Teoria de Erikson

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Fase de desenvolvimento 
segundo Erikson
Erikson desviou o foco da sexualidade para as 
relações sociais. Ele não nega a importância do 
estágio infantil, nele se dá todo o desenvolvimento 
psicológico e motor, mas ele observa que o que 
construímos na infância, em termos de 
personalidade, não é totalmente fixo e pode ser 
parcialmente modificado por experiências 
posteriores a cada etapa, o indivíduo cresce a partir 
das exigências internas do seu ego, mas também do 
meio em que vive, sendo, portanto, essencial a 
analise da cultura e da sociedade em que se vive o 
sujeito em questão.
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Erikson considera 8 fases do desenvolvimento:
• Em cada estágio o ego passa por uma 
crise que pode ter desfecho positivo ou 
negativo. Da solução positiva, da crise 
surge um ego mais rico e forte. Da 
negativa, um mais fragilizado. A cada 
crise, a personalidade vai se 
reestruturando e se reformulando de 
acordo com as experiências vividas, onde 
o ego vai se adaptando a seus sucessos e 
fracassos.
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Fases do Desenvolvimento
» De 0 a 1 ano Irá desenvolver a confiança x desconfiança
Os impulsos da criança são satisfeitos principalmente na área da 
boca, esôfago e estômago, ou seja, a libido está associado ao 
processo da alimentação e contato humano, que vem associado 
ao ato de mamar. Para Erikson, a primeira coisa que se aprende 
na vida é receber; e a criança recebe não só com a boca, mas com 
os sentidos, com os olhos, ouvidos e com o tato. A atitude 
psicossocial básica que se aprende, neste estágio, é “saber” e se 
pode confiar no mundo a sua volta, se será alimentada nos 
horários adequados e na quantidade correta, deixando-a 
confortável. A criança que desenvolve um sentido de confiança 
irá para os outros relacionamentos humanos levando esse sentido 
consigo;mas as que tiverem contato com alguém oscilante e 
áspero, podem desenvolver a desconfiança ; e podem levarem 
consigo este sentido nas relações posteriores.
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Continuação
De 2 a 3 anos: Autonomia x Vergonha e Dúvida
Nessa fase a criança pode andar por si própria e isso forma a base do 
sentido de independência ou autonomia.Inicia-se a capacidade de 
julgar a realidade e a antecipar situações, possibilitando maior 
tolerância às tensões do cotidiano e normais do desenvolvimento. 
Quando a criança consegue ter autonomia para realizar o que é 
solicitado pelo meio, sente-se gratificada, e quando não consegue, 
passa a sentir vergonha, podendo desenvolver o comportamento 
obsessivo, tornando-se mal-humorada, fechada e com uma 
hostilidade encoberta. É a fase onde pode tornar-se muito meticulosa. 
Sendo colocadora e participativa.
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Continuação
• De 04 a 05 anos: Iniciativa x Culpa.
• Nessa fase a criança já tem maior consciência de si mesma, 
percebendo com maior clareza o mundo que a rodeia, interessando-
se pelo ambiente e indagando sobre o significado e as causas dos 
fatos. A conduta social básica que pode manifestar-se nessa fase é a 
de sempre tirar “vantagem”, bem como o ataque frontal às pessoas 
que tentam colocar limites, tendo prazer na competição e na 
conquista, insistência em alcançar uma meta e embora demonstre 
segurança e tenha atitude resoluta, pode carregar traços de 
inferioridade. Por outro lado, nessa fase a criança torna-se amigável, 
colaboradora, amorosa, sendo capaz de proporcionar bem-estar às 
outras pessoas, uma vez que é capaz de ter empatia, é uma época de 
ações vigorosas e de comportamentos que podem ser considerados 
agressivos pelos pais.Eles precisam ajudar as crianças a dirigir sua 
energia e iniciativa para atividades aceitáveis, de modo que a culpa 
seja minimizada.
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Continuação
• De 6 a 12 anos: Produtividade x Inferioridade
• Nessa fase a criança utiliza sua energia psíquica para o 
fortalecimento do ego, o qual se tornará melhor equipado para lidar 
com os impulsos que virão nos próximos anos e para adaptar-se aos 
novos ambientes. Volta-se para o mundo externo, como escola, jogos, 
amizades e outras atividades fora do ambiente familiar, passando a 
buscar novos ídolos e super-heróis fora de casa. Erikson descreve 
essa fase como “Produtividade x Inferioridade”, sendo que na 
produtividade busca o aprendizado e a realização, utilizando-se de 
suas potencialidades e capacidade, na inferioridade, por não receber 
estímulo do meio, considera-se incapaz em relação aos outros, 
sentindo-se à margem do seu grupo, desistindo de competir como se 
estivesse destinado a mediocridade. É a fase onde a transição está 
ocorrendo, e não é mais criança, mas ainda não é jovem (fase 
infanto-juvenil), desejando em alguns momentos permanecer num 
estado de despreocupação, liberdade e aventura, e em outros, total 
inércia. 
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continuação
• De 13 aos 18 anos Identidade x Confusão de Papéis
• É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza 
por uma intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade. Nessa fase 
todos os padrões estabelecidos são questionados, bem como criticadas 
todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando assim a liberdade e 
auto-afirmação.
• Erikson aponta como sendo a fase da “Identidade x Confusão de 
Identidade” uma vez que há um grande desejo de ser valorizado, por 
possuir ou realizar algo que seja só seu, algo inédito, que lhe traga um 
destaque no grupo, porém o medo de não ser capaz está sempre presente. É 
uma fase de muita criatividade, com críticas ao que acontece ao seu redor 
ou no planeta como um todo, tendo necessidade de falar sobre o que pensa, 
mas só quando desejar, como se precisasse constantemente provar sua 
liberdade de falar ou calar.
• Porém, a confusão de identidade pode ter um bom desfecho: em meio a 
crise, quanto melhor o adolescente tiver resolvido suas crises anteriores, 
mais possibilidades terá de alcançar aqui a estabilização da 
identidade.Quando esta identidade estiver firme, ele será capaz de ser 
estável com os outros, conquistando, segundo Erikson, a lealdade e a 
fidelidade consigo mesmo, com seus propósitos, conquistando o senso de 
identidade continua. 
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Continuação
• 19 aos 25 anos: Intimidade x Isolamento
• ADULTO: 
• O foco central deste período é a necessidade de intimidade-unir a 
própria identidade com a de outrem. Se sua identidade básica não for 
suficiente forte para suportar a intimidade real, então pode surgir um 
sentimento de isolamento. Para que essa associação seja positiva, é 
preciso que a pessoa tenha construído, ao longo dos ciclos anteriores, 
um ego forte e autônomo o suficiente para aceitar o convívio com 
outro ego sem se sentir anulado ou ameaçado.
• Quando isso não acontece, ou seja, o ego não é suficientemente 
seguro, a pessoa irá preferir o isolamento à união, pois terá medo de 
compromissos, numa atitude de “preservar” seu ego frágil. Quando 
esse isolamento ocorre por um período curto, não é negativo, pois 
todos precisam de um tempo de isolamento para amadurecer o ego 
um pouco mais ou então para certificar-se de que ele busca realmente 
uma associação. Porém, quando a pessoa se recusa por um longo 
tempo a assumir qualquer tipo de compromisso, pode-se dizer que é 
um desfecho negativo para sua crise.
• Para Erikson, ele passa pela fase de “intimidade x isolamento”, onde 
deseja um relacionamento afetivo, íntimo, duradouro e afetivo, 
através de relações profundas, buscando, também nessa fase, a 
construção de uma carreira profissional quelhe dê estabilidade e 
boa condição financeira.
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Continuação
• De 26 a 40 anos: Generatividade x Estagnação
• Nesta idade , a maturidade e intimidade sexual com um parceiro não é 
suficiente. É tempo de refletir, rever sua vida, o que fez, o que deixou 
de fazer. Pensa principalmente em termos de ordem e significado de 
suas realizações.
• Qualquer adulto que não seja bem-sucedido em algum aspectos da 
generatividade pode viver um sentimento de estagnação. Surge um 
sentimento de que o tempo acabou que agora resta o fim de tudo, que 
nada mais pode fazer pela sociedade, pela família, por nada. São 
aquelas pessoas que vivem em eterna nostalgia e tristeza por sua 
velhice. A vivência também pode ser positiva. A pessoa sente a 
sensação de dever cumprido, experimenta o sentimento de dignidade e 
integridade, e divide sua experiência e sabedoria. Existe ainda o perigo 
do indivíduo se julgar o mais sábio, e impor suas opiniões em nome de 
sua idade e experiência.
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Continuação 
• De 41 anos em diante: Integridade do Ego x Desesperança
• Erikson considera que para alcançar uma identidade real do ego você 
deve ter sido razoavelmente bem-sucedido nas setes crises anteriores. 
Caso você tenha deixado muitas coisas por resolver provavelmente 
experimentará o desespero rancor e desesperança em seus últimos 
anos da vida.Ele definiu esta fase como sendo aquela que se 
desenvolve a “integridade x desesperança”, onde ocorre naturalmente 
a avaliação do que foi vivido, com a percepção clara de que não é 
possível mudar muitas coisas que já passaram. É um fato real que a 
pele já não tem mais a mesma elasticidade, que os olhos enxergam 
diferentes, que dentes e ossos são mais frágeis, e que se o idoso ficar 
preso a essas perdas, haverá muito inconformismo, revolta ou 
depressão. 
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