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TCC Fabielly Kenne FINAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
FABIELLY MARTINS KENNE 
 
 
 
 
Ações de promoção da saúde e nutrição com escolares: atividades de educação 
alimentar e nutricional desenvolvidas no Núcleo de Educação Infantil Municipal Diamantina 
Bertolina da Conceição em Florianópolis-SC no ano de 2019. 
 
 
 
Florianópolis 
2021 
 
FABIELLY MARTINS KENNE 
 
 
 
 
 
 
 
Ações de promoção da saúde e nutrição com escolares: atividades de educação alimentar 
e nutricional desenvolvidas no Núcleo de Educação Infantil Municipal Diamantina Bertolina 
da Conceição em Florianópolis-SC no ano de 2019. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
de Graduação em Nutrição do 
Centro de Ciências da Saúde da 
Universidade Federal de Santa Catarina 
como requisito para a obtenção do 
título de Bacharel em Nutrição 
Orientador: Prof. Gilberto Veras Caldeira 
 
 
 
 
Florianópolis 
2021 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a minha Vó Zilá Kenne pelo suporte dado durante toda minha existência, por 
sempre acreditar em mim e por todo apoio. Ao Ciro Manfrão, meu companheiro, pessoa com 
quem amo partilhar a vida. Obrigada pelo carinho, a paciência e por sua capacidade de me trazer 
paz na correria cotidiana. A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de 
mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena. Agradeço ao meu orientador, Gilberto Veras 
Caldeira por ter aceitado-me no projeto de extensão e pela sua dedicação e atenção, por ter me 
auxiliado na germinação de ideias e durante todo o processo de desenvolvimento deste trabalho 
de conclusão de curso. Expresso minha gratidão a todos os profissionais do departamento de 
nutrição, da Universidade Federal de Santa Catarina por todo o apoio durante a graduação. 
Agradeço ao NEIM, principalmente a Professora Kátia, pelos ensinamentos, pelo convívio, pеlo 
apoio, pеlа compreensão е pela amizade ao longo do projeto. As cozinheiras, expresso meu 
profundo carinho e agradecimento, pois o auxílio delas foi fundamental para as dinâmicas 
acontecerem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
 através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
Kenne, Fabielly
 Ações de promoção da saúde e nutrição com escolares:
atividades de educação alimentar e nutricional
desenvolvidas no Núcleo de Educação Infantil Municipal
Diamantina Bertolina da Conceição em Florianópolis-SC no ano
de 2019. / Fabielly Kenne ; orientador, Gilberto Veras
Caldeira, 2021.
 51 p.
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) -
Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências
da Saúde, Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2021.
 Inclui referências. 
 1. Nutrição. 2. Educação alimentar e nutricional . 3.
Alimentação Escolar. 4. Nutrição infantil. 5. Alimentação
saudável. I. Veras Caldeira, Gilberto. II. Universidade
Federal de Santa Catarina. Graduação em Nutrição. III. Título.
RESUMO 
A educação alimentar e nutricional (EAN) se configura como um campo de 
conhecimento e prática contínua e permanente, intersetorial e multiprofissional, que utiliza 
diferentes abordagens educacionais. (BRASIL, 2013). O presente trabalho resulta de atividades 
desenvolvidas com 28 escolares com faixa etária de 4 a 6 anos de idade, tiveram como finalidade ações 
de EAN na rede pública, no Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM) Diamantina 
Bertolina da Conceição da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Durante o período 
compreendido de março à dezembro de 2019, semanalmente em quatro períodos, ocorria a discussão e 
execução das propostas com professores, coordenação pedagógica, funcionários e nutricionista, 
articulando ações da educação infantil, realizando as mesmas em diversos espaços físicos como salas de 
aula, o espaço físico interno comum e o espaço de lazer externo, tendo como referencial teórico das 
ações desenvolvidas, o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas 
Públicas, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O desenvolvimento do trabalho 
educativo com abordagem específica para o público infantil proporcionou a ampliação do conhecimento 
dos escolares e seus familiares em torno dos cuidados com a alimentação e nutrição. As atividades 
apresentaram resultados extremamente positivos, no sentido da reeducação e da capacitação para 
escolhas alimentares saudáveis por parte dos escolares. As atividades de educação nutricional também 
envolveram a participação da família, da equipe de educadores e colaboradores da instituição de ensino. 
A mudança de comportamento alimentar para os escolares alcançou objetivos, como: criou atitudes 
positivas frente aos alimentos e à alimentação; encorajou a aceitação da necessidade de uma alimentação 
saudável e diversificada; promoveu a compreensão da relação entre a alimentação e a saúde e o 
desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis, entre outros.Com as ações deste projeto ocorreu um 
maior envolvimento dos escolares, seus pais, professores e funcionários da unidade escolar, com 
questões da promoção da saúde e da alimentação saudável, melhorando este tipo de comportamento. 
PALAVRAS-CHAVE: Educação Alimentar Nutricional; Escolares; Alimentação 
saudável; Alimentação escolar; Oficinas culinárias; 
 
ABSTRACT 
 Food and nutrition education (EAN) is configured as a continuous and permanent, 
intersectoral and multiprofessional field of knowledge and practice, which uses different 
educational approaches. (BRASIL, 2013). The present work is the result of activities developed 
with schoolchildren aged 4 to 6 years old, aimed at EAN actions in the public network, at the 
Municipal Childhood Education Center (NEIM) Diamantina Bertolina da Conceição of the 
Florianópolis City Hall. Weekly in four periods, the proposals were discussed and executed 
with teachers, pedagogical coordination, employees and nutritionist, articulating such actions 
of early childhood education, carrying out the same in different physical spaces such as 
classrooms, the common internal physical space and the external leisure, with the theoretical 
framework of the actions developed, the Food and Nutrition Education Reference Framework 
for Public Policies, of the Ministry of Social Development and Fight against Hunger. The 
development of educational work with a specific approach for the child audience provided the 
expansion of the knowledge of students and their families regarding food and nutrition care. 
The activities showed extremely positive results, in the sense of re-education and training for 
healthy food choices on the part of the students. Nutritional education activities also involved 
the participation of the family, the team of educators and employees of the educational 
institution. The change in eating behavior for schoolchildren achieved objectives, such as: it 
created positive attitudes towards food and food; encouraged the acceptance of the need for a 
healthy and diversified diet; promoted the understanding of the relationship between food and 
health and the development of healthy eating habits, among others. With the actions of this 
project there was a greater involvement of students, their parents, teachers and school unit 
employees, with issues of health promotion and healthy eating, improving this type of behavior. 
KEYWORDS: Nutritional Food Education; School; Healthy eating; School feeding; Culinary 
workshops; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
DHAA – Direito Humano à Alimentação Adequada 
FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 
MEC – Ministério da Educação 
PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar 
EAN – Educação Alimentar e Nutricional 
PNAN - Política Nacional de Alimentação e Nutrição 
DCNT - Doenças Crônicas Não TransmissíveisSAN - Segurança Alimentar e Nutricional 
NEIM - Núcleo de Educação Infantil Municipal 
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina 
LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação 
SUS - Sistema Único de Saúde 
DEPAE – Departamento de Alimentação escolar 
MS - Ministério da Saúde 
FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
G6 – grupo 6 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 9 
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 12 
2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 12 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 12 
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 13 
4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 14 
5. DESENVOLVIMENTO .................................................................................................. 15 
5.1 PROMOÇÃO DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NAS ESCOLAS ................................... 15 
5.2 POLÍTICAS PÚBLICAS ............................................................................................... 17 
5.3 OS PRINCÍPIOS DO MARCO DE REFERÊNCIA DE EAN NAS POLÍTICAS PÚBLICAS 18 
5.4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................ 21 
5.4.1. HORTA PEDAGÓGICA ........................................................................................ 21 
5.4.2. DO PLANTIO AO PRATO ..................................................................................... 23 
5.4.3. FEIRA DE ALIMENTOS DO BAIRRO .................................................................. 23 
5.4.4 OFICINAS CULINÁRIAS ....................................................................................... 24 
5.4.5 OFICINAS BOLO DE ANIVERSÁRIOS .................................................................. 27 
5.4.6 OUTRAS DINÂMICAS DE EAN ............................................................................. 28 
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 38 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 39 
ANEXOS .......................................................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A educação alimentar e nutricional (EAN) se configura como um campo de 
conhecimento e prática contínua e permanente, intersetorial e multiprofissional, que utiliza 
diferentes abordagens educacionais. (BRASIL, 2013). 
Educação Alimentar e Nutricional constitui uma estratégia preconizada pelas políticas 
públicas em alimentação e nutrição, sendo considerada um importante instrumento para 
promoção de hábitos alimentares saudáveis. A educação alimentar e nutricional é vista como 
uma estratégia para promoção de hábitos alimentares saudáveis e acredita-se que a escola seja 
um espaço apropriado para desenvolver essas ações. (BRASIL, 2012). 
 O interesse pelo tema no Brasil surgiu na década de 1940 e, até 1970, esteve relacionada 
à introdução de alimentos novos para população por interesses econômicos, às publicações 
voltadas para divulgação de materiais informativos, e à adoção de medidas que privilegiavam 
a suplementação alimentar e atividades de combate a carências nutricionais específicas. Na 
década de 1970, por seu turno, houve referência à renda como principal obstáculo à alimentação 
adequada e nesse período a educação nutricional foi menos destacada nos programas de saúde 
pública por aproximadamente duas décadas. Percebeu-se a partir de então a relevância assumida 
pela EAN no âmbito das políticas públicas em alimentação e nutrição. A questão da promoção 
de hábitos alimentares saudáveis passou a constar nos programas oficiais brasileiros, a exemplo 
da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), implantada no final da década de 
1990, na qual se constata o fomento às ações em alimentação e nutrição, incluindo a perspectiva 
de acesso universal aos alimentos. Destaca-se ainda que no período de 1990 a 2010 os 
indivíduos passaram a ser tratados como portadores de direitos e foram então convocados a 
ampliar seu poder de escolha e decisão. (RAMOS et al. 2013). 
 A EAN é colocada como um campo de ação da Segurança Alimentar e Nutricional 
(SAN) e de promoção da saúde e tem sido considerada uma estratégia fundamental para a 
prevenção e controle dos problemas alimentares e nutricionais da atualidade. (BRASIL, 2012). 
Abordagens semelhantes constam também na Estratégia Fome Zero, lançada em 2001, que 
contempla a importância da EAN associada à educação para o consumo e na Política Nacional 
de Promoção da Saúde, lançada em 2006, que prioriza as ações de promoção da alimentação 
saudável na qual a EAN aparece como estratégica no seu campo de atuação. O mesmo se 
observa na Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) sancionada em 
10 
 
2010 com objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada, tendo como base 
práticas alimentares promotoras de saúde. (REIS et al., 2013). 
 Em 2012, no congresso World Nutrition Rio, foi criado o Marco de Referência de 
Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas que é um documento normativo, 
fruto de uma construção coletiva e participativa de atores de diferentes setores da sociedade 
brasileira movidos pela crença de que “a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) contribui 
para a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e para a construção de 
um Brasil saudável.” (BRASIL, 2012). 
 O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), instituído no país desde 1955 e 
reformulado ao longo dos anos, apresenta entre seus objetivos a formação de hábitos 
alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de EAN, fomenta a inclusão da Educação 
Alimentar e Nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo 
escolar abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de 
vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional (BRASIL, 2015). 
 Os Núcleos de Educação Infantil devem proporcionar condições de garantia para a 
manutenção da saúde integral dos escolares, envolvendo aspectos educacionais, sociais, 
culturais e psicológicos. (BRASIL, 2016). 
 De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Portaria, 
nº 1010/06, elaborada conjuntamente pelos Ministérios da Saúde e Educação, tem como 
finalidade o desenvolvimento de ações que garantam a adoção de práticas alimentares mais 
saudáveis no ambiente escolar e avaliação de seu impacto a partir da análise de seus efeitos em 
curto, médios e longo prazo. Para tanto, são incentivadas: ações de Educação Alimentar e 
Nutricional. 
 A EAN apresenta resultados extremamente positivos quando desenvolvida na infância, 
pois os primeiros anos de vida são responsáveis pela construção de diversos hábitos, aprendidos 
a partir da experiência e da observação. A escola tem se mostrado como o ambiente mais 
favorável para o desenvolvimento de ações em educação nutricional, pois envolve o escolar, o 
núcleo familiar e a comunidade, influenciando positivamente o comportamento alimentar. 
Nesse sentido, as ações coletivas são a melhor escolha, sobretudo por promover uma maior 
participação do usuário no processoeducativo, no envolvimento da equipe com o participante 
e na otimização do trabalho (ROSA et al., 2013). 
 Atividades lúdicas são consideradas recursos metodológicos e se destacam como uma 
das maneiras mais eficazes de envolver os alunos nas atividades porque a brincadeira é algo 
11 
 
inerente à criança, configurando em sua forma de trabalhar, refletir e discutir o mundo que a 
cerca. (Ramos et al., 2013). 
 O desenvolvimento de um trabalho educativo com abordagem específica para o público 
infantil proporciona a ampliação do conhecimento das crianças e seus familiares em torno dos 
cuidados com a alimentação e nutrição, favorecendo escolhas alimentares mais saudáveis e 
valorizando a utilização da alimentação escolar. As atividades de educação devem levar em 
consideração o perfil nutricional dos escolares, além dos aspectos sociais, culturais e 
econômicos, promovendo de forma eficaz a formação de hábitos alimentares adequados e 
prevenção de doenças relacionadas à má alimentação. As crianças descobrem o seu ambiente 
através dos sentidos, utilizando suas experiências na formação da memória. No contexto da 
EAN, às crianças em idade pré-escolar têm limitações para compreender o papel dos nutrientes 
e sua relação com os alimentos, ou sobre o conceito de saúde. No entanto, estratégias que 
transformem esses conceitos em figuras do imaginário infantil podem auxiliar o processo de 
aprendizagem. 
 A proposta do projeto de extensão intitulado: Ações em promoção da saúde e nutrição 
com escolares no Núcleo de Educação Infantil Diamantina Bertolina da Conceição no qual 
trabalhei como bolsista no ano de 2019, teve como finalidade desenvolver ações de saúde e 
nutrição com escolares do grupo 6 (faixa etária de 4 a 6 anos) de um Núcleo de Educação 
Infantil Municipal (NEIM) no ambiente escolar da educação infantil. No desenvolvimento do 
referido projeto de extensão, foram implementadas ações de promoção da saúde e nutrição, com 
foco em ações de EAN, contando com o apoio pedagógico da referida unidade escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 
Desenvolver ações de promoção de saúde e nutrição junto aos escolares do Núcleo de 
Educação Infantil Municipal Diamantina Bertolina da Conceição, no bairro do Rio Tavares – 
Florianópolis –SC. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 - Compreender o funcionamento do Núcleo de Educação Infantil Municipal (NEIM), 
por parte da bolsista do curso de graduação em nutrição envolvida no projeto, para que pudesse 
propor ações de promoção da saúde e nutrição no referido ambiente escolar. 
- Identificar no Projeto Político Pedagógico do NEIM Diamantina Bertolina da 
Conceição, quais os educadores e quais grupos de escolares estavam trabalhando com 
conteúdos relacionados com a promoção da saúde e a alimentação saudável naquele momento 
de execução do projeto de extensão. 
- Construir e desenvolver propostas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) em 
conjunto com os professores, coordenador pedagógico, funcionários e nutricionista supervisora 
do trabalho de EAN na unidade escolar, para os escolares da educação infantil da referida 
unidade escolar. 
 - Promover e articular ações de saúde e nutrição às ações de educação infantil, 
ampliando o alcance e o impacto de suas ações relativas aos escolares e suas famílias, 
otimizando a utilização dos espaços, equipamentos e recursos disponíveis. 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
3. JUSTIFICATIVA 
A educação alimentar e nutricional é vista como uma estratégia para promoção de 
hábitos alimentares saudáveis e acredita-se que a escola seja um espaço apropriado para 
desenvolver essas ações. Observou-se que, apesar da relevância do tema, há um baixo número 
de publicações na área e que a maior parte foi publicada a partir de 2009. 
 Quanto ao desafio de desenvolver ações em EAN apesar de sua relevância, o Marco de 
Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas destaca que ainda é 
necessário ampliar a discussão sobre suas possibilidades, seus limites e o modo como são 
realizadas, uma vez que o seu campo de atuação não está claramente definido. Ressalta também 
a pouca visibilidade das experiências bem-sucedidas, assim como a fragilidade nos processos 
de planejamento. No contexto escolar, a ausência de referências teórico-metodológicas que 
subsidiem as práticas de EAN também prevalece. Compreende-se que a formação dos hábitos 
alimentares é influenciada por fatores fisiológicos, psicológicos, socioculturais e econômicos e 
que têm sua formação iniciada na infância. Avalia-se, nesse contexto, hábito alimentar como 
um repertório de práticas alimentares que tendem a se repetir ao longo do tempo, e se frisa, 
nesse sentido, que é nessa fase da vida que o indivíduo sai do convívio basicamente familiar e 
penetra no contexto escolar, no qual experimentará outros alimentos e preparações e terá 
oportunidade de promover alterações nos seus hábitos alimentares pelas influências do grupo 
social e dos estímulos presentes no sistema educacional. Assim, entende-se que a escola 
apresenta um ambiente privilegiado para programas de EAN e essa conjuntura vem sendo 
considerada na formulação de políticas públicas em alimentação e nutrição. 
 Além disso, o projeto justificou-se também na preparação para futuros profissionais de 
saúde, entre eles os graduandos do curso de nutrição da Universidade Federal de Santa 
Catarina(UFSC), para atuarem na atenção básica em saúde com uma visão mais ampliada de 
saúde, planejando conjuntamente ações de saúde e educação. 
 
 
 
14 
 
4. METODOLOGIA 
Primeiramente o projeto de extensão referido baseou-se na observação do 
funcionamento do Núcleo de Educação Infantil Municipal, identificação do público alvo, 
levantamento de informações e projetos desenvolvidos ao longo dos anos sobre educação e 
nutrição. Através da leitura do Projeto Político Pedagógico do NEIM, desmembramento e 
discussão com a professora regente do grupo 6 (G6) de pré-escolares selecionados foram 
discutidas atividades e propostas sobre promoção de saúde e alimentação saudável para serem 
desenvolvidas ao longo do projeto de extensão com o grupo estipulado. O presente trabalho 
englobou o uso de estratégias e materiais educativos, que objetivou promover encontros 
dinâmicos, participativos e compreensíveis pela faixa etária do grupo trabalhado, a 
incorporação do tema alimentação saudável no projeto político pedagógico da escola, 
perpassando todas as áreas de estudo e propiciando experiências no cotidiano das atividades 
escolares. 
 O trabalho baseia-se em ações de alimentação e nutrição que foram desenvolvidas 
dentro da rede de ensino de Florianópolis. Onde foram executadas atividades previamente 
discutidas e elaboradas junto com docentes do NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. As 
atividades foram previamente decididas e elaboradas conjuntamente com os projetos 
pedagógicos da unidade. O NEIM Diamantina Bertolina da Conceição está localizado na 
Rodovia Dr. Antônio Luiz Moura Gonzaga, número 1525, no bairro do Rio Tavares, município 
de Florianópolis. O horário de funcionamento é das 07h30 às 18h30 sendo dividido em três 
períodos: matutino, vespertino e integral. A unidade atende cerca de 150 crianças de 1 a 6 anos. 
Conta com 39 funcionários sendo eles: professores, auxiliares da sala, cozinheiras (2 em cada 
período), auxiliares de limpeza, vigia, direção administrativa e coordenação pedagógica. Além 
disso, o NEIM conta também com o apoio de uma nutricionista supervisora do Sepat, uma 
empresa terceirizada na qual presta serviços para a rede pública, vinculado à Secretaria 
Municipal de Educação ligado a Prefeitura Municipal de Florianópolis, também contam com 
duas nutricionistas a nível central no Departamento de Alimentação Escolar (DEPAE). 
 
 
 
 
15 
 
5. DESENVOLVIMENTO 
Os pré-escolares de 2 a 6 anos de idade constituem faixapopulacional de grande 
importância, devido ao processo de maturação biológica por que passam, durante o qual a 
alimentação desempenha papel decisivo, em especial pela formação dos hábitos alimentares. 
Estudos mostram que a correta formação dos hábitos alimentares na infância favorece a saúde 
permitindo o crescimento e o desenvolvimento normal e prevenindo uma série de doenças 
crônicas degenerativas na idade adulta (GANDRA, 2000). 
 Muitos de nossos hábitos alimentares são condicionados desde os primeiros anos de 
vida. Dados de investigação sugerem que as crianças não estão dotadas de uma capacidade inata 
para escolher alimentos em função do seu valor nutricional, pelo contrário, os seus hábitos são 
aprendidos a partir da experiência, da observação e da educação. O papel da família e da equipe 
da escola na alimentação e na educação nutricional das crianças é, portanto, inquestionável e 
assume particular importância uma vez que pode oferecer uma aprendizagem formal a respeito 
do conhecimento de alimentação saudável. (MARIN, BERTON, SANTO, 2009) 
 A educação alimentar aplicada às crianças pré-escolares apresenta alguns objetivos, 
como: criar atitudes positivas frente aos alimentos e à alimentação; encorajar a aceitação da 
necessidade de uma alimentação saudável e diversificada; promover a compreensão da relação 
entre a alimentação e a saúde; promover o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis. 
5.1 PROMOÇÃO DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NAS ESCOLAS 
 A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) caracteriza-se atualmente pela sua 
indispensabilidade e relevância diante dos problemas causados por práticas alimentares 
inadequadas. Nesse sentido, emerge como um dos eixos orientadores das atuais políticas 
públicas brasileiras de segurança alimentar e nutricional (SAN). 
 A concepção de EAN, como um campo de conhecimento e de prática, adquiriu 
contornos mais definidos e precisos a partir do Marco de Referência de Educação Alimentar e 
Nutricional para as Políticas Públicas, que a considera “estratégia fundamental para a prevenção 
e controle dos problemas alimentares e nutricionais contemporâneos” (BRASIL, 2012), 
notadamente, o sobrepeso, a obesidade e as DCNTs. Porém, sua importância estratégica 
também converge para a garantia do Direito Humano e Alimentação Adequada (DHAA). Em 
se tratando de prática, incontáveis experiências se desenvolvem Brasil afora, envolvendo 
diferentes setores, instituições, profissionais, metodologias e espaços de execução. Em 2006, 
por meio da Portaria Interministerial nº 1.010, os Ministérios da Educação e da Saúde 
16 
 
instituíram as “Diretrizes para a promoção da alimentação saudável na educação básica, redes 
pública e privada”, sendo a EAN afirmada como um dos eixos prioritários de ação. Mais 
recentemente, em 2018, a Lei nº 13.666, alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB) para incluir educação alimentar e nutricional como tema transversal no 
currículo escolar. Dessa forma, a EAN vai entrando no espaço escolar tanto pela norma jurídica 
quanto por ações pedagógicas que se expressam e se destacam tanto em termos quantitativos 
quanto qualitativos. 
 O PNAE foi um grande propulsor da educação nutricional, o fortalecimento da EAN 
culminou na promulgação da Lei Nº 11.947/2009 que prevê: “A inclusão da educação alimentar 
e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, 
abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, 
na perspectiva da segurança alimentar e nutricional” (BRASIL, 2019). A lei que inclui a EAN 
nos currículos escolares – Lei nº 11.947/2009, também aponta outras medidas relacionadas à 
EAN como o consumo de alimentos oriundos da agricultura familiar local na merenda escolar, 
bem como os parâmetros que orientam a construção do cardápio que será oferecido aos 
escolares. 
 A escola é um espaço privilegiado para o desenvolvimento de ações educativas e o 
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é uma excelente alternativa para a 
promoção de hábitos alimentares saudáveis, não apenas por fornecer uma parcela dos nutrientes 
que os alunos necessitam diariamente, mas também pela possibilidade de se constituir em 
espaço educativo, ao estimular a integração de temas relativos à nutrição ao currículo escolar. 
 O PNAE que regulamenta a alimentação oferecida aos escolares e outras ações tem entre 
seus objetivos a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de 
EAN. Desta forma, a escola “tem sido um dos espaços mais focados pelas políticas públicas de 
alimentação e nutrição com a promoção da alimentação saudável” (RAMOS, SANTOS e REIS, 
2013). 
 A rotina e a prática profissional do nutricionista estão desenhadas, independentemente 
de sua área de atuação, pelo exercício da dietética. As atividades de EAN no PNAE que é de 
competência ao nutricionista abrangem a avaliação do estado nutricional dos estudantes 
atendidos pelo PNAE; a identificação de indivíduos com necessidades nutricionais específicas; 
a realização de ações de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar, articuladas 
com a coordenação pedagógica da escola; o planejamento e a coordenação da aplicação do teste 
de aceitabilidade; a elaboração e implantação do Manual de Boas Práticas de acordo com a 
realidade de cada unidade escolar; a interação com os agricultores familiares e empreendedores 
17 
 
familiares rurais de forma a conhecer a produção local, inserindo estes produtos na alimentação 
escolar; o planejamento e acompanhamento dos cardápios da alimentação escolar, entre outras. 
 Vale ressaltar, que a escola pode trabalhar para que a consciência sustentável formada 
nos alunos possa chegar até as famílias, a outros grupos sociais e a ambientes frequentados por 
estes estudantes. Além disso, implica na construção de um ambiente em que o aluno possa 
“vivenciar” o que aprendeu sobre desenvolvimento sustentável. Em algo no qual ele possa se 
espelhar. A alimentação em grupo, principalmente nas creches, favorece a modificação de 
hábitos alimentares, por facilitar a aceitação de novos alimentos, sendo importante a 
implantação de programas de educação nutricional nestas instituições para promover uma 
melhora na qualidade da alimentação infantil. 
5.2 POLÍTICAS PÚBLICAS 
Analisam-se as ações governamentais empreendidas no campo da educação alimentar e 
nutricional nos Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e de Combate à Pobreza, do 
Ministério da Saúde (MS) e do Ministério da Educação (MEC), órgãos que têm formulado tais 
políticas. 
Considera-se ainda que, a partir de 2006, a educação alimentar e nutricional foi alvo de 
reflexão e debate, ocorrendo eventos específicos para tal fim. No âmbito do MDS, é destacado 
que educação alimentar e nutricional enquanto ação governamental, prevista como uma “ação 
estruturante” na Estratégia Fome Zero, desempenhando uma função estratégica para a 
promoção da segurança alimentar e nutricional em todas as suas dimensões, percorrendo desde 
a produção até o consumo dos alimentos, considerando aspectos éticos, culturais, 
socioeconômicos e regionais, entre outros, na promoção de hábitos alimentares adequados e 
saudáveis. (SANTOS LAS, 2010). A EAN tem espaço nas políticas públicas de saúde 
instituídas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1990 com a implementação da Lei 
Orgânica de Saúde – Leiº 8.080. Embora seja uma política de saúde pública, ela transpassa os 
serviços hospitalares e ambulatoriais podendo ocorrer em vários outros espaços onde seja 
possível a execução de práticas educativas para a população brasileira. 
O histórico Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), desenvolvido pelo 
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, tem 
sofrido inúmeras alterações no seu aparato legal propiciando cada vez mais a incorporaçãoda 
promoção da alimentação saudável no ambiente escolar como uma importante meta. Inúmeros 
projetos em parceria com outros órgãos focalizam esta ação e, juntamente a ela, a educação 
18 
 
alimentar e nutricional a exemplo: “Dez Passos para Alimentação Saudável a Escola”, em 
parceria com o Ministério da Saúde, “Projeto Criança Saudável Educação Dez” com o 
Ministério do Desenvolvimento Social, “Projeto Alimentação Saudável nas Escolas” com a 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Projeto Educando com a Horta Escolar, 
juntamente com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – FAO . 
É também uma meta desejada a incorporação do tema alimentação saudável no projeto político 
pedagógico da escola, perpassando por todas as áreas de estudo e propiciando experiências no 
cotidiano das atividades escolares, o que foi previsto nos documentos que regem o Programa. 
 No setor saúde, as abordagens sobre a EAN avançaram consideravelmente, tanto no que 
diz respeito à sua concepção, mas também à valorização enquanto tema da política pública. A 
importância da EAN se justifica nesse momento em que vivenciamos a transição nutricional 
caracterizada como o “conjunto de mudanças dos padrões nutricionais, modificando a dieta e 
se correlacionando com mudanças sociais, econômicas, demográficas e relacionadas à saúde, o 
que geralmente está associado à obesidade” (POPKIN, 2012). Nesse cenário de transição, 
condições como desnutrição energética proteica e patologias infectocontagiosas declinaram, ao 
passo que as doenças crônicas não transmissíveis se proliferam acometendo grande parte da 
população causando comorbidades e mortalidade. 
 A proposta de incluir a EAN como tema transversal no currículo do Ensino Fundamental 
e Médio tem foco no trabalho preventivo das doenças causadas por alimentação inadequada, 
como obesidade, sobrepeso, doenças cardiovasculares, dislipidemias e diabetes. A escola se 
configura como um espaço de dialogicidade, que se propõe desenvolver a autonomia do sujeito 
como enfoque na problematização promovendo uma reflexão sobre si e suas práticas 
alimentares (SANTOS, 2013). Levando em consideração as abordagens sobre EAN, a escola 
pode e deve ser um espaço de promoção à saúde através da EAN. 
5.3 OS PRINCÍPIOS DO MARCO DE REFERÊNCIA DE EAN NAS POLÍTICAS 
PÚBLICAS 
O Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas 
engloba os princípios organizativos dos diversos campos de prática em nove princípios, que 
devem ser atendidos nas diferentes estratégias de EAN, de acordo com o setor em que se 
encontra (BRASIL, 2012). 
 I. Sustentabilidade social, ambiental e econômica 
19 
 
A EAN quando promove a alimentação saudável refere-se à satisfação das necessidades 
alimentares dos indivíduos e populações, no curto e no longo prazos, que não implique o 
sacrifício dos recursos naturais renováveis e não renováveis e que envolva relações econômicas 
e sociais estabelecidas a partir dos parâmetros da ética, da justiça, da equidade e da soberania. 
 
 II. Abordagem do Sistema Alimentar, na sua integralidade. 
A EAN, deve abranger desde o acesso à terra, à água e aos meios de produção, as formas 
de processamento, de abastecimento, de comercialização e de distribuição; a escolha e consumo 
dos alimentos, incluindo as práticas alimentares individuais e coletivas, até a geração e a 
destinação de resíduos. As ações de EAN envolvem temas e estratégias relacionadas a todas 
estas dimensões de maneira a contribuir para que os indivíduos e grupos façam escolhas 
conscientes, mas também que estas escolhas possam, por sua vez, interferir nas etapas anteriores 
do sistema alimentar. 
 
III. Valorização da cultura alimentar local e respeito à diversidade de opiniões e perspectivas, 
considerando a legitimidade dos saberes de diferentes naturezas 
A EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura, religião e 
ciência. Respeitar e valorizar as diferentes expressões da identidade e da cultura alimentar de 
nossa população, reconhecendo e difundindo a riqueza incomensurável dos alimentos, das 
preparações, das combinações e das práticas alimentares locais e regionais. As acões de EAN 
devem contemplar as práticas e os saberes mantidos por povos e comunidades tradicionais, bem 
como diferentes escolhas alimentares, sejam elas voluntárias ou não. 
 
IV. A comida e o alimento como referências: Valorização da culinária enquanto prática 
emancipatória. 
A EAN deve abranger as escolhas alimentares para além de nutrientes pois estes trazem 
significados e aspectos simbólicos, quando aborda estas múltiplas dimensões ela se aproxima 
da vida real das pessoas e permite o estabelecimento de vínculos, entre o processo pedagógico 
e as diferentes realidades e necessidades locais e familiares. A prática culinária estimula o 
20 
 
exercício das dimensões sensoriais, cognitivas e simbólicas da alimentação assim como também 
proporciona autonomia ao indivíduo. 
 
V. A promoção do autocuidado e autonomia 
A promoção ao autocuidado é um dos aspectos do viver saudável. Ações de EAN 
voltadas para o próprio indivíduo ou ao meio ambiente favorecem a adesão das pessoas às 
mudanças necessárias ao seu modo de vida, tornando cada ser humano agente produtor de sua 
própria saúde. 
 
VI. A educação enquanto processo permanente e gerador de autonomia e participação ativa e 
informada dos sujeitos. 
As ações de EAN precisam estar presente ao longo do curso da vida respondendo às 
diferentes demandas que o indivíduo apresenta, desde a formação dos hábitos alimentares na 
primeira infância à organização da sua alimentação fora de casa na adolescência e idade adulta. 
O fortalecimento da participação ativa dentro dessas demandas ampliam os graus de autonomia 
para as escolhas e para as práticas alimentares, aumentando a capacidade de fazer escolhas, 
governar, transformar e produzir a própria vida. Neste sentido, a EAN deve ampliar a sua 
abordagem para além da transmissão de conhecimento e gerar situações de reflexão sobre as 
situações cotidianas, busca de soluções e prática de alternativas 
 
VII. A diversidade nos cenários de prática 
As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de maneira coordenada 
e utilizar abordagens que se complementem de forma harmônica e sistêmica. Essas ações devem 
ocorrer em diversos cenários de práticas para diferentes grupos populacionais, se adequando às 
especificidades do local e da população trabalhada 
 
VIII. Intersetorialidade 
As ações de EAN devem apresentar articulação dos distintos setores governamentais, 
de forma que se corresponsabilizem pela garantia da alimentação adequada e saudável. O 
processo de construção de ações intersetoriais implica a troca e a construção coletiva de saberes, 
linguagens e práticas, permitindo novas possibilidades de soluções inovadoras mais efetivas e 
eficazes em prol da qualidade da alimentação e da vida. 
 
21 
 
IX. Planejamento, avaliação e monitoramento das ações 
O processo de planejamento e implementação das ações de EAN é imprescindível para 
a eficácia, efetividade, impacto e sustentabilidade das iniciativas. O diagnóstico local precisa 
ser valorizado, no sentido de propiciar um planejamento específico, com objetivos delineados, 
para que possam alcançar os resultados esperados. O processo de planejamento precisa ser 
participativo, de maneira que as pessoas possam estar legitimamente inseridas nos processos 
decisórios. 
5.4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
O ambiente da escola parece ser um espaço que reúne condições únicas para a aquisição 
de práticas alimentares saudáveis, desde que reúne indivíduos em seus estágios iniciais de 
formação e educadores (DOMENE, 2008) 
É importante salientar, que a formação dos hábitos alimentares inicia-se desde a 
gestação e a amamentação, e sofre modificações de acordo com os fatores fisiológicose 
ambientais a que as crianças serão expostas durante a infância. Entretanto, a infância é o período 
de formação dos hábitos alimentares o que justifica a importância da educação nutricional, 
visando à promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis dos 
indivíduos na fase adulta. 
As atividades foram desenvolvidas levando em conta a faixa etária do grupo em questão. 
Além disso, todas as atividades apresentaram material didático e processos lúdicos para que 
pudessem ser entendidas pelo público alvo, levando consciência para construção de hábitos 
alimentares que propiciem boas escolhas, gerando saúde e qualidade de vida. 
No contexto do presente trabalho, foram descritas ações de EAN que foram 
desenvolvidas com escolares do grupo 6 do NEIM mencionado, dentre elas: 
5.4.1. HORTA PEDAGÓGICA 
Princípios do Marco de Referência: I, II, VI, VII, VIII 
A experiência trata-se da criação da horta escolar, no qual fica localizada nas 
dependências do NEIM. Seu objetivo foi informar as crianças sobre o processo de plantio e 
aprendizagem, inserir a alimentação saudável no currículo escolar, a partir da formação docente 
e do envolvimento da comunidade escolar, tendo a horta como um espaço pedagógico vivo. A 
horta é articulada como um espaço privilegiado que possibilita trabalhar conceitos, 
22 
 
procedimentos e atitudes relacionados à EAN. Ou seja, instrumento de aprendizagem que 
permita despertar na criança uma conscientização entre as pessoas e o meio ambiente, a fim de 
ajudar a prevenção e utilização saudável do meio ambiente, bem como o consumo de alimentos 
benéficos para a saúde. A atividade convida toda a comunidade escolar a buscar alternativas e 
ações sustentáveis ao meio ambiente para a promoção da alimentação escolar saudável e de 
qualidade. Vale ressaltar que a horta representa uma metodologia bastante sugestiva para a 
compreensão dos benefícios alimentares e a aquisição de hábitos saudáveis para o dia a dia da 
alimentação escolar e familiar. 
O planejamento da dinâmica foi feito junto ao projeto político pedagógico com a 
professora regente da turma onde foram definidas as datas, materiais a serem utilizados, tarefas 
e organização de todo o processo. Em seguida, foram escolhidas que mudas seriam plantadas. 
Foram plantadas mudas de alface. No primeiro momento da atividade as crianças foram 
colocadas em círculo dentro da sala de aula e foi explicado com um cartaz como se realiza o 
plantio, foi explicado a importância da terra, do sol, da água e do cuidado com as plantas. Em 
seguida os alunos foram para a área externa realizar a dinâmica e construíram a horta suspensa. 
A educação nutricional juntamente com educação ambiental são tópicos importantes a serem 
absorvidos pelas crianças, explorar sua relação com a natureza e os impactos que suas ações 
podem causar no sentido ecológico. Por fim, o caráter multidisciplinar desta ação permitiu às 
crianças a compreensão e a interação com o processo de plantio, além de uma conversa sobre a 
importância da alimentação equilibrada priorizando alimentos in natura. Vislumbra-se a 
necessidade de continuidade da ação, visando a manutenção da horta. 
 
Imagem 01: Explicação em sala de aula sobre plantio de mudas no NEIM Diamantina Bertolina da 
Conceição. Florianópolis, Abril de 2019. 
Imagem 02: Plantio de mudas na horta vertical. NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Abril de 2019. 
23 
 
5.4.2. DO PLANTIO AO PRATO 
Princípios do Marco de Referência: I, V, VI, VII, VIII 
A atividade teve início com uma conversa em sala com as crianças discutindo o valor 
nutricional do feijão. Em seguida, foram orientados sobre o cultivo de uma semente de feijão 
em algodão na sala de aula e convidados a acompanhar o brotamento da semente. Esta primeira 
parte da atividade foi feita dentro de caixas de papelão e observada germinação da semente. 
Após os brotos dos feijões crescerem em sala de aula na caixa de papelão, foi sugerido para as 
crianças fazerem o plantio na horta do NEIM. Cada criança plantou sua muda, onde 
acompanharam o seu crescimento até que pudesse acontecer a colheita da vagem de feijão. As 
vagens foram colhidas na horta do NEIM, higienizadas e servidas no almoço. 
 Essa dinâmica proporcionou ao grupo, o acompanhamento de um alimento desde o 
plantio até o consumo, as crianças vivenciaram o processo e puderam interagir com o alimento 
que eles mesmos plantaram, gerando autonomia, incentivo ao cultivo de hortas e consumo de 
alimentos in natura ou minimamente processados. 
 
Imagem 03: Explicação sobre plantio de feijão no algodão em sala no NEIM Diamantina Bertolina da 
Conceição. Florianópolis, Abril de 2019. 
Imagem 04: Colheita de vagem de feijão no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, 
Abril de 2019. 
5.4.3. FEIRA DE ALIMENTOS DO BAIRRO 
Princípios do Marco de Referência: I, II, III, VI, VII, e VIII 
Trata-se de uma proposta que teve como objetivo aproximar as crianças de alimentos 
saudáveis disponíveis na feira de alimentos do bairro, frisando a importância de uma 
alimentação variada e colorida. A feira estava localizada próximo ao NEIM e os passeios até a 
24 
 
mesma ocorreram nas terças-feiras com o auxílio da professora regente, auxiliar de sala e 
bolsista do projeto de extensão. Este momento foi muito enriquecedor, pois contribuiu para 
ampliar o olhar quanto a variedade de frutas e legumes que podem fazer parte da alimentação 
diária das crianças, isso as aproximou de alimentos que devem fazer parte da dieta, aumentando 
a consciência para fazerem boas escolhas alimentares. Nesta atividade a turma foi dividida em 
dois grupos (por conta da quantidade de crianças) cada grupo visitou a feira de alimentos 
quinzenalmente, ou seja, um grupo por semana. Os grupos se dirigiram até o local conforme a 
divisão da semana, contudo, anterior à isso foi discutido em sala de aula o que seria comprado, 
ressaltando o valor nutritivo. Os alimentos comprados foram usados em oficinas culinárias (que 
serão citadas nos próximos tópicos) juntamente com a ajuda das crianças ou como sobremesa 
(frutas) in natura. 
 
Imagem 05: Atividade ida a feira de alimentos bairro com escolares do NEIM Diamantina Bertolina da 
Conceição. Florianópolis, Abril de 2019. 
Imagem 06: Atividade ida a feira de alimentos bairro com escolares do NEIM Diamantina Bertolina da 
Conceição. Florianópolis, Abril de 2019. 
5.4.4 OFICINAS CULINÁRIAS 
Princípios do Marco de Referência: IV, V, VI, VII e VIII 
A estratégia escolhida para envolver os alunos para o consumo de refeições saudáveis foi a 
oficina culinária, a qual oferece um ambiente favorável à transmissão de informações e a sua proposta 
envolve convívio social nas elaborações, além da estimulação sensorial e visual, e consequentemente 
maior facilidade para modificar os hábitos alimentares (CASTRO et al.2007). 
 As práticas de oficinas culinárias influenciam crianças e adolescentes no conhecimento de 
práticas alimentares saudáveis através de aulas que são essenciais para mudanças no estilo de vida. O 
conhecimento de diferentes alimentos é fundamental para adquirir uma alimentação diversificada, o que 
por sua vez constitui um dos fatores primordiais para uma alimentação saudável (MAHAN, ESCOTT-
STUMP e KRAUSE, 2010). 
25 
 
 Um estudo realizado sobre culinária como um método educativo dirigido a adolescentes e 
profissionais da saúde e educação, mostrou que oficinas culinárias além de incentivar a autonomia e 
proporcionar uma experiência criativa, propiciam também a reflexão sobre a relação construída com o 
comer e o preparar a comida ao longo da vida. Essa opção também permite a realização de ações 
educativas que valorizam os aspectos simbólicos da alimentação e o ato culinário como prática social 
(CASTRO et al, 2007). 
 
Imagem 07: Oficina culinária de bolo de maçã no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis,Maio de 2019. 
Imagem 08: Oficina culinária de bolo de maçã no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, 
Maio de 2019. 
Foram desenvolvidas as seguintes oficinas culinárias como método lúdico de aprendizagem, 
interação com o alimento e educação alimentar e nutricional: 
a) Biscoito de coco 
Foi desenvolvida a receita de biscoito de coco (anexo 1) com o auxílio das crianças. O 
primeiro passo foi a compra do coco na feira de alimentos pelo grupo, onde os mesmos 
provaram a água do próprio coco. Posterior a isso, com o auxílio das crianças a receita dos 
biscoitos foi executada. O coco foi ralado juntamente das crianças, colaborando para o 
entendimento da importância do consumo de alimentos in natura, manifestando assim, 
possibilidades de desejo por uma alimentação mais nutritiva e saudável. 
 
a) Suco de uva 
As uvas foram compradas pelas crianças na feira, em seguida, foram orientadas quanto 
ao processo de higienização da fruta e sua importância. Posterior a isso, as uvas foram batidas 
no liquidificador juntamente com água e depois servidas como suco para o grupo degustar 
(anexo 2). 
b) Torta de legumes 
26 
 
A ideia sobre a preparação desenvolvida trouxe como embasamento a negação que 
algumas crianças tinham de provar “alimentos novos” e a torta despertou a curiosidade do 
grupo, pelas cores presentes na receita (anexo 3) devido aos ingredientes, fazendo que todos 
provassem, ou seja, teve uma resposta positiva imediata. Este incentivo quanto ao consumo de 
legumes, verduras e vegetais deve ser feito de forma diária para que as crianças criem hábitos 
saudáveis no seu cotidiano. 
c) Salada de fruta 
As frutas foram compradas pelas crianças na feira de alimentos, essas frutas foram 
escolhidas e sugeridas pelo grupo em uma roda de conversa na sala de aula. Com os alimentos 
comprados foi feita salada de frutas para ser consumida como sobremesa após almoço (anexo 
4). 
d) Espetinho de carne 
Foi desenvolvido um projeto por uma Professora do Neim, este projeto teve como o 
objetivo apresentar alguns conhecimentos de história e alimentação ao longo da existência 
humana. O projeto propiciou conhecimento sobre a história da escrita, através da descoberta 
das primeiras linguagens escritas, a interação com o alimento e recursos oferecidos da época. 
Na era dos “Homens das cavernas” que fazia parte do projeto do NEIM, foram trabalhados os 
aspectos da alimentação da época e realizados espetinhos de carne para as crianças provarem. 
Ao longo da atividade foram discutidos a importância dos nutrientes presentes na carne e a 
moderação em que deve ser consumida (anexo 5). 
d) Espetinho de frutas 
As crianças foram até à feira de alimentos e compraram as frutas acordadas em aula, ao 
retornarem para a sala, as frutas foram higienizadas e espetadas em palitos. Os espetinhos foram 
servidos após o almoço como sobremesa (anexo 6). 
e) Torta de atum com brócolis 
A preparação da receita foi desenvolvida com a ajuda das crianças em sala de aula, onde 
cada uma contribuiu de alguma forma colocando os ingredientes e/ou misturando a massa. O 
brócolis foi comprado na feira pelo grupo, higienizado e em seguida incorporado na receita 
(anexo 7). 
27 
 
f) Cachorro quente de cenoura 
Para auxiliar na introdução de alimentos saudáveis na rotina das crianças, foi 
desenvolvido junto delas, a elaboração da preparação de cachorro-quente, onde houve a 
substituição da salsicha pela cenoura. A oficina culinária teve como objetivo inserir vegetais na 
alimentação das crianças. Foi discutida a importância dos nutrientes que estavam presentes nos 
alimentos e citado sobre os malefícios dos alimentos ultraprocessados como é o caso da 
salsicha. O molho do cachorro quente foi feito pelas cozinheiras do NEIM e os pães foram 
disponibilizados pelo NEIM (anexo 8). 
g) Sanduiche natural 
A construção do sanduíche foi feita junto das crianças. Dentre os ingredientes, foi 
utilizado alface que foi colhida pelas crianças na própria horta pedagógica do NEIM, como 
acompanhamento do sanduíche foi feito suco com maracujá que as crianças compraram na feira. 
E no final da atividade foi realizado piquenique na área externa da sala (anexo 9). 
h) Sorvetes de frutas 
Como opções de sobremesas saudáveis e refrescantes foram desenvolvidas duas receitas 
de sorvetes de frutas, sendo as frutas: uva e manga (anexo 10). O objetivo das receitas foi 
ampliar o leque de receitas de sobremesas que possam fazer parte da dieta das crianças e que 
sejam ricas em nutrientes e beneficiem o desenvolvimento infantil. A manga foi comprada pelas 
crianças na feira. 
i) Mini pizza 
A atividade foi feita junto das crianças e teve como objetivo ampliar a interação com o 
alimento, mostrar como uma pizza é preparada, incentivar pais e responsáveis a preparar 
lanches em domicílio. A massa foi preparada com o auxílio delas e a montagem também. Em 
seguida as mini pizzas (anexo 11) foram para o forno. 
5.4.5 OFICINAS BOLO DE ANIVERSÁRIOS 
Princípios do Marco de Referência: IV, V, VI, VII e VIII 
Durante o ano letivo, ao longo do projeto de extensão, foi acordado com as crianças que seriam 
realizadas “Oficinas Culinárias em comemoração aos aniversariantes dos meses respectivos”. Sendo 
28 
 
assim, todos os meses foram executadas Oficinas Culinárias de bolos, priorizando o uso de frutas nas 
receitas dos mesmos. Os bolos preparados foram: bolo de milho (anexo 12), bolo de maçã (anexo 13), 
bolo de laranja (anexo 14), bolo de uva (anexo 15), bolo de melancia (anexo 16) e bolo de 
amora (anexo 17), sendo que a amora utilizada foi colhida pelas crianças no próprio NEIM de 
uma amoreira que lá se encontrava. Antes das crianças iniciarem as oficinas culinárias, foram 
realizadas conversas sobre a importância da escolha de alimentos saudáveis na fase de desenvolvimento 
que se encontram. As atividades ocorrem na sala de aula da turma do G6, ao iniciarmos cada uma 
das atividades as crianças eram orientadas sobre a higienização das mãos e em seguida recebiam uma 
touca para proteção dos cabelos e um avental. Ao início de cada dinâmica era realizada uma breve 
apresentação a respeito dos ingredientes que constavam na mesa para a preparação dos bolos. 
 
Imagem 09: Oficina culinária de bolo de aniversários no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Maio de 2019. 
Imagem 10: Oficina culinária de bolos de aniversários no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Maio de 2019. 
5.4.6 OUTRAS DINÂMICAS DE EAN 
A) Semáforo de alimentos 
Princípios do Marco de Referência: V, VI, VII, VIII 
A atividade ensina de forma lúdica sobre o consumo de determinados alimentos, onde 
as crianças são questionadas quanto a frequência em que são ingeridos e quais os impactos pode 
causar na saúde das mesmas. O objetivo desta atividade foi auxiliar as crianças na classificação 
dos alimentos em categorias de acordo com as suas propriedades nutricionais em termos 
quantitativos e qualitativos no que concernem os teores de proteína, sal, açúcar e gordura. 
Trazendo informações importantes para ajudar as crianças a fazerem escolhas alimentares 
29 
 
adequadas e contribuindo assim para os desenvolvimentos físicos, intelectuais e emocionais das 
mesmas. 
 No primeiro momento da dinâmica, foi explicado para a turma sobre a diferença entre 
os alimentos in natura, processados e ultraprocessados, com auxílio de imagens de alimentos 
e/ou recortes de imagens de encartes de supermercados. Foram entregues as imagens para as 
crianças, onde estas deveriam colocar as imagens em algum dos três cartazes disponibilizados 
em três cores: verde, amarelo e vermelho, cada um representando um tipo de processamento do 
alimento. A cor verde está relacionada com os alimentos in natura, a cor amarela com os 
alimentos processados e a cor vermelha com os alimentos ultraprocessados, indicando os 
alimentos que devem ser evitados noconsumo alimentar diário. As cores tiveram a seguinte 
orientação: 
- VERDE indicou os alimentos que podem ser consumidos diariamente como, por 
exemplo, frutas e legumes, iogurtes, leites (sem adição de açúcar), queijo, cereais (pão), arroz, 
massas, leguminosas e água. 
- AMARELO indicou os alimentos que podem ser consumidos, com moderação, tais 
como, manteiga, carne e peixe. 
- VERMELHO indicou os alimentos que devem ser evitados, tais como sucos artificiais 
e refrigerantes, salgadinhos, embutidos em geral, margarina, doces que contenham excesso de 
açúcares, caramelos, bolachas e biscoitos. Foram escolhidos alguns alunos no final da atividade 
para explicar o que cada cor significa e onde seria colocado alguns alimentos que ainda faltavam 
para colar no cartaz que eles construíram. 
 
Imagem 11: Atividade semáforo de alimentos no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, 
Junho de 2019. 
30 
 
Imagem 12: Atividade semáforo de alimentos no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, 
Junho de 2019. 
B) Oficina de Sucos Coloridos 
Princípios do Marco de Referência I, IV, V, VI, VII, VIII 
O objetivo dessa atividade foi estimular o aumento do consumo de sucos naturais no 
dia-a-dia das crianças. Primeiramente, as mesmas foram até a feira de alimentos e selecionaram 
as frutas. Retornando para a sala de aula foram orientadas sobre a higienização das frutas antes 
do preparo e quanto à importância de consumir sucos naturais de frutas e verduras, ressaltando 
seus valores nutritivos. As receitas (anexo 18) foram desenvolvidas em sala de aula, as crianças 
foram questionadas sobre o consumo dos ingredientes e seus benefícios. Foram feitos sucos de 
3 cores diferentes, todo o grupo degustou e deu sua opinião. 
 
Imagem 13: Oficina de sucos coloridos no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Junho de 
2019. 
Imagem 14: Oficina de sucos coloridos no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Junho de 
2019. 
 
C) Cinema - EAN 
Princípios do Marco de Referência II, IV, V, VI, VII 
A proposta de vídeos educativos com temas que abordam de maneira didática e lúdica 
sobre educação alimentar e nutricional, os vídeos escolhidos foram assistidos nas sextas-feiras 
que é realizado o “dia do cinema” com a turma G6. Os vídeos foram selecionados de acordo 
com a faixa etária para que todas as crianças pudessem compreender e absorver o máximo de 
conteúdo possível. Os vídeos selecionados abordaram a importância do consumo de água, bem 
31 
 
como a importância do consumo de verduras, legumes e frutas e também um alerta sobre o 
consumo de doces em excesso. 
 
Imagem 15: Cinema com conteúdo de EAN no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Junho 
de 2019. 
Imagem 16: Cinema com conteúdo de EAN no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Junho 
de 2019. 
 
D) Saladometro 
Princípios do Marco de Referência: III, IV, V, VI, VII e VIII 
 
O nome da dinâmica desenvolvida teve a intenção de dar a ideia de "medir o consumo 
de saladas". Os objetivos da atividade foram incentivar o consumo de alimentos vegetais 
favorecendo as escolhas saudáveis durante as refeições, demonstrando a importância do 
consumo de saladas e frutas, especialmente na hora do almoço, reduzir o desperdício de saladas, 
frutas e guarnições a base de vegetais durante o almoço no NEIM. 
Os materiais de apoio que foram utilizados foram: papel pardo, figuras de vegetais, 
nome das crianças e cola. A construção foi feita antes das crianças chegarem na sala de aula, 
onde já estavam colados os nomes de todas as crianças um ao lado do outro. A figuras dos 
vegetais estavam de acordo com o cardápio do NEIM e conforme as crianças foram consumindo 
os mesmos no almoço as figuras foram coladas nos seus respectivos nomes, foi feita uma análise 
durante 3 semanas em relação ao consumo que estava demonstrado no “saladometro”, a criança 
que consumiu mais saladas recebeu um jogo de educação nutricional para levar para casa no 
final de semana no término da dinâmica. 
32 
 
 
Imagem 17: Construção da atividade “saladômetro” no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Julho de 2019. 
Imagem 18: Construção da atividade “saladômetro” no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Julho de 2019. 
 
E) Teatro com dedoches - Cesta da Dona Maricota 
Princípios do Marco de Referência: IV, V, VI, VII, VIII, IX 
A atividade teve como objetivo fixar a atenção do grupo, visando um processo de 
aprendizagem sobre o tema proposto. O teatro abordou de forma lúdica e educativa sobre os 
benefícios dos alimentos apresentados em forma de dedoches. Foi salientado sobre vitaminas, 
minerais e outros nutrientes que fazem parte do desenvolvimento saudável das crianças, com 
objetivo de apresentar novas formas de alimentação saudável e incluir no seu cotidiano. No 
primeiro momento foi contada a história “Cesta da Dona Maricota” (anexo 19) através da 
bolsista do projeto de extensão, a história teve algumas adaptações literárias, foram usados 
dedoches de frutas para a encenação da história. Após o conto, foram distribuídas folhas e 
solicitado que as crianças pintassem os personagens da história que mais lhe chamaram atenção. 
F) Dado Nutricional 
Princípios do Marco de Referência: IV, V, VI, VII, VIII, IX 
A finalidade da dinâmica foi aumentar a interação com o grupo, dando autonomia para 
cada criança responder algumas perguntas e mostrar seu conhecimento sobre alimentos que 
foram expostos no jogo. Foram colocadas figuras de alimentos (saudáveis e não saudáveis) nos 
6 lados do dado. Uma criança de cada vez jogou o dado para cima e em seguida falou sobre o 
alimento que o dado mostrava, apresentando assim seus conhecimentos e mostrando para os 
amigos ao redor. Foi discutido sobre nutrientes e benefícios e/ou malefícios de cada alimento. 
33 
 
 
Imagem 19: Atividade com dado nutricional no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Julho 
de 2019. 
Imagem 20: Atividade com dado nutricional no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Julho 
de 2019. 
G) Colorindo sabores 
Princípios do Marco de Referência II, V, VI, VII e VIII 
As crianças foram divididas em grupos na sala de aula, onde foram dispostas em 
carteiras com algumas figuras para colorir. Nessas figuras, continham alimentos in natura e 
alguns alimentos industrializados. Foi pedido às crianças que escolhessem algum alimento, que 
costumavam consumir em casa e/ou na escola. Após essa escolha dos alimentos, foi 
disponibilizado um tempo para que pudessem colorir as figuras destes, tendo como objetivo 
uma análise superficial do consumo alimentar do grupo. 
 
Imagem 21: Atividade colorindo sabores no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Julho de 
2019. 
Imagem 22: Atividade colorindo sabores no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Julho de 
2019. 
 
34 
 
H) Reconhecendo os alimentos através dos sentidos 
Princípios do Marco de Referência II, IV, V, VI, VII 
 
A alimentação é um processo complexo, aprendido e aprimorado, que depende de 
condições físicas e do desenvolvimento da criança, assim como das suas habilidades orais e 
sensoriais para interpretar e interagir com o alimento. Essa complexa função envolve além dos 
aspectos orgânicos da criança, mas também emoções, motivação, o contexto social, familiar e 
ambiental da criança e de seu cuidador. (Junqueira, 2017) 
É por meio desses sentidos que nos relacionamos com o mundo e com as pessoas. A 
atividade teve como objetivo o reconhecimento dos alimentos através dos sentidos: tato, olfato 
e paladar. Foram realizadas duas atividades com foco nos sentidos do grudo, sendo elas: 
Atividade 1: Foram separadas 3 bandejas, onde cada uma representava um sentido: tato, 
olfato e paladar. Em cada uma das bandejas foi colocado um alimento que fosse possívelreconhecer através dos sentidos. Por exemplo: para a bandeja do olfato utilizou-se: cravo, 
canela, café, bergamota, maracujá, hortelã e alho; Para a bandeja do paladar: banana, uva, 
bergamota, maçã e tomate cereja; e para bandeja do tato: alho, cravo, banana, couve, maçã, uva, 
carambola e beterraba. Cada criança teve sua vez para tentar adivinhar o alimento que estava 
tentando reconhecer. Como incentivo para que as crianças utilizassem seus sentidos, as mesmas 
tiveram seus olhos cobertos antes de sentirem os alimentos. Ao final, o grupo foi reunido e 
foram feitas perguntas sobre os alimentos sentidos, como: Qual é o nome desse alimento? Você 
conhece esse alimento? Você já comeu? Você gosta desse alimento? Você consome em casa? 
Durante a dinâmica, as crianças foram incentivadas a provar o alimento. 
Atividade 2: A atividade auxiliou no desenvolvimento da capacidade das crianças de 
reconhecerem e memorizarem cada alimento proposto. As crianças foram divididas em dois 
grupos, em seguida, seus olhos foram cobertos. Uma fruta desconhecida pelo participante da 
dinâmica foi ingerida e com os olhos vendados recebeu a seguinte pergunta: “O que é o que 
é?”. Todas as crianças puderam tocar e cheirar o alimento para aumentar as possibilidades de 
acertar o nome através dos sentidos. O jogo continuou até que todas as crianças tivessem 
participado pelo menos uma vez. 
35 
 
 
Imagem 23: Atividade “O que é? O que é?” no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Julho 
de 2019. 
Imagem 24: Atividade descobrindo os alimentos através dos sentidos no NEIM Diamantina Bertolina da 
Conceição. Florianópolis, Julho de 2019. 
 
I) Origem dos alimentos 
Princípios do Marco de Referência I, II, VI, VII, VIII 
A atividade teve como objetivo ilustrar de onde vêm os alimentos, a importância dos 
alimentos in natura, como e o quanto os alimentos industrializados impactam na nossa saúde e 
verificar o conhecimento das crianças frente cada alimento exposto. Foi elaborado um cartaz 
identificando diferentes espaços de onde poderiam vir os alimentos (árvore, horta, pasto, águas, 
indústria, etc). Em seguida as crianças foram questionadas de onde vinham as frutas, leite, 
carnes, salgadinhos, doces (sorvete, balas…). Conforme as figuras apresentadas, cada uma 
estava sendo colada no cartaz com sua origem. Ao longo da atividade foi falado sobre os 
benefícios e malefícios dos alimentos citados. Ao final da dinâmica foi realizada roda de 
conversa ressaltando a origem dos alimentos, valorizando os alimentos in natura e 
relacionando-os com a oferta da alimentação escolar. Por fim, o cartaz ficou exposto na sala de 
aula para maior compreensão diária. 
36 
 
 
Imagem 25: Atividade Origem os alimentos no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, 
Agosto de 2019. 
Imagem 26: Atividade Origem os alimentos no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, 
Agosto de 2019. 
 
J) De onde vêm os alimentos? 
Princípios do Marco de Referência V, VI, VII, VIII 
A atividade teve como embasamento parte do entendimento, a dinâmica anterior. Onde 
foi mostrado de forma ilustrativa e lúdica sobre o processo básico de um alimento 
industrializado e o impacto que esses alimentos podem causar na saúde das pessoas. 
Uma maquete foi construída pela bolsista do projeto de extensão, onde ilustrava uma 
fábrica e uma plantação de batata. A ilustração mostrava um caminhão fazendo a colheita da 
batata in natura, onde o mesmo se dirigia até uma indústria, o caminhão entrava na fábrica com 
as batatas in natura e saía do outro lado com batatas chips. Ao longo da atividade foi feito uma 
roda de conversa e discutido sobre o alto teor de gordura e produtos químicos que são utilizados 
na maioria dos produtos processados. 
 
 
37 
 
 
Imagem 27: Atividade “De onde vêm os alimentos?” no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Agosto de 2019. 
Imagem 28: Atividade “De onde vêm os alimentos?” no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. 
Florianópolis, Agosto de 2019. 
K) Plantio de brócolis 
Princípios do Marco de Referência I, II, IV, VI, VII, VIII 
Caracterizou-se por uma dinâmica de plantio em sala de aula, onde o grupo retomou 
seus conhecimentos da atividade da horta pedagógica (item 5.4.1), nesta atividade cada criança 
levou sua planta para cultivar em casa. A atividade teve como objetivo ressaltar a importância 
do cultivo de hortas e aumentar a interação com os alimentos desde o plantio. Hortas têm sido 
reconhecidas como uma estratégia de promoção da saúde e da educação efetiva que possibilitam 
um aprendizado significativo sobre temas como sistemas alimentares, alimentação saudável, 
ecologia e cultura regional. Anterior ao dia da atividade foi pedido para os pais/responsáveis 
caixas de leite vazias para serem usadas como vasos para as plantas. As crianças decoraram 
seus vasos com tinta e desenhos. Em seguida, cada criança colocou terra adubada em seu vaso 
e plantou uma muda de brócolis. Além disso, foi comprado na feira de alimentos pelas crianças 
brócolis e servido junto do almoço e da janta para criarem um vínculo com o alimento e 
interesse em cultivar a muda de brócolis em casa. 
 
Imagem 29: Plantio de brócolis no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Setembro de 2019. 
Imagem 30: Plantio de brócolis no NEIM Diamantina Bertolina da Conceição. Florianópolis, Setembro de 2019. 
 
 
 
38 
 
6. CONCLUSÃO 
A mudança de comportamento alimentar para os escolares alcançou objetivos, criando 
atitudes positivas frente aos alimentos e à alimentação; encorajou a aceitação da necessidade 
de uma alimentação saudável e diversificada, além disso, promoveu a compreensão da relação 
entre a alimentação e a saúde e o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis, entre 
outros. Com as ações deste projeto ocorreu um maior envolvimento dos escolares, seus pais, 
professores e funcionários da unidade escolar, com questões da promoção da saúde e da 
alimentação saudável, melhorando este tipo de comportamento. É extremamente importante 
que ocorra a articulação entre diferentes setores, secretarias, profissionais e saberes, para que 
as ações que fomentam e fortalecem a promoção da alimentação adequada e saudável sejam 
efetivadas, considerando as especificidades de cada local. 
Trabalhar com EAN, principalmente nas creches, visando a alimentação em grupo 
favorece a modificação de hábitos alimentares, por facilitar a aceitação de novos alimentos, 
sendo importante a implantação de programas que reforcem o tema nestas instituições para 
promover uma melhora na qualidade da alimentação infantil. Ressalta-se que a escola é um 
ambiente de fortalecimento de ações fundamentais para pleno desenvolvimento do aluno, por 
intermédio das práticas que fortalecem as relações de aprendizagem, novos conhecimentos, 
novas habilidades, novos valores, entre outras capacidades que surgem no decorrer das 
experiências. Resta agora garantir o atendimento aos parâmetros nutricionais, e promover 
educação alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
REFERÊNCIAS 
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saberes. Ministério da Saúde. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. 2018. 
Conselho Federal de Nutricionistas. Resolução CFN N° 465/2010 de 23 de agosto de 2010. 
Dispõe sobre as atribuições do Nutricionista, estabelece parâmetros numéricos mínimos 
de referência no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PNAE) e dá outras 
providências. BrasÌlia, DF 
BRASIL, Presidência da República, Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento 
dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília DF; 1990. 
BRASIL, Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; Ministério do 
Desenvolvimento Social e Combate àfome. Marco de referência de educação alimentar e 
nutricional para as políticas públicas. Brasília; DF - 2° edição, 2012. 
HORTA ESCOLAR: UMA FERRAMENTA PARA A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NUMA 
PERSPECTIVA MULTIDISCIPLINAR; Revista Vivências em Ensino de Ciências ; 3ª Edição 
Especial; Número 2 ISSN 2595 - 7597; v2; 2018 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica, Manual Operacional para Profissionais de Saúde e Edução - Promoção de 
alimentação saudável na escola. Brasília-DF; 2008. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Guia alimentar para a população brasileira / 2. ed., – Brasília: Ministério da Saúde, 
2014b. 
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO 
DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA; Educação Alimentar e 
Nutricional - EAN, 2015. (Acessado em: https://www.fnde.gov.br/programas/pnae/pnae-
eixos-de-atuacao/pnae-educacao-alimentar-nutricional) 
Portaria Interministerial nº 1.010, de 08 de maio de 2006. Institui as diretrizes para a 
promoção da alimentação saudável nas escolas de educação infantil, fundamental e nível 
médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 
Ministério da Educação, 2006. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 48. ed. 
Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2014. 
MARIN, BERTON, SANTO; Educação Nutricional e Alimentar: por uma correta 
formação dos hábitos alimentares. Revista Fap ciência, Apucarana-PR, ISSN 1984-2333, v.3, 
n. 7, p. 72 – 78, 2009. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%208.080-1990?OpenDocument
40 
 
SANTOS LAS. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para 
reflexão; Departamento das Ciências da Nutrição, Escola de Nutrição, Universidade Federal 
da Bahia. Salvador BA. 2010. 
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção 
Básica; Conselho Nacional de Educação; Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação 
Básica; Brasília, 2013. 
RAMOS, SANTOS e REIS; Educação alimentar e nutricional em escolares: uma revisão 
de literatura. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 29(11):2147-2161, nov, 2013. 
Castro, I.R.R. et al. A culinária na promoção da alimentação saudável: delineamento e 
experimentação de método educativo dirigido a adolescentes e a profissionais da rede de 
saúde e de educação. Rev.Nutr., Campinas, 20(6):571-588, nov/dez., 2007. 
Mahan LK, Escott-Stump S. Krause. Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: 
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Super-heróis em educação nutricional: o lúdico na promoção da saúde e prevenção da anemia 
em pré-escolares; O Mundo da Saúde, São Paulo - 2015;39(4):495-503 
GANDRA, Y.R. Assistência alimentar por médio de centros de educação e alimentação do 
pré-escolar. Bol. Ofic. sanit. panamer., 74:302-14, 200 
Junqueira. Por que meu filho não quer comer? Uma visão além da boca e do estômago. 
Bauru, SP; 2017. 
 
AFONSO, L. Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial. 
Belo Horizonte: Edições do Campo Social, 2006. 175 p. 
Instituto da Cidadania. Projeto Fome Zero: uma proposta de política de segurança 
alimentar para o Brasil. São Paulo: Instituto da Cidadania; 2001 
BRASIL, Ministério da Saúde; Universidade Federal de Minas Gerais; Instrutivo: 
Metodologia de Trabalho em Grupos para Ações de Alimentação e Nutrição na Atenção 
Básica; Brasília - DF. 2016. 
DOMENE. A escola como ambiente de promoção da saúde e educação nutricional. 
PSICOLOGIA USP, São Paulo-SP; 2008, 19(4), 505-517 
BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social, Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e 
Nutricional; Princípios e Práticas para Educação Alimentar e Nutricional; Brasília/DF; 2018. 
Canal Nutriamigos - https://www.youtube.com/channel/UCHOgvbNmDdj4JRZOITgfh1A 
 
http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=article%5Edlibrary&format=iso.pft&lang=i&nextAction=lnk&indexSearch=AU&exprSearch=DOMENE,+SEMIRAMIS+MARTINS+ALVARES
https://www.youtube.com/channel/UCHOgvbNmDdj4JRZOITgfh1A
41 
 
ANEXOS 
 
Anexo 1 
Biscoito de amido de milho com coco 
200g de amido de milho 
5 colheres de sopa de farinha de trigo 
5 colheres de sopa de açúcar 
½ xícara de óleo 
5 colheres de sopa de coco in natura ralado 
Modo de preparo: Misture todos os ingredientes, molde 
os biscoitos e coloque para assar por 40 min a 180°C. 
 
Anexo 2 
Suco de Uva 
Ingredientes: 
500g de uva 
2l de água 
Modo de preparo: Bata no liquidificador os dois 
ingredientes. 
 
Anexo 3 
Torta de legumes 
1 xícara de leite 
1 xícara de água 
1 xícara de óleo 
3 xícaras de farinha de trigo 
1 colher de sopa cheia de fermento em pó 
1 punhado de orégano 
1 colher de sobremesa rasa de sal 
42 
 
Modo de preparo: Misture o fermento com a farinha. 
Coloque o leite, a água e o óleo no liquidificador e vá 
batendo misturando a farinha aos poucos. Acrescente o 
orégano e o sal e bata por mais alguns minutos até a massa 
ficar homogênea. Coloque um pouco de massa (um 
dedinho +/-). Coloque um pouco de recheio. Cubra com 
mais um pouco de massa, depois recheio, até terminar a 
massa. No recheio foi usado: brócolis, cenoura, ervilha. 
 
Anexo 4 
Salada de fruta 
Ingredientes: 
3 bergamotas 
3 carambolas 
2 cachos de uvas 
2 bandejas de morango 
1 manga 
3 maçãs 
Modo de preparo: Corte todas as frutas e misture-as. 
 
Anexo 5 
Bolinho de carne 
2 kg de carne moída (coxão mole) 
3 colheres de sopa de aveia 
3 dentes de alho 
1 cebola picada 
1 pitada de orégano 
Sal à gosto 
Modo de preparo: Misture todos os ingredientes em um 
recipiente e em seguida faça bolinhos de 50g cada e leve 
43 
 
ao forno. 
 
Anexo 6 
Espetinho de frutas: 
3 bergamotas 
3 carambolas 
2 cachos de uvas 
2 bandejas de morango 
1 manga 
3 maçãs 
Modo de preparo: Pique as frutas e espete em palitos. 
 
Anexo 7 
Torta de atum com brócolis 
1 xícara de leite 
1 xícara de água 
1 xícara de óleo 
3 xícaras de farinha de trigo 
1 colher de sopa cheia de fermento em pó 
1 punhado de orégano 
1 colher de sobremesa rasa de sal 
200g de atum 
100g de brócolis 
Modo de preparo: Misture o fermento na farinha seca. 
Coloque o leite, a agua e o óleo no liquidificador e vá 
batendo misturando a farinha aos poucos. Acrescente o 
orégano e o sal e bata por mais alguns minutos até a massa 
ficar homogênea. Coloque um pouco de massa (um 
dedinho +/-). Coloque um pouco de recheio. Cubra com 
44 
 
mais um pouco de massa, depois recheio, até terminar a 
massa. Como recheio use: atum e brócolis. 
 
Anexo 8 
Cachorro quente de cenoura 
5 cenouras 
Molho de tomate caseiro (tomate, cebola, sal e temperos 
à gosto) 
20 Pães 
Modo de preparo: misture o molho caseiro com as 
cenouras cozidas. Em seguida coloque dentro do pão. 
 
Anexo 9 
Sanduíche natural 
Ingredientes: Pães 
Alface 
Refogado de atum 
Modo de preparo: montar o sanduíche 
 
Anexo 10 
Sorvete de uva 
Ingredientes: 
1 litro de suco de uva integral 
200ml de iogurte natural 
Modo de preparo: Misture os dois ingredientes e leve ao 
congelador. 
 
Sorvete de manga 
Ingredientes: 
2 mangas 
100ml de iogurte natural 
45 
 
Modo de preparo: Higienize as mangas, descasque-as e as 
congele. Em seguida, bata no liquidificador até que a 
consistência fique homogênea. 
 
Anexo 11 
Mini pizza 
Massa: 
2 xícara de farinha de trigo 
1 xícara de leite 
1 colher de azeite 
1 pitada de sal 
1 colher de sopa de fermento em pó 
Modo de preparo: misture todos os ingredientes, estique a 
massa e corte em pequenos círculos. 
Recheio: 
Molho de tomate caseiro 
Queijo muzzarela 
Legumes de sua preferência 
Modo de preparo: Monte a pizza. 
 
Anexo 12 
Bolo de milho 
2 espigas de milho 
½ xícara de óleo 
2 xícaras de açúcar 
300ml de leite

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