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ROTEIRIZAÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE TRANSPORTES AULA 3 Prof.ª Liziane Hobmeir 2 CONVERSA INICIAL Princípios dos processos de roteirização Nesta aula, vamos abordar alguns princípios importantes para se iniciar o processo de roteirização. São eles: Princípios de carregamento e agrupamento de carga Princípios de distribuição de rotas Princípio de decisão de veículo Princípios dos modelos de decisão (custo, distância e tempo) Princípio dos melhores recursos CONTEXTUALIZANDO Agora, vamos trabalhar com foco nos princípios de decisão para se iniciar o processo de roteirização e programação de transporte. Segundo Bose (1990), a distribuição física compreende o transporte do produto do centro produtor ao consumidor diretamente ou via depósitos. Assim, os profissionais da distribuição operam elementos como: depósitos, veículos, estoques, equipamentos de carga e descarga, entre outros. Saiba mais Capacitar os gestores a planejar, executar e controlar a operação de transportes em suas empresas, otimizando os resultados logísticos e globais. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jeWjq_LDdvw&t=585s>. Acesso em: 4 nov. 2019. TEMA 1 – PRINCÍPIO DE CARREGAMENTO E AGRUPAMENTO DE CARGA Pelizaro (2000) apud Bodin et al. (1983) classificou as estratégias de solução para problemas de roteirização de veículos da seguinte forma: Agrupa primeiro, roteiriza depois – Consiste no procedimento de agrupar os nós ou arcos de demanda primeiro e depois construir rotas econômicas para cada agrupamento. Nessa consideração, pode-se usar o método de varredura. 3 Roteiriza primeiro, agrupa depois – Consiste no procedimento de primeiro gerar uma grande rota (geralmente infactível) incluindo todas as entidades de demanda (nós e/ou arcos). Depois essa grande rota é dividida em um número menor e factível de rotas. Economias ou Inserções – Segundo Ballou (2001), o método de Clarke e Wright permite manusear muitas restrições práticas, principalmente porque pode formar as rotas e a sequência de paradas nas rotas simultaneamente. O objetivo do método das economias é minimizar a distância total percorrida por todos os veículos e minimizar indiretamente o número de veículos necessários para servir a todas as paradas. Melhoria ou troca – Procedimento heurístico também conhecido como troca de arcos ou arestas em que, em cada etapa, uma solução factível é alterada, resultando em outra solução factível com custo total reduzido. Esse processo continua até que não seja mais possível redução adicional no custo. Métodos heurísticos – Devido às dificuldades existentes em se encontrar a solução ótima, por intermédio de algoritmos exatos, uma solução boa, isto é, perto da ótima, já pode ser suficiente para aplicação em PRVs. Os métodos heurísticos são algoritmos que não garantem encontrar a solução ótima de um problema, mas são capazes de retornar uma solução de qualidade em um tempo adequado para as necessidades da aplicação. A abordagem heurística pode ser classificada como: Heurísticas de construção de rota: é caracterizada pela geração de uma rota com base em uma matriz de distâncias. Heurísticas de melhorias de rotas: ou conforme denominou Christofides (1985), método das duas fases. São caracterizadas pela busca de uma rota melhor tomando como base uma rota inicial. Heurísticas de combinação: é caracterizada pela junção das duas técnicas anteriores. Saiba mais Para entender melhor o que são sistemas heurísticos, assista <https://www.youtube.com/watch?v=I7dgIJYaVmk>. Acesso em: 4 nov. 2019. 4 TEMA 2 – PCV – O PRINCÍPIO DE DISTRIBUIÇÃO DE ROTAS Novaes (2000), Valente et al. (2003) e Galvão (2003) apresentam as características básicas da coleta e distribuição de carga no transporte rodoviário, colocando algumas questões metodológicas ao planejador do sistema, com os seguintes destaques: Região de atendimento Seleção de veículo e equipe Custos logísticos relacionados a transporte Carga coletada e entregue na rota do dia Desenho de roteirização Nesses casos, a análise de rota se torna importante para privilegiar o processo de assertividade, os pontos citados devem ser analisados e priorizados para que possa fazer o melhor processo de atendimento ao cliente. Em outros casos, os locais de atendimento são aleatórios, sendo conhecidos somente na hora de executar o roteiro de serviços. Valente et al. (2003) acrescentam que as variáveis que influenciam no dimensionamento de um sistema de coleta / distribuição apresentam, de maneira geral, variações estatísticas consideráveis. Por esta razão, não é adequado dimensionar um sistema por meio de modelos determinísticos, em que o efeito da aleatoriedade de algumas variáveis não seja considerado. Valente et al. (2003) ressaltam que alguns condicionantes físico-temporais devem ser examinados e incorporados à metodologia de análise e dimensionamento, de forma a se obter resultados mais realistas. As rotas podem ser chamadas de ótimas quando são obtidas por meio da otimização das distâncias de cada uma, sem violação das restrições de janela de tempo dos clientes e do motorista, além da consideração da capacidade de transporte do veículo. Sendo assim, trata-se de algumas restrições na montagem da rota ótima, como segue: quantidade de clientes; quantidade de veículos para o atendimento da demanda de entrega e de coleta; desenhar a rota de saída e de retorno, obedecendo a roteirização; verificar a quantidade máxima de capacidade de carga; analisar tempo mínimo e máximo da rota do dia; verificar as janelas de atendimento, de agendamento dos clientes e disponibilidade dos motoristas. 5 Enfim, cada rota será uma rota, o processo a ser analisado é ter uma rota eficiente, focando custos, segurança, tempo para o atendimento e satisfação do cliente final. Saiba mais O seguinte vídeo traz três dicas para um roteiro de entregas eficiente <https://www.youtube.com/watch?v=sqnBrBd7d44>. Acesso em: 4 nov. 2019. TEMA 3 – PRINCÍPIOS DA DECISÃO DO VEÍCULO O sistema rodoviário, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT); responde pela maior parte das cargas movimentadas no Brasil, sendo o modo mais flexível, pelo fato de poder transportar produtos de tamanhos e pesos variados em qualquer distância, de porta a porta. O transporte rodoviário é simples, perante os demais modais, porém torna-se mais complexo com todas as restrições que se apresenta. Para o processo de roteirização, acaba sendo o mais cabível e flexível para se trabalhar, apresentando vantagens, como segue: Capilaridade em vias de acesso Disponibilidade de serviço direto, porta a porta Disponibilidade de carregamento de cargas fracionadas Disponibilidade de troca ou substituição de veículo devido acidente, ou necessidade Segurança da carga embarcada Como todos os modais, apresenta desvantagens. Destacam-se: Com relação à capacidade de carga pequena, perante outros modais Custo de transporte e manutenção alto Restrições de vias Desgaste da malha rodoviária por excesso de peso e/ou rodagem (Rodrigues, 2001) Segundo (Couto, 2004), o planejamento nesse setor dificilmente consegue ser seguido, principalmente devido aos imprevistos que podem ocorrer como: problemas climáticos que provocam atrasos; fechamento de estradas; manutenção de veículos; cancelamento de pedidos; mudança de prioridades etc. 6 O planejamento serve como base para a operação diária, ficando evidenciada a importância do uso de indicadores para acompanhar o processo, para melhorar o planejamento. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), por meio da Portaria n. 63/2009, regulamenta o peso máximo permitido por eixo, ou conjunto de eixos, e os limites de comprimento e peso totaldos diversos tipos de veículos de transporte rodoviário de carga. Além disso, há outras regulamentações e leis que criam classificações desses veículos, sempre baseadas na quantidade e tipos de eixos e na capacidade de carga. Muitas das denominações normalmente utilizadas se referem, também, ao uso a que o veículo é destinado. Atualmente, o panorama do transporte rodoviário no Brasil é bastante diverso, mas os veículos diesel e de grande porte ainda estão na dianteira quando o assunto é transportar cargas pelas rodovias do país, podendo ser: Reboque Semirreboque Bi-truck Semirreboque especial Utilitário leve (VUC) Operacional de apoio (veículo leve) A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT, 2019) especifica que todos os veículos destinados a transporte de carga rodoviária remunerado, com capacidade de carga igual ou superior a 500 kg, devem estar registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC). Com tanta variedade de veículos e categorias, é importante conhecer as especificações e indicações de cada um antes de colocá-los na estrada, os veículos de transporte rodoviário de carga são classificados conforme sua quantidade de eixos, tamanho e peso. Novaes (2000), Valente et al. (2003) e Galvão (2003) apresentam as características básicas da coleta e distribuição de carga no transporte rodoviário: O serviço deverá ser realizado em um tempo de ciclo pré-determinado, analisando a coleta e entrega nas áreas urbanas, o ciclo é menor, iniciando e terminando no mesmo dia. Nas entregas que contemplam http://www.denatran.gov.br/download/Portarias/2009/PORTARIA_DENATRAN_63_09.pdf http://www.denatran.gov.br/download/Portarias/2009/PORTARIA_DENATRAN_63_09.pdf http://appweb2.antt.gov.br/carga/rodoviario/faq.asp 7 cidades próximas, o ciclo de coleta e entrega pode ser maior, durando dias. Uma região geográfica é dividida em zonas, cada uma com sua característica de atendimento e fluxo. Para atendimento da demanda, pode-se colocar um veículo e uma equipe para atender cada zona logística. Os veículos são destinados para sua rota, contendo o roteiro, os clientes e as cargas para atendimento. Os depósitos ficam em regiões estratégicas para a liberação dos veículos e equipes para o atendimento da necessidade da empresa e do cliente. Saiba mais Vamos conhecer um pouco dos caminhões <https://www.youtube.com/watch?v=8xj8pyfhDdI>. Acesso em: 4 nov. 2019. TEMA 4 – PRINCÍPIOS DOS MODELOS DE DECISÃO (CUSTO, DISTÂNCIA E TEMPO) Para Bowersox e Closs (2001), o transporte possui duas funções principais: Movimentação de produtos – De um determinado local de origem até o seu destino. O transporte é responsável pela movimentação de produtos, materiais e/ou serviços. Assim, assegura o fluxo físico dos produtos entre as empresas. De modo geral, a movimentação é necessária para transportar o produto até a fase seguinte do processo ou para perto do cliente final, ou seja, essa movimentação pode acontecer a montante ou a jusante na cadeia de agregação de valor e os produtos podem estar das mais variadas formas. A movimentação para ser desempenhada necessita de recursos temporais, recursos financeiros; recursos ambientais. Estocagem de produtos – Mesmo que temporária, não deixa de ser uma função do transporte. Apesar de possuírem um custo muito elevado de estocagem, os veículos podem se tornar uma opção viável na análise dos custos de carga/descarga, restrições de capacidade ou a possibilidade do aumento dos tempos de viagem ou espera. 8 Caixeta-Filho e Martins (2001) dizem que, primeiramente, os transportes têm a função econômica de promover a integração entre sociedades produtoras de bens em geral. Outra função econômica atribuída ao sistema de transportes é a possibilidade de expandir mercados Novaes (2000) resume as diversas situações na distribuição física em duas configurações básicas: Distribuição “um para um”, em que o veículo é totalmente carregado no depósito da fábrica ou num CD do varejista (lotação completa) e transporta a carga para um outro ponto de destino, podendo ser outro CD, uma loja, ou outra instalação qualquer. Distribuição “um para muitos” ou compartilhada, em que o veículo é carregado no CD do varejista com mercadorias destinadas a diversas lojas ou clientes e executando um roteiro de entregas predeterminado. Para Novaes (2000), na distribuição “um para um”, o carregamento do veículo é realizado de forma a lotá-lo completamente. Ao carregar o caminhão, vai se acomodando a carga nos espaços disponíveis, visando o melhor aproveitamento possível de sua capacidade. Esse aspecto é importante, pois na distribuição “um para muitos” não se consegue, com frequência, um bom aproveitamento do espaço dentro do veículo. Isso porque é obrigado a carregá- lo na ordem inversa das entregas, o que impede a otimização do arranjo interno da carga no caminhão. Segundo Novaes (2000), a distribuição “um para um” é denominado transferência de produtos, um para muitos o veículo é carregado no centro de distribuição com mercadorias destinadas a diversos clientes, e executa um roteiro de entrega pré-determinado. Para Lambert et al. (1998), as atividades de transporte incluem: Escolha da rota Seguir as regras locais de trânsito Processo de manutenção dos veículos Escolha do modal contemplando o modelo de veículo Definição das documentações Segundo Bowersox e Closs (2001), temos duas formas estratégicas de atender o processo de roteirização com foco em custos, são elas: 9 A economia de distância: define-se pela redução dos custos de transporte por unidade de distância, sendo que, proporcionalmente, quando aumenta a distância, tem-se o custo fixo, mas este é distribuído pelas unidades de distância, fazendo, assim, um valor menor por unidade rodada. Economia de escala: ocorre da mesma forma que a anterior, porém o custo fixo é diluído, quanto maior a carga carregada e consolidada, mais se dilui os custos por unidade de peso. Esses princípios farão parte da estratégia da empresa, com foco em redução de custos, sejam em economia de escala ou por distância. Em ambas, o foco é fazer mais com menos, rateando os custos fixos e deixando o processo mais otimizado economicamente. Para Ballou (2001), um sistema de transporte eficiente e barato contribui para: Aumentar as economias de escala, favorecendo o maior atendimento, com custo reduzido Reduzir os preços dos produtos, pois o mercado tem uma maior demanda Aumentar a concorrência, pois cada um fará sua estratégia de economia para oferecer produtos mais baratos, devido à redução dos custos de transporte Para Lambert et al. (1998), as características do produto influenciam o custo do transporte, e os produtos podem ser classificados quanto ao peso e volume, bem como sua intensidade; quanto a sua facilidade de armazenagem/ movimentação e transporte e capacidade de preenchimento do espaço do veículo de transporte; por fim, pela facilidade ou dificuldade de movimentação de carga/descarga, quanto mais exigências do produto, maior será seu custo de transporte. Para Lambert et al. (1998), existem também os fatores relacionados com o mercado, que influenciam nos custos: Sazonalidade dos produtos Concorrência das transportadoras Localidade das entregas e coletas Regulamentação de transporte 10 Para Lambert et al. (1998), destacam algumas interferências ao longo do transporte que pode gerar custos, como segue: Atrasos na viagem Oscilações e atrasos nos prazos de entrega Controle de estoque Avarias na carga e descarga Necessidade de equipamentos especiais para carga e descarga As interferências tratam-se de um simples congestionamento, a saída atrasada do armazém devido à falta ou a demorada localização de um produto, muitas rotas a serem definidas, exigências do processo do estoque, avarias na carga, ou ao longo do transporte e até uma necessidade diferente para que o transporte ocorra, essas são algumas das condicionantes que o transporte passa diariamente. A logística de transporte que conseguir trabalhar com as interferências e saber reposicioná-las, trabalhar de forma a garantir redução de custos, aumento de segurança para a carga, para os funcionários, atender todas da carga, da rota e do cliente, conseguirá sobressair no mercado de transporte. Saiba mais Para entender melhor sobre a importância do transporte no Brasil, assista <https://www.youtube.com/watch?v=MofzoCpsH4I>. Acesso em: 4 nov. 2019. TEMA 5 – PRINCÍPIOS DOS MELHORES RECURSOS Para Demaria (2004), o profissional de logística deve se preocupar em garantir a disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes à medida que eles os solicitem e em assegurar que isso seja feito a um custo razoável. Nesse contexto, conforme Ballou (2001), Marques (2002), Galvão (2003) e Kaminski (2004), o gerenciamento da distribuição física se dá em três níveis: estratégico, tático e operacional. O nível estratégico trata de decisões de longo prazo e apresenta como objetivo a definição do sistema em linhas gerais. Este nível é o responsável em definir e configurar o sistema de distribuição e modal que será escolhido. O relacionamento com o cliente e o desenho da rede 11 logística que será aplicado, definindo o nível de serviço, localização do armazém, e os canais de distribuição que serão utilizados, modal, veículos a serem utilizados, bem como os sistemas que serão adquiridos para o atendimento do armazém e transporte. No nível tático, os planejamentos de médio e curto prazo são responsáveis em fazer ocorrer a interação entre o longo prazo e as atividades diárias, responsável pela utilização dos equipamentos, dos veículos e das instalações, definidas no nível estratégico, responsável em planejamento de rotas, seleção e contratação de fornecedores de transporte, análise e controle de fretes, responsável pela definição das rotas, cumprimento das legislações de veículos e motoristas, desenho de processos e instrução de trabalho. O nível operacional refere-se às atividades de execução, iniciando no carregamento das cargas, separação, documentação, roteirização, atendimento do motorista e cliente, agendamento, entrega, resolução de pequenas divergências e finalização do processo de entrega e coleta. Portanto, para Bowersox e Closs (2001), tudo isso trata-se da distribuição física que acontece entre a empresa e seus clientes, focando estratégias para otimizar o transporte, garantir redução de custos e satisfação do cliente. Os canais de distribuição oferecem a construção de vantagens competitivas sustentáveis, por suas características de longo prazo (tanto no planejamento como na implementação), por exigirem estrutura de organizações consistentes e serem baseados em pessoas e relacionamentos (Neves, 1999). Para Kaminski (2004), a estrutura de distribuição dependerá dos canais de distribuição planejados e do segmento da estratégia de vendas que a empresa desenvolver. Entrando um pouco em marketing, a logística responsável em distribuir o produto trata-se de um dos P trabalhados em marketing. Poli (2001) e Demaria (2004) destacam que estudos de marketing atuais identificam a relevância de incluir canais de distribuição na elaboração de distribuição física. Para esses autores, a escolha de um canal de distribuição é fundamental por duas razões: O canal de distribuição dará conhecimento da região, garantindo aos clientes confiabilidade. 12 A escolha do tipo de local em que os produtos serão distribuídos, garantindo o estudo de mercado e o aumento do mix a ser oferecido. A estratégia de atendimento das necessidades da logística de distribuição de transporte são as mais relevantes, pois é aqui que a empresa conseguirá seu diferencial competitivo, perante a concorrência, destacando alguns elementos de atenção, como custos, nível de serviço, roteirização, segurança, informação e garantia de processos assertivos e clientes satisfeitos. Saiba mais Para conhecer a importância e as aplicações dos modais de transporte, assista <https://www.youtube.com/watch?v=-3rBEBEoh-M>. Acesso em: 4 nov. 2019. TROCANDO IDEIAS Podemos analisar a importância da disciplina no processo de distribuição, como citados nos objetivos, e perceber que é importante trazer o processo de roteirização e programação para as empresas e torná-los um diferencial competitivo. NA PRÁTICA É preciso estar atento a alguns detalhes para escolher um sistema de planejamento ideal para a atividade de cada empresa. William Salter, CEO da Paragon Software System, listou 10 dicas das capacidades essenciais que um do sistema de planejamento de rotas deve oferecer. Confira! 1 – Agendamento e encaminhamento de rotas diárias Se a quantidade de pedidos varia diária ou semanalmente, é importante escolher um sistema que calcule automaticamente rotas eficientes e agendamento de múltiplas paradas diariamente. [...] 2 – Otimização de rotas e agendamentos fixos Para a gestão de operações com datas e quantidades regulares, escolha um sistema que calcule rotas otimizadas. [...] 3 – Otimização contínua de entregas [...] O sistema deve ser capaz de otimizar continuamente os agendamentos, maximizando a eficiência ao analisar a área de entrega, recursos disponíveis e entregas confirmadas. 4 – Suporte aos clientes Suporte aos clientes de alto nível é a chave para o sucesso de todo projeto de planejamento de rotas. [...] 5 – Rastreio de veículos em tempo real O rastreio de veículos permite gestores a detectarem problemas em tempos e distâncias de rotas para que possam ser imediatamente analisados. [...] 6 – Considerar cenários imprevistos 13 Usando dados de históricos, a transportadora pode se preparar para possíveis imprevistos. [...] 7 – Planejamento em vários períodos O planejamento em vários períodos otimiza a definição dos melhores padrões de entrega para cada cliente [...] 8 – Planos de desenvolvimento de software [...] Um fornecedor de qualidade deve evoluir seu produto regularmente, aproveitando-se de novas tecnologias e criando soluções que atendam às necessidades dos operadores de transporte. 9 – Combinação de agendamento central A combinação do agendamento de toda a movimentação da frota dá aos planejadores de transporte a possiblidade de realizar uma estratégia de atuação nacional ou regional. [...] 10 – Utilização de dados de relatório Relatórios de indicadores-chave de desempenho (ou KPI) e de inteligência de negócio (BI) permitem empresas a detectar tendências operacionais, prever implicações de custos e identificar possíveis medidas preventivas. (Blog Logística, 2015) FINALIZANDO Começamos a disciplina com as informações como os princípios de carregamento e agrupamento de carga, assim, destacamos a importância das rotas, princípios de decisão de veículos, a importância dos modelos de decisão e, por fim, os princípios dos melhores recursos. Como destacamos ao longo da aula, aqui vimos o princípio de todo o processo para se ter uma roteirização mais assertiva. 14 REFERÊNCIAS BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suplementos: planejamento, organização e logística empresarial. Tradução de Elias Pereira. Porto Alegre: Bookman, 2001. BLOG LOGÍSTICA. 10 dicas para planejar o sistema de rotas na logística. 2015. Disponível em: <https://www.bloglogistica.com.br/mercado/10-dicas-para- planejar-o-sistema-de-rotas-na-logistica/>. Acesso em: 4 nov. 2019. BOSE, R. de C. A. Modelos de roteirização e programação de entregas em redes de transportes. 1990. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade deSão Paulo, Departamento de Engenharia de Transportes, São Paulo. 171p. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. Tradução da Equipe do Centro de Estudos em Logística, Adalberto Ferreira das Neves. São Paulo: Atlas, 2001. CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. (Orgs.). Gestão logística do transporte de cargas. São Paulo: Atlas, 2001. CHRISTOFIDES, N. Vehicle routing. In: LAWLER, E. et al. (Ed.). The traveling salesman problem. 1985. p. 431- 448. COUTO, P. T. B. Resolução de problemas de transporte rodoviário de carga utilizando programação inteira. 2004. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, PUC-Rio, Rio de Janeiro. 81p. DEMARIA, M. O operador de transporte multimodal como fator de otimização da logística. 2004. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, UFSC, Florianópolis. 87p. GALVÃO, L. C. Dimensionamento de sistemas de distribuição através do Diagrama Multiplicativo de Voronoi com pesos. 2003. Tese (Doutorado) – Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção e Sistemas, UFSC, Florianópolis. 175p. LAMBERT, D. M.; STOCK, J. R.; VANTINE, J. G. Administração estratégica da logística. São Paulo: Vantine Consultoria, 1998. 15 NEVES. M. F. Um modelo para planejamento de canais de distribuição no setor de alimentos. 1999. Tese (Doutorado) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, USP, São Paulo. 297p. NOVAES, A. G. N. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. São Paulo: Atlas, 2000. PELIZARO, C. Avaliação de desempenho do algoritmo de um programa comercial para roteirização de veículos. Dissertação de Mestrado, UFSC. 2000. RODRIGUES, P. R. A. Introdução aos sistemas de transporte no Brasil e à logística internacional. São Paulo: Editora Aduaneiras, 2001. VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de Transporte e Frota. São Paulo: Editora Pioneira, 2003.
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