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BIOLOGIA II PRÉ-VESTIBULAR 1PROENEM.COM.BR ENGENHARIA GENÉTICA20 Todo emprego de organismos vivos – ou de enzimas e demais moléculas produzidas por estes organismos – na resolução de problemas cotidianos pode ser compreendido como parte da biotecnologia. Assim, esta vasta área compreende uma diversidade de processos que vai desde a utilização de leveduras na fermentação até a produção de organismos geneticamente modificados. BIORREMEDIAÇÃO Muitos desastres ambientais provocados ou exacerbados pela atividade humana são solucionados pelo próprio meio quando há tempo suficiente para isso. O ambiente se reorganiza de forma que a vida, mesmo que através de micro-organismos, volte a habitar aquele local. Em algumas situações, no entanto, não há tempo suficiente para que esse processo se estabeleça naturalmente sem que populações (humanas ou não) continuem a ser prejudicadas. Isto envolve casos de contaminação por poluentes químicos, por exemplo. Nestes casos, o uso de outros organismos vivos pode auxiliar na resolução do problema e, a isso, chamamos biorremediação. Um caso bastante estudado envolve o uso de bactérias dos gêneros Alcanivorax sp., Colwellia sp. e Cycloclasticus sp., capazes de degradar componentes do petróleo. A utilização destes micro- organismos vem sendo pesquisada como uma possibilidade em casos de acidentes envolvendo plataformas ou embarcações petrolíferas, uma vez que através de seu metabolismo, as substâncias tóxicas são modificadas em moléculas menos prejudiciais ao meio-ambiente. É importante ressaltar que a introdução de organismos em um ambiente, mesmo em casos de biorremediação, deve ser cautelosamente estudada. A ausência de predadores, parasitas ou competidores eficientes pode levar à proliferação destas espécies introduzidas que, então, podem causar novos e mais graves problemas. CLONAGEM Outra situação que pode ser minimizada pelo uso de ferramentas biotecnológicas é a extinção de espécies. Nestes casos, devemos pensar na clonagem, técnica amplamente utilizada para conservação de espécies vegetais e que, aos poucos, vem sendo melhor compreendida para outros tipos de organismos. CLONAGEM REPRODUTIVA Quando o objetivo almejado é gerar um maior número de indivíduos de uma espécie, a clonagem reprodutiva deve ser a modalidade aplicada. Pensando em animais, é necessário obter o material genético do indivíduo a ser clonado, um óvulo compatível que deverá ser “fertilizado” e uma fêmea incubadora na qual o embrião completará seu desenvolvimento. O esquema a seguir ilustra as principais etapas utilizadas na primeira clonagem de mamífero da história, realizada pelo pesquisador inglês Ian Wilmut, que deu origem à ovelha Dolly. Disponível em www.universiaenem.com.br em 15/01/2018. Nesta ilustração vemos que uma ovelha (indivíduo 1) foi clonada através do isolamento do núcleo de uma célula somática. Este núcleo, contendo o material genético a ser clonado foi introduzido em um óvulo anucleado proveniente de outra ovelha (indivíduo 2). Ao fusionar o núcleo somático ao óvulo anucleado, os cientistas simularam algo como a fecundação deste óvulo. A diferença, neste caso, é que o zigoto formado não continha a combinação do material genético de dois organismos, mas o genoma idêntico aquele pertencente ao indivíduo 1. A implantação do embrião em uma fêmea incubadora (“barriga de aluguel”) possibilitou o desenvolvimento do embrião até o final da gestação. Na clonagem reprodutiva de um animal, o clone apresenta as mesmas características do organismo clonado, ou seja, do indivíduo doador do núcleo somático. Neste caso, apenas o DNA mitocondrial é comum ao óvulo anucleado utilizado, mas este não contribui significativamente na determinação da maioria dos fenótipos do clone. CLONAGEM TERAPÊUTICA Quando um indivíduo sofre com uma doença que causa a lesão de um determinado tecido, o processo mais comum de cicatrização envolve a substituição do tecido original por tecido conjuntivo que apenas “ocupa o espaço” no órgão afetado. Esta substituição, no entanto, costuma levar à perda progressiva da função do órgão em questão, uma vez que o tecido fibrótico não é capaz de exercer o papel do tecido original. Em casos de lesões avançadas, transplantes de órgãos podem ser necessários, mas isso demanda doadores compatíveis que, às vezes, não atendem à demanda de pacientes enfermos. Neste contexto entra em cena a clonagem terapêutica, uma técnica muito similar à clonagem reprodutiva na qual, no entanto, o óvulo anucleado fusionado ao núcleo somático não é implantado em uma fêmea incubadora, mas cultivado em placas laboratoriais para formar o tecido desejado. Dentre as vantagens obtidas com esta técnica, podemos enumerar: (I) a virtual disponibilidade de tecidos para qualquer paciente, uma vez que não há filas à espera de doadores e, (II) a compatibilidade imune, uma vez que o tecido gerado apresentará as mesmas características que o paciente, já que foi gerado a partir do seu próprio material genético. Ainda, como as células geradas estão no início do desenvolvimento, seu nível de especialização é baixo, o que possibilita sua diferenciação em qualquer tipo de tecido que seja necessário ao paciente em questão. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR2 BIOLOGIA II 20 ENGENHARIA GENÉTICA CLONAGEM MOLECULAR Nem sempre o objetivo da clonagem não é a formação de um embrião. Em casos onde se deseje realizar a identifi cação de um organismo, o único requisito é ter cópias sufi cientes de seu DNA para que a análise seja realizada, o que é comum em testes de paternidade ou identifi cação de suspeitos em uma cena de crime, por exemplo. A clonagem molecular é um processo de replicação do DNA que, ao invés de ser feito pela própria célula do indivíduo, ocorre em um tubo de laboratório nas mãos de um investigador. Para isso, é necessário isolar o DNA a partir de uma amostra biológica (sangue, saliva ou sêmen, por exemplo) e separar o fragmento de DNA a ser analisado a partir do genoma total. Nesta etapa são utilizadas enzimas de restrição (endonucleases) que nada mais são que proteínas com capacidade catalítica capazes de trabalhar como tesouras que clivam o DNA em pontos específi cos, separando-o do restante que não interessa à análise. Após este ponto, a clonagem molecular pode ser realizada de duas formas distintas. Uma delas envolve o uso de bactérias competentes (hospedeiras) que, por se reproduzirem assexuadamente em ritmo acelerado, copiam o fragmento de DNA a ser analisado e geram uma quantidade sufi ciente de material para uso. Observe o esquema a seguir que representa este mecanismo de uso bacteriano. Através da atividade de enzimas conhecidas como DNA ligases, capazes de atuar como uma “cola de DNA”, o DNA a ser analisado é ligado ao plasmídeo bacteriano (pequeno DNA extracromossômico). O plasmídeo contendo o DNA a ser analisado é inserido na bactéria competente que o copia inúmeras vezes. Uma alternativa ao uso de bactérias é o emprego de enzimas isoladas através da técnica conhecida como Reação em Cadeia da Polimerase (em inglês, Polymerase Chain Reaction ou PCR). As enzimas DNA polimerase são comuns a todos os organismos vivos e, uma vez isoladas em tubos laboratoriais, podem ser empregadas para fazer cópias do material genético de interesse, como esquematizado a seguir. O fragmento de DNA a ser analisado é colocado em um tubo juntamente às enzimas DNA polimerase e iniciadores (em inglês, primers). Estes primers se conectam somente a pontos específi cos do DNA, possibilitando copiar apenas a região de interesse através de modifi cações de temperatura feitas automaticamente pela máquina na qual são colocados os tubos laboratoriais. Na primeira etapa da PCR, a temperatura da máquina é elevada a aproximadamente 95 ºC, rompendo as pontes de hidrogênio que unem as duas fi tas e causando a desnaturação do DNA. A segunda etapa é caracterizada pela redução da temperatura a aproximadamente60 ºC para que ocorra o anelamento (ligação) dos primers ao DNA a ser copiado. Finalmente, quando a temperatura volta a ser elevada, dessa vez a aproximadamente 70 ºC, a DNA polimerase se liga aos primers para que ocorra a extensão da fi ta de DNA, como uma replicação normal dentro de uma célula. Eletroforese Quando a região do DNA a ser clonada não é conhecida ou quando se deseja confi rmar que a cópia realizada corresponde ao requerido, as cópias de DNA obtidas pela clonagem molecular são analisadas por eletroforese. Esta técnica consiste em submeter o DNA (inserido em uma matriz gelatinosa) a um campo elétrico. Cada amostra de DNA é depositada em um poço, comumente retangular, que fi ca mais próximo ao polo negativo da matriz gelatinosa. Como o DNA apresenta carga negativa devido aos grupamentos fosfato de seus nucleotídeos, ele é atraído para o polo positivo, como mostrado no esquema a seguir. Teste de Paternidade PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 20 ENGENHARIA GENÉTICA 3 BIOLOGIA II Como pode ser observado, metade das bandas do filho 1 pareiam com as bandas da mãe e a outra metade com a banda do “outro homem”, logo, o “outro homem” é pai do filho 1. Já metade das bandas do filho 2 pareiam com as bandas da mãe e a outra metade com a banda do marido, logo, o marido é pai do filho 2. Os filhos 1 e 2 são irmãos por parte de mãe. Uma clonagem molecular pode gerar cópias de DNA de diferentes tamanhos. Isto costuma ocorrer quando o indivíduo analisado é heterozigoto para o gene avaliado e, por isso, possui versões alélicas diferentes de DNA. A figura anterior representa um teste de paternidade com esta situação. Observe que o gene analisado possui três alelos, cada um deles representado por uma banda no gel de eletroforese. É possível identificar a paternidade da criança porque sabemos que cada um de seus alelos é proveniente de um dos indivíduos parentais. Como a mãe apresenta apenas o alelo 1, sabemos que este deverá estar presente na criança, o que acontece de fato. O outro trecho de DNA apresentado pela criança é o alelo 3 que precisa ter vindo de seu pai. Assim, como apenas o “possível pai 1” apresenta o alelo 3, conseguimos identificá-lo como pai biológico da criança. ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS A capacidade de manipular o genoma de um organismo através das técnicas de engenharia genética que envolvem enzimas de restrição, DNA ligases e DNA polimerases, possibilita alterar as características de um organismo eliminando ou inserindo genes em suas células, o que caracteriza um organismo geneticamente modificado (OGM). O processo que leva à formação de um OGM é muito similar à manipulação utilizada na clonagem molecular e quando um gene de outra espécie é inserido no organismo isso o caracteriza como um transgênico. Um dos exemplos mais clássicos envolvendo organismos transgênicos consiste na utilização de bactérias para produção de insulina destinada a pacientes com diabetes mellitus tipo 1. Como estes indivíduos apresentam deficiência pancreática na produção endógena de insulina, precisam receber insulina de fontes exógenas o que, inicialmente, era feito pela extração de pâncreas suínos. Obviamente, a insulina suína não é idêntica à humana, o que gerava rejeição por alguns pacientes. Além disso, a demanda por insulina era mais alta do que a capacidade de extração pelos procedimentos existentes, encarecendo o produto. Assim, a excisão do gene humano da insulina e posterior inserção em plasmídeos bacterianos, possibilitou a sua produção em bactérias que, por apresentarem metabolismo acelerado, sintetizam esta proteína em quantidades muito elevadas, reduzindo o seu preço. A produção de alimentos transgênicos, por outro lado, sempre levou a questionamentos quanto a possíveis consequências negativas que poderiam trazer à saúde humana. O principal problema, na verdade, não diz respeito à instabilidade destes alimentos ou intoxicações que possam provocar pela formação de substâncias até então inexistentes, mas à falta de informação aos consumidores. Ao misturar o material genético de dois organismos, é possível que uma dada espécie passe a produzir substâncias alergênicas que originalmente não seriam suas características, mas características da espécie com quem foi misturada. Isto seria facilmente resolvido com rótulos mais claros que indicassem as substâncias ali contidas. Ademais, a transferência horizontal de genes entre variedades transgênicas e não transgênicas (selvagens) pode levar ao desenvolvimento de competidores mais eficientes e resistentes que desequilibrem o ecossistema por sobrepujarem outras espécies. Isto torna-se mais relevante pela falta de regulamentação que determine o controle da produção destes organismos em ambiente controlado. CÉLULAS-TRONCO A regeneração de tecidos biológicos, como mencionado anteriormente, depende da existência de células com pouca diferenciação (especialização) que apresentem elevada taxa de proliferação, o que caracteriza as células-tronco. No entanto, há diferentes tipos de células-tronco com graus distintos de especialização. A tabela a seguir representa as quatro principais categorias: células-tronco totipotentes, pluripotentes, multipotentes e unipotentes. CÉLULA-TRONCO HABILIDADE Totipotente Originam todas as células de um indivíduo, incluindo tecidos embrionários e anexos embrionários. Pluripotente Originam todas as células dos tecidos embrionários, mas não os anexos embrionários. Multipotente Originam diferentes tipos celulares de uma determinada linhagem. Unipotente Originam apenas um tipo celular. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR4 BIOLOGIA II 20 ENGENHARIA GENÉTICA O estudo e uso de células-tronco, porém, não é algo tão simples. Os problemas são originados, em grande parte, pela dificuldade de acesso a este material. Células-tronco totipotentes, por exemplo, só podem ser obtidas até a fase de mórula, o que corresponde ao início do desenvolvimento embrionário. A partir do final da blástula e início da gástrula, quando estas células iniciam a formação dos folhetos embrionários, também se perde a pluripotência, uma vez que estas células iniciam caminhos de diferenciação mais determinados, como as células do ectoderma que não serão mais capazes de originar órgãos como rins ou músculos, por exemplo. O congelamento do cordão umbilical de recém-nascidos é um exemplo de técnica destinada ao uso de células-tronco. O que poucas pessoas imaginam, no entanto, é que estas células são multipotentes e, por isso, darão origem apenas à linhagem hematopoiética. Isto significa dizer, em outras palavras, que não são capazes de atuar na terapia contra o infarto agudo do miocárdio ou mal de Alzheimer, por exemplo. Há ainda as células-tronco pluripotentes induzidas (em inglês, induced pluripotent stem cells, iPSC) que são a maior esperança para terapias de reparo tecidual. Estas células são, na verdade, células diferenciadas retiradas de um indivíduo e colocadas em cultura laboratorial sobre ação de fatores muito específicos. Este processo promove sua desdiferenciação, regredindo-as ao estado de pluripotência e elevando sua capacidade de proliferação e diferenciação em outras linhagens celulares. Assim, seria possível, por exemplo, retirar uma amostra de sangue ou pele e, transformando-a em iPSC, utilizar suas células para tratar qualquer doença degenerativa. Além do potencial de regeneração, esta terapia evitaria a rejeição pelo paciente, uma vez que as características do tecido ou órgão recebido são determinadas pelo seu próprio material genético. PROTREINO EXERCÍCIOS 01. Defina o que são transgênicos. 02. Explique a função da enzima de restrição. 03. Destaque duas características das células-tronco. 04. Diferencie célula-tronco embrionária de célula-tronco adulta. 05. Aponte a importância da tecnologia do DNA recombinante. PROPOSTOS EXERCÍCIOS 01. (ENEM) A estratégia de obtenção de plantas transgênicas pela inserção de transgenesem cloroplastos, em substituição à metodologia clássica de inserção do transgene no núcleo da célula hospedeira, resultou no aumento quantitativo da produção de proteínas recombinantes com diversas finalidades biotecnológicas. O mesmo tipo de estratégia poderia ser utilizada para produzir proteínas recombinantes em células de organismos eucarióticos não fotossintetizantes, como as leveduras, que são usadas para produção comercial de várias proteínas recombinantes e que podem ser cultivadas em grandes fermentadores. Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada para inserção de transgenes em leveduras? a) Lisossomo. b) Mitocôndria. c) Peroxissomo. d) Complexo golgiense. e) Retículo endoplasmático. 02. (ENEM) Cinco casais alegavam ser os pais de um bebê. A confirmação da paternidade foi obtida pelo exame de DNA. O resultado do teste está esquematizado na figura, em que cada casal apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma para cada suposto pai e outra para a suposta mãe), comparadas à do bebê. Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 03. (ENEM) O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente. A característica de interesse será manifestada em decorrência a) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido. b) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido. c) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado. d) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original. e) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante. 04. (ENEM) Um instituto de pesquisa norte-americano divulgou recentemente ter criado uma “célula sintética”, uma bactéria chamada de Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores montaram uma sequência de nucleotídeos, que formam o único cromossomo dessa bactéria, o qual foi introduzido em outra espécie de bactéria, a Mycoplasma capricolum. Após a introdução, o cromossomo da M. capricolum foi neutralizado e o cromossomo artificial da M. mycoides começou a gerenciar a célula, produzindo suas proteínas. GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell Controlled by a Chemically synthesized Genome. Science v. 329, 2010 (adaptado). A importância dessa inovação tecnológica para a comunidade científica se deve à a) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para serem usados como receptoras de cromossomos artificiais. b) capacidade de criação, pela ciência, de novas formas de vida, utilizando substâncias como carboidratos e lipídios. c) possibilidade de produção em massa da bactéria Mycoplasma capricolum para sua distribuição em ambientes naturais. d) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou seres mais complexos para produzir medicamentos, vacinas e biocombustíveis. e) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar suas proteínas na bactéria sintética e estas serem usadas na indústria. PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 20 ENGENHARIA GENÉTICA 5 BIOLOGIA II 05. (ENEM) Em um experimento, preparou-se um conjunto de plantas por técnica de clonagem a partir de uma planta original que apresentava folhas verdes. Esse conjunto foi dividido em dois grupos, que foram tratados de maneira idêntica, com exceção das condições de iluminação, sendo um grupo exposto a ciclos de iluminação solar natural e outro mantido no escuro. Após alguns dias, observou-se que o grupo exposto à luz apresentava folhas verdes como a planta original e o grupo cultivado no escuro apresentava folhas amareladas. Ao final do experimento, os dois grupos de plantas apresentaram a) os genótipos e os fenótipos idênticos. b) os genótipos idênticos e os fenótipos diferentes. c) diferenças nos genótipos e fenótipos. d) o mesmo fenótipo e apenas dois genótipos diferentes. e) o mesmo fenótipo e grande variedade de genótipos. 06. (ENEM) Um novo método para produzir insulina artificial que utiliza tecnologia de DNA recombinante foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a iniciativa privada. Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la capaz de sintetizar o hormônio. O processo permitiu fabricar insulina em maior quantidade e em apenas 30 dias, um terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tradicional, que consiste na extração do hormônio a partir do pâncreas de animais abatidos. Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br (adaptado). A produção de insulina pela técnica do DNA recombinante tem, como consequência, a) o aperfeiçoamento do processo de extração de insulina a partir do pâncreas suíno. b) a seleção de microrganismos resistentes a antibióticos. c) o progresso na técnica da síntese química de hormônios. d) impacto favorável na saúde de indivíduos diabéticos. e) a criação de animais transgênicos. 07. (ENEM) Uma vítima de acidente de carro foi encontrada carbonizada devido a uma explosão. Indícios, como certos adereços de metal usados pela vítima, sugerem que a mesma seja filha de um determinado casal. Uma equipe policial de perícia teve acesso ao material biológico carbonizado da vítima, reduzido, praticamente, a fragmentos de ossos. Sabe-se que é possível obter DNA em condições para análise genética de parte do tecido interno de ossos. Os peritos necessitam escolher, entre cromossomos autossômicos, cromossomos sexuais (X e Y) ou DNAmt (DNA mitocondrial), a melhor opção para identificação do parentesco da vítima com o referido casal. Sabe-se que, entre outros aspectos, o número de cópias de um mesmo cromossomo por célula maximiza a chance de se obter moléculas não degradadas pelo calor da explosão. Com base nessas informações e tendo em vista os diferentes padrões de herança de cada fonte de DNA citada, a melhor opção para a perícia seria a utilização a) do DNAmt, transmitido ao longo da linhagem materna, pois, em cada célula humana, há várias cópias dessa molécula. b) do cromossomo X, pois a vítima herdou duas cópias desse cromossomo, estando assim em número superior aos demais. c) do cromossomo autossômico, pois esse cromossomo apresenta maior quantidade de material genético quando comparado aos nucleares, como, por exemplo, o DNAmt. d) do cromossomo Y, pois, em condições normais, este é transmitido integralmente do pai para toda a prole e está presente em duas cópias em células de indivíduos do sexo feminino. e) de marcadores genéticos em cromossomos autossômicos, pois estes, além de serem transmitidos pelo pai e pela mãe, estão presentes em 44 cópias por célula, e os demais, em apenas uma. 08. (ENEM) Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que variações anatômicas entre os animais fossem consequência de diferenças significativas entre seus genomas. Porém, os projetos de sequenciamento de genoma revelaram o contrário. Hoje, sabe- se que 99% do genoma de um camundongo é igual ao do homem, apesar das notáveis diferenças entre eles. Sabe-se também que os genes ocupam apenas cerca de 1,5% do DNA e que menos de 10% dos genes codificam proteínas que atuam na construção e na definição das formas do corpo. O restante, possivelmente, constitui DNA não-codificante. Como explicar, então, as diferenças fenotípicas entre as diversas espécies animais? A resposta pode estar na região não-codificante do DNA. S. B. Carroll et al. O jogo da evolução. In: “Scientific American Brasil”, jun./2008 (com adaptações) A região não-codificante do DNA pode ser responsável pelas diferenças marcantes no fenótipo porque contém a) as sequências de DNA que codificam proteínas responsáveis pela definição das formas do corpo. b) uma enzima que sintetiza proteínas a partir da sequência de aminoácidosque formam o gene. c) centenas de aminoácidos que compõem a maioria de nossas proteínas. d) informações que, apesar de não serem traduzidas em sequências de aminoácidos, interferem no fenótipo. e) os genes associados à formação de estruturas similares às de outras espécies. 09. (FUVEST) Um paciente, com câncer sanguíneo (linfoma) e infectado por HIV, fez quimioterapia e recebeu um transplante de células-tronco da medula óssea de um doador resistente ao HIV. Como resultado, tanto o câncer como o HIV retroagiram neste paciente. O receptor mais usado pelo HIV para entrar nas células do corpo é o CCR5. Um pequeno número de pessoas resistentes ao HIV tem duas cópias mutadas do gene do receptor CCR5. Isso significa que o vírus não pode penetrar nas células sanguíneas do corpo que costumam ser infectadas. O paciente recebeu células‐tronco da medula óssea de um doador que tem essa mutação genética específica, o que fez com que também ficasse resistente ao HIV. Disponível em https://www.bbc.com/. Março/2019. Adaptado. A terapia celular a que o texto se refere a) permitirá que eventuais futuros filhos do paciente transplantado também possuam células resistentes à infecção pelo HIV. b) possibilitou a produção, pelas células sanguíneas do paciente após o transplante, de receptores CCR5 aos quais o vírus HIV não se liga. c) promoveu mutações no gene CCR5 das células do paciente, ocasionando a produção de proteína à qual o HIV não se liga. d) gerou novos alelos mutantes que interagem com o gene do receptor CCR5 do paciente, ocasionando a resistência à entrada do HIV nas células do paciente. e) confirma que o alelo mutante que confere resistência à infecção pelo HIV é dominante sobre o alelo selvagem do gene CCR5. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR6 BIOLOGIA II 20 ENGENHARIA GENÉTICA 10. (UERJ) As técnicas modernas de biologia molecular têm permitido a inserção de segmentos novos de DNA em células vegetais, em crescimento no meio apropriado, para gerar uma nova planta com novas características. Estes novos segmentos de DNA introduzidos podem, por exemplo, gerar novas plantas com reservas modificadas de lipídios, amido e proteínas em suas sementes ou melhorar a resistência das plantas a pestes e vírus ou ainda aumentar a sobrevivência destes organismos em ambientes adversos. Estas novas plantas são exemplos de organismos criados por engenharia genética e são genericamente conhecidos como: a) reversos b) recessivos c) dominantes d) transgênicos 11. (UNESP) A engenharia genética permitiu a introdução, em ratos, do gene humano para produção do hormônio de crescimento, levando à produção de ratos gigantes. Estes ratos são considerados a) isogênicos. b) transgênicos. c) infectados. d) mutantes. e) clones. 12. (FUVEST ) Enzimas de restrição são fundamentais à Engenharia Genética porque permitem a) a passagem de DNA através da membrana celular. b) inibir a síntese de RNA a partir de DNA. c) inibir a síntese de DNA a partir de RNA. d) cortar DNA onde ocorrem sequências específicas de bases. e) modificar sequências de bases do DNA. 13. (PUCMG ) Recentemente, o mundo foi abalado pela notícia da produção do clone de uma ovelha. Nessa clonagem, utilizou-se o núcleo de uma célula da mama de uma ovelha (A) e o citoplasma de um óvulo de outra ovelha (B). É CORRETO concluir que: a) todos os cromossomos do clone são iguais aos da ovelha A. b) os autossomos do clone são iguais aos da ovelha A, e os cromossomos sexuais são iguais aos da ovelha B. c) todos os cromossomos do clone são iguais aos da ovelha B, e os cromossomos sexuais são iguais aos da ovelha A. d) os autossomos do clone são iguais aos da ovelha B, e os cromossomos sexuais são iguais aos da ovelha A. e) existem cromossomos no clone que são diferentes de A e de B. 14. (MACKENZIE) Recentemente foi noticiada a criação de uma planta transgênica, capaz de produzir hemoglobina. Para que isso fosse possível, essa planta recebeu: a) os anticódons que determinam a sequência de aminoácidos nessa proteína. b) os ribossomos utilizados na produção dessa proteína. c) o fragmento de DNA, cuja sequência de nucleotídeos determina a sequência de aminoácidos da hemoglobina. d) O RNAm que carrega os aminoácidos usados na síntese de hemoglobina. e) somente os aminoácidos usados nessa proteína. 15. (FUVEST) Uma maneira de se obter um clone de ovelha é transferir o núcleo de uma célula somática de uma ovelha adulta A para um óvulo de uma outra ovelha B do qual foi previamente eliminado o núcleo. O embrião resultante é implantado no útero de uma terceira ovelha C, onde origina um novo indivíduo. Acerca do material genético desse novo indivíduo, pode-se afirmar que a) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da ovelha A. b) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da ovelha B. c) o DNA nuclear e o mitocondrial são iguais aos da ovelha C. d) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA mitocondrial é igual ao da ovelha B. e) o DNA nuclear é igual ao da ovelha A, mas o DNA mitocondrial é igual ao da ovelha C. 16. (ENEM) Considere, em um fragmento ambiental, uma árvore matriz com frutos (M) e outras cinco que produziram flores e são apenas doadoras de pólen (DP1, DP2, DP3, DP4 e DP5). Foi excluída a capacidade de autopolinização das árvores. Os genótipos da matriz, da semente (S1) e das prováveis fontes de pólen foram obtidos pela análise de dois locos (loco A e loco B) de marcadores de DNA, conforme a figura. COLLEVATTI, R. G.; TELLES, M. P.; SOARES, T. N. Dispersão do pólen entre pequizeiros: uma atividade para a Genética do ensino superior. Genética na Escola, n.1, 2013 (adaptado). A progênie S1 recebeu o pólen de qual doadora? a) DP1 b) DP2 c) DP3 d) DP4 e) DP5 17. (ENEM) A palavra “biotecnologia” surgiu no século XX, quando o cientista Herbert Boyer introduziu a informação responsável pela fabricação da insulina humana em uma bactéria para que ela passasse a produzir a substância. Disponível em: www.brasil.gov.br. Acesso em 28 jul. 2012 (adaptado). As bactérias modificadas por Herbert Boyer passaram a produzir insulina humana porque receberam a) a sequência de DNA codificante de insulina humana. b) a proteína sintetizada por células humanas. c) um RNA recombinante de insulina humana. d) o RNA mensageiro de insulina humana. e) um cromossomo da espécie humana. 18. (ENEM) Em um laboratório de genética experimental, observou- se que determinada bactéria continha um gene que conferia resistência a pragas específicas de plantas. Em vista disso, os pesquisadores procederam de acordo com a figura. Disponível em: http://ciencia.hsw.uol.com.br. Acesso em: 22 nov. 2013 (adaptado) PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 20 ENGENHARIA GENÉTICA 7 BIOLOGIA II Do ponto de vista biotecnológico, como a planta representada na figura é classificada? a) Clone. b) Híbrida. c) Mutante. d) Adaptada. e) Transgênica. 19. (ENEM) Na década de 1990, células do cordão umbilical de recém-nascidos humanos começaram a ser guardadas por criopreservação, uma vez que apresentam alto potencial terapêutico em consequência de suas características peculiares. O poder terapêutico dessas células baseia-se em sua capacidade de a) multiplicação lenta. b) comunicação entre células. c) adesão a diferentes tecidos. d) diferenciação em células especializadas. e) reconhecimento de células semelhantes. 20. (ENEM) Para a identificação de um rapaz vítima de acidente, fragmentos de tecidos foram retirados e submetidos à extração de DNA nuclear, para comparação com o DNA disponível dos possíveis familiares (pai, avô materno, avó materna, filho e filha). Como o teste com o DNA nuclear não foi conclusivo, os peritos optaram por usar também DNA mitocondrial, para dirimir dúvidas. Para identificar o corpo, os peritos devem verificar se há homologia entre o DNA mitocondrial do rapaz e o DNA mitocondrial do(a) a) pai. b) filho. c) filha. d) avó materna. e) avômaterno. APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. (UNESP) A vacina de DNA é composta por um plasmídeo que carrega um gene de interesse que codifica um antígeno. A administração da vacina pode ser com seringa, via intramuscular, ou pelo sistema gene gun, que consiste no disparo sobre a pele de microesferas metálicas recobertas com os plasmídeos modificados. Uma vez na célula, o gene é expresso no plasmídeo. (http://pontobiologia.com.br. Adaptado.) a) De quais organismos os plasmídeos são obtidos? Que moléculas biológicas são empregadas no corte dos plasmídeos para a inserção do gene de interesse? b) Por que é necessário que o plasmídeo modificado entre no núcleo da célula para que a vacina funcione e promova a resposta imunológica? 02. (UERJ) Por meio de técnicas desenvolvidas pela engenharia genética, é possível alterar o DNA das células. Uma dessas técnicas se baseia na utilização de vírus, manipulados por meio de duas enzimas: uma responsável pelo corte do material genético viral em pontos específicos e outra pela inserção de genes de interesse no vírus. Indique a característica dos vírus que justifica sua utilização na alteração do DNA das células. Em seguida, nomeie as duas enzimas referidas acima, indispensáveis para esse procedimento. 03. (UNESP) Pesquisadores chineses realizaram o seguinte experimento com cinomolgos (Macaca fascicularis), espécie de macacos do Sudeste Asiático: obtiveram fibroblastos (células do tecido conjuntivo) do feto de um macaco e, ao mesmo tempo, extraíram óvulos de uma macaca adulta e retiraram os núcleos desses óvulos. Cada óvulo anucleado foi fundido a uma célula de fibroblasto do feto. Uma substância foi injetada em cada célula reconstituída para reprogramar as moléculas de DNA do fibroblasto para retornarem ao estágio embrionário. Os embriões formados foram transferidos para uma macaca “mãe de aluguel”, que gestou os embriões. No fim do processo, dois filhotes nasceram. (Reinaldo José Lopes. www.folha.uol.com.br, 24.01.2018. Adaptado.) (https://www.publico.pt. Adaptado.) a) Como é denominada a técnica empregada no experimento citado? Os dois macacos gerados são geneticamente idênticos ao feto doador dos fibroblastos, à macaca doadora de óvulos ou à macaca que gestou os embriões? b) Considerando todas as moléculas de DNA presentes nas células dos macacos gerados, por que eles apresentam moléculas de DNA originárias de diferentes macacos envolvidos no experimento? 04. (UNICAMP) A estrutura química do composto puromicina é muito semelhante à estrutura de um RNA transportador. Em virtude dessa semelhança, os ribossomos de procariotos são capazes de interagir com a puromicina como se ela fosse um RNA transportador. O ribossomo catalisa a formação de uma ligação covalente entre a cadeia proteica em crescimento e a puromicina, se este composto estiver presente durante a tradução. Após tal evento bioquímico, novos aminoácidos não podem ser incorporados à cadeia da proteína. a) Por que a puromicina tem ação antibiótica sobre bactérias? Na presença de puromicina, a massa molecular média de uma dada proteína bacteriana será maior, igual ou menor em relação à massa média da mesma proteína na ausência do antibiótico? Explique seu raciocínio. b) A puromicina também é utilizada para transgenia. Neste caso, um gene que codifica uma enzima capaz de destruir a puromicina é adicionado, juntamente com o gene de interesse do pesquisador, ao genoma de células cultivadas in vitro. Na presença de puromicina, a taxa de sobrevivência de células que receberam esses genes será igual, maior ou menor em relação à sobrevivência de células não modificadas? Explique seu raciocínio. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR8 BIOLOGIA II 20 ENGENHARIA GENÉTICA 05. (FUVEST) A produção de insulina humana para o tratamento do diabetes pode ser feita, inserindo-se, em bactérias, a sequência de nucleotídeos correspondente à cadeia polipeptídica desse hormônio. a) Por que é possível sintetizar uma proteína humana, a partir de sequência de nucleotídeos específica humana, utilizando a maquinaria da bactéria? b) Para a produção de insulina, a sequência de nucleotídeos inserida na bactéria pode ser idêntica à do gene humano, contendo íntrons e éxons? Justifique sua resposta. GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. B 02. C 03. E 04. D 05. B 06. D 07. A 08. D 09. B 10. D 11. B 12. D 13. A 14. C 15. D 16. E 17. A 18. E 19. D 20. D EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. a) Os plasmídeos são obtidos de bactérias. As enzimas (ou endonucleases) de restrição são proteínas que cortam a molécula de DNA. b) Os plasmídeos devem entrar no núcleo para que o DNA possa se expressar, isto é, transcrever e servir de molde para a síntese do RNAm que será traduzido como o antígeno. 02. Característica: vírus normalmente invadem e utilizam células para se reproduzir. Enzimas: de restrição; DNA - ligase. 03. a) Clonagem reprodutiva. Os dois macacos gerados são cópias genéticas do feto que doou os fibroblastos. b) Os clones apresentam DNA nuclear proveniente do feto que doou os fibroblastos e DNA mitocondrial da doadora do óvulo. 04. a) A puromicina tem ação antibiótica, porque bloqueia a produção das proteínas necessárias à sobrevivência das bactérias patogênicas. A massa molecular de dada proteína será menor na presença do antibiótico, porque o medicamento impede a adição de novos aminoácidos nas proteínas. b) A taxa de sobrevivência das células que receberam esses genes será maior, porque o produto gênico destrói a puromicina que abrevia a vida das bactérias que não são transgênicas. 05. a) As bactérias podem receber e expressar o gene humano que codifica o hormônio insulina, porque o código genético é universal, isto é, os códons formados por trincas de nucleotídeos são, praticamente, os mesmos para todos os seres vivos e vírus. b) Não. As células procarióticas não são capazes de remover as sequências não codificantes do DNA, denominadas íntrons, e reunir as sequências codificantes, os éxons. ANOTAÇÕESANOTAÇÕES