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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Informações Literais e Inferências Possíveis ����������������������������������������������������������������������������������������������������2
Operadores Argumentativos ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Pressupostos e Subentendidos �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
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Informações Literais e Inferências Possíveis
Ao se falar em estruturas linguísticas, pode-se dizer que um texto é um conjunto de frases que 
“dialogam” entre si, estabelecendo determinadas relações de sentido� Às vezes, um texto pode ser 
formado por uma só frase, uma só palavra� O fato é que, em um texto, o todo é o que importa, e não 
suas partes, pois frases soltas podem gerar interpretações equivocadas�
Por isso, o melhor leitor de um texto é aquele que não se apega a frases soltas dentro dele, mas que 
observa o contexto (o entorno do texto)� Não há texto que possa ser bem lido e compreendido sem 
que se considerem também as questões extralinguísticas, as quais cerceiam o discurso do autor, a 
saber: sua visão de mundo, seu contexto histórico e social�
Um texto precisa ter textualidade, que é o conjunto de características que o constituem� Em outras 
palavras, ele precisa ter início, meio e fim� Precisa apresentar certa lógica para que atinja seu objetivo� Por 
exemplo, elementos linguísticos precisam colaborar para que a comunicação seja estabelecida, afinal todo 
autor escreve com a intenção de ser lido e compreendido� Perceber que existem parágrafos separando 
ideias que se relacionam já é um bom começo para dominar a leitura de um texto�
Nesse sentido, pode-se destacar alguns conceitos notáveis, os quais auxiliam na melhor apreen-
são de sentido de um texto: operadores argumentativos e pressupostos e subentendidos�
Operadores Argumentativos
São certos elementos da língua – normalmente invariáveis, como advérbio, conjunção, prepo-
sição e palavra denotativa – os quais estabelecem determinadas relações de sentido e concatenam 
as ideias dentro do texto� Servem para introduzir diversos tipos de argumentos, que, dentre outras 
funções, apontam para determinadas inferências� Sem eles, a clareza ou a inteligibilidade de um 
texto ficaria comprometida�
 » Ex.: No mund©o todo, ainda há pessoas sendo exploradas como escravos�
Note que o advérbio “ainda” nos leva a inferir (deduzir, concluir) que, antes do momento da de-
claração, já havia pessoas sendo exploradas como escravos�
Pressupostos e Subentendidos
Esses dois conceitos são importantes para compreendermos bem um texto, afinal, sempre há infor-
mações “implícitas” em um texto, que podem ser propositais ou não, facilmente percebidas ou não�
 ˃ Pressupostos: são ideias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do 
sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase, ou seja, algumas palavras dentro da 
frase “carregam” informações implícitas�
 » Ex.: A população, manipulada, supõe que o país vai progredir com o novo presidente�
Note que o verbo supor indica que o sujeito (A população) considera verdadeiro o conteúdo do 
objeto direto (o país vai progredir com o novo presidente)� No entanto, podemos facilmente pressu-
por (informação implícita) que o autor dessa declaração não se inclui entre “A população”, ou seja, ele 
não supõe que o país vai progredir com o novo presidente�
Nesse sentido, diz-se que uma informação é pressuposta quando ela se mantém mesmo que 
neguemos a sentença que a veicula� Se alguém nos disser que o carro parou de trepidar depois que 
foi ao mecânico, concluímos que o carro morria antes de ir ao mecânico; se esse mesmo alguém nos 
disser que o carro não parou de trepidar apesar de ter ido ao mecânico, também concluiremos que o 
carro trepidava antes� Sempre que um certo conteúdo está presente tanto na sentença como em sua 
negação, dizemos que a sentença pressupõe esse conteúdo�
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Diante disso, conclui-se que há milhares de elementos linguísticos que servem de marcadores 
de pressupostos, como por exemplo: adjetivos e certos numerais; advérbios; palavras denotativas; 
formas verbais que indicam mudança ou permanência de estado; verbos que indicam um ponto de 
vista sobre um fato; Orações adjetivas (explicativas e restritivas); conjunções e preposições�
 ˃ Subentendidos / Inferências: também chamados de inferência, são mensagens implícitas dedu-
zidas subjetivamente pelo interlocutor� Justamente por essa ideia de dedução, as inferências de 
uma declaração podem não ser verdadeiras�
 → Ex.:
Ana – Vamos ao cinema?
Carlos – Mas está chovendo...
 ˃ Possível subentendido / inferência: Carlos sugere que não quer ir ao cinema�
 → Ex.: 
Marido – Está muito frio lá fora!
Esposa – Tudo bem, eu já vou fechar a janela.
 ˃ Possível subentendido / inferência: A esposa entende que o marido fez um pedido�
Assim, conclui-se que a retomada do texto através de inferências/subentendidos é feita com base 
em conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passa com os processos de infor-
mação literais�
Exercícios
Texto CB1A1AAA
Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, na fala de diferentes 
atores sociais, enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz 4 presente, deparamo-nos 
repetidas vezes com a palavra cidadania� Esse largo uso, porém, não torna evidente seu significado� 
Ao contrário, o fato de admitir vários empregos 7 deprecia seu valor conceitual, isto é, sua capacida-
de de nos fazer compreender certa ordem de eventos� Por que, então, a palavra cidadania é constan-
temente evocada, se o seu 10 significado é tão pouco esclarecido?
Uma resposta possível a essa indagação começa pelo reconhecimento de que há um considerável 
avanço da agenda 13 igualitária no mundo e, decorrente disso, uma valorização sem precedentes da 
ideia de direitos� O fenômeno é mundial, afeta, de modos e em graus distintos, todas as sociedades e 
aponta 16 para uma democratização progressiva e sustentada das repúblicas� Observam-se também, 
nesse contexto, passagens contínuas da condição de indivíduo à de cidadão, na medida 19 em que 
temas do domínio privado que, por sua incidência e relevância, passam a ser amplamente debatidos 
na esfera pública podem influenciar o sistema político a torná-los 22 matéria de interesse geral e, 
no limite, direitos positivados� Em suma, reconhecer a centralidade que assumiu a discussão sobre 
direitos ajuda a entender a atual onipresença da 25 palavra cidadania� Mas avançar na elucidação 
desse fenômeno impõe perceber que, ao lado da valorização dos direitos, se desenvolve igualmente a 
certeza de que o caminho para 28 efetivá-los é a mobilização pública do sentimento de justiça, e não 
a ativação de métodos personalistas de acesso a eles� Em outras palavras, considera-se cada vez mais 
importante que os 31 direitos estejam fortemente conectados com a plena autonomia política dos 
indivíduos, de modo que não sejam vividos como favores concedidos por governantes,filantropos, 
patronos ou 34 equivalentes�
Maria Alice Rezende de Carvalho� Cidadania e direitos� In: André Botelho e Lilia Moritz Schwarcz (Orgs�)� Agenda brasileira: 
temas de uma sociedade em mudança� São Paulo: Companhia das Letras, 2011 (com adaptações)�
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01. O texto CB1A1AAA indica como possível motivo para o uso frequente da palavra cidadania a 
ampliação do acesso à informação, aos veículos de imprensa e à publicidade�
Certo ( ) Errado ( ) 
Texto CG1A1CCC
1 A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos 
dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente 4 da podridão, habitua os 
homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a deso-
nestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania, 7 a baixeza, sob todas as suas formas�
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injus-
tiça, de tanto 10 ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da 
virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto�
13 E, nessa destruição geral das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a 
ruína da justiça, corroborada pela ação dos homens públicos� E, nesse 16 esboroamento da justiça, a 
mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição 
quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas 19 ninguém tem coragem de apontá-la à 
opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja�
Rui Barbosa� Obras completas de Rui Barbosa� Vol� XLI� 1914� Internet: <www�casaruibarbosa�gov�br> (com adaptações)�
02. Infere-se do texto CG1A1CCC que a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” (ℓ�3) 
sejam mais desonestas e rudes que as gerações passadas�
Certo ( ) Errado ( ) 
03. Infere-se do texto CG1A1CCC que a injustiça é considerada um empecilho à atuação íntegra e 
idônea das gerações futuras�
Certo ( ) Errado ( ) 
04. Infere-se do texto CG1A1CCC que a injustiça é responsável pela degradação dos homens, que, 
desanimados, ficam à mercê do destino�
Certo ( ) Errado ( ) 
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - Certo
04 - Errado

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