Buscar

TCC LauraBrdgn2023


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CAMPUS DE CURITIBANOS 
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
Laura Bordignon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin para a cebola em sistema de transplantio 
de mudas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitibanos 
2023 
1 
 
Laura Bordignon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin para a cebola em sistema de transplantio 
de mudas 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em 
Agronomia, do Centro de Ciências Rurais, da 
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito 
para a obtenção do título de Bacharel em Agronomia. 
Orientadora: Profa. Dra. Naiara Guerra 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitibanos 
2023 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, 
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC. 
 
3 
 
Laura Bordignon 
 
PYROXASULFONE E PYROXASULFONE + FLUMIOXAZIN PARA A CEBOLA 
EM SISTEMA DE TRANSPLANTIO DE MUDAS 
 
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de 
“Bacharel” e aprovado em sua forma final pelo Curso de Agronomia 
 
 
Curitibanos, 13 de junho de 2023. 
 
 
 
_____________________________ 
Prof. Dr. Djalma Eugenio Schmitt 
Coordenador do Curso 
 
Banca Examinadora: 
 
 
 
_____________________________ 
Profa. Dra. Naiara Guerra 
Orientadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
_____________________________ 
Profa. Dra. Elis Borcioni 
Membro da banca examinadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
_____________________________ 
Profa. Dra. Nádia Cristina de Oliveira 
Membro da banca examinadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, 
Adriana R. Bott Bordignon e José C. Bordignon, 
e ao meu irmão, Felipe Bordignon. 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Á minha mãe, Adriana Regina Bott Bordignon, por ter me ensinado tanto sobre a vida, 
por me dar amor, por servir de inspiração, e por ter me dado força pra enfrentar todos os 
desafios, valores que irei carregar comigo pra sempre. 
Ao meu pai, José Carlos Bordignon, e ao meu irmão Felipe Bordignon, pelo incentivo, 
apoio e esforços durante toda minha graduação, além de sempre acreditarem no meu potencial. 
Espero ser motivo de muito orgulho a vocês. 
À minha orientadora, Naiara Guerra que me acolheu na reta final da graduação, por 
todas as horas dedicadas para me orientar sempre em busca do melhor resultado. 
Às minhas amigas Laura e Roberta, pelos conselhos, risadas, além de todo carinho e 
acolhimento. Agradeço por estarem sempre presentes em minha vida mesmo de longe. 
Às minhas amigas Nayrane, Hevellyn e Lídia, que me auxiliaram durante os momentos 
mais difíceis, e vibraram por minhas conquistas. 
Aos meus colegas do Grupo PET – Ciências Rurais, e principalmente à professora 
Adriana Itako, que se fez presente desde o início da minha graduação, agradeço por todo o 
aprendizado, que foi fundamental para minha formação. 
Às minhas amigas Fernanda, Julia, Bruna, Vanessa, Raíssa, Kettlein, Ana Cristina e 
Mary, pelo companheirismo, e por possibilitarem que este momento se tornasse mais leve e 
alegre. Todas tiveram papel muito importante na minha jornada. 
Aos professores e colegas do Projeto Rondon, que me proporcionaram experiências 
incríveis e de muito conhecimento, se tornando amigos pra vida toda. 
Aos meus colegas do Grupo de Estudo em Plantas Daninhas, por todo o auxílio na 
condução do experimento e por toda a parceria. 
Por fim, agradeço à Universidade Federal de Santa Catarina, por toda a estrutura, e aos 
professores e técnicos do Campus de Curitibanos que contribuíram em minha formação 
acadêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
Por conta de seu crescimento inicial lento e arquitetura foliar que não favorece a cobertura do 
solo, a cebola (Allium cepa) é altamente sensível a competição com plantas daninhas. Com isso, 
a presença excessiva de plantas daninhas na lavoura pode prejudicar o desenvolvimento e a 
qualidade de seus bulbos. O uso de herbicidas de pré-emergência é uma prática recomendada 
para controlar antecipadamente a infestação, evitando a matocompetição com a cebola. Dessa 
forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência e a seletividade dos ingredientes ativos 
pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin para a cultura da cebola, que até o momento não 
possuem registro para esta cultura. O experimento foi conduzido em área comercial localizada 
no município de Curitibanos, SC, e contou com nove tratamentos e quatro repetições. Os 
tratamentos consistiram na aplicação dos seguintes herbicidas e doses: T1: diuron (D) + 
pyroxasulfone (PYR) (500 + 50 g ha-1), T2: D + PYR (500 + 75 g ha-1), T3: D + PYR (500 + 
100 g ha-1), T4: D + PYR + flumioxazin (FLU) [500 + (60 + 40 g ha-1)], T5: D + PYR + FLU 
[500 + (75 + 50 g ha-1)], T6: D + PYR + FLU [500 + (90 + 60 g ha-1)], T7: D (500 g ha-1), T8: 
Testemunha capinada, e T9: Testemunha sem capina. Avaliou-se fitointoxicação da cultura e 
controle das plantas daninhas aos 15, 30, 45 e 60 dias após a aplicação (DAA); determinação 
do número e identificação de plantas daninhas na parcela aos 15, 30 e 45 DAA; massa seca aos 
60 DAA; estande, no momento da colheita; e diâmetro, pesagem e classificação dos bulbos, 
após o processo de cura, para obter a produtividade de bulbos. A nabiça (Raphanus 
raphanistrum) foi a principal planta daninha encontrada na área de cultivo. Houve baixa 
eficiência no controle de plantas daninhas por parte do diuron e de suas associações com 
pyroxasulfone. A mistura de diuron com pyroxasulfone e flumioxazin em dose 90 + 60 g ha-1 
foi a mais eficiente no controle das plantas daninhas, proporcionando um baixo acúmulo de 
massa seca da infestação e, consequentemente, um maior rendimento de bulbos totais e 
comerciais. A testemunha sem capina teve diminuição de cerca de 90,28% na produtividade 
total, quando comparada a testemunha capinada. Não foram observados sinais visíveis de 
fitointoxicação na cultura após a aplicação dos herbicidas. 
 
Palavras-chave: Allium cepa, herbicidas, plantas daninhas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
Due to its slow initial growth and leaf architecture that does not favor ground coverage, onion 
(Allium cepa) is highly sensitive to competition with weeds. As a result, excessive weed 
presence in the crop can hinder the development and quality of its bulbs. The use of pre-
emergence herbicides is a recommended practice to control weed infestation in advance, 
avoiding weed competition with onion. The objective of this study was to evaluate the 
efficiency and selectivity of the active ingredients pyroxasulfone and pyroxasulfone + 
flumioxazin for onion cultivation, as they are not registered for this crop. The experiment was 
conducted in a commercial area located in Curitibanos/SC and consisted of nine treatments with 
four replications each. The treatments consisted of the application of the following herbicides 
and doses: T1: diuron (D) + pyroxasulfone (PYR) (500 + 50 g ha-1), T2: D + PYR (500 + 75 g 
ha-1), T3: D + PYR (500 + 100 g ha-1), T4: D + PYR + flumioxazin (FLU) [500 + (60 + 40 g 
ha-1)], T5: D + PYR + FLU [500 + (75 + 50 g ha-1)], T6: D + PYR + FLU [500 + (90 + 60 g ha-
1)], T7: D (500 g ha-1), T8: Weed-free, and T9: Weed check. The following parameters were 
evaluated: crop phytotoxicity and weed control at 15, 30, 45, and 60 days after application 
(DAA); determination of the number and identification of weeds in the plot at 15, 30, and 45 
DAA; dry mass at 60 DAA; stand count, at harvest; and bulb diameter, weighing, and 
classificationafter the curing process to obtain bulb productivity. Nabiça (Raphanus 
raphanistrum) was the main weed found in the cultivation area. There was low efficiency in 
weed control by diuron and its associations with pyroxasulfone. The mixture of diuron with 
pyroxasulfone and flumioxazin at a dose of 90 + 60 g ha-1 was the most efficient in weed control, 
resulting in low dry mass accumulation of the infestation and, consequently, higher yields of 
total and commercial bulbs. The weed check control showed a decrease of approximately 
90.28% in total productivity when compared to the weed-free control. No visible signs of 
phytotoxicity were observed in the crop after herbicide application. 
 
Keywords: Allium cepa, herbicides, weeds. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Aplicação de herbicidas para na cultura da cebola em Curitibanos/SC. ................. 22 
Figura 2 – Quadro metálico vazado para contagem do número de plantas daninhas e para 
determinação de sua massa seca na parcela experimental. ....................................................... 23 
Figura 3 – Avaliação de peso de bulbos comerciais e industriais, e mensuração do diâmetro de 
bulbos, de cebola em função da aplicação de herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC.
 .................................................................................................................................................. 24 
Figura 4 – Temperatura média diária (°C) em Curitibanos/SC durante o período experimental.
 .................................................................................................................................................. 25 
Figura 5 – Número de plantas de nabiça m-2 em função da aplicação de herbicidas de pré-
emergência, em Curitibanos/SC. .............................................................................................. 27 
Figura 6 – Número total de plantas daninhas m-2 em função da aplicação de herbicidas de pré-
emergência, em Curitibanos/SC. .............................................................................................. 28 
Figura 7 – Porcentagem de controle de plantas daninhas em função da aplicação de herbicidas 
de pré-emergência, em Curitibanos/SC. ................................................................................... 29 
Figura 8 – Acúmulo de massa seca de plantas daninhas (g m-2) em função da aplicação de 
herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC. ................................................................. 32 
Figura 9 – Acúmulo de massa verde aos 60 DAA em função de herbicidas de pré-emergência, 
em Curitibanos/SC. ................................................................................................................... 34 
Figura 10 – Estande (plantas m-1) (a) e diâmetro de bulbos (mm) (b) de cebola em função da 
aplicação de herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC. ............................................. 35 
Figura 11 – Produtividade total de bulbos (a) e produtividade de bulbos comerciais (b) (kg ha-
1) de cebola em função da aplicação de herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC. .. 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LlSTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Características químicas e físicas do solo da área de experimentação, localizada em 
Curitibanos/SC. ........................................................................................................................ 20 
Tabela 2 – Tratamentos utilizados no experimento para o estudo de herbicidas de pré-
emergência para a cultura da cebola transplantada em Curitibanos/SC. .................................. 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11 
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 12 
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 12 
1.1.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................... 12 
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 13 
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 14 
2.1 PRODUÇÃO MUNDIAL DA CEBOLA .......................................................................... 14 
2.1.1 A produção da cebola em Santa Catarina ................................................................... 14 
2.2 MÉTODOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA CULTURA .................................................... 15 
2.3 PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA CEBOLA .................................................. 16 
2.3.1 Métodos de controle de plantas daninhas na cebola .................................................. 17 
2.3.1.1 Pyroxasulfone, flumioxazin e diuron ............................................................................ 18 
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 20 
3.1 ÁREA EXPERIMENTAL .................................................................................................. 20 
3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO EXPERIMENTO ..................................................................... 20 
3.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................. 21 
3.4 AVALIAÇÕES ................................................................................................................... 22 
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ................................................................................................. 24 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 25 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 38 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A cebola (Allium cepa) é uma espécie pertencente à família Alliaceae. É uma planta 
tenra, que tem como sua parte comestível um bulbo tunicado, compacto, originado da 
superposição de bainhas foliares (FILGUEIRA, 2013). 
Essa hortaliça tem seu centro de origem localizado nas regiões asiáticas, correspondente 
aos atuais países do Irã e Paquistão. Seu cultivo é praticado a milênios e é utilizada amplamente 
como condimento, sendo considerada a segunda olerícola mais produzida no mundo 
(FILGUEIRA, 2013; LANDAU et al., 2020). Em 2019, a produção de cebola atingiu pela 
primeira vez, o pico de produção mundial de 100 milhões de toneladas (FAO, 2022). 
No Brasil, chegou através das grandes navegações, sendo introduzida no litoral da 
região Sul. Atualmente o maior produtor nacional de cebola é o estado de Santa Catarina, que 
segundo dados do Boletim Agropecuário (GUGEL, 2023), na safra de 2022/23, a produção 
chegou a 551 mil toneladas da hortaliça, em uma área plantada de mais de 17,6 mil hectares 
(EPAGRI/CEPA, 2023). No estado, o município de Ituporanga é destaque e detém o título de 
“capital nacional da cebola” por ser o maior produtor do Brasil (STALOCH; PELLIN, 2019). 
A microrregião de Curitibanos ainda não é destaque na produção de cebola no Estado, 
e junto das microrregiões de Tijucas, Canoinhas e Campos de Lages, produz cerca de 86 mil 
toneladas, equivalente a 15,70% da produção catarinense (GUGEL, 2023). Em Curitibanos, 
dados do IBGE (2021), demonstram uma produção de 2.900 toneladasde cebola em uma área 
de 110 hectares, com um rendimento médio um pouco abaixo da média catarinense, com 26,6 
mil kg ha-1. 
Apesar de ser o maior produtor do país, Santa Catarina ainda enfrenta obstáculos na 
produção de cebola. Enquanto Santa Catarina apresenta um rendimento de 31 mil kg ha-1 
(EPAGRI/CEPA, 2023), o estado de Goiás apresenta um rendimento de 65 mil kg ha-1, mais 
que o dobro da produção catarinense (GUGEL, 2022). 
Dentre os fatores que afetam a produtividade da cebola no estado, pode-se citar a 
suscetibilidade da cultura à interferência de plantas daninhas. Por ser uma cultura que apresenta 
um lento crescimento inicial, e com folhas que promovem uma baixa cobertura do solo (COSTA; 
ANDREOTTI, 2002), a competição direta por água, luz, nutrientes e espaço, pode provocar 
perdas drásticas na lavoura através da redução da produção e da porcentagem de bulbos 
comercializáveis (MENEZES JÚNIOR; MARCUZZO, 2016; SOARES et al., 2003), o que 
impacta diretamente o valor de comercialização dos bulbos de cebola. 
12 
 
Para tentar solucionar este problema, a maioria dos produtores utiliza métodos de controle 
químico, através da aplicação de herbicidas na área de cultivo. Estes herbicidas podem ser 
aplicados em pré-plantio incorporado (PPI), em pré-emergência (PRÉ) da cultura e/ou das plantas 
daninhas e em pós-emergência (PÓS) da cultura e/ou das plantas daninhas (OLIVEIRA JÚNIOR; 
CONSTANTIN; INOUE, 2011). 
Entretanto, os cebolicultores vêm enfrentando dificuldade para encontrar herbicidas que 
sejam eficientes no controle de plantas daninhas em áreas de produção e que sejam seletivos para 
a cultura. No Brasil, segundo o MAPA (2023), se tem registrados somente 16 ingredientes ativos, 
de pré ou pós emergência, das plantas daninhas para a cultura. 
O uso de herbicidas de pré-emergência se mostra essencial para o controle antecipado das 
infestações, evitando que haja competição com a cultura e que a qualidade e a produtividade dos 
bulbos de cebola não sejam afetadas. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência 
e a seletividade dos ingredientes ativos pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin para a 
cultura da cebola, uma vez que até o momento, não possuem registro para a cultura. 
 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
Avaliar as moléculas pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin quanto à eficiência 
no controle de plantas daninhas na cebola, implantada por meio de transplantio de mudas. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos 
 
Identificar e quantificar as espécies de plantas daninhas presentes na área experimental. 
Avaliar a eficiência do pyroxasulfone e pyroxasulfone + flumioxazin no controle da 
nabiça (Raphanus raphanistrum) infestantes da cebola em sistema de transplantio de mudas no 
município de Curitibanos/SC. 
Analisar se os herbicidas causam fitointoxicação e seu efeito sobre os componentes de 
rendimento na cultura da cebola. 
Verificar o acúmulo de massa verde e seca de plantas daninhas (g m-2) em função da 
aplicação de herbicidas de pré-emergência. 
13 
 
Determinar o estande de plantas e o diâmetro dos bulbos de cebola após realizado os 
tratamentos. 
Analisar a produtividade total e comercial de bulbos (kg ha-1) de cebola em função da 
aplicação de herbicidas de pré-emergência 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
 
Apesar de ser o maior produtor de cebola em área do Brasil, o estado de Santa Catarina 
ainda apresenta baixo rendimento na cultura. Isso ocorre por fatores como a baixa tecnologia 
empregada nas lavouras, o manejo inadequado de herbicidas, o baixo número de ingredientes 
ativos registrados para a cebola e a alta sensibilidade da cultura às plantas daninhas e também 
aos herbicidas. 
A cultura da cebola utiliza, frequentemente, herbicidas para o controle de plantas 
daninhas. A mato competição leva a redução da produção de bulbos totais e comerciais, que 
consequentemente, afeta os lucros finais do cebolicultor. 
Ainda assim, os agricultores se deparam com dificuldades para encontrar herbicidas de 
pré-emergência registrados que sejam realmente efetivos no controle de plantas daninhas que 
interferem na cultura, revelando a necessidade da pesquisa para se determinar a viabilidade de 
uso de novas moléculas de herbicidas, bem como do registro de novos ingredientes ativos para 
uso na cebola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 PRODUÇÃO MUNDIAL DA CEBOLA 
 
A cebola é uma espécie de amplo cultivo e consumo em todo o mundo, sendo a segunda 
olerícola mais produzida a nível mundial, ficando atrás apenas do tomate (LANDAU et al., 
2020). Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), em 2020 os maiores produtores 
mundiais de cebola foram a Índia, a China e os EUA. 
O Brasil corresponde ao oitavo maior produtor mundial de cebola, sendo que no país é 
a terceira olerícola em importância econômica. A cebola é plantada comercialmente desde a 
Região Sul até o Nordeste, sendo uma atividade praticada, principalmente, por pequenos e 
médios agricultores, contribuindo para a geração de emprego e renda no meio rural (MENEZES 
JÚNIOR; MARCUZZO, 2016). A produção nacional é responsável por abastecer 85% do 
mercado consumidor interno (ANACE, 2018), importando os outros 15% principalmente da 
Argentina (GUGEL, 2022). 
Segundo o IBGE, em 2021 foram produzidas mais de 1,6 milhão de toneladas de cebola, 
em 54 mil unidades produtores espalhadas pelo país. A produção desta hortaliça está 
centralizada em oito estados do país, tendo o estado de Santa Catarina como destaque nacional, 
com 551 mil toneladas, produzindo mais de 30% do total da produção brasileira (GUGEL, 
2023). 
 
2.1.1 A produção da cebola em Santa Catarina 
 
Em Santa Catarina o cultivo de cebola teve início na década de 1930, tendo uma boa 
adaptação ao clima local. Desde sua introdução no estado, a produção da cebola apresentou um 
aumento significativo em consequência do aumento progressivo do rendimento médio da 
cultura (LANDAU et al., 2020). O aumento na produção levou Santa Catarina a se tornar o 
maior produtor de cebola do país, isso é reflexo do investimento em ações de pesquisa e 
extensão rural pelos órgãos oficiais do estado, principalmente, pela Empresa da Pesquisa 
Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e por parcerias formadas com 
instituições de pesquisa e com agricultores (MENEZES JÚNIOR; MARCUZZO, 2016). 
O estado apresenta mais de oito mil famílias envolvidas diretamente com a atividade, 
desempenhando importante papel econômico e social. A hortaliça é cultivada em quase todos 
os municípios, sendo a principal fonte de renda de grande parte de famílias da região do Alto 
15 
 
Vale do Itajaí, concentrando-se nas microrregiões de Ituporanga, Tabuleiro, Joaçaba e Rio do 
Sul (BOEING, 2002; EPAGRI, 2023). 
Há mais de 20 anos o município de Ituporanga/SC, mantém-se como o maior produtor 
de cebola do país, tendo o cultivo favorecido por estações bem definidas, temperaturas baixas, 
e altitude, que conferem uma ótima qualidade comercial ao produto final. Atualmente é 
responsável por 46% da produção catarinense e por 12% do abastecimento nacional. É 
considerado a "capital nacional da cebola" e realiza anualmente a Festa Nacional da Cebola, a 
fim de fortalecer ainda mais a produção local. Aproximadamente 1.100 agricultores são 
responsáveis pela produção no município, gerando trabalho e renda para mais de 2.500 pessoas 
(GUGEL, 2023; STALOCH; PELLIN, 2019). 
Para a safra 2022/23 foram plantados no estado 17.625 ha, alcançando sua maior 
produção dos últimos 6 anos, com cerca de 551 mil toneladas e um rendimento médio que 
atingiu 31 mil kg ha-1. Dados os bons preços recebidos no produto, há expectativas de que o 
valor total da produção supere R$1 bilhão, o que é um recorde para o Estado (EPAGRI, 2023). 
 
2.2 MÉTODOS DE IMPLEMENTAÇÃO DA CULTURA 
 
No Brasil, há três métodos de implementaçãopara o cultivo da cebola, sendo eles: a 
semeadura direta; o plantio por bulbilhos; e a semeadura seguida por transplantio 
(FILGUEIRA, 2013). 
A implementação por semeadura direta pode ser feita de maneira convencional ou 
usando os princípios do sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH). Este método é mais 
utilizado no estado de Minas Gerais e exige um maior número de sementes e apresenta 
dificuldade na realização dos tratos culturais iniciais. O plantio por bulbilhos é um método 
utilizado em pequena escala sendo restrito a algumas regiões especializadas, com o objetivo de 
realizar o plantio na época da entressafra da cebola (EPAGRI, 2021; FILGUEIRA, 2013). Já a 
semeadura seguida por transplantio, é o método mais utilizado para a implementação da cultura 
no estado de Santa Catarina (NEC, 2022). 
O método de implementação baseado no transplantio das mudas, inicialmente, requer 
que a semeadura seja realizada em um canteiro especial, denominado sementeira. As 
sementeiras devem ser situadas em um local de fácil acesso, preferencialmente plano, ventilado, 
livre de plantas daninhas e que receba sol pela manhã e afastado de locais propícios para a 
formação de sombra e neblina. O dimensionamento do canteiro varia de acordo com o sistema 
de irrigação da área e a topografia do terreno, e deve ser adaptado a fim de proporcionar as 
16 
 
melhores condições de trabalho ao agricultor. A densidade de semeadura deve ser reduzida para 
2 g m-² com o objetivo de diminuir as chances do aparecimento de doenças, além de evitar que 
ocorra tombamento de mudas na fase inicial de desenvolvimento (COSTA; ANDREOTTI, 
2002; EPAGRI, 2013). 
 O transplantio das mudas consiste em retirá-las da sementeira e levá-las ao canteiro 
definitivo, onde serão plantadas em sulcos de três a cinco cm de profundidade com espaçamento 
previamente definido. Uma vez arrancadas, as mudas devem ser levadas rapidamente para o 
canteiro definitivo, eliminando as mudas finas, atrofiadas ou que apresentem algum sintoma de 
doenças (COSTA; ANDREOTTI, 2002; FILGUEIRA, 2013). 
Cada cultivar apresenta uma particularidade quanto ao período de semeadura mais 
adequado, o qual determinará a época de transplantio. Pesquisas realizadas pela Epagri mostram 
que as mudas estão aptas para transplantio quando o pseudocaule atingir de 4 a 6 mm de 
diâmetro. O tempo médio de formação das mudas depende das condições climáticas do local e 
do sistema de produção adotado pelo agricultor. No Alto Vale do Itajaí o tempo médio de 
formação das mudas tem sido de, aproximadamente, 70 dias (EPAGRI, 2013). O transplantio é 
feito de modo manual, pois o sistema mecanizado ainda não é usual na produção brasileira 
(FILGUEIRA, 2013). 
 
2.3 PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DA CEBOLA 
 
A cebola possui lento crescimento inicial, com uma arquitetura que promove uma baixa 
capacidade de cobertura do solo. Em razão disto, a infestação de plantas daninhas é altamente 
prejudicial para o desenvolvimento da cultura, principalmente nos primeiros 30 dias após o 
transplantio, pela concorrência por recursos, como água e nutrientes (COSTA; ANDREOTTI, 
2002; SIMON et al., 2012). 
Em Santa Catarina, as plantas infestantes de maior incidência e de difícil manejo são: a 
tiririca (Cyperus rotundus L.), pastinho-de-inverno (Poa annua L.), o alho-bravo 
(Nothoscordum fragans (vent.) Kunth.), a língua-de-vaca (Rumex obtusifolius L.), a losna-brava 
(Artemisia verlotorum Lamotte), o picão-branco (Galinsoga parviflora Cav,), entre outras 
(MENEZES JÚNIOR; MARCUZZO, 2016). 
Na região de Curitibanos/SC, a nabiça (Raphanus raphanistrum) tem se mostrado um 
grande problema para o cultivo de cebola. O rápido crescimento inicial, a tolerância ao estresse 
hídrico e a alta capacidade de produzir massa seca (PIFFER; BENEZ; BERTOLINI, 2010), são 
algumas das características que permitem a esta planta daninha ser tão prejudicial. 
17 
 
O trabalho de Garcia et al. (1994) já demostrou que lavouras com alta densidade de 
plantas daninhas podem ter perdas de rendimento de até 70,5%. Além disso, pode acarretar 
redução de produtividade, peso médio e diâmetro dos bulbos (SOARES et al., 2003), 
dependendo das espécies infestantes, da intensidade e do período de competição (QASEM, 
2006; VAN HEEMST, 1985). 
Em sistemas no qual se utiliza o transplantio de mudas, a cebola é introduzida na área 
de cultivo como o início de seu desenvolvimento já estabelecido. Mas mesmo com esta 
vantagem, a olerícola se mostra vulnerável aos danos em altas infestações quando não realizado 
o controle adequado da infestação (SOUZA et al., 2015). A recomendação é deixar a área limpa 
por pelo menos 60 dias após o transplantio, ou mais, visto que infestações tardias não afetam 
diretamente a produção, mas interferem no processo de colheita e dificultam a cura (MENEZES 
JÚNIOR; MARCUZZO, 2016). 
 
2.3.1 Métodos de controle de plantas daninhas na cebola 
 
 Devido à alta capacidade de redução dos componentes de produção da cebola, o manejo 
de plantas daninhas tem se mostrado essencial para garantir qualidade e a produtividade da 
cultura. Cultivos frequentes na mesma área e técnicas inadequadas de manejo, estimulam o 
aparecimento dessas plantas. Assim, independente do sistema de cultivo utilizado, as áreas de 
cebola devem ser mantidas livres em quase todo o ciclo (MENEZES JÚNIOR; MARCUZZO, 
2016). 
Existem diversos métodos eficientes para o manejo de plantas daninhas, sendo eles: 
preventivo (limpeza prévia dos canteiros, escolha do local de cultivo), cultural (rotação de 
culturas, escolha do material genético), manual e mecânico (através de capinas), físico 
(cobertura do solo) e químico (uso de herbicidas) (COSTA; ANDREOTTI, 2002; MENEZES 
JÚNIOR; MARCUZZO, 2016). No controle químico, há preferência para herbicidas seletivos 
a cultura que podem ser aplicados em pré-plantio incorporado (PPI), em pré-emergência (PRÉ) 
da cultura e/ou das plantas daninhas e em pós-emergência (PÓS) da cultura e/ou das plantas 
daninhas (OLIVEIRA JÚNIOR; CONSTANTIN; INOUE, 2011). 
 Os cebolicultores optam, principalmente, pelo controle químico das plantas daninhas, 
pois o método tem mostrado uma elevada eficiência, praticidade, menor custo, baixo 
requerimento de mão de obra, menor dependência do clima, flexibilidade de aplicação, menor 
dano ao sistema radicular e possibilidade de uso em diferentes arranjos de plantas (OLIVEIRA 
NETO et al., 2018). 
18 
 
 A mistura de dois ou mais herbicidas, ou de moléculas, que apresentam modos de ação 
diferentes minimiza o risco do aparecimento de plantas daninhas resistentes ao produto 
químico, permite reduzir as doses e dosagens, potencializa a eficácia do controle ao atingir 
diferentes sítios-alvo, além de controlar um maior espectro de plantas daninhas. Estas misturas 
podem ser consideradas sinérgicas (quando a resposta da mistura é melhor que isolados) e 
antagônicas (quando a resposta da mistura é pior que isolados) (MOSS, 1997, RONCHI et al., 
2002). 
A importância do uso de herbicidas de pré-emergência se dá por impedir que a 
matocompetição possa interferir na qualidade e no rendimento dos bulbos de cebola. Estes 
herbicidas irão evitar e/ou atrasar o aparecimento de plantas daninhas na lavoura, sendo 
importante também que apresentem atividade residual no solo para que permitem um maior 
intervalo entre as aplicações (COSTA; ANDREOTTI, 2002; OVEJERO et al., 2019). 
 
2.3.1.1 Pyroxasulfone, flumioxazin e diuron 
 
 O pyroxasulfone é um herbicida de pré-emergência utilizado para culturas como soja, 
trigo e milho, atuando no controle de plantas daninhas de folha estreita (gramíneas) e de folha 
larga com semente pequena. É um herbicida inibidor do crescimento inicial que apresenta ação 
inibitória da biossíntese de ácidos graxos de cadeia longa (VLCFA). Herbicidas com este modo 
de ação paralisam a divisão celular através da inibição da síntese de proteínas, que, porconsequência, cessam o crescimento da raiz e da parte aérea (OLIVEIRA JÚNIOR; 
CONSTANTIN; INOUE, 2011; TANETANI et al., 2009). 
O pyroxasulfone também pode estar em associação a outros herbicidas, como o 
flumioxazin, tendo seu uso registrado inicialmente para o controle de plantas daninhas na soja 
nos Estados Unidos (MCNAUGHTON et al., 2014). No Brasil, tem registro para as culturas 
amendoim, batata, café, cana-de-açúcar, cevada, citros, eucalipto, fumo, girassol, milho, pinus, 
soja e trigo (IHARA, 2022). Atualmente ainda não possui registro para a cebola, sendo utilizado 
na cultura somente de modo experimental. 
Já o herbicida flumioxazin, tem registro para as culturas como soja, feijão, milho, trigo 
e cebola (MAPA, 2022). Atua como inibidor da enzima protoporfirinogênio oxidase 
(PROTOX), ou seja, não participa diretamente no processo da fotossíntese, mas gera o acúmulo 
de fotodinâmicos que interferem negativamente na fotossíntese, respiração e cadeia de 
transporte de elétrons. Herbicidas com este mecanismo matam a planta rapidamente através do 
contato. Por isso, ao serem aplicados em pré-emergência causam a morte da planta quando 
19 
 
entram em contato com as camadas do solo tratadas. Apresenta um grande potencial de uso na 
cultura da cebola, se mostrando eficiente no controle de plantas daninhas de folha larga e 
algumas de folha estreita, quando também aplicado em pré-emergência (DUKE et al., 1991; 
JAREMTCHUK et al., 2009; OLIVEIRA JÚNIOR; CONSTANTIN; INOUE, 2011). 
O diuron é um herbicida que pode ser usado tanto para plantas daninhas de folha larga, 
quanto para de folhas estreita, em pré ou pós-emergência. Apresenta ampla utilização na 
agricultura e no Brasil tem registro para as culturas de cana-de-açúcar, citros, café, algodão, 
abacaxi, videira, cacau, banana, alfafa e seringueira (ADAPAR, 2022). Faz parte do grupo de 
herbicidas inibidores do fotossistema II e atua inibindo o transporte de elétrons da fotossíntese 
através da remoção ou inativação de um ou mais carregadores intermediários desta cadeia 
(OLIVEIRA JÚNIOR; CONSTANTIN; INOUE, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 ÁREA EXPERIMENTAL 
 
 O experimento foi conduzido entre setembro a dezembro de 2022, em área comercial 
localizada em Curitibanos/SC, a 27°22’17” S de latitude e a 50°35’02” O de longitude com 
altitude próxima a 1000 m (INSTITUTO CEPA/SC, 2003). 
 O solo é classificado como cambissolo húmico, que apresenta uma fertilidade natural 
variável, porém há limitações quanto ao seu uso pelos declives acentuados, perfil raso e 
pedregosidade (EMBRAPA SOLOS, 2004). 
 A análise química e física do solo foi realizada na profundidade de zero a vinte 
centímetros. As características químicas e físicas provenientes do solo da área de 
experimentação podem ser observadas na Tabela 1. 
 
Tabela 1 – Características químicas e físicas do solo da área de experimentação, localizada em 
Curitibanos/SC. 
 pH Al3+ H+ + Al3+ Ca2+ + Mg2+ Ca2+ K+ 
CaCl2 SMP cmolc dm
-3 
5,7 6,4 0,0 0,0 13,8 9,5 0,76 
 
P M.O. CTC V Argila Silte Areia 
mg dm-3 g dm-3 cmolc dm
-3 % g kg-1 
34,7 35 17,4 84 680 251 69 
Fonte: IBRA Laboratórios, 2023. 
 
 De acordo com a classificação de Köppen, o clima da região é classificado como Cfb 
temperado, mesotérmico úmido e verão ameno, com precipitação média anual em torno de 1500 
mm e temperaturas médias que variam entre 15°C e 25°C (INSTITUTO CEPA/SC, 2003). 
 
3.2 IMPLEMENTAÇÃO DO EXPERIMENTO 
 
 O preparo do solo na área foi realizado seguindo o manejo adotado na propriedade, com 
uma operação de aração, duas operações de gradagem e uma operação com encateiradeira para 
o preparo dos canteiros. As parcelas experimentais foram dispostas com seis linhas de plantio 
com espaçamento definido de 0,2 m entre linhas, com densidade de plantio de 10 mudas por 
metro. Cada parcela contou com 1,2 m de largura e 3 m de comprimento, tendo uma área de 
3,6 m² por parcela. O experimento apresentou 36 parcelas experimentais totalizando uma área 
de 129,3 m². 
21 
 
 O transplantio das mudas foi realizado no dia quatro de setembro de 2022. A cultivar de 
cebola utilizada, foi a Mulata Calibrada, da empresa TSV sementes, material com ciclo tardio 
de 170 a 180 dias (TSV SEMENTES, 2022). 
 A adubação, os tratos culturais e a irrigação foram realizadas seguindo o manejo da 
propriedade, conforme a recomendação para a cultura da cebola em SC e através da análise de 
solo realizada na área. 
 
3.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL 
 
 O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados (DBC), com 
nove tratamentos com quatro repetições, sendo que cada canteiro constituiu um bloco. Do total, 
sete tratamentos receberam a aplicação de herbicidas de pré-emergência e dois foram 
conduzidos como testemunhas, uma com capina e outra sem capina. Na Tabela 2 é demonstrado 
os tratamentos estabelecidos pela experimentação. 
 
Tabela 2 – Tratamentos utilizados no experimento para o estudo de herbicidas de pré-
emergência para a cultura da cebola transplantada em Curitibanos/SC. 
Tratamentos Ingrediente ativo Dose 
(g ha-1) 
Nome comercial Dose 
(p.c. L ha-1) 
1 Diuron + Pyroxasulfone (Pyr) 500 + 50 Diuron + Yamato 1,0 + 0,1 
2 Diuron + Pyr 500 + 75 Diuron + Yamato 1,0 + 0,15 
3 Diuron + Pyr 500 +100 Diuron + Yamato 1,0 + 0,2 
4 Diuron + (Pyr + Flumioxazin) 
(Flu) 
500 +(60 + 40) Diuron + Kyojin 1,0 + 0,2 
5 Diuron + (Pyr + Flu) 500 + (75 +50) Diuron + Kyojin 1,0 +0,25 
6 Diuron + (Pyr + Flu) 500 + (90 + 60) Diuron + Kyojin 1,0 + 0,3 
7 Diuron 500 Diuron 1,0 
8 Testemunha capinada - - - 
9 Testemunha sem capina - - - 
Fonte: Elaborado pelo autor (2022). 
 
 A aplicação ocorreu sete dias após o transplantio das mudas de cebola, com o auxílio de 
um pulverizador costal pressurizado à CO2 equipado com pontas de jato plano modelo 110.015, 
com espaçamento de 0,50 m para as aplicações dos herbicidas. A pressão de trabalho utilizada 
foi de 2 BAR e velocidade de deslocamento de 1,0 m s-1, que resultou em uma taxa de aplicação 
de 150 L ha-1. A testemunha capinada foi conduzida através do arranquio manual, a fim de 
promover o crescimento da cebola sem interferência de plantas daninhas. Na testemunha sem 
22 
 
capina não foi realizado o manejo de plantas com o objetivo de demonstrar os danos causados 
pela interferência à cultura. 
 
Figura 1 – Aplicação de herbicidas na cultura da cebola em Curitibanos/SC. 
 
Fonte: autora, 2022. 
 
3.4 AVALIAÇÕES 
 
 As avaliações foram realizadas nas linhas centrais da parcela, desconsiderando as linhas 
externas. Para as variáveis de fitointoxicação e controle das plantas daninhas, foram realizadas 
avaliações aos 15, 30, 45 e 60 dias após a aplicação (DAA). Para a fitointoxicação foi utilizado 
o padrão de escala visual elaborado pela Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas 
(SBCPD, 1995), em que a atribuição da nota zero, é a ausência de fitointoxicação e cem, é a 
morte das plantas. 
Para a avaliação de controle das plantas daninhas, também foi realizada pela escala 
visual elaborada pela SBCPD (1995), seguindo o padrão das notas, em que zero, é a ausência 
de controle e cem, a morte das plantas daninhas. Além das notas de controle, aos 15, 30 e 45 
DAA foi realizado a determinação do número de plantas daninhas que infestaram cada parcela, 
por meio de um quadro vazado com área de 0,25 m2, disposto na área útil de cada parcela 
(Figura 2). As plantas daninhas presentes no interior do quadro foram identificadas e 
contabilizadas. 
 Aos 60 DAA realizou-se a avaliação de porcentagem de controle das plantas daninhas, 
além da determinação de sua massa seca. Esta determinação, se deu através do arranquio das 
23 
 
plantas daninhas presentes na área útil de cada parcela, com o auxílio de um quadrado metálico 
vazado com área conhecida de 0,25 m². As plantas daninhasencontradas dentro da área definida 
foram identificadas, quantificadas, coletadas, armazenadas em sacos de papel e levadas para 
secagem em estufa de circulação forçada com temperatura média de 55°C, e posteriormente foi 
determinado a massa seca em balança de precisão. 
 
Figura 2– Quadro metálico vazado para contagem do número de plantas daninhas e para 
determinação de sua massa seca na parcela experimental. 
 
Fonte: autora, 2022 
 
Após o tombamento das plantas de cebola, no dia 21 de dezembro de 2022, foi 
determinado o estande de plantas, em duas linhas de um metro no centro de cada parcela. Em 
seguida, realizou-se a colheita dos bulbos presentes nestas duas linhas, e os submeteu ao 
processo de cura (desidratação) em ambiente protegido (estufa plástica), sob bancada de fundo 
vazado. Ao atingir o ponto ideal de cura, cortou-se a parte aérea e o sistema radicular de todos 
os bulbos. Este manejo possibilitou avaliar o diâmetro dos bulbos (com o auxílio de paquímetro 
digital), peso dos bulbos classificados como caixa três (>50mm – bulbos comerciais), e peso 
dos bulbos classificados como menores que caixa três (<50mm – bulbos industriais) 
(CEAGESP, 2021) extrapolando os valores de peso por parcela para produtividade de bulbos 
comerciais e totais (todos os bulbos colhidos na parcela) (Figura 3). 
 
 
 
 
24 
 
Figura 3 – Avaliação de peso de bulbos comerciais e industriais, e mensuração do diâmetro de 
bulbos, de cebola em função da aplicação de herbicidas de pré-emergência, em 
Curitibanos/SC. 
 
Fonte: autora, 2023. 
 
3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA 
 
 Os dados obtidos referentes às variáveis estudadas no experimento foram submetidos à 
análise de variância pelo teste F, em nível de significância de 5%. O teste de Tukey, a 5% de 
probabilidade, atribuiu os valores para o teste de médias. O programa SISVAR foi utilizado 
para a obtenção das análises estatísticas de todas as variáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Durante o período de avaliações foi possível identificar 12 espécies de plantas daninhas 
na área experimental. Foram identificadas as seguintes espécies: ervilhaca (Vicia villosa), 
serralha (Sonchus oleraceus), ançarinha-branca (Chenopodium album L.), caruru (Amaranthus 
viridis), nabiça (Raphanus raphanistrum), milho (Zea mays), corda-de-viola (Ipomoea 
grandifolia), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), erva-de-passarinho (Struthanthus 
flexicaulis), picão-preto (Bidens pilosa), mentinha (Mentha L.), e leiteiro (Euphorbia 
heterophylla). 
 Apesar do grande número de espécies de plantas daninhas encontradas, a nabiça foi 
destaque, aparecendo em maior proporção em toda a área experimental, representando 90,01% 
das plantas infestantes. Uma das justificativas para esta notoriedade pode ser indicada pela 
nabiça ser uma espécie anual de inverno (FRANCESCHETTI et al., 2019). Ao observar a 
temperatura média diária em Curitibanos, percebe-se que até mesmo nos meses de novembro e 
dezembro esta média se manteve baixa, com poucos dias tendo média acima de 20°C (Figura 
4). Este fato permite que os fluxos de emergência desta espécie se estendam por, praticamente, 
todo o ciclo de cultivo da cebola. 
 
Figura 4 – Temperatura média diária (°C) em Curitibanos/SC durante o período experimental. 
 
Fonte: CIRAM/EPAGRI, 2023. 
 
 Aos 15 DAA, foi realizada a primeira avaliação de plantas de nabiça m-2 nos tratamentos 
(Figura 5). Esta avaliação permitiu observar que o tratamento com mistura de diuron com 
pyroxasulfone e flumioxazin em maior dosagem (90 + 60 g ha-1) foi o único tão eficiente quanto 
a testemunha capinada, apresentando, aproximadamente, apenas 3 plantas da espécie m-2. Em 
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
4/9 19/9 4/10 19/10 3/11 18/11 3/12 18/12
T
 m
éd
 d
iá
ri
a 
(°
C
)
Dias
26 
 
contrapartida, a testemunha sem capina chegou a apresentar, cerca de 50 plantas de nabiça m-2. 
Este fato reafirma a baixa capacidade de competição da cultura, indicando um curto período 
anterior a interferência (PAI) de aproximadamente, 20 dias após o transplantio (DAT), 
conforme estudos de Souza et al., (2014). Os tratamentos onde foi associado diuron e 
pyroxasulfone na dose de 50 g ha-1 e o que contou somente com a aplicação de diuron foram os 
menos eficientes na redução da emergência de nabiça, tendo cerca de 25 plantas m-2. Os demais 
tratamentos utilizando herbicidas demonstraram um comportamento semelhante, no qual o 
número de nabiças m-2 ficou entre 10 e 20 plantas. 
Já aos 30 DAA, a associação de diuron com pyroxasulfone e flumioxazin em dose de 
90 + 60 (g ha-1) e a testemunha capinada apresentaram o número de plantas de nabiça m-2 
estatisticamente iguais aos demais tratamentos que fizeram o uso de herbicidas, com exceção 
apenas do tratamento de associação de pyroxasulfone na menor dose (50 g ha-1) com diuron, e 
do que contou somente com a aplicação de diuron, que ainda mantiveram seu controle abaixo 
dos demais. Na última avaliação, em 45 DAA, as respostas foram as mesmas da anterior. Sua 
única mudança de conformação foi para diuron e pyroxasufone em dose de 75 g ha-1, que nesta 
avaliação demonstrou um aumento no número de nabiças m-2, se igualando à mistura de diuron 
com pyroxasulfone na dose de 50 g ha-1 e ao diuron aplicado de maneira isolada. 
O flumioxazin apresenta um maior espectro de controle de plantas daninhas de folha 
larga. Como consequência disto, é possível observar que no tratamento onde há associação 
deste herbicida com diuron e pyroxasulfone em maior dose, há um menor número de nabiças. 
Ao contrário do flumioxazin, o pyroxasulfone é um graminicida com espectro de ação em 
plantas daninhas de folha larga com semente pequena (PRESOTO et al., 2022). De acordo com 
Oliveira et al. (2001, apud MARCUSSI, 2020), pesquisas já vêm sendo realizadas sobre a ação 
de controle de plantas daninhas de folhas largas pelo pyroxasulfone, como demonstrado no 
presente trabalho, no qual a mistura de diuron com pyroxasulfone 100 g ha-1 obteve um bom 
controle da infestação de nabiças, sendo estatisticamente igual aos que tiveram a associação 
com flumioxazin. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 5 – Número de plantas de nabiça m-2 em função da aplicação de herbicidas de pré-
emergência, em Curitibanos/SC. 
 
Fonte: autora, 2023. 
 
 O somatório das 12 espécies de plantas daninhas presentes (incluindo a nabiça) foi 
agrupado em apenas um gráfico. De modo geral, nas três avaliações todos os tratamentos para 
número total de plantas daninhas m-2 (Figura 6) responderam da mesma maneira que para 
plantas de nabiças m-2, uma vez que esta foi a espécie predominante na flora infestante da 
cebola. 
 
 
28 
 
Figura 6 – Número total de plantas daninhas m-2 em função da aplicação de herbicidas de pré-
emergência, em Curitibanos/SC. 
 
 
 Fonte: autora, 2023. 
 
Ao analisar ambas as variáveis referentes ao número de plantas daninhas (Figuras 5 e 
6), é possível perceber que as misturas de pyroxasulfone (50 e 75 g ha-1) com diuron e a 
aplicação somente de diuron não são eficazes no controle de plantas daninhas em pré-
emergência. Ou seja, estes tratamentos não impediram que as plantas daninhas emergissem e 
causassem danos à cultura. Este fato se confirma através da analise dá porcentagem de controle 
da matoinfestação (Figura 7). 
Nas avaliações referentes a porcentagem de controle das plantas daninhas, nos 15 e 30 
DAA, percebe-se um padrão no desempenho dos tratamentos. Nestas análises, a associação 
pyroxasulfone (50 e 75 g ha-1) com diuron e a aplicação somente de diuron se apresentaram 
29 
 
menos eficientes no controle das plantas daninhas quando comparados aos demais tratamentos. 
Entretanto na primeira avaliação, aos 15 DAA, somente a menor dose de pyroxasulfone (50 g 
ha-1) associado ao diuron resultou em um controle insatisfatório (< 80%), já aos 30 DAA, a 
associação de diuron com pyroxasulfone em dose75 g ha-1 e o diuron aplicado sozinho, também 
demonstram a mesma ineficiência. Os demais tratamentos com herbicidas, em ambas as 
avaliações, obtiveram uma grande semelhança de controle, além de ter um controle satisfatório 
(> 80%). 
 
Figura 7 – Porcentagem de controle de plantas daninhas em função da aplicação de herbicidas 
de pré-emergência, em Curitibanos/SC. 
 
 
Fonte: autora, 2023. 
 
 Dentre os tratamentos, todas misturas de diuron, pyroxasulfone e flumioxazin (60 + 40, 
75 + 50 e 90 + 60 g ha-1) continuavam com um controle acima de 80% aos 45 DAA. Entretanto, 
30 
 
na última avaliação, aos 60 DAA, somente a associação de pyroxasulfone + flumioxazin na 
maior dose (90 + 60 g ha-1) com o diuron demonstrou um controle satisfatório, resultando em 
88,5%. Além disto, o padrão de ineficiência da associação de diuron e pyroxasulfone nas doses 
de 50 e 75 g ha-1, e do diuron aplicado isolado, se evidencia ainda mais nesta análise, pois 
apresentam controle abaixo de 50%. 
As avaliações de número de plantas daninhas e porcentagem de controle evidenciam 
que a mistura das moléculas de pyroxasulfone e flumioxazin, em combinação com o herbicida 
diuron, em todas as dosagens testadas, obtiveram um bom desempenho, apesar de que somente 
a maior dose de pyroxasulfone + flumioxazin (90 + 60 g ha-1) atingiu um controle satisfatório 
na avaliação realizada aos 60 DAA. Embora o controle completo da infestação não tenha sido 
possível, a aplicação da mistura em maior dose diminuiu a população das plantas daninhas a 
um nível de baixa competitividade. Segundo Marcussi (2020), a combinação destas moléculas 
tem se mostrado eficaz e apresentado sinergismo no controle de plantas daninhas em pré-
emergência. Sua aplicação também tem sido eficiente em culturas como a soja (COPATTI, 
2022) e o milho (MARCUSSI, 2020). Além disto, o trabalho de Novais et al. (2023), demonstra 
que a mistura destas moléculas, em doses de 100 + 66,67 e 200 + 133,33 g ha-1, proporciona 
um expressivo efeito residual superior a 90 dias, em solos de textura argilosa e franco-arenosa. 
Entretanto, a aplicação isolada de diuron não foi satisfatória para o controle em pré-
emergência das daninhas. Este resultado é contrário a outros trabalhos que demonstram um 
controle satisfatório do herbicida, com resultados acima de 90% em aplicações de 1,6 e 3,2 kg 
ha-1 em pré-emergência, para solo argiloso, no controle do capim-braquiária (Brachiaria 
decumbens) em casa de vegetação (INOUE et al., 2011). Vale ressaltar que as doses de diuron 
desse trabalho foram muito superiores aos 0,5 kg utilizados no ensaio com cebola. 
Algumas espécies de plantas daninhas controladas pelo diuron são: a malva branca (Sida 
cordifolia), o picão-preto (Bidens pilosa), o carrapicho-de-carneiro (Acanthospermum 
hispidum), a guanxuma (Sida rhombifolia), o capim-colchão (Digitaria spp.), o caruru 
(Amaranthus viridis), (BIFFE et al., 2007; BIFFE et al., 2009), o leiteiro (Euphorbia 
heterophylla), a corda-de-viola (Ipomoea grandifolia), a manjerioba (Senna occidentalis) e a 
nabiça (Raphanus raphanistrum) (CAMPOS; VITORINO; MARTINS, 2012). 
 A molécula pyroxasulfone também se mostrou ineficiente para o controle das plantas 
daninhas na área experimental, principalmente nas menores doses. Porém, sua eficácia já foi 
comprovada, demonstrando um controle de 90% em espécies como o capim-colchão (Digitaria 
spp.), o caruru (Amaranthus retroflexus) e o capim-arroz (Echinochloa crusgalli), além de 
apresentar uma boa atividade residual no solo (NURSE et al., 2011; YAMAJI et al., 2014). 
31 
 
Vale ressaltar que estas espécies são gramíneas ou dicotiledôneas com sementes pequenas, no 
caso do caruru, sendo os principais alvos desse herbicida. 
 Há diversos fatores que podem levar à diminuição da efetividade dos herbicidas 
aplicados em pré-emergência, alguns deles são: os processos físicos-químicos relacionados aos 
processos de sorção e dessorção ao solo, o excesso de chuva ou de irrigação, a espécies 
infestantes (OLIVEIRA JÚNIOR; CONSTANTIN; INOUE, 2011), e a temperatura (QASEM, 
2005). O controle insatisfatório das plantas daninhas pelos herbicidas diuron e pyroxasulfone, 
pode estar ligado, principalmente, pelas características do solo, pela dosagem aplicada e pela 
alta infestação da nabiça. 
 A textura do solo e suas propriedades químicas influenciam a capacidade de ligação dos 
herbicidas no solo e, consequentemente, o controle de plantas daninhas (WESTRA et al., 2023). 
O teor de argila, matéria orgânica e capacidade de troca catiônica (CTC), afetam diretamente o 
processo de sorção dos produtos, assim a recomendação de doses dos herbicidas residuais varia 
conforme a classe textural do solo (ARSEGO, 2009). 
Segundo Westra et al. (2023), a sorção do pyroxasulfone ao solo está relacionada ao seu 
teor de matéria orgânica (MO). Ou seja, quanto maior o teor de MO no solo, maior será a sorção 
do pyroxasulfone, que ocasionará um menor o controle das plantas daninhas na área. O processo 
de sorção do diuron também é influenciado pela MO, mas principalmente pelo teor de argila no 
solo. Segundo Arsego (2009), ao analisar diversos solos de diferentes classes texturais, foi 
observado que para os solos argilosos o processo de sorção e retenção de diuron foi intenso. 
Segundo Novais et al. (2023), solos de textura argilosa, como a do presente trabalho, retém as 
moléculas dos herbicidas em maior quantidade, e permitem que haja um maior residual. 
Em sistema de transplantio, apesar da muda já apresentar melhor capacidade de 
competição, apenas uma única aplicação de herbicida em pré-emergência não demonstra 
eficiência para garantir o controle satisfatório da infestação, sendo necessário complementações 
com aplicações na pós-emergência das plantas daninhas (SOUZA, 2015). As dosagens também 
podem ser grandes responsáveis pela ineficiência do produto, uma vez que, quantidades mais 
baixas estão diretamente ligadas ao menor controle de plantas daninhas (CONCENÇO et al., 
2006; MEGGUER et al., 2012) e à baixa atividade residual. Entretanto, segundo Presoto et al. 
(2022), os testes com doses reduzidas são importantes para avaliar a contribuição de cada 
molécula na porcentagem de controle, uma vez que altas doses resultam na plena eficácia dos 
produtos. Além disso, a cebola é muito sensível a herbicidas, não tolerando doses elevadas de 
herbicidas, como o diuron. 
 
32 
 
Quanto à alta infestação da nabiça, percebe-se que os herbicidas e doses testados foram 
capazes de realizar um controle no fluxo inicial das plântulas. Esta planta daninha demonstra 
alta capacidade competitiva com espécies cultivadas devido ao seu rápido crescimento 
(BARROSO, 2010; FRANCESCHETTI et al., 2019) através da emissão de ramificações 
laterais que geram plantas com maior área foliar e dossel. Além disso, uma única planta de 
nabiça pode chegar a produzir cerca de 300 sementes por metro que muitas vezes entram em 
dormência por um período prolongado (CHEAM; CODE, 1995; WARWICK; FRANCIS, 
2005). Suas características, em conjunto à diminuição da atividade residual dos herbicidas, às 
baixas temperaturas e à baixa capacidade de competição da cebola, permitiram novos fluxos de 
emergência ao longo do desenvolvimento da cultura. 
O acúmulo de massa seca de plantas daninhas está diretamente ligado a porcentagem de 
controle das plantas daninhas. Ao analisar esta variável, percebe-se que, quanto maior o 
controle, menor foi o acúmulo de massa seca da comunidade infestante (Figura 8). 
 
Figura 8 – Acúmulo de massa seca de plantas daninhas (g m-2) em função da aplicação de 
herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC. 
 
Fonte: autora, 2023. 
 
 A testemunha sem capina apresentou o maior acúmulo de massa seca, chegando a 292,4 
g m-2. Os tratamentos com mistura de diuron e pyroxasulfone em menor dose (50 g ha-1) e com 
diuron isolado, demonstram uma semelhança estatística, apresentandoos maiores pesos de 
massa seca entre os tratamentos com aplicação de herbicidas, com respectivamente, 122,08 e 
150,16 g m-2. Este padrão também é encontrado em trabalhos como o de Copatti (2020) e de 
Presoto et al. (2022). 
33 
 
 O menor acúmulo de massa seca foi encontrado no tratamento com a aplicação de diuron 
associado ao pyroxasulfone + flumioxazin na maior dose (90 + 60 g ha-1), que apesar de se 
diferenciar estatisticamente da testemunha capinada, apresentou menos de 10 g m-2. A aplicação 
de maiores dosagens de pyroxasulfone + flumioxazin, em pré-emergência, se mostrou essencial 
no controle satisfatório e na promoção de um baixo acúmulo de massa seca de plantas daninhas, 
como o capim-colonião (Panicum maximum) (PRESOTO et al., 2022) e o caruru (Amaranthus 
tuberculatus) (FERRIER et al., 2022). 
 A Figura 9, permite observar as diferenças na infestação, controle e acúmulo de massa 
verde nos tratamentos aos 60 DAA, em alguns tratamentos como o diuron isolado e na 
testemunha sem capina, não é possível visualizar as plantas de cebola, em função do altíssimo 
acúmulo de massa verde das plantas de nabiça. 
 
34 
 
Figura 9 – Acúmulo de massa verde aos 60 DAA em função de herbicidas de pré-emergência, 
em Curitibanos/SC. 
 
a) D (500) + P (50) g ha-1; b) D (500) + P (75) g ha-1; c) D (500) + P (100) g ha-1; d) D (500) + [P (60) + F (40)] 
g ha-1; e) D (500) + [P (75) + F (50)] g ha-1; f) D (500) + [P (90) + F (60)] g ha-1; g) D (500) g ha-1; h) 
Testemunha capinada; i) Testemunha sem capina. 
Fonte: autora, 2022. 
 
Durantes as avaliações de controle e contagem das espécies de plantas daninhas também 
foi avaliada a fitointoxicação das plantas de cebola. Em nenhum momento foi perceptível a 
ocorrência de sintomas visuais de fitointoxicação após a aplicação dos herbicidas. 
Os resultados mostram que os tratamentos com herbicida e a testemunha capinada 
tiveram um comportamento semelhante quanto ao estande de plantas de cebola, com valores 
entre 7 a 9 bulbos m-1. No entanto, a matocompetição reduziu esta variável na cebola, pois 
apenas a testemunha sem capina, na qual não houve nenhum controle das plantas daninhas, foi 
a) b) c) 
e) d) f) 
g) h) i) 
35 
 
observado diferenças, com 4 bulbos m-1 (Figura 10a). Khokhar et al. (2006) e Qasem (2005), 
demonstram que, além da testemunha capinada, os tratamentos com herbicida também 
obtiveram um maior número de bulbos em comparação com testemunha infestada de plantas 
daninhas. 
 
Figura 10 – Estande (plantas m-1) (a) e diâmetro de bulbos (mm) (b) de cebola em função da 
aplicação de herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC. 
 
Fonte: autora, 2023. 
 
Os tratamentos com menor controle de plantas daninhas apresentam menor diâmetro de 
bulbos. Os bulbos dos tratamentos da associação de diuron e pyroxasulfone (50 e 75 g ha-1), e 
do diuron aplicado isolado foram os mais afetados, apresentando diâmetro médio entre 28 a 45 
mm, sendo classificados como bulbos não comerciais, se analisado o valor médio. As 
infestações ao longo de todo o ciclo da cultura geram um efeito ainda pior no diâmetro de bulbos 
de cebola, visto que o menor diâmetro de bulbos foi obtido na testemunha sem capina, com 
tamanho médio de 25 mm. Porém, mesmo que não tenha sido observado em todos os herbicidas 
semelhança a testemunha capinada, nota-se que, os tratamentos com herbicidas aumentaram o 
valor médio desta variável se comparados com a testemunha infestada por plantas daninhas 
(Figura 10b), corroborando com estudos de Qasem, (2005). 
Segundo Islam et al. (2020), áreas de cebola sob condição de plantas daninhas tem seus 
parâmetros de crescimento afetados. Um exemplo de característica da cultura que é afetada pela 
matocompetição, é o diâmetro dos bulbos (QASEM, 2006). Estas perdas podem ser observadas 
principalmente em áreas onde há a presença de nabiça. Em alta densidade populacional, a 
nabiça pode levar a diminuição na altura da planta, diâmetro do caule, área foliar, diâmetro do 
bulbo e massa seca da cebola (FRANCESCHETT et al., 2019). 
36 
 
Outras pesquisas mostram resultados semelhantes, onde cebolas transplantadas, em 
competição com plantas daninhas durante todo o ciclo, tem seu diâmetro, peso e estande 
drasticamente reduzidos, resultando em baixa produtividade de bulbos (ISLAM, 2020; QASEM 
2006). 
A baixa produtividade total de bulbos é fortemente evidenciada na testemunha sem 
capina, que apresentou uma produtividade total de 2947 kg ha-1 (Figura 11a). A infestação de 
plantas daninhas em todo o ciclo de cultivo da cebola, resultou em uma diminuição de cerca de 
90,28% na produtividade total, quando comparada a testemunha capinada. Estes dados 
corroboram com trabalhos de Qasem (2006), Ferreira (1985), Soares et al. (2004), Soares et al. 
(2003) e Zanatta et al. (2006), nos quais houve a diminuição da produtividade da cebola em, 
respectivamente, 89%, 92%, 94,5%, 95%, e até mesmo 100%. 
 
Figura 11 – Produtividade total de bulbos (a) e produtividade de bulbos comerciais (b) (kg ha-
1) de cebola em função da aplicação de herbicidas de pré-emergência, em Curitibanos/SC. 
 
Fonte: autora, 2023. 
 
O segundo pior resultado foi obtido quando o diuron foi aplicado isolado, com 
produtividade de 6265 kg ha-1, seguido da sua associação de pyroxasulfone na menor dose (50 
g ha-1) que teve uma produtividade em, cerca de, 9201 kg ha-1. Em compensação, as misturas 
de diuron, pyroxasulfone e flumioxazin em dose 75 + 50 e 90 + 60 g ha-1, foram capazes de 
alcançar um rendimento de aproximadamente 23500 kg ha-1, reforçando o fato de que para 
almejar uma boa produtividade em cultivos de cebola, é imprescindível realizar o controle de 
plantas daninhas infestantes na lavoura. Segundo Qasem (2005), o herbicida oxadiazon 
aplicado em pré-emergência, e o oxyfluorfen em pós-emergência, aumentaram a produtividade 
da cebola em relação a testemunha infestada. Tratamentos com herbicidas podem demonstrar 
37 
 
uma produtividade igual ou até maior que a da testemunha capinada (FERREIRA, 1985), 
revelando que em condições favoráveis, dose e época certa de aplicação geram controles e um 
rendimento efetivo. A testemunha capinada alcançou uma produtividade de 30,34 mil kg ha-1, 
se igualando a média de produtividade catarinense da safra 2022/23. 
A matointerferência, além das drásticas perdas de produtividade total de bulbos da 
cebola, tem como consequência a diminuição da produtividade de bulbos comercializáveis, que 
podem ser reduzidas em até 100% (SIMON et al., 2012; SOARES et al., 2003). Isto pode ser 
observado na testemunha sem capina, onde a produtividade de bulbos comerciais foi zero. Esta 
análise mostra que nem todos os métodos de controle com aplicação de herbicidas foram 
eficientes no aumento do rendimento de bulbos comercializáveis, quando comparados a 
testemunha infestada (Figura 11b). 
Souza (2014), demonstrou que a presença de plantas daninhas como a nabiça e o capim-
colchão podem impulsionar a perda de 100% dos bulbos comerciais. Ou seja, quanto maior a 
densidade destas plantas daninhas, maior a proporção de bulbos industrializáveis, e 
consequentemente reduz a produtividade de bulbos comerciais (QASEM, 2006). 
O incremento na produtividade de bulbos classificados como indústria em tratamentos 
com maior presença de daninhas pode ser atribuído à competição com a cebola por recursos do 
meio como água, nutrientes e luz, que resultou em tamanho de bulbo reduzido, enquanto o uso 
de herbicidas controla a infestação e proporciona um melhor ambiente para o desenvolvimento 
dos bulbos (KHOKHAR, 2006). 
Os melhores resultados foram obtidos pela testemunha capinada, com 21772 kg ha-1 de 
bulbos comercializáveis, que representam 71,7% do total. Dentre os tratamentos com 
aplicações de herbicida, novamente a associação de pyroxasulfone + flumioxazin (90 + 60 g 
ha-1) ao diuron foi o melhor, com uma produtividade de bulbos comerciaisde 15424 kg ha-1, o 
que representa 66,2% da sua produtividade total. A efetividade da mistura em pré-emergência, 
foi o fator crucial para a alta produção de bulbos comerciais, uma vez que, segundo Qasem 
(2005), para evitar perdas significativas na produção de cebola, as plantas daninhas devem ser 
controladas no início da safra. 
O estudo destas variáveis evidencia ainda mais a importância do uso de herbicidas de 
pré-emergência, além de demonstrar que o pyroxasulfone e o pyroxasulfone + flumioxazin são 
uma nova opção de controle de plantas daninhas infestantes para a cultura da cebola. Com isto, 
é imprescindível a necessidade do estudo destas moléculas, a fim de possibilitar o futuro 
registro para a cultura. 
 
38 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A mistura de herbicidas diuron com pyroxasulfone e flumioxazin em maior dosagem 
(90 + 60 g ha-1) foi a mais eficiente no controle das plantas daninhas. Esta mistura proporcionou 
um baixo acúmulo de massa seca da infestação e, obteve uma maior produtividade de bulbos 
totais e comerciais. 
 O diuron e suas misturas com pyroxasulfone não se demonstraram tão eficientes no 
controle de plantas daninhas na área de cultivo da cebola. 
 A infestação de plantas daninhas em todo seu ciclo resultou em uma diminuição de cerca 
de 90,28% na produtividade total, quando comparada a testemunha capinada. 
 Não foram detectados sinais visíveis de fitointoxicação na cultura após a aplicação dos 
herbicidas com associação do diuron ao pyroxasulfone, e ao pyroxasulfone + flumioxazin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
REFERÊNCIAS 
 
ADAPAR. Diuron Nortox. Disponível em: 
<https://www.adapar.pr.gov.br/sites/adapar/arquivos_restritos/files/documento/2020-
12/diuronnortox500ec.pdf>. Acesso em: 27 set. 2022. 
 
ANACE. Associação Nacional dos Produtores de Cebola. Cebola é fonte de renda para 
agricultores familiares em SC. Brasília/DF, 2018. Disponível em: 
<http://www.anacebrasil.com.br/cebola-e-fonte-de-renda-para-agricultores-familiares-em-sc>. 
Acesso em: 10 set. 2022. 
 
ARSEGO, I. B. Sorção dos herbicidas diuron e hexazinone em solos de texturas 
contrastantes. ESALQ: Piracicaba, p. 66, 2009. 
 
BARROSO, A. A. M.; YAMAUTI, M. S.; ALVES, P. L. da C. Interferência entre espécies de 
planta daninha e duas cultivares de feijoeiro em duas épocas de semeadura. Bragantia, 
Campinas, v. 69, n. 3, p. 609-616, 2010. 
 
BIFFE, D. F.; ALONSO, D. G.; OLIVEIRA JR., R. S. de; CONSTANTIN, J.; FRANCHINI, 
L. H. M. Avaliação do herbicida Diuron em pré-emergência no controle de seis plantas 
daninhas na cultura de Manihot esculenta. Maringá/PR – UEM, p. 4, 2007. 
 
BIFFE, D. F.; ALONSO, D. G.; ARANTES, J. G. Z. de; OLIVEIRA JR., R. S. de; 
CONSTANTIN, J. Seletividade e eficácia agronômica de aplicações em pós-emergência 
dirigida às entrelinhas de Diuron Nortox na cultura da mandioca. Maringá/PR – UEM, p. 
4, 2009. 
 
BOEING, G. Fatores que afetam a qualidade da cebola na agricultura familiar 
catarinense. Florianópolis: Instituto Cepa/SC, p. 80, 2002. 
 
CAMPOS, C. F. de; VITORINO, H. dos S.; MARTINS, D. Controle de plantas daninhas com 
diuron em diferentes condições de luz. Revista Brasileira de Herbicidas, v. 11, n. 3, p. 258-
268, 2012. 
 
CEAGESP – Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Cebola: guia de 
identificação. 2021. Disponível em: <https://ceagesp.gov.br/wp-
content/uploads/2020/05/cebola-1.pdf>. Acesso em: 26 set. 2022. 
 
CHEAM, A. H.; CODE, G. R. The biologu of Australian Weeds 24. Raphanus raphanistrum 
L. Plant Protection Quarterly, v. 10, p. 2-13, 1995. 
 
CONCENÇO, G.; LOPES, N. F.; ANDRES, A.; MORAES, D. M.; SANTOS, M. Q.; 
RIEFFEL FILHO, J. A.; VILELLA, J. V. Controle de plantas daninhas em arroz irrigado em 
função de doses de herbicidas pré-emergentes e início da irrigação. Planta Daninha, 
Viçosa/MG, v. 24, n. 2, p. 303-309, 2006. 
 
COSTA, D. N.; ANDREOTTI, C. M. (eds.). A cultura da cebola. Brasília: Embrapa 
Informação Tecnológica, p. 107, 2002. 
 
https://www.adapar.pr.gov.br/sites/adapar/arquivos_restritos/files/documento/2020-10/diuronnortox.pdf
https://www.adapar.pr.gov.br/sites/adapar/arquivos_restritos/files/documento/2020-12/diuronnortox500ec.pdf
https://www.adapar.pr.gov.br/sites/adapar/arquivos_restritos/files/documento/2020-12/diuronnortox500ec.pdf
http://www.anacebrasil.com.br/cebola-e-fonte-de-renda-para-agricultores-familiares-em-sc
https://ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/cebola-1.pdf
https://ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/cebola-1.pdf
https://ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/cebola-1.pdf
40 
 
COPATTI, M. A. A. Eficiência de herbicidas pré e pós-emergentes na cultura da soja. 
Chapecó/SC: UFFS, p. 37, 2022. 
 
DUKE, S. O.; LYDON, J.; BECERRIL, J. M.; SHERMAN, T. D.; LEHNEN Jr., L. P.; 
MATSUMOTO, H. Protoporphyrinogen oxidase-inhibiting herbicides. Weed Science, v.39, 
n.3, p. 465-473, 1991. 
 
EMBRAPA SOLOS. Solos do Estado de Santa Catarina. Boletim de Pesquisa e 
Desenvolvimento, ed. 21, n. 46, p. 721, 2004. 
 
EPAGRI. Maior safra de cebola dos últimos anos em SC deve resultar em recorde no 
valor de produção. Disponível em: <https://blog.epagri.sc.gov.br/index.php/maior-safra-de-
cebola-dos-ultimos-anos-em-sc-deve-resultar-em-recorde-no-valor-de-producao/>. Acesso 
em: 03 abr. 2023. 
 
EPAGRI. Produção de cebola em sistema orgânico: produção de alimentos saudáveis para 
toda a sociedade e conservação do meio ambiente. Florianópolis: p. 15, 2021. 
 
EPAGRI. Sistema de produção para a cebola: Santa Catarina (4. Revisão). Florianópolis: p. 
106, 2013. (Epagri. Sistemas de Produção, 46). 
 
EPAGRI/CEPA. Produção vegetal. Disponível em: <https://www.infoagro.sc.gov.br/o-
infoagro/>. Acesso em: 03 abr. 2023. 
 
FAOSTAT. Rankings. Disponível em: <https://www.fao.org/faostat/en/#home>. Acesso em: 
09 set. 2022. 
 
FERREIRA, J. C. Avaliação de herbicidas aplicados em pré e pós-emergência na cultura da 
cebola (Allium cepa L.). Planta Daninha, v. 9, p. 97-105, 1985. 
 
FERRIER, J.; SOLTANI, N.; HOOKER, D. C.; ROBINSON, D. E.; SIKKEMA, P. H. The 
interaction of pyroxasulfone and flumioxazin applied preemergence for the control of 
multiple-herbicide-resistant waterhemp (Amaranthus tuberculatus) in soybean. Weed 
Technol, v. 36, p. 318–323, 2022. 
 
FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e 
comercialização de hortaliças. Viçosa/MG: UFV, 3 ed., p. 421, 2013. 
 
FRANCESCHETTI, M. B.; GALON, L.; MENEGAT, A. D.; BRUNETTO, L.; SILVA, A. 
M. L. da; TOSO, J. de O.; PERIN, G. F. et al. Competitive Interaction between Weeds and 
Onion Crop. International Journal of Advanced Engineering Research and Science 
(IJAERS), vol. 6, n. 7, p. 99-104, 2019. 
 
GARCIA, D. M.; BARNI, V.; STORCK, L. Influência da interferência de plantas daninhas no 
rendimento de bulbos de cebola. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 29, n. 10, p. 
1557-1563, 1994. 
 
GUGEL, J. T. Cebola. In: EPAGRI. Boletim Agropecuário. Florianópolis, SC: Epagri/Cepa, 
n. 118, p. 29-32, 2023. 
 
https://blog.epagri.sc.gov.br/index.php/maior-safra-de-cebola-dos-ultimos-anos-em-sc-deve-resultar-em-recorde-no-valor-de-producao/
https://blog.epagri.sc.gov.br/index.php/maior-safra-de-cebola-dos-ultimos-anos-em-sc-deve-resultar-em-recorde-no-valor-de-producao/
https://www.infoagro.sc.gov.br/o-infoagro/
https://www.infoagro.sc.gov.br/o-infoagro/
https://www.fao.org/faostat/en/#rankings/countries_by_commodity_imports
https://www.fao.org/faostat/en/#home
41 
 
GUGEL, J. T. Cebola. In: EPAGRI/CEPA. Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 
2020-2021. Florianópolis, SC: Epagri/Cepa, p. 42-49, 2022. 
 
IBGE. Produção de cebola. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/explica/producao-
agropecuaria/cebola/br>. Acesso em: 09 set. 2022. 
 
IHARA. Yamato SC. Disponível em: <https://ihara.com.br/wp-
content/uploads/sites/96/2021/07/yamato-sc-bula-3104546-1.pdf>.Acesso em: 29 set. 2022. 
 
INOUE, M. H.; SANTANA, C. T. C.; OLIVEIRA J. R. R. S.; POSSAMAI, A. C. S.; 
SANTANA, D. C.; ARRUDA, R. A. D.; DALLACORT, R.; SZTOLTZ, C. L. Efeito residual 
de herbicidas aplicados em pré-emergência em diferencia solos. Planta Daninha, 
Viçosa/MG, v. 29, n. 2, p. 429-435, 2011. 
 
INSTITUTO CEPA/SC. Curitibanos: Caracterização regional. p. 32, 2003. 
 
ISLAM, M. R.; MONIRUZZAMAN, M.; OBAIDULLAH, A. J. M.; FAHIM, A. H. F. Impact 
of integrated weed management on bulb yield of onion. Bangladesh Agronony Journal, v. 
23, n. 1, p. 83-89, 2020. 
 
JAREMTCHUK, C. C.; CONSTANTIN, J.; OLIVEIRA JÚNIOR, R. S.; ALONSO, D. G.; 
ARANTES, J. G. Z.; BIFFE, D. F.; ROSO, A. C. et al. Efeito residual de flumioxazin sobre a 
emergência de plantas daninhas em solos de texturas distintas. Planta Daninha, v.27, n.1, p. 
191-196, 2009. 
 
KHOKHAR, K. M.; MAHMOOD, T.; SHAKEEL, M.; CHAUDHRY, M. F. Evaluation of 
integrated weed management practices for onion in Pakistan. Crop Protection, v. 25, p. 968-
972, 2006. 
 
LANDAU, E. C.; VALADARES, G. M.; SILVA, G. A. da. Evolução da Produção de 
Cebola: (Allium cepa, Amaryllidaceae). In: LANDAU, E. C.; SILVA, G. A. da; MOURA, L.; 
HIRSCH, A.; GUIMARAES, D. P. Dinâmica da produção agropecuária e da paisagem 
natural no Brasil nas últimas décadas. Brasília, DF: Embrapa, v. 4, p. 653-677, 2020. 
 
MARCUSSI, S. A. Avaliação da eficácia de Pyroxasulfone e Flumioxazin em aplicação 
isolada e associação, no controle de plantas daninhas e seletividade na cultura do milho. 
In: MARCUSSI, S. A. Seletividade e eficiência de pyroxasulfone e flumioxazina, em mistura 
e isolados na cultura do milho e efeito carryover na cultura do feijão. Botucatu/SP: UNESP, p. 
24-47, 2020. 
 
MAPA. AGROFIT: consulta de ingrediente ativo. Disponível em: 
<https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 03 abr. 
2023. 
 
MCNAUGHTON, K. E.; SHROPSHIRE, C.; ROBINSON, D. E.; SIKKEMA, P. H. Soybean 
(Glycine max) Tolerance to timing applications of pyroxasulfone, flumioxazin, and 
pyroxasulfone + flumioxazin. Weed Technology, v.28, n.3, p. 494-500, 2014. 
 
https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/cebola/br
https://www.ibge.gov.br/explica/producao-agropecuaria/cebola/br
https://ihara.com.br/wp-content/uploads/sites/96/2021/07/yamato-sc-bula-3104546-1.pdf
https://ihara.com.br/wp-content/uploads/sites/96/2021/07/yamato-sc-bula-3104546-1.pdf
https://ihara.com.br/wp-content/uploads/sites/96/2021/07/yamato-sc-bula-3104546-1.pdf
https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
https://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
42 
 
MEGGUER, C. A.; COSTA, A. C.; SILVA, F. B.; SILVA, A. A; NEVES, J. C. 
Caracteristicas morfológicas em plantas de nabo forrageiro submetidas a subdoses de 
herbicida sulfentrazone. Congresso brasileiro de Mamona, p. 126, 2012. 
 
MENEZES JÚNIOR, F. O. G.; MARCUZZO, L. L. (Orgs.). Manual de boas práticas 
agrícolas: guia para a sustentabilidade das lavouras de cebola do estado de Santa Catarina. 
Florianópolis: Epagri, p. 143, 2016. 
 
MOSS, S. Strategies for the prevention and control of herbicide resistance in annual 
grass weeds. p. 283-290. In: PRADO, R. et al. (eds.). Weed and Crop Resistance to 
Herbicides. Kluwer Academic Publishers, p. 340, 1997 
 
NOVAIS, J. R.; INOUE, M H.; MENDES, K. F.; ARAÚJO, D. V. de; GUIMARÃES, A. C. 
D.; SOUZA, H. M. de L.; SILVA, J. L. M. de. Residual effect of pyroxasulphone and 
pyroxasulphone + flumioxazin on contrasting soils. Concilium, v. 23, n. 3, p. 16, 2023. 
 
NÚCLEO DE ESTUDOS EM CEBOLICULTURA – NEC. CebolaNET. Disponível em: < 
https://ciram.epagri.sc.gov.br/cebolanet/>. Acesso em: 10 set. 2022 
 
NURSE, R. E.; SIKKEMA, P. H.; ROBINSON, D. E. Weed control and sweet maize (Zea 
mays L.) yield as affected by pyroxasulfone dose. Crop Protection, n. 30, p. 789-793, 2011. 
 
OLIVEIRA JÚNIOR, R. S. de; CONSTANTINI, J.; INOUE, M. H (eds.). Biologia e manejo 
de plantas daninhas. Curitiba, PR: Omnipax, p. 348, 2011. 
 
OLIVEIRA NETO, A. M. de; CUNHA, G.; OLESCOWICZ, D.; GUTS, T.; GOEDE, M. 
HARTMANN, O. E. L.; GUERRA, N. Eficiência e deposição de herbicidas na cebola em 
função do adjuvante e da taxa de aplicação. Revista Brasileira de Herbicidas, v.17, n.4, p. 7, 
2018. DOI: http://dx.doi.org/10.7824/rbh.v17i4.604 
 
OVEJERO, R. F. L.; PICOLI JUNIOR, G. J.; TAKANO, H. K.; PALHANO, M.; WESTRA, 
P. Residual herbicides in Roundup Ready soybean: A case study in multiple years and 
locations with Ipomoea triloba. Ciência e Agrotecnologia, n. 43, p. 10, 2019. 
 
PIFFER, C. R.; BENEZ, S. H.; BERTOLINI, E. V. Comportamento de nabo forrageiro 
(Raphanus sativus L.) e nabiça (Raphanus raphanistrum L.) em diferentes sistemas de manejo 
do solo. Revista Varia Scientia Agrárias, v.01, n. 02, p. 33-47, 2010. 
 
PRESOTO, J. C.; ANDRADE, J. de F.; NETTO, A. G.; MALARDO, M. R.; NICOLAI, M.; 
CHRISTOFFOLETI, P. J. Effectiveness and interaction of the association of flumioxazin and 
pyroxasulfone in the control of guinea grass (Panicum maximum). Revista de Ciências 
Agroveterinárias, v. 21, n. 4., p. 6, 2022. 
 
QASEM, J. R. Chemical control of weeds in onion (Allium cepa L.). Journal of 
Horticultural Science & Biotechnology, v. 80, n. 6, p. 721–726, 2005. 
 
QASEM, J. R. Response of onion (Allium cepa L.) plants to fertilizers, weed competition 
duration, and planting times in the central Jordan Valley. Weed Biology and Management, 
v. 6, p. 212–220, 2006. 
 
https://ciram.epagri.sc.gov.br/cebolanet/
43 
 
RONCHI, C. P.; SILVA. A. A.; MIRANDA, G. V.; FERREIRA, L. R.; TERRA, A. A. 
Misturas de herbicidas para o controle de plantas daninhas do gênero Commelina. Planta 
Daninha, Viçosa/MG, v. 20, n. 2, p. 311-318, 2002 
 
SBCPD - SOCIEDADE BRASILEIRA DA CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS. 
Procedimentos para instalação, avaliação e análise de experimentos com herbicidas. 
Londrina, PR: p. 42, 1995. 
 
SIMON, L. J.; MONT-GERARD, J.; SANDER, J. Effect of early season weed competition 
duration on onion yield. Proceedings of the Florida State Horticultural Society, v. 125, 
n.1, p. 226-228, 2012. 
 
SOARES, D. J.; PITELLI, R. A.; BRAZ, L. T.; GRAVENA, R.; TOLEDO, R. E. B. Períodos 
de interferência das plantas daninhas na cultura de cebola (Allium cepa) transplantada. Planta 
Daninha, v. 21, n. 3, p. 387-396, 2003. 
 
SOARES, D. J.; GRAVENA, R.; PITELLI, R. A. efeito de diferentes períodos de controle das 
plantas daninhas na produtividade da cultura da cebola. Planta Daninha, Viçosa/MG, v. 22, 
n. 4, p. 517-527, 2004. 
 
SOUZA, J. I. de; MACIEL, C. D. G.; JADOSKI, S. O.; SILVA, A. A. P.; MATIAS, J. P. 
Resposta a aplicação sequencial tardia de herbicidas na cultura da cebola transplantada em 
diferentes arranjos de plantas. Brazilian Jounal of Applied technology for Agricultural 
Science, v. 8, p. 25-33, 2015. 
 
SOUZA, J. I. de; MACIEL, C. D. G.; ONO, E. O.; RESENDE, J. T. V.; SOARES, C. R. B.; 
PIVATTO, R. A. D. Períodos de interferência de plantas daninhas na cultura da cebola 
transplantada em diferentes populações na região de Guarapuava/PR. Unicentro – PR, p. 
5, 2014. 
 
STALOCH, C.; PELLIN, V. Análise da cultura da cebola na região de Ituporanga-SC para o 
reconhecimento de indicação geográfica. Revista Desenvolvimento Socioeconômico em 
Debate (RDSD), v. 5, n. 2, p. 03-21, 2019. 
 
TANETANI, Y.; KAKU, K.; KAWAI, K.; FUJIOKA, T.; SHIMIZU, T. Action mechanism 
of a novel herbicide, pyrosaxulfone. Pesticide Biochemistry and Physiology, v. 95, p. 47-55, 
2009. 
 
TSV SEMENTES. Cebola – Mulata Calibrada. Disponível em: 
<https://www.tsvsementes.com.br/produto/ver/163/cebola-mulata-calibrada>. Acesso em: 26 
set. 2022. 
 
VAN HEEMST, H. D. J. The influence of weed competition on crop yield. Agricultural 
Systems, v. 18, p. 81-93, 1985. 
 
WARWICK, S. I.; FRANCIS, A. The biology of Canadian weeds 132. Raphanus 
raphanistrum

Mais conteúdos dessa disciplina