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B O TÂ N IC A 51www.biologiatotal.com.br RAIZ, CAULE E FOLHA Raiz – morfologia externa Organologia Vegetal é a parte da Botânica que estuda os órgãos de uma planta. Órgãos são estruturas formadas por conjuntos de tecidos que desempenham funções específicas num organismo. Os órgãos vegetais são: raiz, caule e folha. A flor é na verdade um conjunto de órgãos (folhas modificadas) e o fruto por sua vez é resultado da fecundação da flor. A raiz é um órgão vegetativo, geralmente subterrâneo e aclorofilado com geotropismo e hidrotropismo positivo e, fototropismo negativo. Origina-se a partir da radícula do embrião e tem funções de absorção de água e sais minerais, fixação, condução de seivas, além de também armazenar reservas nutritivas em alguns vegetais. As raízes são classificadas de acordo com o ambiente em que se encontram. São aéreas, subterrâneas e aquáticas. Numa raiz, podemos distinguir as seguintes partes: AS REGIÕES DA RAIZ A. COIFA OU CALIPTRA - originada do caliptrogênio (meristema primário), é uma estrutura que protege a ponta da raiz à medida que ela cresce e se aprofunda, evitando um desgaste devido ao atrito com o solo. A coifa é tipicamente encontrada em raízes terrestres, porém em plantas aquáticas, quando presente, é muito desenvolvida. B. ZONA LISA OU DE CRESCIMENTO – localiza-se acima (posição subterminal) da coifa e é subdividida em três partes: meristemática por onde ocorre as divisões celulares; alongamento onde as células aumentam de volume e maturação onde as células iniciam-se a diferenciação em tecidos adultos. C. ZONA PILÍFERA OU DE ABSORÇÃO – é a região responsável em absorver água e sais minerais do solo. Possui inúmeros pelos absorventes de origem epidérmica que, em conjunto, multiplicam mais de cem vezes a área de absorção da raiz. D. ZONA SUBEROSA OU DE RAMIFICAÇÃO – é a parte mais espessa e antiga da raiz. Caracteriza- se pela presença de suberina em suas células, dessa região partem as ramificações da raiz, ou seja, as raízes secundárias, as quais têm uma origem endógena, de uma camada chamada periciclo. Também auxiliam a fixação do vegetal e aumentam a capacidade de absorção. Em cada raiz secundária existem as mesmas regiões já descritas. E. COLO OU COLETO – corresponde à região de transição entre a raiz e o caule. Tem pequenas dimensões e apresenta tecidos de ambos os órgãos. B O TÂ N IC A 52 CLASSIFICAÇÃO DAS RAÍZES RAÍZES SUBTERRÂNEAS São aquelas que se desenvolvem abaixo da superfície do solo. Podem ser: 1. Axial ou Pivotante: são raízes que possuem um eixo principal maior, perpendicular ao solo, do qual partem ramificações de menor porte (radicelas). Encontrada em dicotiledôneas e gimnospermas. Ex.: pinheiro, feijão, couve-flor, café. 2. Fasciculada ou Cabeleira: são sistemas radiculares onde não existe diferenciação entre a raiz principal e as raízes secundárias. Elas surgem de pontos muito próximos, não se aprofundam muito e geralmente pertencem a plantas de estrutura ou porte menor. São características de plantas monocotiledôneas. Ex.: arroz, trigo, mamona, grama, etc. 3. Tuberosa: são raízes que além de desempenharem as funções básicas de raiz, acumulam substâncias de reserva, principalmente o amido. São raízes que se desenvolvem além do normal e podem ser pivotantes ou fasciculadas. Ex.: cenoura, mandioca, beterraba, rabanete, etc. RAÍZES AÉREAS São aquelas que crescem acima do nível do solo. Podem ou não se apoiar na superfície. Grande parte das raízes aéreas são classificadas como adventícias, ou seja, emergem diretamente de caules e não da radícula do embrião. Podem ser: 1. Suportes ou Escoras: partem do caule e auxiliam a sustentação do vegetal não tanto pelo porte, mas pelo tipo de terreno em que estão instaladas. Ex.: plantas de mangue, milho, cana-de-açúcar. 2. Cintura: são raízes que se desenvolvem geralmente sobre árvores ou pedras, sem serem parasitas. São características das epífitas. Ex.: bromélia, orquídea. 3. Estrangulantes: raízes não parasitas que vivem sobre outro vegetal apenas envolvendo-o. Devido ao crescimento em espessura, as raízes estrangulantes vão comprimindo o tronco suporte e acaba por estrangulá-lo. Ex: cipó-mata-pau. 4. Respiratórias ou pneumatóforas: são raízes que apresentam geotropismo negativo e desempenham função de arejamento. Ocorrem em plantas de terreno alagadiço como pântanos, onde o solo se apresenta com baixo teor de oxigênio. Desenvolvem-se a partir de raízes subterrâneas secundárias e apresentam orifícios característicos denominados pneumatódios. Ex.: avicenia 5. Sugadoras ou Haustórios: são características de plantas parasitas. Penetram até o sistema vascular da planta hospedeira da qual retira os nutrientes. Podem ser hemiparasitas (parasita parcial), quando retiram apenas a seiva bruta, como por exemplo a erva-de-passarinho ou holoparasitas (parasita total), quando retiram a seiva elaborada, como o cipó-chumbo. B O TÂ N IC A 53www.biologiatotal.com.br A dupla-fecundação em uma 6. Tabulares: são raízes que crescem a partir do caule de árvores de grande porte. Aumentam a estabilidade e auxiliam as trocas gasosas, permitindo a respiração em solos pobres em oxigênio devido à presença de grande quantidade de matéria orgânica em decomposição. Ex.: flamboyant, figueira. 7. Grampiformes: têm função de fixação de plantas trepadeiras. São pequenas com aspecto de grampos que brotam da face sombreada de alguns caules. Produzem uma substância cimentante que acaba por fixar a planta no substrato. Ex.: hera. RAÍZES AQUÁTICAS São características de plantas aquáticas, podendo ficar ou não submersas. Possuem parênquima aerífero bem desenvolvido para auxiliar na flutuação e aeração da planta. Ex.: aguapé, vitória-régia. ANATOMIA INTERNA DAS RAÍZES Podemos estudar a anatomia de uma raiz em dois momentos: estrutura primária e estrutura secundária. ESTRUTURA PRIMÁRIA Para observarmos a anatomia primária da raiz, deve-se fazer um corte na região pilífera. Nitidamente distingue-se duas regiões: casca e cilindro central. A casca é composta pela epiderme, parênquima cortical e endoderme. A epiderme é aclorofilada, uni estratificada, sem estômatos e sem cutícula. O parênquima cortical ocupa a maior área da casca primária, suas células são geralmente aclorofiladas e armazenam substâncias, apresentando ainda a função de aeração da raiz. A endoderme é um tecido une estratificado, e compreende a parte mais interna da casca da raiz. A endoderme se caracteriza pela presença de uma camada de suberina, formando as estrias de Caspary, impermeáveis. Estas controlam a quantidade de água que chega ao cilindro central. Nas plantas que não possuem crescimento secundário, como nas monocotiledôneas, as células da endoderme recebem um reforço de lignina, que em corte transversal lembram células em “U”. Em algumas células da endoderme não existe o reforço de lignina, formando as células de passagem, através das quais a água e demais Corte transversal da raiz, mostrando a estrutura primária nutrientes alcançam o cilindro central. O cilindro central é formado pelo periciclo, localizado logo após a endoderme da casca, pelos feixes condutores e pelo parênquima medular. O periciclo é responsável em originar as raízes laterais ou secundárias. B O TÂ N IC A 54 Os feixes condutores estão dispostos alternadamente separados por células de parênquimas, formando os feixes chamados radiais. O parênquima medular ou medula são células de preenchimento na região mais central da raiz. ESTRUTURA SECUNDÁRIA (dicotiledôneas e gimnospermas) A estrutura secundária da raiz é observada fazendo um corte na região suberosa. No cilindro central inicia-se a formação do câmbio, que primeiramente coloca- se entre os feixes radiais, para depois assumir a posição circular, produzindo xilema para dentro e floema para fora.A casca acompanha o crescimento do cilindro central, através da formação do felogênio, que origina para dentro a feloderme e o súber para fora, constituindo a casca secundária ou periderme da raiz. Observação: em monocotiledôneas geralmente não ocorre o espessamento da raiz, devido à falta de meristemas secundários e também pelo pouco tempo de vida que possuem. Os tecidos de condução se originam diretamente do meristema primário pleroma e situam-se Corte transversal da raiz, mostrando a estrutura secundária CAULE O caule é um órgão vegetativo geralmente aéreo com função de sustentar ramos, folhas e frutos, além de elevar as folhas em direção à luz e distribuir seiva pelo organismo vegetal. Apresenta geotropismo e hidrotropismo negativo e fototropismo positivo. Apresentam dois tipos de ramificações: monopodial, com caule principal, de onde partem ramos laterais de crescimento indeterminado devido à presença de meristema primário em suas gemas ou brotos, e simpodial, sem eixo principal, onde cada ramo tem crescimento limitado e ao parar de crescer origina outro ramo. Da mesma forma que as raízes, os caules são classificados de acordo com o ambiente em: aéreos, aquáticos e subterrâneos. As partes de um caule são: a) gema apical: responsável pelo crescimento em extensão, devido à presença do meristema primário. Situa-se na ponta superior do caule. b) gemas laterais: distribuídas pelas laterais do caule, são responsáveis pelo desenvolvimento dos ramos, botões florais e até raízes. c) nó: região onde brotam as folhas. Também apresenta tecido meristemático. d) entrenó: região situada entre dois nós Caule – anatomia externa B O TÂ N IC A 55www.biologiatotal.com.br consecutivos CLASSIFICAÇÃO DOS CAULES CAULES AÉREOS ERETOS 2) Estipe ou Estípite: caule cilíndrico, alongado e resistente com ramificações apenas no ápice nas regiões de inflorescências. Ex.: coqueiro, palmeira. 1) Tronco: caule lenhoso com ramificações desde a base e bastante resistente. É característico de plantas frondosas do grupo das angiospermas dicotiledôneas e das gimnospermas. Ex.: mangueira, pessegueiro, etc. 3) Colmo: caule cilíndrico com divisão em nós e entrenós bem nítida, formando gomos. Típico de algumas monocotiledôneas. Pode ser oco, como no bambu ou então, como na cana- de-açúcar ser suculento. 4) Haste: caule pouco desenvolvido, flexível e geralmente clorofilado. Típico de ervas, como couve, salsinha, etc. CAULES AÉREOS TREPADORES São aqueles que se apoiam num suporte. Podem ser de dois tipos: 1) Sarmentosos: quando apresentam elementos de fixação como as gavinhas do chuchu. 2) Volúveis: quando simplesmente se enrolam no suporte através do caule principal, como na madressilva, lúpulo e feijão. CAULES AÉREOS RASTEJANTES São aqueles que se desenvolvem rente ao solo, não conseguem manter-se eretos e também não se apoiam em nenhuma superfície. O tipo mais conhecido é o estolho ou estolão, de cujos nós partem raízes adventícias. Ex.: morangueiro, aboboreira, grama. CAULES SUBTERRÂNEOS 1) Rizoma: cresce horizontalmente em relação ao solo, emitindo de espaços em espaços, brotos aéreos folhosos e floríferos. Apresentam raízes adventícias. Ex: bananeira, samambaia. 2) Tubérculo: é a porção terminal de certos caules subterrâneos que são intumescidos pelo acúmulo de substâncias nutritivas. Apresentam gemas das quais saem ramificações e não apresentam raízes. Ex.: cará. Inhame, batata- inglesa, cará. 3) Bulbo: consiste, geralmente, de um eixo caulinar curto achatado (prato ou disco), envolvido por folhas modificadas que são os catáfilos. Podem ser tunicados (cebola), escamosos (alho) ou sólidos (palma). B O TÂ N IC A 56 CAULES AQUÁTICOS São pouco desenvolvidos, quase sempre clorofilados, com aerênquimas facilitando retenção a de gases (para a respiração e fotossíntese) e a flutuação do vegetal. Ex.: vitória-régia. CAULES MODIFICADOS São caules que apresentam adaptações estruturais que lhes permite uma melhor adaptação ao ambiente. Os principais são: Gavinhas: típicas de plantas trepadeiras. Tem o aspecto de uma mola e atua na fixação dessas plantas. Ex.: Gavinha em videira Espinhos: Estas estruturas geralmente se apresentam pontiagudos e rígidos. Protegem a planta de predadores, como exemplo, o limão, a laranja, etc. Caule alado: caule achatado em forma de folha. Ex: carqueja. Cladódios / Suculentos: comuns em algumas espécies de cactos, sendo achatados, clorofilados e com reserva de água. Xilopódios: caules subterrâneos, resistentes e que armazenam substâncias de reserva. Típicos de plantas de cerrado. LEITURA COMPLEMEN- ANATOMIA DOS CAULES As angiospermas possuem dois tipos de estruturas caulinares: eustélica e astélica (atactostélica). ESTRUTURA EUSTÉLICA Estrutura Eustélica Primária Ocorre em dicotiledôneas e gimnospermas. Assim como nas raízes distinguimos a casca e o cilindro central. Na casca encontra-se a epiderme, geralmente cutinizado, com estomatos e sem pelos absorventes. O parênquima cortical ou córtex, que é composto por células parenquimáticas onde eventualmente existem cloroplastos e por células de colênquima para sustentação e a endoderme, parte mais central da casca, a qual contêm amido como substância de reserva. No cilindro central encontra-se o periciclo, de difícil visualização, dele podem sair raízes, chamadas adventícias, os feixes vasculares separados pelo câmbio e a medula, formada por parênquima central. Estrutura Eustélica Secundária A partir do segundo ano de vida de uma gimnosperma ou de uma dicotiledônea, inicia-se o crescimento secundário do caule. B O TÂ N IC A 57www.biologiatotal.com.br Estrutura Eustélica Secundária Estrutura Astélica. Na casca o felogênio origina o súber para fora e a feloderme para dentro e no cilindro central, o câmbio origina da mesma forma que nas raízes, o xilema para dentro e o floema para fora. O xilema apresenta-se dividido em duas regiões: alburno e cerne. parênquimas (tilas) constituindo o xilema não funcional, ideal para os trabalhos de marcenaria. Ainda o cerne contribui na sustentação do vegetal. FOLHA É um órgão vegetativo geralmente laminar, verde, com crescimento limitado (com exceção: samambaias). Sua principal função é realizar a fotossíntese, mas também é na folha que ocorrem as trocas gasosas da respiração, a transpiração e a gutação. Uma folha completa apresenta as seguintes partes: a) limbo: região onde se encontra o parênquima clorofiliano, geralmente laminar. É no limbo que se realizam as funções da folha. b) pecíolo: haste que prende a folha ao caule. c) bainha: região alargada do pecíolo, junto ao tronco, com função de proteção e fixação. d) estípulas: projeções do pecíolo geralmente com função protetora, podendo em alguns casos se transformar em espinhos. e) nervuras: correspondem ao sistema de vasos condutores de seiva bruta e elaborada. Partes da folha (folha completa) Quando uma folha não apresenta todas as partes descritas, é dita incompleta e sua denominação depende da parte que está ausente. Folhas pecioladas: Não possuem bainha. Ex.: abóbora. Folhas invaginantes: a bainha abraça o caule, portanto não possui pecíolo. Ex.: milho, grama. O alburno constitui o xilema funcional, ou seja, nele ocorre o transporte da seiva bruta. Enquanto que no cerne, esta condução não acontece mais. Pois as células de xilema mais central foram entupidas por células de Estrutura Astélica ou Atactostélica Típica de monocotiledôneas, pois não possui os meristemas secundários, não apresentando, portanto, o crescimento secundário (espessura). Os feixes de condução ficam dispostos aleatoriamente no caule, não obedecendo padrão definido. B O TÂ N IC A 58 3) Quanto ao bordo (alguns exemplos) Liso Denteado Serrilhado Lobado CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS COMPOSTAS 1) Quanto ao aspecto do limboParipenadas: os folíolos terminam em número par (A); Imparipenadas: os folíolos terminam em número ímpar (B); As folhas podem ser divididas em dois grupos básicos: folhas simples (quando o limbo se apresenta em uma única lâmina) e compostas (quando o limbo está dividido em porções laminares denominadas folíolos) CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS SIMPLES 1) Quanto à forma do limbo (alguns exemplos) Elíptica (A) Oval (B) Cordiforme (C) Sagitiforme (D) Acicular (E) Lanceolada (F) Reniforme (G) Oblonga (H) 2) Quanto à disposição das nervuras Uninérveas: nervura central. Exemplo: Cravo. Paralelinérveas: As nervuras dispõem-se paralelamente no limbo. Exemplo: Monocotiledôneas como o milho. Folhas sésseis: Não apresentam pecíolo e bainha. Ex.: fumo. Peninérveas ou Reticuladas: Com nervura principal e desta partem as laterais. Exemplo: Dicotiledôneas como a laranjeira. A A E F G H B B C D A. paralelinérvea; B. peninérvea; C. palminérvea; D. curvinérvea; E. uninérvea A b c d Palmadas ou digitadas: os folíolos saem de um mesmo ponto (vértice); Geminadas – possuem apenas dois ou três folíolos. B O TÂ N IC A 59www.biologiatotal.com.br A QUEDA DAS FOLHAS Na região de contato da folha com o caule, formam-se duas camadas: camada de abscisão e a camada de proteção ou cicatrização. A camada de abscisão consiste em células pequenas, de paredes celulares mais fracas e a camada protetora é rica em suberina, conferindo maior resistência ao local onde a folha vai se desprender. As plantas que permanecem com suas folhas por um tempo longo são chamadas de perenifólias e as plantas que perdem suas folhas a cada outono são chamadas de caducifólias. VARIAÇÕES Heterofilia: fenômeno que a planta apresenta dois ou mais tipos de folhas devido ao ambiente em que se encontram. Um exemplo é uma planta aquática do gênero Sagitaria, que possui folhas em forma de ponta de flecha na parte aérea, folhas arredondadas na superfície da água e folhas alongadas na parte submersa em água. Anisofilia: são folhas diferentes no mesmo ramo, porém a planta vive em um único ambiente. Geralmente é uma aberração genética. CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS QUANTO À FUNÇÃO Algumas plantas apresentam folhas modificadas ou não, que exercem funções especiais além das já mencionadas. São elas: espinhos – protegem e evitam perda de água. Ex: cactus gavinhas – pequenas folhas de plantas trepadoras. Ex: chuchu. brácteas – protegem flores e atraem agentes polinizadores. Ex: copo-de-leite escamas ou catáfilos – protegem caules subterrâneos (bulbos). Ex: cebola esporófilos – produzem esporos para reprodução assexuada. Ex: samambaia insetívoras: folhas de plantas carnívoras; digerem os insetos capturados. Ex: Dionaea sp coletoras: organizam-se como um vaso para coletar água de chuva, como reserva durante períodos de escassez. Ex: bromélia cotilédones: folhas presentes na semente; armazenam reservas nutritivas. Espinho em cactos Brácteas em Bougainvillea sp Gavinha em chuchu Catáfilos em cebola Folha insetívora em Dionaea sp Cotilédones em feijão Esporófilo em samambaia Folha coletora em ANATOMIA DA FOLHA A anatomia da folha é estudada principalmente de acordo com a disposição do parênquima no mesófilo (meio da folha). Pode se apresentar de três tipos: B O TÂ N IC A 60 Mesófilo assimétrico. I – estômato, II – parênquima paliçádico. 1) Mesófilo assimétrico Típico de dicotiledôneas, onde o mesófilo é formado por uma camada de parênquima paliçádico e uma logo abaixo de parênquima lacunoso. Neste tipo de anatomia, os estômatos se encontram na epiderme de baixo, sendo por isso chamadas de folhas hipoestomáticas. 2) Mesófilo simétrico Típico de monocotiledôneas, onde o mesófilo é formado por duas camadas de parênquima paliçádico, sendo que entre estas duas camadas, situa-se uma camada de parênquima lacunoso. Os estômatos, nesta anatomia, se encontram nas duas epidermes, por isso, as folhas são chamadas de anfiestomáticas. 3) Mesófilo indiferenciado Neste tipo de mesófilo, não existe diferença de parênquimas, pois as células são todas do mesmo tamanho. É comum em algumas monocotiledôneas e algumas plantas aquáticas. ANOTAÇÕES B O TÂ N IC A 61www.biologiatotal.com.br novo linknovo link http://bit.ly/2FiiclM EX ER CI CI O S 62 EXERCÍCIOS a b c d CAIU NA UERJ - 2018 CAIU NA UFRGS - 2018 CAIU NA FUVEST - 2018 Por serem formados por sedimentos bem finos, que se deslocam facilmente, os solos dos mangues são mais instáveis. Árvores encontradas nesse ambiente apresentam adaptações que garantem sua sobrevivência, como o formato diferenciado de suas raízes, ilustrado na imagem. Algumas estruturas das angiospermas desenvolveram modificações ao longo da evolução, que permitiram adaptações ambientais importantes. Considere as seguintes afirmações sobre essas estruturas. I. Cenoura é um caule modificado subterrâneo que acumula nutrientes. II. Plantas de ambientes desérticos, tais como cactos, têm folhas modificadas em espinhos e caules fotossintetizantes. III. Plantas com flores de pétalas pequenas ou inexistentes podem apresentar folhas modificadas na base do receptáculo floral, com função de atrair polinizadores. Quais estão corretas? Apenas I. Apenas II. Apenas III. Apenas II e III. I, II e III. Muitas plantas adaptadas a ambientes terrestres secos e com alta intensidade luminosa apresentam folhas pequenas com estômatos concentrados na parte inferior, muitos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aquífero. grandes com estômatos concentrados na parte inferior, poucos tricomas claros, cutícula impermeável e parênquima aerífero. pequenas com estômatos concentrados na parte superior, ausência de tricomas, cera sobre a epiderme foliar e parênquima aquífero. grandes com estômatos igualmente distribuídos em ambas as partes, ausência de tricomas, ausência de cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero. pequenas com estômatos concentrados na parte superior, muitos tricomas claros, cera sobre a epiderme foliar e parênquima aerífero. O formato diferenciado de raiz desses vegetais contribui para o seguinte processo: fixação dispersão frutificação desidratação a a b b c c d d e e EX ER CÍ CI O S 63www.biologiatotal.com.br são as responsáveis pela nutrição orgânica das plantas. absorvem macronutrientes como o manganês (Mn). têm o câmbio fascicular como o responsável pelo crescimento em altura. apresentam epiderme e mesofilo altamente diferenciado. têm pelos absorventes como os principais responsáveis pela absorção de água e sais minerais. 1. 2. 3. 4. 5. (UPE 2016) O coqueiro, Cocus nucifera, é uma das espécies de palmeira com maior distribuição na zona tropical, por causa de sua pouca exigência nutricional e de sua facilidade em se dispersar pelos mares e ter um sistema de sustentação resistente aos fortes ventos e ao solo arenoso do litoral. O seu caule apresenta nós e entrenós bem visíveis, mas com folhas apenas no ápice, que, por sua vez, é classificado como: haste. bulbo. colmo. estipe. tubérculo. (UECE 2017) As raízes das angiospermas podem apresentar especializações que permitem classificá-las em diversos tipos. É correto afirmar que as raízes: escoras apresentam um revestimento chamado velame, uma epiderme multiestratificada. respiratórias ou pneumatóforos são adaptadas à realização de trocas gasosas que ocorrem nos pneumatódios. tuberosas possuem o apreensório para se fixarem ao hospedeiro e de onde partem finas projeções, os haustórios. sugadora armazenam reservas nutritivas, principalmente o amido, e por isso apresentam grande diâmetro. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Com base na ilustração abaixo, que apresenta uma enorme variedade de estruturas que viabilizam a realização da fotossíntese, respondaà(s) questão(ões). (UEFS 2016) Observando-se a folha em destaque, é correto afirmar: É típica de um vegetal do grupo das eudicotiledôneas. Nesse órgão, não há a necessidade de vasos de condução. É desprovida de tecido de revestimento e de diferenciações. Tem a capacidade de absorver todos os comprimentos de onda com a mesma intensidade. Os estômatos viabilizam as trocas gasosas, proporcionando a liberação de gás carbônico e a absorção de oxigênio para a fotossíntese. (CEFETMG 2015) Observe as estruturas vegetais indicadas a seguir. A estrutura que NÃO se relaciona diretamente nem com a reprodução sexuada, nem com a assexuada é a de número 1 2 3 CAIU NA UFRGS - 2017 a b c d e Em relação às raízes de Angiospermas, é correto afirmar que: 4 a a a a b b b b c c c c d d d d e e e EX ER CI CI O S 64 Fruto, semente, botão floral, rizoma, tronco. Fruto, tronco, botão floral, semente, rizoma. Rizoma, semente, tronco, botão floral, fruto. Semente, rizoma, fruto, botão floral, tronco. Semente, tronco, botão floral, fruto, rizoma. (PUCRS2014) Caules e folhas podem sofrer modificações para a realização de diferentes funções na planta. Considerando a videira (Vitis sp.), as estruturas utilizadas como suporte são _________ modificadas(os) em _________. folhas - gavinhas caules - gavinhas folhas - cladófilos caules - cladófilos caules - estolões (UFSM 2013) Vindas da água, as plantas também enfrentaram muitas dificuldades na colonização do ambiente terrestre. Para reduzir a transpiração de folhas e caules, a qual poderia ser fatal, elas desenvolveram: tecidos condutores. estômatos. parede celular. tecidos mecânicos. cutícula. (CFTMG 2015) As plantas carnívoras, diferentemente de outras, são capazes de atrair, capturar e digerir pequenos animais, principalmente os insetos. Essa adaptação favorece sua sobrevivência porque elas são incapazes de realizar fotossíntese. vivem em solos pobres em alguns nutrientes. reduzem as populações de seus próprios predadores. sintetizam estruturas protetoras com a quitina digerida. (ENEM 2013) A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, ocupando cerca de 7% a 10% do território nacional. Nesse ambiente seco, (UERN 2015) A maniçoba, espécie nativa na caatinga e da qual se extrai látex, é um exemplo de planta que apresenta um caule tuberoso e subterrâneo. Esse tipo de caule armazena água e substâncias de reserva para que a planta possa adaptar bem ao ambiente com restrição de água. Essa modificação especial do caule é conhecida por: rizóforo. cladódio. filocládio. xilopódio. (UPF2015) Observe os caules abaixo, indicados pelas setas, nas figuras A, B, C e D. Esses caules são denominados, respectivamente: estolão / colmo / bulbo / volúvel. haste / rastejante / tubérculo / escapo. estipe / rizoma / bulbo / haste. colmo / rizoma / tubérculo / volúvel. colmo / haste / tubérculo / estipe. (PUCPR 2015) Em algumas plantas de interior, como a famosa “comigo-ninguém-pode”, após uma rega intensa, podemos observar que suas folhas “choram”, ou seja, começam a gotejar, o que comumente é uma explicação de “mau-olhado”. Um bom observador, entretanto, saberia que esse fenômeno está relacionado a uma estrutura da folha que elimina o excesso de água que a planta absorveu. Essa estrutura é o(a): estômato. lenticela. hidatódio. plasmodesma. catafilo. (UEL 2014) Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o órgão da planta utilizado como especiarias: pimenta, canela, cravo-da-índia, noz-moscada e gengibre. a a a a a a a b b b b b b b c c c c c c c d d d d d d d 5 e e e e e 9 6 7 8 10 11 12 EX ER CÍ CI O S 65www.biologiatotal.com.br para adaptação à nova condição ambiental. Nesse aspecto, as brácteas coloridas e os espinhos são adaptações foliares que visam, respectivamente, nutrir a planta e realizar a fotossíntese. atrair polinizadores e fornecer proteção. dispersar as sementes e nutrir a planta. economizar água e realizar fotossíntese. proteger contra insolação e realizar transpiração. (UFJF 2012) As plantas vasculares apresentam uma grande diversidade de adaptações morfológicas que permitem a ocupação dos mais diferentes tipos de ambientes. Com relação aos sistemas radiculares e caulinares, é CORRETO afirmar que: O rizoma da bananeira é um tipo de raiz pivotante armazenadora de amido. Na cebola, o sistema caulinar é do tipo colmo, formado por camadas de folhas carnosas armazenadoras. As plantas parasitas, como a erva-de-passarinho, desenvolveram raízes aéreas sugadoras ou haustórios. Em regiões com estresse hídrico, muitas espécies de plantas xerófitas, como os cactos, desenvolvem raízes do tipo pneumatóforos. Os cladódios são sistemas radiculares especializados no armazenamento de nutrientes. (UFRN 2012) O palmito juçara é extraído do topo da palmeira Euterpe edulis Martius (parente do açaí), outrora abundante em toda a Mata Atlântica. Para essa extração é realizado um corte que produz um único rolo de palmito e é responsável pela parada de crescimento e morte da árvore. Uma alternativa para a produção comercial de palmito é a pupunha (Bactris gasipaes, Kunth), que, além de ser mais fácil de cultivar, diferente da juçara, é capaz de sobreviver à mutilação, fazendo brotar novos ramos. Essa limitação de sobrevivência da palmeira juçara ao corte se explica porque: na retirada do palmito do interior do caule, há comprometimento da condução da seiva. nessa planta, inexiste tecido de expansão celular além daquele encontrado no ápice do caule. em todas as palmeiras, não há folhas além daquelas localizadas no topo da planta. nessa espécie, a ausência de gemas laterais não permite a formação de novos ramos. (UERN 2013) A figura mostra o corte transversal de um tronco, apresentando os anéis de crescimento, que são estruturas formadas através do tempo, sendo 13 14 15 17 16 mesmo quando chove, não há acúmulo de água, pois o solo é raso e pedregoso. Assim, as plantas desse bioma possuem modificações em suas raízes, caules e folhas, que permitem melhor adaptação a esse ambiente, contra a perda de água e de nutrientes. Geralmente, seus caules são suculentos e suas folhas possuem forma de espinhos e cutículas altamente impermeáveis, que apresentam queda na estação seca. Disponível em: www.ambientebrasil.com.br. Acesso em: 21 maio 2010 (adaptado). Considerando as adaptações nos órgãos vegetativos, a principal característica das raízes dessas plantas, que atribui sua maior adaptação à Caatinga, é o(a): armazenamento de nutrientes por um sistema radicular aéreo. fixação do vegetal ao solo por um sistema radicular do tipo tuberoso. fixação do vegetal ao substrato por um sistema radicular do tipo sugador. absorção de água por um sistema radicular desenvolvido e profundo. armazenamento de água do solo por um sistema radicular do tipo respiratório. (ENEM 2013) O manguezal é um dos mais ricos ambientes do planeta, possui uma grande concentração de vida, sustentada por nutrientes trazidos dos rios e das folhas que caem das árvores. Por causa da quantidade de sedimentos — restos de plantas e outros organismos — misturados à água salgada, o solo dos manguezais tem aparência de lama, mas dele resulta uma floresta exuberante capaz de sobreviver naquele solo lodoso e salgado. NASCIMENTO, M. S. V. Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2011. Para viverem em ambiente tão peculiar, as plantas dos manguezais apresentam adaptações, tais como: folhas substituídas por espinhos, a fim de reduzir a perda de água para o ambiente. folhas grossas, que caem em períodos frios, a fim de reduzir a atividade metabólica. caules modificados, que armazenam água, a fim de supriras plantas em períodos de seca. raízes desenvolvidas, que penetram profundamente no solo, em busca de água. raízes respiratórias ou pneumatóforos, que afloram do solo e absorvem o oxigênio diretamente do ar. (UFG 2013) A conquista de diferentes ambientes pelos seres vivos depende de processos evolutivos que, muitas vezes, resultam na modificação de órgãos a a b bc cd de e a ab bc cd de a b c d e EX ER CI CI O S 66 TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: O berimbau é um instrumento musical de origem africana, muito tocado no Brasil em rodas de capoeira. Em sua obra Viagem pitoresca e histórica ao Brasil Jean-Baptiste Debret descreveu o berimbau como segue: “Este instrumento musical se compõe da metade de uma cabaça presa a um arco curvo de bambu, com um fio de latão, sobre o qual se bate ligeiramente. Pode-se conhecer o instinto musical do tocador, que apoia a mão sobre a frente descoberta da cabaça a fim de obter, pela vibração, um som grave e harmonioso”. Disponível em: <http://www.redetec.org.br/inventabrasil/ (UFG2012) As estruturas vegetais obtidas da cabaceira, Cucurbita sp., e do bambu, Bambusea sp., utilizadas para fabricar o instrumento musical descrito são, respectivamente: pseudofruto e estipe. fruto composto e haste. fruto verdadeiro e colmo. infrutescência e tubérculo. fruto partenocárpico e tronco. (UDESC 2016) Fornecer suporte às folhas e transporte das seivas bruta e elaborada são as principais funções dos caules. Analise as proposições em relação à informação. I. O caule do tipo volúvel é um caule aéreo, ereto e lenhoso, a exemplo, uva, chuchu e feijão. II. O caule do tipo colmo é um tipo de caule lenhoso e rastejante no qual são nitidamente observadas as regiões de nó e interno, a exemplo, palmito e coqueiro. III. O caule do tipo rizoma é um caule subterrâneo com desenvolvimento perpendicular à superfície, a exemplo, batata inglesa, cenoura e aipim. conhecidos por anéis anuais, os quais facilitam a identificação do tempo de vida das árvores. Assinale a afirmativa INCORRETA. Surge através do câmbio da casca ou felogênio; e a parte externa da planta conhecida por periderme. Durante o crescimento da planta, o xilema, formado basicamente pelo lenho, fica inativo e é conhecido como cerne. Nem todo o lenho deixa de ser funcional. O alburno, conhecido como parte externa próxima ao câmbio, permanece em funcionamento. O câmbio interfascicular, que surge por desdiferenciacao de células adultas, forma sozinho um anel completo de tecido meristemático, observando cortes transversais do caule. (UCS 2012) O corpo de uma planta apresenta basicamente três partes: a raiz, as folhas e o caule. Em relação à morfofisiologia vegetal, assinale a alternativa correta. O procâmbio origina o sistema avascular primário, que compreende o súber e a epiderme. A seiva bruta é transportada pelo floema, que também é responsável pela sustentação da planta. Na epiderme das folhas, estão presentes estruturas como os hidatódios, muito importantes no processo de troca gasosa. A coifa protege o meristema apical da raiz contra eventuais danos, durante a penetração no solo. Os tricomas, presentes apenas nas folhas, ajudam na manutenção do equilíbrio hídrico. (FEEVALE 2012) Marque a alternativa que completa corretamente a frase que segue. As folhas das árvores parecem-nos verde porque a luz solar que incide sobre elas: é verde e as folhas refletem-na. contém a cor verde e esta é absorvida pelas folhas. contém a cor verde e esta é refletida pelas folhas. não contém a cor verde e as plantas emitem-na. contém as cores vermelha e azul e a cor verde emitida pelas folhas é uma mistura destas duas. a a a b b b c c c d d d e e e a b c d 20 21 18 19 EX ER CÍ CI O S 67www.biologiatotal.com.br estrutura secundária desse órgão. A é raiz de eudicotiledônea, pois apresenta floema e xilema alternados e região central preenchida com xilema; B é caule de eudicotiledônea em crescimento primário, pois tem feixes vasculares colaterais separados entre si, formando um cilindro com parênquima no centro. A e B são caules de monocotiledôneas, no entanto, A representa a estrutura primária, e B a estrutura secundária desse órgão. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: (UEL 2012) A obra A flor do mangue faz alusão às plantas de hábito arbóreo típicas do mangue. Com base nos conhecimentos sobre essas plantas, considere as afirmativas a seguir. I. Possuem raízes escoras como adaptação ao solo instável para a sustentação do vegetal. II. Suas raízes realizam trocas gasosas diretamente com o ambiente aéreo como adaptação a um solo pobre em oxigênio. III. Possuem raízes com baixo potencial osmótico de sucção celular, gastando energia para absorver água do solo salgado. IV. Suas raízes possuem orifícios, denominados pneumatódios para realizar a absorção e excreção de sais. Assinale a alternativa correta. Somente as afirmativas I e II são corretas. Somente as afirmativas I e III são corretas. Somente as afirmativas III e IV são corretas. Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. (UEL 2011) A figura a seguir é uma fotomicrografia ao microscópio óptico de estômato de Tradescantia, em vista frontal: IV. O caule do tipo bulbo é um caule subterrâneo, de tamanho reduzido e envolvido por folhas modificadas, a exemplo, cebola e alho. V. O caule do tipo estipe é um caule com muitos galhos e lenhoso, a exemplo, laranjeira e coqueiro. Assinale a alternativa correta. Na afirmativa IV a descrição do caule está correta, assim como os exemplos deste tipo de caule. Na afirmativa I a descrição do caule está correta, assim como os exemplos deste tipo de caule. Na afirmativa II a descrição do caule está correta, porém os exemplos são de outro tipo de caule. Na afirmativa III a descrição do caule está correta, assim como os exemplos deste tipo de caule. Na afirmativa V a descrição do caule está correta, porém os exemplos não são deste tipo de caule. (PUCRJ 2015) Considere as afirmações relativas às funções das raízes das plantas. I. Absorção de água e sais minerais. II. Condução de matéria orgânica até o caule. III. Local de armazenamento de reservas de nutrientes. IV. Reprodução sexuada. Estão corretas: Apenas I, II, IV Apenas I, II, III. Apenas II, III, IV. Apenas I e III. Todas as afirmações. (UPF 2014) As figuras A e B abaixo representam cortes transversais feitos em órgãos vegetais. Com base na análise das figuras, é correto afirmar que: A é raiz de eudicotiledônea, pois apresenta floema e xilema alternados e região central preenchida com xilema; B é raiz de monocotiledônea, pois tem feixes vasculares separados entre si, formando um cilindro. A é caule de eudicotiledônea, pois apresenta floema e xilema alternados; B é raiz de eudicotiledônea em crescimento primário, pois tem feixes vasculares colaterais separados entre si, formando um cilindro com parênquima no centro. A e B são raízes de eudicotiledôneas, no entanto, B representa a estrutura primária, e A representa a 23 24 25 a a a b b b c c c d d d e e e a b c d e 22 EX ER CI CI O S 68 esquerdo há representação de hifas de um organismo estabelecendo uma associação mutualista com as raízes da planta. Sobre essas estruturas podemos afirmar que: a associação estabelecida é com um fungo endomicorrízico e a sequência numérica é representada através de pelo radicular, epiderme, córtex, endoderme, floema e xilema, respectivamente. a associação estabelecida é com um fungo ectomicorrízico e a sequência numérica é representada através de pelo radicular, epiderme, córtex, endoderme, floema e xilema, respectivamente. a associação estabelecida é com um fungo endomicorrízico e bactérias fixadoras de nitrogênio, e a sequência numéricaé representada através de pelo radicular, epiderme, córtex, endoderme, floema e xilema, respectivamente. a associação estabelecida é com um fungo ectomicorrízico e bactérias fixadoras de nitrogênio, e a sequência numérica é representada através de pelo radicular, epiderme, córtex, endoderme, floema e xilema, respectivamente. a associação estabelecida é com um fungo endomicorrízico e a sequência numérica é representada através de pelo radicular, epiderme, córtex, endoderme, xilema e floema, respectivamente. (UNESP 2015) Dona Patrícia comprou um frasco com 100 gramas de alho triturado desidratado, sem sal ou qualquer conservante. A embalagem informava que o produto correspondia a 1 quilograma de alho fresco. É correto afirmar que, em um quilograma de alho fresco, 100 gramas correspondem, principalmente: aos nutrientes minerais obtidos do solo pelas raízes e 900 gramas correspondem à água retida pela planta. à matéria orgânica sintetizada nas folhas e 900 gramas correspondem à água obtida do solo através das raízes. à água obtida do solo pelas raízes e 900 gramas correspondem ao carbono retirado do ar atmosférico e aos nutrientes minerais retirados do solo. à matéria orgânica da parte comestível da planta e 900 gramas correspondem à matéria orgânica das folhas e raízes. aos nutrientes minerais obtidos do solo pelas raízes e 900 gramas correspondem à água retirada do solo e ao carbono retirado do ar atmosférico. (PUCMG 2008) Os caules apresentam características específicas de cada grupo de plantas. Os estômatos são responsáveis pela regulação das trocas gasosas e pela transpiração nos vegetais. A concentração de CO2 e a temperatura atmosférica são fatores ambientais que influenciam no controle do mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos. Com base na figura, no texto e nos conhecimentos sobre o processo de abertura e fechamento de estômatos, assinale a alternativa que explica corretamente as razões fisiológicas pelas quais a luz influencia neste processo. Na ausência de luz, as células-guarda recebem íons Na+, perdem água para o ambiente por osmose, tornam-se murchas e, como consequência, o ostíolo se fecha. Na presença de luz, as células-guarda eliminam íons K+, perdem água para o ambiente por osmose, tornam-se flácidas e, como consequência, o ostíolo se fecha. Na ausência de luz, as células-guarda eliminam íons Na+, absorvem água por osmose, tornam-se túrgidas e, como consequência, o ostíolo se abre. Na presença de luz, as células-guarda recebem íons K+, absorvem água por osmose, tornam-se túrgidas e, como consequência, o ostíolo se abre. Na presença de luz, as células-guarda recebem íons Na+, perdem água para o ambiente por osmose, tornam-se flácidas e, como consequência, o ostíolo se abre. (UEPB 2013) A figura acima representa o corte microscópico esquemático de uma raiz de angiosperma. No lado direto da figura, há representação sequencial dos tecidos vegetais que formam a raiz, e no lado 26 27 28 a a a b b b c c c d d d e e e EX ER CÍ CI O S 69www.biologiatotal.com.br Sobre as figuras apresentadas, é correto afirmar, EXCETO: 3 é caule de monocotiledônea, que não apresenta câmbio com crescimento secundário em espessura e nem delimitação clara entre córtex e cilindro central. 4 é caule de dicotiledônea apresentando feixes vasculares líbero-lenhosos e há, nesse grupo de plantas, crescimento secundário em espessura. Em 2 encontra-se semente com cotilédones triploides e endosperma bem desenvolvido. A semente representada em 1 apresenta reservas nutritivas no endosperma bem desenvolvido e cotilédone reduzido. (UEL 2008) Observe a tabela: (Adaptado de: IBGE, Diretoria de pesquisas, coordenação de índices de preços. Pesquisa de orçamentos familiares 2002-2003. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 22 jul. 2007.) Com relação aos dados da tabela e nos conhecimentos sobre morfologia vegetal, é correto afirmar: O Brasil consome mais vegetais classificados como fanerógamas, angiospermas e dicotiledôneas. A Região Sudeste consome mais angiospermas, monocotiledôneas com frutos deiscentes. A Região Centro-Oeste consome menos fanerógamas, dicotiledôneas com fruto tipo cariopse. A Região Norte, em relação às demais regiões, consome menos angiospermas com frutos deiscentes. A Região Sul consome mais dicotiledôneas que produzem caules subterrâneos. (IFSP 2011) As Angiospermas são vegetais que podem apresentar diferentes tipos de raízes que se relacionam, entre outras funções, às diferentes condições ecológicas, conforme as apresentadas na tabela a seguir. Considerando-se que um manguezal é um ecossistema típico de região litorânea, com alta concentração de matéria orgânica, baixa concentração de oxigênio, alta umidade e salinidade, espera-se que a vegetação local apresente adaptações de raízes do tipo: tabular. estrangulante. tuberosa. pneumatófora. pivotante. ANOTAÇÕES c c c d d d e e a a a b b b 30 29 B O TÂ N IC A 70 GABARITO DJOW RAÍZ, CAULE E FOLHA CAIU NA UFRGS - 2017 CAIU NA UERJ - 2018 CAIU NA UFRGS - 2018 CAIU NA FUVEST - 2018 [E] Os pelos absorventes epidérmicos presentes nas raízes de angiospermas são os principais responsáveis pela absorção de água e sais minerais que compõem a seiva bruta (ou inorgânica). [A] As raízes escoras das árvores do mangue garantem a fixação das plantas no solo lodoso desse ecossistema. [D] A cenoura é uma raiz modificada com função de reserva. É uma raiz tuberosa. [A] Muitos vegetais adaptados a ambientes terrestres áridos e a alta luminosidade apresentam estômatos pequenos, com fechamento rápido, concentrados na parte inferior das folhas, tricomas (pelos) claros que refletem a luz solar, cutícula impermeável para evitar a desidratação e parênquima aquífero para o armazenamento de água. 1-[A] A folha observada no esquema é típica de um vegetal do grupo das eudicotiledôneas, porque apresenta inervação reticulinérvea. 2-[A] As raízes das plantas estão envolvidas, principalmente, na absorção de água e íons minerais do solo. 3- [D] O caule típico das palmeiras com nós e entrenós nítidos e folhas apenas no ápice é classificado como estirpe. 4- [B] As raízes respiratórias, ou pneumatóforos, são adaptadas à realização das trocas gasosas, as quais ocorrem através de poros denominados pneumatódios. 5- [D] O xilopódio é um caule tuberoso, subterrâneo e capaz de armazenar água e substâncias de reserva. O xilopódio aparece tipicamente em plantas que habitam as regiões áridas e quentes como a caatinga nordestina. 6- [D] Os tipos de caules mostrados nas imagens, são, respectivamente, colmo, rizoma, tubérculo e volúvel. 7- [C] A gutação ou sudação é a perda de água no estado líquido pelos poros sempre abertos situados nos bordos das folhas de determinadas plantas. Esses poros são denominados hidatódios ou estômatos epitemais. 8- [B] A pimenta é um fruto que se desenvolveu a partir do ovário da flor da pimenteira. A canela é a casca do caule, que é classificado como tronco. O cravo da índia utilizado como especiaria corresponde ao botão floral seco. A noz- moscada é a semente encontrada dentro do fruto da moscadeira. A porção do gengibre utilizado como especiaria corresponde o caule subterrâneo, conhecido como rizoma. 9- [B] As estruturas utilizadas como suporte pelas videiras são prolongamentos de caules modificados, denominados gavinhas. 10- [E] A cutícula, constituída por substâncias gaxas, impermeabiliza a superfície de partes aéreas das plantas, evitando a perda excessiva de água para o meio ambiente. 11- [B] As plantas carnívoras digerem suas presas e absorvem os nutrientes que não conseguem obter do solo onde vivem, como por exemplo, o nitrogênio. 12- [D] As plantas presentes no bioma Caatinga apresentam diversas adaptações para a sobrevivência em ambiente quente e árido;dentre as quais, um sistema radicular bem desenvolvido e B O TÂ N IC A 71www.biologiatotal.com.br 18- [D] A coifa é um tecido de proteção que reveste externamente a extremidade da raiz, local em que se encontra o meristema subapical, responsável pelo crescimento longitudinal desse órgão. 19- [C] As folhas dos vegetais são verdes aos nossos olhos porque a luz que incide sobre elas contém o comprimento de onda equivalente ao verde que é refletido pela superfície foliar. 20- [C] A metade da cabaça a qual o enunciado se refere é metade do fruto verdadeiro da cabaceira, também conhecida como aboboreira. E o arco é um caule do tipo colmo presente no bambu. 21- [A] [I] O caule do tipo volúvel é aéreo, delgado e cresce em torno de um suporte. [II] O colmo é um caule com nós e entrenós nítidos, como ocorre no bambu e na cana-de-açúcar. [III] O rizoma é um caule subterrâneo com desenvolvimento paralelo à superfície, a exemplo, samambaia, bananeira. [V] O estirpe é um caule sem galhos, com folhas no ápice, como se verifica em coqueiros e palmeiras. 22- [B] As raízes das plantas não estão relacionadas ao processo de reprodução sexuada. Em plantas descíduas o floema das raízes transportam a seiva orgânica em direção aos ramos que perderam as folhas. 23- [D] A figura A mostra um corte transversal de raiz de eudicotiledônea por apresentar xilema e floema alternados na região central. A figura B representa um corte de caule de eudicotiledônea por apresentar os feixes líbero-lenhosos ordenados em círculo. 24- [A] As plantas de mangue possuem raízes com alto potencial osmótico porque estão emersas em águas salobras. Os orifícios presentes nas raízes e caules desses vegetais, denominados pneumatóforos, são adaptações para a absorção de oxigênio do ar. A concentração desse gás na água é baixa devido à intensa decomposição aeróbica nesses ecossistemas costeiros. 25- [D] Na presença de luz, as células guarda recebem íons K+, tornando-se hipertônicas em relação às células vizinhas. Consequentemente, elas ganham água por osmose, tornam-se túrgidas e o ostíolo abre. 26- [A] O desenho representa a associação da raiz com um fungo endomicorrizico, porque ele penetra nas estruturas internas à raiz. A sequência numérica de 1 e 6 representa, na ordem, pelo radicular, epiderme, córtex, endoderme, floema e xilema. 27- [B] Em um quilograma de alho fresco, 100 g correspondem à matéria orgânica sintetizada nas folhas durante a fotossíntese e 900 g correspondem à água absorvida do solo pelas raízes. 28- [C] 29- [E] 30- [D] A vegetação típica do mangue possui raízes aéreas do tipo pneumatófora, pois a água salobra onde se desenvolvem é pobre em oxigênio devido à intensa decomposição aeróbica que se processa nesses ecossistemas. profundo capaz de absorver água e íons que percolam o solo raso e pedregoso desse ambiente. 13- [E] As plantas dos manguezais apresentam adaptações para sobreviver em solo encharcado de água salobra e pobre em oxigênio, tais como raízes respiratórias (pneumotóforos), as quais afloram do solo e absorvem o oxigênio diretamente do ar. 14- [B] Brácteas são folhas modificadas cuja função é atrair agentes polinizadores que levarão o pólen de uma flor para outra garantindo a fecundação. E os espinhos também são folhas alteradas com o passar do tempo e sua finalidade é proteção contra outros organismos. 15- [C] As plantas parasitas desenvolvem raízes aéreas sugadoras (haustórios) para retirar parte da seiva das plantas hospedeiras. 16- [D] A planta que produz o palmito juçara não possui gemas laterais que produzam ramos que substituem os que sofrem abscisão. A retirada do ápice do caule, onde novos ramos são formados, acaba por provocar a morte do vegetal. 17- [D] O câmbio interfascicular surge da desdiferenciação de células adultas, sendo denominado meristema secundário, porém este não forma sozinho um anel completo como observado no corte transversal do caule, ele se intercala com o câmbio intrafascicular que é um tecido meristemático primário.