Buscar

HISTÓRIA_L7

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 171 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 171 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 171 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTÓRIA 7CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologiasEduardo Antônio Dimas
História para Vestibular Medicina 
2ª edição • São Paulo • 2016
hexag
S I S T E M A D E E N S I N O
hexag
S I S T E M A D E E N S I N O
© Hexag Editora, 2016
Direitos desta edição: Hexag Editora Ltda. São Paulo, 2016
Todos os direitos reservados.
Autor
Eduardo Antônio Dimas
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Editora
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Editores
Alexandre Rocha Jabur Maluf
Revisor
Arthur Tahan Miguel Torres
Pesquisa iconográfica
Camila Dalafina Coelho
Programação visual
Hexag Editora
Editoração eletrônica
Bruno Alves Oliveira Cruz
Camila Dalafina Coelho
Eder Carlos Bastos de Lima
Raphael Campos Silva
Raphael de Souza Motta
Capa
Hexag Editora
Fotos da capa (de cima para baixo)
http://www.fcm.unicamp.br
Acervo digital da USP (versão beta)
http://www.baia-turismo.com
Impressão e acabamento
Imagem Digital
ISBN: 978-85-68999-50-9
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o 
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição 
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre 
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2016
Todos os direitos reservados por Hexag Editora Ltda.
Rua da Consolação, 954 – Higienópolis – São Paulo – SP
CEP: 01302-000
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
CARO ALUNO,
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, 
são centenas de aprovações nos principais vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo e em todo Brasil.
Ao atualizar sua coleção de livros para 2016, o Hexag considerou o principal diferencial em relação aos 
concorrentes: a sua exclusiva metodologia fundamentada em três pontos – período integral, estudo orientado 
(E.O.) e salas reduzidas.
O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo enriquecido, inclusive com questões 
recentes dos principais vestibulares 2016. 
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens e também na utilização de cores.
No total, são 80 livros, distribuídos da seguinte forma: 
 § 21 livros de Ciências da Natureza e suas tecnologias (Biologia, Física e Química);
 § 14 livros de Ciências Humanas e suas tecnologias (História e Geografia);
 § 07 livros de Linguagens, Códigos e suas tecnologias (Gramática, Literatura e Inglês);
 § 07 livros de Matemática e suas tecnologias;
 § 04 livros de Sociologia e Filosofia;
 § 04 livros “Entre Aspas” (Obras Literárias da Fuvest e Unicamp);
 § 02 livros “Entre Frases” (Estudo da Escrita – Redação);
 § 06 livros “Entre Textos” (Interpretação de Texto).
 § 03 livros "Between English and Portuguese" (Inglês).
 § 12 livros de Revisão (U.T.I. "Unidade Técnica de Imersão").
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de 
forma objetiva o que o aluno realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares e Enem, 
dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
Os capítulos foram finalizados com cinco categorias de exercícios, trabalhadas nas sessões de Estudo Orien-
tado (E.O.), como segue:
 § E.O. Teste I: exercícios introdutórios de múltipla escolha, para iniciar o processo de fixação da matéria 
estudada em aula;
 § E.O. Teste II: exercícios de múltipla escolha, que apresentam grau médio de dificuldade, buscando a con-
solidação do aprendizado;
 § E.O. Teste III: exercícios de múltipla escolha com alto grau de dificuldade;
 § E.O. Dissertativo: exercícios dissertativos nos moldes da segunda fase da Fuvest, Unifesp, Unicamp e 
outros importantes vestibulares;
 § E.O. Enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, preparando 
o aluno para esse tipo de exame.
A edição 2016 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e 
completo, um grande aliado para o seu sucesso nos vestibulares mais concorridos de Medicina.
Herlan Fellini
Aulas 47 e 48: Segunda Guerra Mundial 6
Aulas 49 e 50: Guerra Fria 34
Aulas 51 e 52: Descolonização afro-asiática e Revolução Chinesa 68
HISTÓRIA 
GERAL
Segunda Guerra Mundial
Aulas 47 e 48
7
Soldados alemães invadem a Polônia, em 1º de setembro de 1939: começava a Segunda Guerra Mundial.
Introdução
Entre os anos de 1939 e 1945, o mundo foi envolvido por um conflito de grandes proporções que ultrapassou 
as fronteira da Europa, tendo como pano de fundo a concorrência imperialista entre o capitalismo industrial mo-
nopolista inglês e francês em contraposição ao alemão, japonês e italiano, acrescido da óbvia divergência entre 
o capitalismo e o socialismo da recém-criada URSS. É possível afirmar que a Segunda Guerra Mundial é uma 
continuação da Primeira, pois as disputas por mercado consumidor entre a burguesia da antiga Entente contra a 
burguesia do extinto II Reich alemão não foram solucionadas com o término do conflito militar em 1918. Em 1939, 
os blocos militares eram os Aliados, formados pela Inglaterra e a França, acrescidos pelos Estados Unidos e pela 
União Soviética, em 1941; e o outro bloco bélico era o Eixo, formado pela Alemanha, Itália e Japão. A Inglaterra 
e a França representavam ideologicamente a democracia burguesa ocidental, que valorizava a política pela via 
parlamentar e o exercício da cidadania, seja por intermédio da Monarquia Constitucional, no curso inglês, ou da 
República, no francês. O Eixo se orientava pelo fascismo de Estados totalitários, pois a Alemanha era comandada 
por Hitler com o III Reich, a Itália era dirigida por Benito Mussolini e o Japão pelo imperador divinizado Hirohito. No 
início da guerra, o governo estadunidense adotou uma política de distanciamento dos problemas europeus. Apesar 
de ser próximo da Inglaterra, relutou até 1941 em participar diretamente do conflito; a União Soviética stalinista 
e socialista estava isolada da conjuntura internacional e inimiga dos capitalistas, tanto dos Aliados, como do Eixo, 
embora uma exceção desse “cordão sanitário” tenha ocorrido quando a diplomacia aproximou Berlim de Moscou 
para firmar um singular pacto de paz que vigorou até 1941.
Antecedentes
Hitler se aproveitava das questões internacionais para ampliar seu sistema de alianças. Aproximou-se da Itália em 
1935, prestando-lhe ajuda econômica durante o embargo econômico aplicado pela Liga das Nações por causa da 
invasão da Etiópia. Juntamente com Mussolini, apoiou Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1939, 
aproveitando para testar a eficiência de seus tanques e aviões. Assinou com o Japão o Pacto Anti-Komintern, em 
novembro de 1936, destinado a conter a União Soviética e a ação da Internacional Comunista. A Itália, a Hungria e 
a Espanha aderiram ao pacto. Ao mesmo tempo, Hitler se aproximava da Itália e Mussolini proclamava o Eixo Roma–
Berlim, uma manifestação de solidariedade, que o Duce lembraria durante a visita do Führer a Roma, em 1938.
8
Benito Mussolini e Adolf Hitler, em 28 de setembro de 1938.
O III Reich germânico não aceitava as imposições do Tratado de Versalhes e passou a ambicionar um cresci-
mento bélico e territorial, principalmente sobre o corredor polonês, embora o próprio Tratado de Versalhes proibisse 
o militarismo alemão.
Foi nesse contexto que o parlamento britânico elaborou um plano diplomático chamado de Política de Apa-
ziguamento, quese caracterizava pela “permissão” de um relativo crescimento bélico alemão, que teria o intuito 
de barrar um possível avanço do socialismo soviético, ou seja, o Estado inglês queria que o nazismo defendesse 
a civilização ocidental da “barbárie” comunista. Como resultado, Hitler conseguiu fortalecer-se e passou a buscar 
o controle territorial de parte da Europa central, que ele chamava de “espaço vital”, apoiado veladamente pela 
Inglaterra e pela França na formação do III Reich. Antes da Segunda Guerra Mundial começar, a Alemanha já tinha 
anexado a Áustria e a Tchecoslováquia, cuja invasão foi legalizada pela Conferência de Munique, em setembro de 
1938. 
Da esquerda para direita: Chamberlain (Inglaterra), Daladier (França), Hitler (Alemanha), Mussolini (Itália) e 
Ciano (ministro de Assuntos Exteriores da Itália), quando da assinatura do Acordo de Munique.
O potencial de guerra alemão cresceu enormemente com a integração da indústria tcheca. Mussolini apro-
veitou para invadir e conquistar a Albânia. A aproximação entre os dois Estados totalitários foi consagrada na 
aliança ofensiva entre Itália e Alemanha, o Pacto de Aço, firmado em maio de 1939.
9
Para posterior desespero dos Aliados, Hitler e Stalin resolveram criar o Pacto de não agressão germano-
-soviético. Esse acordo permitiria que, no futuro, a Alemanha pudesse invadir seus inimigos europeus ocidentais 
(a oeste) sem dividir seu exército, pois estaria em “harmonia” com sua inimiga URSS (a leste). Também conhecido 
como Ribbentrop-Molotov, esse pacto ajudaria o governo de Stalin, pois a União Soviética não tinha estrutura mi-
litar que pudesse protegê-la de um ataque nazista. Com isso, a URSS ganharia tempo para implantar uma política 
armamentista. Havia, também, outros acordos firmados entre as duas potências, como o da invasão e divisão da 
Polônia por tropas alemãs e soviéticas. Além disso, os soviéticos receberam secretamente o controle sobre a Finlân-
dia, a Letônia, a Estônia e a Bessarábia.1 Os alemães ficaram com a Lituânia.
Cerimônia de assinatura do Pacto de não agressão Germano-Soviético. Molotov está assinando. 
Atrás, Ribbentrop (com os olhos fechados) ao lado de Stalin.
FAtores dA guerrA
A esperança de uma paz duradoura, após o fim da Primeira Guerra Mundial, foi mera ilusão. Vários fatores criaram 
as condições para que um novo conflito surgisse, envolvendo as nações europeias e a maior parte dos países do 
mundo, no período de 1939 a 1945.
 § O comportamento revanchista das nações perdedoras da Primeira Guerra Mundial, especialmente da Ale-
manha em relação à França, contou com vencidos desgastados pela guerra e sobrecarregados com seus 
compromissos financeiros para com os vencedores (indenizações e reparações). Cresciam seus problemas 
econômicos e sociais. Na Itália e na Alemanha, o descontentamento da população deu oportunidade ao 
surgimento de partidos totalitários – fascista e nazista –, culminando com a implantação de Estados milita-
ristas e expansionistas, com forte apelo nacionalista.
1 A Bessarábia é o nome de uma região histórica da Europa oriental, cujo território se divide entre a Moldávia e a Ucrânia. 
10
 § A crise de 1929 e suas graves consequências políticas e sociais em quase todos os países da Europa. Em 
razão de sua amplitude internacional, reduziu o mercado consumidor de todas as nações capitalistas. Os 
países atingidos pela grande depressão procuraram defender seus mercados internos da concorrência es-
trangeira através da elevação das tarifas alfandegárias. Esse nacionalismo econômico intensificou as lutas 
pelo domínio dos mercados entre as várias potências imperialistas.
 § O surgimento de governos totalitários, militaristas e expansionistas. A partir de 1930, quando os efeitos da 
recessão econômica repercutiram em todo o mundo, iniciou-se o expansionismo de alguns países imperia-
listas. A Itália ocupou a Etiópia, em 1935, situada no Nordeste da África. A Alemanha, desrespeitando o 
Tratado de Versalhes, remilitarizou a região da Renânia, em 1936, e anexou a Áustria e a Tchecoslováquia, 
em 1938. O Japão, no segundo semestre de 1931, partiu para a conquista da Manchúria – que pertencia à 
China –, começando, assim, a penetração naquele país dominado pelo governo de Chiang Kai-shek.
 § O fracasso da Liga das Nações. Ao longo da década de 1930, o mundo contava com a Liga das Nações, 
órgão internacional que tinha por objetivo manter a paz e a ordem entre os diversos países. No entanto, In-
glaterra e França dominaram o organismo, direcionando as decisões de acordo com seus interesses. Quando 
algum país menos importante era agredido, as decisões da Liga das Nações eram quase sempre brandas em 
relação aos agressores. França e Inglaterra temiam gerar conflitos com as potências expansionistas. Dessa 
forma, em inúmeras vezes, as pequenas nações foram sacrificadas.
As FAses dA guerrA
Avanço do Eixo (1939–1941)
Nesse contexto, o cenário da guerra já estava criado e, em 1º de setembro de 1939, as forças bélicas de Hitler 
invadiram o corredor polonês da cidade de Danzig, hoje Gdánsk. Em resposta, o governo inglês, mais bem pre-
parado, decretou guerra à Alemanha; em 1940, com a blitzkrieg (guerra relâmpago), as tropas nazistas invadiram 
a Dinamarca, a Noruega, a Holanda, a Bélgica e a França. Diante dessa inusitada realidade, os exércitos francês e 
inglês foram obrigados à Retirada de Dunquerque e a fugirem para a Grã-Bretanha.
Tropas nazistas invadem Paris, durante a Segunda Guerra Mundial.
A França foi dividida em duas áreas. O Sul continuou supostamente independente, nomeada de República de 
Vichy e liderada pelo general francês Pétain, que não demonstrou resistência à ascensão de Hitler, por isso mesmo 
foi considerado seu colaborador; já o Norte foi completamente ocupado pelas tropas nazistas, que passaram a admi-
nistrá-lo. Vale salientar que o acervo arquitetônico de Paris foi deliberadamente protegido por Hitler, pois ele queria, 
numa suposta vitória alemã, no pós-guerra, embelezar Berlim e superar o a cidade das luzes. Parte considerável da po-
pulação francesa humilhada, sem poder lutar abertamente contra o poderoso exército germânico, criou o Movimento 
11
da Resistência, que, mediante atos de sabotagem, espionagem e atentados, ajudou a minar a ocupação hitlerista. As 
tropas francesas fixadas em solo inglês foram lideradas pelo general Charles de Gaulle, que as manteve unidas e com 
a chama da esperança acesa de que era viável, num futuro não muito remoto, voltar para sua pátria e libertá-la do 
jugo nazista. É importante salientar que de Gaulle também utilizava emissoras inglesas de rádio de ondas curtas para 
ser ouvido, reservadamente, por membros da Resistência e, com isso, articular ações contra o domínio germânico. Ao 
final da Segunda Guerra Mundial, a população francesa elegeu de Gaulle presidente da República. 
General Charles de Gaulle discursa na BBC, em Londres, em 30 de outubro de 1941.
Vencida a França, a Alemanha preparou-se para invadir a Inglaterra pelo canal da Mancha. Contudo, a força 
naval britânica mostrou-se eficiente e conseguiu afundar o encouraçado Bismarck, evitando, assim, ser invadida por 
mar. Em vista disso, Hitler fustigou a marinha de guerra e comercial britânica com seus submarinos, denominados 
“lobos do mar”, e lançou mão da tática de derrotar o reino britânico pelo ar, com gigantescos ataques aéreos 
da Luftwaffe (Força Aérea Alemã), dando início, em setembro de 1940, à Batalha da Inglaterra. Essa tática alemã 
arruinou a economia britânica. Contudo, a Inglaterra não se rendeu graças à valentia dos pilotos da RAF (Força 
Aérea Real), do apoio moral da coroa inglesa, na pessoa da rainha-mãe, e à magnífica ajuda econômica dos EUA. A 
derrota da Alemanha nessa batalha obrigou Hitler a adiar indefinidamente a Operação Leão do Mar, cujo objetivo 
era invadir a Inglaterra. Referindo-se ao heroico desempenho dos pilotos da RAF nessa batalha, o primeiro-ministro 
inglês Winston Churchillafirmou: “Nunca na história dos grandes conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão 
poucos”.
Londres, após oito semanas de violentos bombardeios alemães, em 1940, 
quando foram despejadas mais de 20 mil toneladas de bombas sobre a cidade.
12
Em fevereiro de 1941, após o fracasso da ofensiva italiana no Norte da África, a Alemanha desembarcou na 
Líbia, com o Afrikakorps, comandado pelo general Rommel. Seu objetivo era conquistar o canal de Suez, cortando, 
assim, as rotas vitais da Inglaterra e isolando-a de seu império colonial. Ao mesmo tempo, ocorreu a adesão da 
Hungria, da Romênia e da Bulgária às forças do Eixo. Em maio de 1941, a ocupação da Iugoslávia e da Grécia 
completou o isolamento da Inglaterra.
Com o fracasso na Batalha da Inglaterra, a Alemanha colocou-se diante da perspectiva de uma guerra de 
longa duração na Europa. Com a finalidade de assegurar suprimentos vitais à continuação da guerra, Hitler rasgou 
o Pacto de não agressão germano-soviético, ordenou a invasão da União Soviética e deu início à Operação Barba-
rossa. A invasão estendeu-se por uma frente de quase três mil quilômetros com vistas às conquistas simultâneas 
de Leningrado, ao norte, Moscou, ao centro, e Ucrânia e Cáucaso, ao sul.
Paralelamente, agravavam-se as tensões entre os Estados Unidos e o Japão, na Ásia e no Pacífico. Em 1941, 
prosseguia a Guerra Sino-japonesa. Com a queda da França, o Japão promoveu a ocupação da Indochina Francesa. 
Em novembro, o governo estadunidense decretou o embargo comercial ao Japão e exigiu a imediata evacuação da 
China e da Indochina. Em 7 de dezembro de 1941, enquanto prosseguiam as negociações diplomáticas entre os 
dois países, o Japão atacou sem prévia declaração de guerra a base naval estadunidense de Pearl Harbor, no Havaí. 
Logo depois, a Alemanha e a Itália declaravam guerra aos Estados Unidos.
 O encouraçado USS West Virginia (BB-48) em chamas, atingido por um bombardeio japonês durante o ataque a Pearl Harbor.
13
O bombardeio a Pearl Harbor foi seguido de uma ofensiva japonesa na Ásia meridional e no Pacífico. A Ma-
lásia Britânica, o porto de Cingapura, a Birmânia, a Indonésia e as Filipinas sucumbiram aos ataques japoneses. No 
litoral da China, foi ocupado o porto de Hong Kong. No Pacífico, foram conquistadas ilhas pertencentes aos EUA e 
à Inglaterra. A ocupação japonesa dessas áreas foi recheada de atitudes de genocídio, semelhantes às dos nazistas 
nos campos de concentração na Europa.
Área sob domínio japonês, durante a Segunda Guerra Mundial.
Ascensão dos Aliados (1941–1945)
O ano de 1941 marcou a mudança do curso da guerra. O Eixo, até então imbatível, tomou duas decisões nefastas 
para a continuidade do seu domínio: invadir a União Soviética e atacar a base estadunidense de Pearl Harbor, no 
Pacífico, pelo Japão.
Após o fracasso na Batalha da Inglaterra, a Alemanha resolveu ocupar a URSS em busca de reservas de 
matéria-prima e de petróleo, no Cáucaso, e aniquilar o que os nazistas consideravam a suposta raça inferior dos 
eslavos. Em razão disso, a invasão foi chamada de Operação Barbarossa (Barba Ruiva). Pretendia também destruir 
o comunismo representado pelo governo de Stalin. Apesar de socialista, a URSS foi recebida de braços abertos 
pelas combalidas forças capitalistas inglesas e francesas, cujos exércitos tinham sido divididos para penetrar o Leste 
europeu. Hitler acreditava que venceria a União Soviética em semanas ou meses, mas experientes generais ale-
mães, como Rommel, sabiam que seu exército possivelmente seria derrotado. Hitler estava cometendo os mesmos 
erros de Napoleão Bonaparte. Foi o que realmente ocorreu, uma vez que, utilizando a tática da terra arrasada e 
do extremo frio, o Exército Vermelho aniquilou as forças alemãs, em 1943, e passou a atacar a Alemanha. Por isso, 
considera-se a Batalha de Stalingrado “o começo do fim da Alemanha”.
Ataque do Exército Vermelho em Stalingrado, em fevereiro de 1943, que deteve a ofensiva alemã e 
obrigou o exército nazista a se render, pondo fim ao mito da invencibilidade alemã.
14
Quando o Japão atacou os EUA em Pearl Harbor, avaliou que não teria dificuldade em controlar definitiva-
mente o Pacífico e o extremo Oriente. Contudo, o governo Roosevelt passou a fortalecer os Aliados e a economia 
estadunidense mostrou sua pujança. Em pouquíssimo tempo, construiu navios, aviões e fuzis, oxigenando os Alia-
dos e, paulatinamente, enviando armamentos e tropas para a Europa ocidental e para o Pacífico. Também paula-
tinamente, o Japão teve suas forças armadas, notadamente a marinha, arrasada em batalhas como a de Midway 
e Iwojima. Apesar de os ditadores Franco, na Espanha, e Salazar, em Portugal, pertencerem à área de influência 
de Hitler, eles não entraram diretamente na guerra, o que rendeu-lhes a não perseguição por parte dos Aliados. 
Hitler sofreu derrotas na Iugoslávia pelos guerrilheiros partisans, liderados por Tito. Mesmo com o socorro alemão 
às tropas de Mussolini, os partisans atacaram o belicismo nazista e se refugiaram eficazmente nas montanhas.
No Norte da África, o Afrikakorps alemão, com seus tanques panzers, liderados pelo general Rommel, foi 
derrotado fragorosamente pelas forças anglo-francesas do general britânico Montgomery e pelos blindados esta-
dunidenses do general Patton, que aniquilou os alemães, em maio de 1943, e partiu para derrotar as tropas de 
Mussolini, na Itália.
Em julho de 1943, as forças aliadas desembarcaram na Sicília. Logo depois, Mussolini foi destituído pelo 
rei Vitor Emanuel III. Foi nesse momento que o Brasil entrou na guerra ao lado dos Aliados e o governo ditatorial 
do Estado Novo de Vargas criou a Força Expedicionária Brasileira, FEB. Ao lado da Força Aérea Brasileira, FAB, os 
pracinhas brasileiros conseguiram grandes vitórias em Monte Castelo e Montese.
Soldado brasileiro estampado no jornal Cruzeiro do Sul. Apesar da expressão popular, 
“é mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra”, não foi bem o que ocorreu.
Em setembro de 1943, o novo governo italiano firmou um armistício com os Aliados, retirando a Itália da 
guerra. Libertado por um comando nazista, Mussolini fundou, ao norte do país, a efêmera República Social Italiana. 
Em outubro, a Itália uniu-se aos Aliados e declarou guerra à Alemanha e, em abril de 1945, ocorreu a capitulação 
das forças nazistas na Itália. Mussolini foi detido ao tentar fugir para a Suíça e, em seguida, foi fuzilado por um 
comando da Resistência Italiana Antifascista.
Derrota do Eixo
Com a derrota da Itália, fechou-se o cerco à Alemanha. A leste, a ofensiva soviética culminou, em 1944, com a 
libertação da Romênia, da Bulgária, da Tchecoslováquia e da Hungria pelo Exército Vermelho.
15
Após a Batalha de Stalingrado, a Alemanha foi perdendo grande contingente de tropas no Leste em razão 
do incisivo avanço soviético, que fez diminuir o poder germânico no canal da Mancha. Como consequência, o alto 
comando aliado europeu ocidental, nas mãos do general estadunidense Eisenhower, reuniu tropas dos EUA, ingle-
sas e francesas e penetrou no território europeu, libertando a França no episódio que se tornou conhecido como o 
Dia D, 6 de junho de 1944, quando as tropas aliadas desembarcaram na Normandia. 
Desembarque das forças aliadas na Normandia, França: o Dia D.
Enquanto isso, em janeiro de 1945, a Polônia fora libertada pelos russos, que logo depois realizaram a jun-
ção de suas tropas com as estadunidenses às margens do rio Elba. Com o suicídio de Hitler, a conquista de Berlim 
pelo Exército Vermelho e a queda do III Reich, em maio de 1945, terminava a guerra na Europa.
O Exército Vermelho conquista Berlim. Era o fim da Segunda Guerra na Europa.
No Pacífico, apesar do inequívoco recuo, o Japão relutava em render-se, pois acreditava que a derrota seria um 
martírio religioso, já que o imperador Hirohito era considerado Deus. Em razão disso, muitos pilotos japoneses trans-
formaram-se em kamikazes e praticaramo suicídio bélico, utilizando seus aviões como mísseis para melhor se chocar 
contra os navios dos EUA. Foi nesse contexto que o presidente estadunidenses Harry Truman autorizou o bombardeio 
atômico em Hiroshima (6 de agosto de 1945), cuja bomba foi intitulada de Little boy, e em Nagazaki (9 de agosto de 
1945). É curioso notar que a bomba atômica chamada de Fat man, composta por plutônio-239, foi detonada em Na-
gazaki, mas tinha como principal alvo a antiga cidade de Kokura, que deixou de ser bombardeada porque a tripulação 
do bombardeiro B-29 não conseguiu localizar o centro dela e, por isso, rumou para Nagazaki.
As bombas nucleares foram concebidas pelo dispendioso Projeto Manhattan, liderado pelo físico Oppenheimer, 
no deserto do Novo México. No seu início, esse projeto teve o apoio do físico pacifista Albert Einstein, que, apesar 
de não participar diretamente da confecção dos artefatos, acreditava que sua concepção teria o propósito de 
16
aniquilar a expansão do nazismo, ou seja, seria uma bomba da “cidadania”. Por isso, muitos cientistas, inclusive 
Einstein, criticaram o bombardeio sobre o Japão, pois tinham medo de que o uso de armas nucleares em guerras 
ficasse sem controle. Ressalte-se que o uso das bombas nucleares teve como pretexto oficial a aceleração da 
rendição japonesa; contudo, muitos historiadores acreditam que a real causa das detonações esteja relacionada à 
antecipação da Guerra Fria, já que os EUA queriam anular a ascensão das forças socialistas soviéticas.
Com a rendição japonesa, em 2 de setembro de 1945, a Segunda Guerra Mundial terminava e, com ela, 
a hegemonia europeia sobre o mundo, que assistiu ao surgimento de uma nova ordem mundial dominada pela 
Guerra Fria.
Destruição de Hiroshima causada pela bomba atômica, em 6 de agosto de 1945.
Explosão nuclear em Nagasaki, Império do Japão, em 9 de agosto de 1945.
As conferências
Ao longo do conflito, as potências aliadas realizaram inúmeras conferências, cujas decisões diplomáticas refletiram-
-se política e militarmente no mundo do pós-guerra.
Conferência do Cairo (novembro de 1943)
Após o início da contraofensiva estadunidenses na guerra do Pacífico e a capitulação da Itália, realizou-se no Cai-
ro, capital do Egito, a primeira conferência dos Aliados. Dela participaram Roosevelt, Churchill e Chiang Kai-shek, 
presidente da China, com o objetivo de discutir o destino político da Ásia oriental, após a derrota do Japão. Nela, 
os Aliados decidiram devolver à China todos os territórios tomados pelo Japão, durante a Guerra Sino-japonesa. 
Foi decidido ainda o restabelecimento da independência da Coreia e de todos os países conquistados pelo Japão.
17
Conferência de Teerã (dezembro de 1943)
Os “três grandes” – Roosevelt, Churchill e Stalin – reuniram-se pela primeira vez em Teerã, capital do Irã. A ofensiva 
soviética no Leste europeu e a capitulação da Itália haviam alterado de forma irreversível o curso da guerra a favor 
dos Aliados e selado definitivamente o destino da Alemanha nazista. Nessa conferência decidiu-se a abertura de 
uma segunda frente de guerra na Europa ocidental e foi escolhida a costa francesa como local de desembarque 
das forças aliadas. Os Estados Unidos e a Inglaterra também reconheceram oficialmente a anexação pela União 
Soviética dos países bálticos – Lituânia, Letônia e Estônia – e o Leste da Polônia.
Conferência de Ialta (fevereiro de 1945)
Churchill, Roosevelt e Stalin: os “três grandes” reunidos em Ialta, 1945.
Quando já era iminente a derrota do III Reich, os “três grandes” voltaram a se reunir em Ialta, na Crimeia, às mar-
gens do mar Negro. Nesse encontro, foi fixada oficialmente a Linha Curzon como fronteira entre a União soviética 
e a Polônia, e foram cedidas aos soviéticos as regiões ocupadas quando da partilha, em 1939; em compensação, 
a Polônia receberia, a leste, os territórios alemães até as margens do rio Oder. Decidiu-se também que os Estados 
Unidos, a União Soviética e a Inglaterra manteriam controle sobre os países libertados da Europa oriental e que a 
Alemanha seria dividida em zonas de ocupação sob a direção de um Conselho Aliado.
Outra decisão importante, com a anuência do presidente Roosevelt, foi transformar os países da Europa 
oriental em área de influência da União Soviética. Finalmente, estabeleceu-se a intervenção da União Soviética na 
guerra contra o Japão em troca de Port Arthur, ao sul de Sacalina e das ilhas Kurilas. Pela relevância de suas deci-
sões e pelas consequências que produziu no pós-guerra, a Conferência de Ialta foi considerada a mais importante 
da Segunda Guerra Mundial.
Conferência de Potsdam (julho de 1945)
Após a derrota alemã, os Aliados se reuniram para uma nova conferência em Potsdam, subúrbio de Berlim. Dos 
“três grandes”, apenas Stalin participou dessa conferência, uma vez que Churchill havia perdido as eleições na 
Inglaterra e fora substituído por Clement Attlee, e Roosevelt falecera pouco antes do fim da guerra e fora substitu-
ído por Harry Truman. Em Potsdam, foi fixado em 20 bilhões de dólares o montante que a Alemanha pagaria como 
reparações de guerra. Dessa importância, caberiam 50% à União soviética, 14% à Inglaterra, 12,5% aos Estados 
Unidos e 10% à França.
Foi decidido ainda suprimir a indústria de guerra alemã, reduzir sua produção de aço, transferir a maior 
parte de suas fábricas para os países aliados e promover o julgamento dos líderes do regime nazista. Esse julga-
mento foi realizado pelo Tribunal de Nuremberg, do qual resultou a condenação à morte de 12 líderes nazistas. 
Finalmente, a Conferência de Potsdam confirmou a divisão da Alemanha em quatro zonas de ocupação dos países 
aliados – Estados Unidos, Inglaterra, França e União Soviética.
18
consequêncIAs dA segundA guerrA MundIAl
Perdas humanas
Os números relativos às perdas humanas são dificilmente calculáveis. No mínimo, chegaram a 50 milhões, dentre os 
quais 20 milhões de russos, que sacrificaram, em população e recursos materiais, mais do que os outros participan-
tes. Morreram, proporcionalmente, muito mais civis que militares. A guerra mecanizada, de movimentos rápidos, fez 
mais mortos do que prisioneiros. Bombardeios aéreos dizimaram populações inteiras de civis. Em Berlim, fizeram 
50 mil vítimas; em Dresden, 200 mil. 
Genocídio
Com a penetração de soldados aliados em territórios anteriormente controlados pelas forças do Eixo, como a Polô-
nia, constatou-se a nefasta política nazista de extermínio de minorias e de pessoas que se distanciassem do padrão 
de raça “pura” proposto pelos nazistas. As tropas aliadas encontraram campos de concentração, o mais conhecido 
deles foi o de Auschwitz. Judeus, ciganos, eslavos, homossexuais, germânicos com deficiências mentais sucumbiram 
numa dor atroz que ainda repercute entre os homens e as ideias de liberdade e tolerância. Os judeus chamaram-na 
de Holocausto; Hitler, de “solução final”.
Campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polônia.
Para apressar a “solução final”, os campos de concentração, que originalmente se destinavam a presos 
políticos, foram transformados em centros de execução, e novos campos foram construídos com esse objetivo. Ju-
deus de toda Europa eram presos, amontoados em vagões fechados de transportar gado e enviados para Treblinka, 
Auschwitz, Dachau, Buchenwald e outros campos de extermínio. Utilizando a tecnologia e a burocracia de um 
Estado moderno, os nazistas mataram cerca de seis milhões de judeus, dois terços da população judaica da Europa. 
Cerca de 1,5 milhão dos assassinados eram crianças; quase 90% das crianças judias em terras ocupadas pelos na-
zistas morreram. Dezenas de milhares de famílias inteiras desapareceram sem deixar traço. Comunidades judaicas 
com centenas de anos desapareceram para jamais serem restabelecidas. Muitos dos criminosos de guerra alemães 
foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg e alguns deles condenados à morte. Com o avanço da discussão sobre 
as garantias dos direitoshumanos, o Tribunal de Nuremberg tornou-se a semente para o surgimento do Tribunal 
Internacional de Haia, na Holanda, que tem a finalidade de julgar os atuais criminosos de guerra.
19
Os líderes nazistas Hermann Goering (de óculos escuros) e Rudolph Hess, no Tribunal de Nuremberg. 
A defesa clássica de ambos foi que “só estavam seguindo ordens”.
A guerra provocou uma enorme migração de povos sem paralelo na história humana. A União Soviética 
anexou o Leste da Prússia e as terras bálticas da Letônia, Lituânia e Estônia, deportando pela força muitos habitan-
tes para a Rússia central. A maior parte da Prússia oriental foi ocupada pela Polônia. Milhões de alemães fugiram 
ou foram expulsos da Prússia, da Tchecoslováquia, da Romênia, da Iugoslávia e da Hungria, onde seus ancestrais 
haviam vivido durante séculos. Os custos materiais foram espantosos. Por toda parte, cidades estavam em ruínas: 
pontes, sistemas ferroviários, vias fluviais e portos destruídos; terras agrícolas devastadas, gado morto e minas de 
carvão desabadas. Pessoas sem lar e famintas vagavam pelas ruas e estradas. A Europa enfrentou uma gigantesca 
tarefa de reconstrução.
A guerra provocou alterações nas estruturas de poder. Os Estados Unidos e a União Soviética surgiram como 
os dois mais poderosos Estados do mundo. As grandes potências tradicionais – Inglaterra, França e Alemanha – 
foram obscurecidas por essas superpotências. Os Estados Unidos tinham a bomba atômica e um imenso poderio 
industrial; a União Soviética tinha o maior exército do mundo e estendia seu domínio à Europa oriental, além de 
dominar também a tecnologia da energia atômica. Com a Alemanha derrotada, o principal incentivo para a coope-
ração soviético-americana desaparecera.
A Segunda Guerra Mundial acelerou a desintegração dos impérios europeus de além-mar. Os Estados eu-
ropeus não puderam mais justificar o domínio de africanos e asiáticos, depois de terem lutado para libertar terras 
europeias do imperialismo alemão. A Grã-Bretanha abriu mão da Índia; a França, do Líbano e da Síria; e os ho-
landeses, da Indonésia. Nas décadas de 1950 e 1960, praticamente todos os territórios coloniais conquistaram a 
independência – a descolonização afro-asiática. Nos casos em que a potência colonial resistiu à independência 
desejada pela colônia, o preço foi o derramamento de sangue.
Sob o ponto de vista econômico, os grandes beneficiários foram os Estados Unidos, que perderam no confli-
to em torno de 400 mil homens, mas dobraram sua produção industrial entre 1939 e 1945. A aeronáutica passou 
a liderar a indústria estadunidense; os setores têxtil e químico livraram-se da concorrência europeia. Com o gasto 
de 300 milhões de dólares, os estadunidenses viram crescer sua produção industrial em 75%; no setor agrícola, a 
produção de trigo cresceu 25%. No final da guerra, os Estados Unidos contavam com superávit na balança comer-
cial de 11 bilhões de dólares, concentrando 80% das reservas mundiais de ouro.
20
d) à estratégia soviética frente à invasão ale-
mã, conhecida como tática da ‘terra arrasa-
da’, a mesma utilizada pelos russos contra 
Napoleão, no início do século XIX. 
e) à Batalha de Stalingrado, uma das mais san-
grentas e memoráveis de todo o conflito, de-
cisiva para a vitória nazista. 
 3. (Uema) Atente para as informações da re-
portagem abaixo.
França inicia celebração dos 70 anos do ”Dia 
D” com homenagem às vítimas. 
Presidente francês lembrou as 20 mil víti-
mas civis da batalha da Normandia. Foi o 
primeiro reconhecimento oficial aos mortos 
civis na região. 
O presidente da França, François Hollande, 
e o presidente dos EUA, Barack Obama, são 
vistos durante cerimônia de homenagem às 
vítimas do desembarque na Normandia nes-
ta sexta-feira da France Presse (Foto: Da-
mien Meyer/AFP). 
O presidente francês, François Hollande, 
iniciou, nesta sexta-feira (6/6/2014), as ce-
rimônias que marcam o 70º aniversário do 
desembarque aliado com uma homenagem 
em Caen às 20 mil vítimas civis da batalha 
da Normandia, noroeste da França. “Hoje 
gostaria, neste 70º aniversário, que a home-
nagem da nação se dirigisse a todos, civis 
e militares [...] que o papel dos normandos 
seja reconhecido por todos”, declarou o che-
fe de Estado em um discurso no Memorial 
da cidade. 
Fonte: Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/
noticia/2014/06/franca-inicia-celebracao-dos-70-anos-do-
dia-d-com-homenagem-vitimas.html>. 
Acesso em: 11 jun. 2014. 
O conjunto de operações militares durante a 
Segunda Guerra Mundial, que abalou o po-
derio do exército alemão na Europa, ficou 
conhecido como o ”Dia D”. Na celebração 
do 70º aniversário do “Dia D”, o presidente 
francês discursou, destacando o/a 
a) supremacia francesa diante das tropas ini-
migas. 
b) resistência francesa organizada em território 
inglês. 
c) importância da população civil para a vitória 
francesa. 
e.o. teste I
 1. (UERJ) Os mapas constituem uma repre-
sentação da realidade. Observe, na imagem 
abaixo, dois mapas presentes na reportagem 
intitulada Um estudo sobre impérios, publi-
cada em 1940.
O uso da cartografia nessa reportagem evi-
dencia uma interpretação acerca da Segunda 
Guerra Mundial.
Naquele contexto é possível reconhecer que 
essa representação cartográfica tinha como 
finalidade: 
a) criticar o nacionalismo alemão. 
b) justificar o expansionismo alemão. 
c) enfraquecer o colonialismo britânico. 
d) destacar o multiculturalismo britânico. 
 2. (Mackenzie) “O inimigo é cruel e implacável. 
Pretende tomar nossas terras regadas com 
o suor de nossos rostos, tomar nosso cereal, 
nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nos-
sas mãos. Pretende restaurar o domínio dos 
latifundiários, restaurar o czarismo... germa-
nizar os povos da União Soviética e torná-los 
escravos de príncipes e barões alemães...
(...) em caso de retirada forçada... todo o 
material rodante tem que ser evacuado. Ao 
inimigo não se deve deixar um único mo-
tor, um único vagão de trem, um único quilo 
de cereal ou galão de combustível. Todos os 
artigos de valor (...) que não puderem ser 
retirados, devem ser destruídos sem falta.”
Após 70 anos da 2ª Guerra Mundial, o dis-
curso acima, de Joseph Stálin, nos remete: 
a) à invasão soviética ao território alemão, 
marco na derrocada nazista frente à ofensiva 
Aliada nos fronts Ocidental e Oriental. 
b) à Operação Barbarosa, decorrente da assina-
tura do Pacto Ribbentrop-Molotov, estopim 
para a 2ª Guerra Mundial. 
c) ao Anschluss, quando a anexação da Áustria 
pelo Terceiro Reich provocou a reação sovié-
tica contra os alemães. 
21
d) apoio decisivo dos Estados Unidos para o 
desfecho do conflito. 
e) vitória das tropas dos “Aliados” contra as 
forças nazifascistas. 
 4. (Ufsm) De acordo com a partilha estabeleci-
da pela ONU, em 1947, o Estado judeu, que 
incluirá a cidade de Tel Aviv, terá cerca de 
550 mil habitantes de origem judaica e 500 
mil árabes. Já o Estado árabe, envolvendo a 
cidade de Gaza, contará com 750 mil árabes 
e 10 mil judeus. Jerusalém, a capital reivin-
dicada pelos dois grupos, será uma cidade 
internacional.
Fonte: BRENER, Jayme. Jornal do Século XX. 
São Paulo: Moderna, 1998. p. 171.
A partir dessas informações, assinale a al-
ternativa que apresenta corretamente os 
acontecimentos históricos que conduzem à 
partilha da Palestina. 
a) 1ª Guerra Mundial – Gueto de Varsóvia – Es-
tado de Israel 
b) Sionismo – 2ª Guerra Mundial – Holocausto 
c) Nazismo – Macartismo – Capitalismo 
d) Comunismo – Antissemitismo – Globalização 
e) 2ª Guerra Mundial – Pacto de Varsóvia – Pri-
mavera de Praga 
 5. (UEG) “Os olhos do mundo estão sobre vocês” 
(Dwight Eisenhower)
A frase acima foi dita pelo comandante das 
tropas aliadas durante o chamado “Dia D”. 
No dia 6 de junho de 2014, comemoraram-
-se os 70 anos do Desembarque da Norman-
dia, um dos episódios mais conhecidos da II 
Guerra Mundial. A importância desse acon-
tecimento se deve ao fato de que ele: 
a) possibilitouque os exércitos britânico e 
americano apressadamente evitassem a con-
quista da Europa ocidental pelo exército so-
viético. 
b) permitiu a abertura de uma nova frente de 
batalha pelo exército aliado e iniciou a liber-
tação da Europa do jugo nazista. 
c) demonstrou a superioridade técnica do exér-
cito nazista, que, liderado por Romell, an-
tecipou o local do desembarque e infligiu 
pesadas baixas aos aliados. 
d) viabilizou a libertação de Paris pelo exército 
da resistência francesa, liderado pelo expe-
riente herói de guerra, Charles de Gaule. 
 6. (FGV) A respeito da situação da França, durante 
a Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar: 
a) A chamada República de Vichy englobava a 
parte da França cujo governo resistiu aos in-
teresses alemães até o final da guerra. 
b) Na República de Vichy, o marechal Phillippe 
Petáin liderou a resistência contra as forças 
militares nazistas. 
c) Vichy tornou-se a capital de toda a França 
governada por um colegiado formado por 
alemães e franceses. 
d) Na República de Vichy, o slogan Liberdade, 
Igualdade e Fraternidade foi substituído por 
Trabalho, Família e Pátria. 
e) A esquerda francesa colaborou com o gover-
no de Phillippe Petáin, adotando a tática da 
frente ampla contra o nazismo. 
 7. (UPF) A imagem mostra os resultados de um 
combate da Segunda Guerra Mundial.
Dentre as afirmativas abaixo, assinale aque-
la que indica a razão pela qual o ataque à 
base naval de Pearl Harbor tornou-se um dos 
acontecimentos decisivos para o desfecho da 
Segunda Guerra Mundial. 
a) Fortaleceu o nazifascismo, tendo em vista a 
vitória esmagadora das forças alemãs sobre o 
exército soviético e de outros países do leste 
europeu. 
b) Representou a primeira grande derrota dos 
aliados, uma vez que os japoneses passaram a 
utilizar armas atômicas contra cidades asiáti-
cas, porque estas atacavam o nazifascismo. 
c) Foi um fato histórico decisivo para a entrada 
dos Estados Unidos da América na guerra, o 
que criou condições favoráveis para os alia-
dos na luta contra as forças nazifascistas. 
d) Contribuiu para o significativo aumento do 
poderio estratégico e militar alemão, devido 
ao aniquilamento quase total das forças norte-
-americanas e de seus aliados no leste europeu. 
e) Marcou a derrota final dos países que faziam 
parte do bloco nazifascista, tornando-se o 
símbolo da restauração da democracia e do 
liberalismo em toda a Europa. 
22
 8. (UPF) Em poucas semanas, o mundo estará 
rememorando o primeiro centenário do as-
sassinato, em Sarajevo (Bósnia), do arquidu-
que Francisco Ferdinando, herdeiro do trono 
do Império Austro-Húngaro. Esse episódio 
desencadearia o grande conflito chamado de 
Primeira Guerra Mundial, o qual terminaria 
em 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial. 
Essa interpretação somente é verdadeira se 
considerado o fato de que: 
a) as duas guerras mundiais envolveram todos 
os países da Europa, além de suas colônias 
de ultramar. 
b) prevaleceu, antes da Segunda Guerra Mun-
dial, o equilíbrio europeu, tal como havia 
ocorrido no período que precedeu a Primeira 
Guerra. 
c) em ambas as guerras mundiais, o conflito foi 
travado por motivos ideológicos, muito mais 
do que imperialistas. 
d) ocorreram, entre as duas guerras mundiais, 
rebeliões e revoluções, como as da década de 
1910, que colocaram em risco o frágil equilí-
brio europeu. 
e) apesar da paz do período entreguerras, a 
Segunda Guerra foi causada pelos tratados 
excessivamente rigorosos impostos ao final 
da Primeira Guerra, decorrentes da Paz de 
Versalhes de 1919. 
 9. (Mackenzie) Com relação aos dois gran-
des conflitos mundiais, de 1914–1918 e de 
1939–1945, considere as afirmativas.
I. O imperialismo e o nacionalismo encon-
tram-se nas origens dos dois conflitos 
mundiais, uma vez que o primeiro inten-
sificou as tensões mundiais devido à dis-
puta por áreas de influência e o segundo 
favoreceu a formação dos regimes totali-
tários fascistas.
II. As duas guerras mundiais, envolvendo 
povos extraeuropeus, desenvolveram a 
consciência nacional deles, influencian-
do decisivamente no processo de descolo-
nização afro-asiática.
III. O questionamento dos postulados liberais 
do capitalismo foi intensificado a partir 
dos dois conflitos, o que criou as condi-
ções favoráveis para a expansão dos ide-
ais anarquistas em todo o mundo.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa I está correta. 
b) Somente a afirmativa II está correta. 
c) Somente a afirmativa III está correta. 
d) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
e) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 
 10. (FGV) Observe os dois cartuns.
Sobre as imagens, é correto afirmar que: 
a) a assinatura do acordo de não agressão entre 
Hitler e Stalin, em 1939, é o último movi-
mento alemão para trazer a União Soviéti-
ca para o seu lado, uma vez que os planos 
anteriores foram neutralizados pelo imenso 
poderio militar dos Aliados, temerosos do 
avanço germânico que, em 1941, invade a 
União Soviética e a Inglaterra. 
b) a aproximação entre Berlim e Moscou, em 
1939, não resultou em um acordo de prote-
ção às intenções expansionistas de ambos os 
lados, pois continuaram em lados opostos, 
monitorando-se reciprocamente até que, em 
1941, com as vitórias sucessivas dos Aliados, 
o Terceiro Reich, de forma apressada, garan-
te o precioso apoio da União Soviética. 
c) o Terceiro Reich alemão faz dois movimen-
tos no sentido de conseguir o apoio sovié-
tico: inicialmente, um acordo de não agres-
são com Stalin em 1939, para evitar a sua 
aproximação com os Aliados e, em 1941, 
outro que consegue sua integração ao Eixo, 
antecipando-se à diplomacia britânica que, 
imobilizada, não esboça resistência. 
d) após a ocupação da Renânia, da anexação da 
Áustria, da Tchecoslováquia, a Alemanha as-
sina um acordo de não agressão mútua com 
a União Soviética para neutralizá-la, uma vez 
que conta com o imobilismo da Inglaterra em 
relação ao seu expansionismo, que culmina, 
em 1941, na invasão da União Soviética. 
23
e) em 1939, depois de invadir a Polônia, Hi-
tler se aproxima da União Soviética de forma 
cuidadosa, pois teme os planos expansionis-
tas de Stalin, até então apoiados pelos Alia-
dos que, a partir de 1941, com as sucessivas 
vitórias, retiram essa ajuda, obrigando o 
Estado Soviético a aceitar a parceria com o 
Terceiro Reich. 
e.o. teste II
 1. (Unesp) A viagem levou uns vinte minutos. 
O caminhão parou; via-se um grande portão 
e, em cima do portão, uma frase bem ilu-
minada (cuja lembrança ainda hoje me ator-
menta nos sonhos): ARBEIT MACHT FREI – o 
trabalho liberta.
Descemos, fazem-nos entrar numa sala am-
pla, nua e fracamente aquecida. Que sede! O 
leve zumbido da água nos canos da calefação 
nos enlouquece: faz quatro dias que não be-
bemos nada. Há uma torneira e, acima, um 
cartaz: proibido beber, água poluída. Bestei-
ra: é óbvio que o aviso é um deboche. “Eles” 
sabem que estamos morrendo de sede [...]. 
Bebo, e convido os companheiros a beber 
também, mas logo cuspo fora a água: está 
morna, adocicada, com cheiro de pântano.
Isto é o inferno. Hoje, em nossos dias, o inferno 
deve ser assim: uma sala grande e vazia, e nós, 
cansados, de pé, diante de uma torneira gote-
jante, mas que não tem água potável, esperan-
do algo certamente terrível acontecer, e nada 
acontece, e continua não acontecendo nada.
(Primo Levi. É isto um homem?, 1988.)
A descrição, por Primo Levi, de sua chegada 
a Auschwitz em 1944 revela: 
a) o reconhecimento da própria culpa, por um 
prisioneiro recolhido a um campo de con-
centração nazista. 
b) o alívio com o fim da viagem em direção à 
prisão e a aceitação das condições de vida 
existentes no campo de concentração. 
c) a expectativa de que, apesar dos problemas 
na chegada, houvesse tratamento digno aos 
prisioneiros dos campos de concentração. 
d) a falta de entendimento do funcionamento 
do campo de concentração e a disposição de 
colaborarcom as autoridades nazistas. 
e) a sensação de horror, angústia e submissão 
que caracterizavam a condição dos prisionei-
ros nos campos de concentração nazistas. 
 2. (Ufrgs) Leia o texto abaixo.
Em plena Europa, em pleno século XX, os re-
gimes nazista e soviético assassinaram cer-
ca de 14 milhões de pessoas. O lugar onde 
todas essas vítimas morreram, essa terra de 
sangue, se estende do centro da Polônia até 
o oeste da Rússia, passando pela Ucrânia, 
Bielorrúsia e os Estados bálticos. Durante 
a consolidação do nacional-socialismo e do 
stalinismo (1933-1938), a ocupação conjun-
ta da Polônia pelas forças alemãs e soviéti-
cas (1939-1941) e, em seguida, durante a 
guerra entre Alemanha e a União Soviética 
(1941-1945), a violência em massa de um 
modo jamais visto na história se abateu so-
bre essa região.
SNYDER, Timothy. Terras de sangue. A Europa entre 
Hitler e Stalin. Rio de Janeiro: Record, 2013. p. 10.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as 
afirmações abaixo, referentes a esse período.
( ) Em 1939, os governos da Alemanha e 
da URSS assinaram um acordo de não 
agressão que ficou conhecido como Pac-
to Molotov-Ribbentrop, respeitado até o 
final da guerra.
( ) As principais lideranças desse extermí-
nio foram Adolf Hitler e Joseph Stalin.
( ) O nacional-socialismo era a ideologia do 
regime stalinista.
( ) A “terra de sangue” não se limitou à 
cronologia da Segunda Grande Guerra 
Mundial.
A sequência correta de preenchimentos dos 
parênteses, de cima para baixo, é: 
a) F – V – F – V. 
b) V – F – F – F. 
c) F – V – V – F. 
d) V – F – V – V. 
e) F – F – F – V. 
 3. (UFSM) No extremo da guerra [...] estão as no-
vas armas. Mais ainda do que em 1914-1918, 
elas tiveram um papel determinante duran-
te o segundo conflito mundial. Desse ponto 
de vista, os ingleses foram os mais criativos, 
com seus radares que os alertavam sobre os 
ataques aéreos da Luftwaffe [...]. Os alemães 
aperfeiçoaram seus foguetes V1 e V2, mas, 
como sabemos, foi a bomba atômica america-
na que pôs fim à guerra contra o Japão. 
A partir do texto, pode-se afirmar que a 
guerra moderna, no século XX: 
a) devido ao seu caráter de produção de víti-
mas em escala industrial, sofreu um ponto 
de inflexão com o término da Guerra Fria, 
provocando o recuo da indústria bélica e a 
diminuição dos efetivos militares. 
b) apesar de mais sofisticada do ponto de vista 
bélico, manteve, em seus conflitos, o mesmo 
padrão desde a Guerra dos Cem Anos, no fi-
nal da idade média, até as Guerras Napoleô-
nicas, no início da idade contemporânea. 
c) encontra cada vez mais a oposição da opi-
nião pública e, por isso, tem sido excluída 
da pauta política dos novos dirigentes dos 
Estados democráticos do Ocidente. 
24
d) ganhou um novo contorno, produzindo ví-
timas em escala industrial, como bem de-
monstram os ataques a alvos civis, em Lon-
dres, Dresden e Hiroxima, e, atualmente, em 
Bagdá e na Faixa de Gaza. 
e) revelou-se uma permanência do mundo ar-
caico, uma ação incompatível com a moder-
nidade, e, por isso, vem se tornando uma 
prática em extinção para a resolução de con-
flitos entre populações ou grupos sociais. 
 4. (UFG) Leia o fragmento a seguir.
Desde o primeiro conflito mundial, a “tré-
gua dos padioleiros” se apaga e não reapa-
rece mais, salvo de maneira excepcional; os 
feridos agonizam no local dos combates e, 
na maioria dos casos, o inimigo atira sobre 
os que lhes prestam socorro. Está livre o ca-
minho para as atrocidades que têm o corpo 
como alvo.
AUDOIN-ROUZEAU, Stéphane. Massacres: o corpo e 
a guerra. In: COURTINE, Jean-Jacques; VIGARELLO, 
Georges. História do corpo: as mutações do olhar. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2009, p. 396. (Adaptado).
Ocorridas na primeira metade do século XX, 
as guerras mundiais causaram impacto na 
imagem civilizada que a Europa construíra 
de si. Esse impacto decorre de uma mudança 
na concepção de guerra, explorada no frag-
mento, que se associa: 
a) à precariedade técnica do trabalho médico 
nas ambiências de conflito, indicando as di-
ficuldades de atendimento aos soldados. 
b) à ampliação da ideia de inimigo, demarcando 
a proteção física como um problema para os 
beligerantes, em meio à escalada da violência. 
c) à disseminação de imagens dos corpos dila-
cerados, traduzindo a morte como uma cir-
cunstância natural no cenário da guerra. 
d) à disciplina militar exigida dos socorristas, re-
sultando em cursos de treinamento sobre mé-
todos de sobrevivência em campo de batalha. 
e) ao desrespeito aos tratados assinados para a 
guerra, considerando a proibição de maus-
-tratos direcionados ao inimigo aprisionado. 
 5. (Ufrgs) Entre 1939 e 1945, o mundo este-
ve envolvido na Segunda Guerra Mundial. A 
respeito dessa guerra, considere as seguin-
tes afirmações.
I. Caracterizou-se pela perseguição de vá-
rios grupos populacionais, sendo alguns 
deles vítimas de práticas sistemáticas de 
extermínio.
II. Trouxe o enfraquecimento geral dos pa-
íses europeus e o avanço do processo de 
descolonização, principalmente na Ásia e 
na África.
III. Teve como consequência o fim da divisão 
ideológica mundial entre os países com 
sistemas políticos inspirados no liberalis-
mo e aqueles baseados no marxismo.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas I e III. 
e) Apenas II e III. 
 6. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914-
-1918 se iniciou, a ciência médica tinha feito 
progressos tão grandes que se esperava uma 
conflagração sem a interferência de grandes 
epidemias. Isso sucedeu na frente ocidental, 
mas à leste o tifo precisou de apenas três 
meses para aparecer e se estabelecer como o 
principal estrategista na região (...). No mo-
mento em que a Segunda Guerra Mundial está 
acontecendo, em territórios em que o tifo é 
endêmico, o espectro de uma grande epide-
mia constitui ameaça constante. Enquanto 
estas linhas estão sendo escritas (primavera 
de 1942) já foram recebidas notificações de 
surtos locais, e pequenos, mas a doença pa-
rece continuar sob controle e muito provavel-
mente permanecerá assim por algum tempo.
Henry E. Sigerist, Civilização e doença. São 
Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.
O correto entendimento do texto acima per-
mite afirmar que: 
a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as 
duas grandes guerras mundiais do século XX, 
era uma ameaça porque ainda não tinha se 
desenvolvido a biologia microscópica, que 
anos depois permitiria identificar a existên-
cia da doença. 
b) parte significativa da pesquisa biológica foi 
abandonada em prol do atendimento de de-
mandas militares advindas dessas duas guer-
ras, o que causou um generalizado abandono 
dos recursos necessários ao controle de do-
enças como o tifo. 
c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não 
afetaram os combatentes dos países ricos, já 
que estes, ao contrário dos combatentes dos 
países pobres, encontravam-se imunizados 
contra doenças causadas por vírus. 
d) a ameaça constante de epidemia de tifo re-
sultava da precariedade das condições de hi-
giene e saneamento decorrentes do enfren-
tamento de populações humanas submetidas 
a uma escala de destruição incomum promo-
vida pelas duas guerras mundiais. 
e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra 
Mundial, foi utilizado como arma letal con-
tra exércitos inimigos no leste europeu, que 
eram propositadamente contaminados com 
o vírus da doença. 
 7. (UFSJ) Dos países citados abaixo, aquele 
que, logo após a Segunda Guerra Mundial, 
foi dividido em duas repúblicas independen-
tes foi a: 
25
a) União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. 
b) Alemanha. 
c) Iugoslávia. 
d) Polônia. 
 8. (ESPM) Em julho de 1944 ocorreu a Con-
ferência de Bretton Woods, no Mount 
Washington Hotel, em New Hampshire, nos 
EUA. Nela partici param 730 delegados de 44 
nações que de liberaram sobre: 
a) a criação da Organização das Nações Unidas, 
a ONU. 
b) a criação da Organização Mundial de Co-
mércio, a OMC.c) a criação da Organização do Tratado do 
Atlântico Norte, a OTAN. 
d) a confirmação do padrão ouro como refe rência 
para o Sistema Monetário Interna cional. 
e) a criação do Banco Internacional para a Re-
construção e Desenvolvimento, o (BIRD), e o 
Fundo Monetário Internacional, o (FMI). 
 9. (UEG) Leia o fragmento a seguir. 
Mas ele olhou, rápido, quando a por-
ta se abriu de repente. Era um americano 
que vinha pedir-lhe dinheiro para voltar 
para os Estados Unidos. Estava fugindo de 
Mitterrand. Rick o ignorou. 
VERISSIMO, Luís Fernando. As time goes by. 
In: O melhor das comédias da vida privada. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. p. 71. 
O trecho citado foi extraído da crônica “As 
time goes by”, em que o autor relata um su-
posto encontro em Paris com Rick Blaine, o 
protagonista do filme clássico Casablanca. 
Nessa crônica, é possível identificar referên-
cias tanto ao clássico cinematográfico cele-
brado pelo autor quanto à história contem-
porânea, quando é sugerido que: 
a) a França foi ocupada pelo exército nazista 
durante a Segunda Guerra Mundial, tendo 
sido formada uma resistência para combater 
os invasores. 
b) a relação entre Rick Blaine e as autoridades 
franceses nunca se estabilizou, uma vez que 
ele queria fugir para os Estados Unidos. 
c) o americano que tentava fugir do presidente 
francês representava os refugiados que al-
mejavam vistos para escapar do nazismo a 
partir de Marrocos. 
d) o presidente francês François Mitterrand 
participou da Resistência Francesa durante 
os combates da Segunda Guerra Mundial. 
 10. (UPE) Entre os fatores que desencadearam a 
Segunda Guerra Mundial, podemos destacar 
o desejo de consolidação de zonas de influ-
ência internacional, bem como a busca por 
matéria-prima para fomentar a indústria 
das nações beligerantes. Com base nesses fa-
tores, analise as seguintes proposições:
I. O Leste Europeu foi uma zona de influ-
ência requerida tanto pela União Soviética 
quanto pela Alemanha ao longo da Guerra.
II. Os EUA declararam guerra ao Japão, entre 
outras razões, por acreditarem que esse 
país estava comprometendo a influência 
estadunidense sobre o pacífico.
III. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) 
teve papel decisivo nos conflitos ocorri-
dos no Norte da África.
IV. O general francês Charles de Gaulle 
apoiou a ação nazista para o domínio da 
França.
V. Apesar das proporções inimagináveis que 
a guerra alcançou, alguns países euro-
peus conseguiram se manter neutros ao 
longo de todo o conflito.
Estão CORRETAS: 
a) I, II e V. 
b) II, III e IV. 
c) I, II e IV. 
d) I, III e V. 
e) III, IV e V. 
e.o. teste III
 1. (UFU) As pretensões expansionistas japo-
nesas na Ásia, a construção da Grande Ásia 
Oriental, colidiam com os interesses norte-
-americanos para a região. Os imperialistas 
seguiam as estratégias siberiana e colonial. 
A primeira encarregou o Exército de expan-
dir o domínio Japonês para a China do Norte, 
Mongólia e Sibéria, rivalizando com a União 
Soviética. A estratégia colonial, delegada à 
Marinha, visava a conquista de colônias in-
glesas, francesas e holandesas na Ásia. O 
obstáculo para esse projeto era a força dos 
Estados Unidos no Pacífico (Alaska, Ilhas 
Aleutas, Filipinas e Havaí).
O projeto imperialista japonês: 
a) buscava contemporizar seus interesses com 
as forças chinesas, vistas como um impor-
tante apoio na luta contra o imperialismo 
norte-americano. 
b) ganhou força com o bombardeamento de Pe-
arl Harbor e a entrada dos EUA na guerra, 
forçando o recuo dos movimentos anti-im-
perialistas nipônicos. 
c) manteve, com o fim da Segunda Guerra, suas 
anexações territoriais, o que lhe permitiu 
continuar como uma grande potência. 
d) previa a mobilização de recursos das áre-
as ocupadas para realimentar o complexo 
industrial-militar que se fortalecia interna-
mente. 
26
 2. (PUC-SP)
A charge acima, de autoria desconhecida, foi 
publicada em 1939. Ela se refere ao trata-
do assinado naquele ano pela Alemanha e a 
União Soviética, que: 
a) assegurou a aliança militar entre os dois pa-
íses durante a Segunda Guerra Mundial e a 
partição da Polônia. 
b) consagrou o apoio bélico dos dois países aos 
fascistas na Guerra Civil Espanhola e am-
pliou a influência política alemã no leste 
europeu. 
c) impediu a eclosão de guerra aberta entre os 
dois países e freou o avanço militar nazi-fas-
cista na Europa. 
d) determinou a nova divisão política do les-
te europeu, no período posterior à Segunda 
Guerra Mundial, e consolidou a hegemonia 
soviética na região. 
e) estabeleceu a intensificação dos laços co-
merciais e o compromisso de não agressão 
mútua entre os dois países. 
 3. (UERJ) 
A charge de J. Carlos na capa da revista Ca-
reta representa a ofensiva dos aliados, em 
julho de 1944, que delineou os rumos da Se-
gunda Guerra Mundial.
No que se refere às relações internacionais, 
a vitória dos aliados provocou mudanças que 
tiveram como um dos seus efeitos: 
a) extinção dos regimes totalitários. 
b) redefinição da ordem geopolítica. 
c) controle do expansionismo tecnológico. 
d) multipolaridade das relações diplomáticas. 
 4. (Mackenzie) “Morrer pela Pátria, pela Ideia! 
[...] Não, isso é fugir da verdade.
Mesmo no front, matar é que é importan-
te [...] Morrer não é nada, isso não existe. 
Ninguém pode imaginar sua própria morte. 
Matar é o importante.
Essa é a fronteira a ser cruzada. Sim, esse é 
um ato concreto de vontade. Porque aí você 
torna sua vontade viva na de outro homem.”
Da carta de um jovem voluntário da 
República Social Fascista, de 1943 
A respeito do contexto em que se inserem 
as Grandes Guerras Mundiais do século XX, 
considere I, II e III a seguir.
I. Os conflitos econômicos, sociais e ide-
ológicos entre as principais potências 
capitalistas, tanto no período anterior 
a 1914, quanto naquele que antecede à 
Segunda Guerra, levaram à disputa impe-
rialista e à corrida armamentista.
II. Nas origens dos dois grandes conflitos 
mundiais, podemos identificar a inten-
sificação da propaganda nacionalista e 
a formação de um sistema de alianças 
político-militares entre as nações impe-
rialistas.
III. Nas duas guerras, o conflito armado en-
tre as potências imperialistas, apesar do 
pesado custo em termos de vítimas, con-
seguiu solucionar os problemas econômi-
cos, as divergências e os ressentimentos 
entre as nações beligerantes.
Desse modo: 
a) somente I está correta. 
b) somente II está correta. 
c) somente III está correta. 
d) somente II e III estão corretas. 
e) somente I e II estão corretas. 
 5. (UPE) As grandes guerras mundiais provo-
caram dificuldades nas relações interna-
cionais, gerando ressentimentos e disputas 
diplomáticas. Os Estados Unidos procuraram 
fazer valer sua influência no mundo e con-
firmar suas conquistas políticas. Na Confe-
rência de Potsdam, as divergências eram evi-
dentes entre os aliados.
Nessa perspectiva, as relações entre as nações: 
a) permaneceram tensas, destacando-se o en-
fraquecimento do poder da Inglaterra e as 
perdas europeias provenientes da 2ª Guerra 
Mundial. 
b) tiveram um momento de paz, com acordos 
que fortaleceram a economia mundial e a 
democracia nos países do Ocidente. 
c) ajudaram a debilitar o poder político da União 
Soviética, liderada por Stálin e o Partido Co-
munista, com um socialismo totalitário. 
d) facilitaram o soerguimento imediato da 
Alemanha com o auxílio de empréstimos 
norte-americanos e a vitória da democracia 
parlamentar. 
e) modificaram-se, trazendo o fim dos governos 
totalitários com suas ideias imperialistas e 
sua violência política contra seus opositores. 
27
e.o. dIssertAtIvo
 1. (Fuvest) Observe o mapa.
a) Explique uma razão do expansionismo japonês nas décadas de 1930 e 1940. 
b) Aponte um país atual da região da antiga Indochina Francesa, destacada no mapa, e caracterize sua 
posição no contexto industrial mundial do século XXI. 
 2. (UERJ) Um novo memorial foi inaugurado nocampo de concentração nazista de Mauthausen, na 
Áustria, com a presença de três chefes de Estado: o austríaco Heinz Fischer, o húngaro Janos Ader 
e o polonês Bronislaw Komorowski, além da ministra israelense da Justiça, Tzipi Livni. O novo 
memorial – “Mauthausen, lugar de um crime” – inclui duas exposições que revelam o dia a dia do 
campo de concentração através de entrevistas com 48 sobreviventes. No total, duzentas mil pes-
soas, procedentes de quarenta países, incluindo cerca de cinquenta mil judeus, foram detidas até 
1945 em Mauthausen. Ao menos noventa mil morreram devido ao extenuante trabalho nas minas 
de granito, à má nutrição, às doenças e às execuções.
Ex-prisioneiro caminha em direção ao memorial de Mauthausen
Adaptado de notícias.r7.com, 05/05/2013.
O Holocausto vem sendo cada vez mais associado à memória histórica de sociedades europeias. In-
dique duas repercussões do Holocausto para o contexto internacional posterior ao fim da Segunda 
Guerra Mundial (1939-1945). Indique, também, a importância simbólica da criação de memoriais 
como o citado na reportagem. 
28
 3. (Fuvest)
As duas imagens acima foram divulgadas 
durante a Segunda Guerra Mundial, respecti-
vamente, na União Soviética e na Alemanha.
a) Indique semelhanças e diferenças de maior 
relevância entre elas, no tocante à relação 
forma-conteúdo.
b) Qual era a situação político-militar vivida 
por esses países, no momento em que os 
cartazes foram produzidos? 
 4. (UERJ)
O personagem Capitão América, criado em 
1941, é um cidadão norte-americano, volun-
tário na experiência para criar supersolda-
dos que defendam o mundo de ameaças.
Identifique o conflito internacional em cur-
so na época da criação do personagem. Em 
seguida, aponte duas medidas adotadas, 
nos anos de 1941 e 1942, pelo governo dos 
E.U.A. com relação ao conflito. 
 5. (Fuvest) Observe a foto abaixo, tirada no 
Gueto de Varsóvia, em 1943, durante a ocu-
pação nazista da Polônia.
a) Por que o menino porta uma estrela nas cos-
tas e o que essa estrela representava nas zo-
nas de domínio nazista?
b) Explique a dinâmica de funcionamento do 
Gueto de Varsóvia e o que ele representou na 
dominação nazista da Polônia. 
 6. (UERJ)
Cartaz de propaganda da Westinghouse (E.U.A., 1942-1943), 
em que uma operária diz: “Nós podemos fazer isso!”. 
wdl.org
O cartaz acima, divulgado pelo Comitê de Co-
ordenação e Produção de Guerra norte-ame-
ricana durante a Segunda Guerra Mundial 
(1939-1945), tornou-se um dos símbolos 
dos esforços patrióticos frente ao conflito 
armado. Nele, retratava-se também um novo 
ideal para a condição feminina.
Explicite duas repercussões da Segunda 
Guerra Mundial para o mundo do trabalho 
na sociedade norte-americana. 
29
 7. (Unicamp) Os animais humanizados de 
Walt Disney serviam à glorificação do estilo 
de vida americano. Quando os desenhos de 
Disney já eram famosos no Brasil, o criador 
de Mickey chegou aqui como um dos embai-
xadores da Política da Boa Vizinhança. Em 
1942, no filme Alô, amigos, um símbolo das 
piadas brasileiras, o papagaio, vestido de 
malandro, se transformou no Zé Carioca. A 
primeira cópia do filme foi apresentada a 
Getúlio Vargas e sua família, e por eles as-
sistida diversas vezes. Os Estados Unidos es-
peravam, com a Política da Boa Vizinhança, 
melhorar o nível de vida dos países da Amé-
rica Latina, dentro do espírito de defesa do 
livre mercado. O mercado era a melhor arma 
para combater os riscos do nacionalismo, do 
fascismo e do comunismo.
(Adaptado de Antonio Pedro Tota, “O imperialismo sedutor: 
a americanização do Brasil na época da Segunda Guerra”. 
São Paulo: Companhia das Letras, 
2000, pp. 133-138, 185-186.)
www.museu.ufrgs.br/programacao/index.
php?messelec=10&&anoselec=2006
a) De acordo com o texto, de que maneiras os 
personagens de Walt Disney serviam à po-
lítica externa norte-americana na época da 
Segunda Guerra Mundial?
b) Como o governo Vargas se posicionou em re-
lação à Segunda Guerra Mundial? 
 8. (UFMG) Leia este texto:
“A guerra estava no fim e Hiroshima perma-
necia intacta. A população acreditava que 
a cidade não seria bombardeada. Mas infe-
lizmente no dia 6 de agosto, às 8 horas e 
15 minutos, um enorme cogumelo de fogo 
tomou conta da cidade destruindo a vida 
de milhões de pessoas inocentes... A cidade 
acabara e, com ela, toda a referência de uma 
vida normal.”
http://www.nisseychallenger.com/
hiroshima.html. Acesso: 4 jun. 2007.
A partir dessa leitura e considerando outros 
conhecimentos sobre o assunto:
a) INDIQUE e ANALISE duas razões para a esco-
lha do Japão como alvo das bombas atômicas.
b) ANALISE os desdobramentos do lançamento 
das bombas atômicas sobre o Japão no con-
texto da Guerra Fria. 
 9. (UFG) Leia o fragmento a seguir.
Em janeiro de 1941, a sorte da Europa e do 
mundo parecia selada. Só um cego e um sur-
do voluntário podia duvidar do destino re-
servado aos judeus numa Europa alemã.
LEVI, Primo. “A tabela periódica”. Rio de Janeiro: 
Relume-Dumará, 1994. p. 55. [Adaptado].
O texto acima se reporta a um acontecimen-
to decisivo ligado à Segunda Guerra Mundial 
(1939-1945). Com base nessas informações, 
responda qual era o destino a que o autor se 
refere no texto e explique o princípio que 
legitimava esse destino. 
 10. (UFRJ)
HIROSHIMA RELEMBRA 60 ANOS DO HORROR
Hiroshima, Japão. No exato momento em 
que 60 anos antes a primeira bomba atômica 
da história devastava a cidade de Hiroshima 
no Japão, mais de 50 mil pessoas fizeram um 
minuto de silêncio em homenagem às víti-
mas do ataque. Às 8:15 min [...] o mundo re-
lembrou a detonação da arma mais poderosa 
já vista no planeta até então, que matou cer-
ca de cem mil pessoas diretamente e outras 
milhares nos anos seguintes.
Fonte: Adaptado de O GLOBO de 06 de agosto de 2005, p.36.
a) Apresente um argumento do governo norte-
-americano em defesa da ação que devastou 
Hiroshima, no dia 06 de agosto de 1945, e 
Nagasaki, três dias depois.
b) Considerando a situação militar da Ásia 
Oriental em meados de 1945, mencione uma 
crítica aos bombardeios dessas duas cidades 
japonesas. 
30
e.o. eneM
 1.
Com sua entrada no universo dos gibis, o 
Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o 
autoritarismo militar e combater a tirania. 
Claro que, em tempos de guerra, um gibi de 
um herói com uma bandeira americana no 
peito aplicando um sopapo no Furer só pode-
ria ganhar destaque, e o sucesso não demo-
raria muito a chegar.
COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: 
crítica. Disponível em: www.revistastart.com.
br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
A capa da primeira edição norte-americana 
da revista do Capitão América demonstra sua 
associação com a participação dos Estados 
Unidos na luta contra: 
a) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial. 
b) os regimes totalitários, na Segunda Guerra 
Mundial. 
c) o poder soviético, durante a Guerra Fria. 
d) o movimento comunista, na Segunda Guerra 
do Vietnã. 
e) o terrorismo internacional, após 11 de se-
tembro de 2001. 
 2. O ataque japonês a Pearl Harbor e a conse-
quente guerra entre americanos e japoneses 
no Pacífico foi resultado de um processo de 
desgaste das relações entre ambos. Depois 
de 1934, os japoneses passaram a falar mais 
desinibidamente da “Esfera de coprosperi-
dade da Grande Ásia Oriental”, considerada 
como a “Doutrina Monroe Japonesa”.
A expansão japonesa havia começado em 
1895, quando venceu a China, impôs-lhe o 
Tratado de Shimonoseki passando a exercer 
tutela sobre a Corea. Definida sua área de 
projeção, o Japão passou a ter atritos cons-
tantes com a China e a Rússia. A área de atri-
to passou a incluir os Estados Unidos quan-
do os japoneses ocuparam a Manchúria, em 
1931, e a seguir, a China, em 1937. 
REIS FILHO, D. A. (Org.). 
O século XX, o tempo das crises. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
Sobre a expansão japonesa, infere-se que: 
a) o Japão tinha uma política expansionista, 
na Ásia, de natureza bélica, diferente da 
doutrina Monroe.b) o Japão buscou promover a prosperidade da 
Coreia, tutelando-a à semelhança do que os 
EUA faziam. 
c) o povo japonês propôs cooperação aos Esta-
dos Unidos ao copiarem a Doutrina Monroe e 
proporem o desenvolvimento da Ásia. 
d) a China aliou-se à Rússia contra o Japão, 
sendo que a doutrina Monroe previa a parce-
ria entre os dois. 
e) a Manchúria era território norte-americano e 
foi ocupado pelo Japão, originando a guerra 
entre os dois países. 
gAbArIto
E.O. Teste I
1. B 2. D 3. C 4. B 5. B
6. D 7. C 8. E 9. D 10. D
E.O. Teste II 
1. E 2. A 3. D 4. B 5. C
6. D 7. B 8. E 9. C 10. A
E.O. Teste III
1. D 2. E 3. B 4. E 5. A
E.O. Dissertativo
 1. 
a) O expansionismo japonês nas décadas de 
1930 e 1940 associa-se às demandas ge-
radas pela moderrnização e o crescimen-
to industrial, o militarismo do governo 
japonês que procurava criar uma grande 
área de influência no Pacífico e os proble-
mas gerados pela crise de 1929. 
b) Poderíamos apontar a posição ocupada 
por países como o Vietnã, Camboja e Laos 
que, de modo geral, associam-se ao mo-
delo de plataformas de exportação. A de-
nominado sistema caracteriza-se por uma 
industrialização majoritária no setor de 
bens de consumo com ofertas de mão de 
obra barata, incentivos fiscais, leis am-
bientais flexíveis e localização estratégi-
ca. A produção em grande medida atende 
a demanda do mercado externo. 
 2. Dentre as repercussões do Holocausto após a 
Segunda Guerra Mundial podemos apontar a 
criminalização internacional do Nazismo,o 
horror da sociedade civil diante das 
31
turnos de trabalho em face das necessidades 
de guerra, maior emprego da mão de obra 
feminina na indústria fabril e na indústria 
bélica, necessidade de ampliar o emprego da 
mão de obra feminina como parte do esforço 
de guerra e diminuição do contingente de 
mão de obra masculina disponível em função 
do recrutamento militar. 
 7. 
a) A partir da leitura do texto, o candida-
to poderia mencionar a importância dos 
personagens de Walt Disney para: glori-
ficar o estilo de vida americano, fazer a 
propaganda da Política de Boa Vizinhan-
ça e defender o livre mercado como uma 
forma de combater o nacionalismo, o fas-
cismo e o comunismo. 
b) O governo Vargas tentou manter uma po-
lítica de neutralidade até 1942, quando 
o Brasil entrou na guerra contra o Eixo, 
após navios brasileiros terem sido torpe-
deados por submarinos alemães. Além de 
enviar tropas da FEB para combaterem na 
Europa, o governo Vargas também cedeu 
bases militares localizadas no Nordeste 
para uso dos aliados.
 8. 
a) Dentre as razões para a escolha do Japão 
como alvo das bombas atômicas dos Esta-
dos Unidos, ao final da Segunda Guerra 
Mundial, pode-se destacar a intenção dos 
Estados Unidos de enfraquecer seu prin-
cipal opositor na frente do Pacífico, fa-
zer prevalecer seus interesses na região e 
abreviar o fim do conflito. 
b) Podemos apontar como desdobramento 
do lançamento das bombas atômicas ao 
final da Segunda Guerra Mundial a di-
mensão do potencial bélico dos países 
que detinham a tecnologia de fabricação 
da bomba e o caráter ideológico da Guer-
ra Fria entre Estados Unidos e União So-
viética, já que, um conflito direto entre 
os dois países poderia levar à eliminação 
da humanidade. 
 9. O destino reservado aos judeus, segundo 
o autor, em uma Europa Alemã seria o ex-
termínio devido as políticas racistas e antis-
semitas do Estado nazista. O princípio que 
procurava legitimar esse destino dado aos 
judeus era o da superioridade de raça alemã 
e a necessidade de eliminar as raças degene-
radas, como era o caso dos judeus, os ditos 
responsáveis pela crise econômica alemã dos 
anos 20. 
 10. 
a) Alguns argumentos utilizados pelo gover-
no dos Estados Unidos foram o de que era 
preciso empregar todos os recursos mili-
tares disponíveis para garantir a rendição 
consequências da guerra, a criação do Estado 
de Israel em 1947 e a Declaração Universal dos 
Direitos do Homem pela ONU. A importância 
de centros de memória como o de Mauthau-
sen associam-se a necessidade de preservar 
a lembrança histórica desses acontecimentos 
trágicos em relação às futuras gerações e para 
o impedimento de que novas tragédias como 
essa ocorram, além do conhecimento sobre a 
sociedade europeia do século XX e as crenças 
e ideologias que circulavam nesse período. 
 3. 
a) Dentre as semelhanças podemos destacar 
que as duas imagens tratam da questão 
da liberdade/libertação, procuram por 
meio de um cartaz passar uma mensagem 
à população e fazem referência ao milita-
rismo. Como diferenças é possível desta-
car que um é uma montagem fotográfica 
enquanto o outro é uma caricatura e um 
alude à “mãe-Rússia” enquanto o outro 
ridiculariza os símbolos nacionais. 
b) Em termos políticos os dois países viviam 
sob a vigência de um regime autoritário 
(stalinismo e nazismo) e em termos mili-
tares é possível apontar que, envolvidos na 
Segunda Guerra Mundial, os russos avança-
vam pelo Leste Europeu e os alemães come-
çavam a sofrer derrotas em várias frentes. 
 4. O personagem foi criado durante a Segun-
da Guerra Mundial. Entre os anos de 1941 e 
1942 o Estados Unidos passaram a intervir 
diretamente no conflito ao lado dos países 
Aliados, assim como estabeleceu uma apro-
ximação com países da América Latina, pro-
curando obter apoio e manter o controle he-
gemônico do Oceano Atlântico nessa região. 
 5. 
a) O menino porta uma estrela de Davi nas 
costas pelo fato de ser judeu. Nas áreas 
de domínio nazista essa estrela represen-
tava uma forma de controle e discrimina-
ção dos adeptos dessa religião. 
b) Durante a Segunda Guerra Mundial e o con-
trole de vastas regiões na Europa Oriental 
pelos nazistas, milhares de judeus dessas 
áreas eram confinados em guetos cerca-
dos e vigiados por tropas alemãs. Nesses 
guetos, os judeus se amontoavam devido a 
superlotação de muitos deles e realizavam 
trabalhos forçados. Na medida em que os 
alemães sofriam derrotas militares em di-
ferentes frentes, procuraram eliminar a 
população dos guetos pondo em prática o 
plano da “solução final”. Por conta dessa 
política, milhões de judeus foram mortos 
durante a Segunda Guerra Mundial. 
 6. Podemos apontar como repercussões da 
Segunda Guerra Mundial para o mundo do 
trabalho nos Estados Unidos a ampliação dos 
32
japonesa e abreviar o fim conflito bélico, 
poupar vidas de soldados estaduniden-
ses, intimidar o inimigo e aos demais 
Estados por meio da demonstração do po-
der destrutivo da nova arma, de que não 
se deveria depender do apoio militar da 
União Soviética para derrotar o Japão.
b) O fato de as forças aliadas, às vésperas 
das duas explosões, encontrarem-se em 
esmagadora vantagem militar sobre as 
tropas japonesas na Ásia oriental. 
E.O. Enem
1. B 2. A
Guerra Fria
Aulas 49 e 50
35
Em 1946, os Estados Unidos executaram a chamada Operação Crossroads, que consistiu em testes nucleares 
no atol de Bikini, na Micronésia. Se de um lado ela fez ferver os ânimos do mundo em plena Guerra Fria, 
também rendeu fotografias belíssimas e até influenciou a moda.
Introdução
Com o término da Segunda Guerra Mundial, a Europa ocidental perdeu o poder hegemônico sobre as relações 
internacionais. Sua política imperialista entrou em decadência e o mundo foi submetido a uma nova ordem mundial 
baseada na expansão e na disputa pela hegemonia econômica, militar e política das novas superpotências: Estados 
Unidos e União Soviética, chamada Guerra Fria. Contudo, esse novo modelo de relacionamento internacional se di-
ferenciava dos anteriores, porque o embate não se dava somente por controle de territórios e riqueza, mas também 
pela confrontação ideológica entre capitalismo e socialismo, acrescida por uma monstruosa construção de arsenais 
nucleares que colocaria em risco a existência da humanidade.
Os Estados Unidos tornaram-se o Estado líder do capitalismo. Por intermédio de uma eficaz política externa, 
interferiram

Continue navegando