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5 Educação - A Evolução dos Indicadores de Qualidade da Educação no Brasil

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Durante a década de 1990, a educação brasileira passou por 
grandes transformações, seja pela redistribuição de 
responsabilidades e funções entre os diversos níveis de governo, 
seja pela incorporação de novos segmentos da população, com 
perfis socioeconômicos diferenciados, seja pela melhoria de alguns 
indicadores educacionais. O objetivo do capítulo é analisar a 
evolução dos indicadores educacionais brasileiros e, mais 
especificamente das capitais brasileiras, face ao contexto das 
mudanças ocorridas na educação ao longo da década de 1990. 
Inicialmente apresento o aumento do número médio de anos de 
escolaridade da população e a universalização do acesso ao Ensino 
Fundamental. 
Outro ponto de destaque é a reestruturação das matrículas 
deste nível de ensino, a partir da intensificação do processo de 
municipalização por volta de 1998. Posteriormente, mostro a 
evolução de três indicadores de rendimento e desempenho escolar – 
taxa de não aprovação, taxa de distorção idade série e média de 
desempenho – das redes de ensino estaduais e municipais das 
capitais brasileiras, articulando-a com aspectos específicos das 
políticas educacionais implementadas pelas redes de ensino no 
período. 
A Evolução dos Indicadores de Qualidade 
da Educação no Brasil 
Até aqui foi possível perceber que a evolução do sistema 
educacional brasileiro é vagarosa, e por que não dizer, travada, com 
progressos lentos desde o Brasil Colônia aos anos 90. 
Após o regime militar, e a retomada da democracia no final da 
década de 80, a educação mereceu destaque na Constituição 
Brasileira de 1988, que em seus dispositivos transitórios dava o prazo 
de dez anos para a universalização do Ensino e a erradicação do 
analfabetismo. 
Em 1996 surgiu a nova LDB – Lei das Diretrizes Básicas, que 
instituiu a Política Educacional Brasileira. Nessa época, também foi 
criado o Conselho Nacional de Educação, substituindo o antigo 
Conselho Federal de Educação que havia surgido em 1961 e havia 
sido extinto em 1994. 
Ainda em 1996, foi criado o Fundeb (Fundo de manutenção do 
Ensino Fundamental). Após 10 anos foi substituído pelo Fundef. Esse 
fundo recolhe dos estados e municípios anualmente um percentual 
mínimo de suas receitas, no qual 60% pelo menos é para pagamento 
do pessoal do magistério. 
Em 2006 a lei Nº 11.274, aumentou a duração do ensino 
fundamental de oito para nove anos, foi aprovada. 
Atualmente, o sistema educacional brasileiro demonstrou 
muitos avanços, o acesso à educação por parte de famílias mais 
pobres aumentou consideravelmente. Antes sobravam alunos, hoje 
sobram vagas. As escolas estão cada vez mais próximas dos alunos, 
ao contrário de as escolas do passado, quando as crianças 
necessitavam caminhar por horas para estudarem. 
 
O Brasil é um dos países que mais investe na educação, muito 
além de países ranking mundial em educação. É muito falado nas 
mídias que o Brasil não investe em educação, mas a verdade é outra. 
A obrigatoriedade constitucional de se gastar 25 por cento das 
receitas tributárias em educação contribui para que tais municípios 
aumentem os gastos por aluno de forma mais acelerada. Esse gasto 
adicional nem sempre se traduz em maior aprendizado e gera 
ineficiências. 
Os gastos públicos com educação são divididos entre os três 
níveis de governo. Os gastos do Governo Federal na sua maioria vão 
para o ensino superior. No Brasil, os municípios são responsáveis 
pela maior parte das escolas de ensino fundamental (1° ao 9° ano), 
ao passo que a responsabilidade pelo ensino médio cabe aos 
estados. Todavia, o Governo Federal transfere recursos aos sistemas 
educacionais subnacionais por meio de repasses orçamentários. O 
Governo Federal também financia as universidades públicas e os 
programas de educação e formação técnica e profissional. Uma 
crescente parcela das despesas federais com educação está ligada 
à assistência financeira oferecida a estudantes que frequentam 
instituições privadas de ensino superior. 
Outro fator que pode ter contribuído para que o atual sistema 
educacional brasileiro não seja eficiente como deveria e poderia é a 
chamada “Mercantilização da Educação”. Faculdades particulares 
com péssima qualidade educacional oferecem meios fáceis de 
acesso ao nível superior. Como essas faculdades “aprovam” os 
alunos com o receio de perdê-los e consequentemente a 
mensalidade, o nível de qualidade dos profissionais está cada vez 
mais diminuindo. 
Recentemente, passamos por um período de pandemia, e um 
dos setores mais prejudicados foi o da educação. O sistema 
educacional brasileiro ficou comprometido após 2 anos com as 
crianças e jovens fora da escola. Alguns tiveram um apoio direto dos 
familiares, mas essa foi a realidade de poucos. Na maioria dos casos 
os pais ou responsáveis não souberam com lidar com a situação, 
trazendo consequências desastrosas na vida escolar dos alunos 
brasileiros. 
Hoje, talvez mais que nunca, famílias, escolas e governos 
deverão unir forças e buscar estratégias para “salvar” o sistema 
educacional brasileiro. Todas essas instituições devem se engajar em 
prol do bem maior, a educação de qualidade para crianças e jovens.

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