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ROTEIRIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE TRANSPORTES AULA 1 Prof.ª Liziane Hobmeir 2 CONVERSA INICIAL Nesta aula, vamos abordar os principais conceitos e definições relacionados a esse assunto tão importante para as empresas, assim como os temas diretamente relacionados à gestão da temática e à sua evolução histórica. Os temas a serem tratados são os seguintes: • Objetivos da roteirização e programação de transportes • Conceitos de roteirização de veículos • Gestão de operações de transporte • Programação de transporte • Processos avançados de roteirização e programação de veículos CONTEXTUALIZANDO Atualmente, visando à qualidade nos produtos e serviços, o foco é reduzir custos e otimizar o processo ao longo da cadeia logística. Assim, surge a ideia de se trabalhar justamente com a cadeia logística, ou melhor, de suprimentos, o que é um diferencial competitivo entre as empresas. Chopra e Meindl (2011) definem a cadeia de suprimentos como todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, na realização do pedido de um cliente. Isso inclui não apenas o fabricante e os fornecedores, mas também as transportadoras, os armazéns, os varejistas e até mesmo os próprios clientes. Dentro de cada organização, assim como em um fabricante, a cadeia de suprimentos inclui todas as funções envolvidas na recepção e na realização de uma solicitação do cliente. Essas funções envolvem – mas não estão simplesmente limitadas a – desenvolvimento de produto, marketing, operações, distribuição, finanças e serviço ao cliente. |Assim sendo, pode haver tratativas que estimulem o processo de competitividade entre os concorrentes. Analisando a cadeia de suprimentos, nos deparamos com os custos logísticos. De acordo com Rodrigues (2009), para reduzir os custos efetivos, é preciso haver otimizações abrangentes de funções de compras, transporte, estoque e demais informações gerenciais, em que se eliminem todas as possibilidades de ociosidade existentes. Vamos tentar compreender como usar a roteirização em prol de se obterem as vantagens competitivas no transporte e, assim, entender os 3 interesses das empresas, garantindo um nível adequado de serviço para os clientes finais. Saiba mais Para entender melhor o que são custos logísticos, acesse o link a seguir e assista a um vídeo: CUSTOS logísticos – Logística. Canal do Conhecimento, 11 out. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=D7ROLm6peZg&t=11s>. Acesso em: 1 ago. 2019. TEMA 1 – OBJETIVOS DA ROTEIRIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE TRANSPORTES O roteiro para transporte de cargas é feito baseando-se em uma origem e em um destino, sendo então necessário realizar uma série de análises para verificar a viabilidade e o percurso, devido às dimensões da carga, aos locais de entregas e ao tempo destinado para executar o serviço, o que envolve diretamente o custo total. Dentro do cenário que temos de transporte de carga no Brasil, sabemos que as atividades que podem agregar para garantir o nível de serviço são bem aceitas para as empresas do meio de transporte ou que dependem dele para a entrega de seus produtos ou realização dos serviços. Assim, segundo Novaes (2001), a roteirização tem como objetivos principais “propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mas mantendo os custos operacionais e de capitais tão baixos quanto possível”. Embarcadores, fabricantes, distribuidores, para alcançar a maioria da população, sabem que é necessário investir em programação de transporte e em roteirização, pois, ao contabilizarem os custos da operação, observam que a maior parte é utilizada pelo transporte. Sendo assim, é necessário investir tempo e dinheiro para redução e otimização do processo de coleta e entrega. Podemos destacar alguns objetivos que podem ser alcançados com a roteirização: • Redução do custo operacional; • Coletas e entregas mais rápidas; • Aumento da capacidade diária sem onerar o custo; 4 • Economia dos custos variáveis do veículo e das entregas; • Cumprimento dos prazos; • Melhores trajetos percorridos; • Aumento do nível de serviço da operação. Já a programação do transporte abrange o processo de se iniciarem as negociações, a consolidação de cargas, a análise das características da carga (peso e volume, dimensões, densidade, grau de fragilidade, grau de periculosidade, geometria, compatibilidade entre produtos de mesma natureza), a escolha do tipo de veículo, a emissão de documentos, a programação de carga e descarga, os prazos e urgências na entrega. Podemos destacar que, com o processo de programação, é possível alcançar objetivos como: • Otimização da utilização e ocupação do veículo; • Otimização do tempo de carga e descarga; • Aumento dos cuidados com a movimentação dos produtos; • Agendamento de clientes, seja para coleta, seja para descarga; • Aumento das entregas realizadas dentro do prazo; • Atendimento de cargas agendadas. Foram citados alguns dos objetivos que podemos alcançar nas operações se realizarmos a roteirização e a programação de transporte. Saiba mais Acesse o link a seguir e assista a um vídeo que vai ajudar você a entender a importância e o funcionamento da roteirização. CONCEITO de roteirização – Entenda a Importância desse Setor! Logística em cena. Log Frio, 25 abr. 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=L4BAw5sHFXM>. Acesso em: 1 ago. 2019. TEMA 2 – CONCEITOS DE ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS Para iniciar esse tema, precisamos conhecer como alguns autores conceituam esse serviço. Alvarenga e Novaes (2000, p. 183) conceituam roteirização como “O processo de distribuição física de produtos incorpora, nas pontas, um roteiro de 5 coleta e entrega em que o veículo visita certo número de clientes localizados numa determinada zona”. Bertaglia (2009), por sua vez, afirma que a roteirização é complexa devido a diversas variáveis envolvidas no transporte, levando em consideração o tempo de entrega, a dimensão e peso da carga, números de clientes, tipo de veículo utilizado e restrições no trajeto a ser percorrido. Já para Enomoto (2007), a solução otimizada em problemas de roteirização e programação de veículos pode diminuir bastante o custo de transporte, levando uma economia bastante significativa para a empresa distribuidora como para o consumidor final. E, por fim, para Laporte, Gendreau e Semet (2002), o problema de roteirização de veículos consiste em definir roteiros de veículos que minimizem o custo total de atendimento, cada um dos quais iniciando e terminando no depósito ou base dos veículos, assegurando que cada ponto seja visitado exatamente uma vez e a demanda em qualquer rota não exceda a capacidade do veículo que a atende. Portanto, podemos concluir que a roteirização é uma atividade relevante para a logística de distribuição, pois tem a responsabilidade de reduzir os custos logísticos, escolher os melhores caminhos, atender o tempo de transporte que chamamos de tempo de trânsito, ou transit time, realizando as coletas ou entregas de forma eficiente, gerando um nível de serviço mais competitivo, atendendo a todas as necessidades, seja do cliente contratante (B2B), seja do cliente final (B2C). Saiba mais Acesse o link a seguir e vamos ler uma reportagem da CargoBR, que conceitua a roteirização de transporte e as vantagens desse processo. Assim, podemos destacar a roteirização como um diferencial competitivo para as empresas do ramo. EQUIPE CARGOBR. Roteirização – como ela pode ajudar sua empresa? CargoBR, 7 nov. 2014. Disponível em: <https://blog.cargobr.com/como- roteirizacao-pode-ajudar-sua-empresa/>. Acesso em: 1 ago. 2019. 6 TEMA 3 – GESTÃO DE OPERAÇÕES DE TRANSPORTE Para a gestão de transporte acontecer dentro da empresa, é necessário entender que se faz necessário desenvolver um planejamentoestratégico de atuação no transporte, baseando-se no estratégico, tático e operacional. Segundo Campos (2013), um planejamento de transporte pode ser de longo, médio ou curto prazo, e sua duração depende dos recursos disponíveis e dos objetivos que se deseja alcançar e muitas vezes da urgência do problema que se deseja resolver. Ainda conforme Campos (2013), de uma forma geral, um plano de transporte compreende as seguintes etapas: 1. Definição dos objetivos e prazos; 2. Diagnóstico dos sistemas de transportes; 3. Coleta de dados; 4. Escolha dos modelos a serem utilizados para avaliação da demanda futura; 5. Alternativas de oferta de transporte; 6. Avaliação das alternativas (custos e impactos); 7. Escolha da alternativa; 8. Desenvolvimento do plano de transporte acompanhado de um programa de financiamento; 9. Implementação das alternativas de acordo com um cronograma de desembolso de recursos; 10. Atualização dos procedimentos. De acordo com o nível da decisão a ser tomada, o planejamento pode ser estratégico, tático ou operacional, conforme Campos (2013): a. Nível estratégico: no nível estratégico, o planejador está preocupado com as ações em longo prazo. Neste nível está inserido o planejamento de transportes: o objetivo do planejamento de transportes é desenvolver ordenadamente programas sob os quais um sistema integrado de transportes possa ser inteiramente desenvolvido e que tenha sua operação e seu gerenciamento otimizados. Isso inclui as redes viárias e de transportes de massa, além das infraestruturas dos seus terminais (Campos, 2013, citado por Moura, 2017, p. 105-106) 7 A escolha do modal e de toda infraestrutura que é necessário escolher para iniciar as atividades na empresa, ou contratação do serviço; b. Nível tático: no nível tático (ou nível de projeto), normalmente são realizadas análises de médio a longo prazo. Nesse nível, são as responsabilidades operacionais que serão levadas em consideração para o projeto ocorrer e o planejamento do transporte ser executado; c. Nível operacional: o foco desse nível de decisão está principalmente nas ações de curto prazo e dentre as análises normalmente estão as atividades que serão realizadas diariamente, relacionadas a processos de execução e retorno imediato. Podemos exemplificar que o estratégico definiria qual o modal que a empresa irá usar, realizará um levantamento estratégico e de mercado, já o tático, após a decisão do estratégico terá que algumas propostas para definir como malha viária, veículos, locais, e todas as atividades para o transporte ocorrer, finalizando com o operacional, neste nível será definida a operação, como ocorrerá e será desenhada a rotina, pois trata-se de um nível de execução. 8 Saiba mais De acordo com Campos (2013), além de contextualizar, é importante apresentar o planejamento de transporte com base em um fluxograma, conforme a Figura 1: Figura 1 – Fluxograma básico de planejamento de transportes Fonte: Campos, 2013. TEMA 4 – PROGRAMAÇÃO DE TRANSPORTE Como já citamos, a programação de transporte corresponde a todo o processo de negociação, roteirização, consolidação de cargas, características da carga (peso e volume, dimensões, densidade, grau de fragilidade, grau de periculosidade, geometria, compatibilidade entre produtos de mesma natureza), 9 escolha do tipo de veículo, emissão de documentos, programação de carga e descarga, prazos e urgências na entrega. Segundo Novaes (2001), destacam-se alguns elementos importantes na decisão sobre o transporte rodoviário, tais como: • Risco da carga: produtos inflamáveis, tóxicos ou visados para roubo são fatores de risco que influenciam o valor do frete; • Sazonalidade: efeitos como a safra de grãos afetam de forma acentuada a procura por frete, fazendo com que os preços de frete dessa época sejam maiores que os da entressafra; • Trânsito: entregas em centros urbanos/horário para carregamento e descarregamento; • Carga retorno: a não existência de frete retorno faz com que o transportador tenha que considerar o custo do retorno para compor o preço do frete; • Especificidade do veículo de transporte: quanto mais específico for o veículo, menor é a flexibilidade do transportador. Assim, caminhões refrigerados ou caminhões tanques acabam tendo um preço de frete superior ao de um veículo de carga granel. Além desses pontos destacados, após a decisão da modalidade do transporte, é necessário ter conhecimento dos itens seguintes para finalizar a negociação com o cliente: • tempo em trânsito; • estoque de segurança (necessidade e dimensionamento); • cumprimento dos prazos estabelecidos; • custo do transporte; • infraestrutura e legislação existentes; • restrições operacionais; • valor agregado do produto transportado; • necessidade de transporte complementar; • segurança contra roubos, avarias; • rastreabilidade. Para que o transporte aconteça de forma assertiva, é necessário o transportador ou o embarcador fazerem a programação correta, principalmente 10 primando pelos dados corretos para não haver divergência na emissão das documentações, nem nas premissas para o atendimento do transporte. Saiba mais Acesse o link a seguir para ler o artigo que foi publicado pelo Enegep 2010, XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Trata-se de um artigo referente à programação de veículos aplicada ao transporte rodoviário. Nesse texto, podemos ver o plano de operação de empresas de transporte rodoviário regional de passageiros, visando à alocação da frota, utilizando a programação de transporte e roteirização. PEREIRA, E. C.; MAYERLE, S. F.; TREVISAN, V. Programação de veículos aplicado ao transporte rodoviário. XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção, São Carlos/SP, 12-15 out. 2010. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_tn_sto_118_772_17489.pdf> . Acesso em: 1 ago. 2019. TEMA 5 – PROCESSOS AVANÇADOS DE ROTEIRIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE VEÍCULOS Em algumas empresas ainda são realizadas as atividades de roteirização de forma manual: analisam-se os materiais a serem entregues e unem-se as notas fiscais por localização (apoio de mapas), analisa-se a capacidade do veículos e ordenam-se as entregas, bem como organiza-se dentro do veículo para que as entregas ocorram de forma correta. Podemos dizer que essa ainda é uma prática comum, porém o tempo gasto é grande e a experiência adquirida com essa atividade não é fácil de passar para outra pessoa. Da mesma forma citada, as empresas possuem funcionários que cuidam, por meio de planilhas, da programação de cargas, de coletas e entregas, de capacidade e disponibilidades dos veículos, dos motoristas, agendamentos e demais informações controladas de forma manual. O grande problema de se controlarem os processos dessa maneira é que possíveis erros podem ocorrer, como perda de informação, concentração de processos ou de informação nas mãos de poucos. Além disso, a ausência de funcionários pode ocasionar problemas na operação. Sendo assim, surge a necessidade de se criarem modelos mais avançados com o apoio de sistemas 11 que ajudem na otimização dos processos, das informações, garantindo o atendimento das premissas relacionadas a elementos como carga, modal, documentação, motorista, rota, cliente, custos e cobranças. Mas o que são esses sistemas que podem apoiar e dinamizar a distribuição? De acordo com Melo e Ferreira Filho (2001), os Sistemas de Roteirização e Programação de Veículos ou, simplesmente, Roteirizadores são sistemas computacionais que, através de algoritmos, geralmente, heurísticos e uma apropriada base de dados, são capazes de obter soluções para problemas de roteirização e programação de veículos (PRPV) com resultados relativamentesatisfatórios, consumindo tempo e esforço de processamento relativamente pequenos quando comparados aos gastos nos tradicionais métodos manuais. Atualmente tais sistemas podem considerar inúmeros tipos restrições ou condicionantes (ex.: um ou mais depósitos, janelas de tempo, vários tipos de veículos, tempos de parada, velocidades variáveis, limitações de capacidade, múltiplos compartimentos por veículo, barreiras físicas, restrições de circulação de veículos e de jornadas de trabalho, etc.) que tornam possível a obtenção de modelos muito próximos da realidade atual. Além disso, são dotados de poderosos recursos gráficos e podem fornecer resultados (ex.: roteiro e programação de cada veículo, relatórios de utilização dos veículos, relatórios de programação do motorista, etc.) que são de grande importância para o processo de tomada de decisão. Para Bodin (1990), a mais significativa mudança com relação aos sistemas para roteirização e programação de veículos ocorreu no ambiente computacional. Em sua primeira geração, quando os sistemas de roteirização e programação de veículos eram executados nos chamados mainframes, os resultados gerados nem sempre podiam ser conhecidos imediatamente, pois dependiam tanto do tempo de processamento como da sua prioridade na fila de espera para resolução. Além disso, esses sistemas não apresentavam recursos gráficos e interativos, prejudicando ainda mais o entendimento e a aceitação das soluções por parte dos usuários. Também, não era possível testar alterações manualmente nas soluções obtidas, de modo a atender restrições não consideradas explicitamente nos parâmetros de entrada do modelo, sendo que alguns destes recursos só vieram a se tomar possíveis e acessíveis com o advento e a evolução dos microcomputadores. Ainda segundo esse autor, esses primeiros sistemas eram limitados, lentos e com muitos procedimentos heurísticos que apresentavam pouca robustez. Enquanto alguns sistemas possuíam razoáveis recursos gráficos e de intervenção manual, outros não possuíam virtualmente nenhum. Na sequência, surgiram os sistemas de roteirização que apenas auxiliavam os usuários para a criação de rotas. Esse processo diminuía o tempo de atendimento da montagem das rotas e permitia ao usuário ter mais tempo para tratar das roteirizações que precisavam de mais atenção e de mais tempo devido às restrições. Mas a decisão ainda era do usuário para ter a rota mais adequada. Na segunda geração desenvolvida nos anos 80, os sistemas já se 12 esquematizavam em função das restrições mais complexas e já apresentavam recursos gráficos para ilustrar as rotas. Nos anos 90, com o avanço tecnológico na Era da computação, juntamente com as pesquisas na área da pesquisa operacional, iniciou-se a nova geração para a área da roteirização, vinculando assim todas as áreas da empresa, pois as informações subsidiavam as tomadas de decisão e o atendimento ao cliente. Após essas mudanças tecnológicas, começaram a surgir alguns sistemas de apoio, como o Sistema de Informação Geográfica (SIG), responsável pela edição de rotas e paradas dos motoristas, dando assim aos sistemas a possibilidade de editar as paradas, registrar postos, clientes e demais endereços relevantes na rota. A integração dos SIG aos modelos de roteirização e programação permitiu a concepção dos chamados Sistemas de Apoio à Decisão Espacial (SADE). Atualmente, com a utilização do e-commerce e as várias formas de distribuição de materiais, acaba sendo necessária a utilização de sistemas que consigam realizar as entregas de forma assertiva, roteirizada, e que garanta tanto a adequação do usuário, com um sistema cada vez mais fácil, flexível, rápido e que permita a economia no transporte e redução de tempo, fazendo que se ofereça ao cliente final uma entrega mais rápida, no tempo e local necessários. Os roteirizadores se apresentam de forma isolada para serem utilizados pelas empresas ou como plataforma para serem empregados em conjunto com outros sistemas (ERP, SCM ou TMS), integrando e facilitando as tomadas de decisão das empresas e disponibilizando informações importantes para os clientes finais. Recentemente, observa-se uma tendência de muitos desses roteirizadores se apresentarem disponíveis, como parte de um conjunto de sistemas integrados de gestão empresarial (ERPs e os Supply Chain Software), o que possibilitaria, utilizando-se da internet, disponibilizar a clientes finais informações sobre carregamentos, localização de veículos, previsão de horários de chegada, serviços de solicitação automática de pedidos etc. Saiba mais Como um exemplo, temos o site da Rota Exata, que demonstra como o sistema de roteirização e de programação de transporte pode operar e solucionar problemas cotidianos no transporte. 13 ROTEIRIZADOR Rota Exata. Rota Exata, 2019. Disponível em: <https://www.rotaexata.com.br/roteirizador?gclid=Cj0KCQjwrdjnBRDXARIsAEc E5YkwpL7XGkKmfClIH- uzN7arT8QWe9qXbcEVBpaW7lbEGKh1L0kiP7QaAnZMEALw_wcB>. Acesso em: 1 ago. 2019. TROCANDO IDEIAS Podemos concluir que é preciso trazer e aprimorar o processo de roteirização e de programação de transportes na programação para as empresas e torná-lo um diferencial competitivo. NA PRÁTICA Destacamos um case no site Blog Logística: 10 DICAS PARA PLANEJAR O SISTEMA DE ROTAS NA LOGÍSTICA Na logística, a máxima que “tempo é dinheiro” é mais verdadeira do que nunca. E o sistema de planejamento de rotas possui uma função essencial. Por meio dele, o calendário de transporte é otimizado, permitindo a redução de gastos em combustíveis, menor emissão de carbono e melhor no atendimento ao consumidor. É preciso estar atento a alguns detalhes para escolher um sistema de planejamento ideal para a atividade de cada empresa. William Salter, CEO da Paragon Software System, listou 10 dicas das capacidades essenciais que um do sistema de planejamento de rotas deve oferecer (10 dicas..., 2015). Saiba mais Confira o texto completo acessando o link a seguir: 10 DICAS para planejar o sistema de rotas na logística. Blog Logística, 9 mar. 2015. Disponível em: <https://www.bloglogistica.com.br/mercado/10- dicas-para-planejar-o-sistema-de-rotas-na-logistica/>. Acesso em: 1 ago. 2019. FINALIZANDO Começamos a aula com o levantamento dos objetivos da roteirização e programação de transportes. Na sequência, foram apresentados os conceitos de roteirização de veículos, relatada a importância da gestão de operações e descrita a programação de transporte. Finalizamos a aula destacando os sistemas, ou seja, os processos avançados de roteirização e programação de veículos 14 REFERÊNCIAS ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. 3. ed. São Paulo: Blücher, 2000. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. BODIN, L. D. Twenty years of routing and scheduling. Operations Research, v. 38, n. 4, p. 571-579, 1990. CAMPOS, V. Planejamento de transportes: conceitos e modelos. Rio de Janeiro: Interciência, 2013. CAIXETA-FILHO, J. V. Pesquisa operacional: técnicas de otimização aplicadas a sistemas agroindustriais. São Paulo: Atlas, 2004 CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 3. ed. São Paulo: Atlas 2006. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da cadeia de suprimentos: estratégia; planejamento e operações. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 10 DICAS para planejar o sistema de rotas na logística. Blog Logística, 9 mar. 2015. Disponível em: <https://www.bloglogistica.com.br/mercado/10-dicas-para- planejar-o-sistema-de-rotas-na-logistica/>. Acesso em: 1 ago. 2019. ENOMOTO, L. M. Análise da distribuição física e roteirização de um atacadista do sul de Minas Gerais. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Itajubá. Itajubá/MG, 2007. LAPORTE,G.; GENDREAU, M.; SEMET, J. Y. P. F. Classical and modern heuristics for the vehicle routing problem, International Transactions in Operational Research, v. 7, n. 4/5, p. 285-300, 2002. MELO, A. C. S.; FERREIRA FILHO, V. J. M. Sistemas de roteirização e programação de veículos. Pesquisa Operacional, v. 21, n. 2, Rio de Janeiro, jul. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 74382001000200007>. Acesso em: 1 ago. 2019. 15 MOURA, A. M. Planejamento urbano & planejamento de transporte: uma relação desconexa? Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de Brasília. Brasília, 2017. NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. 3. ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2007. _____. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Blücher, 2001. RODRIGUES, P. R. A. Gestão estratégica da armazenagem. 2. ed. São Paulo: Aduaneiras Informação Sem Fronteiras, 2009. Contextualizando TEMA 2 – CONCEITOS DE ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS TEMA 3 – GESTÃO DE OPERAÇÕES DE TRANSPORTE TEMA 4 – PROGRAMAÇÃO DE TRANSPORTE TEMA 5 – PROCESSOS AVANÇADOS DE ROTEIRIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE VEÍCULOS Trocando ideias Na prática 10 DICAS PARA PLANEJAR O SISTEMA DE ROTAS NA LOGÍSTICA FINALIZANDO REFERÊNCIAS
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