ log33,1 ][ ][ log53,720,6 ][ ][ log HOCl OCl HOCl OCl HOCl OCl pKpH a ][ ][ 047,0 1010 ][ ][ log 33,1 HOCl OCl HOCl OCl Efeito da adição de um ácido em um tampão Exercício : Calcule o pH da solução resultante da adição de 10mL de HCl 1molL-1 a um litro de uma solução 0,1molL-1 de ácido acético e 0,1molL-1 de acetato de sódio (Ka=1,75x10 -5molL-1). Efeito da adição de um ácido em um tampão CH3COO - + H+ CH3COOH pKa=4,76 Exercício : Calcule o pH da solução resultante da adição de 10mL de HCl 1molL-1 a um litro de uma solução 0,1molL-1 de ácido acético e 0,1molL-1 de acetato de sódio (Ka=1,75x10 -5molL-1). Efeito da adição de um ácido em um tampão CH3COO - + H+ CH3COOH Número de mol inicial para: CH3COO - n=CV=0,1x1=0,1mol CH3COOH n=CV=0,1x1=0,1mol H+n=CV=1x0,01=0,01mol pKa=4,76 Exercício : Calcule o pH da solução resultante da adição de 10mL de HCl 1molL-1 a um litro de uma solução 0,1molL-1 de ácido acético e 0,1molL-1 de acetato de sódio (Ka=1,75x10 -5molL-1). Efeito da adição de um ácido em um tampão CH3COO - + H+ CH3COOH Número de mol inicial para: CH3COO - n=CV=0,1x1=0,1mol CH3COOH n=CV=0,1x1=0,1mol H+n=CV=1x0,01=0,01mol Número de mol final para: CH3COO - n=0,1-0,01=0,09mol CH3COOH n=0,1+0,01=0,11molH+ reagiu completamente Desprezando a mudança de volume 67,409,076,4 11,0 09,0 log76,4 pH pKa=4,76 Exercício : Calcule o pH da solução resultante da adição de 10mL de HCl 1molL-1 a um litro de uma solução 0,1molL-1 de ácido acético e 0,1molL-1 de acetato de sódio (Ka=1,75x10 -5molL-1). Efeito do tampão O mesmo volume de HCl adicionado a um litro de água (pH=7) levaria a uma solução de pH = -log 0,01 = 2, uma alteração de 5 unidades de pH. Isso mostra como uma solução tampão regula o pH. Capacidade tamponante 1 a pKpH É a medição de quanto uma solução resiste a mudanças de pH quando um ácido ou base forte é adicionado A faixa de pH de um tampão de ácido fraco é Composição de soluções tampão em função do pH – sistema monoprótico NaOAcHOAcT ccc Exemplo: ácido acético e acetato de sódio cT = soma das concentrações analíticas de ácido acético e acetato de sódio Tc HOAc][ 0 Fração da concentração total do ácido que permanece não dissociada Tc OAc ][ 1 Fração da concentração total do ácido dissociada 110 Os coeficientes alfa dependem apenas de [H3O] + e Ka e são independentes de cT. ][ ][ ][ 3 OH HOAc KOAc a ][][ OAcHOAccT ][ ][ ][ ][ ][ ][ 3 3 3 OH KOH HOAc OH HOAc KHOAcc aaT aT KOH OH c HOAc ][ ][][ 3 3 0 a a T KOH K c OAc ][ ][ 3 1 Variação de com o pH Sistema diprótico A dedução das equações de composição fracionária para um sistema diprótico segue o mesmo padrão utilizado para o sistema monoprótico. H2A H + + HA- K1 HA- H+ + A2- K2 ][ ]][[ 2 1 AH HAH K ][ ]][[ 2 2 HA AH K ][ ][][ 12 H K AHHA 2 21 2 22 ][ ][ ][ ][][ H KK AH H K HAA ? Mistura de ácidos monobásicos fracos Supondo-se o caso de uma mistura de dois ácidos fracos: (1) HA e (2) HL. Constantes de Equilíbrio: KHA>>>KHL H2O OH - (Aq.) + H + (Aq.) HA H+(Aq.) + A - (Aq.) HL H+(Aq.) + L - (Aq.) [H+] = [OH-] + [A-] + [L-] A contribuição de cada espécie é dada por: Íons hidroxila da água: ][ ][ H K OH w ][ ][ ][ H HA KA HA ][ ][ ][ H HL KL HL e Equilíbrio do próton Mistura de ácidos monobásicos fracos ][][][ ][][][ ][ ][ ][ ][ ][ ][ 2 HLKHAKKH HLKHAKKH H HL K H HA K H K H HLHAw HLHAw HLHA w HA HA KH H CHA AHA ][ ][ ][ ][][cHA HL HL KH H CHL LHL ][ ][ ][ ][][cHL Mistura de ácidos monobásicos fracos Substituindo-se as expressões de [HA] e [HL] na expressão de equilíbrio do próton, obtém-se uma equação de quinta ordem em relação ao íon H+. Trata-se então de uma formulação complexa, exigindo cálculos de aproximação sucessiva. Uma possível simplificação é admitir que: CHA [HA] e CHL [HL], assim se pode obter uma primeira aproximação da concentração hidrogeniônica: HLHLHAHAw HLHLHAHAw CKCKKH CKCKKH 0 2 0 ][ ][ HA HA KH H CHA 0 0 1 ][ ][ ][ HL HL KH H CHL 0 0 1 ][ ][ ][ Mistura de ácidos monobásicos fracos 11 11 2 ][][][ ][][][ HLKHAKKH HLKHAKKH HLHAw HLHAw Faz-se o teste da aproximação, tomando-se o valor máximo de erro no cálculo da concentração hidrogeniônica como 1,0% ([HA]1 ≠ [HA]0 = 1,0%) e reinicia-se o ciclo, caso o erro seja superior a este valor. É um cálculo de aproximação sucessiva, que leva em consideração a participação das bases que se formam pelas dissociações dos dois ácidos ácido monobásicos fracos da mistura. Equilíbrio ácido-base em meio não aquoso Para se tratar de equilíbrio ácido-base em meio não aquoso ou parcialmente aquoso deve-se considerar duas características fundamentais dos solventes: a constante de autoprotólise e a constante dielétrica. A constante de autoprotólise reflete o comportamento anfiprótico ou aprótico do solvente. A constante dielétrica reflete a sua capacidade de separar as cargas, isto é, de evitar a formação de pares entre íons de cargas opostas. Os solventes podem ser divididos em 4 classes distintas. (com intuito de facilitar a discussão) Solventes próticos são polares e tem como característica principal capacidade de fazer uma espécie de ligação conhecida como ponte de hidrogênio, por exemplo a água. Solventes apróticos não tem essa característica. ex: hexano. Primeira classe Os solventes anfipróticos polares, tem comportamento similar ao da água e inclui metanol, ácido fórmico, misturas água-álcoois, etc.. Quando um ácido HA é dissolvido num solvente anfiprótico polar HS, ocorre a seguinte reação de equilíbrio: onde H2S + é o próton solvatado. O tratamento formal de equilíbrio dado à esta classe de solventes é semelhante ao dado à água. HA + HS H2S + + A- HA ASH a a aa K . 2 Ácido pKa (H2O) pKa (MeOH) pKa (EtOH) Acético 4,75 9,7 10,4 Benzóico 4,20 9,4 10,13 Fenol 9,97 14,2 15,3 Segunda classe Compreende os solventes anfipróticos apolares, cujo exemplo típico é ácido acético glacial. Um ácido HA, quando dissolvido nesse tipo de solvente, ioniza- se e dissocia-se segundo as equações: HA + HS H2S +A- HA ASH i a a K 2 H2S +A- H2S + + A- ASH ASH d a aa K 2 2 . Como em solvente anfiprótico com baixa constante dielétrica a formação do par iônico é inevitável, a constante de ionização é quem expressa exatamente a força do ácido ou base. A ionização é função acidez/basicidade do solvente. A dissociação é função da constante dielétrica. Em solventes com constante dielétrica maior que 30-40, a formação do par iônico é desprezível e o tratamento é feito como em água. Ácido pKa Base pKa Perclórico 4,87 Tribenzilamina 5,38 Sulfúrico (K1) 7,24 Piridina 6,10 Clorídrico 8,55 2,5-dicloroanilina 9,48 Terceira classe É a que inclui os polares apróticos, que são mais conhecidos como dipolares apróticos. São relativamente inertes e podem ser subdivididos em protofílicos e protofóbicos. Protofílicos: DMSO, DMF, Py, solvatam cátions e podem aceitar pontes de hidrogênio. Protofóbicos: ACN, nitrometano, têm pouca capacidade para solvatar cátions e formar pontes de hidrogênio. Ácido pKa (ACN) pKa (DMSO) Acético 22,3 12,6 Benzóico 20,7 11,1 Salicílico 16,7 6,8 Quarta classe É dos apróticos apolares, comumente chamados de inertes. Nesta classe estão incluídos o benzeno, tolueno, n-hexano, tetraborato de carbono, etc.. Eles têm baixa constante dielétrica (normalmente menor que 10) e não exercem nenhum papel em reações de neutralização. O tratamento de equilíbrio em meio não aquoso, como pode ser notado, não é tão simples como em água e, portanto, muitos cuidados devem ser tomados.