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Estudos caso-controle Epidemiologia Mestrandas: Ana Paiva Leite Mylla Cristie Campelo Monteiro Princípios básicos O estudo de caso controle é do tipo observacional. Visa identificar características (exposições, ou fatores de risco) que ocorrem em maior frequência entre casos do que entre controles. É constituído por um grupo caso e um grupo controle. Estrutura básica de um estudo de caso-controle Princípios básicos Ao planejar um estudo de caso controle é necessário identificar a população que produziu os casos. E tratá-la como uma coorte (real ou imaginária) a qual o estudo caso-controle corresponde. Estudo de coorte conduzido em uma população fechada. Estudo de coorte Princípios básicos No estudo de caso controle, o número de casos e controles é definido aleatoriamente pelo investigador. Portanto, não é possível calcular os riscos de doença em expostos e não expostos. Como também, não é possível calcular a razão de risco diretamente. Princípios básicos A medida de associação; razão de chances de exposição, mede o quanto a exposição é mais frequente em casos do que em controles. Estudo caso-controle e raridade da doença. Somente, quando a doença sobre o estudo é rara, advém estimativas válidas do risco relativo. Esse principio é aplicado em um tipo especial de caso-controle. No qual casos e controles são selecionados após o término do período de risco. Definição e seleção de casos Os estudos de caso-controle podem ser classificado de acordo com dois critérios: Quanto a definição epidemiológica dos casos. Quanto á seleção dos grupos de comparação. ALMEIDA FILHO, N e BARRETO, M.L., 2014 Definição epidemiológica dos casos Casos incidentes: são casos novos que surgem dentro de um período fixo de tempo. Casos prevalentes: são os indivíduos com a doença em questão em um determinado momento no tempo (ou período curto de tempo). ALMEIDA FILHO, N e BARRETO, M.L., 2014 Seleção dos grupos de comparação Os estudos de caso controle podem ser pareados e não pareados. Pareamento; é o processo de seleção de controle individuais similares aos casos em uma ou em algumas variáveis específicas. ALMEIDA FILHO, N e BARRETO, M.L., 2014 Definição e seleção de casos O grupo (ideal) de casos será definido pela máxima similitude quanto aos seguintes aspectos. Critérios diagnósticos Estágio da doença Variantes ou tipos clínicos Fonte dos casos Definição e seleção dos controles A escolha do grupo de controle, deve cumprir o princípio de similaridade entre os casos. Exceto o critério de presença ou ausência do agravo em estudo. Definição e seleção dos controles Casos de mulheres de 14 - 44 anos de idade com artrite reumatoide. Os controles devem ser selecionados dentre mulheres com a mesma idade sem a doença em questão. Definição e seleção de controles O grupo de controles deve ser composto por um amostra representativa da base populacional. E o processo de seleção precisa ser independente do status de exposição dos controles. Viés de seleção Ocorre quando o grupo de controles não são representativos da base populacional. Uma alternativa para identificar a presença do viés, é definido a coorte ( real ou imaginária). Avaliar se o grupo controles, seria selecionado como casos no estudo, se eles viessem a desenvolver a doença sob estudo. Pareamento em estudo caso-controle É um procedimento pelo qual, para cada caso selecionado, são recrutados um ou mais controles idênticos. Cada grupo de casos e controles é constituído de uma população semelhante, também em termos de certas variáveis. As variáveis utilizadas no pareamento são as possíveis variáveis confudidoras. Pareamento em estudo caso controle No estudo caso e controle, o pareamento opera na relação doença-confundimento-exposição. Requer que a comparação de frequência de exposição se dê dentro de cada par de caso e controle. Parear as variáveis confudidoras pode aumentar muito o poder do estudo. Pareamento em estudo caso controle Parear variáveis que não são confudidoras diminui o poder do estudo. Vantagem; é relevante para controlar o efeito de variáveis de confusão que são difíceis de especificar e quantificar. Desvantagem: as variáveis confudidora precisam ser bem definidas. Pareamento por frequência É um pareamento individual. Uma vez escolhida a variável a ser pareada o processo de recrutamento dos participantes inicia. Observa-se o número de casos e controles em cada estrato da variável de pareamento. Precisa ter a mesma proporção de controle e casos nos estratos. Pareamento por frequência Exemplo: Em um estudo em que se decida parear por sexo, ao fim de cada semana os pesquisadores determinam qual é a proporção de homens entre os casos e entre os controles. Requer analise estratificada e não pareada. Caso controle aninhado Ocorre quando a população que origina casos e controles é uma coorte bem definida. Sendo que os últimos são selecionados a partir da coorte, pareando pelo momento (tempo) em que os casos são identificados. Cada indivíduo da população de origem tem uma probabilidade de ser selecionado como um controle proporcional. Corresponde a contribuição como pessoa-tempo no denominador da densidade de incidência. Utilizado como alternativa para testar novas hipóteses. Caso coorte Cada indivíduo tem a mesma chance de ser incluído como um controle. É possível estimar o risco relativo sem informações de todos os indivíduos da coorte. Conduzir; vários estudos, com o mesmo grupo controle, com diferentes desfechos. Caso-controle aninhado ao corte tranversal Os estudos de coorte transversal podem ser interpretados como o caso controle análogo á coorte proporcional. Os casos representam os casos prevalentes da doença, e os controles representam a parcela da população de estudo que não possuem a doença. São selecionados todos os casos identificados, ou uma amostra dos mesmos, e uma amostra dos não casos. Estudo caso-controle cumulativo ou epidêmico É utilizado em situações epidêmicas. os casos são identificados no curso de uma epidemia. Os controles são selecionados após o término da epidemia. Estudo de casos ou séries de casos É uma alternativa muito utilizada em estudos genéticos. Propicia uma abordagem analítica; quando se dispõe de uma distribuição teórica da exposição na população de origem. Possibilita a investigação de interações: Gene-gene, gene ambiente e ambiente-ambiente. Case- crossover A informação do controle para cada caso é baseada em sua experiência passada. É conduzida uma análise pareada em que o par de cada indivíduo é ele próprio em um ou mais momento anteriores. Este estudo é adequado para exposição intermitentes.
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