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Cálculos de Folha de Pagamento

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Cálculos de Folha de Pagamento
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA 
DE PAGAMENTO 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
2 
Sumário 
 
DISCIPLINA: CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
TEMA 1 – CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOLHA DE PAGAMENTO ........................................04 
TEMA 2 – CÁLCULO DE FOLHA I – Salário, Adicionais, Horas Extras e Comissões ...............15 
TEMA 3 – CÁLCULO DE FOLHA II – DSR, Férias e 13º Salário ...................................................30 
TEMA 4 – CÁLCULO DE FOLHA III – Demais verbas ...................................................................39 
TEMA 5 – DESCONTOS EM FOLHA I – Adiantamentos, Faltas e Atraso e Vale Transporte ....45 
TEMA 6 – DESCONTOS EM FOLHA II – Contribuição Previdenciária, Sindical e IRPF .............51 
TEMA 7 – DESCONTOS EM FOLHA III – Vale Transporte e Pensão Alimentícia ........................56 
TEMA 8 – FECHAMENTO DA FOLHA DE PAGAMENTO ................................................................61 
TEMA 9 – FGTS: MENSAL E RESCISÃO .........................................................................................68 
TEMA 10 – CÁLCULOS RESCISÓRIOS ...........................................................................................73 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................81 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
3 
CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
De acordo com o art. 3º da Constituição de Leis Trabalhista (CLT), a definição de empregado 
consiste em: “toda pessoa física que prestar serviço de natureza não eventual ao empregador, sob a 
dependência deste e mediante salário”. Ou seja, o vínculo de trabalho existe quando um serviço é 
prestado de forma contínua, ou seja, não esporádica, o empregado subordinado, tendo que cumprir 
horários, regras entre outros e há onerosidade mútua entre ambos. 
Dentro do Direito a onerosidade é o pagamento, que o empregado recebe do empregador, 
como remuneração em função do contrato de trabalho firmado entre as partes e a subordinação é o 
direcionamento da prestação laboral pelo empregador, em outras palavras, o empregador determinará 
e direcionará a forma como o trabalho será realizado. 
Segundo CHIAVENATO (2008), autor renomado de livros que abordam conceitos de Recursos 
Humanos e Gestão de Pessoas, o empregado trabalha em troca de uma recompensa, “[..] ele está 
interessado em investir com trabalho, dedicação e esforço pessoal com seus conhecimentos e 
habilidades”, desde que receba proporcionalmente a remuneração adequada, portanto a empresa 
precisa investir em salários e benefícios aos trabalhadores. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_5tLfITq_lg 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
4 
TEMA 1: CONCEITOS E DEFINIÇÕES DE FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
 
 
 
O dinheiro, como conhecemos hoje, surgiu apenas no século 7 a. na Lídia (atual Turquia) e 
tinham o formato de discos geralmente confeccionados com metais preciosos, essas “moedas” 
representavam certos valores. Antes disso, o que representava o dinheiro nas negociações eram itens 
não perecíveis e com alta demanda, como sacas de grãos, ouro, prata, cobre e sal. O sal era utilizado 
na conservação de alimentos e durante muito tempo, ter barras de sal em casa funcionava como uma 
poupança. 
Nem sempre o trabalho foi remunerado, inicialmente havia a troca de trabalho/prestação de 
serviço por sal, em seguida começou a ser trocado por outras mercadorias e por fim trocado por 
moedas. 
SALÁRIO 
A palavra salário em do latim salarium, que significa pagamento com sal, a palavra está 
diretamente ligada ao Império Romano, pois os soldados recebiam barras de sal como pagamento e 
bonificação, pelos serviços prestados ao império. 
O salário é definido por CHIAVENATO (2009), como o valor econômico devido pelo 
empregador ao empregado em troca de seu empenho na prestação de serviço, com o objetivo de 
satisfazer as suas necessidades pessoais e familiares. Este valor é pago proporcionalmente ao período 
em que o funcionário fica à disposição da empresa aguardando ordens, do descanso semanal 
remunerado, no cumprimento de leis trabalhistas e das interrupções legais que ocorrem durante o 
contrato de trabalho. Ou seja, salário é a contraprestação devida ao empregado pelos serviços 
prestados, em decorrência do contrato de trabalho 
Os principais elementos que precisam ser observados na formação do salário são: 
 Habitualidade, devido ao contrato de trabalho ser constituído como um acordo entre as partes, 
empregado e empregador, prolongando-se por um determinado período de tempo. 
https://www.youtube.com/watch?v=E77pEx-wclU 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
5 
 Periodicidade, sendo que o pagamento está diretamente atrelado a regularidade constante da 
prestação de serviço, obedecendo a certos prazos estipulados por lei. 
 Quantificação, o salário não pode ser incerto, o empregado precisa saber quanto e quando irá 
receber, não podendo depender de instabilidades ou condições imprevistas, devendo tais informações 
fazer parte do contrato. 
 Reciprocidade, os direitos e obrigações são assumidos por ambas as partes. 
 Essencialidade, o salário é considerado essencial para manutenção de vínculo de emprego, 
onerosidade entre ambos é arte fundamental. 
O art. 457 da CLT, §1º - “Integram o salário importância fixa estipulada, as gratificações legais 
e as comissões pagas pelo empregador”. 
Salário Contratual – corresponde a importância fixa estipulada contratualmente em contraprestação 
do serviço prestado. 
Gratificações Legais - são aquelas definidas e disciplinadas na própria lei celetista, como adicionais, 
gratificações resultantes de promoções ou em razão de desempenho superior ao ordinariamente 
esperado no exercício das atividades laborais. 
Comissões – está atrelada ao desempenho, sendo o valor pago proporcionalmente a percepção do 
empregador decorrente a produtividade do empregado, conceito de “salário tarefa”, costuma ser 
vinculado também, a metas/objetivos. 
Para Chiavenato principais conceitos atrelados aos salários são: 
 Salário base: considerado o salário fixo, pago mensalmente pelo empregador ao empregado, 
deduzido os adicionais; 
 Salário direto: recebido em função do cargo ocupado, podendo ser pago por hora, dia ou 
mensalmente; 
 Salário líquido (ou efetivo): salário líquido, descontados as obrigações legais; 
 Salário Indireto: originado de normas estabelecidas em convecção coletiva ou definido como 
benefícios dado pela organização agregando valor ao salário; 
 In natura: formado por benefícios habituais e gratuitos como alimentação, habitação, vestuário, 
oferecido pelo trabalho, sendo que, o pagamento em dinheiro não pode ser inferior a 30% do valor 
fixado do salário mínimo para a região em que o empregado trabalha, e 70% pode ser pago com 
utilidades. 
 Salário mínimo: é o menor valor que pode ser pago ao trabalhador, estabelecido por lei para 
uma jornada de 220 horas de trabalho. Podem ser definidos em âmbito nacional e estadual. 
 Salário bruto (ou nominal): corresponde ao que consta na carteira profissional e/ou no contrato 
de trabalho. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
6 
 Salário profissional: também conhecido como piso salarial, corresponde ao menor valor salarial 
que pode ser pago para uma categoria profissional, estipulados por seus respectivos sindicatos. 
Pró-labore - corresponde ao pagamento que os sócios ou gestores da 
empresa recebem pelo trabalho realizado, é o salário do dono. 
 
 
REMUNERAÇÃOA remuneração engloba tudo aquilo que o empregado recebe em função da prestação de 
serviço decorrentes do contrato de trabalho, seja diretamente do empregador ou de terceiros, diferente 
do salário que é pago exclusivamente pela organização. Assim como o salário a remuneração é tratada 
pela CLT art. 457 que quis que a remuneração compreende “[...] para todos efeitos legais, além do 
salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que 
receber”, assim como gratificações, prêmios, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
A imagem acima, representa os 3 (três) componentes da Remuneração Total: 
Partindo desse conceito, a remuneração é composta por valores fixos considerados estáveis e 
valores variáveis, quais estão condicionados a diversos fatores diretamente relacionados com cada 
indivíduo dentro da organização. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=LSpQEJYiwOg 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
7 
A tabela abaixo, ilustra as principais classificações de remuneração. 
Remuneração Foco Tipo Política Vantagens e Desvantagens 
Fixa 
 
 
Cargo Fixa É a maneira mais comum 
de remunerar o 
empregado. Neste 
sistema os cargos são 
definidos por ordem de 
importância e 
respectivamente é 
estipulada a 
remuneração. 
Facilita o equilíbrio interno 
com um sistema de cargos e 
salários, homogeneização e 
padronização de cargos e 
salários e Facilidade na 
administração e controle. 
Funcional 
 
Função Fixa O salário é pago com 
base na função exercida 
pelo trabalhador. Enfatiza 
a disciplina e hierarquia 
É um sistema antigo e 
burocrático, inibe a 
criatividade e o 
empreendedorismo e não 
promove motivação no 
alcance de resultados. 
Variável 
 
 
 
 
Pessoas Variável O foco é recompensar as 
pessoas por suas 
habilidades, competência 
e resultados 
proporcionados a 
organização 
Ajusta a remuneração às 
diferenças individuais e ao 
alcance de metas e 
resultados. Favorece o 
desenvolvimento pessoal 
dos trabalhadores. Porém 
ela desestabiliza as 
estruturas lógicas de 
pagamento, reduzindo os 
controles centralizados dos 
salários podendo causar 
reclamações dos menos 
favorecidos. 
Resultado Desempenho Variável O trabalhador será 
remunerado conforme 
atingir as metas e 
objetivos estabelecidos 
pela empresa, está 
também relacionada às 
habilidades, competência 
e desempenho do 
empregado 
Principal vantagem é que 
reforça a ideia de trabalho 
em grupo e a participação de 
todos os envolvidos nas 
atividades, incentiva a 
procura por inovação e 
reduz custos. 
Habilidades Indivíduo Fixa O empregado é 
recompensado pelas 
habilidades que possui, 
ou seja, na capacidade 
que ele possui de 
executar tarefas e 
administrar 
responsabilidades, não 
considerando o cargo 
que ela ocupa. 
Esse modelo pode incentivar 
a busca por capacitação e 
desenvolvimento pessoal do 
empregado. 
Competência Qualidades Fixa Quanto maior a 
competência e utilidade 
do trabalhador para a 
empresa, maior será a 
remuneração. É o 
sistema mais aplicado 
em níveis gerenciais. 
Facilidade e identificar 
pontos forte e fracos dos 
empregados, os 
treinamentos podem ser 
melhor direcionados e 
estimula a motivação. Pode 
haver diferença de salários 
para os mesmos cargos o 
que pode causar 
insegurança e desconforto 
para os empregados. 
Estratégica Ambiente Fixo e 
Variável 
Realiza um estudo prévio 
do ambiente 
organizacional, 
estabelecendo um plano 
de remuneração que se 
adapte à realidade da 
empresa 
Melhor adequação a 
realidade da empresa. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
8 
VERBAS SALARIAIS E INDENIZATÓRIAS 
Verbas salariais são apontamentos remuneratórias que integram o salário, além da 
remuneração fixa, como por exemplo, gratificações legais e de função e as comissões pagas pelo 
empregador, são originadas do trabalho. O total dessa remuneração incide descontos previdenciários 
e fiscal, sendo base de cálculo para: 
 Contribuição ao Instituto Nacional de Serviço Social (INSS); 
 Da alíquota do Imposto de Renda (IR); 
 Do depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); 
 Dos valores do décimo terceiro salário; 
 Do adicional de 1/3 de férias; 
 E do aviso-prévio. 
Exemplos de verbas salariais: 
Comissão – recompensa financeira devida ao alcance de um resultado. 
Gratificações – pagamento extra feito ao empregado como forma de agradecimento pelo trabalho 
prestado. 
Horas extras – pagamento pela atividade laboral exercida além da jornada diária. 
Quebra de caixa - verba destinada a cobrir os riscos assumidos pelo empregado que lida com 
manuseio constante de numerário. 
Salário Família – é um benefício pago pela Previdência Social brasileira, para auxiliar os trabalhadores 
na criação dos filhos menores de 14 anos 
Adicional de Função - O profissional que atua concomitante em mais de uma função na mesma 
atividade tem direito a um valor suplementar mínimo de 40% devido a função acumulada. 
Adicional de insalubridade – é o acréscimo salarial de 20% devido ao empregado que trabalho em 
condições potencialmente nocivas. 
Adicional de Periculosidade – tem direito a 30% de acréscimo, o empregado que desempenhar 
atividades perigosas. 
Adicional de Transferência – corresponde ao aumento percentual no salário do funcionário que 
precisou ser transferido provisoriamente de local de trabalho a pedido do empregador. 
Adicional Noturno – salário acrescido em 20% para jornada de trabalho entre as 22h e 5h. 
Adicional por Tempo de Serviço – remuneração extra, variável de acordo com o período que o 
empregado trabalha na empresa, de acordo com o “tempo de casa”. 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
9 
Já as verbas indenizatórias são para o trabalho, tem a finalidade de certa forma em 
ressarcir o empregado em razão de situações específicas. Abaixo, alguns exemplos mais comuns: 
 Danos morais 
 Ajuda de custo 
 Bonificações habituais 
 Prêmios habituais 
 Gorjetas 
 Abonos 
 Ajuda alimentação 
 Diárias para viagens que excedam 50% do salário 
 Participação nos lucros habitual 
 Abono de férias (sem exceder 20 dias de salário) 
 Aviso prévio 
 Seguro-desemprego 
 Bolsa estagiário 
As verbas com caráter indenizatório não fazem parte da base de cálculo de obrigações 
previdenciários e fiscais. 
JORNADA DE TRABALHO 
Informações sobre a assiduidade devem estar registradas na folha de ponto, documento onde 
é registrada a frequência do empregado, faltas, folgas e horas extras. Estão desobrigados da marcação 
do ponto aqueles que ocupam cargos de confiança, bem como os que trabalham em serviços 
essencialmente externos e que não estão sujeitos a horários. O Art. 62 da CLT determina a referida 
exclusão, exigindo que a condição da execução de cargo de confiança ou do trabalho externo seja 
explicitamente anotada na CTPS e na Ficha ou Livro de registro de Empregados. 
A jornada de trabalho é estipulada no contrato de trabalho, assim como o salário, é uma 
exigência legal que a duração do trabalho seja escrita de forma clara. A jornada padrão legal é de 44 
horas semanais ou 220 horas mensais (com base em 5 semanas). Porém, é importante que sejam 
verificadas as condições estabelecidas na Convenção Coletiva dos funcionários, pois algumas 
categorias cumprem jornada diferenciada por terem regulamentação própria. 
https://www.youtube.com/watch?v=i6yX1Oe7Aec 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
10 
 
Controle da Jornada – para empresas com mais de 10 funcionários, é obrigatório o registro de ponto, 
anotação do horário de entrada, pausa para refeições e saída do trabalho. O registro pode ser manual, 
mecânico ou eletrônico conforme instruções emitidas pelo Ministério do Trabalho. 
Intervalos – os intervalos intrajornadas, corresponde ao período destinado ao repouso e alimentação, 
ele não deve sercomputado na jornada de trabalho. Para jornadas superiores a 6 horas diárias, o 
intervalo mínimo garantido por lei é de uma hor e para jornada inferior a 6 horas o intervalo tem 15 
minutos. O descumprimento do descanso gera hora extra com adicional de 50% sob o valor da 
remuneração da hora normal de trabalho. 
Horas extras - A duração normal de trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares (horas 
extras), em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, 
ou mediante convenção coletiva de trabalho. Ar. 59 da CLT. O pagamento pela atividade laboral 
exercida além da jornada diária, deve ser pago com adicional de pelo menos 50% ou compensados 
através de banco de horas. 
Turnos ininterruptos - Essa modalidade de jornada é seguida em ramos de atividades que exigem 
operação ininterrupta, como por exemplo hospitais, refinarias e algumas indústrias. Nela, os 
empregados trabalham em constante revezamento, assim, têm a cada período um horário diferente. 
Na maioria das vezes, este tipo de jornada abrange períodos diurno e noturno ou, devido à escala de 
serviço, pode ser cumprida alternadamente no período matutino, vespertino e noturno. 
Excepcionalmente, para esses casos é aceita a jornada de 12 horas de trabalho seguidos de 36 horas 
de descanso. 
Trabalho externo – Ocorre quando a prestação de serviço não é necessariamente interna, não exige 
a presença do empregado na empresa e as atividades são incompatíveis com a fixação de horários, 
exemplo, vendedores externos, motoristas de caminhão e gerentes regionais. 
Teletrabalho - Uma inovação trazida pela Reforma Trabalhista foi a regulamentação do teletrabalho. 
essa modalidade é definida como “a prestação de serviço preponderantemente fora das dependências 
Horas Diárias Cálculo 1 Horas Semanais Cálculo 2 Horas Mensais
2 *=2x5 10 *=10x5 50
6 *=6x5 30 *=30x5 150
8 *=8x5 40 *=40x5 200
8 *=8x5 *=40+4 *=44x5 220
7,333333 *=7,333333x6 44 *=44x5 220
O valor de 7,33333 representa 7 horas e 20 mintuos
Quantos dias úteis tem 01 semana: 5 dias
Quantas semanas tem 01 mês: 5 semanas
Semana considerando o sábado ou 6x1
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
11 
do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua 
natureza, não se constituam como trabalho externo”. 
Jornada Variável: é aquela no qual o trabalhador não possui uma jornada 
de trabalho fixa, ou seja, pode fazer 8 horas em um dia, 4 no outro e voltar 
a fazer 8 horas, de acordo com a necessidade da empresa. 
Jornada homogênea: neste caso, o profissional cumpre uma jornada de 
trabalho fixa, cumprindo diariamente a mesma quantidade de horas. 
 
ENCARGOS SOCIAIS 
São custos e impostos existentes e que são incididos sobre as verbas salariais e possuem 
origens na CLT, na Constituição de 1988, em leis específicas e em acordos coletivos. O objetivo é a 
reversão em benefícios indiretos e ao longo prazo para os colaboradores. Por sua vez, estes valores 
são pagos ao Estado e só futuramente serão revertidos aos trabalhadores como algum benefício. Em 
suma são custos obrigatórios que a empresa ou empregador precisam pagar para manter os contratos 
de trabalho. 
Os principais encargos sociais são: 
1. INSS – Instituto Nacional do Seguro Social 
2. FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
3. PIS – Programa de Integração Social / PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público 
4. Salário Educação 
5. Sistema S 
Sobre a definição de cada um dos encargos acima: 
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social 
 É conhecido como previdência social obrigatória, trata-se de uma autarquia que recebe valores 
que irão posteriormente custear a aposentadoria, assim à primeira instância pensasse no INSS como 
a instituição que irá possibilitar a remuneração dos aposentados brasileiros, porém esta mesma 
organização também cobre o trabalhador em caso de acidentes, doenças, invalidez, morte, 
maternidade e desemprego. 
https://www.youtube.com/watch?v=iKnu_F8RUBk 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
12 
 De forma geral a alíquota de recolhimento do INSS é de 20% sobre a folha de pagamento de 
todos os trabalhadores da empresa. Este percentual é composto por parte que é paga pelo 
empregado* (é descontado em folha de pagamento) e o restante pago pelo empregador. 
*OBS: no capítulo de desconto será estudado o formato de cálculo do INSS do trabalhador. 
Exemplo geral: 
 
 
 
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 
 Trata-se de uma poupança obrigatória realizada em nome do trabalhador, que poderá ser 
utilizada em caso de ser desligado sem justa causa, ou quando se aposentar, ou mediante solicitação 
de saque aniversário, ou para aquisição de casa própria. 
A empresa fica condicionado a depositar na conta vinculada ao CPF de cada trabalhador o 
correspondente a 8% sobre a folha de pagamento todos os meses. Este valor é integralmente pago 
pela empresa. 
 Outra alíquota possível de pagamento da empresa é em caso de demissão SEM justa causa, 
onde será necessário o empregador pagar 40% sobre o valor correspondente acumulado na conta 
vinculada ao CPF do trabalhador e a empresa. 
Exemplo geral FGTS Mensal: 
 
 
Exemplo geral FGTS Rescisão: 
 
 
 
Salário 
R$ 2.000,00 
INSS Empregado 
9% 
R$ 180,00 
INSS Empresa 
11% 
R$ 220,00 
Salário 
R$ 2.000,00 
FGTS/Mensal 
8% 
R$ 160,00 
Saldo Conta Vinculada 
CPF/Empresa 
R$ 10.000,00 
FGTS Rescisão 
40% 
R$ 4.000,00 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
13 
PIS – Programa de Integração Social / PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público 
 O PIS/PASEP se fundiram em 1975 e é um fundo pago pelo empregador periodicamente todos 
os meses para custear a integração do empregado do setor privado com o desenvolvimento do 
colaborador e empresa, são custeados nesta estrutura o Programa do Seguro/Desemprego, o Abono 
Salarial e programas de desenvolvimento do BNDS – Banco Econômico do Desenvolvimento 
Econômico e Social. 
 A contribuição de 1% sobre a folha de pagamento é o valor devido de recolhimento por parte da 
empresa. 
Salário Educação 
 São valores repassados do total acumulado da Previdência (INSS) para fomento da educação 
básica ou popularmente conhecido como ensino público fundamental. Sua alíquota sobre a folha de 
pagamento é de 2,5%. 
OBS: não se trata de uma guia adicional, o valor é retido da própria Guia de Previdência Social, 
pagamento realizado ao INSS. 
Contribuições do Sistema “S” 
 São destinados para instituições que financiam a educação profissionalizante em diversa área. 
Também são valores calculados com base no valor da Previdência (INSS), e o valores a serem 
recolhidos são diferentes para cada instituição e consequentemente são respectivos a cada tipo de 
contribuinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=oVkqOjIeQss 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
14 
 
OBS: não se trata de uma guia adicional, o valor é retido da própria Guia de Previdência Social, 
pagamento realizado ao INSS. 
DESAFIO 
Faça um glossário com os termos aprendidos até o momento. A ideia é que cada termo ou conceito 
tenha no máximo 03 linhas de definição. 
 
 
 
 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
15 
TEMA 2 – CÁLCULO DE FOLHA I – Salário, Adicionais, Horas Extras e Comissões 
 
 
 
 
 
 
 
 
A folha de pagamento reúne informações do empregado e da empresa, é um documento emitido 
mensalmente e detalha todos os valores que compõem a remuneração que o funcionário receberá, 
impostos e descontos. É um dos itens mais importantes emitido pelo departamento de Recursos 
Humanos (RH). Itens que devem constar na folha de pagamento: 
 Salário do colaborador (valor fixo, determinado em contrato); 
 Adicionais (noturno, insalubridade,periculosidade); 
 Comissão e bonificações; 
 Horas extras; 
 Salário família; 
 Vale refeição; 
 Vale transporte; 
 Faltas e atrasos registrados no controle de ponto; 
 Contribuição Sindical; 
 Contribuição com o FGTS; 
https://www.youtube.com/watch?v=EItLf6Ls68w 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
16 
 Imposto de Renda (IR). 
Ao final da elaboração da folha de pagamento é emitido o holerite, que é outro documento onde 
constam as informações salariais e de descontos feitos em folha para o funcionário, serve como 
comprovação de que o colaborador recebeu o salário devidamente. Deve ser emitido em 2 vias, 
assinado pelo colaborador e preenchido o campo com a data do recebimento, uma via é entregue ao 
empregado e outra fica com o empregador. 
SALÁRIO 
Para calcular o salário do colaborador, é preciso atenção. É preciso saber quantos dias o 
empregado trabalhou, descontar as faltas e atrasos, somar horas extras, descontar as contribuições 
obrigatórias, entre outros fatores que podem influenciar no cálculo. 
O primeiro passo para calcular o salário é saber o valor bruto do salário do colaborador, este 
valor é estabelecido no ato da contratação, consta no contrato de trabalho e na Carteira de Trabalho 
e Previdência Social (CTPS). Posteriormente é necessário identificar os descontos obrigatórios e as 
possíveis variações de salário, como por exemplo, férias, 13º salário, horas com adicional noturno, 
entre outras. Também, é preciso levantar os benefícios que serão pagos ao empregado dentro daquele 
período de fechamento. 
 
 
 
 
Salário bruto/salário base: é a remuneração combinada em contrato com o colaborador, para ser 
paga mensalmente, sem considerar todos os descontos obrigatórios, como o INSS (Instituto Nacional 
do Seguro Social) e o Imposto de Renda (IR), entre outros descontos não obrigatórios como faltas e 
atrasos. 
Já o salário líquido: diz respeito à soma dos vencimentos do trabalhador menos todos os descontos 
de salário obrigatórios ou não. 
O salário mínimo corresponde à importância mínima que deve ser paga pelo empregador ao 
empregado, no exercício de um contrato de trabalho, pela jornada normal, e que, segundo os preços 
do mercado, seja tida como suficiente para a subsistência do trabalhador. A tabela abaixo mostra os 
valores nominais do salário mínimo nos últimos 3 (três) anos: 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
17 
 
VIGÊNCIA VALOR MENSAL VALOR DIÁRIO VALOR HORA NORMA LEGAL 
01/01/2022 R$ 1.212,00 R$ 40,40 R$ 5,51 Lei 14.358/2022 
01/01/2021 R$ 1.100,00 R$ 36,67 R$ 5,00 Lei 14.158/2021 
01/02/2020 R$ 1.045,00 R$ 34,83 R$ 4,75 Lei 14.013/2020 
 
Salário mensal: O modelo mais tradicional de contratação no mercado de trabalho brasileiro é 
o mensalista. Nele, o trabalhador recebe sua remuneração a cada mês e cumpre jornada de trabalho 
limitada a 44 horas por semana, conforme prevê a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Cálculo salário mensal 
Para calcular o salário líquido mensal, é necessário levantar os principais itens que farão parte deste 
cálculo seguindo a seguinte ordem: 
 identifique qual o salário bruto do funcionário; 
 identifique quantas horas semanais ele trabalha; 
 calcule o desconto do INSS; 
 subtraia o IRRF do valor obtido na operação anterior; 
 calcule os descontos referentes a atrasos e faltas não justificadas, se houverem; 
 calcule os descontos de vale-transporte, caso utilize; 
 calcule as horas extras e some ao valor anterior; 
 calcule o DSR (descanso semanal remunerado) sobre hora extra e some ao valor anterior; 
 o resultado representa o salário líquido mensal. 
Vale frisar que existem outros adicionais que podem ser acrescentados na conta de um salário 
mensal, como por exemplo o adicional noturno. 
Cálculo do Salário Proporcional 
Em casos de admissão, demissão, início de período de afastamento ou retorno de período de 
afastamento, onde o funcionário tem uma jornada de trabalho reduzida, o cálculo do salário é realizado 
levando em consideração a proporcionalidade do salário em relação a quantidade de dias que o 
colaborador trabalhou. 
(salário bruto / 30) x dias trabalhados = Saldo salário proporcional 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
18 
Calculando: 
Salário Bruto (mensal) – R$ 1.500,00 
Dias trabalhados no mês – 20 
Salário Proporciona: (1500,00/30) x 20 = 1.000,00 
Neste exemplo, o saldo salarial proporcional é R$ 1.000,00 (mil reais) 
 
Horista 
O trabalhador horista é aquele que possui um contrato de trabalho a ser remunerado por hora 
trabalhada, ou seja, seu salário é calculado de acordo com a quantidade de horas que ele trabalha 
dentro de um mês. Apesar de receber por hora, o pagamento não é realizado diariamente e sim 
mensalmente. 
É importante lembrar que o horista também tem limite diário e semanal de horas. Assim como 
os demais trabalhadores, essa modalidade não pode ultrapassar a jornada de 8 horas de trabalho 
diárias, 44 horas semanais e 220 mensais, exceto nos casos permitidos por lei. 
Cálculo do Salário Horista 
O primeiro passo para se calcular o salário do horista é saber o valor do descanso semanal 
remunerado (DSR), que veremos próximo tema como calcular. quando o modelo de trabalho é de 
horista, terá uma variação das horas cumpridas a cada mês, mesmo naqueles que possuem jornada 
homogênea. De acordo com a leio valor da hora trabalhada não pode ser inferior ao salário mínimo 
vigente. Atualmente, esse valor é de R$ 1.212, desta forma, a hora paga ao trabalhador deve ser pelo 
menos R$ 5,51. 
Exemplo: 
Calcule o número de horas normais trabalhadas. 
Exemplo: A funcionária trabalhou corretamente as 36 horas semanais, totalizando 180 horas. 
Divida o resultado pelos dias úteis do mês: 180/25 = 7,2h. 
Multiplique pelo número de domingos e feriados: 7,2 x 5 = 36h. 
Multiplique o resultado pelo valor da hora: R$5 x 36 = R$180. 
Calcule o valor das horas normais, multiplicando as horas pelo valor: 180 X R$5 = R$900. 
Some as horas normais e o DSR: R$900 + R$180 = R$1.080. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
19 
O valor a ser pago naquele mês para a funcionária é R$ 1.080,00 (um mil e oitenta reais), sendo que, 
o empregador ainda precisa ficar atento ainda às horas extras. 
 
ADICIONAIS 
Os adicionais são valores somados ao salário dos colaboradores em razão de um fato novo ou fato 
extra mais gravoso as condições de trabalho que o empregado se encontra. Os adicionais de 
remuneração dividem-se em legais e convencionais. Os adicionais legais são aqueles que possuem 
previsão legal, como por exemplo: 
 Adicional Noturno; 
 Adicional de insalubridade; 
 Adicional de periculosidade; 
 Horas-extras 
Os denominados adicionais convencionais estão previstos em normas coletivas e são propostos a 
empregados integrantes da categoria profissional concernente. 
 
ADICIONAL NOTURNO 
A hora de trabalho noturna é reduzida, cada hora noturna corresponde a 52 minutos e 30 
segundos. A Constituição Federal em seu art. 7º, IX e da CLT no art. 73 expõe o adicional noturno de 
20% sobre o salário-base para empregados urbanos que estendem seu trabalho no período noturno 
das 22 horas às 5 horas. 
Há uma exceção para trabalhadores rurais prevista no art. 7º da Lei 5.889/73 - adicional noturno 
(60 minutos) de 25% sobre o salário-base, sendo considerado horário noturno das 20 horas às 4 horas 
para aqueles que trabalham na pecuária e das 21 horas às 5 horas para aqueles que executam o labor 
na pecuária, sem a resolução da hora (60 minutos). 
• Hora normal: 60 minutos 
• Hora noturna: 52,5 minutos (7,5 a menos) 
• Os 7,5 minutos representam 14,28571% sobre a hora noturna (1,1428). 
• 7,5/52,5 = 0,1428571 = 14,28571%CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
20 
Reforçando que além dos minutos ainda será adicionado sobre o valor financeiro da hora 20% (ou 
o que constar em acordo coletivo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equivalência de Hora Normal para Noturna 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de cálculo hora noturna: 
1 - Período de Trabalho: 22:00 às 03:00 da manhã seguinte. 
https://www.youtube.com/watch?v=dgZ1Tju2T2
Q 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
21 
Salário R$ 1.560,00 (220h) – Adicional 25% 
Horas Normais: 5 horas 
Horas Noturnas: 5 (horas) X 60 (minutos) = 300 minutos 
300/52,5 = 5,71 horas 
Adicional Noturno: 1560/220 = R$ 7,09 (valor da hora normal) 
7,09 * 0,25 = R$ 1,77 (valor da hora noturna/25%) 
1,77*5,71 = R$ 10,11 
 
2 - Período de Trabalho: 22:00 às 03:39 da manhã seguinte. 
Salário R$ 1.560,00 (220h) – Adicional 25% 
Horas Normais: 5:39 horas 
Horas Noturnas: 5 x 60 = 300 + 39 = 339 minutos 
339/52,5 = 6,46 horas 
Adicional Noturno: 1560/220 = R$ 7,09 (valor da hora normal) 
7,09 * 0,25 = R$ 1,77 (valor da hora noturna/25%) 
1,77*6,46 = R$ 11,43 
 
1 - Período de Trabalho: 22:00 às 03:00 da manhã seguinte. 
Salário R$ 1.560,00 (220h) – Adicional 25% 
Horas Normais: 5 horas 
Horas Noturnas: 5 (horas) X 1,1429 = 5,71 horas 
Adicional Noturno: 
1560/220 = R$ 7,09 (valor da hora normal) 
7,09 * 0,25 = R$ 1,77 (valor da hora noturna/25%) 
1,77*5,71 = R$ 10,11 
 
Dividindo por 
52,5 minutos 
Multiplicando por 
1,1429 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
22 
2 - Período de Trabalho: 22:00 às 03:39 da manhã seguinte. 
Salário R$ 1.560,00 (220h) – Adicional 25% 
Horas Normais: 5:39 horas 
Horas Noturnas: 5 x 60 = 300 + 39 = 339 minutos 
339 x 1,1429 = 387,44 minutos / 60 = 6,46 horas 
39/60 = 0,65 minutos + 5 = 5,65 x 1,1429 = 6,46 horas 
Adicional Noturno: 1560/220 = R$ 7,09 (valor da hora normal) 
7,09 * 0,25 = R$ 1,77 (valor da hora noturna/25%) 
1,77*6,46 = R$ 11,43 
 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE 
O adicional de insalubridade é um direito garantido por lei que deve ser pago aos colaboradores 
expostos a situações insalubres de trabalho, como por exemplo, contato com substâncias tóxicas, 
agentes químicos, físicos e/ou biológicos que possam prejudicar ou causar danos à saúde do 
trabalhador. É extremamente importante que o empregador entenda como ele funciona e para 
remunerar de forma correta seus funcionários. 
Fonte: jusbrasil.com.br 
O adicional de insalubridade não incorpora à remuneração do empregado, porquanto se trata 
de salário-condição, à luz da norma inserta no artigo 192 da CLT, somente sendo devido enquanto o 
trabalho for executado em condições insalubres. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
23 
Em resumo, os três graus de insalubridade são: 
 Grau mínimo: adicional de 10%; 
 Grau médio: adicional de 20%; 
 Grau máximo: adicional de 40%. 
De acordo com o artigo 190 da CLT, o antigo Ministério do Trabalho, é o órgão responsável por fazer 
essa fiscalização e estabelecer limites de tolerância para as atividades consideradas insalubres. 
Exemplo cálculo: 
Salário mínimo: de R$1.212,00 (atualizado em 2022) 
Grau de insalubridade: Maior grau 40% 
Adicional de insalubridade: 1.212,00 x 0,4= R$ 484,80 ao mês. 
Atenção 
Para cálculo de hora extras deve-se calcular primeiro o valor da hora insalubre para depois 
colocar o percentual da hora extra. 
 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
Fonte: jusbrasil.com.br 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
24 
A insalubridade é um risco progressivo, que o trabalhador exerce sua atividade em constante 
exposição a um agente nocivo. Já a periculosidade é o risco e o perigo que o trabalhador enfrenta 
em suas atividades, como os seguranças que enfrentam risco de integridade física 
No caso de insalubridade o adicional é dado de acordo com os níveis mínimo, médio e máximo. 
Para o adicional de periculosidade não existem níveis, existe uma única porcentagem somada ao 
salário. 
Atenção 
No cálculo de hora extras deve-se calcular primeiro o valor da hora de periculosidade para depois 
colocar o percentual da hora extra. 
Calculando: 
Identifique o valor do salário base, exemplo salário base: R$ 2.150. 
Multiplique por 30% para encontrar o valor da porcentagem. Valor do adicional (30%): 2.150 x 30% = 
R$ 645,00. 
Some o valor do salário com os 30% Salário atualizado: R$ 2.795. 
 
HORAS EXTRAS 
A CLT define a jornada normal do trabalhador contendo 44 horas semanais ou 220 mensais. 
Cada período trabalhado além disso é considerado extraordinário, por isso é importante saber como 
fazer o cálculo de horas extras, pois caso elas não forem pagas corretamente, o empregado poderá 
entrar com uma reclamatória trabalhista solicitando o valor das horas referente aos últimos cinco anos, 
com juros e correção monetária. 
A hora extra deve valer pelo menos 50% a mais do que a hora em regime comum de trabalho 
(artigo 7º, XVI da CF). O salário do empregado é dividido pelo número de horas mensais e multiplicado 
por 1,5. Aos domingos e feriados, o adicional de horas extras é de 100%. Importante ressaltar que 
Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho pode estipular o adicional de horas extras maior, de 70%, 
100% e até 120%, é sempre necessário verificar a norma coletiva. 
Para fazer o cálculo de horas extras é preciso saber quanto o trabalhador ganha por hora. Para isso, 
basta dividir o salário por 220 (que é o número de horas trabalhadas em um mês). 
Exemplo: 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
25 
Um trabalhador que tem um salário de R$ 1.500 recebe R$ 6,81 por hora trabalhada. 
1500,00 / 220 = R$ 6,81 
Vamos considerar a hora extra de 50%, então basta multiplicar a hora por 1,5. 
6,81 x 1,5 = R$ 10,22 
Agora é só somar toda hora extra ordinária durante o mês para chegar ao montante devido do 
adicional. 
Por exemplo, se ele fez 30 horas extras em um mês, o seu salário total será de R$ 1.806,60. O período 
extraordinário, nesse caso, garantiu ao trabalhador R$ 306,60. 
A CLT, obedecendo aos limites constitucionais, prevê que o empregado só poderá fazer, no máximo, 2 
(duas) horas extras diárias. 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=6l_OXG7xvWU 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
26 
Banco de Horas 
O banco de horas é uma forma de compensação de jornada. Neste caso, os empregados não 
recebem o adicional de hora extra, mas ele fica com “saldo” de horas parar serem abatidos na jornada 
de trabalho de outro dia. 
Em uma situação em que o empregado ficou 15 horas a mais no serviço no período de um 
mês. formando um banco de horas, ele poderá folgar essas 15 horas durante a jornada no próximo 
mês, por exemplo. Após a reforma trabalhista, o banco de horas não necessita mais estar estabelecido 
em Convenção Coletiva, pode ser formalizado com um simples acordo escrito entre o empregador e o 
empregado. Sendo que, por regra essas horas do banco devem ser compensadas em, no máximo, 6 
meses. 
Jornada 12 x 36 
Esta jornada de trabalho era utilizada antes da reforma trabalhista, mas precisava ser prevista 
em acordo coletivo de trabalho, ela consiste em 12 horas ininterruptas de trabalho com 36 horas de 
descanso para o trabalhador. 
O artigo 59-A da CLT, dizendo que a adoção desse tipo de jornada é válida, mesmo quando 
feita somente por um acordo escrito entre empregado e empregador. De tal modo, quando é adotada 
essa jornada, não há o pagamento de horas extras se ela for integralmente cumprida como manda a 
lei. Mas é necessário ter a concordância escrita do empregado. 
Quando o regime for de 12×36 horas o cálculo de horas extras será diferente. Exemplo: 
Para fazer o cálculo de horas extras é preciso realizar a divisão para saber quanto o trabalhador ganha 
porhora. 
Basta dividir o salário por 180 (que é o número de horas trabalhadas em um mês padrão 30 dias em 
regime 12×36). 
1.500,00 / 180 = R$ 8,33 
Dessa forma, um trabalhador que tem um salário de R$ 1.500, que foi nosso exemplo, recebe R$ 8,33 
por hora trabalhada. Como o adicional de hora extra, aqui também, é de 50%, basta multiplicar a hora 
por 1,5. 
8,33 x 1,5 = R$ 12,50 
Neste exemplo o valor da hora extra será de R$ 12,50. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
27 
Agora é só somar toda hora extra ordinária durante o mês para chegar ao montante devido do 
adicional. 
Exemplificando: se ele fez 30 horas extras em um mês, o seu salário total será de R$ 1.875,00 no 
regime 12 x 36, enquanto no outro regime será de R$ 1.806,60. A hora extra, em regime 12 x 36, 
garantiu ao trabalhador R$ 375,00. 
 
COMISSÕES 
A comissão é um benefício monetário relacionado às porcentagens das vendas realizadas em 
um período de tempo pré-determinado. Segundo a CLT, os pagamentos de comissões integram 
o salário, ou seja, os valores pagos sob essa titulação devem refletir em todos os benefícios 
trabalhistas do empregado, tais como férias, 13º, INSS, FGTS, assim como o pagamento da parcela 
salarial. As comissões podem ser pagas de duas formas: 
1 – A comissão poderá ser inclusa como parte fixa da remuneração do empregado; 
2 – A remuneração é variável de acordo com o valor alcançado de vendas, por exemplo, porem nestes 
casos o empregado tem direito a receber pelo menos o valor correspondente a um salário mínimo 
vigente, mesmo que a remuneração apurada no período não tenha alcançado tal valor, conforme 
previsto no artigo 7º VII da Constituição Federal de 1988: "VII - garantia de salário, nunca inferior ao 
mínimo, para os que percebem remuneração variável." 
Fonte: https://www.jusbrasil.com.br 
O quadro abaixo, faz uma analogia da alocação do trabalho com as metodologias de 
investimentos em renda fixa e variável. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
28 
 
Tipos de comissão: 
 Recorrente: Ocorre quando o vendedor vai receber sua comissão de forma recorrente. Nessa 
modalidade a comissão pode ser fixa no período de vigor do contrato do cliente ou ser 
proporcional de forma crescente ou decrescente até o final do contrato. 
 
 Por equipe: É aquela aplicada a toda equipe um percentual, se o grupo todo atinge a meta 
estabelecida dentro do período pré-determinado, ganhará a comissão de forma igualitária. 
Ou seja, a equipe recebe proporcionalmente a meta atingida. Exemplo: 
 
Meta de vendas R$ 10.000,00 – comissão de 10% - 4 membros na equipe 
10.000,00 x 0,10 = 1.000,00 
1.000,00 / 4 = 250,00 
Cada membro da equipe receberá R$ 250,00 de comissão. 
 
 Escalonado: Esse tipo de comissão é a individual onde dependerá de cada vendedor, ou seja, 
quanto mais ele vender, maior será sua comissão. Exemplo: 
 
Meta de vendas R$ 10.000,00 – comissão de 10% 
10.000,00 x 0,10 = 1.000,00 
 
Se a meta for atingida o vendedor receberá R$ 1.000,00 de comissão. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
29 
Se o vendedor atingir mais que 80% da meta e menos que 89%, recebe até 75% da comissão. 
Se o vendedor atingir mais que 89% da meta e menos que 99%, recebe até 85% da comissão. 
 
Considerando que o vendedor atingiu 85% da meta: 
1.000,00 x 0,75 = 750,00 
O vendedor receberá R$ 750,00 de comissão. 
 
 Fixa: Para pagamento desse tipo de comissão o empregador estabelecerá um valor fixo por 
mês por valor vendido, por exemplo, se todo mês o funcionário vender R$ 120.000,00 (cento e 
vinte mil reais) ele receberá a quantia de 1% (um por cento) do valor vendido, neste caso, R$ 
1.200,00 (um mil e duzentos reais). Esta modalidade traz mais segurança ao empregado, por 
ser um valor fixo mensal. 
 
DESAFIO 
 Faça um cálculo de hora extra do seguinte exemplo: Salário R$ 3.750,00; Horas Extras 
(65%): 24,5 horas; Horas Extras (100%): 07 horas; Jornada de Trabalho: 200 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
30 
TEMA 3 – CÁLCULO DE FOLHA II – DSR, Férias e 13º Salário 
 As verbas ainda não param por aqui, neste capítulo será verificado o DSR que é o Descanso 
Semanal Remunerado que será adquirido quando o funcionário efetuar Horas Extras, Férias que será 
tirada no período concessivo após o período de aquisitivo e o décimo terceiro (13º) salário que é uma 
Gratificação Natalina que ocorre no final do ano, mas que pode ser parcelado em dois momentos. 
 Segue os apontamentos e características de casa item abaixo: 
DSR – Descanso Semanal Remunerado 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Vk7g3Mvz6Ec 
 A Lei Nº 605 de 1949 em seu art. 1º diz que todo empregado tem direito ao descanso semanal 
remunerado do período de 24 horas ininterruptas, e que esta seja preferencialmente aos domingos, 
nos feriados civis e religiosos conforme as tradições locais. Assim, para cada 06 dias de trabalho tem-
se 01 dia de descanso. 
 Quando não possível que a empresa permita que o descanso seja aso domingos 
consecutivamente, a empresa passa a ser obrigada a conceder ao menos 01 domingo no mês para o 
colaborador. 
 O DSR poderá ser perdido em caso de falta ou atrasos, conforme será visto nos capítulos 
seguintes. Logo é pertinente que o funcionário esteja atento quanto suas horas de trabalho evitando 
qualquer transtorno e descontos em folha de pagamento por faltas injustificáveis. 
 No salário já consta embutido o “pagamento” do DSR, só será necessário remunerar o 
colaborador caso este não efetue o descanso obrigatório semanal, porém o que pode acontecer é o 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
31 
funcionário receber o DSR proporcional sobre horas extras, que também será uma verba em casos de 
horas complementares realizadas, Horas Extras às suas horas de jornada de trabalho. Isto indica que 
caso o funcionário faça horas extras ele deverá receber o DSR relativo a aquelas horas. O cálculo é 
baseado da seguinte maneira: 
 Soma-se o valor total das horas extras pagas no mês divido pelo número de dias úteis do mês 
– costuma-se ser 26 dias (o sábado é considerado). 
 Pegue o resultado vezes o número de repousos semanais remunerados no mês – costuma-se 
ser 04 dias. 
 Observe apenas se no período de cálculo possui algum feriado, se tiver 01 feriado ficaria 25 
dias uteis e 5 dias de repouso. 
Veja na prática: 
Exemplo1: 
Salário: R$ 1.800,00 Jornada de Trabalho: 220 horas 
Horas Extras (60%): 12,5 horas Dias de Descanso: 4 dias 
Horas Extras (100%): 8 horas Dias de Úteis (c/sábados): 26 dias 
 
Exemplo 2: 
Salário: R$ 4.000,00 Jornada de Trabalho: 220 horas 
Horas Extras (50%): 10 horas Dias de Descanso: 4 dias 
Dias de Úteis (c/sábados): 26 dias 
Calcular o valor da HE e o DSR da HE. 
1. Descobrir o salário-hora: R$ 4.000,00 ÷ 220 horas = R$ 18,18/hora. 
2. Valor da hora extra (50%): R$ 18,18 × 1,5 = R$ 27,27. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
32 
3. Multiplicar o valor da hora extra com a quantidade de horas extras trabalhadas: R$ 27,27 × 10 
horas = R$ 272,70. 
4. Calcular o DSR das HE: R$ 272,70 × 4 DSR ÷ 26 dias úteis = R$ 41,95. 
 
Férias 
 
https://www.youtube.com/watch?v=s1uZY21-cF0 
 O espírito das férias é a realização do descanso, obrigatoriamente, reservar um período em 
que de fato o colaborador não trabalhe. Assim é uma prática ilegal e é indesejável tanto para o 
trabalhador quanto para o empregador, pois gera riscos trabalhistas e deixa a relação 
padrão/empregado vulnerável: 
 Pode gerar processo trabalhista, e caso a presença do funcionário na empresa fica fácil a 
comprovação; 
 Caso ocorra algum acidente no trabalho perante o período de férias irá descaracterizar todo o 
benefício; 
Sobre os períodos quecontemplam as férias, veja o esquema a seguir: 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
33 
 
Abono Pecuniário de Férias 
Será possível o funcionário efetuar a venda de parte de suas férias, porém apenas o que está 
ressalvado em lei, uma certa parte ainda será obrigatório ao descanso. É possível o funcionário receber 
de Abono Pecuniário, venda das férias, até 15 dias dos 30 dias que são reservados ao gozo de férias. 
Aviso de Férias 
 É preciso que o comunicado de férias para o colaborador seja realizado com o prazo de 30 dias 
de antecedência do primeiro dia de férias, dando-lhe possibilidade de efetuar sua programação para o 
período de gozo. O aviso trata-se de um documento onde o colaborador toma ciência, assinatura, do 
seu período de férias. 
 
1ª Parcela do 13º Salário 
 O funcionário poderá solicitar o recebimento da primeira parcela junto com férias. Será preciso 
que está solicitação seja feita de forma escrita e formalizada. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
34 
 Esta primeira parcela não possui incidência de IR, INSS (para a empresa somente do FGTS), 
funciona se forma convencional, porém será pago junto com as férias do colaborador. 
Integração de Horas Extras e Adicionais Noturno nas Férias 
 A média realizada de horas noturnas e de horas extras são incorporadas para pagamento de 
férias, assim é preciso saber quantas horas foram realizadas ao longo do período aquisitivo e dividir 
por 12 para se chegar na média. 
 Veja na prática: 
Período Aquisitivo Horas Extras (50%) Adicional Noturno 
jan/21 20 5 
fev/21 0 0 
mar/21 0 0 
abr/21 3 0 
mai/21 5 0 
jun/21 0 2 
jul/21 0 3 
ago/21 50 10 
set/21 10 2 
out/21 5 4 
nov/21 2 0 
dez/21 25 10 
Total 120 36 
 
Média 10 3 
Média = Total dividido por 12 
 
Integração de Comissões nas Férias 
 A média realizada de comissões são incorporadas para pagamento de férias, assim é preciso 
saber quanto foi pago ao longo do período aquisitivo e dividir por 12 para se chegar na média. 
 Veja na prática: 
Período Aquisitivo Comissões 
jan/21 R$ 1.500,00 
fev/21 R$ 900,00 
mar/21 R$ 800,00 
abr/21 R$ 2.200,00 
mai/21 R$ 1.900,00 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
35 
jun/21 R$ 900,00 
jul/21 R$ 900,00 
ago/21 R$ 1.500,00 
set/21 R$ 1.500,00 
out/21 R$ 2.500,00 
nov/21 R$ 2.700,00 
dez/21 R$ 2.900,00 
Total R$ 20.200,00 
 
Média R$ 1.683,33 
Média = Total dividido por 12 
 
Pagamento das Férias 
 As férias são pagas de forma antecipada ao período de gozo sua composição fica conforme os 
itens a segui: 
 Adiantamento do salário dos dias de férias 
 Abono pecuniário, se houver 
 Um terço da remuneração de férias – sobre o valor do salário, as médias dos adicionais, dos 
trabalhos extraordinários, e das comissões e sobre o valor do abono pecuniário 
 Médias e integração das horas extras e adicionais noturnos realizados no período aquisitivo 
(12 meses) 
 Médias e integração das comissões ou porcentagens pagas, realizadas no período aquisitivo 
 Pagamento da primeira parcela do 13º salário, se for solicitado 
Veja na prática: 
 
 Entre o Exemplo 1 e o Exemplo 2 a diferença financeira aparecerá para o colaborador nos 
Descontos de INSS e IR cujo não são incididos no Abono Pecuniário. Outra questão é que quando 
o colaborador voltar de férias ele ainda receberá 10 dias trabalhados. Já o terceiro exemplo mostra 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
36 
o impacto geral nas verbas médias de comissão e extras impactando diretamente no pagamento 
das férias. 
13º Salário 
 
https://youtu.be/h6oUe9pR7Xk 
 Trata-se de uma Gratificação de Natalina, assim é de se esperar que uma parte deste valor 
pago seja realizado em dezembro. Refere-se a um salário adicional que o funcionário irá receber, o 
valor é devido também de forma proporcional caso o funcionário não tenha trabalhado os 12 meses 
do ano. Desta forma, é considerado que o trabalhador tem direito a receber 1/12 (um doze avos) da 
remuneração por mês trabalhado. 
 É parte integrante do salário geral pago ao funcionário. 
 É calculado com base no salário mais alto que o funcionário teve no ano (salário fixo). 
 Quando a remuneração é variável ou ocorreu recebimento de horas extras, adicionais e 
comissões o 13º precisará ser calculado com base em uma média dos recebíveis do ano. Assim 
como as FÉRIAS, o 13º salário também recebe as integrações de horas extras, adicionais e 
comissões através do cálculo dos seus valores médios. 
 Pagamento em 2 parcelas, um adiantamento de fevereiro a 30 de novembro e a segunda 
parcela até 20 de dezembro. 
o Se pagamento único, precisa ser até 30 de novembro. 
o Não é aconselhável deixar de pagar a segunda parcela em dezembro pelo intuito do 
direito ser Gratificação Natalina. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
37 
As deduções e descontos do 13º, quando dividias são efetuados apenas na segunda parcela. 
Logo, a primeira parcela é exatamente o salário divido por 02, e somente na segunda parcela que será 
deduzido os encargos como INSS e o IR. A única ressalva é sobre o FGTS que será recolhido pela 
empresa nos 02 momentos, na primeira e na segunda parcela. 
Apontamentos sobre o IR no 13º Salário e Férias 
 
Veja na prática, aqui para efeito de entendimento geral constará os Descontos de INSS e IR, 
porém estes assuntos serão estudados nos capítulos a frente: 
 
Exemplo 1: 
Último salário: R$ 4750,00 
Direito a Receber os 12 meses 
 
Pagamento da 1ª parcela: 30 de novembro 
Pagamento da 2ª parcela: 10 de dezembro 
 
Parcela de adiantamento (Primeira Parcela): 
4.750,00 x 12 /12 = 4.750,00 → 4.750,00 2 = R$ 2.375,00 
 
2ª Parcela: 
 
 
1. INSS 13º salário: 
base salarial: 4.750,00 
alíquota: nível 4 → 14% 
alíquota progressiva: 
 7,5% de 1.212,00 = R$ 90,90 
*(2.427,36 - 1.212,00)* 
 9% de 1.215,36 = R$ 109,38 
*( 3.641,03 - 2.427,36)* 
 12% de 1.213,67 = R$ 145,64 
*(4.750,00 - 3.641,03)* 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
38 
 14% de 1.108,97 = R$ 155,26 
 TOTAL: R$ 501,18 
 
 
2. IR 13º salário: 
 4.750,00 - 501,18 = R$ 4.248,82 
 22,5% de 4.248,82 = R$ 955,98 
 955,98 - 636,13 = R$ 319,85 
 
 
3. Valor Líquido: 
 4.750,00 - ( 2.375,00 + 501,18 + 319,85) = R$ 1.553,97 
 
DESAFIO 
Defina em até 03 linhas o que são os termos: DSR, Férias, Abono Pecuniário e 13º Salário. Com as 
definições em mão explique sobre sua visão por qual motivo os comércios das cidades ficam abertos 
de noite nas semanas que antecede o Natal (em dezembro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
39 
TEMA 4 – CÁLCULO DE FOLHA III – Demais verbas 
 
 
GRATIFICAÇÃO/BONIFICAÇÃO 
Gratificações são bonificações financeiras como forma de reconhecimento e agradecimento 
pelo bom desempenho do profissional ou pelo tempo de casa, por exemplo. Além da gratificação 
financeira, o contratante também pode beneficiar seus empregados de outras formas, por exemplo 
com cursos, brindes, entre outros. 
Segundo a CLT, tanto as gratificações como as bonificações, integram o salário do trabalhador 
como “gorjetas”. É importante salientar que todas as gratificações ou bonificações concedidas deverão 
obrigatoriamente ser lançadas em folha de pagamento, sujeitando-se à incidência dos encargos sociais 
de INSS e FGTS, porem não precisa ter um valor fixo e além disso, podem ser suspensasa qualquer 
momento. Caso seja pago por habitualidade, e principalmente quando os valores forem fixos, a 
gratificação e bonificação poderão ser integradas nas verbas trabalhistas como férias, 13º salário, 
passa a ter natureza salarial. 
Podem ser classificadas em relação à: 
 Periodicidade do pagamento (mensais, bimestrais, trimestrais, semestrais ou anuais). 
 Valor, que poderá ser fixado ou variável. 
 Fonte de obrigação: autônomas ou heterônomas. 
 Causa: por função específica, quando a gratificação só é dada enquanto o empregado 
permanecer na função; por balanço pagas de forma fixa, por porcentagem do salário ou a 
critério da empresa e; gratificações de eventos específicos na empresa. 
Não existe diferença entre bonificação e gratificação, inclusive, os dois termos são sinônimos e, 
como visto na CLT, eles não possuem diferenciação, pois são considerados como gorjetas. 
Alguns tipos de gratificações: 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
40 
Gratificação por função: o empregado receberá um determinado valor de proporcionalmente ao 
tempo que está na função exercida dentro da empresa. O valor é pré-estipulado pelo empregador. 
Gratificação por eventos: Para celebrar o aniversário do colaborador, entre outras datas 
comemorativas, a empresa pode disponibilizar um valor para presenteá-lo, ou em outras ocasiões 
como no dia das mães, por exemplo. 
Exemplo: 
Suponha que determinado empregado recebe um salário fixo mensal de R$ 3.000,00 e gratificação de 
R$ 1.500,00: 
3.000,00 + 1.500,00 = R$ 4.500,00 
Descontar o INSS de R$ 466,18 e IRRF de R$ 271,48 
4.500,00 – 466,18 (INSS) = 4.033,82 
4.033,82 – 271,48 (IR) = 3.762,34 
O empregado receberia líquido R$ 3.762,34. 
PRÊMIOS 
Nos termos do § 4º do art. 457 da CLT, consideram-se prêmios as liberalidades concedidas 
pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de 
empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas 
atividades. Estão diretamente relacionados a fatores de ordem pessoal que pode ser proporcional a 
produtividade ou assiduidade, sendo uma espécie de salário vinculado a certa condição. 
A gratificação e o prêmio são diferentes. Enquanto a gratificação independe de fatores ligados 
ao empregado, e constitui base para as contribuições de INSS e IRPF, o prêmio, por sua vez, é 
concedido ao empregado com base no próprio esforço, e tem natureza indenizatória, ou seja, não 
integra ao salário. 
Exemplo: 
Suponha que determinado empregado recebe um salário fixo mensal de R$ 3.000,00 e em um 
determinado período receber um prêmio por seu desempenho no valor de R$ 1.500,00: 
3.000,00 – 269,00 (INSS) = 2.731,00 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
41 
2.731,00 – 62,03 (IRPF) = 2.668,97 
2.668,97 + 1.500,00 (Prêmio) = 4.168,97 
O empregado receberia líquido R$ 4.168,97. 
 
 
SALÁRIO UTILIDADE 
O salário in natura ou salário utilidade corresponde a toda parcela, bem ou vantagem fornecida 
pelo empregador como adicional pelo trabalho desenvolvido ou pelo cargo ocupado. 
São valores pagos em forma de alimentação, habitação ou outras prestações equivalentes que 
a empresa, por força do contrato ou do costume, fornece habitual e gratuitamente ao empregado em 
virtude do contrato de trabalho, de forma contra prestativa e com habitualidade 
A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT dispõe em seu artigo 458 que, além do pagamento 
em dinheiro, compreende-se salário, para todos os efeitos legais, qualquer prestação in natura que a 
empresa, por força do contrato ou por costume, fornecer habitualmente ao empregado. 
A lei dispõe ainda, em seu artigo 82, que o empregador que fornecer parte do salário mínimo 
como salário utilidade ou in natura, terá esta parte limitada a 70% (setenta por cento), ou seja, será 
garantido ao empregado o pagamento em dinheiro de no mínimo 30% (trinta por cento) do salário 
mínimo. E devem ser respeitados os percentuais de 20% para alimentação e 25% para moradia, do 
salário contratual do empregado, para os trabalhadores urbanos. 
 Fonte: https://observedireito.jusbrasil.com.br/artigos 
Sendo que, para os empregados rurais, os percentuais são de 25% para alimentação e de 
20% para moradia (o inverso dos trabalhadores urbanos), senda a base de cálculo o salário mínimo, 
conforme previsto pela Lei nº 5.889/73. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=IgBALsvEhdE 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
42 
 Trabalhador Urbano Trabalhador Rural 
Percentual de salário 
utilidade 
25% - Habitação e moradia 20% - Habitação e moradia 
20% - Alimentação 25% - Alimentação 
Base de cálculo Salário Contratual Salário Mínimo 
 
Não são considerados como salário, desde que compreendido a todos os empregados, as 
seguintes utilidades (Convenção nº 95 da Organização Internacional do Trabalho - OIT, a lei 
10.243/2001 deu nova redação ao § 2º do artigo 458 da CLT): 
 vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local 
de trabalho, para a prestação do serviço; 
 educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros; 
 transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não 
por transporte público; 
 Previdência privada; 
 Assistência médica, odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 
 seguros de vida e de acidentes pessoais. 
O salário in natura ou utilidade caracteriza-se basicamente pelos seguintes aspectos: 
 Fundamentação na relação de emprego: as utilidades recebidas pelo empregado incidem da 
relação de emprego entre as partes; 
 Habitualidade: será caracterizado o salário utilidade pela habitualidade em seu fornecimento. 
 Comutatividade: refere-se ao fato de que a prestação in natura, para ser caracterizada como 
salário, deve ser dada "pelo" trabalho e não "para" o trabalho, ou seja, toda vez que seja meio 
necessário e indispensável para determinada prestação de trabalho subordinado, a resposta 
será negativa. 
 Gratuidade: o salário utilidade é uma prestação fornecida gratuitamente ao empregado. Se a 
utilidade não fosse gratuita, o empregado teria que comprá-la ou despender de numerário para 
adquiri-la. A gratuidade demonstra, portanto, que há uma vantagem econômica. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
43 
 Ajuda necessária para a vida do empregado: para se caracterizar salário utilidade o benefício 
fornecido deve ser de caráter vital ao empregado. Não é permitido ao empregador o pagamento 
a este título com bebidas alcoólicas, cigarros ou outras drogas nocivas. 
GORJETAS 
As gorjetas, fazem parte da remuneração do empregado e 
geram reflexos nas demais parcelas, com exceção do aviso prévio, do 
adicional noturno, das horas extras e do repouso semanal remunerado. 
Existem dois tipos de gorjetas: as espontâneas, que são aquelas que 
são pagas diretamente ao empregado pelos clientes do trabalhador; e 
as gorjetas pagas diretamente na nota de serviço, como costumamos 
dizer os 10%. Independente da forma com que são recebidas, as 
gorjetas devem ser repassadas aos colaboradores, assim como, constarem no recibo de pagamento. 
Outro ponto importante é que as gorjetas têm reflexos em algumas verbas trabalhistas, ou seja, 
a estimativa média deve ser utilizada como forma de cálculo para algumas verbas, como no caso do 
cálculo do 13º Salário, das Férias + 1/3 férias, do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e 
também das contribuições previdenciárias. Porém, não podem ser utilizadas como base de cálculo, 
para aviso prévio, adicional noturno, horas extras e DSR (repouso semanal remunerado). 
Parcela 
Motivo da não Integração das 
Gorjetas 
Descanso Semanal Remunerado 
(DSR) 
Pagamento mensal, já engloba os valores do DSR, de 
acordo com o § 2º do art. 7º da Leinº 605/49, além de não 
ser calculado sobre o salário. 
Aviso-Prévio É calculado sobre o salário do mês da rescisão. 
Adicional Noturno É calculado sobre a hora diurna. 
Adicional de Insalubridade É calculado sobre o salário-mínimo. 
Adicional de Periculosidade É calculado sobre o salário contratual. 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
44 
Horas extras São calculadas sobre a hora normal. 
Exemplo - 13º Salário: 
Um empregado no cargo de garçom, admitido em 14/06/2021, com salário fixo de R$ 1.500,00, que, 
além do salário receba gorjetas, pelo empregador, receberá de 1ª parcela do 13º salário: 
Cálculo da 1ª Parcela do 13º Salário, incluindo a Gorjeta Recebida no Período 
Média das Gorjetas (11 meses) = R$ 2.410,00 ÷ 11 = R$ 219,10 
Valor da 1ª parcela = (R$ 1.500,00 + R$ 219,10) / 2 = R$ 859,55 
Exemplo - Férias 
Um empregado no cargo de garçom, com período aquisitivo de 14/06/2021 a 13/06/2022, com salário 
fixo de R$ 1.500,00, que, além do salário receba gorjetas, pelo empregador, que gozará férias de 
01/07/2022 a 30/07/2022, terá a seguinte remuneração de férias: 
Valor das gorjetas recebidas dentro do período aquisitivo: 
Média das Gorjetas (12 meses) = R$ 2.570,00 ÷ 12 = R$ 214,17 
Remuneração de Férias - R$ 1.500,00 + R$ 214,17 = = R$ 1.714,17 
Terço Constitucional - R$ 1.714,17 / 3 = R$ 571,39 
Atenção 
A legislação determina que a gorjeta integra a remuneração para todos os efeitos legais, assim, sobre 
elas haverá a incidência do INSS, FGTS e do IR/Fonte. 
DESAFIO 
 Crie uma campanha de Premiação para os vendedores de determinada empresa. Imagine 
quais serão os prêmios, o que e quanto os vendedores precisarão vender e a regra de premiação, 
explicando aos vendedores que será um dinheiro que não haverá deduções de encargos sociais. 
 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
45 
TEMA 5 – DESCONTOS EM FOLHA I – Adiantamentos, Faltas e Atraso e Vale Transporte 
 
Descontos Previsto por Lei X Descontos com Autorização do Funcionário 
 A empresa precisa ficar atenta em praticamente todo o processo da Folha de Pagamento, e é 
claro que na hora de efetuar os descontos na folha, ou seja, mexer no bolso do colaborador precisa 
sempre ter atenção redobrada. 
 É preciso saber que entre os descontos que estarão listados nos capítulos abaixo alguns são 
previstos por Lei, assim são obrigatórios, e outros são de total escolha do colaborador, perceba que 
quando se fala em escolha do colaborador isto precisa ser um documento por escrito e muito bem 
guardado. 
 
Adiantamento 
O adiantamento é um percentual do salário do colaborador que será pago antes da data comum 
de pagamento. Assim a empresa cria uma regra de pagamento para dividir o valor em duas parcelas 
dentro do mesmo mês de referência. 
É importante saber que os adicionais, descontos e outras verbas possíveis apenas impactarão 
os valores do dia do pagamento do salário e não na data do adiantamento. 
Veja na prática com os exemplos a seguir: 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
46 
 Exemplo: 
Salário: R$ 2.000,00 
Adiantamento da Empresa – 40% 
Dia de pagamento do Salário: 5º dia útil 
Dia do Adiantamento (vale): dia 20 
Falta e Atrasos 
Faltas e atrasos são considerados faltas injustificadas, ou seja, quando o funcionário acabou 
não trabalhando por algum motivo em que a Lei não o respalde ou permita que este atraso ou falta 
aconteça. Claro que a ponderação da empresa também pode fazer parte desta comunicação junto ao 
funcionário, deixando suas agendas mais flexíveis. Mas caso a empresa não consiga flexibilizar os 
horários através de reposição por banco de horas, assim, sendo uma falta injustificada, a empresa 
poderá descontar estas horas ou dia da folha de pagamento do seu colaborador. 
 A consequências do abatimento das horas trabalhadas é que pode haver o abatimento do DSR 
– Descanso Semanal Remunerado, proporcional as horas não trabalhadas, lembrando que o salário é 
considerado um valor total das horas trabalhadas mais as horas de 
descanso do final de semana. É importante lembrar que o desconto dos 
minutos, horas ou dias em atraso/falta são descontados antes dos 
encargos sociais INSS e FGTS. 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=OMhd3HoO3Ak 
Veja na prática com os exemplos a seguir: 
 Exemplo 1 – Dias: 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 01 dia – 08 horas 
Dias de Trabalho: 30 dias 
OBS: Não será considerado neste exemplo a dedução do DSR. 
Pagamento do 
Adiantamento no 
dia 20: 
R$ 800,00 
Pagamento do 
Salário no 5º dia 
útil: 
R$ 1.200,00 – INSS 
R$ 161,82 = 
R$ 1.038,18 
Valor do Desconto 
de Falta: 
2.000/30 = 66,67 
X1 dia de falta = 
R$ 66,67 
Folha de 
Pagamento: 
2.000 – 66,67 Falta - 
INSS 155,82 = 
R$ 1.777,51 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
47 
 
Exemplo 2 – Horas 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 05 horas 
Jornada de Trabalho: 220 horas 
OBS: Não será considerado neste exemplo a dedução do DSR. 
 
Exemplo 3 – Minutos 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 45 minutos 
Jornada de Trabalho: 220 horas 
Jornada em Minutos: 13.200 min 
OBS: Não será considerado neste exemplo a dedução do DSR. 
DSR – Desconto Semanal Remunerado sobre as Faltas e Atrasos 
 Quando ocorre uma falta injustificável seja ela alguns dias, horas ou minutos de atraso a 
empresa poderá efetuar descontos do descanso semanal remunerado sobre proporcional ao período 
de atraso. A quantidade de dias por lei do descanso semanal é equivalente a 4 dias no mês, ou 01 dia 
por semana. Assim, nunca será descontado para cada semana mais de 01 dias do DSR, mesmo que 
o funcionário tenha faltado mais de 01 dia naquela mesma semana. 
O movimento aqui ocorre tal como na Horas Extras quando é calculado o DSR sobre as horas 
extras trabalhadas, porém o DSR sobre Horas Extras é considerado um Crédito, já a DSR sobre Faltas 
e Atrasos é um débito para o colaborador. 
 Este valor de DSR proporcional descontado também ocorre antes dos descontos dos encargos 
sociais, ou seja, antes do INSS. 
 Para efetuar este cálculo é preciso: 
Valor do Desconto 
de Falta: 
2.000/220 = 9,09 
X5 horas de falta = 
R$ 45,45 
Folha de 
Pagamento: 
2.000 – 45,45 Falta 
– INSS 157,73 = 
R$ 1.796,82 
Valor do Desconto 
de Falta: 
2.000/13.200 = 
0,1515 
X45 minutos de falta 
= 
R$ 6,82 
Folha de 
Pagamento: 
2.000 – 6,82 Falta – 
INSS 161,21 = 
R$ 1.831,97 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
48 
SALÁRIO / DIAS OU JORNADA = FALTA_ATRASO x TEMPO_ATRASADO = DSR 
Veja na prática com os exemplos a seguir: 
 
 Exemplo 1 – Dias: 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 02 dias 
DSR Proporcional: 01 dia 
 Exemplo 2 – Dias: 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 01 dia - 8 horas 
DSR Proporcional: 01 dia - 8 horas 
 Exemplo 3 – Horas 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 5 horas 
Jornada de Trabalho: 220 horas 
DSR Proporcional: 5 horas 
Exemplo 4 – Minutos 
Salário: R$ 2.000,00 
Faltas Injustificáveis: 45 minutos 
Jornada de Trabalho: 220 horas 
Jornada em Minutos: 13.200 min 
DSR Proporcional: 45 minutos 
Desconto de Falta: 
2.000/30 = 66,67 
X1 dia de falta = 
R$ 66,67 
DSR: 1x66,67 = 
R$ 66,67 
Folha de Pagamento: 
2.000 - 66,67 Falta - 
66,67 DSR - INSS 
149,82 = 
R$ 1.716,84 
Desconto de Falta: 
2.000/220 = 9,09 
X5 horas de falta = 
R$ 45,45 
DSR: 5x9,09 = 
R$ 45,45 
 
Folha de Pagamento: 
2.000 - 45,45 Falta - 
45,45 DSR - INSS 
153,64 = 
R$ 1.755,46 
Desconto de Falta: 
2.000/13.200 = 0,1515 
X45 minutos de falta = 
R$ 6,82 
DSR: 45x0,1515 = 
R$ 6,82 
Folha de Pagamento: 
2.000 - 6,82 Falta - 
6,82 DSR - INSS 160,59 
= 
R$ 1.825,77 
Desconto de Falta: 
2.000/30 = 66,67 
X2 dia de falta = 
R$ 133,34 
DSR: 1x66,67 = 
R$ 66,67 
Folha de Pagamento: 
2.000 – 133,34Falta - 
66,67 DSR - INSS 
143,82 = 
R$ 1.656,17 
 
 
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Vale Transporte 
 Popularmente conhecido como VT é um benefício que é de escolha do trabalhador e a empresa 
pode deduzir da folha de pagamento até 6% para contribuição do benefício. 
 É considerado com vale transporte o translado intermunicipal sendo transporte de caráter 
público. O pagamento devido é realizado mediante aquisições dos “passes”, “passinhos”, tickets ou 
cartão único, seja de ônibus, trem ou metro. E é indiferente a quantidade de conduções que será 
necessário o funcionário pegar para conseguir chegar ao trabalho e posteriormente voltar para sua 
residência. Assim, o VT não se trata de uma ajuda de custo com combustíveis ou reembolso de 
quilometragem. 
 OBS: Lembre-se de fazer a gestão de 
documento em relação ao documento por escrito de 
autorização do funcionário de “aceite” do VT, isto 
poderá evitar problemas trabalhistas futuros. 
Veja na prática com os exemplos a seguir: 
Simulação do Exemplos comparando o Preço do Ônibus em diferentes cidades do Estado de São 
Paulo 
Salário Bruto: R$ 2.100,00 Dias Úteis de Trabalho: 22 dias 
Passagens de ônibus diária: 02 passagens 
 
 
 
 
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 Com os exemplos é possível verificar que o benefício faz muito mais sentido para o colaborador 
quando os gastos com transporte são maiores. Em alguns casos é possível, principalmente 
dependendo do valor do salário do funcionário, verificar o total dos tickets será inferior ao desconto de 
6% da folha, o que ficaria não vantajoso a solicitação do VT pelo funcionário. 
 Algo importante é que o Vale Transporte é pago de forma antecipada ao início do mês de 
referência. Logo se os passes são para o trabalhador ir para o trabalho e volta para sua casa durante 
o mês de agosto (por exemplo) o VT deverá ser pago até o dia 31 de julho. 
DESAFIO 
Vá nos exemplos do Vale Transporte, altere o salário para R$ 1.850,00 e refaça os valores para 
as três cidades: São Paulo, São Bernardo e Vargem Grande. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TEMA 6 – DESCONTOS EM FOLHA II – Contribuição Previdenciária, Sindical e IRPF 
Instituto nacional do Seguro social 
 
https://www.youtube.com/watch?v=lm_hx7nX5rc 
INSS - O Instituto Nacional do Seguro Social, é um desconto aplicado sobre o salário bruto, a fim de 
garantir direitos ligados ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Essa obrigatoriedade está 
prevista no artigo 201 da Constituição Federal: 
 
Essa lei garante aos trabalhadores benefícios como auxílio-doença, auxílio-maternidade, 
aposentadoria e pensão por morte. 
O desconto do INSS incide sobre o salário-base incluindo as horas extras (conforme convenção 
ou política da empresa), os adicionais de insalubridade e de periculosidade, o adicional noturno, as 
diárias para viagem acima de 50% do salário percebido, subtraindo faltas e DSR sobre faltas, o 13º 
salário e outros valores admitidos em lei pela previdência social. 
 
 
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A Alíquota (taxa) é calculada de forma cumulativa, faixa por faixa conforme o valor da base de 
cálculo formulado do INSS, assim é formado uma espécie de Taxa Ponderada, sobre o recolhimento 
que será realizado. 
Calculando um primeiro exemplo: 
Salário Bruto: R$ 3.300 (Três mil e trezentos reais) 
1° Faixa: 1212,00 x 7,5% = 90,90 
2° Faixa: 2.427,35 – 1.212,00 = 1.215,35 x 9% = 109,38 
3° Faixa: 3.300,00 – 2.427,36= 872,64 x 12% = 104,72 
Soma todos os valores: 
90,90 + 109,38 + 104,72 = 305,00 
R$ 305,00 (trezentos e cinco reais) é o valor a ser descontado do salário do trabalhador, com alíquota 
de 9,24%. 
E quem ganha mais que o teto do INSS, paga quanto? Para o segurado empregado, 
empregado doméstico ou trabalhador avulso que tenha uma remuneração igual ou superior ao teto 
previdenciário de R$ 7.087,22 o cálculo é realizado da seguinte forma: 
 Recolhe 7,5% sobre R$ 1.212: R$ 90,90 de contribuição; 
 Mais 9% sobre R$ 1.215,35, que é a diferença de R$ 2.427,35 de R$ 1.212: R$ 109,38; 
 Mais 12% sobre R$ 1.213,68, que é a diferença de R$ 3.641,03 de R$ 2.427,35: R$ 145,64; 
 
 
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 Mais 14% sobre R$ 3.446,19, que é a diferença de R$ 7.087,22 de R$ 3.641,04: R$ 482,46. 
 Total de contribuição: R$ 828,38. 
Imposto de Renda 
 
https://www.youtube.com/watch?v=xVBBmtW3g7E 
IRRF - O desconto do Imposto de Renda de Retido na Fonte (IRRF), também é obrigatório e previsto 
no artigo 3º da lei de nº 8.134: 
 
O IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) é calculado após o cálculo do INSS, ou seja, a 
essa ordem é importante para que o resultado do salário líquido não seja afetado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
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Base de cálculo: São os rendimentos tributáveis do contribuinte. Isto é, são os valores recebidos 
como salários, aluguel, pensão, remuneração por trabalho, investimentos, bônus etc. 
Alíquota: Trata-se da porcentagem cobrada em cima dos seus rendimentos. A alíquota do imposto de 
renda é progressiva, o que significa que quanto maior os seus rendimentos, maior a alíquota a ser 
paga. 
Parcela a deduzir: Valor que é subtraído do imposto relativo à renda. Assim como a alíquota, quanto 
maior for a sua renda, maior o valor a ser deduzido do imposto a ser pago. 
Calculando: 
Saldo de salário após desconto do INSS: R$ 2.995,00 (Dois mil, novecentos e noventa e cinco reais) 
2.995,00 x 15% = 449,25 – 354,80 parcela a deduzir tabela IRRF = 94,45 
R$ 94,45 (noventa e quatro reais e quarenta e cinco centavos) é o valor do desconto de IRRF. 
 É preciso que o analista ou assistente de Recursos Humanos, ou funcionário que realiza a folha 
de pagamento, fique atento quanto a formulação da base de cálculo, fazendo corretamente a dedução 
do INSS e posteriormente o enquadramento da faixa de IR (aplicação da alíquota correspondente) 
ainda subtraia a Parcela a Deduzir. 
Outra dica importante é que pagamento de Ajuda de Custo, valores que são pagos como 
complementos para manutenção de moradia e viagens, não são considerados para a somatória da 
base de cálculo. 
De acordo com a Lei nº 8.137/90 art. 2º, inciso II é crime de 
apropriação indébita não ocorrer o repasse correto para o Governo 
dos valores que deveriam ser como Imposto de Renda Retidos na 
Fonte. Podendo sobre pena de 06 meses a 02 anos e multa. 
Desconto Sindical 
 A contribuição sindical anteriormente era obrigatória e prevista por lei seu recolhimento, porém 
em 2017 com a Lei 13.467 – Lei da Reforma Trabalhista, transformou esta obrigatoriedade em 
facultativa, ficando assim, à escolha do trabalhador, sendo este responsável por solicitar de forma 
antecipada e por escrito. O surgimento desta lei fez com que os sindicatos se mexessem em prol da 
classe trabalhadora que eles defendiam para que assim garantissem de forma continuada as 
contribuições e as filiações. Algo que foi observado é a estratégia de participação mais acirrada, por 
parte dos sindicatos, nas tratativas de convenção coletivas visando agradar seus clientes 
 
 
 CÁLCUL O DE DEPARTAMENTO PESSOAL/FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
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(trabalhadores das classes) e assim permanecendo a concordância da contribuição já instaurada na 
própria convenção. Antes da reforma trabalhista era obrigatório o recolhimento para o sindicado no 
valor correspondente a 01 (um) dia de trabalho correspondente ao salário que cada trabalhador 
ganhava. 
Veja na prática um exemplo de como era este recolhimento antes de 2017: 
 Exemplo: 
Salário: R$ 2.000,00 
Dias de Trabalho: 30 dias 
Desconto Sindical: 01 dia 
 
DESAFIO 
 Faça um cálculo de INSS sobre os salários a

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