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PCC CINEMA NA ESCOLA - UNIP

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CINEMA NA ESCOLA
Os métodos pedagógicos tradicionais ainda adotados no ensino escolar em especial o de Sociologia, no que diz respeito ao Ensino ao Médio, não suprem as necessidades reais que o mundo contemporâneo exige. As necessidades e a realidade dos jovens estudantes na atualidade diferem em todos os aspectos das demais gerações. Os valores, costumes e as necessidades mudam de geração para geração.
Para reverter este quadro, que gera deterioração e “mal estar” na prática do ensino de Sociologia, cabe ao professor procurar alguma empatia que o aproxime substancialmente dos alunos pra que o objetivo do professor de Sociologia seja concretizado, ou seja, que ele transmita o conhecimento ao aluno, possibilitando-lhe o estudo crítico do processo histórico e este como instrumento para reflexão e interpretação também do presente.
Pautando-se nesse pensamento, e na tentativa de escolha de metodologias para a dinamicidade das aulas de sociologia, definiu-se cinco produções midiáticas que podem ser trabalhadas em sala de aula. São eles:
Tempos Modernos – 1936 – Direção: Charlie Chaplin
A produção midiática “Tempos Modernos”, apresenta o processo do mundo de trabalho na época da polêmica quebra da bolsa de 1929, e ainda faz uma fantástica menção à Revolução Francesa. E o mais fascinante de toda produção é que tudo é feita sem uma única fala. 
Numa incessante e imutável movimentação de funções (pré) determinadas pelo empregador o personagem Chaplin relata como era as funções desempenhadas no mundo do trabalho, mostrando a relação funcionário empregador. 
A dita transformação humana em maquinário também é ilustrada na produção, e a mão de obra quando a criação de uma nova máquina permite que o trabalhador faça sua refeição sem a necessidade de interromper a produtividade. 
Nas aulas de sociologia esta única cena permite uma emersão nas aulas que envolvem a visão do Taylorismo e Fordismo, bem como as ideias propostas por Marx e a práxis humana. 
Pontos como Modos de produção desenvolvida através das ideias de Karl Marx, capital e capitalismo, a noção de mais-valia são explicitamente expostas no filme, em cenas como a aparição do empregador em telões para enaltecer a subordinação dos seus empregados.
	Imersos no séc. XXI e “Tempos Modernos” continua imensuravelmente moderno. Chaplin, e as ausências de vozes, disse muito mais do que se houvesse diálogos, a grande importância das leis e dos direitos trabalhistas são de suma importância para funcionalidade da sociedade. 
Ensaio sobre a Cegueira – 2008 – Direção: Fernando Meirelles
	A adaptação de uma das obras literárias do autor José Saramago “Ensaio sobre a Cegueira”. O diretor retrata de forma magnifica toda reflexão social pertencente a obra. 
	A obra em suma retrata uma cegueira branca adquirida pelo excesso de luz, e se espalha de forma epidêmica entre uma população não especificada. Ao mesmo tempo em que a cegueira é propagada o caos é surgente. É evidente que o filme retrata a cegueira individual e interior de cada indivíduo, a não noção dos seus semelhantes, e o mundo individual é a ideia para ser debatida após a apreciação do filme.
	Nas aulas de sociologia a tema abordado usando o filme por alusão pode-se discutir os conceitos de Alienação, onde cada indivíduo deixa de enxergar por si e passa a ser induzido pelo meio social. O fato social que relaciona a temática, de acordo com as teorias de Émile Durkein, pode-se apreciar às pressões sociais, sem notar a consciência coletiva a visão de mundo é prontamente debilitada.
	A produção fora filmada em São Paulo, Montevidel e Toronto, escolhido para abertura do Festival de Cannes de 2008, é sem dúvida uma ótima escolha para as aulas de sociologia. 
Ele está de volta – 2015 – Direção : David Wnendt
A sétima arte através do filme “Ele está de Volta”, através da satirizarão faz de forma detalhada narra a história de Hitler na contemporaneidade. Envolve as dificuldades com as novas tecnologias, a relação social, as descobertas com o mundo da política entre outros pontos. 
Através de uma excelente narrativa, apesar de romântica e humorada. O tema política e abordado de uma forma bastante expressiva. O filme não mostra apenas as angústias de Hitler com os seus conflitos e reflexões, mas além disso mostra as novas formas de lideranças. 
A escolha por trabalhar a obra durante as aulas pode ser direcionada para inúmeros conteúdos como: guerra, capitalismo, nacionalismo, comunismo e principalmente as questões sociais.
Vidas Secas – 1963 – Direção: Nelson Pereira dos Santos
O Filme “Vidas Secas” é um notório retrato da sociedade brasileira, com uma emersão nos problemas sociais.
	Uma das obras exaltadas pelos críticos literários como a mais emblemática do escritor Graciliano Ramos, documenta os momentos de uma família de retirantes que atravessam o sertão nordestino, local onde todos queriam fugir da miséria e da seca.
O autor do livro que propiciou a produção midiática traça de forma inigualável todas as dificuldades sociais enfrentadas por uma família de classe baixa do sertão brasileiro. A miséria, a seca, a pobreza a fome, problemas emergenciais que precisam ser tratados em sala de aula, e é isso que a análise do filme promove. 
Na aula pode-se fazer uma imersão no surgimento da diferença de classes, podendo realizar uma Inter textualização com disciplinas como a filosofia, partindo das ideias do contratualismo de Thomas Hobbes, John Lock e Jean-Jacks Rousseau.
Entre os Muros da Escola - 2008 – Direção: Laurent Cantet
O filme se passa no contexto de uma escola onde alunos de diversas etnias e envoltos no contexto da imigração, vivem em conflitos da vida posta mediante as diferenças. Problemas como autoritarismo, falta de motivação escolar e outros ainda são expostos na ficção. 
Os problemas de cunho políticos também são expostos na produção midiática, como falta de investimento, desvios de verbas, má gestão e outros. O que vai fundir de forma extrema na não participação dos alunos no contexto escolar.
	Os assuntos abordados no filme são inúmeros, e alguns deles de fundamentais importância para a formação do educando do Ensino Médio na sua formação enquanto cidadão.
“Entre os Muros da Escola” é uma produção que causa um desconforto em quem o assisti, sentimentos são suscitados. E leva à questionamentos sobre: funcionalidade da democracia, exclusão de classes, falta de participação da família no contexto escolar, desigualdade social, xenofobia. Tais problemas quando levados para aproveitamento em sala, possibilita a criticidade como componente de currículo do aluno. 
Partindo desta concepção, a “7ª arte” pode tornar-se objeto interessante para o processo de aprendizagem, assimilação e também de reflexão devido à sua grande aceitação junto às várias camadas da população, em especial à juventude. Mas é preciso recorrer as metodologias apropriadas, como a escolha de filmes adequados ao contexto histórico a ser estudado e aos objetivos desejados, sem deixar passar despercebido o gosto dos alunos e toda a infra instrutora para que o resultado final seja satisfatório.

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