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TRANSPORTES E SEGUROS INTERNACIONAIS AULA 5 Profª Rafaela Aparecida de Almeida CONVERSA INICIAL Esta aula terá como eixo central o seguro internacional de cargas. Como falamos inicialmente em aulas ateriores, o mundo inteiro comercializa mercadorias, as empresas têm suas operações espalhadas pelo mundo em segmentos e negócios dos mais diversos, porém, a mesma tecnologia que favorece as movimentações de informações também coopera com a segurança das cargas e gerenciamento dos riscos que envolvem o comércio internacional. Existem três tipos diferentes de seguro que amparam as operações de comércio exterior, nenhum deles é obrigatório, porém, podem ser cumulativos, pois seus objetivos e coberturas são diferentes entre si: seguro de transporte, o seguro de crédito de exportação e o seguro aduaneiro. Nesta aula, abordaremos a parte do transporte, que envolve a segurança das cargas que transitam no comércio internacional de forma geral. Você irá conhecer as modalidades e tipos de coberturas existentes, entenderá a necessidade de realizar uma análise correta de um processo e poderá concluir que a contratação do seguro internacional poderá fazer toda a diferença, pois o seguro nem sempre está relacionado apenas a um custo adicional na cadeia logística, é muito mais que isso. Acompanhe a seguir os temas abordados nesta aula: • Introdução aos seguros internacionais; • Seguro de mercadorias; • Seguro do transportador; • Especificidades de seguro por modal; • DDR e GRIS. Bons estudos! CONTEXTUALIZANDO A contração do seguro internacional tem como finalidade a proteção da carga do local de início do trânsito até o final ou local de entrega da mercadoria, cobrindo qualquer tipo de sinistro que venha a ocorrer, independente do modal utilizado. Além disso, uma apólice de seguro cobrirá eventuais incidentes como extravios, avarias e roubos. 3 Vocês também deverão observar a condição negociada entre exportador e importador (Incoterms®), que estudamos anteriormente, qual o modal de transporte será utilizado e quais os riscos que envolvem a escolha do transporte, estes termos definirão a responsabilidade da seguradora. Quanto à obrigatoriedade na contratação do seguro e seguindo as práticas do Comércio Internacional que são reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), é direito do importador a definição do transportador que realizará o frete internacional e do segurador a ser contratado. A legislação brasileira é regida pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que estabelece a obrigatoriedade de que as mercadorias importadas sejam seguradas no Brasil, a exemplo do que ocorre também em outros países. Desta forma, não há remessa de valores ao exterior para segurar cargas que transitam em território nacional ou cujo comprador está no Brasil, no caso das importações. Saiba mais Antes de iniciarmos nossos estudos, observe o nosso glossário de termos técnico de seguro de transportes. Crédito: leungchopan/Shutterstock. • Apólice: é o instrumento do contrato de seguro que contém as condições gerais e cláusulas que o regem, assim como as informações sobre o objeto ou bem segurado. • Avaria: termo empregado no Direito Comercial para designar os danos às mercadorias. • Avaria particular: Acontece quando a ocorrência do risco segurado ocasiona apenas a perda ou diminuição de parte ou fração do objeto segurado. 4 • Avaria Grossa: é o dano ou gasto extraordinário feito com o propósito deliberado de salvar o que for possível do navio ou da carga transportada com resultado útil. • Averbação: documento comprobatório da efetivação do embarque das mercadorias objeto do seguro. • Cobertura: é a designação genérica dos riscos assumidos pelo segurador. • Dano: no seguro, é o prejuízo sofrido pelo segurado e indenizável ou não, de acordo com as condições do contrato de seguro. • Franquia: quantia, predeterminada nas apólices, que a seguradora deduz da indenização devida ao segurado. • Indenização: é a reparação devida ao segurado. Pode ser prestada pela reposição do bem ou em dinheiro, mediante acordo entre as partes. • Ocorrência: acontecimento, circunstância. No jargão de seguros, usa-se às vezes como sinônimo de evento danoso, sinistro, ou, ainda, agravação de risco. • Prêmio: é a importância paga pelo segurado, ou estipulante proponente, à Seguradora, em troca da transferência do risco a que está exposto. • Sinistro: é a ocorrência do risco previsto no contrato (apólice). Fonte: Disponível em: <http://www.susep.gov.br/download/menubiblioteca/SeguroTransporte.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2020. TEMA 1 – INTRODUÇÃO AOS SEGUROS INTERNACIONAIS A relevância da contratação do seguro de carga está atrelada a alguns pontos importantes, independentemente do tipo de carga: • Investimento dispendido: há possibilidade na reposição de recursos para o caso de uma perda da mercadoria na produção de novo lote ou produto? • Valor da mercadoria: qual seria o impacto para o fornecedor em caso de perda? A resposta a apenas duas perguntas será um indicador que norteará a análise do custo-benefício para a decisão sobre a contratação do seguro de carga, mesmo levando em consideração que o seguro não resolverá o 5 problema em caso de sinistro, mas reduzirá o impacto sobre a perda e sobre todo o transtorno que uma situação desta normalmente acarreta. Crédito: nito/Shutterstock. Para exportadores e importadores mais experientes, a contratação de seguro não é discutida, já faz parte da rotina e optam pela contratação de seguro multimodal ou intermodal, que oferece uma garantia contra surpresas indesejadas. Além da indenização para eventuais danos, este seguro de carga cobre impostos, frete, lucros esperados e despesas diversas. Para entendermos melhor os temas que serão trabalhados a seguir, vamos identificar as principais características do seguro internacional. As partes envolvidas diretamente na contratação de um seguro de carga são: • Estipulante do seguro: trata-se de uma pessoa física ou jurídica que, para uma necessidade específica, contrata uma apólice coletiva de seguros. Na contratação de uma apólice de seguro de transportes internacionais, são considerados como estipulantes: agentes de cargas; freight forwarders, NVOCC’s, despachantes aduaneiros, tradings, comerciais exportadora e importadora, ou seja, aqueles que desenvolvam alguma relação contratual com importadores e exportadores. Quando falamos de contrato de seguro, precisamos considerar que haverá duas partes envolvidas, ou seja, ele é bilateral: • Segurado ou contratante do seguro: aquele que tendo interesse segurável, contrata o seguro e assume a obrigação de pagar um determinado valor à outra parte contratada. 6 • Seguradora: é a parte que emite uma apólice, assumindo a responsabilidade dos riscos nela constantes, mediante o pagamento de prêmio pelo segurado. Em alguns casos, poderá haver um intermediário, a corretora: responsável pela intermediação entre a seguradora e o contratante. 1.1 Contratação da apólice de seguro O contrato de seguro é um instrumento regido por condições e cláusulas contratuais acordadas entre segurado e seguradora que fazem a constituição da apólice caracterizando a natureza jurídica do seguro. No que diz respeito aos valores de contratação de apólice, estes dependerão da cobertura desejada, que poderá ser: • Básica: disponível em duas modalidades: • Restrita: cobre prejuízos, perdas e danos causados ao objeto segurado por acidentes com o meio de transporte. • Ampla: além dos riscos garantidos pela cobertura restrita, a ampla também cobre prejuízos, perdas e danos decorrentes de causas externas, inclusive durante operações de carga e descarga. Um exemplo ilustrativo de uma situação real: o exportador entregaráa carga FCA em sua planta – carregando diretamente no veículo do importador. Em sua empresa ele tem contratado seguro patrimonial, roubo, incêndio etc. –, porém, a cobertura não identifica “operações de carga e descarga” e, no momento do carregamento, um equipamento de alto valor é danificado. A cobertura do importador é por meio da mercadoria sobre o veículo, portanto, a responsabilidade recaíra sobre o exportador. • Adicionais – podem ser contratadas apenas em conjunto com alguma cobertura básica, sendo a proteção garantida em caso de: o Guerra; o Greves; o Frete; o Despesas; o Tributos (II, IPI, ICMS, PIS e COFINS); 7 o Lucros esperados para mercadoria destinada à revenda ou industrialização. Lembrando que quanto maior a cobertura maior será o valor do prêmio na contratação, ou seja, o valor a ser pago para a seguradora. Nas modalidades CIF (exclusivamente no modal Aquaviário) e CIP (em qualquer modalidade), a obrigatoriedade da contratação do seguro é do vendedor. Para todas as outras, será opcional tanto para exportador quanto importador. TEMA 2 – SEGURO DE MERCADORIAS Segundo Keedi (2015), o seguro de cargas tem por objetivo a proteção, por meio da apólice, dos bens de quem contrata ao longo de toda a operação de transporte propriamente dita, cobrindo de armazém a armazém. No que diz respeito às condições gerais da apólice de seguro de transportes, a Circular n. 354, DOU de 03 de dezembro 2007, da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), abrange: I. O âmbito geográfico e bens segurados: aplica-se aos bens segurados em viagens aquaviárias, terrestres e aéreas, nos percursos nacionais e internacionais, conforme definido na apólice. II. O objetivo do seguro: a apólice garante até o lime da importância segurada contratada para prejuízos ocorridos e devidamente comprovados, decorrentes dos riscos cobertos. III. O interesse segurável: o objeto segurado estará caracterizado pela responsabilidade das partes envolvidas. IV. A importância segurada: é o valor informado pelo segurado, constante da nota fiscal, fatura ou outro documento hábil, podendo abranger frete, despesas, lucros esperados e tributos. V. O limite máximo de garantia: representa a quantia máxima que a seguradora assumirá, por viagem ou por acúmulo de bens ou mercadorias decorrentes de uma ou mais viagens. VI. Riscos cobertos: consideram-se riscos cobertos aqueles definidos nas Condições Especiais. 8 VII. Prejuízo indenizáveis: são indenizáveis os danos materiais e as despesas realizadas para a defesa, salvaguarda, e/ou recuperação do objeto segurado, e a minimização de suas perdas e danos. VIII. Prejuízos não indenizáveis: consideram-se prejuízos não indenizáveis aqueles expressamente convencionados nas Condições Especiais. IX. Bens não compreendidos no seguro: bens que compreendam riscos ao transporte, mercadorias e bens usados, materiais radioativos, dentre outros. X. Franquia: quando pactuada entre o segurado e a seguradora, será indicada na apólice ou averbação. XI. Formas de contratação e de pagamento de prêmio: compreendem a apólice avulsa, apólice de averbação e apólice anual com prêmio fracionado. XII. Pagamento do prêmio: a data limite para o pagamento do prêmio à vista ou da primeira parcela não poderá ultrapassar o 30º (trigésimo) dia da emissão da apólice, endosso, fatura ou conta mensal. XIII. Procedimento para aceitação e renovação da apólice: a celebração ou alteração do contrato de seguro somente poderá ser feita mediante proposta assinada pelo proponente ou por seu representante ou pelo corretor de seguros habilitado. XIV. Prazo do seguro: deverão constar as datas de início e fim de vigência. XV. Início e fim dos riscos: o início e fim dos riscos serão aqueles definidos nas Condições Especiais. XVI. Liquidação de sinistros: a seguradora é obrigada a pagar em dinheiro o prejuízo resultante do risco assumido ou, caso haja concordância com o segurado, poderá repor o bem. XVII. Vistoria; XVIII. Perda Total; XIX. Salvados; XX. Outros seguros; XXI. Sub-rogação de direitos; XXII. Rescisão e cancelamento; XXIII. Obrigações do segurado; XXIV. Perda de direitos; XXV. Cláusula de atualização monetária e juros moratórios; 9 XXVI. Prescrição; XXVII. Foro; XXVIII. Disposições gerais. Além desses pontos, existe também a aceitação do seguro que está sujeita à análise de risco, conforme indicações das coberturas: básica ampla (A), básica restrita (B) e a básica restrita (C), que serão tratadas em nosso Tema 3. Vale ressaltar que, para que possamos continuar compreendendo todas as condições e especificidades dos contratos de seguro, trataremos de esclarecer mais sobre dois seguros que compõem a estrutura do seguro de cargas no âmbito internacional: o seguro de crédito à exportação e o seguro de garantia aduaneiro. 2.1 Seguro de crédito à exportação É contratado quando uma empresa realiza uma operação de crédito para vender seu bem ou serviço a um comprador no exterior, mas quer reduzir os riscos dessa operação – caso o importador não efetue o pagamento por essas vendas. O objetivo é segurar essas exportações contra o não pagamento pelo importador (os chamados riscos comerciais) e contra riscos do governo do país importador, além de catástrofes naturais (chamados de riscos políticos e extraordinários) que possam impedir o recebimento da venda pelo exportador nacional. Desta forma, o SCE é uma garantia dada pela União às empresas brasileiras que financiam seu bem ou serviço a um comprador no exterior (Fazenda, 2018). A necessidade desse seguro se faz para proteção do exportador e devido às instabilidades econômicas pelas quais passam diversas nações do mundo. 2.2 Seguro de garantia aduaneira No seguro de garantia aduaneira, o importador é o agente tomador da garantia e a Receita Federal do Brasil, o segurado. Esta forma de garantia poderá ser prestada para garantir o pagamento dos tributos suspensos na aplicação do regime aduaneiro especial de admissão temporária para utilização 10 econômica, ou seja, a garantia do recolhimento de impostos suspensos por ocasião do despacho aduaneiro de mercadoria importada (Receita Federal, 2016). 2.3 Cobertura do seguro nos Incoterms 2020 CIF e CIP É importante ressaltarmos que os Incoterms® irão nortear a responsabilidade sobre a contratação do seguro das cargas. Na nova edição dos 2020, apresentam-se novas mudanças quanto à contratação de seguro e suas coberturas. Na modalidade CIF (Cost, Insurance and Freight), exclusiva do modal aquaviário, não houve alterações. Neste termo, o vendedor se obriga a entregar a mercadoria com seguro cobrindo garantia básica mínima (Cobertura Básica Restrita C) e ter como beneficiário o comprador ou outro com interesse segurável. Rocha (2020) ressalta que a Cobertura C é muito limitada, uma vez que cobre as mercadorias contra perdas e danos decorrentes exclusivamente de acidentes com o meio de transporte (navio/avião/veículo terrestre). O roubo e avarias sem que haja acidente durante a viagem internacional não estão cobertos. Entretanto, é permitido que as partes envolvidas negociem a contratação do seguro com a Cobertura Básica Ampla A, que cobre os riscos de perdas e danos à mercadoria segurada, como acidente, roubo, extravio, avaria, incêndio, explosão, molhadura, quebra por acidente, operações de carga e descarga e avaria grossa, entre outras. Na modalidade CIP (Carriage and Insurance Paid to), utilizada em qualquer modalidade, houve uma alteração significativa. Neste termo, o vendedor se obriga a entregar a mercadoria com seguro, com Cobertura Básica Ampla A, tendo como beneficiário o comprador ou outro com interesse segurável. A cobertura do seguro começa no local de entrega na origem e termina no local de destino nomeado. Rocha (2020) destaca que,na nova versão dos Incoterms®, é permitido que as partes negociem a contração do seguro com coberturas reduzidas (Cobertura Básica Restrita B ou Cobertura Básica Restrita C), no entanto, não é o mais indicado. 11 Saiba mais Em ambos termos CIF e CIP, o exportador deve segurar o valor de 110% sobre a soma dos valores FOB + frete, ou seja, indicando separadamente o custo da mercadoria, o valor do frete e o custo do seguro. TEMA 3 – SEGURO DO TRANSPORTADOR De acordo com o Decreto n. 61.867, de 07 de dezembro de 1967, que regulamenta os seguros obrigatórios no país, tanto o proprietário da carga como o transportador devem contratar seguro para a operação de transporte, pois os seguros das duas partes são específicos. O seguro do dono da carga é um seguro de bens, destinado a garantir a integridade do patrimônio físico durante o seu transporte (Brasil, 1967). Já o seguro de responsabilidade da operação de transporte é o que garante a carga desde o embarque até o desembarque, isto é, quando as mercadorias são descarregadas do veículo no destino. Vale ressaltarmos aqui a diferença entre seguro de transportes e seguro de responsabilidade civil do transportador. Figura 1 – Diferença entre seguro de transportes e seguro de responsabilidade civil do transportador O seguro realizado pelos transportadores tem o intuito de cobrir os riscos tanto do veículo que transporta as mercadorias quanto da própria mercadoria, de modo a estarem preparados para situações que possam gerar reclamações de clientes que não desejam acionar suas apólices, por entender 12 que o dano da mercadoria foi provocado por quem transportou, cabendo a este o ressarcimento. 3.1 Coberturas do seguro de transporte O seguro de transportes é composto por uma cobertura básica, de contratação automática, e pelas coberturas adicionais, que cobrem riscos que não são cobertos pela cobertura básica, e contra os quais o segurado opcionalmente pode se garantir, mediante o pagamento de prêmio adicional. A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), responsável pela autorização, controle e fiscalização dos mercados de seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguros no Brasil, tem diferentes classificações de cobertura. Dependendo da categoria, ela pode cobrir os seguintes itens: 1. Cobertura Básica Restrita (C): garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência de perdas e danos materiais causados ao objeto segurado, descrito na apólice e averbações exclusivamente por: a) Incêndio, raio ou explosão; b) Encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou embarcação; c) Capotagem, colisão, tombamento ou descarrilamento de veículo terrestre; d) Abalroamento, colisão ou contato do navio ou embarcação com qualquer objeto externo que não seja; e) Água; f) Colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da aeronave, devidamente comprovada; g) Descarga da carga em porto de arribada; h) Carga lançada ao mar; i) Perda total de qualquer volume, durante as operações de carga e descarga do navio; e j) Perda total decorrente de fortuna do mar e/ou de arrebatamento pelo mar. 2. Cobertura Básica Restrita (B): garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência de perdas e danos materiais causados 13 ao objeto segurado descrito na apólice e averbações, exclusivamente por: a) Incêndio, raio ou explosão; b) Encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou embarcação; c) Capotagem, colisão, tombamento ou descarrilamento de veículo terrestre; d) Abalroamento, colisão ou contato do navio ou embarcação com qualquer objeto externo que não seja água; e) Colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da aeronave, devidamente comprovada; f) Descarga da carga em porto de arribada; g) Carga lançada ao mar; h) Perda total de qualquer volume durante as operações de carga e descarga de qualquer meio de transporte; i) Perda total ou parcial decorrente de fortuna do mar e/ou de arrebatamento pelo mar; j) Inundação, transbordamento de cursos d’água, represas, lagos ou lagoas, durante a viagem terrestre; k) Desmoronamento ou queda de pedras, terras, obras de arte de qualquer natureza ou outros objetos, durante a viagem terrestre; l) Terremoto ou erupção vulcânica; e m) Entrada de água do mar, lago ou rio, na embarcação ou no navio, veículo, contêiner, furgão (liftvan) ou local de armazenagem. 3. Cobertura Básica Ampla (A): garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência de todos os riscos de perda ou dano material sofridos pelo objeto segurado, descrito na apólice ou averbações, em consequência de quaisquer causas externas, exceto as previstas na cláusula de prejuízos não indenizáveis. a) Sacrifício de avaria grossa e despesas de salvamento, ajustadas ou determinadas de acordo com o contrato; b) Despesas que o segurado venha a ser obrigado a pagar ao transportador, por força da cláusula de “colisão por ambos culpados”, constante do contrato de afretamento, como se fossem um prejuízo indenizável por este seguro. 14 c) Despesas de remessa quando, como resultado da ocorrência de um risco coberto por este seguro, o trânsito segurado terminar em um porto ou local que não seja o mesmo para o qual o objeto segurado estiver destinado. Existem ainda coberturas básicas que visam a cobrir mercadorias e/ ou situações específicas, como é o caso das seguintes coberturas: • Cobertura adicional de frete e/ ou de seguro; • Cobertura adicional de despesas; • Cobertura adicional de tributos (mercadorias importadas); • Cobertura adicional de tributos (mercadorias exportadas); • Cobertura adicional de lucros esperados; • Cobertura adicional para mercadorias em devolução ou redespachadas; • Cobertura adicional para embarques aéreos sem valor declarado; • Cobertura adicional para embarques em navios com denominação a avisar em viagens nacionais; • Cobertura adicional para classificação de navios em viagens internacionais; • Cobertura adicional de transbordo e desvio de rota; • Cobertura adicional de riscos de greves; • Cobertura adicional de riscos de guerra para embarques aquaviários e aéreos; • Cobertura adicional de prorrogação de prazo de duração dos riscos; • Cobertura adicional de extensão de cobertura e abertura de volumes; • Cobertura adicional de benefícios internos; • Cobertura adicional de destruição; • Cobertura adicional para mercadorias transportadas em veículos do segurado; • Cobertura adicional de roubo (só com a cobertura básica restrita B); • Cobertura adicional de extravio (só com a cobertura básica restrita B); • Cobertura adicional para os riscos de quebra (só com a cobertura básica ampla A). 15 TEMA 4 – ESPECIFICIDADES DE SEGURO POR MODAL O seguro de transporte é realizado para os veículos que transportam a carga, portanto, quando tratamos de seguro do transportador, devemos atentar que existem especificidades em torno de cada modal de transporte utilizado e que, dependendo do modal utilizado, os riscos a que a carga fica sujeita são diferentes. A partir de agora veremos as particularidades de cada modal de transporte em relação ao seguro. 4.1 Seguro no modal rodoviário O transportador que realiza suas atividades por meio do modal rodoviário possui diversas modalidades de seguro disponíveis para contratação. Crédito: iQoncept/Shutterstock. • RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga): é o seguro contratado pela empresa transportadora, sendo o seguro que garante ao transportador rodoviário o reembolso de indenizações que ele foi obrigado a pagar por prejuízos causados às mercadorias transportadas; ele abrange os casos de acidentes rodoviários, como colisões, capotagens, tombamentos, incêndios ou explosões. Está previsto, dessa forma, em todo o território brasileiromediante apresentação do conhecimento de transporte rodoviário e notas de embarque. Essa cobertura não ressarcirá roubo ou furto das mercadorias nem danos provocados por embalagens inadequadas ou por mal acondicionamento dos produtos constatados durante o carregamento. Acidentes de ordem natural 16 como enchentes, deslizamentos, tempestades etc. não estão amparados por esta cobertura. A diversidade de produtos transportados diariamente é enorme. O preço do seguro para transporte de cargas irá sofrer a influência de algumas variáveis, como tipo de embalagem, tipo de mercadoria, valor a ser transportado e indenizáveis, se é perecível, tipos e períodos de cobertura e frequência das operações. O prazo máximo de indenização estabelecido, após toda a documentação prevista na apólice ter sido entregue à seguradora, é de 30 dias. No entanto, caso seja solicitado outros documentos além dos básicos, o que normalmente ocorre, o prazo será suspenso e terá a contagem reiniciada. Ele reinicia a partir do dia útil subsequente àquele em que forem completamente atendidas as exigências. • RCF-DC (Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa por Desaparecimento de Carga): é o que cobre riscos contra roubo das cargas transportadas. Ele é útil quando ocorrem roubos por ameaça graves ou violência, bem como o desaparecimento de carga ou do próprio veículo. • RCT-VI (Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário em Viagem Internacional): é contratado pelo transportador rodoviário de carga em viagens internacionais. Ele resguarda o contratante em sua responsabilidade com a carga transportada. É usualmente utilizado por transportadoras que fazem viagens com destino a países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai). 4.2 Seguro no modal aéreo RCTA-C (Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo): é destinado às empresas que possuem autorização do Departamento de Aviação Civil para operar, fazendo transportes aéreos. Trata-se de um seguro obrigatório a ser contratado pela empresa aérea no transporte de cargas. Cobre danos causados às mercadorias de terceiros em transporte, desde que essas perdas ou danos sejam causados por culpa do transportador segurado. 17 Crédito: soul_studio/Shutterstock. 4.3 Seguro no modal aquaviário Crédito: AlexLMX/Shutterstock. • O seguro RCA-C (Responsabilidade Civil do Transportador Aquaviário de Carga) é de contratação obrigatória por contratado por transportadores marítimos, fluviais e lacustres para a cobertura de danos e perdas causados a bens e mercadorias transportados sob sua responsabilidade, desde que sejam causados diretamente por: I. Encalhe, varação, naufrágio ou soçobramento, do navio ou embarcação; II. Incêndio ou explosão, no navio ou embarcação; III. Abalroação ou colisão, ou contato, do navio ou embarcação com qualquer corpo fixo ou móvel; IV. Incêndio ou explosão, nos depósitos, armazéns ou pátios usados pelo Segurado nas localidades de início, pernoite, baldeação e destino da viagem, ainda que os referidos bens e mercadorias se encontrem fora do navio ou embarcação. Vale ressaltar que os seguros de carga internacional não cobrem o contêiner, pois esse equipamento não é mercadoria e nem embalagem. Durante a viagem internacional, quaisquer perdas ou danos ao contêiner estará 18 sob responsabilidade do armador. Após o descarregamento do contêiner, ele segue para um terminal alfandegado. Este se declara fiel depositário, portanto, responde por eventuais danos aos contêineres e às mercadorias neles contidos. Para proteger bens de terceiros, bem como o contêiner, o terminal contrata o seguro de responsabilidade civil com cobertura específica. TEMA 5 – DDR E GRIS Estamos chegando ao último tema de nossa aula, no qual abordaremos duas importantes formas de seguro: a DDR (Dispensa do Direito de Regresso) e o GRIS (Gerenciamento de Risco). Crédito: bleakstar/Shutterstock. 5.1 DDR – Dispensa do Direito de Regresso É provável que você já tenha ouvido falar em DDR. A situação mais comum é quando um exportador ou importador, durante o transporte nacional, solicita ao transportador utilizar a sua apólice e cobertura de seguro, por meio da emissão deste documento que é feito pela seguradora. Essa negociação formalizada entre as partes isenta o transportador contratado do custo do seguro de roubo, e o dono da mercadoria fica isento da cobrança da taxa de ad valorem que seria aplicada sobre o valor da mercadoria e que consta no conhecimento de embarque – muitas vezes um custo significativo. Dessa forma, a seguradora é, de fato, responsável por arcar com prejuízos financeiros em casos de sinistros de roubo. No entanto, deve-se observar sempre que as regras de gerenciamento de riscos sejam cumpridas, conforme as orientações da apólice de transporte nacional, contratada pelo dono do produto transportado. 19 Importante ressaltar que a DDR não desobriga o transportador de contratar o RCTR-C (seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), que tem caráter obrigatório. Para simplificarmos o entendimento: quando houver um sinistro, a seguradora do dono da mercadoria não exercerá o seu direito de ressarcimento dos prejuízos junto ao transportador. O formato da DDR compreende os itens listados a seguir, porém, além destes itens o documento deverá descrever claramente os riscos que serão dispensados e as regras de gerenciamento de risco que devem ser cumpridas pelo transportador. • Seguradora (emissor da DDR); • Segurado (embarcador solicitante da DDR); • Transportador (recebedor da DDR); • Vigência (período de validade da DDR); • Responsabilidades que devem ser cumpridas pelo transportador; • LMG (Limite Máximo de Garantia) por embarque/acúmulo; • Regras de Gerenciamento de Risco; • Assinaturas dos envolvidos (seguradora, transportador e embarcador). Um ponto muito importante para se resguardar é não autorizar o início de um transporte sem as assinaturas na DDR e sem que o documento já esteja entregue ao seu corretor ou seguradora. A escolha da corretora e seguradora são fundamentais para que os processos fluam de forma tranquila e que você tenha o menor desgaste possível com situações envolvendo sinistros. Vale lembrar que você não precisa ser especialista em todas as áreas, mas é necessário estar cercado e amparado por estruturas confiáveis e profissionais competentes. 5.2 GRIS – Gerenciamento de Risco Você pode pensar que o gerenciamento de risco diz respeito somente ao transporte e como seguir as regras estabelecidas pela seguradora, mas vai muito mais além. O gerenciamento de risco também está relacionado à segurança da informação e, neste sentido, as pessoas com quem você trabalha devem ser de confiança. 20 A partir deste momento, vamos falar sobre o gerenciamento de riscos no transporte, e se você já atua nos segmentos de logística certamente já ouviu falar sobre GRIS – principalmente quando as mercadorias transportadas possuem alto valor agregado e se tornam visadas e de fácil comercialização em caso de roubo (produtos eletrônicos, medicamentos etc.). O GRIS é uma exigência que tem a finalidade de prevenir o roubo da carga, e tornar o processo do transporte mais seguro, visto que possivelmente haverá um rastreamento (tecnologia aplicada em rastreadores por satélite, iscas eletrônicas inseridas na carga ou container), o motorista é avaliado e tudo é controlado. Particularmente aplicado a roubo, o GRIS pode ser dividido em quatro partes: • Identificação dos riscos; • Análise dos riscos; • Avaliação dos riscos; • Tratamento para minimizar as possibilidades de acidentes e incidentes. O valor a ser pago tanto pelo seguro como pelo GRIS é um percentual descontado direto na nota fiscal da empresa responsável pela carga. Nesta altura, vocêjá deve estar se perguntando: as taxas e os custos logísticos não acabam? É a sensação que experimentamos a cada etapa que avançamos, e isso é mais um motivo para que você conheça e domine o processo logístico como um todo. Sobre a taxa GRIS, ela faz parte do Ad Valorem, também conhecido por Frete Valor. O Ad Valorem é uma taxa cobrada sobre o valor da mercadoria, com objetivo de cobrir o custo do seguro enquanto estiver sob a responsabilidade da transportadora. Todavia, a taxa do GRIS pode ser alterada de acordo com as seguintes variáveis, conforme apontado por Truckpad (2020): • Consulta ao cadastro do motorista: quando exigido pela apólice de seguros, as transportadoras devem fazer uma consulta na gerenciadora de riscos indicada para conferir no cadastro do motorista se todos os documentos dele estão em conformidade, aprovando para o percurso e transporte pretendido um profissional qualificado que tenha sido aprovado na avaliação. 21 • Tipo de produto transportado: o valor da taxa do GRIS costuma ser maior quando os produtos transportados necessitam de manuseio e transporte especiais. Nesses casos, estão inclusas as cargas frágeis, perecíveis e cargas específicas, como carga viva, medicamentos, entre outros, que precisam de veículos específicos, como os refrigerados e com temperaturas controladas. • Investimentos em tecnologias: aqui são considerados os valores gastos com a instalação dos equipamentos de rastreamento e monitoramento e os reparos que posteriormente serão feitos. • Características da mercadoria: refere-se à identificação da mercadoria, quanto mais fácil for a identificação das cargas para a gerenciadora por meio do número de lote, série ou qualquer outro recurso, menores são as possibilidades de ser roubada, pois ela será mais segura, tornando menor a sua taxa do GRIS. • Características de comercialização: uma carga leve tem mais chances de ser roubada pois ela é mais fácil de manusear e de comercializar. Por isso, o valor do GRIS pode ser mais alto para esses produtos. Esses são os casos de aparelhos eletrônicos, como computadores e celulares. • Valor agregado da mercadoria: cargas de maior valor agregado, como joias, exigem cuidados especiais como blindagem, escolta, entre outros métodos de segurança. Elas costumam ser os principais alvos de roubos, por esse motivo a taxa do GRIS destes produtos é maior. Neste segmento, é comum encontrar os transportadores de valor, pois não é qualquer empresa que realiza este tipo de transporte devido às exigências do GRIS e os equipamentos especiais citados. Sobre o que compõe a taxa GRIS, geralmente não há regra específica para as variáveis de composição. Para tipos distintos de mercadorias, diferentes aspectos podem ser avaliados. No entanto, o gerenciamento irá cuidar para que o transporte seja muito bem planejado e que, independente de qual carga seja, que ela chegue corretamente ao destino. Assim, é necessário tratar o GRIS não apenas como um custo, mas também pensar nele como a garantia de segurança tanto da carga como do motorista que realiza o transporte. 22 TROCANDO IDEIAS A ação de quadrilhas especializadas em roubos de cargas resultou, em 2018, no registro de mais de 22 mil ataques a motoristas em todo o país. Um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC) mostra que o prejuízo para o setor produtivo com a perda de cargas e veículos chegou a cerca de R$ 2 bilhões. O número de ataques a transportadores foi levantado pela entidade por meio do cruzamento de dados da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. O levantamento mostra que as ocorrências vinham aumentando até 2017 (quando o número chegou a 25.950 roubos no país), mas caíram 15% no ano passado. Fonte: Portal NTC, [S.d.]. Disponível em: <https://www.portalntc.org.br/publicacoes/blog/noticias/ntc-na-midia/brasil- registrou-22-mil-roubos-de-carga-em-2018>. Acesso em: 13 jul. 2020. Sabemos que o roubo de cargas é apenas um dos riscos que as mercadorias podem sofrer durante o seu transporte. Discuta com seus colegas quais são os riscos envolvidos no transporte de mercadorias nos diferentes modais e qual a importância da contratação dos seguros neste contexto. NA PRÁTICA1 Orientações para realizar a atividade: 1. Leia o texto a seguir e a atividade proposta. 2. Realize a tarefa solicitada. 3. Bons estudos e bom trabalho. Um contrato internacional de comércio está sujeito a um elevado número de variantes que podem incidir sobre o resultado final. Exemplos disso são a não entrega dos bens exportados ao importador inadimplente, a perda das garantias que uma parte contratante presta a outra, ou a sujeição aos riscos do próprio meio de transporte – marítimo, aéreo, rodoviário ou ferroviário. 1 O gabarito para os exercícios desta seção pode ser encontrado ao final do material, após as referências. 23 Mesmo se as partes cumprirem rigorosamente suas obrigações contratuais, podem ocorrer riscos ou prejuízos em função de eventos inesperados. A proteção contra os riscos possíveis está no seguro internacional para resguardar interesses e patrimônio do segurado. Portanto, o seguro internacional nada mais é do que um contrato acessório ao contrato internacional do comércio, regido pelas mesmas normas do comércio internacional. Seu objetivo é trazer maior segurança às relações comerciais internacionais. Assim, são aplicadas a ele todas as demais regras, requisitos e fundamentos inerentes a todos os contratos internacionais do comércio. Fonte: SW web, 2003. Disponível em: <http://wwwold.revistacobertura.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=10 990&friurl=:-A-questao-do-contrato-de-seguro-internacional->. Acesso em: 14 jul. 2020. Realização das tarefas Após realizar a leitura, responda as questões a seguir: a) Qual a importância da contratação de seguro no transporte internacional de cargas? b) Cite os dois Incoterms que destacam o seguro em sua sigla. Relate as principais diferenças entre estes dois termos. C) Quais são os principais tipos de seguro contratados em cada modal de transporte, rodoviário, aeroviário e aquaviário, respectivamente. F FINALIZANDO Estamos chegando ao final desta aula, que teve como temática central o seguro de cargas internacionais. Esta aula nos permitiu entender a importância da contratação do seguro no transporte de cargas internacionais, conhecendo cada uma das partes envolvidas em uma contração de seguro e os tipos de cobertura. Na sequência, conhecemos as condições gerais da apólice de seguro de transportes e entendemos as particularidades do seguro de crédito à exportação e o seguro de garantia aduaneiro e ainda aprendemos a diferenciar as características e particularidades de contratação de seguro nas modalidades CIF e CIP. 24 Abordamos, ainda, os três tipos de coberturas do seguro de transporte e as especificidades de contratação de seguro por modal. E finalizamos com a abordagem de duas importantes formas de seguro: a DDR (Dispensa do Direito de Regresso) e o GRIS (Gerenciamento de Risco). 25 REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto Federal 61.867, de 11 de dezembro de 1967. Regulamenta os seguros obrigatórios previstos no artigo 20 do Decreto-lei n. 73, de 21 de novembro de 1966, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF. 11 dez. 1967. FAZENDA. Ministério da economia. Entenda como funciona o seguro de crédito à exportação. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/noticias/2017/dezembro/entenda-como-funciona-o- seguro-de-credito-a-exportacao>. Acesso em: 15 jun. 2020. GRIS: o que é e como interfere no custo do transporte de cargas. Truckpad. Disponível em: <https://www.truckpad.com.br/blog/gris-gerenciamento-de- risco/>. Acesso em: 14 jul. 2020.KEEDI, S. Transportes, unitização e seguros internacionais de carga. 6. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2015. RECEITA FEDERAL. Ministério da Economia. Seguro aduaneiro. Disponível em: <https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/admissao- temporaria/topicos/utilizacao-economica/garantia/bens-destinados-pesquisa- cientifica>. Acesso em: 14 jul. 2020. ROCHA, A. Mudanças no seguro para exportações CIF e CIP. Editora Roncarati, 21 jan. 2020. Disponível em: <https://www.editoraroncarati.com.br/v2/Artigos-e-Noticias/Artigos-e- Noticias/Mudancas-no-seguro-para-exportacoes-CIF-e-CIP.html>. Acesso em: 14 jul. 2020. SEGURO de transportes. SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Disponível em: <http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos- e-produtos/seguros/seguro-de-transportes>. Acesso em: 14 jul. 2020. SEGURO de transportes. SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Disponível em: <http://www.susep.gov.br/download/menubiblioteca/SeguroTransporte.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2020. 26 GABARITO a) A contração do seguro internacional tem como finalidade a proteção da carga do local de início do trânsito até o final ou local de entrega da mercadoria, cobrindo qualquer tipo de sinistro que venha a ocorrer, independente do modal utilizado; além disso, uma apólice de seguro cobrirá eventuais incidentes, como extravios, avarias e roubos. b) Na modalidade CIF (Cost, Insurance and Freight), exclusiva do modal aquaviário, o vendedor deve contratar uma cobertura de seguro contra o risco do comprador para perdas ou danos das mercadorias desde o porto de embarque até, pelo menos, o porto de destino. Na modalidade CIP (Carriage and Insurance Paid to), utilizada em qualquer modalidade, o vendedor tem obrigatoriedade de contratação apenas de uma cobertura mínima. Caso haja interesse por parte do comprador em estar protegido por uma cobertura de seguro mais ampla, é necessário, nestas condições, obter o acordo do vendedor, ou então fazer ele mesmo um seguro complementar. c) No modal rodoviário: RCTR-C Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga, o RCF-DC – O Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa por Desaparecimento de Carga e o RCT-VI – O Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário em Viagem Internacional. No modal aeroviário: RCTA-C – Responsabilidade Civil do Transportador Aéreo. No modal aquaviário: O seguro RCA-C – Responsabilidade Civil do Transportador Aquaviário de Carga. Conversa inicial Esta aula terá como eixo central o seguro internacional de cargas. Como falamos inicialmente em aulas ateriores, o mundo inteiro comercializa mercadorias, as empresas têm suas operações espalhadas pelo mundo em segmentos e negócios dos mais diversos, porém, a mesma tecnologia que favorece as movimentações de informaç... Nesta aula, abordaremos a parte do transporte, que envolve a segurança das cargas que transitam no comércio internacional de forma geral. Você irá conhecer as modalidades e tipos de coberturas existentes, entenderá a necessidade de realizar uma anális... Acompanhe a seguir os temas abordados nesta aula: Introdução aos seguros internacionais; Seguro de mercadorias; Seguro do transportador; Especificidades de seguro por modal; Bons estudos! Contextualizando Trocando ideias A ação de quadrilhas especializadas em roubos de cargas resultou, em 2018, no registro de mais de 22 mil ataques a motoristas em todo o país. Um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC) mostra que o prejuízo para o... O número de ataques a transportadores foi levantado pela entidade por meio do cruzamento de dados da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. O levantamento mostra que as ocorrências vinham aumentando até 2017 (quando o númer... Na prática0F Orientações para realizar a atividade: 1. Leia o texto a seguir e a atividade proposta. 2. Realize a tarefa solicitada. 3. Bons estudos e bom trabalho. REFERÊNCIAS GABARITO
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