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BU Adriana Archer

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
 CENTRO DE CIÊNCIA DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO ODONTOLOGIA 
CURSO ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
Adriana Battisti Archer 
 
 
 
 
 
 
 
Associação entre Bruxismo e DTM em adultos jovens atendidos no CEMDOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2019
 
 
Adriana Battisti Archer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Associação entre Bruxismo e DTM em adultos jovens atendidos no CEMDOR 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em 
Odontologia do Centro de Ciência da Saúde da 
Universidade Federal de Santa Catarina como requisito 
para obtenção de título de Cirurgião-Dentista. 
Orientadora: Profª. Drª. Beatriz Dulcineia Mendes de 
Souza 
Coorientadora: Cecília Doebber Da Cas 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adriana Battisti Archer 
 
 
Associação entre Bruxismo e DTM em adultos jovens atendidos no CEMDOR 
 
 
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Título de Cirurgião 
Dentista e aprovado em sua forma final pelo Departamento de Odontologia da Universidade 
Federal de Santa Catarina 
 
Local, 23 de outubro de 2019. 
 
 
 
________________________ 
Profª, Drª. Glaucia Zimmermmann 
Coordenador do Curso 
 
Banca Examinadora: 
 
 
 
________________________ 
Profª.Drª. Beatriz Dulcineia Mendes de Souza 
Orientadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
________________________ 
Cirurgiã-Dentista Ana Cristina Scremin Denardin 
Avaliadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
________________________ 
 Cirurgiã-Dentista Júlia Meller de Oliveira 
Avaliadora 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Não poderia começar os agradecimentos sem primeiro agradecer aos meus pais, Ivete 
e Edmilson, que sempre me apoiaram em todos os anos da minha vida e, nessa etapa, não foi 
diferente. Sou grata por todo amor, dedicação e exemplo. É por vocês que me inspiro e tenho 
força para ser uma boa profissional e, acima de tudo, um bom ser humano. 
À minha irmã, Aline, pela parceria desses anos juntas, por sempre me aconselhar e me 
guiar nos caminhos que devo seguir. Obrigada por ser meu impulso para crescer 
profissionalmente, tenho orgulho de você e de nossa relação. Sou grata também por me dar um 
meio-irmão, Higgor, que sempre me ajudou e esteve presente em nossas terapias. 
À minha vó Rut e meu avô Ricardo (in memoriam) por todo amor e acolhimento. À 
minha tia, Iara, por guiar meu caminho. À minha quase irmã, Maria Eduarda, por estar sempre 
ao meu lado. E a toda minha família. 
À minha orientadora, professora Beatriz, por me acolher desde a sexta fase. Obrigada 
por me aceitar como orientanda, por todas as orientações, por me fazer crescer e entender o 
quão valorizado deve ser o profissional da Odontologia. É perceptível a sua dedicação diária 
para buscar o melhor para os pacientes. Você é um exemplo para mim. 
Agradeço a toda equipe do CEMDOR. Às meninas do mestrado, Ana, Luíza, Lígia, 
Júlia e Fernanda, por todo ensinamento e paciência com meu aprendizado e por me motivar a 
buscar conhecimento. À minha coorientadora, Cecília¸ por ajudar, sempre com muito carinho, 
na construção deste trabalho. Ao professor André e à professora Maynara por contribuir com a 
minha formação acadêmica e por fazer me apaixonar por esta área da Odontologia. 
Agradeço a todos meus colegas da graduação. À minha dupla na clínica, Lucas, que 
sempre esteve presente para me ajudar. Aos meus amigos mais próximos, Rafael¸ Manu, 
Vinícius, Pedro e Helena que fizeram com que todos os meus dias se tornassem mais alegres. 
Obrigada por todas as risadas, as viagens e o suporte. Vocês estarão sempre dentro do meu 
coração. Às minhas amigas, Kamila, Daiara, Mariana, Luísa e Amanda, por compartilhar da 
leveza do sorriso de vocês e dos nossos cafés. 
Por fim, agradeço a todos meus pacientes e à Universidade Federal de Santa Catarina, 
pela oportunidade de todo aprendizado. Tenho orgulho da minha formação. Tenho orgulho de 
ser UFSC. 
 
 
 
 
RESUMO 
O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência do bruxismo em vigília (BV) e bruxismo 
do sono (BS) e sua associação com as disfunções tempomandibulares (DTM), além de 
determinar a prevalência de DTM. A amostra foi composta por 145 adultos jovens atendidos 
no Centro Multidisciplinar de Dor Orofacial (CEMDOR) e por alunos de Odontologia da 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de ambos os sexos. A detecção de bruxismo 
foi realizada por meio de autorrelato, relato de terceiros e/ou exame físico (presença de 
sinais/sintomas). Para o diagnóstico de DTM foi utilizado os critérios pré-estabelecidos pelo 
RDC/TMD. Para o cálculo da prevalência de BV, BS e DTM foi utilizada porcentagem simples. 
A determinação da associação foi feita por meio de um programa estatístico (Stata SE, StataCorp, 
EUA). O intervalo de confiança utilizado foi de 95% e nível de significância de 0,05. Os 
resultados apontaram que a prevalência de BS foi de 53,80%; de BV 84,14% e DTM 29,66%. 
Pacientes com BS têm 7 vezes mais risco de apresentar DTM e 17 vezes mais risco de apresentar 
BV e pacientes com BV têm 11 vezes mais risco de apresentar DTM. Concluiu-se que a 
prevalência de BV e BS foi alta, porém a de DTM foi relativamente baixa. E supõe-se 
associação entre BS e BV, BS e DTM e BV e DTM. 
 
Palavras-chave: Bruxismo. Transtornos da Articulação Temporomandibular. Associação. 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The aim of this study was to evaluate the prevalence of bruxism and its association with 
temporomandibular disorder (TMD) and to determine the prevalence of TMD and the 
association between awake bruxism (AB) and sleep bruxism (SB). One sample consisted of 145 
young adults attended at the Centro Multidisciplinar de dor Orofacial (CEMDOR) and dental 
students from the dentistry course of Federal University of Santa Catarina (UFSC) of both 
sexes. The detection of bruxism was performed by self-report, third party report and/or physical 
examination (presence of signs/symptoms). For the diagnosis of TMD, the predefined 
RDC/TMD requirements were used, and articular and muscular TMD diagnoses were included. 
In order to calculate the prevalence of BV, BS and TMD simple percentage was used. 
Association was evaluated using a statistical program (Stata SE, StataCorp, EUA). The 
confidence interval used was 95% and the significance level was 0.05. The results pointed to 
the prevalence of SB were 53.80%; AB 84.14% and TMD 29.66%. Patients with SB have 7 
times more risk of presenting TMD and 17 more risk of presenting AB. Futher; patients with 
AB have 11 times more risk of present TMD. It is possible to conclude that the prevalence of 
AB and SB was high, but the TMD was low. Thus, it is possible to imply association between 
SB and AB, SB and TMD and AB and TMD. 
 
Keywords: Awake Bruxism. Sleep bruxism. Temporomandibular disorder. Association 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Distribuição da amostra quanto ao gênero e à prevalência de BS........................... 28 
Tabela 2. Distribuição da amostra quanto ao gênero e à prevalência de BV .......................... 28 
Tabela 3. Distribuição da amostra quanto ao gênero e à prevalência de DTM ....................... 29 
Tabela 4. Tabela de associação entre Bruxismo do Sono e DTM. ......................................... 29 
Tabela 5. Tabela de associação entre Bruxismo em Vigília e DTM ...................................... 30 
Tabela 6. Tabela de associação entre Bruxismo em Vigília e Bruxismo do Sono .................. 30 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ATM Articulação Temporomandibular 
BS Bruxismo do sono 
BV Bruxismo em vigília 
CEMDOR Centro Multidisciplinar de Dor Orofacial 
CEP Comitê de Ética em PesquisaDTM Disfunção Temporomandibular 
EMG Eletromiografia 
N Número amostral 
PSG Polissonografia 
RDCTMD Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders 
SE Sistema Estomatognático 
SNC Sistema Nervoso Central 
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 15 
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 17 
2.1 DTM.................. ................................................................................................ 17 
2.1.1 Epidemiologia .................................................................................................. 17 
2.1.2 Etiologia ........................................................................................................... 18 
2.1.3 Diagnóstico ....................................................................................................... 18 
2.2 BRUXISMO ...................................................................................................... 19 
2.2.1 Epidemiologia .................................................................................................. 21 
2.2.2 Fatores de risco ................................................................................................ 21 
2.2.3 Diagnóstico ....................................................................................................... 21 
2.3 ASSOCIAÇÃO DE BRUXISMO EM PACIENTES COM DTM....................... 22 
3 OBJETIVOS .................................................................................................... 25 
3.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 25 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 25 
4 METODOLOGIA ............................................................................................ 26 
5 RESULTADOS ................................................................................................ 28 
6 DISCUSSÃO .................................................................................................... 31 
7 CONCLUSÃO .................................................................................................. 34 
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 35 
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .................... 43 
ANEXO A - Ata de apresentação do trabalho de conclusão de curso.............45 
ANEXO B – Questionário de Hábitos Parafuncionais e Bruxismo................ 46 
15 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Disfunção Temporomandibular (DTM), segundo Academia Americana de Dor 
Orofacial, é uma expressão coletiva que envolve disfunções articulares, musculares e de 
estruturas associadas ( DE LEEUW, 2010). Essas estruturas envolvidas fazem parte do sistema 
estomatognático (SE), o qual é composto por diferentes componentes tais como, dentes, ossos, 
músculos, articulação temporomandibular (ATM), ligamentos, glândulas, mucosas e aporte 
neurovascular (OKESON, 2008). A etiologia da DTM é multifatorial, ou seja, há várias causas 
que promovem e contribuem com essa disfunção. O bruxismo, por sua vez, é considerado um 
fator perpetuante e iniciador para a DTM (CARRARA, 2010). Logo, pode contribuir para o 
desencadeamento de DTM junto com outros fatores associados. 
O bruxismo é uma atividade muscular mastigatória caracterizada por apertar, encostar, 
bater, ranger os dentes ou apenas manter a mandíbula na mesma posição (LOBBEZOO et al., 
2018). Ele pode apresentar diferentes manifestações circadianas e assim ser denominado de 
Bruxismo em vigília (BV) ou Bruxismo do sono (BS). Ambos podem ter diferentes etiologias, 
consequências e formas de controle (LOBBEZOO et al., 2013). O BS ocorre durante o sono, e 
tem como característica ser rítmico (fásico) ou não-rítmico (tônico). Já o BV ocorre enquanto 
o indivíduo está acordado, e é geralmente caracterizado por contração muscular tônica 
(LOBBEZOO et al., 2018). 
 Hábitos parafuncionais demonstram ser frequentes entre pacientes com diagnóstico 
de DTM. A prevalência do bruxismo e da DTM são altas na sociedade. Estudos 
epidemiológicos mostram que 40% a 75% da população apresenta ao menos um sinal de DTM 
(LEEUW, 2010). Já o bruxismo tem maior variação de prevalência, oscilando de 3% a 40% 
(MACHADO et al, 2014; GUO et al., 2017). 
 A associação entre o bruxismo e a DTM foi investigada em muitos estudos, os quais 
revelam que esta relação ocorre, principalmente, com a DTM muscular (MANFREDINI; 
LOBBEZOO, 2010). Entretanto, ela também pode ocorrer com as disfunções articulares, como 
por exemplo, deslocamento de disco, aderências e capsulites (KALAMIR et al., 2007). Além 
disso, o bruxismo está positivamente relacionado com a presença de dor na DTM 
(MANFREDINI; LOBBEZOO, 2010). 
 De acordo com a literatura, tanto a DTM quanto o bruxismo são condições 
relativamente frequentes na sociedade e ambos influenciam na qualidade de vida dos 
indivíduos, uma vez que é comum haver relato doloroso relacionado a elas. Dessa forma, mais 
16 
 
 
estudos são necessários e importantes para observar a inter-relação entre os tipos de bruxismo 
e o desenvolvimento de DTM. 
 
17 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 DTM 
Segundo a Academia Americana de Dor Orofacial, a Disfunção Temporomandibular 
(DTM) é uma expressão coletiva que envolve disfunções articulares, musculares e de estruturas 
associadas do Sistema Estomatognático (SE). A DTM pode ser classificada em disfunções 
musculares ou articulares. As disfunções articulares são alterações na função do complexo 
côndilo-disco (deslocamento do disco com ou sem redução com limitação de abertura ou não), 
artralgia, osteoartrite e osteoartrose, adesão, anquilose e subluxação; já as DTMs musculares, 
podem ser classificadas em mialgias locais, dores miofasciais (com espalhamento ou com 
referência), contraturas e espasmos (TRUELOVE et al, 1992; SCHIFFMAN et al., 2014). 
A DTM possui diversos sinais e sintomas musculares e articulares, sendo que é 
caracterizada por alteração funcional e/ou dor em estruturas do SE (GREENE; KLASSER; 
EPSTEIN, 2010). Os sinais clínicos mais comumente encontrados são ruídos articulares, 
limitação e assimetria dos movimentos mandibulares. Já os sintomas mais frequentes são dor 
de cabeça, dor no pescoço, dor muscular e/ou articular e cansaço muscular (OKESON, 1998). 
Ainda é possível encontrar outros sinais e sintomas como zumbido no ouvido, mordida 
desconfortável, cansaço durante a mastigação, edema nos seios da face, assimetria facial e 
desgaste dental por hábitos parafuncionais associados (FERREIRA et al, 2002). 
 
2.1.1Epidemiologia 
Estudos epidemiológicos mostram que 40% a 75% da população apresenta ao menos 
um sinal de DTM (LEEUW, 2010).Em estudantes de graduação de diferentes cursos da 
Universidade Estadual da Paraíba em Campina Grande, houve uma prevalência de 62,5% de 
universitários com DTM, sendo que, 48,2% apresentava grau leve (BEZERRA, 2012). No 
Serviço de Controle da Dor Orofacial do Departamento de Odontologia da Universidade 
Estadual da Paraíba, a prevalência de DTM em pacientes foi de 80% com faixa etária entre 20 
e 40 anos (DE FIGUEIREDO et al., 2009). Um estudo epidemiológico realizado com 148 
militares com idade entre 18 e 36 anos determinou a prevalência de DTM de 49,3%, sendo o 
número maior em mulheres (CAVALCANTI et al., 2011). Outro estudo apresentou a 
prevalência de 61% em idosos, no qual o sexo feminino também mostrou maior porcentagem 
(CAMACHO et al., 2014). Logo, percebe-se que a DTM tem grande impacto em diferentes 
grupos sociais. 
 
18 
 
 
2.1.2 Etiologia 
A etiologia da DTM é multifatorial,ou seja, há várias causas que promovem e 
contribuem com essa disfunção ( DE LEEUW, 2010). Os fatores associados são divididos em 
três categorias: a) Fatores predisponentes, os quais aumentam o risco do desenvolvimento da 
DTM; b) Fatores desencadeantes ou iniciadores, os quais provocam a DTM; c) Fatores 
perpetuantes, os quais interferem na cura ou aumentam o progresso da DTM (CHISNOIU, 
2015). 
Os fatores iniciadores estão relacionados principalmente ao trauma ou a sobrecarga do 
SE. Os traumas podem ser classificados como: a) Direto ou macrotrauma; b) Indireto: 
relacionado a lesões do tipo chicote (whiplash), as quais são comuns em acidentes de trânsito; 
c) Microtrauma: relacionado com processos repetitivos e de longa duração, como por exemplo 
os hábitos parafuncionais (bruxismo, apertamento). Os fatores predisponentes estão 
relacionados com: doenças sistêmicas, como por exemplo, degenerativas, endócrinas e 
neurológicas; discrepâncias estruturais; e fatores psicológicos (estresse, ansiedade e depressão). 
Os fatores perpetuantes interferem na cura ou facilitam a progressão e estão relacionados com 
processos repetitivos, como hábitos parafuncionais e estresse (CARRARA et al., 2010). 
A DTM é fortemente associada a questões psicológicas, como ansiedade e depressão 
(CALIXTRE et al., 2014). Além disso, os fatores psicossociais estão também associados com 
à gravidade e à persistência dos sinais e sintomas presentes, sendo que esses fatores influenciam 
diretamente na resposta do paciente ao tratamento (CONTI et al., 2012). Logo, uma abordagem 
biopsicossocial deve ser realizada em pacientes com DTM. 
 
2.1.3 Diagnóstico 
O diagnóstico de DTM mundialmente aceito é o Research Diagnostic Criteria 
(RDC/TMD), o qual é um meio de avaliação feito por pesquisadores clínicos e epidemiológicos 
(DWORKIN & LERESCHE, 1992). Esse instrumento tem como objetivo examinar, 
diagnosticar e classificar os diferentes tipos de DTM. Este consiste em um questionário 
autoaplicável com perguntas e um formulário para o exame físico. É baseado em dois eixos: 
Eixo I que compreende os métodos para classificação física dos diagnósticos de DTM 
(condições físicas) e o Eixo II que engloba métodos para avaliar intensidade e severidade de 
dor crônica e condições psicológicas (CAMPOS et al., 2007). 
 Deve ser feito uma anamnese detalhada do paciente, com informações pessoais, 
19 
 
queixa principal, história natural da doença, etc. Após, inicia-se o exame físico no qual é 
inspecionado e palpado os músculos, as ATMs cavidade oral, para que seja avaliado a saúde 
dessas estruturas (SANTOS SILVA et al., 2003). Com o exame físico, é possível averiguar a 
presença de edema, dor, ponto-gatilho, tonicidade muscular e ruídos (SOLBERG, 1986). A 
palpação muscular é demasiadamente importante para um diagnóstico correto para DTM 
(SANTOS SILVA et al., 2003). Por meio do estímulo mecânico feito pela pressão digital, as 
fibras musculares são estimuladas e conduzem a dor ao SNC. Apesar dessa técnica ser utilizada 
como meio de diagnóstico, ainda há controvérsias na literatura quanto a correta localização dos 
músculos envolvidos e a pressão ideal exercida (SANTOS SILVA et al., 2003). Além disso, a 
sensibilidade muscular é um sinal clínico importante, sendo que cada paciente tem um grau de 
tolerância diferente aos estímulos dolorosos; essa sensibilidade é chamada de Limiar de Dor à 
Pressão, que é o ponto a partir do qual o paciente passa a sentir, além de pressão, dor 
(DAVENPORT, 1969). 
Exames complementares também podem ser utilizados para o diagnóstico de DTM, 
desde que a necessidade do exame seja baseada nos critérios de seleção, ou seja, os sinais e 
sintomas clínicos devem justificar a solicitação do exame de imagem para o correto diagnóstico 
e tratamento (FERREIRA et al., 2016). Isso faz com que não haja despesa desnecessária ao 
paciente e/ou exposição à radiação. Além disso, é necessário que a seleção do exame seja 
correta, a qual é influenciada por vários fatores como: história e achados clínicos, diagnóstico 
clínico, custo do exame, quantidade de exposição à radiação e resultado de exames prévios 
(BROOKS et al., 1997). Para problemas articulares em tecido ósseo, as Tomografias 
Computadorizadas (TC) são consideradas padrão-ouro. Esse tipo de exame pode fornecer 
detalhes da anatomia óssea da região. Ademais, é possível fazer reconstruções tridimensionais, 
as quais têm grande relevância para avaliação de deformidades ósseas (FERREIRA et al., 
2016). Já a Ressonância Magnética (RM), é utilizada para avaliação de tecido mole, logo, é 
empregada para avaliação do disco articular e ligamentos da ATM (BROOKS et al., 1997). 
 
 
2.2 BRUXISMO 
O bruxismo é uma atividade muscular mastigatória que pode ocorrer durante diferentes 
momentos do dia e da noite, sendo que é caracterizada por apertar, encostar, bater, ranger os 
dentes ou apenas manter a mandíbula na mesma posição (LOBBEZOO et al., 2018). Pode ser 
considerado uma manutenção vigorosa de uma posição mandibular e uma movimentação da 
20 
 
 
mandíbula com força para frente, para lateral ou para ambas. Isso denota que não depende de 
certas características da oclusão dentária e articulação, o que vai ao encontro da literatura atual, 
na qual o bruxismo tem ação regulada pelo Sistema Nervoso Central (LOBBEZOO, et al. 2013). 
A maioria das atividades funcionais que ocorrem nos maxilares consiste em atividades 
rítmicas que permitem um fluxo sanguíneo adequado, com fornecimento de oxigênio aos 
tecidos e com eliminação de subprodutos acumulados a nível celular (OKESON, 1998). Já o 
bruxismo, consiste em contração muscular sustentada por longos período, na qual há redução 
de fluxo sanguíneo. Isso faz com que haja redução do fornecimento de oxigênio aos tecidos 
musculares, uma vez que o fluxo sanguíneo também é reduzido. Com isso, gera-se acúmulo de 
dióxido de carbono e subprodutos de resíduos nas células, o que pode causar sintomas de fadiga, 
dor e espasmos (REDDY et al., 2014). Além disso, o bruxismo pode causar desgaste dental, 
lesão no periodonto e lesão muscular e/ou articular (KOYANO et al., 2008). Apesar disso, o 
bruxismo não é considerado um distúrbio em indivíduos saudáveis. Logo, é considerado um 
comportamento que o indivíduo pode ter, sendo que quando é prejudicial à saúde, passa a ser 
considerado um distúrbio (LOBBEZOO et al., 2018). 
O bruxismo pode apresentar manifestações diferentes: Bruxismo em vigília (BV) e 
Bruxismo do sono (BS). Essas podem ter diferentes etiologias, consequências e formas de 
controle (LOBBEZOO et al., 2013). O BS é uma atividade muscular mastigatória que ocorre 
durante o sono, o qual tem como característica ser rítmico (fásico) ou não-rítmico (tônico). O 
BV é uma atividade muscular mastigatória durante o dia que é caracterizada por contato 
dentário repetitivo ou prolongado e / ou por manter a mandíbula na mesma posição 
(LOBBEZOO et al., 2018). 
O BV pode ser identificado por meio de sinais e sintomas como hipertrofia do músculo 
masseter e temporal e marcação na língua, bochechas e mucosa. Além disso, o paciente pode 
relatar ter desconforto, cansaço ou dor muscular e cefaleia ao final do dia (LAVIGNE, 2008). 
Já no BS, é comumente visto desgaste excessivo dos dentes, sendo que esse pode ser resultante 
de diversas condições patológicas. Para o BS, a condição patológica que gera o desgaste dental 
é a atrição, na qual o desgaste é produzido por contato dentário. Ainda há outros sinais físicos 
que podem ser identificados, como a hipertrofia do músculo masseter e temporal, língua, 
bochechas ou mucosa marcadas, mobilidade dentária e fratura de dente ou restauração. O 
paciente também pode relatar desconforto, cansaço ou dor muscular, travamento transitório 
21 
 
fechado ao acordar e cefaleia matinal (KOYANO et al., 2008). Portanto, há sinais e sintomas 
diferentes para o BV e o BS. 
 
2.2.1 EpidemiologiaA prevalência do bruxismo parece variar de 3% a 40%. Berger et al. (2017) analisaram 
a prevalência do bruxismo em adulto de acordo com autorrelato em diferentes sexos, sendo que 
as mulheres (19,5%) tiveram maior prevalência que os homens (16,5%). O estudo de Guo et al. 
(2017) relatou que a prevalência de bruxismo em criança varia de 3,5 a 40,6% sem diferenciação 
de gênero e condição socioeconômica. O BS varia sua prevalência em diferentes faixas etárias, 
sendo que indivíduos com idade entre 18 a 29 anos têm a prevalência de 13% e essa 
porcentagem é reduzida em até 3% para população com mais de 60 anos de idade (MACHADO 
et al., 2014). Já o BV parece variar de 22 a 30% nos estudos epidemiológicos, sendo que esse 
número aumenta na população mais jovem (MELO et al, 2019). 
 
2.2.2 Fatores de risco 
Há diversos fatores de risco para bruxismo em adultos. Os fatores conhecidos há mais 
tempo são: consumo de estimulantes, como por exemplo, tabaco, álcool e café (BERTAZZO-
SILVEIRA et al., 2016) ; estresse emocional; Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e 
doenças relacionadas à ansiedade (BLUM; DELLA BONA 2016). Outros fatores recentemente 
estudados e associados ao bruxismo são: depressão; doença do refluxo gastroesofágico; doenças 
respiratórias ou epilepsia do lobo frontal noturno. Além disso, instabilidade emocional e traços 
de personalidade psicótica também foram identificados como uma maior chance de bruxismo 
(KUHN; TÜRP, 2018, p. 119). Alterações oclusais não foram identificadas como fatores de 
risco para o bruxismo, por outro lado, há um aumento de estudos na literatura que indicam a 
presença da variável genética e hereditariedade como fator de risco para o bruxismo 
(LOBBEZOO et al. 2014). Já para crianças e adolescentes, variáveis relacionadas ao distúrbio 
do sono e anormalidades comportamentais foram indicadas como fatores de risco (KUHN; 
TÜRP, 2018, p. 119). Logo, há diversos tipos diferentes de fatores de risco para o bruxismo, os 
quais diferem entre as idades dos indivíduos. 
 
2.2.3 Diagnóstico 
O diagnóstico do bruxismo pode ser feito de forma instrumental ou não instrumental. 
A abordagem não instrumental está relacionada ao autorrelato, por meio de história oral e/ou 
22 
 
 
questionários e avaliação dos sinais clínicos. Essa abordagem é feita tanto para o BS quanto 
para o BV (LOBBEZOO et al., 2018). Para avaliação não instrumental do BV, é realizado uma 
conscientização do paciente sobre o ato de apertar, encostar, bater, ranger os dentes ou apenas 
manter a mandíbula na mesma posição. Além disso, é solicitado ao paciente para que monitorize 
e anote seu comportamento durante um longo período, de forma que seja possível criar um 
relatório da frequência de apertamento. Assim, o paciente se sente mais seguro em responder 
se apresenta BV ou não (SHIFFMAN; STONE; HUFFORD, 2008). Já para o diagnóstico não 
instrumental do BS, além do autorrelato, também é possível utilizar relato de terceiros, como 
cônjuges e filhos que dormem com o indivíduo. Assim como no BV, é solicitado para que o 
paciente passe a observar, por duas semanas, seu comportamento e com isso faça um relatório 
da frequência do BS. Os indivíduos que dormem com o paciente também podem contribuir com 
o relatório. Dessa forma, é possível avaliar a probabilidade de o paciente ter BS (LOBBEZOO 
et al., 2018). 
O diagnóstico instrumental também é feito para ambos os tipos de bruxismo. Para o 
BV, pode ser utilizada uma medida fisiológica com base na eletromiografia (EMG), a qual 
permite a quantificação do número de episódios parafuncionais durante um período de tempo 
(WATANABE et al., 2011). Já para o BS, o diagnóstico definitivo pode ser feito por meio da 
polissonografia (PSG), uma vez que por meio deste exame é possível ter uma avaliação precisa 
dos movimentos mandibulares (LAVIGNE; ROMPRE; MONTPLAISIR, 1996). Por outro 
lado, há certas limitações desta avaliação, como por exemplo o custo e habituação do paciente 
ao local do exame (LAVIGNE et al., 2008). 
 
2.3 ASSOCIAÇÃO DE BRUXISMO EM PACIENTES COM DTM 
Em um estudo epidemiológico realizado por SHIFFMAN et al (1992), procurou-se 
identificar associação entre má oclusão, hábitos parafuncionais e aspecto psicossociais e os 
diferentes tipos de DTM em mulheres com idade média de 23 anos, por meio de anamnese, 
questionários e exame físicos. Os hábitos parafuncionais de maior prevalência foram de 
apertamento dental (39%) e mascar chiclete (87%). Para os grupos com DTM muscular e mista, 
houve associação significativa entre hábitos parafuncionais e estresse. Ademais, observou-se 
também que a capacidade adaptativa ao estresse de cada indivíduo é diferente, podendo ou não 
desencadear alguma disfunção sintomática. 
23 
 
Camparis e Siqueira (2006) realizaram um estudo longitudinal com o objetivo de 
detectar e avaliar as características de dor orofacial em pacientes com BS. Foram selecionados 
100 pacientes diagnosticados com possível BS, os quais foram divididos em dois grupos: 1. 
Grupo A: com 30 pacientes com BS e sem dor orofacial e 2. Grupo B: 70 pacientes com BS e 
com dor orofacial. O grupo B apresentou maior número de queixas de cansaço e fadiga matinal, 
mordida desconfortável, apertamento durante o dia e dor de cabeça matinal na região 
frontotemporal associada a uma dor com qualidade de pressão no corpo do masseter. Com base 
nos critérios do RDC/TMD, o Grupo A teve 0% de pacientes diagnosticados com dor 
miofascial, 6,7% com artralgia e 10% com deslocamento de disco. Já o Grupo B, obteve 95,7% 
dos pacientes diagnosticados com com dor miofascial, 77,1% com artralgia e 22,8% com 
deslocamento de disco. Houve diferenças estatísticas na análise entre BS com e sem dor facial 
crônica. 
Michelotti et al (2010) fez um estudo em que o BV foi duas vezes mais frequente em 
pacientes com DTM (66,1%) em relação ao grupo controle (30,6%). Ambos os grupos 
apresentaram fator de risco significante para a ocorrência de deslocamento do disco articular e 
para dor orofacial. Foi também observado nesse estudo, que o fator de risco para o deslocamento 
do disco articular diminui com o aumento da idade. 
Em um grupo de 129 pacientes, a prevalência de DTM foi de 75%. Destes pacientes, 
74,4% relataram BV, do sono ou ambos. Sendo que o BV foi mais prevalente e mais associado 
à dor articular. Já o BS foi relacionado com dor muscular. Logo, ambos os tipos de bruxismo 
são fatores de risco para DTM. E, ainda, as mulheres tiveram maior associação significativa 
com dor na ATM (BORTOLLETO, 2013). 
Uçar et al. (2013) fizeram um estudo com pacientes diagnosticados com DTM. Estes 
pacientes foram divididos em quatro grupo de acordo com as DTMs: dor miofascial, desordens 
intra-articulares, desordens extra-articulares e desordens degenerativas. Um total de 255 
pacientes, 191 do sexo feminino (74,9%) e 64 do sexo masculino (25,1%) com DTMs foram 
incluídos neste estudo. Foi observado que os indivíduos do sexo feminino tinham três vezes 
maior risco de DTMs. Também, no que diz respeito ao bruxismo, este foi significativamente 
mais comum nos pacientes do sexo feminino. Em relação ao registo de intensidade de dor, estes 
foram mais elevados nas mulheres, mas sem diferenças significativas. 
Em um estudo de caso controle feito para investigar a associação entre DTM, BS e BV 
em adultos, foi analisada uma amostra de 733 pacientes diagnosticados com DTM de acordo 
com os Critérios de Diagnóstico de Pesquisa para DTM (RDC/TMD) e uma amostra 
24 
 
 
probabilística de 890 indivíduos sem DTM; já o bruxismo foi avaliado por meio de autorrelato. 
A prevalência do BS e BV foi maior no grupo com DTM e ainda o risco de dor na DTM 
aumentou no caso de presença simultânea de BS e BV (SIERWALD et al, 2015). 
Em um estudo transversal feito com 303 estudantes pré-vestibulandos (69% do gênero 
feminino e 31% do gênero masculino) com idades entre 15 a 25 anos, foi identificado aprevalência de DTM em 89,8% dos participantes, sendo 50,2% com DTM leve, 33,0% 
moderada e 6,6% severa. No exame físico, avaliou-se a presença de sinais clínicos em 56,4% 
da amostra. Já os hábitos parafuncionais, tiveram prevalência de 95,4% (PAULINO, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
3 OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERAL 
Determinar a prevalência de bruxismo e sua associação com as disfunções 
Temporomandibulares (DTM), em pacientes atendidos no Centro Multidisciplinar de Dor 
Orofacial (CEMDOR) da Universidade Federal de Santa Catarina. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
- Determinar a prevalência de BS e sua associação com DTM. 
- Determinar a prevalência de BV e sua associação com DTM. 
- Determinar a prevalência de DTM. 
- Determinar associação entre BV e BS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
A primeira parte deste trabalho foi realizada por meio de uma pesquisa nas bases de 
dados PubMed, Scielo, LiLacs e Google Acadêmico, com o uso das palavras-chave 
relacionadas ao bruxismo, DTM, prevalência e associação. Logo, o critério de inclusão para 
revisão de literatura foi estudos que abordassem a prevalência de DTM e Bruxismo. O projeto 
de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEPSH) da 
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sob o número 2.008.561 e atende a Resolução 
CNS 466/2012. Todos os pacientes atendidos no Centro Multidisciplinar de dor Orofacial 
(CEMDOR) foram esclarecidos quanto ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
(TCLE) (APÊNDICE A) de acordo com as normas do CEP da UFSC, e somente os prontuários 
de pacientes que leram e assinaram o TCLE participaram da pesquisa. 
 Foram analisados 145 prontuários de indivíduos com idade entre 18 e 30 anos 
(21.73±2.31), de ambos os sexos, que procuraram atendimento no CEMDOR da UFSC, entre 
agosto de 2016 a agosto de 2019 e de alunos, do quinto e sétimo período, do curso de 
Odontologia da mesma universidade. Pacientes menores de 18 anos e indivíduos com 
comprometimento da capacidade de comunicação foram excluídos da amostra. 
 Os prontuários continham uma ficha clínica com dados de anamnese, exame físico e 
mensuração de dor, além de diversas perguntas e questionários a respeito de bruxismo e hábitos 
parafuncionais, ansiedade, depressão, hábitos de sono, qualidade de vida, estilo de vida, dor, 
hipervigilância, apneia do sono e escala de sonolência. O questionário de bruxismo também foi 
utilizado como método para detecção (ANEXO B). 
 O diagnóstico de DTM foi estabelecido pelos alunos, juntamente com os professores 
responsáveis, de acordo com os critérios pré-estabelecidos pelo RDC/TMD (DWORKIN & 
LERESCHE, 1992) e pelo consenso internacional de bruxismo de 2018 (LOBBEZOO et al., 
2018). Para o grupo de DTM, foram considerados pacientes diagnosticados com algum tipo de 
DTM: DTM articular (artralgia, deslocamento de disco com e sem redução, 
luxação/subluxação, adesão, anquilose e osteoartrose) ou DTM muscular (mialgia localizada, 
dor miofascial com espalhamento e com referência, espasmo e contratura). Já a detecção do 
bruxismo foi considerada possível quando havia relato de terceiros ou autorrelato, ou alguma 
27 
 
resposta positiva no questionário de hábitos parafuncionais e provável quando havia sinais e 
sintomas presentes. Os dois tipos foram considerados como presença da condição. 
A amostra total foi dividida em: Grupo 1 (G1) Pacientes com DTM e sem BS; Grupo 
2 (G2) Pacientes com DTM e com BS; Grupo 3 (G3) Pacientes sem DTM e sem BS; Grupo 4 
(G4) Pacientes sem DTM e com BS; Grupo 5 (G5) Pacientes com DTM e sem BV; Grupo 6 
(G6) Pacientes com DTM e com BV; Grupo 7 (G7) Pacientes sem DTM e sem BV; Grupo 8 
(G8) Pacientes sem DTM e com BV. 
Após a coleta dos dados, foi realizado um cálculo de porcentagem simples para 
determinar a prevalência tanto de BS quanto de BV. Para determinar a associação entre os dois 
tipos de bruxismo e sintomas de DTM, um programa estatístico (Stata SE, StataCorp, EUA) 
foi utilizado para determinar o valor de risco relativo. O intervalo de confiança utilizado foi de 
95% e nível de significância de 0,05. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
5 RESULTADOS 
 
Após a análise dos dados foi observado que a amostra foi composta por 145 pacientes, 
sendo que 118 foram mulheres (81,38%) e 27 homens (18,62%). A média da idade da amostra 
foi de 22,05 (dp = 2,496607), com variação de 18 a 30 anos de idade. 
A prevalência de BS na amostra total foi de 53,80% (Tabela 1), contabilizando 78 
pacientes. A prevalência de BV foi de 84,14% (Tabela 2), totalizando 122 pacientes. Já a 
prevalência de DTM foi de 29,66% (Tabela 3). 
 
Tabela 1. Distribuição da amostra quanto ao gênero e à prevalência de BS 
 
 
 
Tabela 2. Distribuição da amostra quanto ao gênero e à prevalência de BV 
 
 
 
 
 
 
GÊNERO 
 
PREVALÊNCIA DE BS 
 Sem BS % Com BS % Total % 
Feminino 50 34,48% 68 46,90% 118 81,38% 
Masculino 17 11,72% 10 6,90% 27 18,62% 
 
TOTAL 67 46,20% 78 53,80% 145 100 
GÊNERO PREVALÊNCIA DE BV 
 Sem BV % Com BV % Total % 
Feminino 15 10,34% 103 71,04% 118 81,38% 
Masculino 8 5,52% 19 13,10% 27 18,62% 
 
TOTAL 23 15,86% 122 84,14% 145 100 
29 
 
Tabela 3. Distribuição da amostra quanto ao gênero e à prevalência de DTM 
 
 
 
De sessenta e sete pacientes clinicamente detectados sem BS, sessenta e dois não 
possuíam DTM e apenas sete foram diagnosticados com DTM. Já de setenta e oito pacientes 
diagnosticados com provável BS, quarenta e dois possuíam diagnóstico de DTM e trinta e seis 
não possuíam. O cálculo do Odds Ratio (OR) mostrou que pacientes com BS apresentam sete 
vezes mais chances de apresentar DTM (OR= 7,34; 95% IC: 2,83 – 21,18) quando comparados 
a pacientes sem BS (Tabela 4). 
 
Tabela 4. – Tabela de associação entre Bruxismo do Sono e DTM. 
 
 
 
De vinte e três pacientes diagnosticados sem BV, nenhum apresentava DTM. Já de 
cento e vinte e dois pacientes que apresentavam BV, quarenta e dois apresentavam algum tipo 
de DTM e oitenta não possuíam. O cálculo do Odds Ratio mostrou que pacientes com BV 
apresentam um risco 11 vezes maior para a ocorrência de DTM (OR= 11.55; 95% IC: 1,72- 
487,73) quando comparados a pacientes sem BV (Tabela 5). 
 
GÊNERO PREVALÊNCIA DE 
DTM 
 Sem 
DTM 
% Com 
DTM 
% Total % 
Feminino 83 57,24% 35 24,14% 118 81,38% 
Masculino 19 13,10% 8 5,52% 27 18,62% 
 
TOTAL 102 70,34% 43 29,66% 145 100 
 SEM DTM COM DTM TOTAL 
Sem BS 60 7 67 
Com BS 42 36 78 
 
TOTAL 102 43 145 
30 
 
 
Tabela 5. Tabela de associação entre Bruxismo em Vigília e DTM 
 
 
De cento e vinte e dois pacientes com BV, setenta e seis apresentavam o diagnóstico de 
BS e quarenta e cinco não apresentava o diagnóstico de BS. De vinte e três pacientes sem BV, 
apenas dois apresentavam BS e vinte e um não apresentavam o diagnóstico de BS. O cálculo 
do Odds Ratio mostrou que pacientes com BV apresentam 25 vezes mais chances de ocorrência 
de BS (OR= 25,33; 95% IC: 3,87 – 156,68) quando comparados a pacientes sem BV (Tabela 
6). 
 
Tabela 6. Tabela de associação entre Bruxismo em Vigília e Bruxismo do Sono 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SEM DTM COM DTM TOTAL 
Sem BV 22 1 23 
Com BV 80 42 122 
 
TOTAL 102 23 145 
 COM BS SEM BS TOTAL 
Com BV 76 46 122 
Sem BV 2 21 23 
 
TOTAL 78 67 145 
31 
 
6 DISCUSSÃO 
 
Revisões sistemáticas relatam que a prevalência do BS varia de 1% a 15% (MELO et 
al, 2019; MANFREDINI et al, 2013). No presente estudo, a prevalência de BS foi de 53,79%, 
o que destoa dos resultados supracitados. Este contraste pode ser devido à amostra de 
conveniência do presente trabalho já que incluiu pacientes de um centro de dor orofacial, o qual 
é procurado por pessoas que têm algum tipo de dor, inclusiveas relacionadas ao BS. Ademais, 
uma parte da amostra foi composta por alunos de Odontologia, os quais possuem maior 
conhecimento na área e, consequentemente, têm maior consciência do comportamento oclusal 
e das suas consequências, facilitando a detecção de BS. Ainda, a variabilidade da prevalência 
do BS pode ser justificada pela falta de métodos diagnósticos definitivos, já que esse 
comportamento pode ser identificado por meio de diferentes abordagens: autorrelato (possível 
BS), inspeção clínica (provável BS) e polissonografia (BS definitivo) (LOBBEZZO, 2018) e 
possui três tipos de detecção. Neste estudo, foi utilizado a inspeção clínica e o autorrelato para 
detecção, o que também pode influenciar na diferença com outros estudos. 
Manfredini et al (2013) indicaram que a prevalência do BV varia de 22.1% a 31%. Um 
estudo que avaliou a frequência do BV em 46 estudantes de Odontologia, por meio de um 
aplicativo para smartphone, demonstrou um resultado de 28,3%, detectado pelo autorrelato 
(BRACCI et al., 2018). No corrente estudo, foi utilizado o autorrelato e/ou sinais e sintomas 
que o paciente apresentava, com isso obteve-se uma prevalência de 84,14% para BV. Essa 
diferença pode ser explicada pela utilização de diferentes métodos de detecção usados nas 
pesquisas. O ideal seria estabelecer um método diagnóstico definitivo, para se estabelecer uma 
definição precisa do bruxismo (SERRA-NEGRA et al., 2017). A eletromiografia poderia ser 
usada como diagnóstico definitivo, uma vez que, por meio dela, é possível obter medidas fiéis 
de frequência, intensidade e duração da contração muscular (CRIADO et al 2016). Porém, não 
é um método viável para esse estudo, já que os pacientes precisariam ser acompanhados ao 
longo do dia e necessitaria equipamentos específicos, muito onerosos. Desta forma, foi utilizado 
como meio de detecção o autorrelato e/ou sinais e sintomas. Além disso, as pesquisas têm outras 
variações, como grupo de pacientes com diferentes idades, sexos e estilos de vida, o que 
também pode interferir no resultado da prevalência. Da mesma forma que no BS, deve-se 
também considerar a amostra desse estudo, uma vez que o CEMDOR é procurado por muitos 
pacientes que têm dor, logo, esses pacientes podem ter a dor como consequência do BV. A faixa 
etária da amostra condiz com indivíduos jovens que possivelmente estão passando por períodos 
32 
 
 
estressantes de definições profissionais e que vão ao encontro dos aspectos psicossociais da dor, 
o que pode ter colaborado com a alta prevalência de BV neste estudo. 
A prevalência da DTM é maior na faixa etária de 20 a 45 anos; foi pesquisada a 
prevalência de sinais e sintomas de DTM em pacientes que frequentavam o Serviço de Controle 
da Dor Orofacial do Departamento de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba, o 
resultado obtido foi de 80% em indivíduos com faixa etária 20 a 40 anos (DE FIGUEIREDO 
et al., 2009). O método diagnóstico utilizado nesse estudo foi baseado nos critérios RDC/TMD 
(DWORKIN & LERESCHE, 1992). Além dos sinais e sintomas, foi observado se havia dor à 
palpação, relato de dor no último mês e se a dor era modificada com função ou parafunção para 
obtenção do diagnóstico de DTM, resultando em uma prevalência de 29,66%. Além disso, para 
ser incluído no grupo com DTM, todos os tipos de disfunções articulares e musculares foram 
considerados. Essa porcentagem também pode ser explicada, pelo fato de que grande parte da 
amostra foi composta por estudantes, os quais apresentavam pouca queixa de dor, sendo que 
esta estava mais relacionada ao bruxismo. Por outro lado, há pesquisas que mostram menor 
prevalência de DTM. Em outra pesquisa, foram avaliados 200 estudantes de medicina com 
média de 21 anos de idade, por meio de um questionário e um exame clínico baseado nos 
critérios diagnóstico DC/TMD eixo I e se obteve uma prevalência de DTM de 17% (JIVNANI 
et al., 2019). Logo, a variedade de meios de diagnósticos dificulta a comparação e a aquisição 
de resultados conclusivos sobre DTM. 
Na literatura, encontra-se alguns estudos que refutam a associação do BS com DTM e 
outros estudos mostram que existe uma forte correlação entre as duas abordagens. Em uma 
revisão sistemática foi contemplado estudos com atual nível de evidência para associação de 
BS e DTM, sendo que os quatro estudos selecionados apresentavam o diagnóstico de DTM por 
meio do RDC/TMD e o diagnóstico de BS por meio da PSG ou eletromiografia portátil. No 
entanto, não conseguiram determinar uma relação positiva entre BS e DTM (CUNALI et al. 
2012). Uma pesquisa sugestiona que o BS pode não só causar dor, mas também contribuir para 
alterações na ATM e, com isso, desencadear DTM, uma vez que há hiperatividade dos músculos 
da mastigação (MELCHIOR; MAZZETTO; FELÍCIO, 2012). No estudo presente, de sessenta 
e oito pacientes diagnosticados com BS, quarenta e dois possuíam diagnóstico de BS, sendo 
que possuíam 7,34 vezes mais chances de apresentar DTM. Um estudo semelhante obteve 
58,2% de pacientes diagnosticados com DTM e 52% deles apresentavam BS, sendo que 
33 
 
estatisticamente os pacientes com DTM tinham 2,3 vezes mais chances de risco para BS 
(MAGALHÃES et al., 2018). Portanto, há estudos que mostram associação entre BS e DTM. 
Um estudo realizado por Rossetti et al. (2008) procurou verificar se quem tem 
bruxismo tem maior chances de ter dor por DTM. Avaliaram, então, 30 pacientes com dor 
miofascial diagnosticados pelo RDC/TMD e 30 pessoas que compuseram o grupo-controle. 
Todos os pacientes foram submetidos ao exame PSG e 58 pacientes relataram realizar 
apertamento diurno. Logo, para os autores desse artigo, pacientes com BS têm pequeno risco 
para dor miofascial, porém o BV talvez seja o fator de risco mais relevante. Outra pesquisa 
investigou uma relação entre a resposta da intensidade de dor de uma DTM e a quantidade de 
bruxismo realizado em um grupo de 293 pacientes, no entanto não houve significativa 
correlação entre a quantidade de BS e intensidade de dor na DTM, por outro lado, essa 
correlação foi positiva para BV. Deve-se ressaltar que essa última correlação foi perdida quando 
o modelo foi controlado para efeitos da depressão (MUZALEV; VAN SELMS; LOBBEZOO, 
2018). Neste mesmo estudo, pacientes diagnosticados com BV apresentaram 11 vezes mais 
risco para ocorrência de DTM, o que também é maior que o resultado obtido de BS (2,3 vezes 
mais). Logo, a DTM parece ter maior associação com BV quando comparada ao BS. 
Na literatura, é sugerido que o BS e BV estão positivamente associados, sendo que 
pacientes que relatam ter BS têm maior chance de relatar BV quando comparados àqueles que 
não relatam (PERLMAN et al., 2016). Em um estudo realizado com 2347 estudantes em Israel, 
foi obtido que o BS pode ser considerado um preditor do BV e vice-versa, sendo que em ambos 
os casos o risco relativo foi de 8,14. Além disso, ambos estão associados a aspectos emocionais 
e sintomas de dor facial (WINOCUR et al., 2019). No estudo presente, esta associação foi alta, 
uma vez que pacientes com BS têm 25 vezes mais chances de ter BV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
7 CONCLUSÃO 
 
A partir do presente estudo podemos inferir que a prevalência de BS foi de 53,80% e 
a prevalência de BV foi de 84,14%. Já a prevalência da DTM foi de 29,66%. Os resultados 
sugerem que pacientes com BS têm quase 7 vezes mais chances de apresentar DTM e 17 vezes 
mais chances de apresentar BV. Já pacientes com BV têm 11 vezes mais risco de apresentar 
DTM. 
A partir desses resultados, pode-se pressupor que a detecção precoce do bruxismo é 
muito importante, uma vez que pode diminuir as chances do paciente vir a ter DTM e/ou dor 
orofacial. São necessários mais estudos que demonstrem essa perspectiva para que a população 
consiga desfrutar da promoção e prevenção de saúde realizada por profissionais da 
Odontologia.35 
 
 
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43 
 
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
45 
 
ANEXO A – Ata de apresentação do trabalho de conclusão de curso 
46 
 
 
ANEXO B – Questionário de Hábitos Parafuncionais e Bruxismo 
 
 
47

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