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DOENÇAS VALVARES ADQUIRIDAS Doença Cardíaca - Aterosclerótica - Valvares adquiridas - Insuficiência Cardíaca - Cardiopatia congênita - Doenças ritmo cardíaco - Doenças dos grandes vasos O coração tem um funcionamento como uma bomba. Um paciente com um coração batendo 70x/min, gera em torno de 7.500 L em 24horas nessa frequência de 70 bpm. Com o funcionamento do coração associado ao abrir e fechar das valvas, temos dois sons que denominamos de TUM e TÁ que corresponde a abertura e fechamento das valvas cardíacas. O primeiro TUM corresponde a valva semilunar fechando e o TÁ é o fechamento da valva aórtica e pulmonar. Não existe desdobramento de primeira bulha (que corresponde as valvas atrio ventriculares). O desdobramento de segunda bulha ocorre quando existe um fluxo aumentado para o lado direito, consequentemente o esvaziamento do VD fica mais demorado, então a valva pulmonar acaba tendo um fechamento retardado em relação as outras valvas (demora um pouco mais para fechar) FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR Ciclo Cardíaco 1. Abertura valva atrioventricular (Valva tricúspide / Mitral – corresponde ao TUM ) 2. Enchimento ventricular rápido 3. Enchimento ventricular lento – representa o final da diástole 4. Contração atrial – contribui para o enchimento do ventrículo. Essa fase é muito importante para os pacientes que tem miocardiopatia dilatada, insuficiência cardíaca. Quando ocorre a perda essa contração atrial, por exemplo, em casos de fibrilação atrial, a fração de ejeção ventricular fica prejudicada porque o volume que chega até os ventrículos fica diminuído, consequentemente ele bombeia menos. 5. Fechamento valva atrioventricular (Aórtica /Pulmonar – corresponde ao TÁ) 6. Contração isovolumétrica 7. Abertura valvas semilunares (AO/PU) 8. Ejeção ventricular rápida - 9. Ejeção ventricular lenta 10. Fechamento valvas semilunares 11. Dilatação isovolumétrica da aorta Foi descoberto então, que a contratilidade do coração apresenta uma contração diferente, denominada contração helicoidal, ou seja, o ventrículo esquerdo roda sobre o septo do ventrículo direito. (Ele praticamente se torce como uma toalha) VOLEMIA - Corresponde a 8% do peso corporal. A distribuição de todo esse sangue, encontra-se nessa sequência: - 75% nas veias - 20% artérias - 5% capilares - Ou seja, o sistema venoso é um grande reservatório de sangue em nosso organismo no qual, muito das drogas que tem como função melhorar a contração do ventrículo ou Temos aqui as curvas de pressões que acontecem dentro, tanto da aorta quanto dos ventrículos Nó dicrótico (e) – corresponde ao fechamento da valva aórtica. Ou seja, depois que fecha a valva aórtica, ela que estava expandida sofre uma contração então faz esse leve pico e descende novamente diminuir ou retardar a pós carga com os vasos dilatadores, atuam nesses valores de distribuição corporal - Débito Cardíaco = Frequência Cardíaca x Volume Sistólico DC = FC x VS Volume sistólico, temos dois conceitos importantes Pré carga: Corresponde ao volume de sangue que tem circulando nas veias - Na pré carga, importa nós sabermos: - Como está o retorno venoso - Depende da quantidade de sangue - Depende do tônus muscular periférico – porque quando andamos por exemplo, o musculo ao contrair, favorece o retorno venoso. Logo, indivíduos que são paraplégicos, tem um retorno venoso prejudicado Pós Carga: Corresponde ao volume que sai Sempre o fluxo que entra no coração, é o mesmo que vai para o pulmão e retorna para a aorta ( é uma relação chamado QS-QT – o qual nas cardiopatias congênitas é calculado) Por exemplo, quando o paciente tem uma CIV, é calculado o volume de sangue que vai para o pulmão vai estar aumentado e os médicos calculam esse volume aumentado. Com base nesse numero que os cirurgiões fazem uma indicação cirúrgica. - Em relação a pós carga, temos que entender sobre: - Resistência vascular periférica – se o sistema arterial esta fechado, por algum motivo, seja por vasoconstrição ou por medicamento ou por um choque compensatório, a pós carga vai interferir diretamente no debito cardíaco. - Resistência vascular da aorta valvar – se a aorta tiver uma estenose por exemplo, uma calcificação, temos uma complicação da pós carga. - Complacência da aorta – vai diminuindo com o passar da idade, vai ficando cada vez mais rígida, consequentemente, a pós carga fica prejudicada Nessas duas imagens podemos ver as valvas semilunares. Estenose mitral - Podemos observar que o folheto anterior é maior que o folheto posterior - Quando tem estenose mitral temos um fluxo bem limitado/dificultado que gera repercussões para o paciente É uma doença que faz com que a abertura da valva miral fique diminuída - 50% são por causas reumáticas – em consequência do Streptococo Beta Hemolitico - 3 mulheres x 1 homem - Sindrome carcinoide - Doenca de wipple - Artrite reumatoide - Deformidades congênitas - Degeneração senil – acontece após os 70 anos - A valva mitral não é só composta dos folhetos anterior e posterior, temos também um conjunto chamado de conjunto oro valvar, que são: Cordas tendineas, musculo papilar antero medial, m. Papilar, antero lateral, os quais estão fixos dentro do ventrículo esquerdo através dos músculos papilares. Quando ocorre a contração, o ventrículo relaxa e a válvula abre. Quando existe a contração, esses músculos se aproximam, liberam essas cordinhas e a válvula se fecha. Nessa imagem podemos observar no coração representado do lado direito, a dificuldade do sangue de passar do atrio para o ventrículo quando comparado com o coração do lado esquerdo. - A área valvar mitral normal é de 4 – 6 cm2 - Estenose mitral leve ! 1,5 – 2,5 cm2 - Gradiente de pressão médio = 5-10 mmHg - Estenose mitral moderada ! 1,0 – 1,5cm2 - " Gradiente de pressão médio = 10 -15mmHg - " Nesse estagio o paciente já apresenta sintomas porque o esvaziamento do átrio esquerdo se faz com dificuldade. Há um represamento de sangue no pulmão que causa então o sintoma principal da estenose mitral que é a dispneia aos pequenos e médios esforços - Estenose mitral severa " < 1,0 cm2 - " Gradiente de pressão médio > 15 mmHg. - " É nesse estágio que ocorre a maior parte dos tratamentos cirúrgicos com a utilização da hemodinâmica FISIOPATOLOGIA Estenose mitral que leva a um aumento do AE, que leva a um aumento da hipertensão veno- capilar pulmonar que consequentemente temos uma hipertensão arterial pulmonar( porque o VD tem que fazer força, tem um volume que esta dentro da área pulmonar que acaba levando então a um quadro de hipertensão arterial pulmonar.) Essa situação se segue, transmitindo essa pressão para o VD que tem que fazer um esforço, com isso há o aumento do AD e consequentemente uma insuficiência tricúspide, porque o volume que teria que ser drenado para o VE acaba retornando, com isso aumenta a pressão do VD, a válvula aguenta até um certo ponto esse aumento de pressão e posteriormente ela entra em insuficiência tricúspide gerando congestão hepática e congestão em membros inferiores com edema. RX hipertensão da artéria pulmonar Os capilares estão bem expessados, essa válvula esta retendo sangue no pulmão gerando esse padrão de congestão pulmonar Aqui estamos vendo a estenose mitral, em corte sagital. Então a válvula se funde seus ângulos antero – posterior e antero – lateral, a abertura da valva fica comprometida. Aqui podemos ver uma hipertensao da arteria pulmonar, uma congestao veno pulmonar (podemos ver os capilares bem expressados, parecendo que existe um hiperfluxo, mas, na verdade, o que está acontecendo, é que essa valvula está retendo sangue no pulmão e isso causa então esse padrão de congestao pulmonar. Rx 2 – podemos ver uma congestão pulmonar muito aumentada LinhasB de kerly ; congestão pulmonar bem aumentada Compressão esofágica secundária à dilatação arterial esquerda Nessa foto podemos ver a compressão esofágica secundária à dilatação atrial esquerda Na estenose mitral, temos uma avaliacao por RX que podemos identificar o aumento do tronco da arteria pulmonar, e quando fazemos um contrastae no esofago, podemos observar um desvio do esôfago feito pelo átrio esquerdo. Então muitas vezes quando o paciente tem estenose mitral que evolui para fibrilacao atrial, para se tomar algumas decisoes de procedimentos não invasivos ou invasivos, precisamos saber se o paciente apresenta trombos na auriculeta esquerda que é uma das coisas que mais da problema de acidente vascular cerebral. REFLUXO VALVAR MITRAL - Ao contrario da estenose mitral - Nesse caso existe uma falha na coarctação da valva mitral, consequentemente, uma parte do sangue bombeado vai para a aorta e outra reparte retorna para o VE - Outro tipo de doença que causa dispneia RX – vemos um refluxo mitral em uma fase aguda AGUDO CRÔNICO Agudo – podemos ver um refluxo mitral em uma fase aguda por ruptura do folheto mitral pós um infarto ou uma ruptura de cordoalhas que causa uma insuficiencia mitral e consequentemente, como o pulmao nao esta adaptado para isso, ele entra em uma congestao importante e o paciente tem que ser intubado, pois é um edema agudo de pulmão grave. No crônico- ocorre uma adaptação, o coração vai dilatando, tanto o ventriculo quanto o atrio direito, TRATAMENTO DA ESTENOSE MITRAL - É um procedimento não invasivo que é a: - Valvoplastia mitral por balão - Comissurotomia mitral - Temos um implante de próteses artificiais que podem ser biológicas ou metálicas VALVOTOMIA MITRAL PERCUTÂNEA INDICAÇÕES - Paciente sintomático - Área valvar mitral < ou igual 1,5 cm2 - Ausência de trombo em AE (ETE - ecotransesofágico) - Insuficiência mitral < ou igual ++ - tem que ser mínima - Escore ecocardiográfico ( < 8 pontos – ideal) - Sem comprometimento valvar aórtico ou coronário que necessite de cirurgia Obs: não pode ter trombo de AE desde que façamos antes uma anti-coagulação por 3 meses e repita o ecotransesofágico. CONTRAINDICAÇÕES VALVOTOMIA MITRAL PERCUTANEA O procedimento se resume em um cateterismo que fazemos pela veia, alcança o átrio direito atravessa para o átrio esquerdo e colocamos um balão bem perto da válvula. Começamos a insuflar esse balão, puxamos ele para encostar na valva mitral e insuflamos a parte posterior do balão para abrir as comissuras que estão fundidas. Assim, conseguimos abrir a valva mitral Temos também um duplo balão. Colocamos 2 balões de dilatação usados em casos de implantes de próteses vasculares na aorta. Eles são colocados para dimensionar a dilatação do stent em casos de aneurisma do tipo B Mas não é mais usado TRATAMENTO CIRÚRGICO - Comissurotomia mitral fechada - Comissurotomia mitral aberta - Troca valvar Histórico Natural - Antigamente os médicos usavam os dedos para abrir os folhetos das válvulas - Aqui podemos uma exposicao lateral e podemos observar as veias pulmonares, o atrio esquerdo e o atrio direito. - Fazemos uma canulacao dupla, fechamos a possibilidade da veia cava entrar ar, e entao acessamos o atrio esquerdo por essa regiao e conseguimos identificar o problema da valva fechada - COMISSUROTOMIA - Cirurgicamente vamos em direção as comissuras - Temos que acessar o musculo papilar e fazer uma comissurotomia papilar para deixar móvel o folheto posterior - Então, cirurgicamente, vamos em direção as comissuras, olhando bem as cordas tendineas das valvas, acessamos o musculo papilar e fazemos uma comissurotomia das comissuras e um rasgo no musculo papilar para deixar movel o folheto anterior e posterior. - Podemos fazer um teste no momento operatório injetando soro com pressão e assim conseguimos testar a valva se ela apresenta refluxo mitral INSUFICIÊNCIA MITRAL Etiologia 1- Doença reumática 2- Degeneracção senil 3- Sequela de endocardite infecciosa 4- Prolapso da valva mitral – cordas tendineas um pouco mais alongada. Prolpaso sem refluxo nao tem necessidade de fazer profilaxia " o sinal mais frequente de um prolapso da valva mitral é uma palpitação que é desencadeada devido a um esforço físico " quase 40% das mulheres sempre apresentaram alguns casos de prolapso da valva mitral, que corresponde nada mais do que cordas tendineas um pouco mais alongadas. Então quando fazemos um ECO, podemos visualizar um prolapso do folheto anterior ou posterior e isso não quer dizer que você precisa ser operado a não ser que essas cordas tendineas se rompam, se isso ocorrer, ai tem que fazer intervenção cirúrgica. Dentro das profilaxias de endocardite bacteriana, o prolapso por si só, não tem necessidade de fazer a profilaxia que no caso, sempre é utilizado a AMOXICILINA. O manuseio da gengiva em procedimentos odontologicos, liberam uma grande quantidade de bacteria, se o individuo apresenta refluxo, ele apresenta um fluxo turbulento sobre os folhetos que propicia o individuo a ter endocardite. MAS o PROLAPSO POR SI SÓ NAO TEM NECESSIDADE DE FAZER PROFILAXIA 5- Isquêmica – doença coronária obstrutiva 6- Doenças do colágeno 7- Degeneração mixomatosa Todo procedimento de valvuloplastia mitral pela estenose, sempre colocamos uma anel posterior para fixar o anel posterior para não ocorrer dilatacoes. Então, esse anel mantémo folheto posterior em direção ao folheto anterior como vamos mostrar. INDICAÇÕES CIRÚRGICAS 1- Pacientes em classe funcional III – IV (NYHA) 2- Paciente em classe funcional II (NYHA) com: a) DSVE > ou igual 50 mmhg b) FE entre 50-60% 3- Fibrilação atrial ou HP > ou igual 50 mmHg 4- IM aguda sintomática DSVE – diametro sistolico do ventriculo esquerdo maior que 50 Fracao de ejecao já comecando a diminuir Fibrilacao atrial ou hipertensao pulmonar acima de 50 – porque a fibrilacao atrial é uma referencia que esta tendo uma pressão aumentada do lado esquerdo do coração TRATAMENTO CIRURGICO Insuficiência mitral Reparativo - Plastia mitral Troca valvar Nessa figura temos a representacao do prolapso da valva mitral. Essas cordas tendineas estao mais alongadas sem o refluxo. Quando tem o refluxo, dependendo do grau de refluxo, tem que fazer a valvoplastia mitral É uma das cirurgias que mais se intensifica o tratamento com plásticas figura: podemos ver o folheto anterior maior que o posterior B: quando temos essa doença podemos ver que o folheto maior é o posterior Então, temos essas situacoes em que o folheto posterior não encosta no folheto anterior ANULOPLASTIA - Cercamos as comissuras e acabamos diminuindo o tamanho do diâmetro QUADRANTECTOMIA DE FOLHETO POSTERIOR AUMENTO DO FOLHETO ANTERIOR COM PERICARDIO - quando o folheto posterior não tem uma acesso adequado, podemos fazer uma expansão do folheto posterior mais ainda - avançamos o folheto Como primeira cirurgia temos a ANULOPLASTIA Essa técnica se resume basicamente em cercar as comissuras, ou seja, diminuindo o tamanho da valva mitral. É um procedimento simples quando o paciente é jovem e tem os folhetos sem degeneracao, sem infiltração de cálcio, sem a degeneração mixomatosa e etc. Essa técnica, pegamos aonde está rompido no folheto, retiramos esse pedaço, fechamos a valvula novamente e colocamos um anel posterior logo na sequencia Podemos também, quando o folheto posterior não tem um acesso adequado, podemos fazer a expansão do folheto anterior mais ainda. Então, fazemos uma expansão com pericárdio bovino e posteriormente suturamos esse pericárdio que acaba fazendo um avanço do folheto anterior em encontro com o folhetoposterior. Ou seja, conseguimos fechar a valvula da mesma forma. VALVULOPLASTIA DE ALFIERI Pegamos um teflon e fazemos a valva mitral com dois orifícios como mostrado na figura TABATA Valvuloplastia de tabata ENCURTAMENTO DAS CORDAS TENDINEAS Encurtamento das cordas tendineas que estao aumentadas. Fazemos uma incisao no musculo papilar, laçamos essas cordoalhas e suturamos elas na parede do ventriculo. Os folhetos devem estar completamente normais para fazer isso Essa é uma outra cirurgia a qual pegamos um teflon, e fazemos a valvula mitral ficar com dois ourificios. - Passamos fios no folheto que esta redundante e ajustamos o tamanho da válvula - Nessa outra técnica cirurgica chamada de valvuloplastia de tabata - Passamos no folheto que está redundante, ou seja, não encostamos no folheto anterior, passamos esses fios no folheto posterior e por baixo conseguimos ajustar o tamanho da valvula. CERCLAGEM DO ANEL POSTERIOR COM DESLIZAMENTO DO FOLHETO USO DE ANEIS FLEXIVEIS PARA CERCLAGEM DO ANEL MITRAL Mostrando a sutura das cordoalhas na parede do ventrículo Podemos tambem ter uma cerclagem do anel posterior com deslizamento do folheto, ou seja, desincerimos o folheto, recortamos aonde rompeu e re-incerimos usando essa técnica. Fazemos então uma aplicatura do anel posterior Para não termos novamente uma uma insuficiencia mitral por dilatacao, colocamos esse anel flexivel. Aqui temos varios tipos de aneis que se pode colocar na valva mitral Podem ser usados em video cirurgias assistidas TÉCNICA CIRÚRGICA Ou seja, a presença de trabeculas e cordas tendineas que fazem a sustentacao das valvulas, além de servirem para abrir e fechar as valvulas, servem para fazer um amortecimento do sangue durante a entrada para o ventrículo esquerdo. ESTENOSE AÓRTICA - Temos uma estenose aórtica valvar ( primeira foto da esquerda) - Temos a supra valvar ( foto do meio ) - Temos a sub-valvar (foto da direita) A estenose aórtica tem esse mecanismo de estar junto a valva mitral A abertura dessa valva que geralmente tem três cúspides, pode abrir só 2 folhetos, nesse caso devemos acompanhar esses pacientes para ver se essa valva não vai dilatar. A tecnica cirurgica mudou muito a compreensao. Aqui podemos ver o folheto anterior que foi cortado ao meio e foi passado pontos ancorados e esses pontos jogam o folheto e o musculo papilar correspondente para o anel, dos dois lados, de tal maneira que abrirmos a valvula mitral para caber a valva mitral mais adequada. O mais importante disso, é que não deixamos o ventriculo solitario/ solto. Se retirarmos toda a valvula junto com os musculos papilares, quando o sangue sai do AE e passa para o VE (sem a válvula ali presente), esse sangue encontra um ventriculo sem amortecimento de sangue, então o coração começa a dilatar FISIOPATOLOGIA Existe esse aumento da PD2 do VE porque todo sangue não esvazia. Ou seja, fica retido sangue no VE e isso acaba dando uma regurgitação, aumento da força de contração atrial e muitas vezes estenose aortica com insuficiencia mitral PD2 – pressao diastolica final Então, a angina, é uma angina relativa, pois esse coracao apresenta muita quantidade de massa para o fornecimento da coronaria Estenose de Valvar Aórtica: Etiologias Etiologias - Degenerativa (mais comum em idosos) - Reumatica - Congênita Valva aórtica – área de 2,5 – 4,5 cm2 Leve – área > 1,5cm2 Moderada – área 1,0 a 1,5 cm2 Severa – área < 1,0cm2 História natural - Longo período de estado - Geralmente a área valvar diminui 0,1 a 0,3 cm2/ano - Gradiente sitlico através da valva auemnta 10 a 15 mmHg/ano Nessa figura, podemos ver que existe uma hipertrofia ventricular que gera uma reducao do fluxo por grama de tecido consequentemente esse paciente apresenta uma maior sensibilidade a isquemia Existe uma necessidade das coronarias manterem um fluxo adequado. As vezes o paciente tem uma estenose aortica e o sintoma principal desse paciente pode ser Angina. - Outros pacientes mostram pouca progressa2o ao longo dos anos - Quando os sintomas aparecem (Angina, sincope, dispneia) a sobrevida média é de 2 – 3 anos - Mortalidade - Morte súbita " Pacientes sintomáticos - Então, existe uma historia natural da estenose aortica porque ela apresenta-se com um longo periodo de estase, ou seja, vai diminuindo bem devagar, cerca de 0,1 a 0,3 cm/ano. Assim, o paciente vai se adaptando, o ventriculo desse paciente vai se espessando e esse gradiente sistolico vai aumentando de 10 a 15mmhg por ano - Outros pacientes mostram pouca progressão ao longo dos anos " O paciente apresenta uma estenose aórtica com valva tricuspide aos 30 anos e chega até os 60 anos assintomaticos, pois a a valvula tem um longo periodo de adaptacao. - Logo, quando aparece sintomatologia, o paciente apresenta sobrevida muito baixa - INDICAÇÃO CIRÚRGICA 1- Qualquer sintoma devido à estenose (sincope, angina ou ICC) 2- Assintomáticos com EAo severa e: - Resposta anormal ao teste de esforço – hipotensão - HVE importante ( > ou igual 15 mm) - Disfunção sistólica de VE - Taquicardia ventricular - Área valvar < ou igual 0,6cm2 3- Pacientes com EAo severa ou moderada submetidos a cirurgia de RM Obs: Resposta anormal ao teste de esforco – as vezes o paciente esta fazendo esse teste, e pensa que essa angina dele é o esforço do teste ESTENOSE AÓRTICA - Tratamento cirúrgico - Comissurotomia - Troca valvar: - Prótese com suporte - Prótese sem suporte (stenless) - Auto enxerto pulmonary - Homoenxerto Então, depois do clampear a raiz da aorta, acessamos a raiz da aorta com um corte transversal em direção ao seio não coronariano, comecamos abrir longitudinalmente em direção ao AD que está encostado na cava INSUFICIENCIA VALVAR AÓRTICA Obs: ou seja, o sangue sai pela aorta e volta porque a valvula aórtica é incompetente. - Ocorre basicamente: O sangue sai pela aorta e volta para o VE - Quando temos uma insuficiência da valva aórtica, dobramos o volume de sangue que chega na aorta, consequentemente, podemos ter uma dilatação dessa raiz da aorta ROSS OPERATION TAVI É uma tecnica que serve para o tratamento tanto da estenose quanto da insuficiencia aórtica Sem usar extra-corporea, fazemos, atraves de uma pequena incisao no 5 espaco intercostal, acessamos a ponta do coracao, e passamos a protese. Vai ser mostrado adiante Nessa figura temos mostrando o refluxo valvar aortico, que se junta com o sangue proveniente do AE dando também os sintomas de dispneia • Esses pacientes não tem aquela curva do nó dicrótico • Esses pacientes podem ter sopro diastólico, porque essa dialtacao do VE vai tambem passar para o AE Podemos ver o VE aumentado Quando temos uma insuf aortica, o volume na raiz da aorta é dobrado, consequentemente, pode ter uma dilatação da aorta. Geralmente, em casos mais adiantados, temos uma dilataçao ANOECTÁSICA da aorta, ou seja, está dilatado o anel e a aorta. Quando isso acontece, temos que fazer uma cirurgia e trocar a raiz da aorta e colocar uma prótese dentro que vai ser falado em outra aula Uma cirurgia proposta para essa patologia e que ja foi falado em outra aula, é a ciruriga de ross em que tiramos a valva pulmonar, colocamos no lugar da aorta, reimplantamos as coronarias e nesse local aonde foi retirado, colocamos um homo-enxerto. ETIOLOGIA DA INSUFICENCIA AORTICA - Reumática - Degeneracao senil - Endocardite infecciosa - Dilatação ectasica anulo aórtica - Dissecção arota ascendente - Congenita (bicúspide) - Traumatica - Sindrome de marfan, espondilite anquilosante, artrite reumatoide, ehlers – danlos, Takayasu História natural - Pacientes assintomáticos e FSVE normal: - " Progressãopara sintoma ou disfunção VE = < 6% - " Progressão disfunção VE assintomático = < 3,5 % - " Morte súbita = < 0,2% - Pacientes assintomáticos com disfunção de VE - "Progressão para sintomas cardíacos ! 25% - Pacientes sintomáticos - "Mortalidade > 10% INDICAÇÕES CIRURGICAS 1- Pacientes sintomáticos (Angina/sincope) 2- Pacientes em classe funcional III – IV (NYHA) 3- Pacientes em classe funcional II (NYHA) com aumento dos volumes ventriculares ou diminuição da fração de ejeção: a) DSVE > ou igual 50mm e DDVE > ou igual 70 mmHg b) FE entre 50-60% 4- Qualquer refluxo aórtico agudo significativo Tratamento cirúrgico - Pastia valvar ou troca valvar PRÓTESES VALVARES - Mecânicas - " Vantagem – maior durabilidade - " Desvantagem = necessidade de anticoagulação - Feita de um carvao, chamado de carvao pirulitico, é um carvao que nao tem a possibilidade de, com a movimentacao, de formar atividade eletrica. Pois quando ocorre a movimetnacao, podemos fazer a retirada de eletrons e com isso a valva fica positiva pelo movimento de passagem dos eletrons e então existe a maior possibildiade de coagulação de tanta aderência das hemácias. Logo, utiliza-se esse carvao pirolitico que apresenta baixa capacidade trombo-embólica - Desvantagem – pacientes que colocam valvulas metalicas são obrigados a utilizarem anticoagulantes e o mais indicado é a WARFARINA. - Para a valva aortica, utilizamos valores de até 2,5 até 3,5 - Para a valva mitral utilizamos 3 até 4,5 ou até 5. - Essas valvas metalicas sao colocadas em individuos jovens, com 40 ~ 50 anos, porque a durabilidade delas vai além da vida desses pacientes, pois elas não quebram e nem se calcificam - Os pacientes que fazem anticoagulacao sofrem muito, pois, todo mês eles tem que fazerem um ajuste em sua alimentacao. A Warfarina atua no figado, - Se esses pacientes nao tem muita vitamina k ajustamos entao na dieta. - - Biológicas - " Vantagem = não necessita anticoagulação - " Desvantagem = menor durabilidade - menor durabilidade, principalmente em individuos abaixo de 50 anos, a valva ou calcifica ou se rompe STRESS SUPORTADO PELA VALVA AORTCA DURANTE A SISTOLE VENTRICULAR EM 24 HORAS COM O CORAÇÃO BATENDO 70bpm ! 45 TONELADAS ÍNDICES LINEARIZ ADOS (EV% / PAC-ANO) Aqui é apenas para termos uma ideia que a calcificacao ocorre mais em valvas biologicas e nas valvas metalicas não apresentam nenhuma calcificacao quase. VALVULA DE PERICÁRDIO - Hoje, podemos verificar que as valvas mecanicas que tiveram uma auge durante os anos 80, hoje estao decaindo e as valvas biologicas estao subindo em suas indicacoes porque os pesquisadores descobriram uma substancia protetora dos folhetos. É uma substancia quimica secreta que fazem com que essas valvulas ao inves de durarem 8 anos, normalmente, em um paciente com 50 anos, elas passaram a durar de 15 a 20 anos.
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