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CRRO - (adicional de transferência; rescisão indireta; insalubridade; HE; limitação dos pedidos)

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Flavio Galdino
	André Furquim Werneck
	Jordano Fernandes
	Monica Franco
	Daniel Araujo
	Sergio Coelho
	Isadora Almeida
	Roberta Maffei
	Victória de Azevedo
	Bruna Fortunato
	Rafael Pimenta
	Pablo Cerdeira
	Tomás Martins Costa
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	Isabela Rampini
	Sávio Capra
	Ana Paula Barbato
	Gabriel Fernandes Dutra
A
	Marcelo Atherino
	Luciana Machado
	Isabella Costa
	Jorge Luis Costa
	Ana Elisa Silva Correa
	Marta Alves
	Vanessa F. F. Rodrigues
	Raianne Ramos
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	Ana Beatriz Carmello
	
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	Felipe Perretti
	Bettina Wermelinger
	
	Pedro Murgel
	Ivana Harter
	Yuri Athayde
	Lucas Amaral
	
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	Beatriz Capanema
	Adelaide Porfirio
	Thiago Merhy
	
	Felipe Brandão 
	Luan Gomes
	Lucas Ferreira
	Gabriela Bellido
	
	Adrianna Chambô Eiger
	Claudia Tiemi Ferreira
	Leonardo Mattia
	Gabriela Burmeister
	
	Mauro Teixeira de Faria 
	Bruno Duarte
	Isabela Augusta Xavier
	Fernanda Drugowich
	
	Wallace Corbo
	Fernanda David
	Letícia Campanelli
	Gabrielle Mussauer
	
EXMO SR. DR. JUIZ DA 3ª VARA DO TRABALHO DE CANOAS – 4ª REGIÃO
RO nº 0020089-49.2021.5.04.0203
CONSTRUTORA TENDA S/A., já qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move TIAGO SILVA DE JESUS, vem, perante esta Vara do Trabalho, apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO de id 45731c9, interposto pelo Autor, pelas razões anexas, cuja juntada requer.
Requer a remessa do presente ao Tribunal competente, bem como que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente na pessoa da advogada MARTA CRISTINA DE FARIA ALVES, inscrita na OAB/RJ sob o nº 150.162, com escritório à Rua João Lira, nº. 144, Leblon, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22.430-210, sob pena de nulidade.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 08 de setembro de 2022
MARTA ALVES
OAB/RJ 150.162
REGINALDO SILVA
OAB/SP 481.863
CONTRARRAZÕES DA RECORRIDA
				CONSTRUTORA TENDA S/A
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Nobres Julgadores,
TEMPESTIVIDADE DAS CONTRARRAZÕES
1. A Recorrida tomou ciência da intimação para apresentação de contrarrazões ao recurso ordinário por meio de publicação ocorrida no dia 26/08/2022. Assim, o prazo para apresentação das contrarrazões teve início em 29/08/2022, com término no dia 08/09/2022.
2. Assim, plenamente tempestivas as presentes contrarrazões.
RESUMO DOS FATOS
3. Pretendeu o Reclamante, por meio da presente reclamação trabalhista, obter: (i) declaração de responsabilidade solidária e, subsidiária, em pedido sucessivo; (ii) rescisão indireta do contrato de trabalho; (iii) horas extras; (iv) intervalo intrajornada; (v) adicional de insalubridade; (vi) adicional de transferência; (vii) integração repouso semanal remunerado; (viii) diferença de recolhimento de FGTS e multa fundiária de 40%; (ix) desconto indevido; (x) pagamento de cesta básica ou vale alimentação; (xi) gratuidade da justiça e (xii) honorários advocatícios.
4. A Reclamada, ora Recorrida, por sua vez, apresentou contestação, sustentando, em síntese, o total descabimento do pleito autoral.
5. O douto julgador a quo julgou procedentes em parte os pedidos formulados pela parte autora em face da ora Recorrida. 
DO MÉRITO
DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
6. Insurge-se a parte autora ante o indeferimento do adicional de transferência pretendido. 
7. Não lhe assiste razão, contudo.
8. Isso porque, no caso em tela, não restou comprovado que a sua contratação tenha se dado em localidade diversa daquela onde laborou, com transferência posterior, eis que a alteração de endereço ocorrera antes da contratação. 
9. Neste sentido é a r. sentença (id 18e1c7e):
“A situação descrita na inicial nem mesmo em tese poderia ser caracterizada como transferência, eis que esta pressupõe o fato de o empregado iniciar a prestação de serviços em uma localidade, sendo esta posteriormente alterada no decorrer do contrato de trabalho, importando mudança de endereço do trabalhador.
No caso em tela, o reclamante sempre prestou serviços em Canoas, sendo que a alteração do seu endereço ocorreu em período pré-contratual. Ademais, para que seja reconhecido o direito ao adicional de transferência previsto no art. 469, § 3º, da CLT, impõe-se a observância dos requisitos disciplinados no aludido dispositivo, quais sejam: transferência para local diverso daquele onde foi celebrado o contrato de emprego, a qual deve ser provisória e acarretar necessariamente a mudança de domicílio. Na situação em exame, embora tenha restado comprovada, a partir da prova testemunhal, que a contratação se deu em local diverso daquele da prestação dos serviços, descabe o pagamento do referido adicional, cuja aplicabilidade, conforme mencionado, se restringe às situações de transferência provisória. Por conseguinte, julgo improcedente o pedido de pagamento do adicional em questão. Destaco que não há pedido de ressarcimento pelas despesas havidas pelo autor com moradia.”
10. Ademais, vejamos que os depoimentos das testemunhas também afastam a hipótese de que o Recorrente tenha sido contratado em localidade diversa e transferido em seguida para Canoas-RS. Senão vejamos:
“A testemunha BRAIAN DE SOUZA FRANÇA trabalha na primeira reclamada desde 2019 como engenheiro civil, laborou com o autor na obra Jardim Parque Canoas; não sabendo o motivo do desligamento do autor; a empresa não se comprometia a custear a moradia dos empregados porque é contratado pessoal da região; não tem conhecimento de que a empresa custeou passagens de empregados; os empregados são contratados na região.”
11. De toda sorte, o Recorrente não se desincumbiu do ônus probatório que lhe cabia em relação às suas alegações, por força do art. 818, I da CLT, eis que não produziu provas aptas a comprovar que cumpria os requisitos para recebimento do referido adicional. 
12. Não merece provimento o apelo autoral, portanto.
DA RESCISÃO INDIRETA
13. Pretende a parte autora, em seu recurso ordinário, a conversão do pedido de demissão em rescisão indireta.
14. No entanto, é incontroverso que INEXISTIU vício de vontade em seu pedido de demissão, consoante carta redigida de próprio punho pelo Recorrente, acostada sob id 84a9f30.
15. Veja-se que, em depoimento pessoal, quando indagado se “pediu demissão em razão dessas questões a que o senhor se refere, que não foi pago, digamos assim, o que foi acertado no início do contrato”, o Recorrente responde que “sim” (MINUTO 06:30), restando inequívoca a CONFISSÃO quanto à sua iniciativa de pedir demissão, ratificando, assim, o conteúdo da carta de dispensa acima mencionada. 
16. Diante da confissão, aplica-se a regra do artigo 389, do CPC, por força do art. 769, da CLT, ressaltando, de toda forma, que desconstituição de documento elaborado pela própria parte que o contesta, apenas pode prevalecer no caso de vícios de consentimentos que, em nenhuma hipótese, se admite a presunção.
17. In casu, carece de comprovação a alegação do Recorrente e, nos termos do art. 818, I, da CLT, não há que se falar em reforma do julgado.
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
18. Pretende o Recorrente a reforma da r. decisão de primeiro grau quanto ao indeferimento do adicional de insalubridade. 
19. Primeiramente, ressalta a Recorrida que a insalubridade alegada fora afastada por meio das constatações obtidas em perícia, conforme laudo de id 6a79ade, ratificadaspelo laudo complementar acostado sob id c3a1be0.
20. Ademais, vejamos que o I. Perito atestou no referido laudo que “o reclamante confirmou o recebimento e uso dos EPIs”, bem como à inexistência de ruídos. 
21. Quanto a agentes químicos, atestou o expert:
“Em que pese o reclamante afirmar que eventualmente realizava o preparo de massa para os pedreiros, o próprio reclamante informou ser a confecção de formas a sua PRINCIPAL atividade, o que, de pronto já afasta a caracterização de insalubridade.
Ademais, a 1ª reclamada informou que utiliza concreto USINADO e que este já vem preparado.” 
22. De toda sorte, não se pode esquecer o teor da Súmula 448, I, do C. TST, vejamos:
“Insalubridade. Adicional de insalubridade. Sanitários. Atividade insalubre. Caracterização. Previsão na Norma Regulamentadora 15 da Portaria do Ministério do Trabalho 3.214/1978. Instalações sanitárias. 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.”
23. Como se sabe, a manipulação ou contato com cimento NÃO SÃO CLASSIFICADOS NO ANEXO 13, DA NR 15 (Portaria 3.214/78), não sendo possível, portanto, considerar a atividade do Autor como insalubre.
24. Em dissonância com a conclusão pericial, a previsão constante na referida NR se limita a classificar como insalubre, e em grau mínimo, a fabricação e transporte de cal e cimento. Incontroverso que não se trata do caso em comento.
25. Isto posto, e considerando que o agente insalubre em questão era neutralizado por meio do uso de EPIs, conforme acima se demonstrou, não há que se reformar a r. sentença quanto ao pretendido adicional de insalubridade. 
26. Outrossim, observemos que o Recorrente aduz em seu apelo não ter tido seus quesitos complementares respondidos pelo expert, bem como não haverem sido apreciadas as fotografias acostadas por ele aos autos. 
27. Compulsando os autos, no entanto, nota-se que a parte autora não se insurgiu contra a omissão do laudo quanto aos seus quesitos no momento oportuno, qual seja, na impugnação apresentada sob id 4cd071d. Destaque-se, inclusive, que o Recorrente apresentou quesitos complementares na referida manifestação, os quais foram devidamente respondidos no laudo pericial complementar (id c3a1be0).
28. Desse modo, resta inequivocamente precluso o direito de manifestação da parte autora sobre a ausência de resposta aos quesitos, não cabendo a discussão sobre este ponto em sede recursal.
29. Igualmente, não assiste razão à insurgência do Recorrente quanto à não apreciação das fotografias acostadas, em que supostamente se comprovou o contato com agentes insalubres. 
30. Veja-se que não se trata de fato novo, sendo certo que tais documentos, por força do princípio da concentração, deveriam ter sido apresentados quando da propositura da ação e não de forma aleatória no curso do processo. Inviável, portanto, a sua valoração em sede recursal como meios de prova. 
31. Desse modo, deve ser mantida a r. sentença quanto ao pleito em análise.
DAS HORAS EXTRAS
32. Pleiteia o Recorrente a reforma da r. sentença no que tange às horas extras. 
33. Veja-se, no entanto, que tal ponto foi superado por meio da prova documental, na forma dos cartões de ponto carreados aos autos (ids bdbc4c0, ee954a1 e ac07f0a), os quais foram devidamente assinados pela parte autora. 
34. Ademais, note-se que os depoimentos do Recorrente e das testemunhas ouvidas a seu pedido foram conflitantes entre si no que tange à jornada de trabalho. 
35. Vejamos: 
“Em depoimento, afirma o autor que os registros de ponto não correspondem à jornada efetivamente realizada; entrava às 07h e saía entre 19h e 19h30min, inclusive às sextas-feiras; o intervalo intrajornada era de 15/20minutos; era difícil fazer intervalo de uma hora, o que ocorreu em cerca de 15/20 ocasiões ao longo de todo o contrato; a concretagem ocorria todos os dias; o pessoal que participava da concretagem tinha que retornar ao serviço antes que completassem uma hora de intervalo; não havia substitutos para o autor fazer o intervalo
A testemunha ZENILTON FREIRE SILVA afirmou que trabalhou com o reclamante na obra do Parque Canoas e depois foi transferido para o Alto Protásio, em Porto Alegre; não podiam registrar o horário realizado e não poderia haver horários “iguais”; era possível registrar a jornada extraordinária, mas as horas extras pagas não correspondiam à integralidade daquelas que foram laboradas; que o intervalo variava, sendo, em média de 30 a 50 minutos; às sextas-feiras saiam às 16h /17h, mas variava; uma ou duas vezes saíam às 17h; trabalhavam todos os sábados, das 07h às 16h.
A testemunha FRANCO ITAMAR SILVA MOREIRA afirmou que a jornada era das 07h às 19h30min de segundas às quintas-feiras, até 18h30min às sextas-feiras e até as 19h30min aos sábados; às vezes eram pagas horas extras; quando não tinha concretagem o intervalo era de 40/50min, o que ocorria cerca de três vezes por semana; nem sempre era possível registrar corretamente o horário; o registro era a mão quando a máquina estava quebrada; era para registrar a jornada contratual quinzenalmente; havia muita reclamação acerca das horas extras; de segundas às sextas-feiras excediam a jornada normal. (fls. 18e1c7e).”
36. É certo que o ônus de comprovar as alegadas horas extras competia à parte autora, que dele não se desincumbiu, consoante o acima exposto, de modo que eventual provimento do apelo em questão consistiria em patente violação ao art. 818, I da CLT.
37. Não há que se falar, portanto, em diferenças a título de horas extras, razão pela qual não merece provimento o apelo autoral.
DA LIMITAÇÃO DOS PEDIDOS DA INICIAL
38. Insurge-se o Recorrente acerca da limitação dos pedidos com base naqueles indicados na petição inicial. 
39. Entretanto, intocável a r. sentença neste aspecto.  Afinal, os títulos deferidos, quando apurados, devem ser limitados aos valores indicados na exordial, em razão dos ditames contidos nos artigos 141 e 492 do Código de Processo Civil. 
40. Ademais, o art. 840 da CLT determina que o pedido da inicial seja certo e determinado, não cabendo a alegação de “estimativa”, sob pena de decisão ultra petita: 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
 
§ 1o Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
41. Inclusive, o artigo 8º, § 2º da CLT veda expressamente a criação de obrigações não previstas em lei por meio de enunciados de jurisprudência: 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. 
 
§ 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. 
40. Cumpre ainda trazer a discussão, a recente decisão do C. TST acerca da matéria: 
I - AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. LIMITAÇÃO DOS VALORES A SEREM APURADOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ÀS QUANTIAS INDICADAS NA PETIÇÃO INICIAL DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. Hipótese em que o Tribunal Regional determinou que os valores objeto da condenação devem ser apurados em liquidação por cálculos, não sujeitos à limitação dos valores constantes da inicial. Visandoprevenir possível violação dos artigos 141 e 492 do CPC/2015, impõe-se o provimento do agravo. Agravo provido. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. LIMITAÇÃO DOS VALORES A SEREM APURADOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ÀS QUANTIAS INDICADAS NA PETIÇÃO INICIAL DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.  Hipótese em que o Tribunal Regional determinou que os valores objeto da condenação devem ser apurados em liquidação por cálculos, não sujeitos à limitação dos valores constantes da inicial. Visando prevenir possível violação dos artigos 141 e 492 do CPC/2015, impõe-se o provimento do agravo de instrumento. Agravo de instrumento provido. III - RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. LIMITAÇÃO DOS VALORES A SEREM APURADOS EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ÀS QUANTIAS INDICADAS NA PETIÇÃO INICIAL DA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. O Tribunal Regional afastou o pleito de limitação da condenação aos valores do pedido, sob o fundamento de que "o valor dos pedidos pode ser fixado com base na estimativa das parcelas pleiteadas, o que é feito não apenas nas ações sujeitas ao rito sumaríssimo, mas, também, nas de rito sumário (Lei nº 5.584/70, art. 2º, § 2º) e naquelas sujeitas ao procedimento ordinário da CLT". Consignou que "De fato, somente depois de feita a estimativa do valor pleiteado é que se conhecerá o montante do pedido, o que determinará o rito a ser seguido. Determinou, assim, que os valores objeto da condenação devem ser apurados em liquidação por cálculos, não sujeitos à limitação dos valores constantes da inicial. Ocorre que o entendimento desta Corte é no sentido de que, havendo pedido líquido e certo na petição inicial, a condenação limita-se ao quantum especificado, sob pena de violação dos arts. 141 e 492 do CPC/15 (128 e 460 do CPC/73). Julgados. Recurso de revista conhecido e provido. (TST – RR: 121318320165180013, Relator: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 01/10/2019, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/10/2019) 
41. Nesse sentido, deve ser mantida a delimitação da r. sentença, para seja somente atualizado na fase de liquidação, sob pena de violação expressa ao artigo 5º II e LIV, da CF/88.  
42. Requer seja negado provimento ao apelo autoral.
 
CONCLUSÃO
43. Ante o exposto, requer a ora Recorrida seja negado provimento ao recurso ordinário do Autor.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 08 de setembro de 2022
MARTA ALVES
OAB/RJ 150.162
REGINALDO SILVA
OAB/SP 481.863
Rio de Janeiro – Sede			Rio de Janeiro 			São Paulo		
Rua João Lira, 144			Av. Rio Branco, 138 – 10º andar		Av. Brigadeiro Faria Lima, 3900 / 11º andar / Conjunto 1102
22430-210 / Leblon			20040-002 / Centro			04538-132 / Itaim Bibi
Rio de Janeiro / RJ			Rio de Janeiro / RJ			São Paulo / SP
Tel.: + 55 21 3195-0240			Tel.: + 55 21 3195-0240			Tel.: + 55 11 3041-1500
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