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FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) Profa. Maria Inês Lenz Souza maria.souza@ufms.br O SNA é parte do sistema nervoso periférico, juntamente com o sistema nervoso somático, que já estudamos controlando os músculos esqueléticos e, portanto, o movimento do corpo do animal. O SNA controla os estados de atividade, na resposta de fuga ou luta, via simpático, e de repouso, via parassimpático. A função digestória, que é vegetativa e, portanto, de repouso, também é controlada pelo parassimpático de forma estimulatória. 1 SISTEMA MOTOR SOMÁTICO EXCITAÇÃO SISTEMA MOTOR AUTÔNOMO EXCITAÇÃO ou INIBIÇÃO O sistema motor somático tem um neurônio motor chegando às fibras extrafusais e causando, sempre, excitação, seja de músculos flexores ou extensores. Já o sistema motor autônomo, tem sempre 2 neurônios envolvidos, sendo que o primeiro, pré-ganglionar, fará sinapse em um gânglio (grupo de corpos celulares fora do SNC) e, o segundo, pós-ganglionar, sairá do gânglio para o órgão-alvo, causando excitação ou inibição (duas possíveis respostas). 2 neurônio pré-ganglionar neurônio pós-ganglionar órgão alvo gânglio autonômico SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO sistema motor involuntário músculo liso: pele (folículos pilosos) vasos sanguíneos olhos: diâmetro pupilar, acomodação lente paredes / esfíncteres trato GI vesícula biliar bexiga controle visceral x rapidez e intensidade músculos liso e cardíaco, algumas glândulas exócrinas órgão alvo É um sistema motor involuntário (não envolve o córtex motor), que inerva órgãos-alvo específicos, por diferentes locais do corpo do animal. Sua ação exerce controle visceral, que varia em rapidez e intensidade com a parte do SNA envolvida e o órgão-alvo. 3 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 2 neurônios periféricos: - gânglio - sinapses químicas Localização do corpo celular e do axônios dos 2 neurônios, separados pelo gânglio, e sempre com uso de substância neurotransmissora, em sinapse química. 4 neurônio pré-ganglionar corpo celular no SNC neurônio pós-ganglionar corpo celular num gânglio vai ao órgão-alvo axônio inerva 2 neurônio cadeia amielinizado (maior parte) DIVISÃO CENTRAL DO SNA A área central que controla o SNA é o hipotálamo, em núcleos específicos para simpático e para parassimpático. Isso facilita o controle das outras funções descritas na figura no próprio hipotálamo ou no tronco encefálico, que envolvem respostas autonômicas. 5 DIVISÃO PERIFÉRICA EFERENTE divisão SNA: origem anatômica neurônios pré-ganglionares transmissores sinápticos órgão-alvo dupla inervação x efeitos diferentes homeostase órgãos: A divisão do SNA em simpático e parassimpático relaciona-se à origem diferente dos neurônios que iniciam a via e dos neurotransmissores utilizados. A maior parte dos órgãos tem inervação simpática e parassimpática, com ação antagônica, no objetivo de manter a homeostase. 6 SISTEMA NERVOSO AUTônomo O SNA sempre inicia (corpo celular) no SNC e continua até aos gânglios (paravertebrais no simpático, mais próximos do órgão-alvo no parassimpático) para cumprir suas funções. O simpático atua na reação de fuga ou luta, através de atividades que gastam a energia armazenada. Já o parassimpático traz de volta à situação de repouso e, portanto, guarda energia. 7 1ª via: corpo celular SNC neurônios simpáticos (paravertebrais) reação medo, luta, fuga atividades: gasto reservas energia armazenadas estresse neurônios parassimpáticos (parede órgão inervado) atividades: suprimento energia armazenada GÂNGLIOS terminais distribuição: convergência / divergência 1 neurônio pré-ganglionar vários neurônios pós-ganglionares (mesmo ou gânglios) = impulso divergente gânglio cervical craniano: divergência mínima impulsos gânglios celíaco e mesentérico: divergência máxima impulsos impulsos pré-ganglionares pós-ganglionares Conceitos de convergência e divergência relacionados à especificidade da ação, que já discutimos em outras aulas, também se aplicam aos gânglios autônomos. 8 SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO origem: medula espinhal toracolombar axônios: pré-ganglionares curtos x pós-ganglionares longos tronco simpático O simpático se origina na medula torácica, a partir de T1, até a lombar L3-4. Como os gânglios simpáticos estão na cadeia paravertebral, onde chegam pelo ramo comunicante, os neurônios pré-ganglionares são curtos e, os pós-ganglionares são longos, pois ficam mais distantes do órgão-alvo. 9 axônios pré-ganglionares (T1-L3-4) e nervos toracolombares cadeia ganglionar simpática paravertebral neurônio pós-ganglionar órgãos viscerais ocos via ramo comunicante SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO ou Para este órgãos-alvo, a inervação é feita por nervos espinhais que fazem sinapse nos gânglios paravertebrais. 10 cadeia ganglionar simpática paravertebral vasos sang., glând. sudoríparas, músc. piloeretores nervos espinhais SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO ou Ou esta via nervosa também pode acontecer, via nervos esplâncnicos. 11 axônios pré-ganglionares gânglios pré-vertebrais neurônio pós-ganglionar vasos sang., órgãos viscerais ocos origem aos nervos esplâncnicos SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO neurônios pré-ganglionares (T5-T9) axônios (nervo esplâncnico maior) sinapse medula adrenal (células cromafins) substâncias transmissoras sangue neurônios pós-ganglionares medula adrenal: gânglio simpático especializado Uma particularidade do simpático é a inervação da medula da adrenal, na qual chega o neurônio pré-ganglionar. Desta forma, a medula adrenal funciona como um gânglio simpático, do qual não sai nenhum neurônio pós-ganglionar, pois as células cromafins (presentes na medula adrenal), funcionam como este neurônio. A resposta final destas células cromafins será a síntese e secreção de catecolaminas (noradrenalina – 20% e adrenalina – 80%) liberadas direto na corrente sanguínea. Estas substâncias atuarão como hormônios, se ligando a receptores para elas espalhados pelo organismo. 12 Figura explicando o que foi discutido no slide anterior. 13 SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO corpo celular neurônio pós-ganglionar gânglios cadeia simpática ou gânglios simpáticos periféricos órgãos-alvo gânglio cervical superior cabeça gânglio celíaco estômago, ID gânglio mesentérico superior ID, IG gânglio mesentérico inferior IG distal, ânus, bexiga, genitália Distribuição dos gânglios do simpático em relação ao órgao-alvo que seu neurônio pós-ganglionar irá inervar. 14 Distribuição dos órgãos-alvo em relação aos gânglios de onde sai seu neurônio pós-ganglionar. 15 SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO origem: tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo) e medula espinhal sacral axônios: pré-ganglionares longos x pós-ganglionares curtos O parassimpático se origina das extremidades superior (tronco cerebral) e inferior da medula (sacral S2-4), usando muitos nervos cranianos na parte superior. Seus gânglios estão muito próximos ou no órgão-alvo. Assim, seus axônios pré-ganglionares são longos, enquanto os pós-ganglionares são curtos. 16 axônios pré-ganglionares (SNC) e nervos cranianos III/oculomotor, VII/facial, IX/glossofaríngeo, X/vago) cadeia ganglionar parassimpática neurônio pós-ganglionar órgãos-alvo + nervos espinhais sacrais (S2-S4) SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO origem: tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo) e medula espinhal sacral axônios: pré-ganglionares longos x pós-ganglionares curtos TGI: neurônios pós-ganglionares = sistema nervoso intrínseco ou entérico No caso do trato gastrointestinal, os neurônios pós-ganglionares pertencem ao sistema nervoso do próprio TGI, que fazem parte deste sistema nervoso periférico. 17 axônios pré-ganglionares (SNC) e nervos cranianos III/oculomotor, VII/facial, IX/glossofaríngeo, X/vago) cadeia ganglionar parassimpática neurônio pós-ganglionar órgãos-alvo+ nervos espinhais sacrais (S2-S4) SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO causa respostas localizadas específicas salivação, motilidade GI, secreção sucos digestivos, FS sistema GI Funções básicas do parassimpático. FS = fluxo sanguíneo; GI = gastrointestinal 18 SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO 75% fibras parassimpáticas via vago tórax, abdome (coração, pulmões, esôfago, estômago, ID, ½ proximal cólon, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rins, porções superiores ureteres) fibras oculomotor esfíncter pupilar e músc. ciliar olho fibras facial glând. lacrimais, nasais, submandibulares fibras glossofaríngeo glând. parótida fibras sacrais (S2 e S3) cólon descendente, reto, bexiga, porções inferiores ureteres, genitália externa (x ereção) Discriminação das inervações com neurônios parassimpáticos. 19 Núcleos parassimpáticos (grupos de corpos celulares dentro do SNC) de onde saem neurônios pré-ganglionares para os gânglios e sua inervação pós-ganglionar até o órgão-alvo. 20 Nt E FUNÇÃO SINÁPTICA: LOCALIZAÇÃO NT = neurotransmissor. Onde estão as sinapses colinérgicas e as adrenérgicas. COLINÉRGICAS: em TODOS os neurônios pré-ganglionares com o gânglio, independente de serem simpáticas ou parassimpáticas; em todos os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos e nas exceções do simpático (neurônios pós-ganglionares para algumas glândulas sudoríparas, músc. eretores dos pelos e alguns vasos sanguíneos onde causam dilatação (as exceções se chaman SIMPÁTICO COLINÉRGICO). ADRENÉRGICAS: em todos os neurônios pós-ganglionares simpático (menos as exceções). 22 sinapses colinérgicas (Ach) neurônios pré-ganglionares neurônios pós-ganglionares simpáticos glând. sudoríparas, músc. eretores pelos, alguns vasos sang. (dilatação) sinapses adrenérgicas (Ad ou Ep) neurônios pós-ganglionares simpáticos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos Músculo esquelético Músculo liso glândulas Glândulas sudoríparas* Músculo liso glândulas ÓRGÃOS EFETORES SNC Parassimpático Simpático Medula adrenal Somático Epinefrina (80%) Norepinefrina (20%) Medula adrenal Pré-ganglionar Pré-ganglionar Pós-ganglionar Pós-ganglionar Pós-ganglionar Pré-ganglionar P/ circulação Motoneurônio Esta figura é fundamental. Ela mostra o sistema nervoso somático, em que a junção neuromuscular é mediada por Ach em receptor nicotínico (N, que é ionotrópico) no músculo esquelético. No SNA, as opções são variadas. O neurônio pré-ganglionar sempre será Ach e receptor N (simpático, parassimpático e medula adrenal). No parassimpático, sempre o pós-ganglionar com o órgão-alvo usará Ach em receptor muscarínico (M, que é metabotrópico). Já no simpático, a via maior será com pós-ganglionar e órgão-alvo usando Ad/NorAd em receptor (1 ou 2) e (1, 2 ou 3). A exceção, para algumas glândulas sudoríparas e músc. eretores dos pelos será igual ao parassimpático, ou seja, Ach e M. A medula adrenal só tem o pré-ganglionar, e secreta AD e NorAd no sangue. 23 LIBERAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES fibras parassimpáticas e simpáticas tocam cél. efetora varicosidades (síntese e secreção NT, mitocôndrias x ATP) potencial ação influxo Ca2+ exocitose NT Os neurotransmissores ficam armazenados em vesículas nas varicosidades, nas quais chega a inervação, estimulando a exocitose do neurotransmissor e determinando o potencial de ação 24 sinapses colinérgicas via colina acetiltransferase: acetil CoA + colina Ach armazenagem: vesículas sinápticas (+ ATP / proteoglicanos) exocitose ação em segundos degradação: próximo liberação acetilcolinesterase + colágeno e glicosaminoglicanos do tec. conjuntivo local íon acetato + colina recaptação e reaproveitamento R: nicotínicos e muscarínicos As sinapses colinérgicas dependem da síntese de Ach e de sua exocitose nas varicosidades, se unindo a receptores nicotínicos e muscarínicos. Cumprida sua ação, é degradada pela acetilcolinesterase, seus resíduos recaptados e reaproveitados. 25 SINAPSES ADRENÉRGICAS início síntese axoplasma terminações nervosas adrenérgicas término vesículas secretórias tirosina (hidroxilação) DOPA (descarboxilação) dopamina (transporte vesículas) (hidroxilação) NorEp cél. nervosas adrenérgicas SNA: secreção NorEp R: 1, 2, 1, 2, 3 As sinapses adrenérgicas dependem da síntese de NorAd/Ad, que começa no corpo celular, segue pelo axoplasma e termina nas vesículas onde ficam armazenadas, segunda a sequência do quadro azul. Quando neurotransmissor, a NorAd é o principal; quando como hormônio da medula adrenal, a Ad é o principal. 26 A figura explica a liberação do neurotransmissor da varicosidade. 27 Outra figura explicando a liberação do neurotransmissor da varicosidade. 28 SECREÇÃO NA MEDULA ADRENAL axônios pré-ganglionares (nervo esplâncnico maior) sinapse x cél. cromafins (Ach; R nicotínicos) catecolaminas (80% Ep; 20% NorEp) sangue cél. cromafins medula adrenal Ep Sequência de síntese e secreção das catecolaminas Ad/NorAd na medula adrenal. 29 DEGRADAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES DO SIMPÁTICO degradação NorEp: poucos segundos (1) recaptação terminação nervosa adrenérgica (transporte ativo): 50-80% NorEp secretada (2) difusão fora terminações nervosas fluidos adjacentes sangue: ± restante NorEp secretada (3) destruição enz. teciduais (terminações nervosas: MAO; difusa tec.: COMT): quantidades NorEp secretada NorEp e Ep supra-renais sangue: ativas por 10-30 s, e declínio até ≥ 1 min. (+ fígado/rins x COMT) Uma vez cumpridas as ações da NorAd/Ad, elas precisam ser retiradas do local rapidamente, seja sendo recaptadas de forma integral, seja por difusão em direção ao sangue para ser eliminada ou seja destruída por enzimas liberadas pelos tecidos adjacentes. O fígado e os rins são os locais com maior concentração destas enzimas (MAO e COMT). 30 RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS proteínas membrana celular: corpo celular neurônios tipo R, mecanismo ação = natureza resposta fisiológica respostas fisiológicas: específicas (tecido, tipo célula) R + NT alteração permeabilidade membrana íons ativação ou inativação enz. ligada lado interno R ou potencial de membrana pós-sináptico = ou P.A. cél. pós-sináptica Quando o neurotransmissor se liga ao receptor, isso altera a permeabilidade da membrana aos íons (Na+ para despolarizar; Cl- ou K+ para repolarizar), no caso de receptor ionotrópico, ou atua em segundos mensageiros, ativando ou inativando enzimas intracelulares nos receptores metabotrópicos. O resultado é alterar o potencial de membrana na célula pós-sináptica, para determinar um potencial de ação (despolarização) ou não (repolarização). 31 receptores acoplados à PROTEÍNA G subunidade + guanosina difosfato (GDP) ou trifosfato (GTP) atividade proteína G = subunidades x GTP / GDP acoplamento R autônomos específicos + enz. ativação enz. 2 mensageiro amplifica sinal ação fisiológica GDP + subunidade = subunidade inativa GTP + subunidade = subunidade ativa adenilato ciclase AMPc fosfolipase C IP3 Os receptores metabotrópicos são associados à proteína G, ativando segundos mensageiros como AMPc e IP3. 32 RECEPTORES COLINÉRGICOS Os R nicotínicos são estimulados por Ach ou nicotina e estão localizados nos neurônios pré-ganglionares simpáticos e parassimpáticos, sinapses neuromusculares e células cromafins da medula adrenal. Os R muscarínicos são estimulados pela Ach e pela muscarina (alcaloide do fungo Amanita) e estão localizados nas sinapses dos neurônios pós-ganglionares parassimpáticos e simpáticos colinérgicos (exceções). 33 R nicotínicos Nicotina ou Ach: sinapses junções nicotínicas R muscarínicos alcaloide muscarina (Amanita muscaria) ou Ach: junções muscarínicas pré-ganglionares simpático e parassimpático junções somáticas mioneurais células cromafins sinapses neurônios colinérgicos pós-ganglionares parassimpáticos e simpáticos RECEPTORES NICOTÍNICOS: ionotrópicosinibição R-nicotínicos: grandes doses nicotina ou curare (d-tubocurarina) bloqueadores ganglionares (hexametônio) Figura de R nicotínicios, que são o próprio canal iônico. Estes R podem ser inibidos por doses altas de nicotina ou pelo curare (usado nas flechas de índios) e por fármacos como o hexametônio, bloqueando o efeito da Ach. 34 Estimuladores (em azul) e inibidores (vermelho) dos R colinérgicos. 35 RECEPTORES MUSCARÍNICOS: METABOTRÓPICOS coração, músc. lisos (sistema GI, bronquíolos, bexiga, órgãos genitais), glândulas sudoríparas 2º mensageiro: AMPc IP3 R metabotrópicos e locais em que eles são encontrados. Ativam via de segundos mensageiros para controlar os canais e ativar o RNAm no núcleo. 36 RECEPTORES MUSCARÍNICOS: RM1 a RM5 RM1: neurônios SNC e periférico geralmente excitatórios ex.: secreção ácido gástrico via vago RM2: coração terminações nervosas neurônios SNC e periféricos ex.: FC via vago RM3: glând. secretoras e músc. liso geralmente excitatório ex.: contração músc. liso visceral via Ach Há 5 R muscarínicos, distribuídos em diferentes locais no organismo. 37 RECEPTORES MUSCARÍNICOS excitação músculos lisos / glândulas: via formação inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) e [Ca2+] intracelular ação alguns R muscarínicos R adrenérgicos 1: ligação agonista (Ach) + R = dissociação subunidade proteína G + ativação fosfolipase C produção IP3 e diacilglicerol (DAG) IP3 libera Ca2+ armazenado [Ca2+] intracelular + DAG ação fisiológica específica Ação do R muscarínico estimulado pela Ach, ativando fosfolipase C para produzir IP3 e diacilglicerol (DAG) que vão controlar canais de cálcio para aumentar a sua concentração intracelular e ativar outras vias intracelulares para alcançar a resposta biológica desejada. 38 RECEPTORES MUSCARÍNICOS ação outros R muscarínicos: ✓ alteração processos fisiológicos: ação direta proteína G (sem 2 mensageiro) ✓inibição coração: - NSA: Ach + R muscarínicos = ativação proteína Gi + liberação subunidade i + canal de K+ abertura FC inibição R muscarínicos: atropina Alguns R muscarínicos tem a proteína G controlando diretamente um canal iônico, ela mesma, sem ativar segundos mensageiros, como no coração, na ação parassimpática de trazer de volta ao repouso, abrindo canais de potássio para reduzir a frequência cardíaca. Os R muscarínicos são inibidos pela atropina. Por exemplo, numa anestesia muito profunda, pode-se usar atropina para bloquear a ação do parassimpático e trazer o coração de volta à atividade. 39 RECEPTORES ADRENÉRGICOS catecolaminas (NorEp e Ep) sinapses pós-ganglionares simpático NorEp: excitação e Ep: excitação ambos e efeitos relativos / x tipos R órgãos alvo tipo R x função: NSA: R-1 = velocidade despolarização = FC músc. ventricular: R-1 = inotropismo A Ad e a NorAd tem ações mais ou menos intensas sobre receptores alfa ou beta, e a ação final nos tecidos depende da quantidade de cada um deles nos órgãos-alvo. Por exemplo, no coração, nodo sinoatrial, a ativação B1 aumenta a frequência cardíaca e no músculo ventricular a força de contração (inotropismo). 40 1 RECEPTORES vasos sanguíneos brônquios trato GI útero bexiga músc. liso parede intestinal relaxação excitação IP3 + [Ca2+] intracelular músc. liso CONTRAÇÃO OU CONSTRIÇÃO Localização dos R 1 causando contração (de músculo) ou constrição (de parede ou esfíncteres) via excitação com aumento de cálcio pelo IP3. Já no músc. liso do intestino causa relaxação. 41 1 RECEPTORES: Mecanismo de ativação Mecanismo de ação do 1. 42 2 RECEPTORES músc. liso vasos sanguíneos inibição adenilato ciclase AMPc RELAXAMENTO OU DILATAÇÃO Localização dos R2 para causar relaxamento de músculo ou dilatação de esfíncteres por inibição da enzima ligada à proteína G adenilato ciclase, consequentemente diminuindo o AMPc. 43 1 RECEPTORES funções metabólicas: gliconeogênese, lipólise, secreção renina, atividade coração NSA, NAV, músc. ventricular: ativação adenilato ciclase AMPc excitação ( FC, velocidade condução, contratilidade) esfíncter intestinal relaxação glând. salivares, tecido adiposo, rins (renina) R1 membrana celular + adenilato ciclase (via proteína Gs) R3: ação lipólise tec. adiposo marrom termogênese Funções relacionadas ao R 1 nos diferentes tecidos por estímulo da adenilatociclase e aumento do AMPc. Os R3 existem no tecido adiposo marrom, para estimular a lipólise no recém-nascido e produzir calor. 44 1 E 2 RECEPTORES: Mecanismo de ativação Os R 1 e 2 tem o mesmo mecanismo de ação. A diferença será o local em que o receptor estiver no organismo. 45 2 RECEPTORES músc. liso vascular músc. esquelético, músc. liso brônquico, paredes sistema digestório e bexiga ação idêntica R-1: ativação proteína Gs liberação subunidade s + estimulação adenilatociclase geração AMPc relaxamento DILATAÇÃO MUSCULATURA, RELAXAMENTO PAREDE O R 2, com sua localização, gera dilatação de músc. e relaxamento de parede e esfíncteres, tb por estímulo da adenilatociclase e aumento de AMPc. 46 Rα1 Rα2 Rβ Resumo dos mecanismos de ação dos R alfa e beta. 47 Resumo dos mecanismos de ação e da localização dos receptores adrenérgicos. 48 R adrenérgicos e suas funções GERAIS R R Vasoconstrição Vasodilatação (2) Dilatação íris Cardioaceleração (1) Relaxamento intestinal força miocárdio (1) Contração esfíncteres intestinais Relaxamento intestinal (2) Relaxamento uterino (2) Contração pilomotora Broncodilatação (2) Contração esfíncter vesical Calorigênese (2) Inibe liberação de neurotransmissor (2) Glicogenólise (2) Lipólise (1) Relaxamento parede bexiga (2) Termogênese (3) (Hall, 2011) Exemplos de funções adrenérgicas nos diferentes receptores adrenérgicos no corpo. 49 CATECOLAMINAS X EFEITOS NorEp: vasoconstrição (> parte vasos sang.) atividade coração inibição trato GI dilatação pupilas… Ep: > ação estimulação R > efeito estimulação cardíaca x NorEp fraca constrição vasos sang. x NorEp NorEp x RVP; Ep x DC metabolismo organismo (+ x NorEp): mesmo tec. sem inervação simpática Ações NorEp/Ep adrenais estimulação simpática efeitos 5-10 x + duradouros (2-4 min.) estímulo duplo e compensatório Efeitos mais intensos da NorAd e da Ad. O somatório dos efeitos delas como neurotransmissores (rápido e curto) e como hormônios da medula adrenal (mais lentos e prolongados) causa um estímulo duplo e compensatório. RVP = resistência vascular periférica (vasos sanguíneos periféricos); DC = débito cardíaco (volume de sangue jogado na circulação por minuto). 50 Resumo das vias, receptores, neurotransmissores e órgãos-alvo. Muito importante!!! 51 Comparação entre as subdivisões simpática e parassimpática Mais uma vez... 53 Resumo... 54 Distribuição das inervações simpática e parassimpática. 55 Outra figura das inervações. 56 RESPOSTA DE ALARME OU ESTRESSE DO SN SIMPÁTICO: luta ou fuga descarga em massa ativação hipotálamo (medo, terror, dor intensa) medula ativação simpático PA e FS músc. ativos e FS órgãos sem rápida resposta motora metabolismo celular corpo todo [glicose] sangue glicólise hepática e muscular força muscular atividade mental velocidade e intensidade coagulação sang. Efeito de resposta ao estresse, em sua fase imediata (depois envolverá cortisol), com descarga em massa, ou seja, no corpo como um todo. PA = pressão arterial; FS = fluxo sanguíneo 57 EFEITOS SIMPÁTICOS (S) E PARASSIMPÁTICOS (PS): OLHOS abertura pupilas: controle recíproco 2 músculos íris x luz dilatador pupilar (radial): inervação S + R-1 contração músc. radial midríase constritor pupilar (esfíncter): inervação PS + R-muscarínicos contração músc. esfíncter miose foco cristalino: PS contração músc. ciliar cristalino + convexo focalização objetos próximosAções no olho. Midríase = dilatação da pupila via músculo radial, que funciona como uma roda de carroça com os raios. Miose = contração da pupila via músculo esfíncter, como um laço sendo puxado. O cristalino do olho é uma estrutura gelatinosa no olho, que fica mais esférico ou menos esférico para acomodar o foco de luz na retina, na parte de trás do olho. 58 EFEITOS SIMPÁTICOS (S) E PARASSIMPÁTICOS (Ps): GLÂNDULAS nasais, lacrimais, salivares e GI: PS secreção aquosa GI superiores (inferiores x plexo entérico) sudoríparas: S: suor (colinérgico) PS: nenhum efeito adrenérgico: coxins Efeito nas glândulas. Efeito adrenérgico nos coxins deixa estas estruturas mais suadas. 59 EFEITOS SIMPÁTICOS (S) E PARASSIMPÁTICOS (PS) plexo nervoso entérico: PS: atividade S: atividade coração: S: FC e força contração PS: efeitos opostos vasos sanguíneos sistêmicos: S: vísceras abdominais e pele membros + R: constrição PS: efeito somente área ruborizante face (humanos) Efeitos cardiovasculares. O simpático aumenta função e parassimpático diminui. 60 EFEITOS SIMPÁTICOS (S) E PARASSIMPÁTICOS (PS) pressão arterial: S: propulsão sangue pelo coração e resistência ao fluxo agudo PA PS: via vago, bombeamento cardíaco leve PA estímulo PS vagal muito forte: parada coração (segundos) e perda temporária PA outros locais: S: inibição ductos biliares, vesícula, uretra, bexiga, brônquios (parassimpático: efeitos opostos) S x efeitos metabólicos: liberação glicose pelo fígado, [glicose sang.], glicogenólise (fígado, músc.), contração musculoesquelética, metabolismo basal, atividade mental, … Simpático faz aumentar a pressão arterial, ao contrário do parassimpático, que traz de volta ao repouso. Por isso, o simpático promove liberação de energia para gastar, enquanto o parassimpático guarda gordura. 61 EFEITOS SIMPÁTICOS (S) E PARASSIMPÁTICOS (PS): BEXIGA micção adultos: controle voluntário esfíncter externo: músc. esqueléticos SNA: reflexo micção x repleção músc. detrusor parede bexiga e esfíncter interno: músc. lisos inervação S (L1 - L3) e PS (S2 - S4) reflexo micção: centros mesencéfalo simpático = enchimento bexiga parassimpático = esvaziamento SNA no processo de micção, com participação de simpático e parassimpático. 62 EFEITOS SIMPÁTICOS (S) E PARASSIMPÁTICOS (PS): BEXIGA bexiga em enchimento: predomínio S relaxamento músc. detrusor (R-2) + contração esfíncter interno (R-1) + ação voluntária contração esfíncter externo parede muscular relaxada + esfíncteres contraídos enchimento facilitado bexiga cheia: mecanoR parede neurônios aferentes medula espinhal tronco cerebral predomínio PS contração músc. detrusor + relaxamento esfíncter interno + ação voluntária relaxação esfíncter externo micção Preenchimento de bexiga e esvaziamento da bexiga quando cheia. 63
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