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Alteração Unilateral dos Contratos

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Art. 124. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I – unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica a seus objetivos; b) quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
Art. 125. Nas alterações unilaterais a que se refere o inciso I do caput do art. 124 desta Lei, o contratado será obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, acréscimos ou supressões de até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato que se fizerem nas obras, nos serviços ou nas compras, e, no caso de reforma de edifício ou de equipamento, o limite para os acréscimos será de 50% (cinquenta por cento). 
Art. 126. As alterações unilaterais a que se refere o inciso I do caput do art. 124 desta Lei não poderão transfigurar o objeto da contratação.
A Administração Pública pode fazer alterações durante a execução contratual de forma unilateral, vale dizer, independentemente da vontade do contratado. Quando foi celebrado o contrato, o contratado já sabia que isso poderia ocorrer. Porém, a lei colocou limites para as alterações serem feitas. Inicialmente, cabe falar que o contrato administrativo pode ser alterado de forma unilateral ou por acordo e as alterações unilaterais podem ser de ordem qualitativa ou quantitativa.
As modificações impostas (unilaterais) pela Administração referem-se a modificações quantitativas, de modo que o valor final seja, consequentemente, alterado (para mais ou para menos), desde que seja dentro dos limites legais. Mas não é modificar o valor! É modificar a quantidade inicial exigida, de modo que o valor final, por consequência, também seja modificado. 
Modificar apenas o valor, de forma unilateral, não pode ocorrer. Repito: é modificar a quantidade, mas modificando a quantidade, para mais ou para menos, o valor final modificará também, é uma decorrência.
Exemplo: um contrato de valor inicial de R$ 1.000.000,00 de uma obra como a construção de uma rodovia de 100 km pode sofrer modificação unilateral para que o contratado tenha que fazer algo a mais ou a menos. Por exemplo se o contrato era de 100 km, podem exigir que ele faça mais 15 km, em razão de um trecho que não foi previsto inicialmente. Mas o contratado receberá o acréscimo de valor por isso proporcionalmente. Se a modificação chegar até R$ 1.250.000,00 para acréscimos e até R$ 750.000,00 para supressões serão admitidas as modificações unilaterais

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